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AS RAÍZES IBÉRICAS E
POPULARES DO TEATRO DE
ARIANO SUASSUNA
LÍVIA PETRY JAHN
Referência:
JAHN, Lívia Petry. As Raízes Ibéricas e Populares do Teatro
de Ariano Suassuna. Disponível em: www.lume.ufrgs.br. Acesso
em 30 de mai. de 2014.
Gil Vicente (c. 1465 — c. 1537) & Ariano Suassuna (1927)
AS RAÍZES IBÉRICAS E POPULARES DO TEATRO DE ARIANO SUASSUNA
Este trabalho tem por objetivo fazer um recorte das obras de Suassuna, em especial as
peças O Auto da Compadecida e A Pena e a Lei, procurando mostrar como essas obras
dialogam com a tradição ibérica e popular desde os autos vicentinos e a literatura de
cordel, até as farsas e o pícaro ibérico, trazendo para a realidade brasileira do século
XX toda uma manifestação artística e popular gerada na Europa do século XVI e que
se perpetuou na região do Nordeste. Para tanto, usou-se o referencial teórico
embasado nos estudos de Vassalo (1993), Guidarini (1992), Bergson (1987), Palma
(1996), Ataíde (2007) e nas próprias reflexões estéticas de Suassuna (2008).
Palavras-chaves: Auto. Tradição. Cultura popular. Literatura de cordel. Suassuna,
Teatro. (p. 5)
ESTRUTURA
INTRODUÇÃO
1. O CÔMICO EM GIL VICENTE E ARIANO SUASSUNA
1.1 O RISCO E A COMICIDADE
1.2 GIL VICENTE E O MUNDO ÀS AVESSAS
1.3 ARIANO SUASSUNA E A CONTINUIDADE DO TEATRO DE GIL VICENTE NO SERTÃO BRASILEIRO
2. TRAÇOS POPULARES NO TEATRO DE SUASSUNA
2.1 PERSPECTIVAS SOBRE O CONCEITO DE POPULAR
2.2 O AUTO DA COMPADECIDA: UMA VISITAÇÃO AOS AUTOS VICENTINOS E AO PÍCARO IBÉRICO
2.3 A PRESENÇA DO CORDEL E DA ORALIDADE NO AUTO DA COMPADECIDA
O CÔMICO EM GIL VICENTE E ARIANO SUASSUNA
No primeiro capítulo de sua monografia, Jahn assegura ter optado por Vicente
e Suassuna como assunto de sua pesquisa por levar em consideração que “estes
dramaturgos seguem as formulações do teatro medieval e ao mesmo tempo as
inovam. ... buscam na linguagem popular uma fonte para os temas, os diálogos
e os tipos de personagens em suas peças” (p. 11). É notório que ambos os
dramaturgos usam a comicidade como meio para desnudar a sociedade
semifeudal em que vivem sem que choquem o seu público. E fazem isso pela
inversão de papeis sociais como podemos ver em “O Juiz da Beira”, de Vicente,
e “O Auto da Compadecida”, de Suassuna.
“Nesta sociedade o mais forte explora e subjuga o mais fraco. Para vencer os
poderosos é preciso de astúcia, de inteligência, de saber subornar as pessoas
certas. Não há necessidade de agir com correção, mas sim, com esperteza. São a
esperteza e a inteligência, o engodo e a falsidade que fazem com que os
desprotegidos e excluídos da sociedade vejam-se finalmente justiçados” (p. 19).
“
”
Eu sou um fazendeiro, uma pessoa de certa ordem, e
minha palavra não pode se trocar pela de meu vaqueiro!
(Cabo Rosinha, em O Juiz da Beira)
TRAÇOS POPULARES NO TEATRO DE SUASSUNA
“[...] das formas de teatro ocidental, desde a comédia de Plauto às
manifestações medievais, quinhentistas e seiscentistas, como o mistério, o
milagre, a moralidade, a farsa, o auto vicentino, a comédia italiana e o auto
sacramental, todas marcadas pelo cunho épico. A dramaturgia de Suassuna
obedece, principalmente, aos moldes medievais, portanto, além de épica,
entrecruza as oposições entre religioso e profano com as de sério e cômico”
(VASSALO, 1993, p. 32).
O Auto da Compadecida
Lívia Jahn faz um paralelo entra a obra de Gil Vicente e de Ariano Suassuna:
“Há na obra de Gil Vicente uma religiosidade dos primórdios do cristianismo
onde a fé a pobreza são exaltados como virtudes e onde a avareza, a vaidade e
os vícios mundanos são vistos como pecados mortais merecedores do inferno.
Para Gil Vicente, o homem é um ser onde o mal cria raízes e por isso não
merece salvação” (p. 23).
“Há toda uma concepção da religião como algo simples, agradável, doce e não
como uma coisa formal e solene, difícil e mesmo penosa. Essa intimidade com
Deus nas relações dele com os homens, essa compreensão da vida e fé na
misericórdia parecem – nos aspectos primordiais no sentido religioso da obra.
