SlideShare uma empresa Scribd logo
Vanderlei Holz Lermen
Curso Técnico em Agropecuária
SETREM
Bioclimatologia animal
Os bovinos e a temperatura
Valores de certas funções fisiológicas e de rendimento de uma vaca
holandesa em lactação em um ambiente de conforto (180C) e em
um ambiente desconfortável (300C)
Efeito do clima sobre os animais (ação
direta e indireta)
• temperatura
• umidade relativa do ar
• radiação solar
• pressão atmosférica
• ventos
• precipitação
• nebulosidade
• fenômenos óticos (luz)
• fertilidade do solo e pH
•
• Efeito indireto: alimentação, doenças parasitárias e
infecto-contagiosas
Regulação térmica nos animais
• Os animais poiquilotérmicos são animais de
“sangue-frio”, ou também designados por
exotérmicos.
• Estes não têm mecanismo de controle da
temperatura interna do seu corpo, assim o seu
metabolismo dependente do meio externo.
Animais homeotérmicos ou
endotérmicos
• Aves e mamíferos;
• Temperatura corporal interna permanece
constante, independentemente das variações da
temperatura do meio externo.
• Termorregulação:
temperatura corporal interna é
regulada de forma bastante precisa
através de processos metabólicos.
Controle da temperatura
Artifícios do organismo para realizar a
regulação térmica
• vasomotor - controle do fluxo de sangue aos
tecidos externos
• pilomotor - controle da ereção dos pêlos para
formar uma camada de ar protetora
• perdas evaporativas - suor e frequência
respiratória
• modificação nas taxas metabólicas
• calor metabólico devido a ingestão de alimentos
• atividade muscular
Formas de perder calor
• Radiação,
• condução,
• convecção,
• evaporação
• Na faixa de conforto - 75% das perdas de calor
são por condução, radiação e convecção
• Em temperaturas elevadas a transferência de
calor é por evaporação
Temperatura retal de algumas espécies
animais
Característica anatômicas que
influências na adaptação dos animais
em climas tropicais
• Pele - coloração e espessura
• Pigmentação - evita queimaduras e
fotossensibilidade por isso pele escura
• Espessura - pele fina favorece a perda de calor
Espessura da pele (mm) de algumas
raças bovinas
Cobertura pilosa
• O bulbo piloso possui melanócitos de cor branca
que ao contato da luz e ação da tirosinase fica
negro e impede a passagem dos raios
ultravioletas, protegendo o animal do eritema
solar.
• A medula dos pelos, mais presente nos zebuínos
e na raça Jersey e parece estar associado ao grau
de adaptação em clima tropical.
Cor do pelame e absorção e reflexão
do calor proveniente de radiação solar
Aparelho Sudoríparo
• Acima de 350C é a única forma de perder calor
• Tipos de glândulas sudoríparas
• Glândulas sudoríparas ecrinas - são glândulas
menos profundas que se localizam na porção papilar
da derme, onde se encontram as células secretoras e
inicia-se o canal excretor.
• Glândulas sudoríparas apócrinas - são localizadas
em porção mais profunda na derme aparecem
associadas ao folículo piloso e glândulas sebáceas.
Ritmo respiratório
• Aumento nos movimentos respiratórios é um
mecanismo para dissipar calor por
evaporação, porém sua eficiência está
inversamente relacionada a umidade relativa do
ar.
• Ritmo respiratório de 23/min a 100C
• A cada aumento de 100C na temperatura, ocorre
uma duplicação dos movimentos respiratórios
Consumo alimentar
• Aumento da temperatura - diminui a ingestão de
alimentos
• Vacas lactantes de origem européia diminuem a
ingestão de alimentos a partir de 250C, acentua
em 300C e paralisa em 400C,
• Raças zebuínas somente apresentam redução
entre 32 e 350C.
Ingestão de água
• Aumenta a ingestão de água a partir de 40C, bem
como a frequência de ingestão
• Para cada grau de temperatura a mais, novilhas
leiteiras, ingerem cerca de 0,16 l de água e com a
redução da ingestão de alimentos (32,20C a
370C) também diminuem o consumo de água e a
produção de leite.
Produção de leite
• Temperatura ótima entre 10 a 180C
• Acima de 270C a diminição é marcante
• Animais da raça Holandesa diminuem a
produção de leite a partir de 210C, Jersey e
Pardo Suiça entre 24 e 270C e Zebu, 320C.
• Temperatura mínima crítica:
• Jersey - 20C
• Holandês - 130C.
Composição do leite
• Com o estresse pelo calor o teor de NNP, ácidos
palmítico e esteárico aumentam, enquanto
diminuem a gordura, os sólidos totais, N
total, lactose, ácidos graxos de cadeia curta, ác.
oleico, ácido cítrico e cálcio.
Crescimento Corporal
• Afeta negativamente o crescimento fetal de
animais não adaptados e diminui sua
possibilidade de sobrevivência ao nascer.
• A diferença de peso pode ser de 2 a 10 kg.
• A zona de conforto das raças européias é de 0,5 a
16 0C e o crescimento é diminuido a partir de
240C, chegando a paralizar o crescimento aos
320C, aos 410C entra em prostração e pode
morrer.
Reprodução
• Nos machos afeta os testículos, diminuindo o
peso, degenerando os túbulos seminíferos e
reduzindo a qualidade do sêmen e volume.
• Sobre as fêmeas há retardo da
puberdade, anestro, deprime o estro, diminui o
índice de concepção, induz abortos e aumenta a
mortalidade perinatal.
Temperamento
• Reação e comportamento em diferentes
situações;
• Temperamento tem componentes genéticos -
