SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
PROTEÍNAS
São macromoléculas de alto peso molecular, cujas
unidades básicas são os aminoácidos, ligados
entre si por ligações peptídicas.
Figura 1. União de dois aminoácidos para
formar um peptídeo.
Proteínas - são macro-
moléculas biológicas
formadas por cadeias de
aminoácidos e estão
presentes em todos os
seres vivos. Apresentam
funções estruturais ou
mecânicas.
Função das proteínas nos alimentos: nutricional,
organoléptica e de textura.
Origem animal Proteínas (%) Origem vegetal Proteínas (%)
Leite integral 3,5 Arroz integral 7,5 – 9,0
Carne assada 25 Farinha de trigo 9,8 – 13,5
Ovo 13 Milho 7,0 – 9,4
Soja 33 – 42
Batata 10 – 13
Tabela 1: Valor médio de proteínas em alimentos (Teor de proteína = Nx6,25%)
Importância das proteínas
São os maiores constituintes de toda célula;
São componentes essenciais às atividades vitais;
Podem atuar como catalisadores de reações (enzimas);
São necessárias nas reações imunológicas;
São indispensáveis para o crescimento e reprodução.
CONSTITUIÇÃO DAS PROTEÍNAS
Teor dos principais elementos químicos presentes na
constituição das proteínas:
 C: 50 a 55% H: 6 a 8%
 O: 20 a 24% N: 15 a 18%
 S: 0,2 a 0,3% P: traços
Os métodos de análises existentes fundamentam-se na
determinação da quantidade de carbono e nitrogênio através de
fatores de conversão.
CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS
Proteínas simples: formadas apenas por aminoácidos;
Proteínas conjugadas: formadas por aminoácidos e outros
compostos químicos - Nucleoproteínas (ácido nucleico +
proteína); Glicoproteínas (proteínas + hidratos de carbono);
Fosfoproteínas ( proteína + fosfato); Cromoproteinas;
Lipoproteínas; Metaloproteínas.
Propriedades funcionais
As propriedades funcionais das
proteínas são definidas como propriedades físico-químicas
que afetam o seu comportamento no alimento durante o
preparo, processamento e armazenamento, e contribuem para
a qualidade e atributos sensoriais dos alimentos.
Classificação
Hidrofílicas: afinidade com a água.
Interfásicas: capacidade das moléculas de proteína se
unirem formando uma película entre duas fases.
Intermoleculares: capacidade de formarem ligações entre si
ou com outros componentes dos alimentos.
Organolépticas: manifestam-se através dos órgãos dos
sentidos, referindo-se a textura, cor, sabor e aroma.
Hidratação
Capacidade de acúmulo de água na fração protéica.
Capacidade de retenção de água: expressa pela capacidade
de manutenção da água ligada à proteína.
A capacidade de retenção de água pode sofrer interferência
dos seguintes fatores:
1. Ponto isoelétrico.
2. Desnaturação protéica.
PROPRIEDADES INTERFÁSICAS
Emulsificação
Emulsão é um sistema heterogêneo que consiste em um
líquido imiscível, completamente difuso em outro na forma de
gotículas com diâmetro superior a 0,1 micron.
Agente emulsificante
É o que torna uma emulsão estável diminuindo a tensão
superficial existente entre duas fases, ajudando na formação
de uma mistura estável de duas substâncias anteriormente
Figura 2. Proteínas globulares, fibrosas e conjugadas,
respectivamente.
Figura 3. Proteínas hidrofílicas e hidrofóbicas, respectivamente.
Quanto à solubilidade podem ser:
Quanto à estrutura podem ser:
Métodos de Análises:
Métodos químicos e Métodos físicos
Métodos químicos: baseia-se na determinação de um elemento (carbono
ou nitrogênio) ou de um grupo (aminoácidos e ligações peptídicas)
pertencentes à proteína.
1. Análise de Carbono
Vantagens: mais fácil digestão que para o nitrogênio, fator de conversão
mais constante, menores erros nos resultados;
Desvantagens: maior dificuldade de separar os carbonos pertencentes à
proteína dos carbonos de outros componentes.
2. Análise de Nitrogênio
Mais utilizado, considera que as proteínas tem 16% de nitrogênio em média,
fator geral de conversão de 6,25.
16g de N  100g de proteínas
“n” g de N “x” g de proteínas
Quadro 1. Fatores de conversão de nitrogênio total em proteínas
Alimento Fator Alimento Fator
Farinha de centeio 5,83 Amêndoas 5,18
Farinha de trigo 5,83 Castanha do Pará 5,46
Macarrão 5,70 Avelã 5,30
Cevada 5,83 Coco 5,30
Aveia 5,83 Leite e derivados 6,38
Arroz 5,95 Margarina 6,38
Método de Kjeldahal
