O documento discute o manejo de cães e gatos, incluindo sua alimentação, reprodução e cuidados. Ele fornece informações sobre os diferentes tipos de animais encontrados em vias públicas, alimentos que não devem ser dados a cães e gatos, sinais da gravidez e parto em cadelas.
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Manejo de cães e gatos
1. Manejo de pequenos animais
Curso Auxiliar Veterinário
Curso Plenarius – Juiz de Fora
Prof.: Alexandre do Valle Nogueira
2. Introdução
• Os cães e os gatos visualizados em vias
públicas podem ser enquadrados como:
• animais semi-domiciliados (aqueles que
possuem um responsável, mas permanecem
com livre acesso à rua);
3. • animais comunitários (aqueles que
estabelecem com a comunidade fortes
vínculos de dependência e manutenção)
4. • e animais em situação de abandono (aqueles
que não estabeleceram vínculo com a
comunidade, que não possuem local fixo para
abrigar-se, obter alimento e que podem
percorrer longas distâncias até obter o que
necessitam.
5. Manejo e Controle
• Assim, pode-se constatar que as propostas
para manejo e controle das populações de
cães e gatos serão efetivas somente com o
envolvimento de diversos atores sociais.
6. Atividades
• As atividades de manejo das populações de
cães e gatos realizadas no Brasil objetivam, em
sua maioria, o controle de zoonoses de
relevância, como a raiva e a leishmaniose
visceral.
7. Manejo
• Sendo assim, são reconhecidos três métodos
para o manejo da população canina: restrição
da movimentação, controle do habitat e
controle reprodutivo.
8. • O raciocínio é reduzir o fluxo da população
canina e o número de cães suscetíveis à raiva,
através de castração e vacinação.
9. Alimentação
• Animais de estimação são preferência
nacional, mas muitos donos de cães e gatos
ainda têm dúvidas sobre a alimentação
adequada. Para quem tem os dois animais a
principal dica é: nunca dê alimentos de cães
para gatos e vice-versa.
10. • Estes bichos possuem metabolismos
diferentes, necessidades nutricionais
específicas e alguns nutrientes que são
essenciais em determinadas quantidades para
um podem comprometer a saúde do outro.
11. • É necessário ficar alerta e fornecer apenas a
nutrição recomendada de acordo com o
animal (cão ou gato) e fase (filhote, adulto,
idoso, gestante e lactante).
12. Alimentação de cães:
• Assim como a dieta humana, a saúde dos
cães depende de uma alimentação correta e
balanceada que contenha um amplo conjunto
de nutrientes para suprir todas as
necessidades diárias, são eles, vitaminas,
minerais e água.
• Nutrientes como proteínas, gorduras,
carboidratos
13. • Cães domésticos devem ter horário, tempo e
quantidade de ração controlada. No caso de
filhotes, o ideal é fornecer a quantidade diária
de alimento, indicada pelo fabricante da
ração, dividida em no mínimo três refeições,
para adultos duas e idosos também três. Cada
refeição deve durar aproximadamente 15
minutos.
14. Alimentação de gatos:
• Os gatos descendem de uma espécie
selvagem que viveu em regiões desérticas da
África onde tinham hábitos solitários e
caçavam várias vezes ao dia pequenas presas
como pássaros e ratos.
15. • Este fato explica o fato destes animais
apresentarem ingestão mais lenta do alimento
e grande número de pequenas refeições ao
longo do dia. A melhor opção para esta
espécie é deixar o alimento a vontade e a
quantidade controlada conforme a indicação
da embalagem.
16. • Os cuidados com o manejo alimentar também
são importantes, tendo em vista o trato
urinário dos felinos e a propensão da
concentração de urina, o que favorece a
formação de cálculos urinários.
17. • Deve ser estimulada a ingestão de água limpa,
colocada à disposição em um local calmo e
seguro, observando a preferência dos animais.