variando conforme a raça e o indivíduo;
• O temperamento do rebanho pode ser
melhorado por seleção genética e descarte.
• Melhorias por mudanças no
manejo, cercas, currais;
• Animais fora de controle devem ser descartados.
• Descarte e relação manejo.
Memória
• Ótima memória.
• Se tiver sido mal manejado no passado, o bovino
se estressará mais e será mais difícil de lidar no
futuro.
• A primeira experiência com novas
instalações, pessoas ou equipamentos, deve ser o
mais positiva possível.
Visão
• Visão "panorâmica" (uma característica de
defesa contra predadores), podendo olhar ao
redor sem virar suas cabeças.
• Têm percepção de profundidade inferior a
nossa, e têm dificuldade de percebê-la ao nível
do chão.
• Em ambientes escuros a tendência é se moverem
em direção à luz, desde que não esteja ofuscando
seus olhos.
Sons
• Bovinos são mais sensíveis a sons de alta
freqüência. Ruídos altos ou desconhecidos
podem assustar os animais.
• Sons moderados e contínuos podem ser
tranqüilizantes.
• Ao trabalhar com animais falar
calmamente, com um baixo tom de voz.
• Gritar com um animal deixa-o assustado.
Em movimento
• O gado possui um movimento natural de
caminhar em círculo.
• Instalações em curva tiram vantagem desta
característica.
Instinto social
• Bovinos são animais sociais.
• Isolamento é um grande fator de estresse.
• Grupos de animais que mantêm contato corporal
permanecem calmos.
“Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio"
• "Zona de fuga" é o espaço individual de cada
animal que delimita a “distância de fuga" que ele
se mantém de uma pessoa ou predador.
• Quando pressionamos no limite da zona de fuga
do animal, este se afasta. Penetração acentuada
na zona de fuga pode causar pânico.
“Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio"
• O tamanho e formato desta área são dinâmicos,
• Depende da genética, experiências prévias, o
ambiente físico e biológico, a maneira como uma
pessoa se aproxima.
• Animais muito mansos se deixam tocar
normalmente - distância de fuga zero;
• Assustados, a distância de fuga se fará presente.
• O ponto de equilíbrio localiza-se no “ombro"
(pá, paleta etc.) do bovino. Se você pressionar por
atrás do ponto de balanço o animal moverá para
frente. Se pressionar além do ponto de balanço o
animal recuará.
Manejo do gado
• Mudança de atitude – difícil em um sistema de
manejo;
• Não usar a força;
• Para maior eficiência e facilidade no trabalho, o
gado deve estar mais tranquilo possível;
• Somos nos os responsáveis pela tranquilidade
dos animais.
Manejo do gado
• No curral ou em área aberta, a condução dos
bovinos é uma questão de posicionamento e
pressão.
• Não devemos nunca pressionar diretamente por
trás.
• Movimentos em um sentido de "vai e
vem", como que fazendo um "zig-zag",
• A aproximação deve ser cuidadosa.
Manejo do gado
Manejo do gado
• Quanto mais agressivo o manejo, mais brusca
será a fuga.
• Trabalhando no limite da zona de
fuga, acompanhando o movimento do gado e
posicionando-nos corretamente, podemos levar
os animais para onde quisermos.
• Um bom posicionamento para manejar o gado é
locomover-mos paralelos a este.
Manejo do gado
• Não existem distâncias e
posicionamentos exatos para se
trabalhar, devemos observar os animais e
agir conforme a reação deles.
• Se eles virarem a cabeça para nos olhar ou
começarem a nos rodear, significa que estamos
colocando muita pressão.
Instalações
• O curral é o ponto central na fazenda;
• Não existe o curral perfeito. O mais importante é
que atenda bem às principais necessidades da
propriedade.
• O planejamento e montagem das instalação
demanda um alto investimento e deve ser feito
da melhor maneira.
• cercas inteiriças, tronco de contenção, boa
manutenção
Instalações
• Observar diferentes instalações,
• Planejar em função de suas reais necessidades,
• Desenhar suas ideias,
• Discutir com outras pessoas do ramo.
• Para a adoção de um manejo racional, não é
preciso construir um novo curral, é possível
fazer modificações bem planejadas, para
melhorar o manejo.
Dicas
• Planeje seus procedimentos de manejo;
• Selecione os bovinos de sua fazenda para
temperamento;
• Mantenha o gado familiarizado com as pessoas e
manejos;
• Manejo silencioso e calmo;
• Tenha um cuidado especial ao embarcar os animais.
• Elimine o uso de ferrões.
• O gado deve sair calmamente do curral para o pasto.
• O manejo adequado do gado deve ocorrer desde o
momento em que nascem.
Conclusão
• Os requisitos mais importantes para um bom
manejo: calma, observação e bom-senso.
O comportamento social dos
bovinos e o uso do espaço
Introdução
• Os bovinos são animais gregários, ou seja, vivem
em grupos,
• Indivíduos isolados do rebanho tornam-se
estressados.
• Competição por recursos, principalmente
quando escassos, resultando na apresentação de
interações agressivas entre os animais do mesmo
grupo ou rebanho.
Organização
• Em condições naturais apresentam padrões de
organização social, que definem como serão as
interações entre grupos e entre animais do
mesmo grupo.
• Conhecer esses padrões é indispensável para um
manejo adequado.
Comportamento
• Os animais não se dispersam ao acaso em seu
ambiente. Este falta de casualidade no uso do