[...] a compreensão das faltas humanas, atribuída a Nossa Senhora, que como
mulher simples, do povo, explica-as e pede para elas a compaixão divina”
(NOGUEIRA, 2002, p. 102). Suassuna se aproxima dos autos vicentinos pela
noção de julgamento, mas se distancia na medida em que o Diabo não é o juiz.
Pelo contrário, o dramaturgo brasileiro humaniza a figura de Cristo.
João grilo se baseia no pícaro (o astuto, ardiloso) da tradição ibérica e reflete,
por isso, um aspecto da tradição popular tanto de Portugal e Espanha como do
nordeste brasileiro. Ele “vence o patrão pela burla e pela astúcia. Assim o poder
se subverte e surge o cômico, o satírico, a vingança do povo contra quem o
oprime” (p. 24). O “amarelo” junto às personagens de Cristo e da
Compadecida, é responsável por desvendar a verdade sobre cada um dos
indivíduos no julgamento. Faz o papel de denúncia, característico do pícaro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo Jahn, em sua obra As Raízes Ibéricas e Populares do Teatro de Ariano Suassuna,
“a cultura popular se baseia numa tradição que vem desde a Europa do séc. XVI, das peças de
Gil Vicente, suas farsas e autos, e se estende pelo nordeste brasileiro, sendo atualizada através
das sagas dos cantadores de cordel” (p. 30). A autora destaca que essas sagas “remontam a
mitos e histórias antigos provenientes da África, levados até a Península Ibérica pelos árabes.
Por isso elas retratam uma forma de ser atemporal, que se atualiza no nordeste.” (Ibid.) Por
meio dos versos, o nordestino idealiza uma realidade “onde o pobre engana o rico, vence as
dificuldades, torna-se herói de seu povo, vence a própria morte e encontra a misericórdia de
Nossa Senhora” (p. 31). Assim, “a cultura nordestina se transforma e se vitaliza para além das
raízes ibéricas e medievais”, reinventando em tempos modernos a saga dos seres humanos
sobre a terra (Ibid.).
FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE
Congregação de Santa Dorotéia do Brasil
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As raízes ibéricas e populares no teatro de Ariano Suassuna

  • 1. AS RAÍZES IBÉRICAS E POPULARES DO TEATRO DE ARIANO SUASSUNA LÍVIA PETRY JAHN
  • 2. Referência: JAHN, Lívia Petry. As Raízes Ibéricas e Populares do Teatro de Ariano Suassuna. Disponível em: www.lume.ufrgs.br. Acesso em 30 de mai. de 2014.
  • 3. Gil Vicente (c. 1465 — c. 1537) & Ariano Suassuna (1927)
  • 4. AS RAÍZES IBÉRICAS E POPULARES DO TEATRO DE ARIANO SUASSUNA Este trabalho tem por objetivo fazer um recorte das obras de Suassuna, em especial as peças O Auto da Compadecida e A Pena e a Lei, procurando mostrar como essas obras dialogam com a tradição ibérica e popular desde os autos vicentinos e a literatura de cordel, até as farsas e o pícaro ibérico, trazendo para a realidade brasileira do século XX toda uma manifestação artística e popular gerada na Europa do século XVI e que se perpetuou na região do Nordeste. Para tanto, usou-se o referencial teórico embasado nos estudos de Vassalo (1993), Guidarini (1992), Bergson (1987), Palma (1996), Ataíde (2007) e nas próprias reflexões estéticas de Suassuna (2008). Palavras-chaves: Auto. Tradição. Cultura popular. Literatura de cordel. Suassuna, Teatro. (p. 5)
  • 5. ESTRUTURA INTRODUÇÃO 1. O CÔMICO EM GIL VICENTE E ARIANO SUASSUNA 1.1 O RISCO E A COMICIDADE 1.2 GIL VICENTE E O MUNDO ÀS AVESSAS 1.3 ARIANO SUASSUNA E A CONTINUIDADE DO TEATRO DE GIL VICENTE NO SERTÃO BRASILEIRO 2. TRAÇOS POPULARES NO TEATRO DE SUASSUNA 2.1 PERSPECTIVAS SOBRE O CONCEITO DE POPULAR 2.2 O AUTO DA COMPADECIDA: UMA VISITAÇÃO AOS AUTOS VICENTINOS E AO PÍCARO IBÉRICO 2.3 A PRESENÇA DO CORDEL E DA ORALIDADE NO AUTO DA COMPADECIDA
  • 6. O CÔMICO EM GIL VICENTE E ARIANO SUASSUNA No primeiro capítulo de sua monografia, Jahn assegura ter optado por Vicente e Suassuna como assunto de sua pesquisa por levar em consideração que “estes dramaturgos seguem as formulações do teatro medieval e ao mesmo tempo as inovam. ... buscam na linguagem popular uma fonte para os temas, os diálogos e os tipos de personagens em suas peças” (p. 11). É notório que ambos os dramaturgos usam a comicidade como meio para desnudar a sociedade semifeudal em que vivem sem que choquem o seu público. E fazem isso pela inversão de papeis sociais como podemos ver em “O Juiz da Beira”, de Vicente, e “O Auto da Compadecida”, de Suassuna.
