3. Valores de certas funções fisiológicas e de rendimento de uma vaca
holandesa em lactação em um ambiente de conforto (180C) e em
um ambiente desconfortável (300C)
4. Efeito do clima sobre os animais (ação
direta e indireta)
• temperatura
• umidade relativa do ar
• radiação solar
• pressão atmosférica
• ventos
• precipitação
• nebulosidade
• fenômenos óticos (luz)
• fertilidade do solo e pH
•
• Efeito indireto: alimentação, doenças parasitárias e
infecto-contagiosas
5. Regulação térmica nos animais
• Os animais poiquilotérmicos são animais de
“sangue-frio”, ou também designados por
exotérmicos.
• Estes não têm mecanismo de controle da
temperatura interna do seu corpo, assim o seu
metabolismo dependente do meio externo.
6. Animais homeotérmicos ou
endotérmicos
• Aves e mamíferos;
• Temperatura corporal interna permanece
constante, independentemente das variações da
temperatura do meio externo.
• Termorregulação:
temperatura corporal interna é
regulada de forma bastante precisa
através de processos metabólicos.
8. Artifícios do organismo para realizar a
regulação térmica
• vasomotor - controle do fluxo de sangue aos
tecidos externos
• pilomotor - controle da ereção dos pêlos para
formar uma camada de ar protetora
• perdas evaporativas - suor e frequência
respiratória
• modificação nas taxas metabólicas
• calor metabólico devido a ingestão de alimentos
• atividade muscular
9. Formas de perder calor
• Radiação,
• condução,
• convecção,
• evaporação
• Na faixa de conforto - 75% das perdas de calor
são por condução, radiação e convecção
• Em temperaturas elevadas a transferência de
calor é por evaporação
11. Característica anatômicas que
influências na adaptação dos animais
em climas tropicais
• Pele - coloração e espessura
• Pigmentação - evita queimaduras e
fotossensibilidade por isso pele escura
• Espessura - pele fina favorece a perda de calor
13. Cobertura pilosa
• O bulbo piloso possui melanócitos de cor branca
que ao contato da luz e ação da tirosinase fica
negro e impede a passagem dos raios
ultravioletas, protegendo o animal do eritema
solar.
• A medula dos pelos, mais presente nos zebuínos
e na raça Jersey e parece estar associado ao grau
de adaptação em clima tropical.
14. Cor do pelame e absorção e reflexão
do calor proveniente de radiação solar
15. Aparelho Sudoríparo
• Acima de 350C é a única forma de perder calor
• Tipos de glândulas sudoríparas
• Glândulas sudoríparas ecrinas - são glândulas
menos profundas que se localizam na porção papilar
da derme, onde se encontram as células secretoras e
inicia-se o canal excretor.
• Glândulas sudoríparas apócrinas - são localizadas
em porção mais profunda na derme aparecem
associadas ao folículo piloso e glândulas sebáceas.
16. Ritmo respiratório
• Aumento nos movimentos respiratórios é um
mecanismo para dissipar calor por
evaporação, porém sua eficiência está
inversamente relacionada a umidade relativa do
ar.
• Ritmo respiratório de 23/min a 100C
• A cada aumento de 100C na temperatura, ocorre
uma duplicação dos movimentos respiratórios
17. Consumo alimentar
• Aumento da temperatura - diminui a ingestão de
alimentos
• Vacas lactantes de origem européia diminuem a
ingestão de alimentos a partir de 250C, acentua
em 300C e paralisa em 400C,
• Raças zebuínas somente apresentam redução
entre 32 e 350C.
18. Ingestão de água
• Aumenta a ingestão de água a partir de 40C, bem
como a frequência de ingestão
• Para cada grau de temperatura a mais, novilhas
leiteiras, ingerem cerca de 0,16 l de água e com a
redução da ingestão de alimentos (32,20C a
370C) também diminuem o consumo de água e a
produção de leite.