espaço é relacionada com as estruturas física e
biológica do ambiente, com o clima e com o
comportamento social.
• Em rebanhos criados extensivamente e pouco
manejados os animais definem a sua área onde
ficam por mais tempo.
Comportamento
• Hoje em dia os rebanhos bovinos raramente
apresentam grupos sociais
naturais, basicamente porque tais grupos são
formados de acordo com os interesses do
homem.
• Formamos grupos de acordo com o sexo desde a
desmama, quando também separamos os
bezerros das suas mães, formamos também
grupos tendo em conta a idade dos animais ou
ainda conforme a produção de leite.
Dominância
• A dominância se estabelece nesses grupos pela
competição,
• O dominante é o indivíduo ou indivíduos do
grupo que ocupam as posições mais altas na
hierarquia
• Os submissos os que se submetem aos
dominantes.
• O que estabelece a posição na hierarquia são
peso, idade e raça.
Relações
• Há diferenças entre raças nas relações sociais
que determinam a hierarquia.
• Liderança: há sempre um animal que inicia o
deslocamento ou as mudanças de
atividade, quando ele é seguido pelos outros,
• Vacas mais velhas lideram os rebanhos.
• Esse comportamento pode ser muito útil para o
manejo do gado nas pastagens.
Relações
• Bovinos em condições de alta densidade
populacional, não podem evitar a violação de seu
espaço individual, o que pode resultar num
aumento de agressividade e estresse social,
• Em grupos grandes os animais podem ter
dificuldades em reconhecer cada companheiro e
em memorizar o "status" social de todos
eles, com isso também há um aumento na
incidência das interações agressivas .
• Lesões podem prejudicar a qualidade da carne.
Formação de grupos
• Não é claro qual o tamanho máximo que um
grupo de bovinos deva ter. Por conveniência no
manejo, talvez não devam ultrapassar 100
animais por grupo.
• É bom que o grupo seja estável em sua
composição,
• A entrada de outros animais, vai alterar a
hierarquia social previamente estabelecida, com
influências na produção e bem-estar.
O manejo e as alterações no
comportamento dos bovinos
• Há vários recursos e estímulos que são
necessários para que os bovinos se encontrem
em boas condições de bem-estar,:
• O espaço em si,
• Os abrigos
• Os alimentos
Manejo
• O gado tem boa memória e capacidade de
reconhecer pessoas, tornando-se cada vez mais
difícil de ser manejado, devido a ações
violentas, que resultam em experiências
negativas,
• Os bovinos regem mal à pessoas violentas e sem
calma no manejo.
Conseqüências do manejo agressivo
• Dificuldades no trabalho com o gado;
• Lesões nos animais
• Danos nas instalações
• Riscos de acidentes para os trabalhadores. A
intensidade dependerá das circunstâncias.
Conseqüências do manejo agressivo
• No manejo pré-abate as etapas mais críticas são
as de embarque e de desembarque dos animais.
• Os animais podem ficar estressados, resultando
em prejuízos para a carcaça e qualidade da
carne.
Adequar o manejo
• Para melhorar o manejo dos bovinos de corte, é
necessário ampliar o conhecimento sobre a
biologia do gado bovino, em particular dos
zebuínos.
• Melhorar as interações, minimizar riscos de
acidentes e garantir melhores desempenhos dos
animais e qualidade do produto obtido.
Manejo adequado
• Instalações adequadas
• Pessoal convenientemente treinado
• Animais com nível adequado de
reatividade
• Supervisão das atividades
Qualidade total no manejo de
bovinos de corte: sonho ou
realidade?
• A bovinocultura de corte tem se desenvolvido
rapidamente nos últimos anos,
• Maioria das pesquisas direcionadas às áreas de
nutrição, melhoramento genético e reprodução.
• Animal comparado com uma "máquina.
Temperamento
• A medida de temperamento é usada para
distinguir um indivíduo de outro com relação a
uma variedade de disposições primárias do
comportamento, dentre elas
agressividade, atividade e respostas emocionais.
• É um conceito bastante complexo, levando a
várias conotações interessantes e diferentes
definições por diferentes usuários.
Temperamento é uma característica
individual
• No contexto histórico da domesticação, as reações
emocionais dos animais em relação ao
homem, como a tendência de fuga ou de
agressão, provavelmente desempenharam
importante papel na definição daquele que seria
domesticado.
• Após o processo de domesticação o homem
continuou interessado em animais menos agressivos
e mais fáceis de lidar, promovendo a seleção de
indivíduos com as características mais desejáveis.
Reações emocionais
• Conhecer as reações emocionais dos animais
domésticos e quais seus efeitos sobre o sistema
produtivo;
• É possível modificar a intensidade dessas
reações pela seleção,
• É possível manejar, promovendo o
amansamento dos animais através dos processos
de habituação e de aprendizado associativo.
Herdabilidade
• A herdabilidade é o parâmetro pelo qual se
mede o grau em que a herança influencia uma
característica,
• Quando uma característica apresenta alta
herdabilidade, significa que é facilmente
repassada dos pais para os filhos.
• Baixa herdabilidade significa o oposto. A
característica não é transmitida aos
descendentes.
•
Bioclimatologia e comportamento animal