Por exemplo, alguns gatos preferem água
corrente: como uma torneira ou fonte ou em
uma bacia ampla de água.
18. • Um fenômeno relativamente comum em gatos
é a formação das bolas de pelos, também
conhecida como hairballs, consequência dos
hábitos higiênicos, que consiste no ato de se
lamber.
19. • A língua destes animais apresenta estruturas
que funcionam como uma lixa e retiram os
pelos soltos na superfície da pele.
20. • Neste processo, na maioria das vezes, muitos
pelos são engolidos pelo gato e acabam se
misturando com restos de alimentos e
secreções, formando bolas de pelos, que
podem passar para o intestino ou permanecer
no estômago .
21. • Na tentativa de eliminar este acúmulo de
pelos retidos, muitos animais vomitam ou
eliminam juntamente com as fezes. Situações
como estas são comuns em animais que
apresentam pelagem longa e vistosa, como as
raças angorá, persa.
22. Atenção!
• Nem tudo o que comemos pode ser oferecido
aos cães e gatos, pois os animais apresentam
um metabolismo diferente dos humanos.
23. • O alimento mais oferecido aos pets e que
pode resultar em sérios transtornos é o
chocolate
Chocolate
24. • Ele possui em sua composição a teobromina:
uma substância que não é bem processada
pelo organismo destes animais. Os chocolates
mais escuros, normalmente, os amargos, são
os que contêm uma quantidade maior deste
componente.
25. • Os sinais clínicos, mais comuns de intoxicação
por teobromina são: vômito, diarréia, falta de
ar, inquietude, perda de controle urinário e
aumento da produção de urina. Para evitar
estas situações é recomendável não oferecer
chocolate e guardar sempre em lugares
inacessíveis aos cães e gatos.
26. Cebola e Alho
• Outros alimentos não recomendados são
cebola e alho, quando ingeridos em grandes
quantidades podem ser tóxicos. Estes
condimentos promovem alterações nas
células vermelhas do sangue e
consequentemente o desenvolvimento de
anemia.
27. • Muitas vezes, a cebola e o alho podem estar
presentes em algum alimento e passam
despercebidos pelos proprietários. É o caso
das papinhas prontas (destinadas aos bebês),
que podem conter em sua composição estes
temperos na forma desidratada.
28. Uva
• Não é aconselhável a uva natural e em sua
versão desidratada (uva passa). A fruta
contém uma substância que pode causar
danos aos rins e acarretar sérios prejuízos à
saúde.
34. TRANSTORNOS DA CONVIVÊNCIA COM
CÃES E GATOS
• Transtornos da convivência entre humanos e
animais de estimação surgem por diversos
motivos,entre eles os principais são:
35. • Transmissão de doenças devido ao descuido e
/ou desconhecimento dos proprietários em
relação à saúde de seu cão ou gato.
36. • Marcação do território pelos animais macho :
urina
37. • Ruídos : latidos,miados em horários indevidos
(sob o ponto de vista dos humanos).
38. • Ex: Gata no cio:fisiológico → para o dono e
vizinhos: incômodo.→ Destruição de objetos.
Agressões por mordeduras / arranhaduras
“SEJA QUAL FOR O TRANSTORNO CAUSADO
PELO ANIMAL , A ORIGEM ESTÁ NA
INABILIDADE DO PROPRIETÁRIO EM
CONHECER SUPRIR SUAS NECESSIDADES E
RESPEITAR SUA NATUREZA”
39. POPULAÇÃO DE CÃES E GATOS EM
VIAS PÚBLICAS
• Vários motivos fazem com que proprietários
abandonem seus animais (cães e gatos ) em
vias públicas
40. • Rotineiramente os serviços de controle de
zoonoses são solicitados por proprietários
querendo doar seus animais quando : -
Causam transtornos (como foi visto
anteriormente); - O animal adoece; - O animal
é considerado como “agressivo”;
41. • - É idoso; -Proprietários mudam de residência
ou viajam , “não podendo levar o animal”. -
etc ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO GERALMENTE
SÃO ABANDONADOS QUANDO HÁ UMA
QUEBRA NA HARMONIA DA RELAÇÃO COM OS
DONOS.
