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♦ Edital n°02/2013
♦ NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO
♦ APOSTILA COMPLETA
CONCURSO
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PREFEITURA DE
SETE LAGOAS
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« RflíRAMA
# Língua Portuguesa
EXE CICIOS
GABARITADOS
# Matemática
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ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA
(ENSINO FUNDAMENTAL)
Leitura, compreensão e interpretação de texto.....................................................1
Sinônimos , antônimos , parônimos e homônimos...............................................8
Ortografia ...............................................................................................................11
Acentuação Gráfica........................................................................ 14
Substantivos, adjetivos, pronomes: identificação e emprego........................ 15
Verbo: conjugação e emprego dos tempos e modos verbais......... ................ 20
QUESTÕES DE PROVAS.........................................................................................23
yPDIDAHCON.COM
2013
l í n g u a p o r t u g u e s a
LEITURA, COMPREENSÃO E
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A interpretação de texto depende quase queexclusivamen­
te da experiência do candidato, de sua vivência, de sua leitura,
da agilidade de seu raciocínio, da maior ou menor facilidade com
que, em decorrência de todos esses fatores, ele entende o que
lê.São tambémrelevantes parabeminterpretar, o conhecimento
do assunto sobre o qual versa o texto e o domínio do vocabulário
específico das diversas áreas do conhecimento.
A leitura é indispensável para desenvolver a capacidade
de compreensão, sem a qual não se consegue fazer uma boa
interpretação. Para que a leitura possa produzir os resultados
desejados, impõe-se levar em consideração que as maneiras de
ler dependem do objetivo a alcançar e que a experiência cultural
e vivência do leitor são essenciais para a compreensão do texto.
De modo geral, quando lemos um texto, inicialmente olhamos o
conjunto, depois vemos os títulos e os subtítulos e, por último,
lemos os detalhes, procurando participar ativamente do processo
de construção do significado do texto. E dentro desse processo,
deve-se também observar os níveis de compreensão do texto,
conforme o objetivo da leitura.
Por exemplo, se queremos ver (aprender) o sentido geral do
texto, usamos a compreensão geral. Se nossa intenção é julgar
(atingir) as idéias principais, aplicamos a compreensão detalhada
ou intensiva. É importante saber que cada texto é constituído a
partir de um esquema (estrutura) que lhe dá sustentação, forma,
direção. As idéias são arrumadas conforme estrutura própria a
partir do objeto que se quer alcançar. Se conseguirmos identificar
o esquema, a estrutura básica do texto, mais fácil será a compre­
ensão das idéias trabalhadas nele.
Para tanto, deve-se fazer uma leitura atenta do texto, a
fim de tomar conhecimento das idéias principais, sublinhando
as palavras-chave, que marcam as idéias fundamentais para a
compreensão. Ficar também atento para as palavras de ligação
que estabelecem a estrutura lógica dos raciocínios (assim sendo,
além do mais, pois, porque, por conseguinte, em decorrência,
etc) é importante.
Interpretar é perceber o que o autor quis dizer. As idéias e
pensamentos que ele procurou transmitir ao leitor. É também a
habilidade de compreender, ou seja, de entender a idéia do tra­
balho como um todo, em algum nível desejado de generalidade.
Envolve uma reordenação, um novo arranjo ou visão do texto. Há
de se distinguir, porém, a análise estilístico-literária - que exige
vastos conhecimentos da matéria - da interpretação pura e sim­
ples de textos, que nos interessa mais de perto, e que requer do
estudioso, tão somente, uma leitura mais cuidadosa, sem aquelas
preocupações técnicas que são próprias dos professores e críticos
literários. Para interpretar, portanto, torna-se necessário: conhecer
previamente o vocabulário do texto, procurar o significado das
palavras e seu melhor emprego na leitura em pauta, identificar o
sentido das expressões ou frases de maior destaque contidas no
texto, bem como colher os ensinamentos de fundo moral, cívico
ou cultural que o autor tenha revelado.
Dessa forma, deverá o candidato - para completa com­
preensão do texto - observar determinadas normas, que
podem, ser assim resumidas:
a) ler com a máxima atenção o texto a interpretar;
b) reler cuidadosamente cada parágrafo do texto, colocan­
do as orações na ordem direta, que reflete a ordem natural do
pensamento, isto é: sujeito, verbo, complementos e adjuntos;
Ex: Das areias através caminhava tranquilo o viajante;
(Deverá ler: O viajante caminhava tranquilo através das
areias);
c) estabelecer o vocabulário das palavras de que desconhe­
ça o significado;
d) atentar para todas as figuras, especialmente para as metá­
foras, que, por sua força expressiva, são largamente usadas pelos
y*D I D A H C O N .C O M ________________________
escritores. Atente-se também para as comparações (ou símile);
e) estabelecer as condições de causa e efeito para todas as
idéias expostas pelo autor: se o “rio corre mansamente” é causa
de os “troncos seguirem lentamente” (efeito);
f) atentar para as palavras que sugerem outras. Exemplo:
sentiu as asas do orgulho baterem-lhe sobre a cabeça. A metáfora
“asas do orgulho” Sugere o verbo “bater”;
g) observar a interação dos sinônimos, antônimos e parôni-
mos usados pelo autor, com o propósito de conseguir um máximo
de eficiência à comunicação linguística;
h) procurar mentalizar a ideia central do texto e situá-lo no
contexto, logrando, assim, atingira parte principal da obra.
O conhecimento da estrutura do parágrafo facilita a com­
preensão das idéias nele expostas.
0 parágrafo é a unidade fundamental de uma composição.
Constitui-se de um ou mais períodos, devendo conter uma ideia
central e as idéias secundárias a ela intimamente relacionadas
pelo sentido e logicamente dela decorrentes.
Em um parágrafo, a ideia principal está no tópico frasal, que
é constituído, ordinariamente, por um ou dois períodos curtos
iniciais. O tópico frasal vem normalmente no início do parágra­
fo e pode assumir a forma de declaração inicial, definição ou
divisão.
Vejam-se os seguintes exemplos:
“A origem da linguagem é questão debatida em todos os
tempos. Pretendem uns que ela tenha sido devido a uma tardia
e artificial invenção humana; afirmam outros que foi revelada
totalmente aos primeiros homens por Deus; há quem a explique
por um instinto e, finalmente, surge a opinião daqueles para
quem a linguagem se formou por uma evolução progressiva da
linguagem natural.” (Eduardo Pinheiro)
No período acima, a declaração contida no tópico frasal,
constituído pelo primeiro período, vem devidamente justificada
nos períodos que se lhe seguem.
O tópico frasal encerra a ideia-núcleo, a ideia principal,
em forma de generalização. A ideia principal (as controvérsias
sobre a origem da linguagem) vem especificada no desenvolvi­
mento do parágrafo, no qual se expressam, portanto, as idéias
secundárias.
Se o tópico frasal vier no início, o parágrafo estará de­
senvolvido segundo o método dedutivo (da generalização para
as especificações). Se, pelo contrário, vier no fim, o parágrafo
estará desenvolvido pelo método indutivo. O parágrafo acima se
inicia com a generalização (as controvérsias sobre a origem da
linguagem) e continua com as especificações que fundamentam
a declaração que o introduz. Na elaboração do mesmo parágrafo,
seguiu o autor, portanto, o método dedutivo.
O seguinte parágrafo foi constituído segundo o método
indutivo (primeiro as especificações e depois a generalização).
O tópico frasal vem no fim, o que também pode ocorrer, como
segue:
“Há nuvens esgarçadas espreguiçando-se pelo céu azul. 0
vento varre a praça. Folhas dança no redemoinho, fugindo dela,
amontoam-se nas sarjetas dos becos estreitos que ladeiam a
Matriz, dando voltas e reviravoltas loucas na atmosfera translú­
cida. O inverno vai sumindo aos poucos." (Adaptado de Heloisa
Assumpção Nascimento)
O tópico frasal pode ser também feição de uma definição,
como no exemplo abaixo:
“Rima é a identidade, ou semelhança, de sons dentro de um
verso, ou no final de um verso em relação a outro. Admite-se que
tenha sido introduzida no século IX, pelo poeta religioso Otfried,
monge beneditino na baixa Alsácia, autor do Livro dos Evange­
lhos, poema da vida de Cristo. Vulgarizavam-na na Espanha os
árabes e, mais tarde, os trovadores provençais, adaptaram-na
às línguas românicas." (Rocha Lima)
1
,
LÍNGUA PORTUGUESA___________________________
O tópico frasal pode ainda revestir a forma de uma divisão,
como segue:
“Dois são os tipos principais de contrato de seguro: o seguro
a prêmio e o seguro mútuo. Seguro a prêmio é aquele em que o
seguradorestipula, para preço de risco que assume, uma quantia
fixa chamada prêmio, paga pelo segurado. Seguro mútuo é aquele
em que várias pessoas, expostas ao mesmo risco, se associam
para se garantirem reciprocamente contra esses riscos." (João
Guimarães)
Algumas vezes o tópico frasal está diluído no parágrafo,
como no seguinte exemplo:
“O grande São Paulo - isto é, a capital paulista e as cidades
que a circundam -já anda e tomo da décima parte da população
brasileira. Apesar da alta arrecadação do município e das obras
custosas que se multiplicam a olhos vistos, apenas um terço da
cidade tem esgotos. Metade da capital paulista serve-se de água
proveniente de poços domiciliares. A rede de hospitais é notoria­
mente deficiente para a população, ameaçada por uma taxa de
poluição que técnicos internacionais consideram superior à de
Chicago. O Trânsito é um tormento, pois o acréscimo de novos
veículos supera a capacidade de dar solução de urbanismo ao
problema. Em média, o paulista perde três horas do seu dia para
ire voltar, entre a casa e o trabalho." (De um editorial de Jornal
do Brasil)
No parágrafo acima, o tópico frasal, se estivesse explícito,
poderia assumir a feição da seguinte declaração inicial: Graves
problemas urbanos enfrenta o (a) Grande São Paulo.
Nem todos os parágrafos, entretanto, são iniciados por um
tópico frasal. Pode ser um parágrafo iniciado também por uma
alusão a fatos históricos, lendas, tradições, crendices, anedotas ou
episódios de que alguém tenha participado ou que tenha alguém
presenciado ou imaginado. Veja o exemplo a seguir:
“É mais fácil comera caça que eu vizinho matou, trocando-
a por um cacho de banana, do que disputá-la com ele - deve
ter pensado algum iluminado homem pré-histórico, cansado de
guerrear para sobreviver, o que esse Brucutu talvez não sou­
besse é que, naquele momento, ele havia inventado o dinheiro.
Porque dinheiro, segundo os teóricos, não é apenas a moeda ou
papel-moeda, mas tudo que possa ser utilizado como troca numa
operação comercial." (Revista DESED)
No parágrafo acima, a ideia principal (o conceito de dinheiro)
vem introduzido por alusão a um episódio imaginário. Há, ainda,
parágrafos iniciados por uma interrogação, que alguns autores
consideram como uma quarta feição do tópico frasal (as outras
são declaração inicial, definição e divisão).
“Para que, pois, este aluno aprende língua portuguesa em
sua variedade culta? Sabemos, e compartilhamos com todos os
educadores, que opleno acesso aos bens culturais não depende
do que possa fazer a escola, masjulgamos que nesta é possível
lutar contra as diferenças. No que concerne ao ensino da língua
portuguesa, então, objeto último é possibilitar aos alunos, a todos
eles, o domínio da língua de cultura para que este primeiro obs­
táculo possa ser transposto." (Diretrizes para o aperfeiçoamento
do ensino/aprendizagem da língua portuguesa/MEC)
A ideia-núcleo está contida na interrogação, que pode ser
indireta:
“Se me perguntarem qual o brasileiro que mais contribuiu
para o progresso material econômico do Brasil, responderei se
a mais leve hesitação: Irineu Evangelista de Souza, Visconde de
Mauá. Ninguém de sua época, ou talvez depois dele, conseguiu
acumular o breve interregno da existência terrena com igual
acervo de realizações.’’ (Enor de Almeida Carneiro)
Facilmente se pode converter uma interrogação em uma
declaração inicial: Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá,
Dsorro**
__________________DIDATICON.COM
foi o brasileiro que mais contribuiu para o progresso material e
econômico do Brasil.
Procurou-se mostrar acima a estrutura de um parágrafo.
Cabe, agora, mostrar algumas noções sobre as suas principais
qualidades, que são unidade e coerência.
Consiste a unidade em construir o parágrafo de maneira que
dele só conste uma idéia predominante.
Para obtê-la, deve-se observar as seguintes recomenda­
ções:
a) explicitar, sempre que possível, o tópico frasal.
Assim se evitará a inclusão no parágrafo de idéias que não
se reportem àquela expressa no tópico frasal.
b) evitar por menores impertinentes, acumulações e redun­
dâncias.
c) colocar em parágrafos diferentes idéias igualmente re­
levantes, relacionando-as por meio de expressões adequadas
à transição.
As idéias centrais, muitas vezes, não estão relacionadas por
expressões adequadas à transição, em prejuízo da coerência e,
portanto, da unidade, já que esta também depende, em grande
parte, daquela.
Desmembrando o parágrafo em tantos quantos sejam os
tópicos frasais que neles se observam, e utilizando para interligar
as idéias secundárias às centrais, ou estas entre si, palavras de
referência e partículas de transição, o trecho ficaria claramente
mais bem redigido.
d) não fragmentar a idéia central em vários parágrafos.
Consiste a coerência em ordenar e relacionar clara e lo­
gicamente as idéias secundárias de um parágrafo com a sua
idéia central. Para obtê-la, a observância da ordem espacial na
descrição; da ordem cronológica na narração e da ordem lógica
na dissertação.
Observa-se a ordem espacial, quando se descreve objeto
dos detalhes mais próximos para os mais remotos, ou vice-versa;
de cima para baixo, ou vice-versa, etc; da direita para a esquerda,
ou vice-versa, etc.
Observa-se a ordem cronológica, quando se narram os fatos
segundo a ordem de sucessão no tempo. Observa-se a ordem
lógica, quando de dispõem as idéias segundo o processo dedutivo
(de uma generalização para uma especificação) ou o processo
indutivo (de uma especificação para uma generalização). É ainda
importante para obter coerência, como já se disse, empregar com
propriedade as partículas de transição e palavras de referência.
Partículas de transição são os conectivos (preposições,
conjunções e pronomes relativos). Palavras de referência são
os pronomes em geral, certas partículas e, em determinadas
situações, os advérbios, as locuções adverbiais e até mesmo
orações e períodos. Sem elas, o sentido de um parágrafo fica,
muitas vezes, inteiramente prejudicado.
(...) fomos obrigados a ocupar o último andar disponível do
prédio onde esta agência atualmente funciona. (...) solicitamos
a ampliação do quadro para admitir novos funcionários (...) a
adoção de uma política de incremento das aplicações do Banco
nesta região determinou o oferecimento à praça de várias linhas
de crédito em que antes não operávamos. ( ...) já estarem pre­
judicando a boa marcha dos serviços. (...) tomamos a liberdade
de sugerir a instalação de uma metropolitana, se não preferir essa
Sede fazer construir em terreno a ser adquirido, um prédio maior
para esta, agência.
Devidamente relacionados por partícu as de transição e
palavras de referência, o parágrafo acima se :;mana coerente:
Com o considerável aumerto c; ■c _~e ce -ecóclos nesta
praça, fomos obrigados a ocuca' c . : —: a"c=' oo prédio onde
esta agência atualmente funciona : ~ e s~ : —ativo, também
solicitamos a ampliação : : o .a :': :a a a:~ : ' -ovos funcioná­
rios. Por outro lado a acoçác :e : : : oa de incremento da
aplicações do Banco nes:a 'eg ão oe:e-----ou o oferecimento à
praça de várias inhas de cre: o: e— c.s antes não operávamos.
Em virtude desses fsoo-ss -ossas ascendências tornaram-se
2
D
EDfTOUA
DIDATICON.COM_____________________
acanhadas a ponto de já estarem prejudicando a boa marcha dos
serviços. Assim, tomamos a liberdade de sugerir a instalação de
uma metropolitana, se não preferir essa sede fazer construir, em
terreno a ser adquirido, um prédio maior para esta agência.
DICAS BÁSICAS DE LEITURA
1- Ater-se exclusivamente ao texto;
2- Ler todas as alternativas (entre duas mais aceitáveis, uma
será mais completa);
3- Proceder por eliminação de hipótese;
4- Comparar o sentido das palavras (às vezes, uma palavra
decide a melhor resposta);
5- Buscar o tópico frasal (a frase que melhor resume o sentido
básico do texto).
As alternativas que devem ser eliminadas apresentam os
seguintes tipos de erro;
• ausência de informações essenciais (carência);
• presença de informações contraditórias em relação ao texto
(inversão);
• presença de informações alheias ao texto, não constante do
texto (acréscimo).
CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE:
COESÃO E COERÊNCIA
Coesão Textual
É o que permite a ligação entre as diversas partes de um
texto. Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo
referencial.
Coesão referencial - é a que se refere a outro(s) elemento
(s) do mundo textual.
Exemplo 1:
“Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas
as belas qualidades. Ainda sobre a inocência? Ainda, sim. À
inocência basta uma falta para perder; da modéstia só culpas
graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um
caso podem destruir aquela, a esta só uma ação própria, deter­
minada e voluntária.” (Almeida Garret)
Exemplo 2:
Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o
abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a
ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele. O
professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.
(Clarice Lispector)
Exemplo 3:
“André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol.
Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem
torce para outro time; aquele o faz."
Exemplo 4:
O presidente George W. Bush ficou indignado com o
atentado no World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os
culpados, (retomada de uma palavra ? referente “Ele” = “Presi­
dente George W. Bush”)
De você só quero isto: a sua amizade.
(antecipação de uma palavra ? “isto” = “a sua amizade”)
O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou
um bom dinheiro na loteria, (retomada por palavra lexical ? “o
felizardo” = “o homem”)
É importante, ao construir textos, estabelecer relação entre
os termos que formam as orações, entre as orações que formam
os períodos, entre os períodos que formam os parágrafos e, por
fim, entre os parágrafos que formam o texto.
Essa relação, denominada coesão, se dá através do uso dos
recursos coesivos ou conectivos, auxiliando a leitura, pois torna
os textos mais claros .
LÍNGUA PORTUGUESA
Os principais mecanismos coesivos são a coesão referencial
e a coesão seqüencial. A primeira dá conta da manutenção da
referência, permitindo a retomada do que já foi dito sem precisar
repetir palavras e expressões, enquanto simultaneamente se
constroem os significados pertinentes ao assunto. Já a segunda
permite que o texto progrida, garantindo que não haja oposição
frontal entre idéias. A ausência de elementos coesivos deixa lacu­
nas no texto que possibilitam diferentes interpretações. Embora
na literatura isso seja uma qualidade textual, no texto científico,
isso é um defeito a ser evitado.
Coerência Textual
A coerência pode ser definida como a totalidade de sentido
que o texto representa. Depreende-se a coerência textual através
da construção e organização dos elementos que compõem o
texto e de sua adequação a uma situação externa a que ele se
vincula. Para ser coerente, é necessário que cada parte esteja
em harmonia com o restante do que foi escrito.
Assim, por exemplo, não se pode chegar a conclusões que
não se relacionam com o que se discutiu anteriormente.
GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
A produção escrita depende não só da intenção do autor
como também do leitor a que ela se destina. Assim, o autor es­
colhe o tipo de texto que ele quer construir: descricão. narração
e dissertação.
DESCRIÇÃO
O texto descritivo esclarece para o leitor como é. como fun­
ciona. como se comporta determinado ser, lugar, objeto, pessoa.
Ela apresenta características estáticas ou dinâmicas:
Ele era alto e magro. Andava com o olharperdido para além
da linha do horizonte.
NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato que gerou uma sequência de epi­
sódios os quais aconteceram com alauém em espaço e tempo
determinados.
Um texto narrativo contém, portanto, os seguintes elemen­
tos:
• o fato (o que aconteceu);
• o enredo (como aconteceu);
• as personagens (quem participa dos acontecimentos);
• o espaço (onde se passam os acontecimentos);
• o tempo (quando os fatos aconteceram);
• o narrador (é a voz que o autor empresta a uma personagem
interna ou a um observador para construir o texto). Depen­
dendo desse narrador, a história será contada na primeira
pessoa (personagem) ou na terceira pessoa (observador).
As partes do enredo
O enredo contém como partes:
• apresentação;
• conflito;
• complicação;
• clímax;
• desfecho.
TIPOS DE DISCURSO
É importante também, no estudo do texto narrativo, o co­
nhecimento dos tioos de discurso, isto é, como o autor apresenta
as falas das personagens.
3
LÍNGUA PORTUGUESA_______________________________
Há três tipos de discurso:
• Discurso direto - O narrador dá a palavra às personagens
em forma de diálogo: “Hamlet observou: - Há mais coisas
entre o céu e a terra do que sonhou nossa vã filosofia.”
• Discurso indireto - As falas das personagens aparecem
em forma de orações subordinadas substantivas: “Hamlet
observa que há mais coisas entre o céu e a terra do que
sonha nossa vã filosofia.” (Machado de Assis)
• Discurso indireto livre - As falas das personagens são
formas de solilóquio ou pensamentos expressos na voz
do narrador. Às vezes vêm "entre aspas”: “Sempre que me
acontece alguma coisa importante, esfá ventando - costuma
dizerAna Terra.” {Érico Veríssimo)
DISSERTAÇÃO
Dissertar é o ato de expor opiniões, idéias, pontos de vista
sobre um determinado assunto.
É o texto argumentativo que tem o objetivo de persuadir o
leitor. Este deve ser sempre considerado pelo autor como um “ser
real”. Esse pressuposto levará o autor a argumentar de forma
consistente, clara e coerente.
Como o autor assume uma posição crítica, o leitor, por sua
vez, deverá ter um olhar crítico sobre o texto para entender a
posição do autor.
Estrutura do texto dissertativo
O texto dissertativo contém três partes:
• Introdução: Nela, o autorformula uma tese, assume um ponto
de vista, que será discutido e provado no desenvolvimento.
• Desenvolvimento: É a parte da argumentação propriamente
dita. Nela, o autor comprovará a tese, de forma consistente
ao dar informações, apresentar dados, exemplos, justificativas
de forma gradual e progressiva. O tema é retornado a cada
informação acrescentada. Os parágrafos e as frases vêm
“amarrados” um ao outro por conectores e anafóricos (con­
junções, pronomes, advérbios, tempos verbais, sinônimos,
hipônimos).
• Conclusão: É um resumo do que está no desenvolvimento.
Ele retoma e condensa o conteúdo do texto “amarrado” ao
parágrafo anterior.
Tema e título
Tema é uma afirmação contida numa frase sobre o assunto
do texto. [Não se deve confundir tema com título].
Título é, geralmente, uma expressão curta que contém uma
simples referência ao assunto.
PRESSUPOSTOS E IMPLÍCITOS
Será que todos os textos podem ser lidos da mesma ma­
neira? Achou estranha a pergunta? É claro que, em um sentido
muito básico, só existe uma maneira de ler um texto: decodificar
os sinais que o constituem. Mas não é disso que estamos falando.
Nossa preocupação é com um nível de leitura mais avançado do
que a etapa inicial de decodificação. Pense, então, na pergunta
que fizemos. Os procedimentos de leitura independem do tipo
de texto a ser lido? Você sabe que a resposta deve ser neces­
sariamente negativa. Não, não podemos lerda mesma maneira
qualquer tipo de texto.