-Determina o nitrogênio total (protéico e não protéico);
-Está dividido em três etapas: digestão, titulação e conversão de
nitrogênio em proteínas;
-Vantagem: é oficial; determina microgramas de proteínas e
aplicável a todos os tipos de alimentos. Apesar das várias etapas,
não é um método caro.
-Desvantagens: medir “N” total, demorado e usar vários reagentes
corrosivos.
Digestão da amostra
Esta etapa baseia-se no aquecimento da amostra por
ácido sulfúrico concentrado, até que toda a matéria orgânica
seja decomposta. O nitrogênio da proteína é reduzido e
transformado em sulfato de amônio, (NH4)2SO4 (sólido branco
na temperatura ambiente). Esta reação é realizada, a quente,
com auxílio de catalisadores (Na2SO4 e CuSO4).
Amostra (N orgânico) + H2SO4 (NH4)2SO4 (aq) + CO2 (g) + H2O (g)
Na2SO4: Aumenta o Ponto de Ebulição do H2SO4 (de 337oC
para mais de 400oC) tornando a digestão mais eficiente.
CuSO4 : Catalisador, acelera o processo de oxidação da
matéria orgânica e indica o término da digestão (coloração
azul-esverdeada).
Destilação da amostra
Neutralização do sulfato de amônio (NH4)2SO4, com solução
de hidróxido de sódio (50%), formando amônia gasosa, NH3.
 Esta por sua vez é destilada e recolhida em solução de
ácido bórico (H3BO3 4%) na presença de indicador de
Peterson (azul de metileno e alaranjado de metila, na
proporção 1:1).
Término da reação: mudança de cor do indicador (roxo para
verde), devido a formação de diborato de amônio,
(NH4)H2BO3.
(NH4)2SO4 (aq) + 2NaOH (aq)  2NH3 (g) + Na2SO4 (aq) + 2 H2O
NH3 (g) + H3BO3  (NH4)H2BO3
Titulação da amostra
Última etapa: determinação da quantidade de nitrogênio
presente por volumetria de neutralização, usando solução de
H2SO4 0,05 mol.L-1 padronizada, onde é liberado os íons
amônio.
(NH4)H2BO3 + H+  H3BO3 + NH4
+
pH 8-9 (verde) pH 4,2 (roxo)
O volume gasto de ácido corresponde ao teor de NH4
+
presente. O teor de proteína é calculado pelo teor de
nitrogênio presente na amostra, por meio da seguinte fórmula:
Outros métodos químicos:
Método de Dumas: determina N total após combustão a
700-800º C, por medida volumétrica do nitrogênio gasoso -
método difícil e sujeito a erros.
Método por Biureto: substâncias que contêm ligações
peptídicas formam compostos de cor roxa com o reagente
biureto – o complexo formado é medido num colorímetro ou
espectrofotômetro a 540nm.
Método por fenol: baseia-se na interação das proteínas com
o fenol e cobre em meio alcalino – o complexo formado é
medido num colorímetro.
Método turbidimétrico: baseia-se na turbidez causada pela
proteína precipitada por ácido tricloracético, ferricaneto de
potássio e ácido sulfossalicílico.
MÉTODOS FÍSICOS
São vários os métodos físicos disponíveis, tais como: índice
de refração, densidade específica, tensão superficial,
condutividade, polarização.
Método de Warrentrapp e Will: baseia-se no aquecimento da
amostra, misturada com carbonato de sódio – a amônia
liberada é recolhida em ácido cloroplatínico. O cloroplatinato
de amônio é seco e pesado.
Método Dye-Binding: quando a amostra é tratada com
corante em excesso, a proteína reage e forma substâncias
insolúveis, que podem ser separadas – excesso de corante é
medido colorimetricamente. Usado em amostras de grãos de
cereais, sementes oleaginosas, produtos vegetais e animais,
lácteos.
EXERCÍCIOS
1. O que significa desnaturação das proteínas?
2. Propriedades funcionais das proteínas nos alimentos.
3. Descreva o método de Kjeldahl
4. Um analista determinou o teor de proteínas em amostras de bolachas
por meio do método de Kjeldahl. Para isso ele pesou amostras em triplicata
conforme tabela abaixo.
a)Explique como deve ser realizada a amostragem de bolachas de aveia.
b)Quais os cuidados que o analista deve ter na etapa da digestão?
c)Quais as fontes de erros na etapa da destilação?
d)Sabendo-se que ele encontrou os seguintes volumes de H2SO4 0,05
mol/L (fator de correção = 1,018), calcule o teor de proteínas nas amostras
de bolacha.
Amostras Volume de H₂SO₄ (mL) Massa (g) % proteínas
1 37,4 1,405
2 35,6 1,329
3 36,0 1,389
5. As proteínas são essenciais para todos os seres vivos, uma vez que
desempenham funções extremamente importantes. Descreva cinco
dessas funções no organismo