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

1 introdução à zootecnia
1 introdução à zootecnia1 introdução à zootecnia
1 introdução à zootecnia
gepaunipampa
 
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileiraAula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
Hugomar Elicker
 

Mais procurados (20)

Noções de Melhoramento Animal de Bovinos de Corte
Noções de Melhoramento Animal de Bovinos de CorteNoções de Melhoramento Animal de Bovinos de Corte
Noções de Melhoramento Animal de Bovinos de Corte
 
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carneBovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
Bovinos - Do bem-estar ao Processamento da carne
 
Bovinos de corte
Bovinos de corteBovinos de corte
Bovinos de corte
 
1 introdução à zootecnia
1 introdução à zootecnia1 introdução à zootecnia
1 introdução à zootecnia
 
NUTRIÇÃO ANIMAL INTRODUÇÃO
NUTRIÇÃO ANIMAL INTRODUÇÃONUTRIÇÃO ANIMAL INTRODUÇÃO
NUTRIÇÃO ANIMAL INTRODUÇÃO
 
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamentoManejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
Manejo racional de bovinos de leite e corte em confinamento
 
Introdução zootecnia bovinocultura de corte - 2012
Introdução zootecnia   bovinocultura de corte - 2012Introdução zootecnia   bovinocultura de corte - 2012
Introdução zootecnia bovinocultura de corte - 2012
 
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileiraAula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
Aula 1 panorama_geral_da_suinocultura_brasileira
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Ação da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticosAção da temperatura sobre os animais domésticos
Ação da temperatura sobre os animais domésticos
 
Manejo reprodutivo de bovinos
Manejo reprodutivo de bovinosManejo reprodutivo de bovinos
Manejo reprodutivo de bovinos
 
Forragicultura aula1
Forragicultura aula1Forragicultura aula1
Forragicultura aula1
 
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sistemas de criação e instalações para caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Bem-estar em avicultura e suinocultura
Bem-estar em avicultura e suinoculturaBem-estar em avicultura e suinocultura
Bem-estar em avicultura e suinocultura
 
bovinos+de+leite+ppt.ppt
bovinos+de+leite+ppt.pptbovinos+de+leite+ppt.ppt
bovinos+de+leite+ppt.ppt
 
Bioclimatologia aves
Bioclimatologia avesBioclimatologia aves
Bioclimatologia aves
 
Avicultura
AviculturaAvicultura
Avicultura
 
Caprinos nativos
Caprinos nativosCaprinos nativos
Caprinos nativos
 
Bem-estar animal 1
Bem-estar animal 1Bem-estar animal 1
Bem-estar animal 1
 
Ambiência, Comportamento e Bem-Estar de Bovinos Leiteiros
Ambiência, Comportamento e Bem-Estar de Bovinos Leiteiros Ambiência, Comportamento e Bem-Estar de Bovinos Leiteiros
Ambiência, Comportamento e Bem-Estar de Bovinos Leiteiros
 

Semelhante a Bioclimatologia e comportamento animal

2º tour técnico abs fl-ga 2011
2º tour técnico abs   fl-ga 20112º tour técnico abs   fl-ga 2011
2º tour técnico abs fl-ga 2011
Katya_C
 
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Pbsmal
 
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
robson sousa
 

Semelhante a Bioclimatologia e comportamento animal (20)

bem-estar.2021 (2).pdf
bem-estar.2021 (2).pdfbem-estar.2021 (2).pdf
bem-estar.2021 (2).pdf
 
abatehumanitriodesunos-140928135553-phpapp01.pdf
abatehumanitriodesunos-140928135553-phpapp01.pdfabatehumanitriodesunos-140928135553-phpapp01.pdf
abatehumanitriodesunos-140928135553-phpapp01.pdf
 