E por que não? Porque a natureza das informações que os
constituem será diferente, o que exigirá de nossa parte, como bons
leitores, a habilidade de adaptar os procedimentos básicos que
EDfTORA
DIDATICON.COM
adotamos uma vez identificado o tipo de texto a ser analisado.
Acontece, porém, que será frequente, na sua vida de leitor,
encontrar textos em que nem tudo que importa para a compreen­
são esteja neles registrado. Em outras palavras, há textos em que
o que não foi escrito também deve ser levado em consideração
para que ele possa ser verdadeiramente compreendido.
Vamos começar pelos pressupostos. Se buscássemos
uma definição de pressuposto em um dicionário, encontraríamos
algo como:
Pressuposto: circunstância ou fato considerado como
antecedente necessário de outro.
O que significa considerar algo como “antecedente” neces­
sário de alguma outra coisa dita? Pense no seguinte exemplo:
João parou de beber.
Para aceitar o que foi afirmado no exemplo (o fato de João ter
deixado de beber), é preciso que tomemos como certa uma outra
informação que, embora não dita na frase, é necessária para que
seu conteúdo seja verdadeiro. Essa informação é o pressuposto
de que partimos no momento de elaborar nosso raciocínio. E qual
seria o pressuposto desse exemplo? Só há uma possibilidade:
se João parou de beber, tenho de partir do pres-suposto de que
João bebia.
Note que, se João nunca bebeu, a afirmação deixa de ser
válida. É por esse motivo que o pressuposto deve ser considerado
como um “antecedente necessário” de algo que é dito.
Neste próximo exemplo, extraído de uma propaganda de loja
de roupas femininas, vemos uma pressuposição cuja explicitação
leva à compreensão de algo que não chegou a ser dito:
Se você pergunta pro seu marido se está linda, e ele
responde que te ama de qualquer jeito, tá na hora de
falar com a gente.
Analise a situação em que um diálogo como o sugerido
pela propaganda ocorrería. Em primeiro lugar temos uma mulher
que, por algum motivo, julga se bonita em determinada ocasião.
Quando pergunta para o marido se isso é verdade, ela parte do
pressuposto de que ele irá confirmar. Acontece, porém, que a
resposta dada contradiz o seu pressuposto e sugere uma outra
“leitura” da situação. Dizer que a ama de qualquerjeito vai contra
a pressuposição de que o marido concorda com o fato de ela estar
linda. Mais, dá a entender exatamente o contrário: não importa o
fato de você não estar linda, eu te amo de qualquer jeito. Embora
o marido não diga que não acha a mulher linda, isso fica suben­
tendido pela resposta que dá a ela.
Compreender o jogo de pressuposição existente no texto é
necessário para que a própria propaganda possa ser entendida; a
loja de roupas resolve o caso de mulheres como essa. Em outras
palavras, a loja fará com que ela de fato esteja linda, autorizando
o seu pressuposto. Quando lidamos com uma informação que
não foi dita, mas tudo que é dito nos leva a identificá-la, estamos
diante de algo subentendido ou implícito.
A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um
bom nível de leitura. Em várias ocasiões, aquilo que não é dito,
mas apenas sugerido, importa muito mais do que aquilo que é dito
abertamente. A incapacidade de compreensão de implícitos faz
com que o leitor fique preso no nível literal do enunciado, aquele
em que as palavras valem apenas pelo que são, não peio que
sugerem ou podem dar a entender.
Implícito: é algo que está envolvido naquele contexto, mas
não é revelado, é deixado subentendido, é apenas sugerido.
Pressupostos e implícitos são recursos frequentes utilizados
por autores no momento da elaboração de seus textos. Para
garantir uma boa leitura, você preci-sa estar atento a situações
em que apenas a apreensão do sentido literal não é o bastante
4
yjDIDATICON .C O M ___________________
para a compreensão do texto.
O texto humorístico é um espaço privilegiado para a cons­
trução de implícitos ou a identificação de pressupostos, porque o
humor muitas vezes é feito com base naquilo que não se diz, mas
se deixa sugerido, de tal forma que o leitor tire conclusões sozinho.
A leitura de tiras humorísticas é um exercício interes-sante para a
aquisição de familiaridade com esse tipo de estrutura lingüística,
porque exige uma agilidade de raciocínio e uma visão mais analí­
tica, justamente por não oferecer muitos elementos explicativos.
Você, como leitor, está diante de três ou quatro quadrinhos e
pouquíssimas falas trocadas entre os personagens. Valendo se
das informações do contexto e da explicitação de pressupostos
e implícitos, terá condições de realizar sempre uma leitura mais
completa nesses casos.
TEXTOS PARA INTERPRETAÇÃO
TEXTO 1
Uma Definição de Felicidade
Stephen Kanitz
Todas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já
li um economista defini-la como ganhar 20.000 dólares por ano,
nem mais nem menos. Para os monges budistas, felicidade é
a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem
felicidade como “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se
gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”. O conceito de felicidade
que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num artigo curto.
Eu o aprendi nos livros de Edward De Bono, Mihaly Csikszent-
mihalyi e de outros nessa linha. A idéia é mais ou menos esta:
todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser
definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser fa­
moso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe
encantado, jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem.
Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está
dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso,
inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo
possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora
imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível,
e portanto bem menor, que representa a sua base. É o mundo
que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos
seus conhecimentos, seu Ql emocional e sua experiência. Feli­
cidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões
- o balão que você pretende dominar e o que você domina. Se a
distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansio­
so, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você
ficará tranqüilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para
crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e
o que se quer ter.
O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu
sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo
é possível, se você somente almejar alto, é pura balela. Todos
nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas.
Querer ser o presidente da República é um sonho que você pode
almejar quando virar governador ou senador, mas não no início
de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de
competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre
os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre
esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus
desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Esco­
lha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais.
Se sua ambição não for acompanhada da devida competência,
você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que
querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano
de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus
sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso,
surge frustração, e não felicidade.
Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa
________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA
“fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores
de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos
são infelizes justamente porque “chegaram lá”? Pessoas pouco
ambiciosas que procuram um emprego garantido, logo ficam
entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida
felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efê­
mera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz
nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser
o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável
tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver
estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para
algo mais realista.
Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou
então encha mais seu balão de competências estudando, ob­
servando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos
acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por
isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes.
Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é ne­
nhuma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável,
um nirvana, mas uma dinâmica contínua. É chegar lá, e não estar
lá como muitos erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos
limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando
puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem.
Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da
vida e você será muito feliz.
Revista Veja, edição 1910, 22junho de 2005.
01.0 conceito de felicidade usado pelo autor em seu dia a
dia pode ser definido com, EXCETO:
a) Sonhar de acordo com as próprias limitações.
b) Manter sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da
vida.
c) Saber administrar a distância entre os desejos e as competên­
cias.
d) Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-
se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por
diante.
02. É correto inferir que o que torna as pessoas infelizes é,
EXCETO:
a) querer muito mais do que se pode alcançar.
b) não reduzir as ambições á medida que se envelhece.
c) acreditar que tudo é possível se elas somente almejarem
alto.
d) evitar que a distância entre o que se tem e o que se quer ter
seja excessiva.
03. Todas as seguintes técnicas, com as finalidades indica­
das, são usadas pelo autor na estruturação de seu texto,
EXCETO:
a) Exemplificação, para ilustrar e explicar pontos de vista.
b) Comparação, para demonstrar como se comporta quem é
feliz.
c) Enumeração, para hierarquizar os caminhos para se obter a
felicidade.
d) Contraste, em algumas partes, para realçar as diferenças
entre o que se quer e o que o faz feliz.
04. Por que tantos gerentes, depois de promovidos, sofrem
da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por
administradores de recursos humanos? Por que execu­
tivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque
“chegaram lá”?
A MELHOR resposta para essas perguntas é:
a) As pessoas pouco ambiciosas não se tornam felizes.
b) Para alcançar a felicidade, as pessoas devem ser mais rea­
listas.
c) A felicidade encontra-se no processo da sua busca e não da
sua conquista.
5
l ín g u a po r tu g u esa
d) A felicidade é alcançada quando se acha a distância entre o
que se tem e o que se quer ter.
TEXTO 2
A busca da Felicidade
Bárbara Axt
Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao
longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você.
A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas
chances de sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem.
Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas e muitas
vezes. E nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem
felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos
genes. “As leis que governam a felicidade não foram desenhadas
para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentaras chances
de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo”, escreveu o
escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a
revista americana Time.
A busca da felicidade é o combustível que move a humani­
dade - é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir
casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer
amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela
nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais
importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas
tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade.
Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amar­
rada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos
dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa,
nos empurrando para frente. Felicidade é um truque.
E temos levado esse truque muito a sério. Vivemos uma
época em que ser feliz é uma obrigação - as pessoas tristes são
indesejadas, vistas como fracassadas completas. A doença do
momento é a depressão. “A depressão é o mal de uma sociedade
que decidiu ser feliz a todo preço”, afirma o escritor francês Pascal
Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua. Muitos de nós estão
fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros - e
sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um
peso: uma fonte terrível de ansiedade.
Esse assunto sempre foi desprezado pelos cientistas. Mas,
na última década, um número cada vez maior deles, alguns
influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esfor­
çado para decifrar os segredos da felicidade. A ideia é finalmente
desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna
mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a an­
siedade que essa busca infinita causa.
Super interessante, abril de 2005.
05. “Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de
pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito
esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenou­
ra continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para
frente. Felicidade é um truque”.
A afirmativa do texto 1 que MELFIOR explica o trecho
acima, extraído do texto 2, é:
a) “Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que
se quer ter".
b) “Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois
balões - o balão que você pretende dominar e o que você
domina”.
c) “Felicidade não é uma estado alcançável, um nirvana, mas
uma dinâmica contínua”.
d) “Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições
e competências”.
06. Em: “Felicidade é um truque. Um truque da natureza
concebido ao longo de milhões de anos com uma só fina-
D
EDTTORA
__________. DIDATICON.COM
lidade: enganar você”, enganar você significa, EXCETO:
a) Levar-se a fazer algo que aumente nossas chances de sobre­
viver ou de procriar.
b) Acreditar que ser feliz é uma obrigação e que as pessoas
tristes são indesejáveis.
c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes, o
que acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos
genes.
d) Convencer-nos de que cada uma das conquistas que realiza­
mos, como: estudar, fazer amigos, casar, etc., é a coisa mais
importante do mundo.
07. Em relação aos textos 1 e 2, todas as considerações estão
corretas, EXCETO:
a) Gerentes depois de promovidos e executivos bem sucedidos
são infelizes, porque acreditaram que ser feliz é uma obriga­
ção.
b) A felicidade é efêmera, porque a cada vitória surge uma nova
necessidade.
c) Na busca pela felicidade, o combustível que move o homem
são suas ambições e desafios que podem ser definidos como
o mundo que ele quer abraçar.
d) O texto 1procura, através de três passos, decifrar os segredos
da felicidade.
08. De acordo com o texto 1, se você mantiver uma meta a
alcançar em todas as etapas de sua vida, você será feliz.
Todas as afirmações, baseadas no texto 2, contradizem
essa idéia, EXCETO:
a) É ilusão acreditar que cada meta alcançada nos fará feliz, pois
a cada vitória surge uma nova necessidade,
b) Felicidade está virando um peso, já que muitos de nós estão fa­
zendo força demais para demonstrar felicidade aos outros,
c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes
acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos ge­
nes.
d) A busca da felicidade nos convence de que cada uma de
nossas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos
dá disposição para lutar por elas.
09. Todas as extrapolações abaixo, a partir dos textos 1 e 2,
estão corretas, EXCETO:
a) As pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassa­
das completas, porque não levaram o truque da felicidade a
sério.
b) Estudar, observar e aprender com os outros, todos os dias, é
um dos combustíveis que nos move em busca da felicidade,
c) Se descobrirmos o segredo da felicidade, nos tornaremos in­
felizes, já que a felicidade é uma dinâmica contínua, é chegar
lá e não estar lá.
d) De acordo com Robert Wrigth, as leis que governam a felicida­
de não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico,
por isso não são compatíveis com as idéias de autores de
livros de auto-ajuda que definem felicidade com “estar bem
consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de
sonhar alto”.
10. Se a depressão é um mal de uma sociedade que decidiu
ser feliz a todo preço, é CORRETO inferir que:
a) a busca da felicidade não é o combustível que move a huma­
nidade, pois, se o fosse, não geraria tristeza,
b) não se deve, então, almejar a felicidade, já que ela resulta em
uma busca sem fim e que pode levar à depressão,
c) todos aqueles que buscam a felicidade tornam-se infelizes,
pois não conseguem aproximar-se dela constantemente,
d) entender o que torna as pessoas mais ou menos felizes e
qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca
infinita causa as tornará menos depressivas.
6
✓ °D ID ATICO N .CO M _____________________
TEXTO 03
Destino traçado por um erro gramatical
Ellen Cristie
Rapaz de 23 anos é obrigado a se casar
com a filha mais velha do coronel
O Colocador de Pronomes é um dos 22 contos do livro
Negrinha, de Monteiro Lobato. O conto se passa em Itaoca, um
município qualquer do Vale do Paraíba, inventado pelo escritor.
A personagem, um moço de 23 anos, apaixona-se pela filha mais
moça do coronel Triburtino de Mendonça. O coronel tinha duas
filhas: a caçula Laurinha, de 17 anos, e Carmo, considerada o
“encalhe” da família, vesga, histérica, manca da perna esquerda
e desligada.
O moço, para demonstrar sua veneração por Laurinha, envia
a ela um bilhetinho com os seguintes dizeres: “Anjo dourado! Amo-
lhe!”. No entanto o bilhete cai nas mãos de ninguém menos que
o coronel, que imediatamente manda chamar o rapaz. Ao entrar,
o coronel tranca o escritório e mostra a ele o bilhetinho.
Diante da confissão do rapaz, ele exige casamento. E manda
chamar a filha mais velha, Carmo. Diante da recusa do moço em
aceitar a empreitada, o coronel comenta: “Vossuncê mandou
este bilhete à Laurinha, dizendo que ama-” lhe”. Se amasse a
ela, deveria dizer amo-”te”. “Na terceira pessoa, só pode ser
Carmo, ou minha esposa, ou a preta Luzia, cozinheira. Escolha!”,
argumentou o coronel.
A única opção do moço foi casar-se com Carmo. Onze meses
depois, nasce o primogênito, Aldrovando Cantagalo.
Por ironia do destino, a história revela que, 40 anos depois,
Aldrovando torna-se professor, letrado, ávido pelos clássicos
lusitanos e celibatário. Sua vida teve duas fases: a estática, em
que acumulou conhecimento e dinâmica, quando procurou com­
bater a “corrupção” da língua. “Ele odiava os erros de colocação
pronominal”.
Depois de trabalhar em umjornal, abre a Agência de Coloca­
ção de Pronomes e Reparos Lingüísticos. Passa a corrigir erros
até nas tabuletas das ruas. A próxima etapa é escrever um livro:
três calhamaços de 500 páginas. O primeiro - Do Pronome Se.
Sem editor, o potencial escritor imprime o livro às suas custas e
dedica a publicação a Frei Luís de Sousa. “À memória daquele
que me sabe as dores", escreve.
Na correria, o livro sai com a frase “d’aquele que sabe-me
as dores”, quando o pronome me deveria vir antes do verbo. O
pobre Aldrovando sente-se mal, mas sua dor é tamanha que
ainda não poderia ser descrita nos livros de patologia. Aldrovando
morre como o primeiro santo da gramática, o mártir número um
da colocação dos pronomes, daí o nome do conto.
E stado de M inas, 27/08/2002.
11. No 5oparágrafo, a autora diz “Por ironia do destino...” a
ironia a que se refere a autora do texto deve-se:
a) Ao erro gramatical cometido pelo moço do bilhete.
b) Ao fato de o Coronel querer empurrar a filha “encalhada” no
rapaz.
c) Por Aldrovando Cantagalo ser um homem conhecedor dos
clássicos lusitanos.
d) Ao filho do casal tornar-se um exímio conhecedor da língua.
12. Ao dedicar sua obra ao Frei Luís de Sousa, infere-se que
Aldrovando quis:
a) Desculpar seu pai por ter cometido um erro tão insignificante
que resultou no seu nascimento.
b) Flomenagear um lingüista impertinente e tão zeloso da língua
quanto Aldrovando.
c) Redimir-se dos erros de Português e desvios lingüísticos
cometidos porventura na obra escrita.
d) Revelar ao Frei suas angústias e tristezas devidas à ignorân­
cia das pessoas.
_______________ LÍNGUA PORTUGUESA
Leia os textos a seguir:
TEXTO I
Maluf e Quércia foram e serão sempre candidatos de es­
querda, mas aquele é mais experiente que este.
Quando se usa este ou aquele para referência a termos
ou orações anteriores, este se refere ao mais próximo e aquele,
obviamente ao mais afastado, nem seria preciso dizer. É óbvio
também que se deve evitar esse recurso, que obriga o leitor a
se esforçar para entender. E quando o texto encaroça o leitor
esmorece.
(MACHADO, 1994, P.29)
TEXTO II
Confusão mesmo ocorre em relação aos demonstrativos que
se referem a elementos já citados ou por citar no texto. Convém
lembrar que, nesses casos, este se refere ao futuro, ao que vem
abaixo, a seguir, e que esse sempre se refere ao passado, ao já
dito, que ficou pra trás ou está acima. Por exemplo: “O Congresso
é incorruptível, essa é a nossa maior certeza.” Ou: “O Executivo,
o Legislativo e o Judiciário têm estas virtudes: competência e
eficiência.”
13. Em todas as alternativas, os demonstrativos empregados
de acordo com o que se estabelece nos textos, EXCE­
TO:
a) Poeta alemão, o francófilo Heiner aprendeu bem este senti­
mento mais latino que germânico: Deus me perdoará, é seu
ofício.
b) Cronista é isso: fica pregando lá de cima de sua coluna no
jornal. Por isto, há uma certa confusão entre colunista e cro­
nista.
c) Existe uma religiosidade profunda no povão, em especial nas
camadas mais pobres. Há dois aspectos nisso.
d) Compare a China com o Brasil. Este tem para onde expandir
sua agricultura; aquela não, pois sua área agriculturável é
igual à do Pará.
14. Todas as afirmativas em relação aos textos são aceitáveis,
EXCETO:
a) O texto I traz uma sutil ironia quanto à boa vontade dos lei­
tores.
b) O locutor do texto I critica o uso dos demonstrativos este
e aquele para retomar um termo anterior por considerá-los
fatores que dificultam a leitura.
c) No texto II, o autor usa o pronome demonstrativo nesses para
retomar uma idéia explicada anteriormente.
d) O autor faz ironia não só com o emprego incorreto ou abusivo
dos demonstrativos, mas também com a política e os políticos
brasileiros.
15. Observe:
Criara os filhos com muita dificuldade e sempre fizera o bem
a todos. Fora, pois, um homem de grande caráter e merecia, por
conseguinte, um enterro mais digno.
Em relação ao enunciado, considere os termos pois e
p o r conseguinte destacados, e assinale a alternativa cor­
reta:
a) qualquer um desses dois termos poderia ser substituído por
logo, sem alteração do significado.
b) os termos pois e por conseguinte traduzem relações de tipos
diferentes
c) enquanto o termo pois encerra uma explicação, o termo por
conseguinte encerra uma comparação.
d) o termo pois poderia ser deslocado para antes da forma verbal,
sem prejuízo do significado.
7
16. A essa altura, não ... mais ingressos, pois já ... dias que
a casa tem estado com a lotação esgotada.
a) deve haver - fazem
b) deve haver - fazem
c) deve haverem - faz
d) deve haver - faz
17. “Os novos modelos trazem novidades que não ..., mas
enfeites que todos ....”
a) se vê - veem
b) se vê - vêm
c) se veem - vêm
d) se veem - veem
18. Não ... razões para acreditarmos nele, pois ... provas su­
ficientes e ... anotações memoráveis a seu favor.
a) faltava - haviam - existiam
b) faltavam - haviam - existiam
c) faltavam - havia - existiam
d) faltava - havia - existia
Texto para as questões 19 e 20:
Olhar para o céu noturno é quase um privilégio em nossa
atribulada e iluminada vida moderna. (...) Companhias de turismo
deveriam criar “excursões noturnas”, em que grupos de pessoas
são transportados até pontos estratégicos para serem instruídos
por um astrônomo sobre as maravilhas do céu noturno. Seria o
nascimento do “turismo astronômico”, que complementaria per-
feitamente o novo turismo ecológico. E por que não?
Turismo astronômico ou não, talvez a primeira impressão
ao observarmos o céu noturno seja uma enorme sensação de
paz, de permanência, de profunda ausência de movimento, fora
um eventual avião ou mesmo um satélite distante (uma estrela
que se move!). Vemos incontáveis estrelas, emitindo sua radia­
ção eletromagnética, perfeitamente indiferentes às atribulações
humanas.
Essa visão pacata dos céus é completamente diferente da
visão de um astrofísico moderno. As inocentes estrelas são ver­
dadeiras fornalhas nucleares, produzindo uma quantidade enorme
de energia a cada segundo. A morte de uma estrela modesta
como o Sol, por exemplo, virá acompanhada de uma explosão
que chegará até a nossa vizinhança, transformando tudo o que
encontrar pela frente em poeira cósmica. (O leitor não precisa se
preocupar muito. O Sol ainda produzirá energia “docilmente” por
mais uns 5 bilhões de anos.)
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos)
19. O autor considera a possibilidade de se olhar para o céu
noturno a partir de duas distintas perspectivas, que se
evidenciam no confronto das expressões:
a) “maravilhas do céu noturno” / “sensação de paz”.
b) “instruídos por um astrônomo” / “visão de um astrofísico”.
c) “radiação eletromagnética” / “quantidade enorme de ener­
gia”.
d) "poeira cósmica” / “visão de um astrofísico”.
e) “ausência de movimento” / “fornalhas nucleares”.
20. Considere as seguintes afirmações:
I. Na primeira frase do texto, os termos “atribulada” e “iluminada”
caracterizam dois aspectos contraditórios e inconciliáveis do
que o autor chama de “vida moderna”.
II. No segundo parágrafo, o sentido da expressão “perfeitamente
indiferentes às atribulações humanas” indica que já se desfez
aquela “primeira impressão” e desapareceu a “sensação de
paz”.
III. No terceiro parágrafo, aexpressão” estrela modesta”, referen­
te ao Sol, implica uma avaliação que vai além das impressões
ou sensações de um observador comum.
L ÍN G U A PO RTUG UESA______________________________________
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
______________ P dim ticon.com
GABARITO
01-D 02-D 03-B 04-C 05-D
06-B 07-A 08-D 09-A 10-D
11-D 12-D 13-B 14-D 15-A
16-D 17-D 18-C 19-E 20-C
SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS,
FARÔNIMOS E HOMÔNIMOS
SINONÍMIA: Palavras diferentes, que têm significados idên­
ticos ou aproximados.
Ex.: prédio = edifício / casa = lar / aguardar = esperar
ANTONÍMIA: Palavras que têm significados opostos.
Ex.: claro # escuro / doce # amargo / esperar # desistir
PARÔNIMOS: vocábulos ou expressões que apresentam
semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido.
Ex.:Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
HOMONÍMIA As palavras homônimas têm o mesmo som
ou mesma grafia.
Elas podem ser:
- H om ófonas palavras com a mesma pronúncia.