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina

Enzimas no laboratorio clinico
Enzimas no laboratorio clinicoEnzimas no laboratorio clinico
Enzimas no laboratorio clinicoTenobio T. Coelho
 
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.Relatório Enzimas UEM por D.Petter.
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.Deogracias Petter
 
Composição Centesimal Alimentos 2020.ppt
Composição Centesimal Alimentos 2020.pptComposição Centesimal Alimentos 2020.ppt
Composição Centesimal Alimentos 2020.pptBernardoLopes57
 
Ralatório final esalq oligo ago11
Ralatório final esalq oligo ago11Ralatório final esalq oligo ago11
Ralatório final esalq oligo ago11AgriPoint
 
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideos
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideosLIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideos
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideosjarlianezootecnista
 
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbú
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbúAvaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbú
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbúWeysser Felipe
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasIlana Moura
 
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final Avaliação de dois ecotipos de macaúba final
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final AcessoMacauba
 
Bioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasBioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasUERGS
 

Semelhante a aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina (20)

7bioquimi 2e3
7bioquimi 2e37bioquimi 2e3
7bioquimi 2e3
 
7bioquimi 2e3
7bioquimi 2e37bioquimi 2e3
7bioquimi 2e3
 
Introducao
IntroducaoIntroducao
Introducao
 
Enzimas no laboratorio clinico
Enzimas no laboratorio clinicoEnzimas no laboratorio clinico
Enzimas no laboratorio clinico
 
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.Relatório Enzimas UEM por D.Petter.
Relatório Enzimas UEM por D.Petter.
 
Relatório1
Relatório1Relatório1
Relatório1
 
Composição Centesimal Alimentos 2020.ppt
Composição Centesimal Alimentos 2020.pptComposição Centesimal Alimentos 2020.ppt
Composição Centesimal Alimentos 2020.ppt
 
Aula 3 c. centesimal
Aula 3  c. centesimalAula 3  c. centesimal
Aula 3 c. centesimal
 
Hicrome - HiMedia
Hicrome - HiMediaHicrome - HiMedia
Hicrome - HiMedia
 
Ralatório final esalq oligo ago11
Ralatório final esalq oligo ago11Ralatório final esalq oligo ago11
Ralatório final esalq oligo ago11
 
Prática carboidratos
Prática carboidratosPrática carboidratos
Prática carboidratos
 
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideos
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideosLIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideos
LIPIDIOS.pdf. aula bromaotologia sobre lipideos
 
Lista equilíbrio
Lista equilíbrioLista equilíbrio
Lista equilíbrio
 
Bioquimica celular
Bioquimica celularBioquimica celular
Bioquimica celular
 
Relatorio analise de leite pratica
Relatorio analise de leite   praticaRelatorio analise de leite   pratica
Relatorio analise de leite pratica
 
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbú
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbúAvaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbú
Avaliação de iogurte de leite caprino com diferentes teores de umbú
 
Relatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínasRelatório precipitação das proteínas
Relatório precipitação das proteínas
 
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final Avaliação de dois ecotipos de macaúba final
Avaliação de dois ecotipos de macaúba final
 
Bioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutasBioquimica da maturação das frutas
Bioquimica da maturação das frutas
 
Tese amido nativo e modificado
Tese   amido nativo e modificadoTese   amido nativo e modificado
Tese amido nativo e modificado
 