42. MANEJO REPRODUTIVO
• Puberdade nos cães:
Em machos e fêmeas a idade de início da
puberdade varia de acordo com o porte do
animal (dos 6 meses nas raças miniaturas aos
18 meses nas raças gigantes).
43. •
Esta fase nos machos, caracteriza-se pelo
início da produção de espermatozóides
fecundantes, estando o animal apto à
reprodução
44. • As fêmeas na puberdade se tornam capazes
de ovular, porém não se deve acasalar no 1°
cio, pois no início desta fase não há o
completo desenvolvimento da estrutura
pélvica, dificultando o progresso da gestação e
o sucesso do parto. Recomenda-se o
acasalamento das fêmeas a partir do 3° cio.
45. • Cio
O cio na cadela é dividido em 4 fases: proestro
(duração de 5 a 20 dias), estro (duração de 5 a
15 dias), diestro (duração de 50 a 80 dias) e
anestro (duração de 80 a 240 dias)
46. • No proestro a cadela dá início aos primeiros
sinais de cio, como, alteração de
comportamento, tumefação da vulva,
aparecimento de secreção sanguinolenta que
permite ao macho segui-la, sem que ela aceite
a monta.
47. • A fase em que há a aceitação do macho
corresponde ao estro e pode ser
acompanhada por um reflexo de postura onde
ao se tocar a vulva da cadela, ocorre um
desvio lateral da posição da cauda. Nesta fase
ocorre a ovulação.
48. • Essas duas fases iniciais duram em média três
semanas. A fase seguinte corresponde ao
tempo de duração de uma gestação: o diestro.
Segue-se então a fase de anestro em que a
fêmea se encontra em repouso reprodutivo e
se prepara para o início de um novo ciclo
49. Gestação
A gestação nas cadelas, dura em torno de 55 a
65 dias, ou seja, de sete a nove
semanas.
50. • O que vai depende de fatores, como o número
e tamanho dos filhotes. A ultra-sonografia
confirma a gestação, mostra o número de
fetos e sua posição no útero, e ainda é
importante ferramenta para acompanhar o
desenvolvimento dos filhotes.
51. • 30 dias - Pode ser feito diagnóstico através de
palpação
35 dias - Observa-se o desenvolvimento das
glândulas mamarias, que ficam rosadas e
túrgidas. Aumento acentuado de peso
40 dias - Abdome está maior
52. • 45 dias - Radiografia evidencia ossos da
cabeça, vértebras, costelas e ossos longos dos
membros
49 dias - A cabeça dos fetos é palpável e há
grande aumento nas glândulas mamarias.
53. • A partir da 8ª semana de gestação (56 dias), o
movimento dos filhotes já pode ser visto
quando a cadela está deitada. Os filhotes já
podem nascer de forma segura.
54. • Duas semanas antes do parto – média de 46
dias Prepare o local que a cadela irá ter seus
filhotes. Estimule-a a deitar e dormir nele. Isso
a deixará mais segura na hora do parto.
55. • Uma semana antes do parto
É comum, nas fêmeas em primeira gestação,
ocorrer secreção aquosa nas glândulas
mamarias. É normal que no final da gestação a
cadela perca o apetite, principalmente quando
está próximo da hora do parto.
56. • A caixa ou local para a cadela ter seus
filhotes;
• Jornais para manter o local limpo durante o
trabalho de parto;
• Lixeira para os jornais sujos e materiais que
serão usados durante o parto
57. • Separe uma caixa menor, forrada com toalha
macia, para colocar os filhotes enquanto a
mãe está em trabalho de parto dos demais;
• Relógio para controlar o tempo de parto;
58. • Caso esteja frio, coloque um abajur ou
instalação elétrica, com uma lâmpada de
100w próxima a caixa dos filhotes;
• Caso esteja calor, coloque um ventilador
para a mãe;
• Fio dental e tesoura, afiada e esterilizada,
para amarrar e cortar os cordões umbilicais;
59. • • Anti-séptico para desinfetar o cordão
umbilical cortado;
• Toalhas e panos macios para serem trocados
duas vezes ou mais ao dia, na caixa ou abrigo
da mãe e filhotes.