- H om ógrafas palavras com a mesma grafia.
a) H om ógrafas heterofônicas > mesma grafia e pronúncia
diferente: deste - deste; pôde - pode
b) H om ófonas heterográficas > Na língua oral, precisam
estar contextualizadas.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os
seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época,
de região para região, de classe socialpara classe social, e assim
por diante. Nem individualmente podemos afirmarque o uso seja
uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode
usar diferentes variedades de uma só forma da língua.
Ao trabalhar com o conceito de variação linguística, esta­
mos pretendendo demonstrar:
• que a língua portuguesa, como todas as línguas do
mundo, não se apresenta de maneira uniforme em todo o terri­
tório brasileiro;
“Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu
domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de
diferenciações.(...) Mas essas variedades de ordem geográfica,
de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o
sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o
pensamento, não prejudicam a unidade superiorda língua, nem a
consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem
de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e
de emoção.”(Celso Cunha, em Uma política do idioma)
• que a variação lingüística manifesta-se em todos os níveis
de funcionamento da linguagem ;
8
l ín g u a p o r tu g u e s aDewrwíÀ
IJ10ATICON.COM_____________________
* que a variação da língua se dá em função do emissor e
em função do receptor;
• que diversos fatores, como reaião. faixa etária, ciasse
social e profissão, são responsáveis pela variação da língua;
• que não há hierarquia entre os usos variados da língua,
assim como não há uso lingüisticamente melhor que outro. Em
uma mesma comunidade lingüística, portanto, coexistem usos
diferentes, não existindo um padrão de linguagem que possa
ser considerado superior. O que determina a escolha de tal ou
tal variedade é a situação concreta de comunicação.
• que a possibilidade de variação da língua expressa a va­
riedade cultural existente em qualquer grupo. Basta observar,
por exemplo, no Brasil, que, dependendo do tipo de colonização
a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa
colonização aí estarão presentes de maneira indiscutível.
Níveis de variação linguística
É importante observar que o processo de variação ocorre
em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais
perceptível na pronúncia e no vocabulário. Esse fenômeno da
variação se torna mais complexo porque os níveis não se apre­
sentam de maneira estanque, eles se superpõem.
Nível fonológico - por exemplo, o I final de sílaba é pronun­
ciado como consoante pelos gaúchos, enquanto em quase todo
o restante do Brasil é vocalizado, ou seja, pronunciado como um
u; o r caipira; o s chiado do carioca.
Nível morfossintático - muitas vezes, poranalogia, por
exemplo, algumas pessoas conjugam verbos irregulares como se
fossem regulares: “manteu” em vez de “manteve”, “ansio” em vez
de “anseio”; certos segmentos sociais não realizam a concordân­
cia entre sujeito e verbo, e isto ocorre com mais frequência se o
sujeito está posposto ao verbo. Há ainda variedade em termos
de regência: “eu lhe vi” ao invés de “eu o vi”.
Nível vocabular - algumas palavras são empregadas
em um sentido específico de acordo com a localidade. Exemplos:
em Portugal diz-se “miúdo”, ao passo que no Brasil usa-se “ mo­
leque”, “garoto”, “menino”, “guri”; as gírias são, tipicamente, um
processo de variação vocabular.
Tipos de variação linguística
Travaglia (1996), discutindo questões relativas ao ensino
da gramática no primeiro e segundo graus, apresenta, com base
em Halliday, Mclntosh e Strevens (1974), um quadro bastante
claro sobre as possibilidades de variação lingüística, chamando
a atenção para o fato de que, apesar de reconhecer a existência
dessas variedades, a escola continua a privilegiar apenas a
norma culta, em detrimento das outras, inclusive daquela que o
educando já conhece anteriormente.
Existem dois tipos de variedades linguísticas: os dialetos
(variedades que ocorrem em função das pessoas que utilizam
a língua, ou seja, os emissores); os registros (variedades que
ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais depen­
dem do receptor, da mensagem e da situação).
• Variação Dialetal
o Variação Regional
o Variação Social
o Variação Etária
o Variação Profissional
• Variação de Registro
o Grau de Formalismo
o Modalidade de Uso
o Sintonia
Gíria
A gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em
um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo
ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os
membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.
A gíria, ao mesmo tempo que contribui para definir a identidade
do grupo que a utiliza, funciona como um meio de exclusão dos
indivíduos externos a esse grupo, uma vez que costuma resultar
em uma linguagem ininteligível.
A gíria tem um caráter contestador por natureza e, por esse
motivo, costuma acompanhar outros comportamentos de crítica,
transgressão e/ou contestação dos padrões sociais vigentes. Há,
assim, a gíria de grupos de jovens, de surfistas, de “rappers”, de
“funkers”, de marginais, de presidiários etc.
EXERCÍCIOS
01. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo de
eufemismo.
A) Quando teu pai partir desta para a outra, vais sentir sua fal­
ta.
B) Buscas a vida, eu, a morte. Buscas a terra, eu, os céus.
C) A morte para os justos será a porta para um destino glorio­
so.
D) A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto.
E) O anjo da morte te buscará à meia-noite e tu sorrirás feliz.
02. A expressão “última flor do Lácio” foi utilizada por Olavo
Bilac num poema, significando - para ele - que a língua
portuguesa foi a última língua gerada do latim, língua
oriunda da antiga região do Lácio. Logo, “última flor do
Lácio” é igual a “língua portuguesa”.
Que figura de linguagem existe aí?
A) Metáfora
B) Perífrase
C) Metonímia
D) Hipérbole
03.
As nuvens são cabelos
crescendo como rios;
são os gestos brancos
da cantora muda;
São estátuas em vôo
à beira de um mar;
a flora e a fauna leves
de países de vento;
São o olho pintado
escorrendo imóvel;
a mulherque se debruça
nas varandas do sono.
Este poema, de João Cabral, é rico em imagens. O poeta
descreve as nuvens salientando sua fluidez e movimen­
tos; capta num momento a fugacidade das formas e atribui
significado a elas; alcança o efeito poético através de
figuras de linguagem.
É exemplo de metáfora
A) As nuvens são cabelos
B) crescendo como rios;
C) são os gestos brancos
D) da cantora muda.
04.
Anjo no nome, Angélica na cara!
Vejo, que por bela, e por galharda,
Posto que os anjos nunca dão pesares,
9
l ín g u a po r tu g u esa
/ “S W T O «A
d i d a t i c o n .c o m
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
(Gregório de Matos)
Ocorre um par antitético em,
A) Vejo, que por bela, e por galharda,
B) Posto que os anjos nunca dão pesares,
C) Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
D) Anjo no nome, Angélica na cara!
05. Considere as seguintes afirmações sobre o Barroco
brasileiro:
I - A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades,
conflito, paradoxos e contrastes, que convive tensamente na
unidade da obra.
II - O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca,
apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de
pastoras e ninfas.
III - A oposição entre Reforma e Contra-Reforma expressa, no
plano religioso, os mesmos dilemas de que o barroco se
ocupa.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas 111.
D) Apenas I e III.
E) I, lie III.
Texto para as questões 06 e 07:
“O pacto feito por ele com os árabes não tardou a ser por
mil modos violado, e o ilustre guerreiro teve de se arrepender,
mas já debalde, por haver deposto a espada aos pés dos infiéis,
em vez de pelejar até à morte pela liberdade. Fora isto o que
Pelágio preferira, e a vitória coroou o seu confiar no esforço dos
verdadeiros Godos e na piedade de Deus”.
06. Quai é das características abaixo está presente no texto?
a- Retomada dos valores medievais,
b- Denúncia de males sociais,
c- despreocupação formal,
d-Análise psicopatológica.
e- aproveitamento da mitologia clássica.
07.0 autor do texto é:
a- Eça de Queirós,
b- Camilo Castelo Branco,
c- Padre Antônio Vieira,
d- Fernando Namora,
e-Alexandre Flerculano.
08. Numere os parênteses obedecendo à seguinte conven­
ção:
1- Barroco
2- Arcadismo
3- Romantismo
( ) Exacerbação do sentimento envolto numa visão de amor
idealista.
( ) Visão dualista do universo, refletida numa linguagem es­
sencialmente antitética.
( ) Expressão constante, quase monótona da fugacidade da
vida.
( ) Ênfase à íncorrespondência amorosa das tiranas donze­
las.
( ) Sobre exaltação da beleza feminina, superior aos elemen­
tos da natureza.
De cima para baixo, a resposta correta é:
A) 3, 1, 1,2, 1.
B) 2, 1, 1, 3, 2.
C) 1, 3, 2, 1, 2.
D) 3, 1,2, 2, 1.
E) 2, 1, 2, 3, 1.
09. Considere as seguintes afirmações:
I- Pode-se afirmar que o Romantismo brasileiro foi a manifesta­
ção artística que mais bem expressou o sentimento naciona­
lista desenvolvido com a independência do país.
II- Os romancistas românticos, preocupados com a formação de
uma literatura que expressasse a cor local, criaram roman­
ces considerados regionais, mais pela temática do que pela
linguagem.
III- A tendência indianista do Romantismo brasileiro tinha por
objetivo a desmistificação do papel do índio na história do
Brasil desde a colonização.
Quais estão corretas?
A) Apenas I.
B) Apenas II.
C) Apenas I e II.
D) Apenas I e III.
E) I, II e III.
10. Leia os textos:
A. a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados;
(...) a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem
modelada e guarnecida de dentes alvos (...)
Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e
nervosa (...), apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no
andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flexas com a
mão direita caída...”
B. “(Bertoleza) devia ser esmagada devia ser suprimida (...)
Ela era o torpe balcão da primitiva bodega; era o aladroado
vintenzinho de manteiga em papel pardo; era o peixe trazido
da praia e vendido à noite ao lado do fogareiro à porta da
taberna; era o frege imundo (...); era o sono roncado num
colchão fétido, cheio de bichos...”
Assinale a única alternativa errada:
A) O texto A revela a profunda contradição existente em querer
valorizar o nacional sem perder de vista os valores e padrões
europeus.
B) O texto A é descritivo e a exagerada adjetivação apresenta a
personagem como um ser imponente, idealizado.
C) As metáforas que caracterizam a personagem do texto B são
exemplos da linguagem rude que Aluísio Azevedo utiliza em
seus livros.
D) A atmosfera de morbidez criada no texto B contraria os prin­
cípios do estilo de época que o texto A representa.
E) Os dois textos são típicos do Modernismo, pois os escritores
amavam demais a liberdade, podendo, portanto, embelezar
ou enfear o que quisessem.
GABARITO
01-A 02-B 03-A 04-C 05-D
06-B 07-C 08-C 09-E 10-E
l ín g u a p o r tu g u e saDentro**
D lD ATIC O N .C O M ___________________
SÍLABA
Sílaba é um conjunto de sons que pode ser formado por
apenas um fonema ou por um grupo de fonemas emitidos numa
só expiração, em nossa língua o núcleo da sílaba é sempre uma
vogal.
Estrutura da sílaba
Para que exista uma sílaba algumas condições obrigaria-
mente devem existir:
1 - Na sílaba existe necessariamente uma vogal, que se
junta ou não a uma semivogal ou uma consoante, exemplos:
CA-DEI-RA , MA-LA, PRE-FEI-TO
2 -A base de uma sílaba é uma vogal, que pode ficar sozinha
em uma sílaba, exemplos: A-MOR , SA-Ú-DE, A-ÇA-Í
3 - Em cada sílaba há somente uma vogal, logo em uma
palavra o número de sílabas é o número de vogais, exemplos:
A-MOR (duas vogais, duas sílabas), SA-Ú-DE (três vogais, três
sílabas, A-ÇA-Í (três vogais, três sílabas).
Classificação das palavras quanto ao número de síla­
bas
Conforme o número de sílabas, as palavras são classifica­
das em:
1 - MONOSSfLABAS
São as palavras que possuem apenas uma sílaba, exemplo:
pó, pé, mal, mão, mãe
2 - DISSÍLABAS
São as palavras que possuem duas sílabas, exemplo: ca­
sa, ca-ma, car-ro
3 - TRISSÍLABAS
São as palavras que possuem três sílabas, exemplo: pa-le-
tó, ma-ca-co, sa-í-da
4 - POLISSÍLABAS
São as palavras que possuem quatro ou mais sílabas,
exemplo: car-to-li-na, gra-vi-o-la
Classificação da sílaba quanto à intensidade
Quanto à intensidade a sílaba pode ser:
1 - TÔNICA
É a sílaba mais forte de uma palavra. Só existe uma sílaba tô­
nica em cada palavra, exemplo: ce-lu-iar, li-vro, me-sa, a-mor
2 - ÁTONA
Todas as outras sílabas que não são tônicas são denomina­
das de átonas, ce-lu-lar, li-vro,me-sa, a-mor
3 - SUBTÔNICA
É a sílaba de intensidade intermediária, nem tão intensa
como a tônica, nem tão fraca como a átona. Geralmente ocorre
nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra
primitiva, exemplo: café - cafezinho.
Classificação das palavras quanto à tonicidade
Quanto à tonicidade as palavras podem ser:
1 - OXÍTONAS
São as palavras cuja sílaba tônica é a última, exemplo: fu-zil,
co-ra-ção, ba-lão, ci-pó,ca-lor
2 - PAROXÍTONAS
São as palavras cuja sílaba tônica é a penúltima, exemplo:
ca-sa, ca-ma, car-ro, es-ca-da
3 - PROPAROXÍTONAS
São as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima, exem­
plo: ár-vo-re, e-xér-ci-to, o-xí-to-na
DIVISÃO SILÁBICA
Em regra se faz pela soletração e não pelos seus elementos
constitutivos.
REGRAS
a) Aconsoante inicial não seguida de vogal permanece na sílaba
que a segue. Ex.: pneu-má-ti-co.
b) Não se separam os elementos dos grupos consonânticos
iniciais de sílabas nem dos dígrafos ch, nh, Ih. Ex.: ma-nhã.
c) No interior da palavra conserva-se na sílaba que a precede
a consoante seguida de vogal. Ex.: nup-ci-al.
d) Separa-se o sc ficando o s numa sílaba e o c em outra sílaba.
Ex.: cres-cer.
e) 0 x do prefixo ex não se separa quando a sílaba seguinte
começar por consoante; entretanto, se começar por vogal,
forma sílaba com esta e separa-se do elemento prefixai. Ex.:
ex-tra-ção, e-xér-ci-to.
f) O s dos prefixos cis, des, dis, bis, trans não se separa
quando a sílaba seguinte começar por consoante. Ex.: bis-
coi-to, trans-por-te.
g) As vogais e consoantes idênticas separam-se ficando uma
em cada sílaba. Ex.: car-ro, pro-ro-ga-ção, ca-a-tin-ga.
h) Não se separam as vogais dos ditongos (decrescente e
crescente) etritongos. Ex.: pai, quan-do, quais.
i) As vogais, dos hiatos, separam-se. Ex.: sa-ú-de, sa-ir, ca-ir,
le-al-da-de.
ORTOGRAFIA
GRAFIA DAS PALAVRAS
Terminam em ÇÃO:
a) ato de INFORMAR, RECLAMAR, NAVEGAR, etc.
b) Verbo TER e derivados DETER, OBTER, ABSTER, etc.
Terminam em SÃO:
a) ND: PRETENDER, SUSPENDER, EXPANDIR.
b) ERTER: CONVERTER, PERVERTER, INVERTER.
Terminam em SSÃO:
a) TIR: ADMITIR, PERMITIR.
b) GREDIR: AGREDIR, REGREDIR.
c) PRIMIR: IMPRIMIR, REPRIMIR.
Grafa-se com S:
a) Naturalidade: holandês
Procedência: camponês
b) Verbos: QUERER, PÔR:
quis - pusemos.
c) ASO-ASA = vaso, brasa;
ISO-ISA = liso, brisa;
OSO-OSA = jeitoso, garbosa;
USO-USA = obtuso, difusa.
ASE-ESE-ISE-OSE = crase, tese, hemoptise (eliminação,
pela boca, de sangue de origem pulmonar), neurose.
Grafa-se com Z:
a) az - capataz
ez - acidez
iz - perdiz
oz - veloz
uz - capuz
b) Verbos:
zir - produzir
11
l ín g u a po r tu g u esa
P
ESXTCRA
DIDATICON.COM
Terminação ESA: indica naturalidade
a) Procedência/nobreza ? feminino
Exemplo: Norueguesa, irlandesa, duquesa.
b) A terminação ESA não indica qualidade:
Exemplos: defesa, empresa, represa.
Terminação EZA: indica qualidade
Certeza - qualidade do que é certo
Clareza - qualidade do que é claro
Beleza - qualidade do que é belo
Terminação IZAR: deixa uma palavra completa
CanalIZAR
AutorIZAR
AtualIZAR
Terminação ISAR: não deixa uma palavra completa
PrecISAR
BISAR
OUTRAS DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS
1. QUE/QUÊ
3. MAL /MAU
4. MAS / MAIS
MAS = porém MAIS # menos
0 pais parece que está melho­
rando. mas ainda há inflação.
- oorém ainda há inflação.
Foi ele quem mais trabalhou.
Foi ele auem menos traba-
Ihou.
Estava mais aflito.
Estava menos aflito.
5. ONDE/AONDE
ONDE (lugar em que, no
qual)
AONDE (preposição a +
ondel
Usado com verbos que não
pedem preposição. Esses ver­
bos indicam permanência:
É usado com verbos de mo-
vimentoque indicam “direção
para’’:
- Moro onde fica a iareia.
- A casa onde ele reside ó
simples.
. Vou aonde quero.
Vou a
> Aonde mais?
6. A / HÁ / À
A HÁ
- Artigo - Vem antes do subs­
tantivo feminino: a casa, a
vida, a beleza.
- Preposição - Indica dis­
tância, tempo futuro, direção,
destino etc.
3a pes. do sing. do pres. ind.
do verbo haver.
- Sentido de tempo passa­
do:
Não vamos a teatro.
A casa fica a 200m.
Só irei daqui a 2h.
Vou a Paris.
Isso aconteceu há pouco.
Estou aqui há 2 horas.
- Sentido de ter / existir:
Hoje não há sessão.
AHhá. uma casa bem antiga.
À (a prep. + artigo) A (pronome pessoal oblíquo
= ela)
Vou a + a praia.
Vou à praia.
- Enviarei a correspondência
à empresa.
Os paisjá a encontraram.
pronome demonstrativo
aquela
- Esta obra é a que indica­
ram no censo.
7. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A
AO ENCONTRO DE
ser favorável, estar de acordo:
DE ENCONTRO A
ser contra, opor-se:
Sua decisão veio ao encontro
das minhas expectativas, por
isso estou feliz
Sua decisão veio de encontro
àsminhas expectativas, o que
muito medecepcionou.
8. AFIM/A FIM DE
AFIM
semelhante, igual
A FIM DE
= para (locução prepositiva).
Descobri que tínhamos idéias
afins.
Estou aqui a fim de te ajudar.
Sorria a fim de me alegrar.
9. DEMAIS/DE MAIS
DEMAIS = muito DE MAIS # de menos ou a
mais
Ele ficou feliz demais.
Ficou muito feliz.
Não vejo nada de mais aqui.
12
OEI3ITOKA.
DIDATiCON.CW É
10. SENÃO /SE NÃO
SENÃO
de outro modo, do contrário,
aliás, porém, exceto:
SE NÃO
caso não (condição)
Trabalha e estuda, senão nada
conseguirás.
(= do contrário)
Ninguém senão você poderá
entender-me. (=exceto)
Todos ficaram ricos. Ele não
encontrou senão uma
pequena esmeralda. (=ape-
nas)
Se não ficou rico ainda, traba-
lhe mais.
Ficaram muitos hóspedes no
hotel, se não. todos iá
lá estavam.
Se não Dodes. ooraue vais?
11. TAMPOUCO / TÃO POUCO
TAMPOUCO TÃO POUCO
Também não
Não sei tudo, tampouco ele
o sabe.
muito pouco
Bebi tão pouco quanto ele.
12. A CERCA DE / ACERCA DE
A CERCA DE
aproximadamente
ACERCA DE
a respeito de
0 Papa dirigiu-se a cerca de
um milhão de fiéis.
0 Papa falou acerca do abor­
to.
13. A PAR/AO PAR
A PAR
bem informado
AO PAR
Indica equivalência de
valores financeiros
Não estou a D ardo assunto da
conferência.
As m o e d a s fo rte s, co m o a
libra, m antêm -se sem pre ao
par.
QUESTÕES DE CONCURSOS
1. Assinale a alternativa que preencha corretamente os
espaços da frase:
A_______do político depende muito da _ _ _ _ _ do apoio
popular.
a) ascensão, obtenção
b) ascensão, obtenção
c) ascenção, obtenção
d) ascenssão, obtensão
e) ascenssão, obtenção
2. Uma falsa meiguice encobria-lhe a _____e a falta de
a) regidês - compreensão
b) rigidez - compreensão
c) rijidez - compreensão
d) rijidês - comprensão
e) rigeza - compreensão
3. Assinale a alternativa em que não ocorre erro de grafia:
a) escasso, massa, carrocel, puzesse, senso
b) honradez, quizestes, ruço, dissertar, cessar
c) empossar, incipiente, obscecação, assessório, maçudo
d) celeiro, exegesse, cerração, intensão, disfarse
e) atraso, maça, ascensorista, exceção, obsessão
4. Assinale a alternativa que contém erro gráfico:
a) herege, extático, montês
b) extensão, destro, ironizar
c) bueiro, despender, imersão
________________________________LÍNGUA PORTUGUESA
d) empecilho, faxina, consenso
e) excêntrico, pretencioso, escassez
5. São grafadas com “s” , “ss” , “ç” , respectivamente, as pa­
lavras:
a) incur___o / tor___ão / controvér__ia;
b) emi__ ão / intromi___ ão / exten__ão;
c) admi___ível / assun___ão / exten___ão;
d) preten___ioso / opre__ ão / reten___ ão;
e) cansa___o / conce___ão / na___ioso.
6. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
escritas corretamente:
a) paralisar - pesquisar - ironizar - deslizar;
b) alteza - empreza - francesa - miudesa;
c) cuscus - chimpanzé - encharcar - encher;
d) incenso - absesso - Luís;
e) chíneza - marquês - garrucha - meretriz.
7. O ________rendido pelas artes d a ______ , _____na es­
preguiçadeira.
a) herói - cosinha - cochilava;
b) herói - cosinha - coxilava;
c) herói - cozinha - coxilava;
d) ritmo - cozinha - cochilava;
e) herói - cozinha - coxilava.
8. A certa altura do ritual, o __________das________ atingiu
marcação_________.
a) ritmo - danças - alucinante;
b) ritmo - dansas - aluscinante;
c) rítimo - danças - aluscinante;
d) ritmo - danças - aluscinante;
e) ritmo - danças - alucinante.
9. Assinale a série de grafia incorreta:
a) usina - buzina
b) ombridade - hombro
c) úmido - humilde
d) erva - herbívoro
e) néscio - cônscio
GABARITO
01B 02B 03E 04E 05D
06A 07D 08A 09B
Anvtfcç-veí
LÍNGUA PORTUGUESA_______________________________
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. MONOSSÍLABOS TÔNICOS: Acentuam-se, graficamen­
te, os que têm como vogai única a (s), e (s), o (s).
Ex.: vá, vás, vê, vês, pé, pés, pôs, dó etc.
Os monossílabos em j e u não são acentuados.