Factores Abióticos - Temperatura
Factores Abióticos - TemperaturaFactores Abióticos - Temperatura
Factores Abióticos - Temperatura
 
2º tour técnico abs fl-ga 2011
2º tour técnico abs   fl-ga 20112º tour técnico abs   fl-ga 2011
2º tour técnico abs fl-ga 2011
 
2º Tour Técnico ABS 2011
2º Tour Técnico ABS 20112º Tour Técnico ABS 2011
2º Tour Técnico ABS 2011
 
Saúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animalSaúde, nutrição e bem estar animal
Saúde, nutrição e bem estar animal
 
Aula manejo de animais.pptx
Aula manejo de animais.pptxAula manejo de animais.pptx
Aula manejo de animais.pptx
 
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfos
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfosProdução e Reprodução de Roedores e lagomorfos
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfos
 
Coelhos – pet ou animais de produção
Coelhos – pet ou animais de produçãoCoelhos – pet ou animais de produção
Coelhos – pet ou animais de produção
 
Bo
BoBo
Bo
 
Bo
BoBo
Bo
 
Bubalinocultura
BubalinoculturaBubalinocultura
Bubalinocultura
 
termorregulação_2018.pdf
termorregulação_2018.pdftermorregulação_2018.pdf
termorregulação_2018.pdf
 
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
Manejo de crias pbsm [modo de compatibilidade]
 
Sistemas de criação para ovinos e caprinos
Sistemas de criação para ovinos e caprinosSistemas de criação para ovinos e caprinos
Sistemas de criação para ovinos e caprinos
 
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do HomemO Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
O Comportamento Do CãO Em FunçãO Do Homem
 
Coelhos bioclimatologia
Coelhos bioclimatologiaCoelhos bioclimatologia
Coelhos bioclimatologia
 
Nutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de posturaNutrição e instalação para aves de postura
Nutrição e instalação para aves de postura
 
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
Aula2 suinoculturamododecompatibilidade-121217115717-phpapp01
 
ICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhosICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhos
 

Último

INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
ESCRIBA DE CRISTO
 
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
miguelfisica8479
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
rarakey779
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
AndriaNascimento27
 

Último (20)

ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptxATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
ATPCG 27.05 - Recomposição de aprendizagem.pptx
 
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimentoApresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
Apresentação de vocabulário fundamental em contexto de atendimento
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao AssédioApresentação Formação em Prevenção ao Assédio
Apresentação Formação em Prevenção ao Assédio
 
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA BÍBLICA [BIBLIOLOGIA]]
 
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco LeiteOs Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
Os Padres de Assaré - CE. Prof. Francisco Leite
 
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
05_Caderno_Algebra_Funcao_Logaritmica_Progressoes_2012 - 340 IMPRESSOS.pdf
 
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdfHans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
 
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdfOFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
OFICINA - CAFETERIA DAS HABILIDADES.pdf_20240516_002101_0000.pdf
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básicoPowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
PowerPoint Folha de cálculo Excel 5 e 6 anos do ensino básico
 
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persaConteúdo sobre a formação e expansão persa
Conteúdo sobre a formação e expansão persa
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
FUNBIO 1-AÇÃO & EFEITO HORMONAL NO METABOLISMO-ALUNOS.pptx
FUNBIO 1-AÇÃO & EFEITO HORMONAL NO METABOLISMO-ALUNOS.pptxFUNBIO 1-AÇÃO & EFEITO HORMONAL NO METABOLISMO-ALUNOS.pptx
FUNBIO 1-AÇÃO & EFEITO HORMONAL NO METABOLISMO-ALUNOS.pptx
 
Manual de Direito do Trabalho - Adriana Calvo - 2020.pdf
Manual de Direito do Trabalho - Adriana Calvo - 2020.pdfManual de Direito do Trabalho - Adriana Calvo - 2020.pdf
Manual de Direito do Trabalho - Adriana Calvo - 2020.pdf
 
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ISequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental I
 
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptx
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
 
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxSlides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptx
 