Último

aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 

Último (15)

aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 

aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina

  • 1. PROTEÍNAS São macromoléculas de alto peso molecular, cujas unidades básicas são os aminoácidos, ligados entre si por ligações peptídicas. Figura 1. União de dois aminoácidos para formar um peptídeo. Proteínas - são macro- moléculas biológicas formadas por cadeias de aminoácidos e estão presentes em todos os seres vivos. Apresentam funções estruturais ou mecânicas.
  • 2. Função das proteínas nos alimentos: nutricional, organoléptica e de textura. Origem animal Proteínas (%) Origem vegetal Proteínas (%) Leite integral 3,5 Arroz integral 7,5 – 9,0 Carne assada 25 Farinha de trigo 9,8 – 13,5 Ovo 13 Milho 7,0 – 9,4 Soja 33 – 42 Batata 10 – 13 Tabela 1: Valor médio de proteínas em alimentos (Teor de proteína = Nx6,25%) Importância das proteínas São os maiores constituintes de toda célula; São componentes essenciais às atividades vitais; Podem atuar como catalisadores de reações (enzimas); São necessárias nas reações imunológicas; São indispensáveis para o crescimento e reprodução.
  • 3. CONSTITUIÇÃO DAS PROTEÍNAS Teor dos principais elementos químicos presentes na constituição das proteínas:  C: 50 a 55% H: 6 a 8%  O: 20 a 24% N: 15 a 18%  S: 0,2 a 0,3% P: traços Os métodos de análises existentes fundamentam-se na determinação da quantidade de carbono e nitrogênio através de fatores de conversão. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS Proteínas simples: formadas apenas por aminoácidos; Proteínas conjugadas: formadas por aminoácidos e outros compostos químicos - Nucleoproteínas (ácido nucleico + proteína); Glicoproteínas (proteínas + hidratos de carbono); Fosfoproteínas ( proteína + fosfato); Cromoproteinas; Lipoproteínas; Metaloproteínas.
  • 4. Propriedades funcionais As propriedades funcionais das proteínas são definidas como propriedades físico-químicas que afetam o seu comportamento no alimento durante o preparo, processamento e armazenamento, e contribuem para a qualidade e atributos sensoriais dos alimentos. Classificação Hidrofílicas: afinidade com a água. Interfásicas: capacidade das moléculas de proteína se unirem formando uma película entre duas fases. Intermoleculares: capacidade de formarem ligações entre si ou com outros componentes dos alimentos. Organolépticas: manifestam-se através dos órgãos dos sentidos, referindo-se a textura, cor, sabor e aroma.
  • 5. Hidratação Capacidade de acúmulo de água na fração protéica. Capacidade de retenção de água: expressa pela capacidade de manutenção da água ligada à proteína. A capacidade de retenção de água pode sofrer interferência dos seguintes fatores: 1. Ponto isoelétrico. 2. Desnaturação protéica. PROPRIEDADES INTERFÁSICAS Emulsificação Emulsão é um sistema heterogêneo que consiste em um líquido imiscível, completamente difuso em outro na forma de gotículas com diâmetro superior a 0,1 micron. Agente emulsificante É o que torna uma emulsão estável diminuindo a tensão superficial existente entre duas fases, ajudando na formação de uma mistura estável de duas substâncias anteriormente
  • 6. Figura 2. Proteínas globulares, fibrosas e conjugadas, respectivamente. Figura 3. Proteínas hidrofílicas e hidrofóbicas, respectivamente. Quanto à solubilidade podem ser: Quanto à estrutura podem ser:
  • 7. Métodos de Análises: Métodos químicos e Métodos físicos Métodos químicos: baseia-se na determinação de um elemento (carbono ou nitrogênio) ou de um grupo (aminoácidos e ligações peptídicas) pertencentes à proteína. 1. Análise de Carbono Vantagens: mais fácil digestão que para o nitrogênio, fator de conversão mais constante, menores erros nos resultados; Desvantagens: maior dificuldade de separar os carbonos pertencentes à proteína dos carbonos de outros componentes. 2. Análise de Nitrogênio Mais utilizado, considera que as proteínas tem 16% de nitrogênio em média, fator geral de conversão de 6,25. 16g de N  100g de proteínas “n” g de N “x” g de proteínas