2. OXÍTONAS: Acentuam-se, graficamente, as terminadas
em a (s), e (s), o (s), em, ens.
Ex.: está, estás, cantará, você, cipó, cortês, buquê, café,
após, compôs, contém, conténs, amém etc.
3. PAROXÍTONAS: Acentuam-se, graficamente, as termi­
nadas em:
R u X i N L
fêmur, vírus, fênix, úri, táxi hífen, útil,
caráter, bônus, tórax, abdômen, volátil,
açúcar lótus ônix líquen míssil
Obs.: Não se acentuam as paroxítonas terminadas em a
(s), e (s), o (s), em e ens: item, hífens, parede, teto, sala etc.
4. PROPAROXÍTONAS: São todas acentuadas: vísceras,
fígado, estômago, tóxico, etc.
REGRAS ESPECIAIS
1. ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS: acentuam-se as vogais
e, o dos ditongos abertos éu, éi, oi, apenas em final de
palavra.
Ex.: estreia, chapéu, cruéis, heroico, apoio, corrói.
2. ACENTUAÇÃO DOS HIATOS:
a. Acentuam-se o i e o u tônicos dos hiatos quando vierem como
segunda vogal e constituírem sílaba sozinhos ou seguidos
de s.
Ex.: caí —>ca-í ciúme —>ci-ú-me
reúne —>re-ú-ne caída —>ca-í-da
viúva —>vi-ú-va caíste —>ca-ís-te
balaústre —>ba-la-ús-tre
Obs.: 1. Se o i ou o u, no caso, não forem acentuados, irão
formar ditongo com vogal anterior.
Ex.: cai, pais, sai, saia, etc.
Exceção: seguidos de nh. não são acentuados:
rainha —>ra-i-nha bainha —>ba-i-nha
2. Também não o são os hiatos de vogais repetidas:
Xiita —>xi-i-ta juuna —>ju-u-na
3. juiz—*ju-iz juizes -» ju-í-zes
raiz —>ra-iz raízes —>ra-í-zes
b. NÃO se acentuam os hiatos oo e ee.
- oo —»voo, coo, perdoo
- ee —►são acentuadas as formas verbais: creem, leem, deem,
veem...
Obs.: 1. São escritas com apenas ume as terceiras pessoas do
presente do indicativo dos verbos TER e VIR e seus
derivados.
SBÍTOSi*
DIDATICON.COM
Ele tem —►Ele contém / Ele vem —* Ele provém
(v. provir)
Ele têm —>Ele contêm / Ele vêm -* Ele provêm
2. Não se acentua o hiato oa. Ex.: lagoa, canoa, voa.
3. Acentua-se a sílaba anterior ao TRITO NG O FO NÉTICO
uam (uãu), uem (uei). Ex.: águam, enxáguem.
4. USO DO TREMA ü
Não se usa mais trema nos grupo GUI, GUE, QUI, QUE
em palavras de origem portuguesa. 0 trema fica restrito a
palavras de origem estrangeira.
Ex.: frequência, frequente, arguição, tranquilidade, sequestro,
quinquênio, águe, aguemos, pingüim, mülleriano (palavra
estrangeira).
5. Não se acentua ou da sílaba tônica nos grupos: qúe, qúi,
gúe, gúi.
Ex.: argui, arguis, arguem; apazigue, apazigues, apazi­
guem.
ACENTO DIFERENCIAL
Na Língua Portuguesa, existem muitas palavras que são idên­
ticas na pronúncia (homófonas) ou na grafia (homógrafas).
Muitas vezes, o próprio texto ajuda a distinguir uma forma
da outra:
* deste (de+este) e deste (verbo dar);
- O livro que me deste não é deste autor.
* desse (de+esse) e desse (verbo dar);
- Se ele me desse um pedaço desse bolo...
* ele (pron.) e ele (letra L);
- O ele que ele escreveu está ilegível.
* colher (verbo) e colher (subst.);
- Vou colher o mel com esta colher.
Em livros mais antigos, as homógrafas de som fechado estão
acentuadas, para distinguir das de som aberto. Hoje esse acento
só é usado nas palavras abaixo:
- pôde (pretérito perfeito, verbo poder) / pode (presente),
-por (preposição) / pôr (verbo)
- fôrma (vasilha) / forma (maneira, modo, aspecto).(não
oficial)
QUESTÕES DE CONCURSOS
1. Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:
a) Todo ensino deveria ser gratuito.
b) Não ves que eu não tenho tempo?
c) É difícil lidar com pessoas sem carater.
d) Saberias dizer o conteúdo da carta?
e) Veranópolis e uma cidade que não para de crescer.
2. Assinale a opção em que todas as palavras são acentu­
adas pela mesma regra:
a) próprio - diário
b) êxito-tênue
c) diáspora - vivência
d) hífen - baú
e) máximo-júri
3. Assinale a série em que todos os vocábulos devem rece­
ber acento gráfico:
a) Troia, item, Venus
b) hifen, estratégia, álbuns
Também as terminadas em:
UM - fórum UNS - álbuns
Ã(s) - ímã ÃO - sótão
PS - fórceps, bíceps
ON(s) - íon, proton, nêutrons
OM - rádom (=radônio, elemento químico)
DITONGOS - armário, sério, série, árduo, mágoa, aéreo,
móveis, pônei, vôlei etc.
14
Daarrora.
DIDATlCON.COM___________________
c) apoio (subst.), reune, faísca
d) nivel, orgão, tupi
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu
4. (CESPE - BB) Assinale a opção correta quanto à acentua­
ção gráfica:
a) eclipse
b)juiz
c) agosto
d) saída
e) intúito
5. (CESPE - BB) “Alem do trem, voces tem ônibus, taxis e
aviões”. A frase deveria apresentar
a) 5 acentos
b) 4 acentos
c) 3 acentos
d) 2 acentos
e) 1 acento
6. (CESPE-BB) O vocábulo que representa um monossílabo
tônico é:
a) o
b) lhe
c) e
d) luz
e) com
7. Dadas as palavras:
1. tung-stê-nio
2. bis-a-vô
3. du-e-lo
Constatamos que a separação silábica está correta:
a) apenas na palavra n° 1
b) apenas na palavra n° 2
c) apenas na palavra n° 3
d) em todas as palavras
e) n.d.a
8. (BB) Não leva acento gráfico o seguinte vocábulo:
a) atrai-la
b) supo-la
c) conduzi-la
d) vende-la
e) revista-la
9. (BB) A palavra “noite” apresenta:
a) hiato
b) ditongo
c) tritongo
d) dígrafo
e) encontro consonantal
10. (CESPE - PF) Assinale a alternativa em que todos os vo­
cábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó
GABARITO
01-A 02-A 03-B 04-D 05-B
06-D 07-C 08-C 09-B 10-A
_____________ LÍNGUA PORTUGUESA
MORFOLOGIA
RECONHECIMENTO, CLASSIFICAÇÃO, FORMAS,
FLEXÕES E USOS DAS DEZ CLASSES DE
PALAVRAS; SUBSTANTIVOS, FLEXÕES DAS
CLASSES GRAMATICAIS - INCLUSIVE ADJETIVOS,
CLASSES DE PALAVRAS: CLASSIFICAÇÃO E
FLEXÕES. MORFOLOGIA E FLEXÕES DO GÊNERO,
NÚMERO E GRAU
CLASSES DE PALAVRAS
As palavras de nossa língua estão distribuídas em 10 clas­
ses, sendo 6 variáveis e 4 invariáveis.
CLASSE CONCEITO FLEXÕES
Substantivo Nomeia os seres Gênero, nú­
mero e grau
Adjetivo Qualifica os seres de um modo
geral
Gênero, nú­
mero e grau
Pronome Substitui ou acompanha o subs­
tantivo
Gênero, nú­
mero e pes­
soa
Artigo Acompanha o substantivo Gênero e nú­
mero
Numeral Acompanha o substantivo indi­
cando quantidade ou ordenan­
do-o
Gênero e nú­
mero
Verbo Exprime ação, fenômeno natural
ou estado
Número,
pessoa,
modo, tem­
po e voz
Advérbio Palavra que modifica o verbo, o
adjetivo ou o próprio advérbio
Invariável
Preposição Liga termos de uma mesma
oração
Invariável
Conjunção Liga termos da oração ou ora­
ções
Invariável
Interjeição Exprime sentimentos súbitos Invariável
SUBSTANTIVO
Definição: Substantivo é o nome com que designamos os
seres (pessoas, lugares, instituições, entes de natureza espiritual
ou mitológica etc). Varia em número e grau e possui um gênero
que pode ou não variar.
Classificação:
1. Substantivo Próprio: designa um ser individualmente,
distinguindo-o de outros seres da mesma espécie.
Ex.: Délson, Estêvão, Brasil, Mato Grosso, Portugal, Belo
Horizonte, etc.
2. Substantivo Comum: designa todos os seres da mesma
espécie, de um modo geral.
Ex.: livro, árvore, homem, montanha, casa, etc.
NOTA: Entre os comuns, alguns recebem denominação
especial pelo fato de indicarem um conjunto de seres. São os
COLETIVOS.
3. Substantivo Concreto - é aquele que designa um ser
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LÍNGUA PORTUGUESA
/"VswnroR*
d i d a t i c o n .c o m
que existe em si mesmo. Ex.: livro, árvore, casa, alma, Deus,
homem.
4. Substantivo Abstrato - é o substantivo que dá nome a
estados, qualidades, sentimentos ou ações. Ex.: tristeza, atenção,
amor, clareza, maturidade, brancura.
Em todos esses casos, nomeiam-se conceitos cuja exis­
tência depende sempre de um ser para manifestar-se: é neces­
sário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é
necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo
ou um abraço.
FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO
a) Prim itivo - é o que não se origina de outro. Ex.: papel.
b) Derivado - é o que é formado de outro (primitivo). Ex.:
papelaria, papelucho, papelório, papeleiro, papelão.
c) Sim ples - é aquele constituído de um radical. Ex.: pa­
pel
d) Com posto - é aquele constituído de mais de um radical.
Ex.: guarda-roupa.
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
Definição: é a variação do substantivo em sua terminação
ao indicar o gênero, o número e o grau.
Quanto ao gênero, o substantivo pode ser:
a) uniforme
epiceno: cobra, formiga, tatu
comum de dois gêneros: o estudante, a estudante
sobrecomum: a vitima, o algoz
b) biforme
masculino e feminino
Ex.: aluno, aluna - mestre , mestra
Obs:. Heterônimos: boi - vaca; genro - nora
REGRAS PARA A FORMAÇÃO DO FEMININO
1. Os substantivos terminados em o fazem o feminino mudando
a terminação o pela terminação a.
Ex.: lobo - loba; gato-gata.
2. Os substantivos terminados em ão podem fazer o feminino
de três formas: a, oa, ona.
Ex.: cidadão-cidadã; chorão-chorona; anão-anã.
3. Os substantivos terminados em or, u, I, ês formam ofeminino
acrescentando-se um a.
Ex.: professor-professora; credor-credora; espanhol-espanho-
la; peru-perua; português-portuguesa
4. Femininos dignos de nota:
abade - abadessa abegão - abegoa
alcaide - alcaidessa ateu - atéia
ator - atriz barão - baronesa
bispo - episcopisa czar - czarina
cavalheiro - dama cônego - canonisa
cônsul - consulesa frade - freira
frei - soror herói - heroína
hortelão - hortelona incréu - incrédula
judeu - judia maganão- maganã
marquês - marquesa monge - monja
padrasto - madrasta padrinho - madrinha
pagão - pagã patriarca - matriarca
papa - papisa pigmeu - pigméia
profeta - profetisa rajá - rani
rapaz - rapariga sandeu - sandia
são - sã sultão - sultana
tabaréu - tabaroa visconde - condessa
juiz - juíza zagal - zagala
ladrão - ladra sacerdote-sacerdotisa
prior - prioresa réu - ré
Substantivo Epiceno - é o que não varia em gênero e designa
animais de um e de outro sexo.
Ex.: a onça, o jacaré, a borboleta, o tigre.
NOTAS:
a) para esclarecer o sexo, diz-se: a onça-macho, a onça-fêmea;
o jacaré-macho, o jacaré-fêmea. Pode-se dizer também o
macho da onça, a fêmea do jacaré, etc.
b) deve-se notar o feminino de:
bode - cabra; perdigão - perdiz; cão - cadela; javali - javalina,
gironda; carneiro - ovelha; gamo - corça; grou - grua; elefante
- elefanta, aliá; pardal - pardoca, pardaloca; zangão - abelha;
caxarelo ou caxaré - baleia; touro - vaca; pavão - pavoa
Substantivo Comum de Dois Gêneros - possui uma só forma
genérica e indica o masculino e o feminino; o artigo (o, a, os, as,
um, uma, uns, umas) é o que se flexiona.
Ex.: O estudante aplicado. -A estudante aplicada.
Um pianista famoso. - Uma pianista famosa.
Outros exemplos: o artista - a artista;
o jornalista - a jornalista etc.
Substantivo Sobrecomum - é a palavra invariável em gênero e
indica pessoas de um e outro sexo.
Ex.: o algoz, o indivíduo, a criança, a vítima, a testemunha, o
apóstolo.
Quando digo “a criança merece todo respeito” estou me refe­
rindo tanto ao sexo masculino como ao feminino.
OBSERVAÇÕES:
1. Há determinados substantivos masculinos que, ao passarem
para o feminino, mudam o sentido.
Ex.: o cabeça - a cabeça; o capitai - a capital; o guarda - a guar­
da; o língua - a língua; o cisma - a cisma; o cara - a cara; o
corneta - a corneta.
FLEXÃO DE NÚMERO
1. Os nomes terminados em “il” tônico perdem o “I” e recebem
“s”.
Ex.: anil - anis; fuzil - fuzis; cantil - cantis; pueril - pueris.
2. Os nomes terminados em “el” fazem o plural em “éis”.
Ex.: quartel - quartéis; anel - anéis; bacharel - bacharéis.
NOTA: mel faz o plural em méis ou meles.
3. Os nomes terminados em “m” perdem “m” e recebem “ns”.
Ex.: homem - homens; virgem - virgens; som - sons; etc.
4. Os nomes terminados em “r” e em “z” recebem no plural as
letras “es”.
Ex.: ator - atores; noz - nozes; paz - pazes.
NOTA: caráter - caracteres; sóror - sorores; Lúcifer - Lucíferes.
5. Os nomes terminados em “s” sendo oxítonos, recebem no
plural “es”.
Ex.: mês - meses; gás - gases; Deus - Deuses; País - Países;
cos - coses; rês - reses.
NOTA: os nomes terminados em “s” ou “x” paroxítonos não va-
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DIDATICON.COM!___________________
riam no plural.
Ex.: lápis - pires - cais - oásis - ônix - ônus - atlas - aiferes - tó­
rax.
6. Os diminutivos em zinhos, zito, fazem o plural acrescentando-
se “zinhos, zitos” ao plural da palavra primitiva, suprimindo-se
a desinência “s”.
Ex.: aviãozinho - avião(s)zinhos - aviõezinhos; papelzinho -
papéis(s)zinhos - papeizinhos; cãozito, - cãe(s)zitos
PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS
1aREGRA - variam os dois elementos
a) quando são dois substantivos:
carta-bilhete - cartas-bilhetes; couve-flor - couves-flores
martim-pescador - martins-pescadores
b) quando um é substantivo e outro é adjetivo
obra-prima - obras-primas
gentil-homem - gentis-homens
c) quando o substantivo é composto por duas formas verbais
repetidas: corre-corre corres-corres
2a REGRA - só varia o segundo elemento
a) quando são dois adjetivos:
luso-brasileiro -> luso-brasileiros
poético-musical -> poético-musicais
b) quando o primeiro elemento é palavra invariável ou verbo:
guarda-chuva -> guarda-chuvas
guarda-marinha -> guarda-marinhas (ou guardas-marinha)
c) quando são palavras onomatopaicas:
tico-tico -> tico-ticos
quero-quero -> quero-queros
d) quando o primeiro elemento é palavra abreviada:
grão-duque -> grão-duques
grão-cruz -> grão-cruzes
bel-prazer -> bel-prazeres
3a REGRA - só varia o primeiro elemento
a) nas palavras compostas de dois substantivos separadas por
preposição:
navio-a-vapor -> navios-a-vapor
olho-de-boi -> olhos-de-boi
b) quando são dois substantivos e o segundo indica finalida­
de:
escola-modelo -> escolas-modelo
navio-escola -> navios-escola
café-concerto -> cafés-concerto
4aREGRA - os dois elementos não variam
a) quando são dois verbos opostos ou palavras invariáveis:
o perde-ganha -> os perde-ganha
o bota-fora -> os bota-fora
o cola-tudo -> os cola-tudo
b) quando são frases substantivadas com verbo inicial:
estou-fraca; louva-a-deus
ADJETIVOS
Palavras que servem para caracterizar os seres ou os ob­
jetos, indicando-lhes características; aspecto, modo de ser ou
estado.
Ex.: Menino bom. Água limpa
Locução Adjetiva: Expressão que equivale a um adjetivo.
Lápis com ponta. Lápis apontado
Lápis de cor. Lápis colorido.
Quanto à formação:
• simples: claro, verde
___________ LÍNGUA PORTUGUESA
- composto: azul-claro, verde-escuro.
• primitivo: feliz, azul
• derivado: infeliz, azulado
FLEXÃO DE GÊNERO: Masculino e Feminino
Particularidade:
• uniforme (uma única forma): cavalo veloz ; égua veloz;
• biforme (uma forma para o masculino, outra para o femi­
nino): menino bonito ; menina bonita
REGRAS:
1 . Os adjetivos terminados em “o” fazem o feminino trocando a
letra “o” pela letra "a”.
Ex.: bravo - brava; belo - bela; sábio - sábia.
2. Os adjetivos terminados em “u” precedidos de consoante, e
os terminados em “es”, fazem o feminino com o acréscimo
de um “a”. Ex.: cru crua; freguês - freguesa; português - por­
tuguesa; construtor - construtora; impostor - impostora.
Exceções', montês, cortês, pedrês, anterior, inferior, inco­
lor.
3. Os adjetivos terminados em “eu” fazem o feminino mudando
a terminação “eu” por “éia”.
Ex.: plebeu - plebéia; ateu - atéia; pigmeu - pigméia; europeu
- européia; hebreu - hebréia.
Exceções: judeu -judia', sandeu - sandia
4. Quanto aos adjetivos terminados em “ão”, alguns fazem o
feminino em “a” (alemão - alemã; cristão - cristã); outros
fazem em “ona” (valentão - valentona; poltrão - poltrona);
outros fazem em “oa” (ermitão - ermitoa).
5. Quando os adjetivos são compostos, só o segundo elemento
passa para a forma feminina.
Ex.: bandeira luso-espanhola; aliança russo-americana.
OBS.: Adjetivo uniforme é aquele que tem apenas uma forma
para o masculino e feminino.
Ex.: simples, cortês, fácil, forte. Adjetivo biforme é aquele que
tem uma forma para o feminino e outra para o masculino. Ex.:
puro - pura; bravo brava; sábio - sábia; belo - bela, etc.
FLEXÃO DE NÚMERO: dois são os números gramaticais:
singular e plural.
REGRAS:
1. Os adjetivos terminados em vogal fazem o plural com acrés­
cimo da letra “s”. Ex.: vivo - vivos; inteligente - inteligentes.
2. Os adjetivos que terminarem em vogal ou ditongos nasais
(em, im, um) mudam, na escrita, o “m” por “n” e, depois, se
acrescenta a letra “s”. Ex.: ruim - ruins; virgem - virgens; bom
bons; comum - comuns.
3. Os adjetivos que terminarem em consoante recebem “es”.
Ex.: capaz - capazes; feroz - ferozes; amador - amadores.
4. Os adjetivos terminados em “al”, “ol”, “ul” perdem o “I” e re­
cebem “is”. Ex.: mortal - mortais; azul - azuis; renol - renóis.
5. Os adjetivos terminados em “el” fazem o plural em “eis”. Ex.:
agradável - agradáveis.
6. Os adjetivos terminados em “il”tônico fazem o plural perdendo
o “il” e recebendo o “is”;os que terminarem em “il” átono fazem
o plural trocando o “il” por “eis”. Ex.: sutil - sutis; vil vis; dócil
- dóceis; fútil - fúteis.
7. Quanto aos adjetivos terminados em “ão” alguns fazem o
plural em “ães” (charlatães, alemães); outros fazem em “ões”
(poltrões, chorões)
8. Adjetivos Compostos:
a) vai para o plural apenas o segundo elemento se se tratar de
adjetivo+ adjetivo; palavra invariável + adjetivo. Ex.: luso-bra­
sileiro - luso-brasileiros; sobre-humano - sobre-humanos.
Exceções: surdo-mudo - surdos-mudos
OBS.: cor + de + substantivo (invariável).
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LÍNGUA PORTUGUESA
EDITORA
DIDATICON.COM
Ex.: cor-de-rosa; cor-de-mel.
São invariáveis: azul marinho, azu! celeste, azul turquesa,
b) são invariáveis os compostos de nome de cor + substanti­
vo.
Ex.: verde-montanha; branco-marfim; verde-mar; vermelho-
tijolo; branco-gelo.
Tem-se, pois: Um vestido branco-marfim - dois vestidos bran­
co-marfim (da cor do marfim). Uma camisa verde-mar duas
camisas verde-mar (da cor do mar).
OBS.: • O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere
em gênero e número.
Ex.: aluno estudioso - aluna estudiosa; alunos estudiosos
- alunas estudiosas.
• Havendo em uma frase substantivos masculinos e femininos,
e adjetivos que se refiram a ambos simultaneamente, esses
adjetivos ficarão no gênero masculino.
Ex.: Homens e mulheres católicos; lugares e cadeiras bons;
nariz e boca monstruosos.
FLEXÃO EM GRAU
a) Comparativo
• Comparativo de Igualdade: Délio é tão estudioso como (ou
quanto) José.
• Comparativo de Superioridade: Mauro é mais estudioso do
que Joel.
• Comparativo de Inferioridade: Délson é menos estudioso do
que Júlio.
b) Superlativo
• Superlativo relativo de superioridade: Cícero foi o mais elo­
quente dos oradores romanos.
• Superlativo relativo de inferioridade: José é o aluno menos
aplicado do colégio.
• Superlativo absoluto analítico: Rui Barbosa era extremamente
eloquente.
• Superlativo absoluto sintético: Rui Barbosa foi eloquentíssi­
mo.
OBS.: Deve-se notar o comparativo e o superlativo absoluto
sintético dos seguintes adjetivos:
bom - melhor - ótimo mau - pior - péssimo
grande - maior - máximo pequeno - menor - mínimo
- denotam as três pessoas gramaticais: 1apessoa (eu, nós);
2apessoa (tu, vós); 3apessoa (ele, ela, eles, elas).
Podem representar, quando na 1apessoa, uma forma nomi­
nal anteriormente expressa: Maria saiu; ela vai trabalhar.
- variam de forma segundo a função e a acentuação.
Formas dos pronomes pessoais:
1. Quanto à acentuação: TÔNICOS eÁTONOS.
2. Quanto à função:
- Retos: funcionam como sujeito: eu, tu, ele, ela, nós, vós,
eles, elas.