19. Produção de leite
• Temperatura ótima entre 10 a 180C
• Acima de 270C a diminição é marcante
• Animais da raça Holandesa diminuem a
produção de leite a partir de 210C, Jersey e
Pardo Suiça entre 24 e 270C e Zebu, 320C.
• Temperatura mínima crítica:
• Jersey - 20C
• Holandês - 130C.
20. Composição do leite
• Com o estresse pelo calor o teor de NNP, ácidos
palmítico e esteárico aumentam, enquanto
diminuem a gordura, os sólidos totais, N
total, lactose, ácidos graxos de cadeia curta, ác.
oleico, ácido cítrico e cálcio.
21. Crescimento Corporal
• Afeta negativamente o crescimento fetal de
animais não adaptados e diminui sua
possibilidade de sobrevivência ao nascer.
• A diferença de peso pode ser de 2 a 10 kg.
• A zona de conforto das raças européias é de 0,5 a
16 0C e o crescimento é diminuido a partir de
240C, chegando a paralizar o crescimento aos
320C, aos 410C entra em prostração e pode
morrer.
22. Reprodução
• Nos machos afeta os testículos, diminuindo o
peso, degenerando os túbulos seminíferos e
reduzindo a qualidade do sêmen e volume.
• Sobre as fêmeas há retardo da
puberdade, anestro, deprime o estro, diminui o
índice de concepção, induz abortos e aumenta a
mortalidade perinatal.
23.
24. Temperamento
• Reação e comportamento em diferentes
situações;
• Temperamento tem componentes genéticos -
variando conforme a raça e o indivíduo;
• O temperamento do rebanho pode ser
melhorado por seleção genética e descarte.
• Melhorias por mudanças no
manejo, cercas, currais;
• Animais fora de controle devem ser descartados.
• Descarte e relação manejo.
25. Memória
• Ótima memória.
• Se tiver sido mal manejado no passado, o bovino
se estressará mais e será mais difícil de lidar no
futuro.
• A primeira experiência com novas
instalações, pessoas ou equipamentos, deve ser o
mais positiva possível.
26. Visão
• Visão "panorâmica" (uma característica de
defesa contra predadores), podendo olhar ao
redor sem virar suas cabeças.
• Têm percepção de profundidade inferior a
nossa, e têm dificuldade de percebê-la ao nível
do chão.
• Em ambientes escuros a tendência é se moverem
em direção à luz, desde que não esteja ofuscando
seus olhos.
27. Sons
• Bovinos são mais sensíveis a sons de alta
freqüência. Ruídos altos ou desconhecidos
podem assustar os animais.
• Sons moderados e contínuos podem ser
tranqüilizantes.
• Ao trabalhar com animais falar
calmamente, com um baixo tom de voz.
• Gritar com um animal deixa-o assustado.
28. Em movimento
• O gado possui um movimento natural de
caminhar em círculo.
• Instalações em curva tiram vantagem desta
característica.
29. Instinto social
• Bovinos são animais sociais.
• Isolamento é um grande fator de estresse.
• Grupos de animais que mantêm contato corporal
permanecem calmos.
30. “Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio"
• "Zona de fuga" é o espaço individual de cada
animal que delimita a “distância de fuga" que ele
se mantém de uma pessoa ou predador.
• Quando pressionamos no limite da zona de fuga
do animal, este se afasta. Penetração acentuada
na zona de fuga pode causar pânico.
31. “Zona de fuga" e "ponto de equilíbrio"
• O tamanho e formato desta área são dinâmicos,
• Depende da genética, experiências prévias, o
ambiente físico e biológico, a maneira como uma
pessoa se aproxima.
• Animais muito mansos se deixam tocar
normalmente - distância de fuga zero;
• Assustados, a distância de fuga se fará presente.
• O ponto de equilíbrio localiza-se no “ombro"
(pá, paleta etc.) do bovino. Se você pressionar por
atrás do ponto de balanço o animal moverá para
frente. Se pressionar além do ponto de balanço o
animal recuará.
