Este documento discute os cuidados de enfermagem com pacientes terminais, incluindo as etapas que precedem a morte e os cuidados após a morte. Ele descreve os objetivos e metodologia da pesquisa, além de definir paciente terminal e cuidados paliativos.
3. Analisar a importância de aprimorar a equipe de
enfermagem os cuidados com o cliente
paliativo.
OBJETIVO GERAL
4. Analisar a atuação do enfermeiro no cuidado
de pacientes críticos.
Refletir sobre a necessidade de estabilidade
emocional, diante da tomada de decisões.
Descrever sobre a interação entre paciente,
família e equipe.
Analisar a necessidade de constante
atualização;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. Trata-se de uma pesquisa com o tema cuidados
de enfermagem a clientes terminais, por
referências bibliográficas, exploratória,
explicativa com abordagem qualitativa, com
coleta de dados secundários, direcionado a
profissionais que atuam em Unidade de Terapia
Intensiva, e tratamentos paliativos.
METODOLOGIA
6. [...] paciente terminal é aquele que se encontra
além da possibilidade de terapêutica curativa e que
necessita de um tratamento paliativo visando alívio
de inúmeros sintomas que o atormentam, sempre
levando em consideração a melhoria da qualidade
de vida de uma maneira global, isto é, não somente
a parte biológica, mas também nas esferas
espiritual, social e psicológica.
Papaleo Netto (2002, p. 432)
PACIENTE TERMINAL
7. Segundo a OMS (2002):
“Uma abordagem que aprimora a qualidade de vida,
dos pacientes e famílias que enfrentam problemas
associados com doenças ameaçadoras de vida, através
da prevenção e alivio do sofrimento, por meios de
identificação precoce, avaliação correta e tratamento
da dor e outros problemas de ordem física, psicossocial
e espiritual.”
CUIDADOS PALIATIVOS
8. A reação psíquica determinada pela experiência
com a morte, vivida pelo indivíduo ou familiares, foi
descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo
cinco estágios sequênciais:
1. Negação – defesa;
2. Raiva – contra tudo e todos;
3. Barganha – recompensa pelas boas ações;
4. Depressão – sentimento de perda;
5. Aceitação – resignação.
FASES QUE PRECEDEM A MORTE
9.
10. 1º fase: NEGAÇÃO
• São mecanismos de defesa temporários diante
da morte. A intensidade e duração desses
mecanismos de defesa dependem de como a
própria pessoa que sofre e as outras pessoas
ao seu redor são capazes de lidar com essa
dor.
• Negação é a não aceitação da realidade.
• Em geral, a Negação e o Isolamento não
persistem por muito tempo.
11. • Surge devido à impossibilidade de manter a Negação
e o Isolamento. Os relacionamentos se tornam
problemáticos e todo o ambiente é hostilizado,
surgem sentimentos de revolta, inveja e
ressentimento.
• É importante, nesse estágio, haver compreensão dos
demais sobre a angústia transformada em raiva na
pessoa que sente interrompidas suas atividades de
vida pela doença ou pela morte.
2º fase: RAIVA
12. • A maioria dessas barganhas é feita com Deus e,
normalmente, mantidas em segredo.
• A pessoa se envolve com a religiosidade e
implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da
vida, como por exemplo, sua promessa de uma
vida dedicada à igreja, à caridade, ou promessas
como deixar de beber, fumar.
• Nessa fase o paciente se mantém sereno,
reflexivo e dócil (não se pode barganhar com
Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza
pessoas).
3º fase: BARGANHA
13. • O paciente toma consciência de sua debilidade física,
não consegue negar suas condições de doente e as
perspectivas da morte são claramente sentidas.
• Negar não adiantou, nem agredir e se revoltar, ou
fazer barganhas. Surge então um sentimento de
grande perda.
• A depressão leva ao desânimo, desinteresse, apatia,
tristeza, choro, etc.
4º fase: DEPRESSÃO
14. Nesse estágio o paciente já não experimenta o
desespero e nem nega sua realidade, havendo um
momento de repouso e serenidade antes da
morte e de conforto e compreensão para os que
ficam.
5º fase: ACEITAÇÃO
15. Aceite o comportamento dos pacientes não
importando qual seja;
Oportunize aos pacientes momentos para a
expressão livre de seus sentimentos;
Trabalhe para compreender os sentimentos dos
pacientes;
Use afirmações de ampla abertura, como "Deve ser
difícil para você", e "Gostaria de conversar a
respeito?"
Ajudando Os Pacientes A Enfrentar A
Morte
16.