Bioclimatologia e comportamento animal

  • 1. Vanderlei Holz Lermen Curso Técnico em Agropecuária SETREM
  • 3. Valores de certas funções fisiológicas e de rendimento de uma vaca holandesa em lactação em um ambiente de conforto (180C) e em um ambiente desconfortável (300C)
  • 4. Efeito do clima sobre os animais (ação direta e indireta) • temperatura • umidade relativa do ar • radiação solar • pressão atmosférica • ventos • precipitação • nebulosidade • fenômenos óticos (luz) • fertilidade do solo e pH • • Efeito indireto: alimentação, doenças parasitárias e infecto-contagiosas
  • 5. Regulação térmica nos animais • Os animais poiquilotérmicos são animais de “sangue-frio”, ou também designados por exotérmicos. • Estes não têm mecanismo de controle da temperatura interna do seu corpo, assim o seu metabolismo dependente do meio externo.
  • 6. Animais homeotérmicos ou endotérmicos • Aves e mamíferos; • Temperatura corporal interna permanece constante, independentemente das variações da temperatura do meio externo. • Termorregulação: temperatura corporal interna é regulada de forma bastante precisa através de processos metabólicos.
  • 8. Artifícios do organismo para realizar a regulação térmica • vasomotor - controle do fluxo de sangue aos tecidos externos • pilomotor - controle da ereção dos pêlos para formar uma camada de ar protetora • perdas evaporativas - suor e frequência respiratória • modificação nas taxas metabólicas • calor metabólico devido a ingestão de alimentos • atividade muscular
  • 9. Formas de perder calor • Radiação, • condução, • convecção, • evaporação • Na faixa de conforto - 75% das perdas de calor são por condução, radiação e convecção • Em temperaturas elevadas a transferência de calor é por evaporação
  • 10. Temperatura retal de algumas espécies animais
  • 11. Característica anatômicas que influências na adaptação dos animais em climas tropicais • Pele - coloração e espessura • Pigmentação - evita queimaduras e fotossensibilidade por isso pele escura • Espessura - pele fina favorece a perda de calor
  • 12. Espessura da pele (mm) de algumas raças bovinas
  • 13. Cobertura pilosa • O bulbo piloso possui melanócitos de cor branca que ao contato da luz e ação da tirosinase fica negro e impede a passagem dos raios ultravioletas, protegendo o animal do eritema solar. • A medula dos pelos, mais presente nos zebuínos e na raça Jersey e parece estar associado ao grau de adaptação em clima tropical.
  • 14. Cor do pelame e absorção e reflexão do calor proveniente de radiação solar
  • 15. Aparelho Sudoríparo • Acima de 350C é a única forma de perder calor • Tipos de glândulas sudoríparas • Glândulas sudoríparas ecrinas - são glândulas menos profundas que se localizam na porção papilar da derme, onde se encontram as células secretoras e inicia-se o canal excretor. • Glândulas sudoríparas apócrinas - são localizadas em porção mais profunda na derme aparecem associadas ao folículo piloso e glândulas sebáceas.
  • 16. Ritmo respiratório • Aumento nos movimentos respiratórios é um mecanismo para dissipar calor por evaporação, porém sua eficiência está inversamente relacionada a umidade relativa do ar. • Ritmo respiratório de 23/min a 100C • A cada aumento de 100C na temperatura, ocorre uma duplicação dos movimentos respiratórios
  • 17. Consumo alimentar • Aumento da temperatura - diminui a ingestão de alimentos • Vacas lactantes de origem européia diminuem a ingestão de alimentos a partir de 250C, acentua em 300C e paralisa em 400C, • Raças zebuínas somente apresentam redução entre 32 e 350C.
  • 18. Ingestão de água • Aumenta a ingestão de água a partir de 40C, bem como a frequência de ingestão • Para cada grau de temperatura a mais, novilhas leiteiras, ingerem cerca de 0,16 l de água e com a redução da ingestão de alimentos (32,20C a 370C) também diminuem o consumo de água e a produção de leite.
  • 19. Produção de leite • Temperatura ótima entre 10 a 180C • Acima de 270C a diminição é marcante • Animais da raça Holandesa diminuem a produção de leite a partir de 210C, Jersey e Pardo Suiça entre 24 e 270C e Zebu, 320C. • Temperatura mínima crítica: • Jersey - 20C • Holandês - 130C.
  • 20. Composição do leite • Com o estresse pelo calor o teor de NNP, ácidos palmítico e esteárico aumentam, enquanto diminuem a gordura, os sólidos totais, N total, lactose, ácidos graxos de cadeia curta, ác. oleico, ácido cítrico e cálcio.
  • 21. Crescimento Corporal • Afeta negativamente o crescimento fetal de animais não adaptados e diminui sua possibilidade de sobrevivência ao nascer. • A diferença de peso pode ser de 2 a 10 kg. • A zona de conforto das raças européias é de 0,5 a 16 0C e o crescimento é diminuido a partir de 240C, chegando a paralizar o crescimento aos 320C, aos 410C entra em prostração e pode morrer.
  • 22. Reprodução • Nos machos afeta os testículos, diminuindo o peso, degenerando os túbulos seminíferos e reduzindo a qualidade do sêmen e volume. • Sobre as fêmeas há retardo da puberdade, anestro, deprime o estro, diminui o índice de concepção, induz abortos e aumenta a mortalidade perinatal.
  • 23.