- Oblíquos: funcionam como objeto (direto ou indireto). Po­
dem ser: Átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes
- Tratamento: usado no trato cortês e cerimonioso com as
pessoas.
b) Pronomes pessoais de Tratamento: palavras que valem
por pronomes pessoais. Designam a pessoa com quem se fala
(2apessoa), mas levam sempre o verbo para a 3apessoa: você,
vocês, o Senhor, a Senhora, VossaAlteza (V.A.), Vossa Excelência
(V. Exa.), Vossa Santidade (V.S.) etc.
c) Pronomes Possessivos: substituem ou acompanham os
substantivos, denotando os seres como coisas que pertencem
ou cabem a uma das pessoas do discurso: meu, minha, meus,
minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso,
vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. Ex.: Teus olhos são
negros, negros...
d) Pronomes Demonstrativos: são palavras que acompa­
nham ou substituem os nomes, mostrando, indicando a situação,
a posição dos seres a que se referem em relação às pessoas:
este, aquele, isso, etc.
Características:
1a) este. esta e isto indicam o que está perto da pessoa que
fala. Ex.: Veja isto na minha mão.
2a) esse, essa e isso indicam o que está perto da pessoa
com quem se fala. Ex.: Que é isso na sua mão?
3a) aquele, aquela e aquilo indicam o que está afastado tanto
da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala. Ex.: De
quem é aquele gato lá longe ?
ALGUNS SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS
acre - acérrimo
amigo - amicíssimo
fiel - fidelíssimo
dócil - docílimo
salubre - salubérrimo
célebre - celebérrimo
nobre - nobilíssimo
frio - frigidíssimo
antigo - antiqüíssimo
cruel - crudelíssimo ou cruelíssimo
doce - dulcíssimo
negro - nigérrimo
mísero - misérrimo
fácil - facílimo
pulcro - pulcrérrimo
NOTA: Há adjetivos que não permitem variações: anual, mensal,
eterno, perpétuo etc.
PRONOME
Pronomes são palavras que representam substantivos, ou os
acompanha, determinando-lhe a extensão ou significado.
Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, de­
monstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
NOTA:
P ro n om e ad jetivo - acompanha o substantivo: Aquela
menina é aplicada.
P ronom e substantivo - substitui o substantivo: Aquilo é
louvável.
e) Pronomes Relativos: são palavras que representam
nomes já referidos, com os quais estão relacionados.
Ex.: Não é isso que eu procurava.
que {- o qual, a qual, os quais, as quais); o qual a qual, os
quais, as quais; quem, onde (: no qual, na qual, nos quais, nas
quais); cujo, cuja, cujos, cujas; quanto, quanta, quantos, quantas
(precedidos de tudo, toda, todo, todos, todas).
f) Pronomes Indefinidos: substituem ou acompanham
os nomes, denotando os seres como terceira pessoa de modo
impreciso, indeterminado, indefinido: algum, alguma, alguns,
algumas, alguém; nenhum, numa, nenhuns, nenhumas, nin­
guém; outro, outra, outros, outras, outrem; todo, toda, todos,
todas, tudo; muito, muita, muitos, muitas; pouco, pouca, poucos,
poucas; nada; certo, certa, certos, certas; vários, várias; tanto,
tanta, tantos, tantas; quanto, quanta, quantos, quantas; qualquer,
quaisquer; cada; algo.
g) Pronomes Interrogativos: são os indefinidos que, quem,
qual, quais, quanto, quantos, quantas em frases interrogativas
diretas ou indiretàs. Quem falou isto? Não sei quem falou isso.
Qual dos livros preferes? Não sei qual dos livros preferes.
EMPREGO DOS PRONOMES RETOS
a) como sujeito: Eu vou contigo.
b) como predicativo do sujeito: Vou fingir que eu sou eu.
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a) Pronomes Pessoais: são os pronomes que:
Apostila para Concurso Nível Fundamental
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Apostila para Concurso Nível Fundamental

  • 1. ♦ Edital n°02/2013 ♦ NÍVEL FUNDAMENTAL COMPLETO ♦ APOSTILA COMPLETA CONCURSO 1 ■I■-■ , PREFEITURA DE SETE LAGOAS u ai J V J C / Í U l í J A T A ' A lsssmêmêsb .... wm 1 ■ M u i i m iÉtllfjl mm I SÉI « RflíRAMA # Língua Portuguesa EXE CICIOS GABARITADOS # Matemática ... ............... á
  • 2. ÍNDICE LÍNGUA PORTUGUESA (ENSINO FUNDAMENTAL) Leitura, compreensão e interpretação de texto.....................................................1 Sinônimos , antônimos , parônimos e homônimos...............................................8 Ortografia ...............................................................................................................11 Acentuação Gráfica........................................................................ 14 Substantivos, adjetivos, pronomes: identificação e emprego........................ 15 Verbo: conjugação e emprego dos tempos e modos verbais......... ................ 20 QUESTÕES DE PROVAS.........................................................................................23 yPDIDAHCON.COM 2013
  • 3. l í n g u a p o r t u g u e s a LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO A interpretação de texto depende quase queexclusivamen­ te da experiência do candidato, de sua vivência, de sua leitura, da agilidade de seu raciocínio, da maior ou menor facilidade com que, em decorrência de todos esses fatores, ele entende o que lê.São tambémrelevantes parabeminterpretar, o conhecimento do assunto sobre o qual versa o texto e o domínio do vocabulário específico das diversas áreas do conhecimento. A leitura é indispensável para desenvolver a capacidade de compreensão, sem a qual não se consegue fazer uma boa interpretação. Para que a leitura possa produzir os resultados desejados, impõe-se levar em consideração que as maneiras de ler dependem do objetivo a alcançar e que a experiência cultural e vivência do leitor são essenciais para a compreensão do texto. De modo geral, quando lemos um texto, inicialmente olhamos o conjunto, depois vemos os títulos e os subtítulos e, por último, lemos os detalhes, procurando participar ativamente do processo de construção do significado do texto. E dentro desse processo, deve-se também observar os níveis de compreensão do texto, conforme o objetivo da leitura. Por exemplo, se queremos ver (aprender) o sentido geral do texto, usamos a compreensão geral. Se nossa intenção é julgar (atingir) as idéias principais, aplicamos a compreensão detalhada ou intensiva. É importante saber que cada texto é constituído a partir de um esquema (estrutura) que lhe dá sustentação, forma, direção. As idéias são arrumadas conforme estrutura própria a partir do objeto que se quer alcançar. Se conseguirmos identificar o esquema, a estrutura básica do texto, mais fácil será a compre­ ensão das idéias trabalhadas nele. Para tanto, deve-se fazer uma leitura atenta do texto, a fim de tomar conhecimento das idéias principais, sublinhando as palavras-chave, que marcam as idéias fundamentais para a compreensão. Ficar também atento para as palavras de ligação que estabelecem a estrutura lógica dos raciocínios (assim sendo, além do mais, pois, porque, por conseguinte, em decorrência, etc) é importante. Interpretar é perceber o que o autor quis dizer. As idéias e pensamentos que ele procurou transmitir ao leitor. É também a habilidade de compreender, ou seja, de entender a idéia do tra­ balho como um todo, em algum nível desejado de generalidade. Envolve uma reordenação, um novo arranjo ou visão do texto. Há de se distinguir, porém, a análise estilístico-literária - que exige vastos conhecimentos da matéria - da interpretação pura e sim­ ples de textos, que nos interessa mais de perto, e que requer do estudioso, tão somente, uma leitura mais cuidadosa, sem aquelas preocupações técnicas que são próprias dos professores e críticos literários. Para interpretar, portanto, torna-se necessário: conhecer previamente o vocabulário do texto, procurar o significado das palavras e seu melhor emprego na leitura em pauta, identificar o sentido das expressões ou frases de maior destaque contidas no texto, bem como colher os ensinamentos de fundo moral, cívico ou cultural que o autor tenha revelado. Dessa forma, deverá o candidato - para completa com­ preensão do texto - observar determinadas normas, que podem, ser assim resumidas: a) ler com a máxima atenção o texto a interpretar; b) reler cuidadosamente cada parágrafo do texto, colocan­ do as orações na ordem direta, que reflete a ordem natural do pensamento, isto é: sujeito, verbo, complementos e adjuntos; Ex: Das areias através caminhava tranquilo o viajante; (Deverá ler: O viajante caminhava tranquilo através das areias); c) estabelecer o vocabulário das palavras de que desconhe­ ça o significado; d) atentar para todas as figuras, especialmente para as metá­ foras, que, por sua força expressiva, são largamente usadas pelos y*D I D A H C O N .C O M ________________________ escritores. Atente-se também para as comparações (ou símile); e) estabelecer as condições de causa e efeito para todas as idéias expostas pelo autor: se o “rio corre mansamente” é causa de os “troncos seguirem lentamente” (efeito); f) atentar para as palavras que sugerem outras. Exemplo: sentiu as asas do orgulho baterem-lhe sobre a cabeça. A metáfora “asas do orgulho” Sugere o verbo “bater”; g) observar a interação dos sinônimos, antônimos e parôni- mos usados pelo autor, com o propósito de conseguir um máximo de eficiência à comunicação linguística; h) procurar mentalizar a ideia central do texto e situá-lo no contexto, logrando, assim, atingira parte principal da obra. O conhecimento da estrutura do parágrafo facilita a com­ preensão das idéias nele expostas. 0 parágrafo é a unidade fundamental de uma composição. Constitui-se de um ou mais períodos, devendo conter uma ideia central e as idéias secundárias a ela intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente dela decorrentes. Em um parágrafo, a ideia principal está no tópico frasal, que é constituído, ordinariamente, por um ou dois períodos curtos iniciais. O tópico frasal vem normalmente no início do parágra­ fo e pode assumir a forma de declaração inicial, definição ou divisão. Vejam-se os seguintes exemplos: “A origem da linguagem é questão debatida em todos os tempos. Pretendem uns que ela tenha sido devido a uma tardia e artificial invenção humana; afirmam outros que foi revelada totalmente aos primeiros homens por Deus; há quem a explique por um instinto e, finalmente, surge a opinião daqueles para quem a linguagem se formou por uma evolução progressiva da linguagem natural.” (Eduardo Pinheiro) No período acima, a declaração contida no tópico frasal, constituído pelo primeiro período, vem devidamente justificada nos períodos que se lhe seguem. O tópico frasal encerra a ideia-núcleo, a ideia principal, em forma de generalização. A ideia principal (as controvérsias sobre a origem da linguagem) vem especificada no desenvolvi­ mento do parágrafo, no qual se expressam, portanto, as idéias secundárias. Se o tópico frasal vier no início, o parágrafo estará de­ senvolvido segundo o método dedutivo (da generalização para as especificações). Se, pelo contrário, vier no fim, o parágrafo estará desenvolvido pelo método indutivo. O parágrafo acima se inicia com a generalização (as controvérsias sobre a origem da linguagem) e continua com as especificações que fundamentam a declaração que o introduz. Na elaboração do mesmo parágrafo, seguiu o autor, portanto, o método dedutivo. O seguinte parágrafo foi constituído segundo o método indutivo (primeiro as especificações e depois a generalização). O tópico frasal vem no fim, o que também pode ocorrer, como segue: “Há nuvens esgarçadas espreguiçando-se pelo céu azul. 0 vento varre a praça. Folhas dança no redemoinho, fugindo dela, amontoam-se nas sarjetas dos becos estreitos que ladeiam a Matriz, dando voltas e reviravoltas loucas na atmosfera translú­ cida. O inverno vai sumindo aos poucos." (Adaptado de Heloisa Assumpção Nascimento) O tópico frasal pode ser também feição de uma definição, como no exemplo abaixo: “Rima é a identidade, ou semelhança, de sons dentro de um verso, ou no final de um verso em relação a outro. Admite-se que tenha sido introduzida no século IX, pelo poeta religioso Otfried, monge beneditino na baixa Alsácia, autor do Livro dos Evange­ lhos, poema da vida de Cristo. Vulgarizavam-na na Espanha os árabes e, mais tarde, os trovadores provençais, adaptaram-na às línguas românicas." (Rocha Lima) 1
  • 4. , LÍNGUA PORTUGUESA___________________________ O tópico frasal pode ainda revestir a forma de uma divisão, como segue: “Dois são os tipos principais de contrato de seguro: o seguro a prêmio e o seguro mútuo. Seguro a prêmio é aquele em que o seguradorestipula, para preço de risco que assume, uma quantia fixa chamada prêmio, paga pelo segurado. Seguro mútuo é aquele em que várias pessoas, expostas ao mesmo risco, se associam para se garantirem reciprocamente contra esses riscos." (João Guimarães) Algumas vezes o tópico frasal está diluído no parágrafo, como no seguinte exemplo: “O grande São Paulo - isto é, a capital paulista e as cidades que a circundam -já anda e tomo da décima parte da população brasileira. Apesar da alta arrecadação do município e das obras custosas que se multiplicam a olhos vistos, apenas um terço da cidade tem esgotos. Metade da capital paulista serve-se de água proveniente de poços domiciliares. A rede de hospitais é notoria­ mente deficiente para a população, ameaçada por uma taxa de poluição que técnicos internacionais consideram superior à de Chicago. O Trânsito é um tormento, pois o acréscimo de novos veículos supera a capacidade de dar solução de urbanismo ao problema. Em média, o paulista perde três horas do seu dia para ire voltar, entre a casa e o trabalho." (De um editorial de Jornal do Brasil) No parágrafo acima, o tópico frasal, se estivesse explícito, poderia assumir a feição da seguinte declaração inicial: Graves problemas urbanos enfrenta o (a) Grande São Paulo. Nem todos os parágrafos, entretanto, são iniciados por um tópico frasal. Pode ser um parágrafo iniciado também por uma alusão a fatos históricos, lendas, tradições, crendices, anedotas ou episódios de que alguém tenha participado ou que tenha alguém presenciado ou imaginado. Veja o exemplo a seguir: “É mais fácil comera caça que eu vizinho matou, trocando- a por um cacho de banana, do que disputá-la com ele - deve ter pensado algum iluminado homem pré-histórico, cansado de guerrear para sobreviver, o que esse Brucutu talvez não sou­ besse é que, naquele momento, ele havia inventado o dinheiro. Porque dinheiro, segundo os teóricos, não é apenas a moeda ou papel-moeda, mas tudo que possa ser utilizado como troca numa operação comercial." (Revista DESED) No parágrafo acima, a ideia principal (o conceito de dinheiro) vem introduzido por alusão a um episódio imaginário. Há, ainda, parágrafos iniciados por uma interrogação, que alguns autores consideram como uma quarta feição do tópico frasal (as outras são declaração inicial, definição e divisão). “Para que, pois, este aluno aprende língua portuguesa em sua variedade culta? Sabemos, e compartilhamos com todos os educadores, que opleno acesso aos bens culturais não depende do que possa fazer a escola, masjulgamos que nesta é possível lutar contra as diferenças. No que concerne ao ensino da língua portuguesa, então, objeto último é possibilitar aos alunos, a todos eles, o domínio da língua de cultura para que este primeiro obs­ táculo possa ser transposto." (Diretrizes para o aperfeiçoamento do ensino/aprendizagem da língua portuguesa/MEC) A ideia-núcleo está contida na interrogação, que pode ser indireta: “Se me perguntarem qual o brasileiro que mais contribuiu para o progresso material econômico do Brasil, responderei se a mais leve hesitação: Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá. Ninguém de sua época, ou talvez depois dele, conseguiu acumular o breve interregno da existência terrena com igual acervo de realizações.’’ (Enor de Almeida Carneiro) Facilmente se pode converter uma interrogação em uma declaração inicial: Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá, Dsorro** __________________DIDATICON.COM foi o brasileiro que mais contribuiu para o progresso material e econômico do Brasil. Procurou-se mostrar acima a estrutura de um parágrafo. Cabe, agora, mostrar algumas noções sobre as suas principais qualidades, que são unidade e coerência. Consiste a unidade em construir o parágrafo de maneira que dele só conste uma idéia predominante. Para obtê-la, deve-se observar as seguintes recomenda­ ções: a) explicitar, sempre que possível, o tópico frasal. Assim se evitará a inclusão no parágrafo de idéias que não se reportem àquela expressa no tópico frasal. b) evitar por menores impertinentes, acumulações e redun­ dâncias. c) colocar em parágrafos diferentes idéias igualmente re­ levantes, relacionando-as por meio de expressões adequadas à transição. As idéias centrais, muitas vezes, não estão relacionadas por expressões adequadas à transição, em prejuízo da coerência e, portanto, da unidade, já que esta também depende, em grande parte, daquela. Desmembrando o parágrafo em tantos quantos sejam os tópicos frasais que neles se observam, e utilizando para interligar as idéias secundárias às centrais, ou estas entre si, palavras de referência e partículas de transição, o trecho ficaria claramente mais bem redigido. d) não fragmentar a idéia central em vários parágrafos. Consiste a coerência em ordenar e relacionar clara e lo­ gicamente as idéias secundárias de um parágrafo com a sua idéia central. Para obtê-la, a observância da ordem espacial na descrição; da ordem cronológica na narração e da ordem lógica na dissertação. Observa-se a ordem espacial, quando se descreve objeto dos detalhes mais próximos para os mais remotos, ou vice-versa; de cima para baixo, ou vice-versa, etc; da direita para a esquerda, ou vice-versa, etc. Observa-se a ordem cronológica, quando se narram os fatos segundo a ordem de sucessão no tempo. Observa-se a ordem lógica, quando de dispõem as idéias segundo o processo dedutivo (de uma generalização para uma especificação) ou o processo indutivo (de uma especificação para uma generalização). É ainda importante para obter coerência, como já se disse, empregar com propriedade as partículas de transição e palavras de referência. Partículas de transição são os conectivos (preposições, conjunções e pronomes relativos). Palavras de referência são os pronomes em geral, certas partículas e, em determinadas situações, os advérbios, as locuções adverbiais e até mesmo orações e períodos. Sem elas, o sentido de um parágrafo fica, muitas vezes, inteiramente prejudicado. (...) fomos obrigados a ocupar o último andar disponível do prédio onde esta agência atualmente funciona. (...) solicitamos a ampliação do quadro para admitir novos funcionários (...) a adoção de uma política de incremento das aplicações do Banco nesta região determinou o oferecimento à praça de várias linhas de crédito em que antes não operávamos. ( ...) já estarem pre­ judicando a boa marcha dos serviços. (...) tomamos a liberdade de sugerir a instalação de uma metropolitana, se não preferir essa Sede fazer construir em terreno a ser adquirido, um prédio maior para esta, agência. Devidamente relacionados por partícu as de transição e palavras de referência, o parágrafo acima se :;mana coerente: Com o considerável aumerto c; ■c _~e ce -ecóclos nesta praça, fomos obrigados a ocuca' c . : —: a"c=' oo prédio onde esta agência atualmente funciona : ~ e s~ : —ativo, também solicitamos a ampliação : : o .a :': :a a a:~ : ' -ovos funcioná­ rios. Por outro lado a acoçác :e : : : oa de incremento da aplicações do Banco nes:a 'eg ão oe:e-----ou o oferecimento à praça de várias inhas de cre: o: e— c.s antes não operávamos. Em virtude desses fsoo-ss -ossas ascendências tornaram-se 2
  • 5. D EDfTOUA DIDATICON.COM_____________________ acanhadas a ponto de já estarem prejudicando a boa marcha dos serviços. Assim, tomamos a liberdade de sugerir a instalação de uma metropolitana, se não preferir essa sede fazer construir, em terreno a ser adquirido, um prédio maior para esta agência. DICAS BÁSICAS DE LEITURA 1- Ater-se exclusivamente ao texto; 2- Ler todas as alternativas (entre duas mais aceitáveis, uma será mais completa); 3- Proceder por eliminação de hipótese; 4- Comparar o sentido das palavras (às vezes, uma palavra decide a melhor resposta); 5- Buscar o tópico frasal (a frase que melhor resume o sentido básico do texto). As alternativas que devem ser eliminadas apresentam os seguintes tipos de erro; • ausência de informações essenciais (carência); • presença de informações contraditórias em relação ao texto (inversão); • presença de informações alheias ao texto, não constante do texto (acréscimo). CRITÉRIOS DE TEXTUALIDADE: COESÃO E COERÊNCIA Coesão Textual É o que permite a ligação entre as diversas partes de um texto. Nesse tópico, será abordada somente a coesão do tipo referencial. Coesão referencial - é a que se refere a outro(s) elemento (s) do mundo textual. Exemplo 1: “Eu darei sempre o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades. Ainda sobre a inocência? Ainda, sim. À inocência basta uma falta para perder; da modéstia só culpas graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um caso podem destruir aquela, a esta só uma ação própria, deter­ minada e voluntária.” (Almeida Garret) Exemplo 2: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele. O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos. (Clarice Lispector) Exemplo 3: “André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz." Exemplo 4: O presidente George W. Bush ficou indignado com o atentado no World Trade Center. Ele afirmou que “castigará” os culpados, (retomada de uma palavra ? referente “Ele” = “Presi­ dente George W. Bush”) De você só quero isto: a sua amizade. (antecipação de uma palavra ? “isto” = “a sua amizade”) O homem acordou feliz naquele dia. O felizardo ganhou um bom dinheiro na loteria, (retomada por palavra lexical ? “o felizardo” = “o homem”) É importante, ao construir textos, estabelecer relação entre os termos que formam as orações, entre as orações que formam os períodos, entre os períodos que formam os parágrafos e, por fim, entre os parágrafos que formam o texto. Essa relação, denominada coesão, se dá através do uso dos recursos coesivos ou conectivos, auxiliando a leitura, pois torna os textos mais claros . LÍNGUA PORTUGUESA Os principais mecanismos coesivos são a coesão referencial e a coesão seqüencial. A primeira dá conta da manutenção da referência, permitindo a retomada do que já foi dito sem precisar repetir palavras e expressões, enquanto simultaneamente se constroem os significados pertinentes ao assunto. Já a segunda permite que o texto progrida, garantindo que não haja oposição frontal entre idéias. A ausência de elementos coesivos deixa lacu­ nas no texto que possibilitam diferentes interpretações. Embora na literatura isso seja uma qualidade textual, no texto científico, isso é um defeito a ser evitado. Coerência Textual A coerência pode ser definida como a totalidade de sentido que o texto representa. Depreende-se a coerência textual através da construção e organização dos elementos que compõem o texto e de sua adequação a uma situação externa a que ele se vincula. Para ser coerente, é necessário que cada parte esteja em harmonia com o restante do que foi escrito. Assim, por exemplo, não se pode chegar a conclusões que não se relacionam com o que se discutiu anteriormente. GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS A produção escrita depende não só da intenção do autor como também do leitor a que ela se destina. Assim, o autor es­ colhe o tipo de texto que ele quer construir: descricão. narração e dissertação. DESCRIÇÃO O texto descritivo esclarece para o leitor como é. como fun­ ciona. como se comporta determinado ser, lugar, objeto, pessoa. Ela apresenta características estáticas ou dinâmicas: Ele era alto e magro. Andava com o olharperdido para além da linha do horizonte. NARRAÇÃO Narrar é contar um fato que gerou uma sequência de epi­ sódios os quais aconteceram com alauém em espaço e tempo determinados. Um texto narrativo contém, portanto, os seguintes elemen­ tos: • o fato (o que aconteceu); • o enredo (como aconteceu); • as personagens (quem participa dos acontecimentos); • o espaço (onde se passam os acontecimentos); • o tempo (quando os fatos aconteceram); • o narrador (é a voz que o autor empresta a uma personagem interna ou a um observador para construir o texto). Depen­ dendo desse narrador, a história será contada na primeira pessoa (personagem) ou na terceira pessoa (observador). As partes do enredo O enredo contém como partes: • apresentação; • conflito; • complicação; • clímax; • desfecho. TIPOS DE DISCURSO É importante também, no estudo do texto narrativo, o co­ nhecimento dos tioos de discurso, isto é, como o autor apresenta as falas das personagens. 3