  • 7. “Nesta sociedade o mais forte explora e subjuga o mais fraco. Para vencer os poderosos é preciso de astúcia, de inteligência, de saber subornar as pessoas certas. Não há necessidade de agir com correção, mas sim, com esperteza. São a esperteza e a inteligência, o engodo e a falsidade que fazem com que os desprotegidos e excluídos da sociedade vejam-se finalmente justiçados” (p. 19).
  • 8. “ ” Eu sou um fazendeiro, uma pessoa de certa ordem, e minha palavra não pode se trocar pela de meu vaqueiro! (Cabo Rosinha, em O Juiz da Beira)
  • 9. TRAÇOS POPULARES NO TEATRO DE SUASSUNA “[...] das formas de teatro ocidental, desde a comédia de Plauto às manifestações medievais, quinhentistas e seiscentistas, como o mistério, o milagre, a moralidade, a farsa, o auto vicentino, a comédia italiana e o auto sacramental, todas marcadas pelo cunho épico. A dramaturgia de Suassuna obedece, principalmente, aos moldes medievais, portanto, além de épica, entrecruza as oposições entre religioso e profano com as de sério e cômico” (VASSALO, 1993, p. 32).
  • 10. O Auto da Compadecida Lívia Jahn faz um paralelo entra a obra de Gil Vicente e de Ariano Suassuna: “Há na obra de Gil Vicente uma religiosidade dos primórdios do cristianismo onde a fé a pobreza são exaltados como virtudes e onde a avareza, a vaidade e os vícios mundanos são vistos como pecados mortais merecedores do inferno. Para Gil Vicente, o homem é um ser onde o mal cria raízes e por isso não merece salvação” (p. 23).
  • 11. “Há toda uma concepção da religião como algo simples, agradável, doce e não como uma coisa formal e solene, difícil e mesmo penosa. Essa intimidade com Deus nas relações dele com os homens, essa compreensão da vida e fé na misericórdia parecem – nos aspectos primordiais no sentido religioso da obra. [...] a compreensão das faltas humanas, atribuída a Nossa Senhora, que como mulher simples, do povo, explica-as e pede para elas a compaixão divina” (NOGUEIRA, 2002, p. 102). Suassuna se aproxima dos autos vicentinos pela noção de julgamento, mas se distancia na medida em que o Diabo não é o juiz. Pelo contrário, o dramaturgo brasileiro humaniza a figura de Cristo.
  • 12. João grilo se baseia no pícaro (o astuto, ardiloso) da tradição ibérica e reflete, por isso, um aspecto da tradição popular tanto de Portugal e Espanha como do nordeste brasileiro. Ele “vence o patrão pela burla e pela astúcia. Assim o poder se subverte e surge o cômico, o satírico, a vingança do povo contra quem o oprime” (p. 24). O “amarelo” junto às personagens de Cristo e da Compadecida, é responsável por desvendar a verdade sobre cada um dos indivíduos no julgamento. Faz o papel de denúncia, característico do pícaro.
  • 13. CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo Jahn, em sua obra As Raízes Ibéricas e Populares do Teatro de Ariano Suassuna, “a cultura popular se baseia numa tradição que vem desde a Europa do séc. XVI, das peças de Gil Vicente, suas farsas e autos, e se estende pelo nordeste brasileiro, sendo atualizada através das sagas dos cantadores de cordel” (p. 30). A autora destaca que essas sagas “remontam a mitos e histórias antigos provenientes da África, levados até a Península Ibérica pelos árabes. Por isso elas retratam uma forma de ser atemporal, que se atualiza no nordeste.” (Ibid.) Por meio dos versos, o nordestino idealiza uma realidade “onde o pobre engana o rico, vence as dificuldades, torna-se herói de seu povo, vence a própria morte e encontra a misericórdia de Nossa Senhora” (p. 31). Assim, “a cultura nordestina se transforma e se vitaliza para além das raízes ibéricas e medievais”, reinventando em tempos modernos a saga dos seres humanos sobre a terra (Ibid.).
  • 14.
  • 15.
  • 16. FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE Congregação de Santa Dorotéia do Brasil Licenciatura Dupla em Letras 2014.1, 1A Metodologia Científica – Professora M. Lúcia Ribeiro ALUNOS: • Dhyanna Lays • Luame Patrício • Mauro Coelho • Wendell Batista Recife - 2014

Notas do Editor

  1. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/17165/000685849.pdf?sequence=1