32. Manejo do gado
• Mudança de atitude – difícil em um sistema de
manejo;
• Não usar a força;
• Para maior eficiência e facilidade no trabalho, o
gado deve estar mais tranquilo possível;
• Somos nos os responsáveis pela tranquilidade
dos animais.
33. Manejo do gado
• No curral ou em área aberta, a condução dos
bovinos é uma questão de posicionamento e
pressão.
• Não devemos nunca pressionar diretamente por
trás.
• Movimentos em um sentido de "vai e
vem", como que fazendo um "zig-zag",
• A aproximação deve ser cuidadosa.
35. Manejo do gado
• Quanto mais agressivo o manejo, mais brusca
será a fuga.
• Trabalhando no limite da zona de
fuga, acompanhando o movimento do gado e
posicionando-nos corretamente, podemos levar
os animais para onde quisermos.
• Um bom posicionamento para manejar o gado é
locomover-mos paralelos a este.
36. Manejo do gado
• Não existem distâncias e
posicionamentos exatos para se
trabalhar, devemos observar os animais e
agir conforme a reação deles.
• Se eles virarem a cabeça para nos olhar ou
começarem a nos rodear, significa que estamos
colocando muita pressão.
37. Instalações
• O curral é o ponto central na fazenda;
• Não existe o curral perfeito. O mais importante é
que atenda bem às principais necessidades da
propriedade.
• O planejamento e montagem das instalação
demanda um alto investimento e deve ser feito
da melhor maneira.
• cercas inteiriças, tronco de contenção, boa
manutenção
38. Instalações
• Observar diferentes instalações,
• Planejar em função de suas reais necessidades,
• Desenhar suas ideias,
• Discutir com outras pessoas do ramo.
• Para a adoção de um manejo racional, não é
preciso construir um novo curral, é possível
fazer modificações bem planejadas, para
melhorar o manejo.
39. Dicas
• Planeje seus procedimentos de manejo;
• Selecione os bovinos de sua fazenda para
temperamento;
• Mantenha o gado familiarizado com as pessoas e
manejos;
• Manejo silencioso e calmo;
• Tenha um cuidado especial ao embarcar os animais.
• Elimine o uso de ferrões.
• O gado deve sair calmamente do curral para o pasto.
• O manejo adequado do gado deve ocorrer desde o
momento em que nascem.
42. Introdução
• Os bovinos são animais gregários, ou seja, vivem
em grupos,
• Indivíduos isolados do rebanho tornam-se
estressados.
• Competição por recursos, principalmente
quando escassos, resultando na apresentação de
interações agressivas entre os animais do mesmo
grupo ou rebanho.
43. Organização
• Em condições naturais apresentam padrões de
organização social, que definem como serão as
interações entre grupos e entre animais do
mesmo grupo.
• Conhecer esses padrões é indispensável para um
manejo adequado.
44. Comportamento
• Os animais não se dispersam ao acaso em seu
ambiente. Este falta de casualidade no uso do
espaço é relacionada com as estruturas física e
biológica do ambiente, com o clima e com o
comportamento social.
• Em rebanhos criados extensivamente e pouco
manejados os animais definem a sua área onde
ficam por mais tempo.
45. Comportamento
• Hoje em dia os rebanhos bovinos raramente
apresentam grupos sociais
naturais, basicamente porque tais grupos são
formados de acordo com os interesses do
homem.
• Formamos grupos de acordo com o sexo desde a
desmama, quando também separamos os
bezerros das suas mães, formamos também
grupos tendo em conta a idade dos animais ou
ainda conforme a produção de leite.
46.
47. Dominância
• A dominância se estabelece nesses grupos pela
competição,
• O dominante é o indivíduo ou indivíduos do
grupo que ocupam as posições mais altas na
hierarquia
• Os submissos os que se submetem aos
dominantes.
• O que estabelece a posição na hierarquia são
peso, idade e raça.
48. Relações
• Há diferenças entre raças nas relações sociais
que determinam a hierarquia.
• Liderança: há sempre um animal que inicia o
deslocamento ou as mudanças de
atividade, quando ele é seguido pelos outros,
• Vacas mais velhas lideram os rebanhos.