  • 8. Quadro 1. Fatores de conversão de nitrogênio total em proteínas Alimento Fator Alimento Fator Farinha de centeio 5,83 Amêndoas 5,18 Farinha de trigo 5,83 Castanha do Pará 5,46 Macarrão 5,70 Avelã 5,30 Cevada 5,83 Coco 5,30 Aveia 5,83 Leite e derivados 6,38 Arroz 5,95 Margarina 6,38 Método de Kjeldahal -Determina o nitrogênio total (protéico e não protéico); -Está dividido em três etapas: digestão, titulação e conversão de nitrogênio em proteínas; -Vantagem: é oficial; determina microgramas de proteínas e aplicável a todos os tipos de alimentos. Apesar das várias etapas, não é um método caro. -Desvantagens: medir “N” total, demorado e usar vários reagentes corrosivos.
  • 9. Digestão da amostra Esta etapa baseia-se no aquecimento da amostra por ácido sulfúrico concentrado, até que toda a matéria orgânica seja decomposta. O nitrogênio da proteína é reduzido e transformado em sulfato de amônio, (NH4)2SO4 (sólido branco na temperatura ambiente). Esta reação é realizada, a quente, com auxílio de catalisadores (Na2SO4 e CuSO4). Amostra (N orgânico) + H2SO4 (NH4)2SO4 (aq) + CO2 (g) + H2O (g) Na2SO4: Aumenta o Ponto de Ebulição do H2SO4 (de 337oC para mais de 400oC) tornando a digestão mais eficiente. CuSO4 : Catalisador, acelera o processo de oxidação da matéria orgânica e indica o término da digestão (coloração azul-esverdeada).
  • 10. Destilação da amostra Neutralização do sulfato de amônio (NH4)2SO4, com solução de hidróxido de sódio (50%), formando amônia gasosa, NH3.  Esta por sua vez é destilada e recolhida em solução de ácido bórico (H3BO3 4%) na presença de indicador de Peterson (azul de metileno e alaranjado de metila, na proporção 1:1). Término da reação: mudança de cor do indicador (roxo para verde), devido a formação de diborato de amônio, (NH4)H2BO3. (NH4)2SO4 (aq) + 2NaOH (aq)  2NH3 (g) + Na2SO4 (aq) + 2 H2O NH3 (g) + H3BO3  (NH4)H2BO3
  • 11. Titulação da amostra Última etapa: determinação da quantidade de nitrogênio presente por volumetria de neutralização, usando solução de H2SO4 0,05 mol.L-1 padronizada, onde é liberado os íons amônio. (NH4)H2BO3 + H+  H3BO3 + NH4 + pH 8-9 (verde) pH 4,2 (roxo) O volume gasto de ácido corresponde ao teor de NH4 + presente. O teor de proteína é calculado pelo teor de nitrogênio presente na amostra, por meio da seguinte fórmula:
  • 12. Outros métodos químicos: Método de Dumas: determina N total após combustão a 700-800º C, por medida volumétrica do nitrogênio gasoso - método difícil e sujeito a erros. Método por Biureto: substâncias que contêm ligações peptídicas formam compostos de cor roxa com o reagente biureto – o complexo formado é medido num colorímetro ou espectrofotômetro a 540nm. Método por fenol: baseia-se na interação das proteínas com o fenol e cobre em meio alcalino – o complexo formado é medido num colorímetro. Método turbidimétrico: baseia-se na turbidez causada pela proteína precipitada por ácido tricloracético, ferricaneto de potássio e ácido sulfossalicílico.
  • 13. MÉTODOS FÍSICOS São vários os métodos físicos disponíveis, tais como: índice de refração, densidade específica, tensão superficial, condutividade, polarização. Método de Warrentrapp e Will: baseia-se no aquecimento da amostra, misturada com carbonato de sódio – a amônia liberada é recolhida em ácido cloroplatínico. O cloroplatinato de amônio é seco e pesado. Método Dye-Binding: quando a amostra é tratada com corante em excesso, a proteína reage e forma substâncias insolúveis, que podem ser separadas – excesso de corante é medido colorimetricamente. Usado em amostras de grãos de cereais, sementes oleaginosas, produtos vegetais e animais, lácteos.
  • 14. EXERCÍCIOS 1. O que significa desnaturação das proteínas? 2. Propriedades funcionais das proteínas nos alimentos. 3. Descreva o método de Kjeldahl 4. Um analista determinou o teor de proteínas em amostras de bolachas por meio do método de Kjeldahl. Para isso ele pesou amostras em triplicata conforme tabela abaixo. a)Explique como deve ser realizada a amostragem de bolachas de aveia. b)Quais os cuidados que o analista deve ter na etapa da digestão? c)Quais as fontes de erros na etapa da destilação? d)Sabendo-se que ele encontrou os seguintes volumes de H2SO4 0,05 mol/L (fator de correção = 1,018), calcule o teor de proteínas nas amostras de bolacha. Amostras Volume de H₂SO₄ (mL) Massa (g) % proteínas 1 37,4 1,405 2 35,6 1,329 3 36,0 1,389
  • 15. 5. As proteínas são essenciais para todos os seres vivos, uma vez que desempenham funções extremamente importantes. Descreva cinco dessas funções no organismo