  • 24. Temperamento • Reação e comportamento em diferentes situações; • Temperamento tem componentes genéticos - variando conforme a raça e o indivíduo; • O temperamento do rebanho pode ser melhorado por seleção genética e descarte. • Melhorias por mudanças no manejo, cercas, currais; • Animais fora de controle devem ser descartados. • Descarte e relação manejo.
  • 25. Memória • Ótima memória. • Se tiver sido mal manejado no passado, o bovino se estressará mais e será mais difícil de lidar no futuro. • A primeira experiência com novas instalações, pessoas ou equipamentos, deve ser o mais positiva possível.
  • 26. Visão • Visão "panorâmica" (uma característica de defesa contra predadores), podendo olhar ao redor sem virar suas cabeças. • Têm percepção de profundidade inferior a nossa, e têm dificuldade de percebê-la ao nível do chão. • Em ambientes escuros a tendência é se moverem em direção à luz, desde que não esteja ofuscando seus olhos.
  • 27. Sons • Bovinos são mais sensíveis a sons de alta freqüência. Ruídos altos ou desconhecidos podem assustar os animais. • Sons moderados e contínuos podem ser tranqüilizantes. • Ao trabalhar com animais falar calmamente, com um baixo tom de voz. • Gritar com um animal deixa-o assustado.
  • 28. Em movimento • O gado possui um movimento natural de caminhar em círculo. • Instalações em curva tiram vantagem desta característica.
  • 29. Instinto social • Bovinos são animais sociais. • Isolamento é um grande fator de estresse. • Grupos de animais que mantêm contato corporal permanecem calmos.
  • 30. “Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio" • "Zona de fuga" é o espaço individual de cada animal que delimita a “distância de fuga" que ele se mantém de uma pessoa ou predador. • Quando pressionamos no limite da zona de fuga do animal, este se afasta. Penetração acentuada na zona de fuga pode causar pânico.
  • 31. “Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio" • O tamanho e formato desta área são dinâmicos, • Depende da genética, experiências prévias, o ambiente físico e biológico, a maneira como uma pessoa se aproxima. • Animais muito mansos se deixam tocar normalmente - distância de fuga zero; • Assustados, a distância de fuga se fará presente. • O ponto de equilíbrio localiza-se no “ombro" (pá, paleta etc.) do bovino. Se você pressionar por atrás do ponto de balanço o animal moverá para frente. Se pressionar além do ponto de balanço o animal recuará.
  • 32. Manejo do gado • Mudança de atitude – difícil em um sistema de manejo; • Não usar a força; • Para maior eficiência e facilidade no trabalho, o gado deve estar mais tranquilo possível; • Somos nos os responsáveis pela tranquilidade dos animais.
  • 33. Manejo do gado • No curral ou em área aberta, a condução dos bovinos é uma questão de posicionamento e pressão. • Não devemos nunca pressionar diretamente por trás. • Movimentos em um sentido de "vai e vem", como que fazendo um "zig-zag", • A aproximação deve ser cuidadosa.
  • 35. Manejo do gado • Quanto mais agressivo o manejo, mais brusca será a fuga. • Trabalhando no limite da zona de fuga, acompanhando o movimento do gado e posicionando-nos corretamente, podemos levar os animais para onde quisermos. • Um bom posicionamento para manejar o gado é locomover-mos paralelos a este.
  • 36. Manejo do gado • Não existem distâncias e posicionamentos exatos para se trabalhar, devemos observar os animais e agir conforme a reação deles. • Se eles virarem a cabeça para nos olhar ou começarem a nos rodear, significa que estamos colocando muita pressão.
  • 37. Instalações • O curral é o ponto central na fazenda; • Não existe o curral perfeito. O mais importante é que atenda bem às principais necessidades da propriedade. • O planejamento e montagem das instalação demanda um alto investimento e deve ser feito da melhor maneira. • cercas inteiriças, tronco de contenção, boa manutenção
  • 38. Instalações • Observar diferentes instalações, • Planejar em função de suas reais necessidades, • Desenhar suas ideias, • Discutir com outras pessoas do ramo. • Para a adoção de um manejo racional, não é preciso construir um novo curral, é possível fazer modificações bem planejadas, para melhorar o manejo.
  • 39. Dicas • Planeje seus procedimentos de manejo; • Selecione os bovinos de sua fazenda para temperamento; • Mantenha o gado familiarizado com as pessoas e manejos; • Manejo silencioso e calmo; • Tenha um cuidado especial ao embarcar os animais. • Elimine o uso de ferrões. • O gado deve sair calmamente do curral para o pasto. • O manejo adequado do gado deve ocorrer desde o momento em que nascem.
  • 40. Conclusão • Os requisitos mais importantes para um bom manejo: calma, observação e bom-senso.
  • 41. O comportamento social dos bovinos e o uso do espaço
  • 42. Introdução • Os bovinos são animais gregários, ou seja, vivem em grupos, • Indivíduos isolados do rebanho tornam-se estressados. • Competição por recursos, principalmente quando escassos, resultando na apresentação de interações agressivas entre os animais do mesmo grupo ou rebanho.
  • 43. Organização • Em condições naturais apresentam padrões de organização social, que definem como serão as interações entre grupos e entre animais do mesmo grupo. • Conhecer esses padrões é indispensável para um manejo adequado.