17. O profissional que atua na UTI deve possuir atribuições, tais como:
Conhecimentos científicos;
Habilidades técnicas;
Pensamento rápido para tomada de decisões;
Preparo emocional para lidar com a vida e a morte diariamente;
Disponibilidade para a rotina de confinamento hospitalar;
Permanente atualização;
“No cotidiano da emergência, surgem situações que exigem do
profissional competência, intuição e ação; estética e ambiência;
criatividade para criar habilidades motoras e sensibilidade para
moldar o cuidado.” (FIGUEIREDO; VIEIRA, 2012, p.234)
UTI
19. Parada das funções cárdio-respiratórias.
Arreflexia ou Ausência de reflexos (Morte
cerebral)
Inconsciência
Livor mortis ou Hipostase cadavérica
Algor mortis ou Frialdade cadavérica
(interrupção da termoregulação, metabolismo
cessado)
Alterações Fisiológicas Pós Morte
20. Alterações Fisiológicas Pós Morte
Rigor mortis ou Rigidez cadavérica (Contração
muscular pela falta de ADP e ATP)
Coagulação do Sangue
Deslocamento, Torção ou Ruptura de Vísceras
(lise celular)
Prolapso Retal Cadavérico e Relaxamento
esfincteriano
Perda do brilho da córnea - Midríase ou Pupilas
dilatadas
21. CUIDADOS PÓS-MORTE
• Envolvem a limpeza e o preparo do corpo de
modo que o mesmo seja entregue a família o
mais integro possível.
• São realizados procedimentos que retardam
ou disfarçam as alterações ocorridas com o
corpo no pós morte.
22. 1. Puxe as cortinas em torno do leito;
2. Calçar luvas;
3. Coloque o corpo em decúbito dorsal, com os
braços estendidos dos lados ou dobrados
sobre o abdômen;
4. Remova todo o equipamento médico, tais
como cateter intravenoso, cateter urinário,
curativos, sondas, etc;
PREPARO DO CORPO
23. PREPARO DO CORPO
5. Abaixe as pálpebras;
6. Eleve discretamente a altura da cabeça;
7. Reponha ou mantenha as dentaduras na
boca;
8. Higienizar o corpo;
9. Realizar tamponamento de cavidades e
orifícios (narinas, boca, traqueostomias, anus
e vagina (S/N);
10.Fechar ostomias;
24. PREPARO DO CORPO
11. Aplique um ou mais forros higiênicos descartáveis
entre as pernas e sob as nádegas;
12. Prenda uma etiqueta de identificação no tornozelo,
no pulso ou fronte (conforme rotina do serviço);
13. Envolva o corpo em uma mortalha ou outro tipo de
cobertura para o corpo, e cubra-o com um lençol;
14. Fixe um etiqueta de identificação na parte externa do
corpo envolvido;
15. Organize a área próxima à cama e descarte o
equipamento sujo;
16. Retire as luvas e lave as mãos;
25. PREPARO DO CORPO
17. Saia do quarto e feche a porta, ou transporte o
corpos ao necrotério, área na qual o corpo do
indivíduo falecido é mantido temporariamente ou é
examinado;
18. Faca um inventario dos pertences e envie-os à
administração, onde serão entregues à família;
19. Notifique o pessoal da manutenção após a
remoção do corpo do quarto.
20. Organizar prontuário e exames do paciente;
21. Realizar evolução no Prontuário.
26. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Mencionar intercorrências e procedimentos
realizados pela equipe;
Informar Hora da morte;
Informar realização de exames que indicam que o
paciente está morto;
Cuidados com o corpo;
Horário em que o corpo foi encaminhado ao
necrotério.
Informar emissão de Declaração de óbito ou
encaminhamento para SVO / IML.
27.
28. BRAGA, Ana Lúcia; VARGAS, Divani de. O Enfermeiro de Unidade de
Tratamento Intensivo: Refletindo sobre seu Papel. São Paulo: [s.n].
CHEGATTI, Aline Laurenti; AMORIM, Carolina Padrão (Org.). Enfermagem
em unidade de terapia intensiva. 2. ed. São Paulo: Martinari, 2010
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; SILVA, Carlos Roberto Lyra da;
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Enfermagem. 2 ed, São Caetano do Sul: Yendis. 2010.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2012.
VIANA, Renata Andréa Pietro Pereira; et al. Enfermagem em Terapia
Intensiva: Práticas e Vivências. Porto alegre :Artmed 2011
VIANA, Renata Andréa Pietro Pereira; WHITAKER, Iveth Yamaguchi (org).
Enfermagem em terapia intensiva: Práticas e Vivências. Porto alegre:
Artmed, 2011.
REFERÊNCIAS