  • 6. LÍNGUA PORTUGUESA_______________________________ Há três tipos de discurso: • Discurso direto - O narrador dá a palavra às personagens em forma de diálogo: “Hamlet observou: - Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonhou nossa vã filosofia.” • Discurso indireto - As falas das personagens aparecem em forma de orações subordinadas substantivas: “Hamlet observa que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.” (Machado de Assis) • Discurso indireto livre - As falas das personagens são formas de solilóquio ou pensamentos expressos na voz do narrador. Às vezes vêm "entre aspas”: “Sempre que me acontece alguma coisa importante, esfá ventando - costuma dizerAna Terra.” {Érico Veríssimo) DISSERTAÇÃO Dissertar é o ato de expor opiniões, idéias, pontos de vista sobre um determinado assunto. É o texto argumentativo que tem o objetivo de persuadir o leitor. Este deve ser sempre considerado pelo autor como um “ser real”. Esse pressuposto levará o autor a argumentar de forma consistente, clara e coerente. Como o autor assume uma posição crítica, o leitor, por sua vez, deverá ter um olhar crítico sobre o texto para entender a posição do autor. Estrutura do texto dissertativo O texto dissertativo contém três partes: • Introdução: Nela, o autorformula uma tese, assume um ponto de vista, que será discutido e provado no desenvolvimento. • Desenvolvimento: É a parte da argumentação propriamente dita. Nela, o autor comprovará a tese, de forma consistente ao dar informações, apresentar dados, exemplos, justificativas de forma gradual e progressiva. O tema é retornado a cada informação acrescentada. Os parágrafos e as frases vêm “amarrados” um ao outro por conectores e anafóricos (con­ junções, pronomes, advérbios, tempos verbais, sinônimos, hipônimos). • Conclusão: É um resumo do que está no desenvolvimento. Ele retoma e condensa o conteúdo do texto “amarrado” ao parágrafo anterior. Tema e título Tema é uma afirmação contida numa frase sobre o assunto do texto. [Não se deve confundir tema com título]. Título é, geralmente, uma expressão curta que contém uma simples referência ao assunto. PRESSUPOSTOS E IMPLÍCITOS Será que todos os textos podem ser lidos da mesma ma­ neira? Achou estranha a pergunta? É claro que, em um sentido muito básico, só existe uma maneira de ler um texto: decodificar os sinais que o constituem. Mas não é disso que estamos falando. Nossa preocupação é com um nível de leitura mais avançado do que a etapa inicial de decodificação. Pense, então, na pergunta que fizemos. Os procedimentos de leitura independem do tipo de texto a ser lido? Você sabe que a resposta deve ser neces­ sariamente negativa. Não, não podemos lerda mesma maneira qualquer tipo de texto. E por que não? Porque a natureza das informações que os constituem será diferente, o que exigirá de nossa parte, como bons leitores, a habilidade de adaptar os procedimentos básicos que EDfTORA DIDATICON.COM adotamos uma vez identificado o tipo de texto a ser analisado. Acontece, porém, que será frequente, na sua vida de leitor, encontrar textos em que nem tudo que importa para a compreen­ são esteja neles registrado. Em outras palavras, há textos em que o que não foi escrito também deve ser levado em consideração para que ele possa ser verdadeiramente compreendido. Vamos começar pelos pressupostos. Se buscássemos uma definição de pressuposto em um dicionário, encontraríamos algo como: Pressuposto: circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. O que significa considerar algo como “antecedente” neces­ sário de alguma outra coisa dita? Pense no seguinte exemplo: João parou de beber. Para aceitar o que foi afirmado no exemplo (o fato de João ter deixado de beber), é preciso que tomemos como certa uma outra informação que, embora não dita na frase, é necessária para que seu conteúdo seja verdadeiro. Essa informação é o pressuposto de que partimos no momento de elaborar nosso raciocínio. E qual seria o pressuposto desse exemplo? Só há uma possibilidade: se João parou de beber, tenho de partir do pres-suposto de que João bebia. Note que, se João nunca bebeu, a afirmação deixa de ser válida. É por esse motivo que o pressuposto deve ser considerado como um “antecedente necessário” de algo que é dito. Neste próximo exemplo, extraído de uma propaganda de loja de roupas femininas, vemos uma pressuposição cuja explicitação leva à compreensão de algo que não chegou a ser dito: Se você pergunta pro seu marido se está linda, e ele responde que te ama de qualquer jeito, tá na hora de falar com a gente. Analise a situação em que um diálogo como o sugerido pela propaganda ocorrería. Em primeiro lugar temos uma mulher que, por algum motivo, julga se bonita em determinada ocasião. Quando pergunta para o marido se isso é verdade, ela parte do pressuposto de que ele irá confirmar. Acontece, porém, que a resposta dada contradiz o seu pressuposto e sugere uma outra “leitura” da situação. Dizer que a ama de qualquerjeito vai contra a pressuposição de que o marido concorda com o fato de ela estar linda. Mais, dá a entender exatamente o contrário: não importa o fato de você não estar linda, eu te amo de qualquer jeito. Embora o marido não diga que não acha a mulher linda, isso fica suben­ tendido pela resposta que dá a ela. Compreender o jogo de pressuposição existente no texto é necessário para que a própria propaganda possa ser entendida; a loja de roupas resolve o caso de mulheres como essa. Em outras palavras, a loja fará com que ela de fato esteja linda, autorizando o seu pressuposto. Quando lidamos com uma informação que não foi dita, mas tudo que é dito nos leva a identificá-la, estamos diante de algo subentendido ou implícito. A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um bom nível de leitura. Em várias ocasiões, aquilo que não é dito, mas apenas sugerido, importa muito mais do que aquilo que é dito abertamente. A incapacidade de compreensão de implícitos faz com que o leitor fique preso no nível literal do enunciado, aquele em que as palavras valem apenas pelo que são, não peio que sugerem ou podem dar a entender. Implícito: é algo que está envolvido naquele contexto, mas não é revelado, é deixado subentendido, é apenas sugerido. Pressupostos e implícitos são recursos frequentes utilizados por autores no momento da elaboração de seus textos. Para garantir uma boa leitura, você preci-sa estar atento a situações em que apenas a apreensão do sentido literal não é o bastante 4
  • 7. yjDIDATICON .C O M ___________________ para a compreensão do texto. O texto humorístico é um espaço privilegiado para a cons­ trução de implícitos ou a identificação de pressupostos, porque o humor muitas vezes é feito com base naquilo que não se diz, mas se deixa sugerido, de tal forma que o leitor tire conclusões sozinho. A leitura de tiras humorísticas é um exercício interes-sante para a aquisição de familiaridade com esse tipo de estrutura lingüística, porque exige uma agilidade de raciocínio e uma visão mais analí­ tica, justamente por não oferecer muitos elementos explicativos. Você, como leitor, está diante de três ou quatro quadrinhos e pouquíssimas falas trocadas entre os personagens. Valendo se das informações do contexto e da explicitação de pressupostos e implícitos, terá condições de realizar sempre uma leitura mais completa nesses casos. TEXTOS PARA INTERPRETAÇÃO TEXTO 1 Uma Definição de Felicidade Stephen Kanitz Todas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já li um economista defini-la como ganhar 20.000 dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges budistas, felicidade é a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem felicidade como “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”. O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward De Bono, Mihaly Csikszent- mihalyi e de outros nessa linha. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser fa­ moso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem. Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso, inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível, e portanto bem menor, que representa a sua base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos seus conhecimentos, seu Ql emocional e sua experiência. Feli­ cidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões - o balão que você pretende dominar e o que você domina. Se a distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansio­ so, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranqüilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter. O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo é possível, se você somente almejar alto, é pura balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas. Querer ser o presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Esco­ lha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais. Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade. Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa ________________________________ LÍNGUA PORTUGUESA “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido, logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efê­ mera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou então encha mais seu balão de competências estudando, ob­ servando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é ne­ nhuma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua. É chegar lá, e não estar lá como muitos erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem. Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida e você será muito feliz. Revista Veja, edição 1910, 22junho de 2005. 01.0 conceito de felicidade usado pelo autor em seu dia a dia pode ser definido com, EXCETO: a) Sonhar de acordo com as próprias limitações. b) Manter sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida. c) Saber administrar a distância entre os desejos e as competên­ cias. d) Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar- se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. 02. É correto inferir que o que torna as pessoas infelizes é, EXCETO: a) querer muito mais do que se pode alcançar. b) não reduzir as ambições á medida que se envelhece. c) acreditar que tudo é possível se elas somente almejarem alto. d) evitar que a distância entre o que se tem e o que se quer ter seja excessiva. 03. Todas as seguintes técnicas, com as finalidades indica­ das, são usadas pelo autor na estruturação de seu texto, EXCETO: a) Exemplificação, para ilustrar e explicar pontos de vista. b) Comparação, para demonstrar como se comporta quem é feliz. c) Enumeração, para hierarquizar os caminhos para se obter a felicidade. d) Contraste, em algumas partes, para realçar as diferenças entre o que se quer e o que o faz feliz. 04. Por que tantos gerentes, depois de promovidos, sofrem da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Por que execu­ tivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”? A MELHOR resposta para essas perguntas é: a) As pessoas pouco ambiciosas não se tornam felizes. b) Para alcançar a felicidade, as pessoas devem ser mais rea­ listas. c) A felicidade encontra-se no processo da sua busca e não da sua conquista. 5
  • 8. l ín g u a po r tu g u esa d) A felicidade é alcançada quando se acha a distância entre o que se tem e o que se quer ter. TEXTO 2 A busca da Felicidade Bárbara Axt Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só finalidade: enganar você. A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas chances de sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem. Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas e muitas vezes. E nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes. “As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, mas para aumentaras chances de sobrevivência dos nossos genes a longo prazo”, escreveu o escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a revista americana Time. A busca da felicidade é o combustível que move a humani­ dade - é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova necessidade. Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amar­ rada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para frente. Felicidade é um truque. E temos levado esse truque muito a sério. Vivemos uma época em que ser feliz é uma obrigação - as pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassadas completas. A doença do momento é a depressão. “A depressão é o mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço”, afirma o escritor francês Pascal Bruckner, autor do livro A Euforia Perpétua. Muitos de nós estão fazendo força demais para demonstrar felicidade aos outros - e sofrendo por dentro por causa disso. Felicidade está virando um peso: uma fonte terrível de ansiedade. Esse assunto sempre foi desprezado pelos cientistas. Mas, na última década, um número cada vez maior deles, alguns influenciados pelas idéias de religiosos e filósofos, tem se esfor­ çado para decifrar os segredos da felicidade. A ideia é finalmente desmascarar esse truque da natureza. Entender o que nos torna mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a an­ siedade que essa busca infinita causa. Super interessante, abril de 2005. 05. “Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes, com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenou­ ra continua lá adiante, apetitosa, nos empurrando para frente. Felicidade é um truque”. A afirmativa do texto 1 que MELFIOR explica o trecho acima, extraído do texto 2, é: a) “Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter". b) “Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões - o balão que você pretende dominar e o que você domina”. c) “Felicidade não é uma estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua”. d) “Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências”. 06. Em: “Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só fina- D EDTTORA __________. DIDATICON.COM lidade: enganar você”, enganar você significa, EXCETO: a) Levar-se a fazer algo que aumente nossas chances de sobre­ viver ou de procriar. b) Acreditar que ser feliz é uma obrigação e que as pessoas tristes são indesejáveis. c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes, o que acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos genes. d) Convencer-nos de que cada uma das conquistas que realiza­ mos, como: estudar, fazer amigos, casar, etc., é a coisa mais importante do mundo. 07. Em relação aos textos 1 e 2, todas as considerações estão corretas, EXCETO: a) Gerentes depois de promovidos e executivos bem sucedidos são infelizes, porque acreditaram que ser feliz é uma obriga­ ção. b) A felicidade é efêmera, porque a cada vitória surge uma nova necessidade. c) Na busca pela felicidade, o combustível que move o homem são suas ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que ele quer abraçar. d) O texto 1procura, através de três passos, decifrar os segredos da felicidade. 08. De acordo com o texto 1, se você mantiver uma meta a alcançar em todas as etapas de sua vida, você será feliz. Todas as afirmações, baseadas no texto 2, contradizem essa idéia, EXCETO: a) É ilusão acreditar que cada meta alcançada nos fará feliz, pois a cada vitória surge uma nova necessidade, b) Felicidade está virando um peso, já que muitos de nós estão fa­ zendo força demais para demonstrar felicidade aos outros, c) A perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as chances de transmitirmos nossos ge­ nes. d) A busca da felicidade nos convence de que cada uma de nossas conquistas é a coisa mais importante do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. 09. Todas as extrapolações abaixo, a partir dos textos 1 e 2, estão corretas, EXCETO: a) As pessoas tristes são indesejadas, vistas como fracassa­ das completas, porque não levaram o truque da felicidade a sério. b) Estudar, observar e aprender com os outros, todos os dias, é um dos combustíveis que nos move em busca da felicidade, c) Se descobrirmos o segredo da felicidade, nos tornaremos in­ felizes, já que a felicidade é uma dinâmica contínua, é chegar lá e não estar lá. d) De acordo com Robert Wrigth, as leis que governam a felicida­ de não foram desenhadas para nosso bem-estar psicológico, por isso não são compatíveis com as idéias de autores de livros de auto-ajuda que definem felicidade com “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”. 10. Se a depressão é um mal de uma sociedade que decidiu ser feliz a todo preço, é CORRETO inferir que: a) a busca da felicidade não é o combustível que move a huma­ nidade, pois, se o fosse, não geraria tristeza, b) não se deve, então, almejar a felicidade, já que ela resulta em uma busca sem fim e que pode levar à depressão, c) todos aqueles que buscam a felicidade tornam-se infelizes, pois não conseguem aproximar-se dela constantemente, d) entender o que torna as pessoas mais ou menos felizes e qual é a forma ideal de lidar com a ansiedade que essa busca infinita causa as tornará menos depressivas. 6
  • 9. ✓ °D ID ATICO N .CO M _____________________ TEXTO 03 Destino traçado por um erro gramatical Ellen Cristie Rapaz de 23 anos é obrigado a se casar com a filha mais velha do coronel O Colocador de Pronomes é um dos 22 contos do livro Negrinha, de Monteiro Lobato. O conto se passa em Itaoca, um município qualquer do Vale do Paraíba, inventado pelo escritor. A personagem, um moço de 23 anos, apaixona-se pela filha mais moça do coronel Triburtino de Mendonça. O coronel tinha duas filhas: a caçula Laurinha, de 17 anos, e Carmo, considerada o “encalhe” da família, vesga, histérica, manca da perna esquerda e desligada. O moço, para demonstrar sua veneração por Laurinha, envia a ela um bilhetinho com os seguintes dizeres: “Anjo dourado! Amo- lhe!”. No entanto o bilhete cai nas mãos de ninguém menos que o coronel, que imediatamente manda chamar o rapaz. Ao entrar, o coronel tranca o escritório e mostra a ele o bilhetinho. Diante da confissão do rapaz, ele exige casamento. E manda chamar a filha mais velha, Carmo. Diante da recusa do moço em aceitar a empreitada, o coronel comenta: “Vossuncê mandou este bilhete à Laurinha, dizendo que ama-” lhe”. Se amasse a ela, deveria dizer amo-”te”. “Na terceira pessoa, só pode ser Carmo, ou minha esposa, ou a preta Luzia, cozinheira. Escolha!”, argumentou o coronel. A única opção do moço foi casar-se com Carmo. Onze meses depois, nasce o primogênito, Aldrovando Cantagalo. Por ironia do destino, a história revela que, 40 anos depois, Aldrovando torna-se professor, letrado, ávido pelos clássicos lusitanos e celibatário. Sua vida teve duas fases: a estática, em que acumulou conhecimento e dinâmica, quando procurou com­ bater a “corrupção” da língua. “Ele odiava os erros de colocação pronominal”. Depois de trabalhar em umjornal, abre a Agência de Coloca­ ção de Pronomes e Reparos Lingüísticos. Passa a corrigir erros até nas tabuletas das ruas. A próxima etapa é escrever um livro: três calhamaços de 500 páginas. O primeiro - Do Pronome Se. Sem editor, o potencial escritor imprime o livro às suas custas e dedica a publicação a Frei Luís de Sousa. “À memória daquele que me sabe as dores", escreve. Na correria, o livro sai com a frase “d’aquele que sabe-me as dores”, quando o pronome me deveria vir antes do verbo. O pobre Aldrovando sente-se mal, mas sua dor é tamanha que ainda não poderia ser descrita nos livros de patologia. Aldrovando morre como o primeiro santo da gramática, o mártir número um da colocação dos pronomes, daí o nome do conto. E stado de M inas, 27/08/2002. 11. No 5oparágrafo, a autora diz “Por ironia do destino...” a ironia a que se refere a autora do texto deve-se: a) Ao erro gramatical cometido pelo moço do bilhete. b) Ao fato de o Coronel querer empurrar a filha “encalhada” no rapaz. c) Por Aldrovando Cantagalo ser um homem conhecedor dos clássicos lusitanos. d) Ao filho do casal tornar-se um exímio conhecedor da língua. 12. Ao dedicar sua obra ao Frei Luís de Sousa, infere-se que Aldrovando quis: a) Desculpar seu pai por ter cometido um erro tão insignificante que resultou no seu nascimento. b) Flomenagear um lingüista impertinente e tão zeloso da língua quanto Aldrovando. c) Redimir-se dos erros de Português e desvios lingüísticos cometidos porventura na obra escrita. d) Revelar ao Frei suas angústias e tristezas devidas à ignorân­ cia das pessoas. _______________ LÍNGUA PORTUGUESA Leia os textos a seguir: TEXTO I Maluf e Quércia foram e serão sempre candidatos de es­ querda, mas aquele é mais experiente que este. Quando se usa este ou aquele para referência a termos ou orações anteriores, este se refere ao mais próximo e aquele, obviamente ao mais afastado, nem seria preciso dizer. É óbvio também que se deve evitar esse recurso, que obriga o leitor a se esforçar para entender. E quando o texto encaroça o leitor esmorece. (MACHADO, 1994, P.29) TEXTO II Confusão mesmo ocorre em relação aos demonstrativos que se referem a elementos já citados ou por citar no texto. Convém lembrar que, nesses casos, este se refere ao futuro, ao que vem abaixo, a seguir, e que esse sempre se refere ao passado, ao já dito, que ficou pra trás ou está acima. Por exemplo: “O Congresso é incorruptível, essa é a nossa maior certeza.” Ou: “O Executivo, o Legislativo e o Judiciário têm estas virtudes: competência e eficiência.” 13. Em todas as alternativas, os demonstrativos empregados de acordo com o que se estabelece nos textos, EXCE­ TO: a) Poeta alemão, o francófilo Heiner aprendeu bem este senti­ mento mais latino que germânico: Deus me perdoará, é seu ofício. b) Cronista é isso: fica pregando lá de cima de sua coluna no jornal. Por isto, há uma certa confusão entre colunista e cro­ nista. c) Existe uma religiosidade profunda no povão, em especial nas camadas mais pobres. Há dois aspectos nisso. d) Compare a China com o Brasil. Este tem para onde expandir sua agricultura; aquela não, pois sua área agriculturável é igual à do Pará. 14. Todas as afirmativas em relação aos textos são aceitáveis, EXCETO: a) O texto I traz uma sutil ironia quanto à boa vontade dos lei­ tores. b) O locutor do texto I critica o uso dos demonstrativos este e aquele para retomar um termo anterior por considerá-los fatores que dificultam a leitura. c) No texto II, o autor usa o pronome demonstrativo nesses para retomar uma idéia explicada anteriormente. d) O autor faz ironia não só com o emprego incorreto ou abusivo dos demonstrativos, mas também com a política e os políticos brasileiros. 15. Observe: Criara os filhos com muita dificuldade e sempre fizera o bem a todos. Fora, pois, um homem de grande caráter e merecia, por conseguinte, um enterro mais digno. Em relação ao enunciado, considere os termos pois e p o r conseguinte destacados, e assinale a alternativa cor­ reta: a) qualquer um desses dois termos poderia ser substituído por logo, sem alteração do significado. b) os termos pois e por conseguinte traduzem relações de tipos diferentes c) enquanto o termo pois encerra uma explicação, o termo por conseguinte encerra uma comparação. d) o termo pois poderia ser deslocado para antes da forma verbal, sem prejuízo do significado. 7