  • 44. Comportamento • Os animais não se dispersam ao acaso em seu ambiente. Este falta de casualidade no uso do espaço é relacionada com as estruturas física e biológica do ambiente, com o clima e com o comportamento social. • Em rebanhos criados extensivamente e pouco manejados os animais definem a sua área onde ficam por mais tempo.
  • 45. Comportamento • Hoje em dia os rebanhos bovinos raramente apresentam grupos sociais naturais, basicamente porque tais grupos são formados de acordo com os interesses do homem. • Formamos grupos de acordo com o sexo desde a desmama, quando também separamos os bezerros das suas mães, formamos também grupos tendo em conta a idade dos animais ou ainda conforme a produção de leite.
  • 46.
  • 47. Dominância • A dominância se estabelece nesses grupos pela competição, • O dominante é o indivíduo ou indivíduos do grupo que ocupam as posições mais altas na hierarquia • Os submissos os que se submetem aos dominantes. • O que estabelece a posição na hierarquia são peso, idade e raça.
  • 48. Relações • Há diferenças entre raças nas relações sociais que determinam a hierarquia. • Liderança: há sempre um animal que inicia o deslocamento ou as mudanças de atividade, quando ele é seguido pelos outros, • Vacas mais velhas lideram os rebanhos. • Esse comportamento pode ser muito útil para o manejo do gado nas pastagens.
  • 49. Relações • Bovinos em condições de alta densidade populacional, não podem evitar a violação de seu espaço individual, o que pode resultar num aumento de agressividade e estresse social, • Em grupos grandes os animais podem ter dificuldades em reconhecer cada companheiro e em memorizar o "status" social de todos eles, com isso também há um aumento na incidência das interações agressivas . • Lesões podem prejudicar a qualidade da carne.
  • 50. Formação de grupos • Não é claro qual o tamanho máximo que um grupo de bovinos deva ter. Por conveniência no manejo, talvez não devam ultrapassar 100 animais por grupo. • É bom que o grupo seja estável em sua composição, • A entrada de outros animais, vai alterar a hierarquia social previamente estabelecida, com influências na produção e bem-estar.
  • 51. O manejo e as alterações no comportamento dos bovinos
  • 52. • Há vários recursos e estímulos que são necessários para que os bovinos se encontrem em boas condições de bem-estar,: • O espaço em si, • Os abrigos • Os alimentos
  • 53. Manejo • O gado tem boa memória e capacidade de reconhecer pessoas, tornando-se cada vez mais difícil de ser manejado, devido a ações violentas, que resultam em experiências negativas, • Os bovinos regem mal à pessoas violentas e sem calma no manejo.
  • 54.
  • 55. Conseqüências do manejo agressivo • Dificuldades no trabalho com o gado; • Lesões nos animais • Danos nas instalações • Riscos de acidentes para os trabalhadores. A intensidade dependerá das circunstâncias.
  • 56. Conseqüências do manejo agressivo • No manejo pré-abate as etapas mais críticas são as de embarque e de desembarque dos animais. • Os animais podem ficar estressados, resultando em prejuízos para a carcaça e qualidade da carne.
  • 57. Adequar o manejo • Para melhorar o manejo dos bovinos de corte, é necessário ampliar o conhecimento sobre a biologia do gado bovino, em particular dos zebuínos. • Melhorar as interações, minimizar riscos de acidentes e garantir melhores desempenhos dos animais e qualidade do produto obtido.
  • 58. Manejo adequado • Instalações adequadas • Pessoal convenientemente treinado • Animais com nível adequado de reatividade • Supervisão das atividades
  • 59. Qualidade total no manejo de bovinos de corte: sonho ou realidade?
  • 60. • A bovinocultura de corte tem se desenvolvido rapidamente nos últimos anos, • Maioria das pesquisas direcionadas às áreas de nutrição, melhoramento genético e reprodução. • Animal comparado com uma "máquina.
  • 61.
  • 62. Temperamento • A medida de temperamento é usada para distinguir um indivíduo de outro com relação a uma variedade de disposições primárias do comportamento, dentre elas agressividade, atividade e respostas emocionais. • É um conceito bastante complexo, levando a várias conotações interessantes e diferentes definições por diferentes usuários.
  • 63. Temperamento é uma característica individual • No contexto histórico da domesticação, as reações emocionais dos animais em relação ao homem, como a tendência de fuga ou de agressão, provavelmente desempenharam importante papel na definição daquele que seria domesticado. • Após o processo de domesticação o homem continuou interessado em animais menos agressivos e mais fáceis de lidar, promovendo a seleção de indivíduos com as características mais desejáveis.
  • 64. Reações emocionais • Conhecer as reações emocionais dos animais domésticos e quais seus efeitos sobre o sistema produtivo; • É possível modificar a intensidade dessas reações pela seleção, • É possível manejar, promovendo o amansamento dos animais através dos processos de habituação e de aprendizado associativo.
  • 65. Herdabilidade • A herdabilidade é o parâmetro pelo qual se mede o grau em que a herança influencia uma característica, • Quando uma característica apresenta alta herdabilidade, significa que é facilmente repassada dos pais para os filhos. • Baixa herdabilidade significa o oposto. A característica não é transmitida aos descendentes. •