60. • Os primeiros sinais aparecem nas 48 horas
antes do parto, quando começa a produção de
colostro pelas glândulas mamarias e a fêmea
faz um "ninho". A descarga vaginal acontece
12 horas antes.
61. •
Após o começo das contrações pode levar até
4h para a saída do primeiro filhote. Se até esse
tempo nenhum filhote nascer, procure logo
seu veterinário.
62. • Para a saída do filhote, a bolsa de água
aparece e normalmente se rompe, então o
filhote sai de dentro dela. A placenta pode ou
não se soltar nessa hora. Nunca puxe o filhote,
porque você poderá causar nele uma hérnia
umbilical
63. • Espere ela se soltar. Se a mãe não cortar o
cordão você terá que fazê-lo, usando fio
dental e tesoura esterilizada
64. • Depois passe um anti-séptico, como
clorexidina. Importante também é contar o
número de placentas. Elas devem
corresponder ao número de filhotes, caso não
ocorrer é porque houve retenção. E precisa
ser tratado, pois a mãe corre o risco de ter
uma séria infecção uterina.
65. •
Você pode ajudá-la a limpar os filhotes com
uma toalhinha macia, enxugando-os até que
chorem. Esfregá-los, ao mesmo tempo em que
limpa ajuda a estimular a respiração.
66. • Se isso não fizer o filhote respirar e chorar,
segure-o firme de cabeça para baixo,
protegendo sua cabeça e pescoço, e balance-
o. A força centrífuga irá ajudar a retirar o
muco da garganta e narinas dele, para que ele
possa respirar.
67. • O filhote é expulso, ainda envolvido na bolsa
amniótica
•
A mãe abre a bolsa com os dentes e puxa-a
para baixo
•
• A cadela corta o cordão umbilical e lambe o
filhote;
68. Vermifugação
A vermifugação em fêmeas gestantes deve ser
feita durante a gestação, pois alguns parasitas
possuem a capacidade de atravessar a
barreira placentária.
69. • Se indica 1 semana antes do parto. Outros
parasitas podem ser transmitidos aos filhotes
através da amamentação (via transmamária),
portanto se recomenda a vermifugação 2-3
semanas após o parto também.
70. • Porte do animal Nº de filhotes Raça
pequena(<de 10 kg) 1 – 3
• Raça média(10 a 25 kg) 4 – 6
• Raça grande(25 a 45 kg)8 – 10
• Raça gigantes(45 a 90 kg)8 - 12
71. • Maturidade sexual – 6 a 18 meses.
• Duração do cio – 3 semanas (proestro e
estro).
• Dia ótimo para fecundação – 11° a 13° dia
após início do cio.
• Duração gestação – 58 a 70 dias.
72. • Descida do testículo nos filhotes – antes do 5°
mês.
• Abertura dos olhos no filhote – de 10 a 14
dias após o nascimento.
• Sensibilidade a dor – desde o nascimento.
73. • • Ao lambe-lo, estimula a circulação;
• Os filhotes encontram os mamilos da mãe
por instinto.
74. • • Locomoção – rastejam desde o 7° ao 14° dia,
começam a andar à partir do 16° dia e andam
quase normalmente à partir do 21° dia de
nascido.
• Resposta ao frio – possuem termotropismo,
ou seja, procuram sempre por uma fonte de
calor.
75. • Umbigo – cai no 2° ou no 3° dia.
• Dentes – Nascem à partir dos 30 dias.
• Canais auditivos – à partir do 5° dia.