  • 10. 16. A essa altura, não ... mais ingressos, pois já ... dias que a casa tem estado com a lotação esgotada. a) deve haver - fazem b) deve haver - fazem c) deve haverem - faz d) deve haver - faz 17. “Os novos modelos trazem novidades que não ..., mas enfeites que todos ....” a) se vê - veem b) se vê - vêm c) se veem - vêm d) se veem - veem 18. Não ... razões para acreditarmos nele, pois ... provas su­ ficientes e ... anotações memoráveis a seu favor. a) faltava - haviam - existiam b) faltavam - haviam - existiam c) faltavam - havia - existiam d) faltava - havia - existia Texto para as questões 19 e 20: Olhar para o céu noturno é quase um privilégio em nossa atribulada e iluminada vida moderna. (...) Companhias de turismo deveriam criar “excursões noturnas”, em que grupos de pessoas são transportados até pontos estratégicos para serem instruídos por um astrônomo sobre as maravilhas do céu noturno. Seria o nascimento do “turismo astronômico”, que complementaria per- feitamente o novo turismo ecológico. E por que não? Turismo astronômico ou não, talvez a primeira impressão ao observarmos o céu noturno seja uma enorme sensação de paz, de permanência, de profunda ausência de movimento, fora um eventual avião ou mesmo um satélite distante (uma estrela que se move!). Vemos incontáveis estrelas, emitindo sua radia­ ção eletromagnética, perfeitamente indiferentes às atribulações humanas. Essa visão pacata dos céus é completamente diferente da visão de um astrofísico moderno. As inocentes estrelas são ver­ dadeiras fornalhas nucleares, produzindo uma quantidade enorme de energia a cada segundo. A morte de uma estrela modesta como o Sol, por exemplo, virá acompanhada de uma explosão que chegará até a nossa vizinhança, transformando tudo o que encontrar pela frente em poeira cósmica. (O leitor não precisa se preocupar muito. O Sol ainda produzirá energia “docilmente” por mais uns 5 bilhões de anos.) (Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos) 19. O autor considera a possibilidade de se olhar para o céu noturno a partir de duas distintas perspectivas, que se evidenciam no confronto das expressões: a) “maravilhas do céu noturno” / “sensação de paz”. b) “instruídos por um astrônomo” / “visão de um astrofísico”. c) “radiação eletromagnética” / “quantidade enorme de ener­ gia”. d) "poeira cósmica” / “visão de um astrofísico”. e) “ausência de movimento” / “fornalhas nucleares”. 20. Considere as seguintes afirmações: I. Na primeira frase do texto, os termos “atribulada” e “iluminada” caracterizam dois aspectos contraditórios e inconciliáveis do que o autor chama de “vida moderna”. II. No segundo parágrafo, o sentido da expressão “perfeitamente indiferentes às atribulações humanas” indica que já se desfez aquela “primeira impressão” e desapareceu a “sensação de paz”. III. No terceiro parágrafo, aexpressão” estrela modesta”, referen­ te ao Sol, implica uma avaliação que vai além das impressões ou sensações de um observador comum. L ÍN G U A PO RTUG UESA______________________________________ Está correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. ______________ P dim ticon.com GABARITO 01-D 02-D 03-B 04-C 05-D 06-B 07-A 08-D 09-A 10-D 11-D 12-D 13-B 14-D 15-A 16-D 17-D 18-C 19-E 20-C SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS, FARÔNIMOS E HOMÔNIMOS SINONÍMIA: Palavras diferentes, que têm significados idên­ ticos ou aproximados. Ex.: prédio = edifício / casa = lar / aguardar = esperar ANTONÍMIA: Palavras que têm significados opostos. Ex.: claro # escuro / doce # amargo / esperar # desistir PARÔNIMOS: vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido. Ex.:Cavaleiro: homem a cavalo Cavalheiro: homem gentil HOMONÍMIA As palavras homônimas têm o mesmo som ou mesma grafia. Elas podem ser: - H om ófonas palavras com a mesma pronúncia. - H om ógrafas palavras com a mesma grafia. a) H om ógrafas heterofônicas > mesma grafia e pronúncia diferente: deste - deste; pôde - pode b) H om ófonas heterográficas > Na língua oral, precisam estar contextualizadas. VARIEDADES LINGUÍSTICAS A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe socialpara classe social, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmarque o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua. Ao trabalhar com o conceito de variação linguística, esta­ mos pretendendo demonstrar: • que a língua portuguesa, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de maneira uniforme em todo o terri­ tório brasileiro; “Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.(...) Mas essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não prejudicam a unidade superiorda língua, nem a consciência que têm os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.”(Celso Cunha, em Uma política do idioma) • que a variação lingüística manifesta-se em todos os níveis de funcionamento da linguagem ; 8
  • 11. l ín g u a p o r tu g u e s aDewrwíÀ IJ10ATICON.COM_____________________ * que a variação da língua se dá em função do emissor e em função do receptor; • que diversos fatores, como reaião. faixa etária, ciasse social e profissão, são responsáveis pela variação da língua; • que não há hierarquia entre os usos variados da língua, assim como não há uso lingüisticamente melhor que outro. Em uma mesma comunidade lingüística, portanto, coexistem usos diferentes, não existindo um padrão de linguagem que possa ser considerado superior. O que determina a escolha de tal ou tal variedade é a situação concreta de comunicação. • que a possibilidade de variação da língua expressa a va­ riedade cultural existente em qualquer grupo. Basta observar, por exemplo, no Brasil, que, dependendo do tipo de colonização a que uma determinada região foi exposta, os reflexos dessa colonização aí estarão presentes de maneira indiscutível. Níveis de variação linguística É importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de funcionamento da linguagem, sendo mais perceptível na pronúncia e no vocabulário. Esse fenômeno da variação se torna mais complexo porque os níveis não se apre­ sentam de maneira estanque, eles se superpõem. Nível fonológico - por exemplo, o I final de sílaba é pronun­ ciado como consoante pelos gaúchos, enquanto em quase todo o restante do Brasil é vocalizado, ou seja, pronunciado como um u; o r caipira; o s chiado do carioca. Nível morfossintático - muitas vezes, poranalogia, por exemplo, algumas pessoas conjugam verbos irregulares como se fossem regulares: “manteu” em vez de “manteve”, “ansio” em vez de “anseio”; certos segmentos sociais não realizam a concordân­ cia entre sujeito e verbo, e isto ocorre com mais frequência se o sujeito está posposto ao verbo. Há ainda variedade em termos de regência: “eu lhe vi” ao invés de “eu o vi”. Nível vocabular - algumas palavras são empregadas em um sentido específico de acordo com a localidade. Exemplos: em Portugal diz-se “miúdo”, ao passo que no Brasil usa-se “ mo­ leque”, “garoto”, “menino”, “guri”; as gírias são, tipicamente, um processo de variação vocabular. Tipos de variação linguística Travaglia (1996), discutindo questões relativas ao ensino da gramática no primeiro e segundo graus, apresenta, com base em Halliday, Mclntosh e Strevens (1974), um quadro bastante claro sobre as possibilidades de variação lingüística, chamando a atenção para o fato de que, apesar de reconhecer a existência dessas variedades, a escola continua a privilegiar apenas a norma culta, em detrimento das outras, inclusive daquela que o educando já conhece anteriormente. Existem dois tipos de variedades linguísticas: os dialetos (variedades que ocorrem em função das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os emissores); os registros (variedades que ocorrem em função do uso que se faz da língua, as quais depen­ dem do receptor, da mensagem e da situação). • Variação Dialetal o Variação Regional o Variação Social o Variação Etária o Variação Profissional • Variação de Registro o Grau de Formalismo o Modalidade de Uso o Sintonia Gíria A gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua. A gíria, ao mesmo tempo que contribui para definir a identidade do grupo que a utiliza, funciona como um meio de exclusão dos indivíduos externos a esse grupo, uma vez que costuma resultar em uma linguagem ininteligível. A gíria tem um caráter contestador por natureza e, por esse motivo, costuma acompanhar outros comportamentos de crítica, transgressão e/ou contestação dos padrões sociais vigentes. Há, assim, a gíria de grupos de jovens, de surfistas, de “rappers”, de “funkers”, de marginais, de presidiários etc. EXERCÍCIOS 01. Assinale a alternativa em que ocorre um exemplo de eufemismo. A) Quando teu pai partir desta para a outra, vais sentir sua fal­ ta. B) Buscas a vida, eu, a morte. Buscas a terra, eu, os céus. C) A morte para os justos será a porta para um destino glorio­ so. D) A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto. E) O anjo da morte te buscará à meia-noite e tu sorrirás feliz. 02. A expressão “última flor do Lácio” foi utilizada por Olavo Bilac num poema, significando - para ele - que a língua portuguesa foi a última língua gerada do latim, língua oriunda da antiga região do Lácio. Logo, “última flor do Lácio” é igual a “língua portuguesa”. Que figura de linguagem existe aí? A) Metáfora B) Perífrase C) Metonímia D) Hipérbole 03. As nuvens são cabelos crescendo como rios; são os gestos brancos da cantora muda; São estátuas em vôo à beira de um mar; a flora e a fauna leves de países de vento; São o olho pintado escorrendo imóvel; a mulherque se debruça nas varandas do sono. Este poema, de João Cabral, é rico em imagens. O poeta descreve as nuvens salientando sua fluidez e movimen­ tos; capta num momento a fugacidade das formas e atribui significado a elas; alcança o efeito poético através de figuras de linguagem. É exemplo de metáfora A) As nuvens são cabelos B) crescendo como rios; C) são os gestos brancos D) da cantora muda. 04. Anjo no nome, Angélica na cara! Vejo, que por bela, e por galharda, Posto que os anjos nunca dão pesares, 9
  • 12. l ín g u a po r tu g u esa / “S W T O «A d i d a t i c o n .c o m Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. (Gregório de Matos) Ocorre um par antitético em, A) Vejo, que por bela, e por galharda, B) Posto que os anjos nunca dão pesares, C) Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda. D) Anjo no nome, Angélica na cara! 05. Considere as seguintes afirmações sobre o Barroco brasileiro: I - A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflito, paradoxos e contrastes, que convive tensamente na unidade da obra. II - O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas. III - A oposição entre Reforma e Contra-Reforma expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de que o barroco se ocupa. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas 111. D) Apenas I e III. E) I, lie III. Texto para as questões 06 e 07: “O pacto feito por ele com os árabes não tardou a ser por mil modos violado, e o ilustre guerreiro teve de se arrepender, mas já debalde, por haver deposto a espada aos pés dos infiéis, em vez de pelejar até à morte pela liberdade. Fora isto o que Pelágio preferira, e a vitória coroou o seu confiar no esforço dos verdadeiros Godos e na piedade de Deus”. 06. Quai é das características abaixo está presente no texto? a- Retomada dos valores medievais, b- Denúncia de males sociais, c- despreocupação formal, d-Análise psicopatológica. e- aproveitamento da mitologia clássica. 07.0 autor do texto é: a- Eça de Queirós, b- Camilo Castelo Branco, c- Padre Antônio Vieira, d- Fernando Namora, e-Alexandre Flerculano. 08. Numere os parênteses obedecendo à seguinte conven­ ção: 1- Barroco 2- Arcadismo 3- Romantismo ( ) Exacerbação do sentimento envolto numa visão de amor idealista. ( ) Visão dualista do universo, refletida numa linguagem es­ sencialmente antitética. ( ) Expressão constante, quase monótona da fugacidade da vida. ( ) Ênfase à íncorrespondência amorosa das tiranas donze­ las. ( ) Sobre exaltação da beleza feminina, superior aos elemen­ tos da natureza. De cima para baixo, a resposta correta é: A) 3, 1, 1,2, 1. B) 2, 1, 1, 3, 2. C) 1, 3, 2, 1, 2. D) 3, 1,2, 2, 1. E) 2, 1, 2, 3, 1. 09. Considere as seguintes afirmações: I- Pode-se afirmar que o Romantismo brasileiro foi a manifesta­ ção artística que mais bem expressou o sentimento naciona­ lista desenvolvido com a independência do país. II- Os romancistas românticos, preocupados com a formação de uma literatura que expressasse a cor local, criaram roman­ ces considerados regionais, mais pela temática do que pela linguagem. III- A tendência indianista do Romantismo brasileiro tinha por objetivo a desmistificação do papel do índio na história do Brasil desde a colonização. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas I e II. D) Apenas I e III. E) I, II e III. 10. Leia os textos: A. a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; (...) a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos (...) Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa (...), apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flexas com a mão direita caída...” B. “(Bertoleza) devia ser esmagada devia ser suprimida (...) Ela era o torpe balcão da primitiva bodega; era o aladroado vintenzinho de manteiga em papel pardo; era o peixe trazido da praia e vendido à noite ao lado do fogareiro à porta da taberna; era o frege imundo (...); era o sono roncado num colchão fétido, cheio de bichos...” Assinale a única alternativa errada: A) O texto A revela a profunda contradição existente em querer valorizar o nacional sem perder de vista os valores e padrões europeus. B) O texto A é descritivo e a exagerada adjetivação apresenta a personagem como um ser imponente, idealizado. C) As metáforas que caracterizam a personagem do texto B são exemplos da linguagem rude que Aluísio Azevedo utiliza em seus livros. D) A atmosfera de morbidez criada no texto B contraria os prin­ cípios do estilo de época que o texto A representa. E) Os dois textos são típicos do Modernismo, pois os escritores amavam demais a liberdade, podendo, portanto, embelezar ou enfear o que quisessem. GABARITO 01-A 02-B 03-A 04-C 05-D 06-B 07-C 08-C 09-E 10-E
  • 13. l ín g u a p o r tu g u e saDentro** D lD ATIC O N .C O M ___________________ SÍLABA Sílaba é um conjunto de sons que pode ser formado por apenas um fonema ou por um grupo de fonemas emitidos numa só expiração, em nossa língua o núcleo da sílaba é sempre uma vogal. Estrutura da sílaba Para que exista uma sílaba algumas condições obrigaria- mente devem existir: 1 - Na sílaba existe necessariamente uma vogal, que se junta ou não a uma semivogal ou uma consoante, exemplos: CA-DEI-RA , MA-LA, PRE-FEI-TO 2 -A base de uma sílaba é uma vogal, que pode ficar sozinha em uma sílaba, exemplos: A-MOR , SA-Ú-DE, A-ÇA-Í 3 - Em cada sílaba há somente uma vogal, logo em uma palavra o número de sílabas é o número de vogais, exemplos: A-MOR (duas vogais, duas sílabas), SA-Ú-DE (três vogais, três sílabas, A-ÇA-Í (três vogais, três sílabas). Classificação das palavras quanto ao número de síla­ bas Conforme o número de sílabas, as palavras são classifica­ das em: 1 - MONOSSfLABAS São as palavras que possuem apenas uma sílaba, exemplo: pó, pé, mal, mão, mãe 2 - DISSÍLABAS São as palavras que possuem duas sílabas, exemplo: ca­ sa, ca-ma, car-ro 3 - TRISSÍLABAS São as palavras que possuem três sílabas, exemplo: pa-le- tó, ma-ca-co, sa-í-da 4 - POLISSÍLABAS São as palavras que possuem quatro ou mais sílabas, exemplo: car-to-li-na, gra-vi-o-la Classificação da sílaba quanto à intensidade Quanto à intensidade a sílaba pode ser: 1 - TÔNICA É a sílaba mais forte de uma palavra. Só existe uma sílaba tô­ nica em cada palavra, exemplo: ce-lu-iar, li-vro, me-sa, a-mor 2 - ÁTONA Todas as outras sílabas que não são tônicas são denomina­ das de átonas, ce-lu-lar, li-vro,me-sa, a-mor 3 - SUBTÔNICA É a sílaba de intensidade intermediária, nem tão intensa como a tônica, nem tão fraca como a átona. Geralmente ocorre nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva, exemplo: café - cafezinho. Classificação das palavras quanto à tonicidade Quanto à tonicidade as palavras podem ser: 1 - OXÍTONAS São as palavras cuja sílaba tônica é a última, exemplo: fu-zil, co-ra-ção, ba-lão, ci-pó,ca-lor 2 - PAROXÍTONAS São as palavras cuja sílaba tônica é a penúltima, exemplo: ca-sa, ca-ma, car-ro, es-ca-da 3 - PROPAROXÍTONAS São as palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima, exem­ plo: ár-vo-re, e-xér-ci-to, o-xí-to-na DIVISÃO SILÁBICA Em regra se faz pela soletração e não pelos seus elementos constitutivos. REGRAS a) Aconsoante inicial não seguida de vogal permanece na sílaba que a segue. Ex.: pneu-má-ti-co. b) Não se separam os elementos dos grupos consonânticos iniciais de sílabas nem dos dígrafos ch, nh, Ih. Ex.: ma-nhã. c) No interior da palavra conserva-se na sílaba que a precede a consoante seguida de vogal. Ex.: nup-ci-al. d) Separa-se o sc ficando o s numa sílaba e o c em outra sílaba. Ex.: cres-cer. e) 0 x do prefixo ex não se separa quando a sílaba seguinte começar por consoante; entretanto, se começar por vogal, forma sílaba com esta e separa-se do elemento prefixai. Ex.: ex-tra-ção, e-xér-ci-to. f) O s dos prefixos cis, des, dis, bis, trans não se separa quando a sílaba seguinte começar por consoante. Ex.: bis- coi-to, trans-por-te. g) As vogais e consoantes idênticas separam-se ficando uma em cada sílaba. Ex.: car-ro, pro-ro-ga-ção, ca-a-tin-ga. h) Não se separam as vogais dos ditongos (decrescente e crescente) etritongos. Ex.: pai, quan-do, quais. i) As vogais, dos hiatos, separam-se. Ex.: sa-ú-de, sa-ir, ca-ir, le-al-da-de. ORTOGRAFIA GRAFIA DAS PALAVRAS Terminam em ÇÃO: a) ato de INFORMAR, RECLAMAR, NAVEGAR, etc. b) Verbo TER e derivados DETER, OBTER, ABSTER, etc. Terminam em SÃO: a) ND: PRETENDER, SUSPENDER, EXPANDIR. b) ERTER: CONVERTER, PERVERTER, INVERTER. Terminam em SSÃO: a) TIR: ADMITIR, PERMITIR. b) GREDIR: AGREDIR, REGREDIR. c) PRIMIR: IMPRIMIR, REPRIMIR. Grafa-se com S: a) Naturalidade: holandês Procedência: camponês b) Verbos: QUERER, PÔR: quis - pusemos. c) ASO-ASA = vaso, brasa; ISO-ISA = liso, brisa; OSO-OSA = jeitoso, garbosa; USO-USA = obtuso, difusa. ASE-ESE-ISE-OSE = crase, tese, hemoptise (eliminação, pela boca, de sangue de origem pulmonar), neurose. Grafa-se com Z: a) az - capataz ez - acidez iz - perdiz oz - veloz uz - capuz b) Verbos: zir - produzir 11
  • 14. l ín g u a po r tu g u esa P ESXTCRA DIDATICON.COM Terminação ESA: indica naturalidade a) Procedência/nobreza ? feminino Exemplo: Norueguesa, irlandesa, duquesa. b) A terminação ESA não indica qualidade: Exemplos: defesa, empresa, represa. Terminação EZA: indica qualidade Certeza - qualidade do que é certo Clareza - qualidade do que é claro Beleza - qualidade do que é belo Terminação IZAR: deixa uma palavra completa CanalIZAR AutorIZAR AtualIZAR Terminação ISAR: não deixa uma palavra completa PrecISAR BISAR OUTRAS DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS 1. QUE/QUÊ 3. MAL /MAU 4. MAS / MAIS MAS = porém MAIS # menos 0 pais parece que está melho­ rando. mas ainda há inflação. - oorém ainda há inflação. Foi ele quem mais trabalhou. Foi ele auem menos traba- Ihou. Estava mais aflito. Estava menos aflito. 5. ONDE/AONDE ONDE (lugar em que, no qual) AONDE (preposição a + ondel Usado com verbos que não pedem preposição. Esses ver­ bos indicam permanência: É usado com verbos de mo- vimentoque indicam “direção para’’: - Moro onde fica a iareia. - A casa onde ele reside ó simples. . Vou aonde quero. Vou a > Aonde mais? 6. A / HÁ / À A HÁ - Artigo - Vem antes do subs­ tantivo feminino: a casa, a vida, a beleza. - Preposição - Indica dis­ tância, tempo futuro, direção, destino etc. 3a pes. do sing. do pres. ind. do verbo haver. - Sentido de tempo passa­ do: Não vamos a teatro. A casa fica a 200m. Só irei daqui a 2h. Vou a Paris. Isso aconteceu há pouco. Estou aqui há 2 horas. - Sentido de ter / existir: Hoje não há sessão. AHhá. uma casa bem antiga. À (a prep. + artigo) A (pronome pessoal oblíquo = ela) Vou a + a praia. Vou à praia. - Enviarei a correspondência à empresa. Os paisjá a encontraram. pronome demonstrativo aquela - Esta obra é a que indica­ ram no censo. 7. AO ENCONTRO DE / DE ENCONTRO A AO ENCONTRO DE ser favorável, estar de acordo: DE ENCONTRO A ser contra, opor-se: Sua decisão veio ao encontro das minhas expectativas, por isso estou feliz Sua decisão veio de encontro àsminhas expectativas, o que muito medecepcionou. 8. AFIM/A FIM DE AFIM semelhante, igual A FIM DE = para (locução prepositiva). Descobri que tínhamos idéias afins. Estou aqui a fim de te ajudar. Sorria a fim de me alegrar. 9. DEMAIS/DE MAIS DEMAIS = muito DE MAIS # de menos ou a mais Ele ficou feliz demais. Ficou muito feliz. Não vejo nada de mais aqui. 12