• Esse comportamento pode ser muito útil para o
manejo do gado nas pastagens.
49. Relações
• Bovinos em condições de alta densidade
populacional, não podem evitar a violação de seu
espaço individual, o que pode resultar num
aumento de agressividade e estresse social,
• Em grupos grandes os animais podem ter
dificuldades em reconhecer cada companheiro e
em memorizar o "status" social de todos
eles, com isso também há um aumento na
incidência das interações agressivas .
• Lesões podem prejudicar a qualidade da carne.
50. Formação de grupos
• Não é claro qual o tamanho máximo que um
grupo de bovinos deva ter. Por conveniência no
manejo, talvez não devam ultrapassar 100
animais por grupo.
• É bom que o grupo seja estável em sua
composição,
• A entrada de outros animais, vai alterar a
hierarquia social previamente estabelecida, com
influências na produção e bem-estar.
51. O manejo e as alterações no
comportamento dos bovinos
52. • Há vários recursos e estímulos que são
necessários para que os bovinos se encontrem
em boas condições de bem-estar,:
• O espaço em si,
• Os abrigos
• Os alimentos
53. Manejo
• O gado tem boa memória e capacidade de
reconhecer pessoas, tornando-se cada vez mais
difícil de ser manejado, devido a ações
violentas, que resultam em experiências
negativas,
• Os bovinos regem mal à pessoas violentas e sem
calma no manejo.
54.
55. Conseqüências do manejo agressivo
• Dificuldades no trabalho com o gado;
• Lesões nos animais
• Danos nas instalações
• Riscos de acidentes para os trabalhadores. A
intensidade dependerá das circunstâncias.
56. Conseqüências do manejo agressivo
• No manejo pré-abate as etapas mais críticas são
as de embarque e de desembarque dos animais.
• Os animais podem ficar estressados, resultando
em prejuízos para a carcaça e qualidade da
carne.
57. Adequar o manejo
• Para melhorar o manejo dos bovinos de corte, é
necessário ampliar o conhecimento sobre a
biologia do gado bovino, em particular dos
zebuínos.
• Melhorar as interações, minimizar riscos de
acidentes e garantir melhores desempenhos dos
animais e qualidade do produto obtido.
58. Manejo adequado
• Instalações adequadas
• Pessoal convenientemente treinado
• Animais com nível adequado de
reatividade
• Supervisão das atividades
60. • A bovinocultura de corte tem se desenvolvido
rapidamente nos últimos anos,
• Maioria das pesquisas direcionadas às áreas de
nutrição, melhoramento genético e reprodução.
• Animal comparado com uma "máquina.
61.
62. Temperamento
• A medida de temperamento é usada para
distinguir um indivíduo de outro com relação a
uma variedade de disposições primárias do
comportamento, dentre elas
agressividade, atividade e respostas emocionais.
• É um conceito bastante complexo, levando a
várias conotações interessantes e diferentes
definições por diferentes usuários.
63. Temperamento é uma característica
individual
• No contexto histórico da domesticação, as reações
emocionais dos animais em relação ao
homem, como a tendência de fuga ou de
agressão, provavelmente desempenharam
importante papel na definição daquele que seria
domesticado.
• Após o processo de domesticação o homem
continuou interessado em animais menos agressivos
e mais fáceis de lidar, promovendo a seleção de
indivíduos com as características mais desejáveis.
64. Reações emocionais
• Conhecer as reações emocionais dos animais
domésticos e quais seus efeitos sobre o sistema
produtivo;
• É possível modificar a intensidade dessas
reações pela seleção,
• É possível manejar, promovendo o
amansamento dos animais através dos processos
de habituação e de aprendizado associativo.
65. Herdabilidade
• A herdabilidade é o parâmetro pelo qual se
mede o grau em que a herança influencia uma
característica,
• Quando uma característica apresenta alta
herdabilidade, significa que é facilmente
repassada dos pais para os filhos.
• Baixa herdabilidade significa o oposto. A
característica não é transmitida aos
descendentes.
•