  • 15. OEI3ITOKA. DIDATiCON.CW É 10. SENÃO /SE NÃO SENÃO de outro modo, do contrário, aliás, porém, exceto: SE NÃO caso não (condição) Trabalha e estuda, senão nada conseguirás. (= do contrário) Ninguém senão você poderá entender-me. (=exceto) Todos ficaram ricos. Ele não encontrou senão uma pequena esmeralda. (=ape- nas) Se não ficou rico ainda, traba- lhe mais. Ficaram muitos hóspedes no hotel, se não. todos iá lá estavam. Se não Dodes. ooraue vais? 11. TAMPOUCO / TÃO POUCO TAMPOUCO TÃO POUCO Também não Não sei tudo, tampouco ele o sabe. muito pouco Bebi tão pouco quanto ele. 12. A CERCA DE / ACERCA DE A CERCA DE aproximadamente ACERCA DE a respeito de 0 Papa dirigiu-se a cerca de um milhão de fiéis. 0 Papa falou acerca do abor­ to. 13. A PAR/AO PAR A PAR bem informado AO PAR Indica equivalência de valores financeiros Não estou a D ardo assunto da conferência. As m o e d a s fo rte s, co m o a libra, m antêm -se sem pre ao par. QUESTÕES DE CONCURSOS 1. Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços da frase: A_______do político depende muito da _ _ _ _ _ do apoio popular. a) ascensão, obtenção b) ascensão, obtenção c) ascenção, obtenção d) ascenssão, obtensão e) ascenssão, obtenção 2. Uma falsa meiguice encobria-lhe a _____e a falta de a) regidês - compreensão b) rigidez - compreensão c) rijidez - compreensão d) rijidês - comprensão e) rigeza - compreensão 3. Assinale a alternativa em que não ocorre erro de grafia: a) escasso, massa, carrocel, puzesse, senso b) honradez, quizestes, ruço, dissertar, cessar c) empossar, incipiente, obscecação, assessório, maçudo d) celeiro, exegesse, cerração, intensão, disfarse e) atraso, maça, ascensorista, exceção, obsessão 4. Assinale a alternativa que contém erro gráfico: a) herege, extático, montês b) extensão, destro, ironizar c) bueiro, despender, imersão ________________________________LÍNGUA PORTUGUESA d) empecilho, faxina, consenso e) excêntrico, pretencioso, escassez 5. São grafadas com “s” , “ss” , “ç” , respectivamente, as pa­ lavras: a) incur___o / tor___ão / controvér__ia; b) emi__ ão / intromi___ ão / exten__ão; c) admi___ível / assun___ão / exten___ão; d) preten___ioso / opre__ ão / reten___ ão; e) cansa___o / conce___ão / na___ioso. 6. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas corretamente: a) paralisar - pesquisar - ironizar - deslizar; b) alteza - empreza - francesa - miudesa; c) cuscus - chimpanzé - encharcar - encher; d) incenso - absesso - Luís; e) chíneza - marquês - garrucha - meretriz. 7. O ________rendido pelas artes d a ______ , _____na es­ preguiçadeira. a) herói - cosinha - cochilava; b) herói - cosinha - coxilava; c) herói - cozinha - coxilava; d) ritmo - cozinha - cochilava; e) herói - cozinha - coxilava. 8. A certa altura do ritual, o __________das________ atingiu marcação_________. a) ritmo - danças - alucinante; b) ritmo - dansas - aluscinante; c) rítimo - danças - aluscinante; d) ritmo - danças - aluscinante; e) ritmo - danças - alucinante. 9. Assinale a série de grafia incorreta: a) usina - buzina b) ombridade - hombro c) úmido - humilde d) erva - herbívoro e) néscio - cônscio GABARITO 01B 02B 03E 04E 05D 06A 07D 08A 09B Anvtfcç-veí
  • 16. LÍNGUA PORTUGUESA_______________________________ ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1. MONOSSÍLABOS TÔNICOS: Acentuam-se, graficamen­ te, os que têm como vogai única a (s), e (s), o (s). Ex.: vá, vás, vê, vês, pé, pés, pôs, dó etc. Os monossílabos em j e u não são acentuados. 2. OXÍTONAS: Acentuam-se, graficamente, as terminadas em a (s), e (s), o (s), em, ens. Ex.: está, estás, cantará, você, cipó, cortês, buquê, café, após, compôs, contém, conténs, amém etc. 3. PAROXÍTONAS: Acentuam-se, graficamente, as termi­ nadas em: R u X i N L fêmur, vírus, fênix, úri, táxi hífen, útil, caráter, bônus, tórax, abdômen, volátil, açúcar lótus ônix líquen míssil Obs.: Não se acentuam as paroxítonas terminadas em a (s), e (s), o (s), em e ens: item, hífens, parede, teto, sala etc. 4. PROPAROXÍTONAS: São todas acentuadas: vísceras, fígado, estômago, tóxico, etc. REGRAS ESPECIAIS 1. ACENTUAÇÃO DOS DITONGOS: acentuam-se as vogais e, o dos ditongos abertos éu, éi, oi, apenas em final de palavra. Ex.: estreia, chapéu, cruéis, heroico, apoio, corrói. 2. ACENTUAÇÃO DOS HIATOS: a. Acentuam-se o i e o u tônicos dos hiatos quando vierem como segunda vogal e constituírem sílaba sozinhos ou seguidos de s. Ex.: caí —>ca-í ciúme —>ci-ú-me reúne —>re-ú-ne caída —>ca-í-da viúva —>vi-ú-va caíste —>ca-ís-te balaústre —>ba-la-ús-tre Obs.: 1. Se o i ou o u, no caso, não forem acentuados, irão formar ditongo com vogal anterior. Ex.: cai, pais, sai, saia, etc. Exceção: seguidos de nh. não são acentuados: rainha —>ra-i-nha bainha —>ba-i-nha 2. Também não o são os hiatos de vogais repetidas: Xiita —>xi-i-ta juuna —>ju-u-na 3. juiz—*ju-iz juizes -» ju-í-zes raiz —>ra-iz raízes —>ra-í-zes b. NÃO se acentuam os hiatos oo e ee. - oo —»voo, coo, perdoo - ee —►são acentuadas as formas verbais: creem, leem, deem, veem... Obs.: 1. São escritas com apenas ume as terceiras pessoas do presente do indicativo dos verbos TER e VIR e seus derivados. SBÍTOSi* DIDATICON.COM Ele tem —►Ele contém / Ele vem —* Ele provém (v. provir) Ele têm —>Ele contêm / Ele vêm -* Ele provêm 2. Não se acentua o hiato oa. Ex.: lagoa, canoa, voa. 3. Acentua-se a sílaba anterior ao TRITO NG O FO NÉTICO uam (uãu), uem (uei). Ex.: águam, enxáguem. 4. USO DO TREMA ü Não se usa mais trema nos grupo GUI, GUE, QUI, QUE em palavras de origem portuguesa. 0 trema fica restrito a palavras de origem estrangeira. Ex.: frequência, frequente, arguição, tranquilidade, sequestro, quinquênio, águe, aguemos, pingüim, mülleriano (palavra estrangeira). 5. Não se acentua ou da sílaba tônica nos grupos: qúe, qúi, gúe, gúi. Ex.: argui, arguis, arguem; apazigue, apazigues, apazi­ guem. ACENTO DIFERENCIAL Na Língua Portuguesa, existem muitas palavras que são idên­ ticas na pronúncia (homófonas) ou na grafia (homógrafas). Muitas vezes, o próprio texto ajuda a distinguir uma forma da outra: * deste (de+este) e deste (verbo dar); - O livro que me deste não é deste autor. * desse (de+esse) e desse (verbo dar); - Se ele me desse um pedaço desse bolo... * ele (pron.) e ele (letra L); - O ele que ele escreveu está ilegível. * colher (verbo) e colher (subst.); - Vou colher o mel com esta colher. Em livros mais antigos, as homógrafas de som fechado estão acentuadas, para distinguir das de som aberto. Hoje esse acento só é usado nas palavras abaixo: - pôde (pretérito perfeito, verbo poder) / pode (presente), -por (preposição) / pôr (verbo) - fôrma (vasilha) / forma (maneira, modo, aspecto).(não oficial) QUESTÕES DE CONCURSOS 1. Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteúdo da carta? e) Veranópolis e uma cidade que não para de crescer. 2. Assinale a opção em que todas as palavras são acentu­ adas pela mesma regra: a) próprio - diário b) êxito-tênue c) diáspora - vivência d) hífen - baú e) máximo-júri 3. Assinale a série em que todos os vocábulos devem rece­ ber acento gráfico: a) Troia, item, Venus b) hifen, estratégia, álbuns Também as terminadas em: UM - fórum UNS - álbuns Ã(s) - ímã ÃO - sótão PS - fórceps, bíceps ON(s) - íon, proton, nêutrons OM - rádom (=radônio, elemento químico) DITONGOS - armário, sério, série, árduo, mágoa, aéreo, móveis, pônei, vôlei etc. 14
  • 17. Daarrora. DIDATlCON.COM___________________ c) apoio (subst.), reune, faísca d) nivel, orgão, tupi e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 4. (CESPE - BB) Assinale a opção correta quanto à acentua­ ção gráfica: a) eclipse b)juiz c) agosto d) saída e) intúito 5. (CESPE - BB) “Alem do trem, voces tem ônibus, taxis e aviões”. A frase deveria apresentar a) 5 acentos b) 4 acentos c) 3 acentos d) 2 acentos e) 1 acento 6. (CESPE-BB) O vocábulo que representa um monossílabo tônico é: a) o b) lhe c) e d) luz e) com 7. Dadas as palavras: 1. tung-stê-nio 2. bis-a-vô 3. du-e-lo Constatamos que a separação silábica está correta: a) apenas na palavra n° 1 b) apenas na palavra n° 2 c) apenas na palavra n° 3 d) em todas as palavras e) n.d.a 8. (BB) Não leva acento gráfico o seguinte vocábulo: a) atrai-la b) supo-la c) conduzi-la d) vende-la e) revista-la 9. (BB) A palavra “noite” apresenta: a) hiato b) ditongo c) tritongo d) dígrafo e) encontro consonantal 10. (CESPE - PF) Assinale a alternativa em que todos os vo­ cábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) você, capilé, Paraná, lápis, régua d) amém, amável, filó, porém, além e) caí, aí, ímã, ipê, abricó GABARITO 01-A 02-A 03-B 04-D 05-B 06-D 07-C 08-C 09-B 10-A _____________ LÍNGUA PORTUGUESA MORFOLOGIA RECONHECIMENTO, CLASSIFICAÇÃO, FORMAS, FLEXÕES E USOS DAS DEZ CLASSES DE PALAVRAS; SUBSTANTIVOS, FLEXÕES DAS CLASSES GRAMATICAIS - INCLUSIVE ADJETIVOS, CLASSES DE PALAVRAS: CLASSIFICAÇÃO E FLEXÕES. MORFOLOGIA E FLEXÕES DO GÊNERO, NÚMERO E GRAU CLASSES DE PALAVRAS As palavras de nossa língua estão distribuídas em 10 clas­ ses, sendo 6 variáveis e 4 invariáveis. CLASSE CONCEITO FLEXÕES Substantivo Nomeia os seres Gênero, nú­ mero e grau Adjetivo Qualifica os seres de um modo geral Gênero, nú­ mero e grau Pronome Substitui ou acompanha o subs­ tantivo Gênero, nú­ mero e pes­ soa Artigo Acompanha o substantivo Gênero e nú­ mero Numeral Acompanha o substantivo indi­ cando quantidade ou ordenan­ do-o Gênero e nú­ mero Verbo Exprime ação, fenômeno natural ou estado Número, pessoa, modo, tem­ po e voz Advérbio Palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio Invariável Preposição Liga termos de uma mesma oração Invariável Conjunção Liga termos da oração ou ora­ ções Invariável Interjeição Exprime sentimentos súbitos Invariável SUBSTANTIVO Definição: Substantivo é o nome com que designamos os seres (pessoas, lugares, instituições, entes de natureza espiritual ou mitológica etc). Varia em número e grau e possui um gênero que pode ou não variar. Classificação: 1. Substantivo Próprio: designa um ser individualmente, distinguindo-o de outros seres da mesma espécie. Ex.: Délson, Estêvão, Brasil, Mato Grosso, Portugal, Belo Horizonte, etc. 2. Substantivo Comum: designa todos os seres da mesma espécie, de um modo geral. Ex.: livro, árvore, homem, montanha, casa, etc. NOTA: Entre os comuns, alguns recebem denominação especial pelo fato de indicarem um conjunto de seres. São os COLETIVOS. 3. Substantivo Concreto - é aquele que designa um ser 15
  • 18. LÍNGUA PORTUGUESA /"VswnroR* d i d a t i c o n .c o m que existe em si mesmo. Ex.: livro, árvore, casa, alma, Deus, homem. 4. Substantivo Abstrato - é o substantivo que dá nome a estados, qualidades, sentimentos ou ações. Ex.: tristeza, atenção, amor, clareza, maturidade, brancura. Em todos esses casos, nomeiam-se conceitos cuja exis­ tência depende sempre de um ser para manifestar-se: é neces­ sário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço. FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO a) Prim itivo - é o que não se origina de outro. Ex.: papel. b) Derivado - é o que é formado de outro (primitivo). Ex.: papelaria, papelucho, papelório, papeleiro, papelão. c) Sim ples - é aquele constituído de um radical. Ex.: pa­ pel d) Com posto - é aquele constituído de mais de um radical. Ex.: guarda-roupa. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Definição: é a variação do substantivo em sua terminação ao indicar o gênero, o número e o grau. Quanto ao gênero, o substantivo pode ser: a) uniforme epiceno: cobra, formiga, tatu comum de dois gêneros: o estudante, a estudante sobrecomum: a vitima, o algoz b) biforme masculino e feminino Ex.: aluno, aluna - mestre , mestra Obs:. Heterônimos: boi - vaca; genro - nora REGRAS PARA A FORMAÇÃO DO FEMININO 1. Os substantivos terminados em o fazem o feminino mudando a terminação o pela terminação a. Ex.: lobo - loba; gato-gata. 2. Os substantivos terminados em ão podem fazer o feminino de três formas: a, oa, ona. Ex.: cidadão-cidadã; chorão-chorona; anão-anã. 3. Os substantivos terminados em or, u, I, ês formam ofeminino acrescentando-se um a. Ex.: professor-professora; credor-credora; espanhol-espanho- la; peru-perua; português-portuguesa 4. Femininos dignos de nota: abade - abadessa abegão - abegoa alcaide - alcaidessa ateu - atéia ator - atriz barão - baronesa bispo - episcopisa czar - czarina cavalheiro - dama cônego - canonisa cônsul - consulesa frade - freira frei - soror herói - heroína hortelão - hortelona incréu - incrédula judeu - judia maganão- maganã marquês - marquesa monge - monja padrasto - madrasta padrinho - madrinha pagão - pagã patriarca - matriarca papa - papisa pigmeu - pigméia profeta - profetisa rajá - rani rapaz - rapariga sandeu - sandia são - sã sultão - sultana tabaréu - tabaroa visconde - condessa juiz - juíza zagal - zagala ladrão - ladra sacerdote-sacerdotisa prior - prioresa réu - ré Substantivo Epiceno - é o que não varia em gênero e designa animais de um e de outro sexo. Ex.: a onça, o jacaré, a borboleta, o tigre. NOTAS: a) para esclarecer o sexo, diz-se: a onça-macho, a onça-fêmea; o jacaré-macho, o jacaré-fêmea. Pode-se dizer também o macho da onça, a fêmea do jacaré, etc. b) deve-se notar o feminino de: bode - cabra; perdigão - perdiz; cão - cadela; javali - javalina, gironda; carneiro - ovelha; gamo - corça; grou - grua; elefante - elefanta, aliá; pardal - pardoca, pardaloca; zangão - abelha; caxarelo ou caxaré - baleia; touro - vaca; pavão - pavoa Substantivo Comum de Dois Gêneros - possui uma só forma genérica e indica o masculino e o feminino; o artigo (o, a, os, as, um, uma, uns, umas) é o que se flexiona. Ex.: O estudante aplicado. -A estudante aplicada. Um pianista famoso. - Uma pianista famosa. Outros exemplos: o artista - a artista; o jornalista - a jornalista etc. Substantivo Sobrecomum - é a palavra invariável em gênero e indica pessoas de um e outro sexo. Ex.: o algoz, o indivíduo, a criança, a vítima, a testemunha, o apóstolo. Quando digo “a criança merece todo respeito” estou me refe­ rindo tanto ao sexo masculino como ao feminino. OBSERVAÇÕES: 1. Há determinados substantivos masculinos que, ao passarem para o feminino, mudam o sentido. Ex.: o cabeça - a cabeça; o capitai - a capital; o guarda - a guar­ da; o língua - a língua; o cisma - a cisma; o cara - a cara; o corneta - a corneta. FLEXÃO DE NÚMERO 1. Os nomes terminados em “il” tônico perdem o “I” e recebem “s”. Ex.: anil - anis; fuzil - fuzis; cantil - cantis; pueril - pueris. 2. Os nomes terminados em “el” fazem o plural em “éis”. Ex.: quartel - quartéis; anel - anéis; bacharel - bacharéis. NOTA: mel faz o plural em méis ou meles. 3. Os nomes terminados em “m” perdem “m” e recebem “ns”. Ex.: homem - homens; virgem - virgens; som - sons; etc. 4. Os nomes terminados em “r” e em “z” recebem no plural as letras “es”. Ex.: ator - atores; noz - nozes; paz - pazes. NOTA: caráter - caracteres; sóror - sorores; Lúcifer - Lucíferes. 5. Os nomes terminados em “s” sendo oxítonos, recebem no plural “es”. Ex.: mês - meses; gás - gases; Deus - Deuses; País - Países; cos - coses; rês - reses. NOTA: os nomes terminados em “s” ou “x” paroxítonos não va- 16
  • 19. 0 £WTO8tA DIDATICON.COM!___________________ riam no plural. Ex.: lápis - pires - cais - oásis - ônix - ônus - atlas - aiferes - tó­ rax. 6. Os diminutivos em zinhos, zito, fazem o plural acrescentando- se “zinhos, zitos” ao plural da palavra primitiva, suprimindo-se a desinência “s”. Ex.: aviãozinho - avião(s)zinhos - aviõezinhos; papelzinho - papéis(s)zinhos - papeizinhos; cãozito, - cãe(s)zitos PLURAL DE SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 1aREGRA - variam os dois elementos a) quando são dois substantivos: carta-bilhete - cartas-bilhetes; couve-flor - couves-flores martim-pescador - martins-pescadores b) quando um é substantivo e outro é adjetivo obra-prima - obras-primas gentil-homem - gentis-homens c) quando o substantivo é composto por duas formas verbais repetidas: corre-corre corres-corres 2a REGRA - só varia o segundo elemento a) quando são dois adjetivos: luso-brasileiro -> luso-brasileiros poético-musical -> poético-musicais b) quando o primeiro elemento é palavra invariável ou verbo: guarda-chuva -> guarda-chuvas guarda-marinha -> guarda-marinhas (ou guardas-marinha) c) quando são palavras onomatopaicas: tico-tico -> tico-ticos quero-quero -> quero-queros d) quando o primeiro elemento é palavra abreviada: grão-duque -> grão-duques grão-cruz -> grão-cruzes bel-prazer -> bel-prazeres 3a REGRA - só varia o primeiro elemento a) nas palavras compostas de dois substantivos separadas por preposição: navio-a-vapor -> navios-a-vapor olho-de-boi -> olhos-de-boi b) quando são dois substantivos e o segundo indica finalida­ de: escola-modelo -> escolas-modelo navio-escola -> navios-escola café-concerto -> cafés-concerto 4aREGRA - os dois elementos não variam a) quando são dois verbos opostos ou palavras invariáveis: o perde-ganha -> os perde-ganha o bota-fora -> os bota-fora o cola-tudo -> os cola-tudo b) quando são frases substantivadas com verbo inicial: estou-fraca; louva-a-deus ADJETIVOS Palavras que servem para caracterizar os seres ou os ob­ jetos, indicando-lhes características; aspecto, modo de ser ou estado. Ex.: Menino bom. Água limpa Locução Adjetiva: Expressão que equivale a um adjetivo. Lápis com ponta. Lápis apontado Lápis de cor. Lápis colorido. Quanto à formação: • simples: claro, verde ___________ LÍNGUA PORTUGUESA - composto: azul-claro, verde-escuro. • primitivo: feliz, azul • derivado: infeliz, azulado FLEXÃO DE GÊNERO: Masculino e Feminino Particularidade: • uniforme (uma única forma): cavalo veloz ; égua veloz; • biforme (uma forma para o masculino, outra para o femi­ nino): menino bonito ; menina bonita REGRAS: 1 . Os adjetivos terminados em “o” fazem o feminino trocando a letra “o” pela letra "a”. Ex.: bravo - brava; belo - bela; sábio - sábia. 2. Os adjetivos terminados em “u” precedidos de consoante, e os terminados em “es”, fazem o feminino com o acréscimo de um “a”. Ex.: cru crua; freguês - freguesa; português - por­ tuguesa; construtor - construtora; impostor - impostora. Exceções', montês, cortês, pedrês, anterior, inferior, inco­ lor. 3. Os adjetivos terminados em “eu” fazem o feminino mudando a terminação “eu” por “éia”. Ex.: plebeu - plebéia; ateu - atéia; pigmeu - pigméia; europeu - européia; hebreu - hebréia. Exceções: judeu -judia', sandeu - sandia 4. Quanto aos adjetivos terminados em “ão”, alguns fazem o feminino em “a” (alemão - alemã; cristão - cristã); outros fazem em “ona” (valentão - valentona; poltrão - poltrona); outros fazem em “oa” (ermitão - ermitoa). 5. Quando os adjetivos são compostos, só o segundo elemento passa para a forma feminina. Ex.: bandeira luso-espanhola; aliança russo-americana. OBS.: Adjetivo uniforme é aquele que tem apenas uma forma para o masculino e feminino. Ex.: simples, cortês, fácil, forte. Adjetivo biforme é aquele que tem uma forma para o feminino e outra para o masculino. Ex.: puro - pura; bravo brava; sábio - sábia; belo - bela, etc. FLEXÃO DE NÚMERO: dois são os números gramaticais: singular e plural. REGRAS: 1. Os adjetivos terminados em vogal fazem o plural com acrés­ cimo da letra “s”. Ex.: vivo - vivos; inteligente - inteligentes. 2. Os adjetivos que terminarem em vogal ou ditongos nasais (em, im, um) mudam, na escrita, o “m” por “n” e, depois, se acrescenta a letra “s”. Ex.: ruim - ruins; virgem - virgens; bom bons; comum - comuns. 3. Os adjetivos que terminarem em consoante recebem “es”. Ex.: capaz - capazes; feroz - ferozes; amador - amadores. 4. Os adjetivos terminados em “al”, “ol”, “ul” perdem o “I” e re­ cebem “is”. Ex.: mortal - mortais; azul - azuis; renol - renóis. 5. Os adjetivos terminados em “el” fazem o plural em “eis”. Ex.: agradável - agradáveis. 6. Os adjetivos terminados em “il”tônico fazem o plural perdendo o “il” e recebendo o “is”;os que terminarem em “il” átono fazem o plural trocando o “il” por “eis”. Ex.: sutil - sutis; vil vis; dócil - dóceis; fútil - fúteis. 7. Quanto aos adjetivos terminados em “ão” alguns fazem o plural em “ães” (charlatães, alemães); outros fazem em “ões” (poltrões, chorões) 8. Adjetivos Compostos: a) vai para o plural apenas o segundo elemento se se tratar de adjetivo+ adjetivo; palavra invariável + adjetivo. Ex.: luso-bra­ sileiro - luso-brasileiros; sobre-humano - sobre-humanos. Exceções: surdo-mudo - surdos-mudos OBS.: cor + de + substantivo (invariável). 17
  • 20. LÍNGUA PORTUGUESA EDITORA DIDATICON.COM Ex.: cor-de-rosa; cor-de-mel. São invariáveis: azul marinho, azu! celeste, azul turquesa, b) são invariáveis os compostos de nome de cor + substanti­ vo. Ex.: verde-montanha; branco-marfim; verde-mar; vermelho- tijolo; branco-gelo. Tem-se, pois: Um vestido branco-marfim - dois vestidos bran­ co-marfim (da cor do marfim). Uma camisa verde-mar duas camisas verde-mar (da cor do mar). OBS.: • O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número. Ex.: aluno estudioso - aluna estudiosa; alunos estudiosos - alunas estudiosas. • Havendo em uma frase substantivos masculinos e femininos, e adjetivos que se refiram a ambos simultaneamente, esses adjetivos ficarão no gênero masculino. Ex.: Homens e mulheres católicos; lugares e cadeiras bons; nariz e boca monstruosos. FLEXÃO EM GRAU a) Comparativo • Comparativo de Igualdade: Délio é tão estudioso como (ou quanto) José. • Comparativo de Superioridade: Mauro é mais estudioso do que Joel. • Comparativo de Inferioridade: Délson é menos estudioso do que Júlio. b) Superlativo • Superlativo relativo de superioridade: Cícero foi o mais elo­ quente dos oradores romanos. • Superlativo relativo de inferioridade: José é o aluno menos aplicado do colégio. • Superlativo absoluto analítico: Rui Barbosa era extremamente eloquente. • Superlativo absoluto sintético: Rui Barbosa foi eloquentíssi­ mo. OBS.: Deve-se notar o comparativo e o superlativo absoluto sintético dos seguintes adjetivos: bom - melhor - ótimo mau - pior - péssimo grande - maior - máximo pequeno - menor - mínimo - denotam as três pessoas gramaticais: 1apessoa (eu, nós); 2apessoa (tu, vós); 3apessoa (ele, ela, eles, elas). Podem representar, quando na 1apessoa, uma forma nomi­ nal anteriormente expressa: Maria saiu; ela vai trabalhar. - variam de forma segundo a função e a acentuação. Formas dos pronomes pessoais: 1. Quanto à acentuação: TÔNICOS eÁTONOS. 2. Quanto à função: - Retos: funcionam como sujeito: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. - Oblíquos: funcionam como objeto (direto ou indireto). Po­ dem ser: Átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes - Tratamento: usado no trato cortês e cerimonioso com as pessoas. b) Pronomes pessoais de Tratamento: palavras que valem por pronomes pessoais. Designam a pessoa com quem se fala (2apessoa), mas levam sempre o verbo para a 3apessoa: você, vocês, o Senhor, a Senhora, VossaAlteza (V.A.), Vossa Excelência (V. Exa.), Vossa Santidade (V.S.) etc. c) Pronomes Possessivos: substituem ou acompanham os substantivos, denotando os seres como coisas que pertencem ou cabem a uma das pessoas do discurso: meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. Ex.: Teus olhos são negros, negros... d) Pronomes Demonstrativos: são palavras que acompa­ nham ou substituem os nomes, mostrando, indicando a situação, a posição dos seres a que se referem em relação às pessoas: este, aquele, isso, etc. Características: 1a) este. esta e isto indicam o que está perto da pessoa que fala. Ex.: Veja isto na minha mão. 2a) esse, essa e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala. Ex.: Que é isso na sua mão? 3a) aquele, aquela e aquilo indicam o que está afastado tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala. Ex.: De quem é aquele gato lá longe ? ALGUNS SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS acre - acérrimo amigo - amicíssimo fiel - fidelíssimo dócil - docílimo salubre - salubérrimo célebre - celebérrimo nobre - nobilíssimo frio - frigidíssimo antigo - antiqüíssimo cruel - crudelíssimo ou cruelíssimo doce - dulcíssimo negro - nigérrimo mísero - misérrimo fácil - facílimo pulcro - pulcrérrimo NOTA: Há adjetivos que não permitem variações: anual, mensal, eterno, perpétuo etc. PRONOME Pronomes são palavras que representam substantivos, ou os acompanha, determinando-lhe a extensão ou significado. Há seis espécies de pronomes: pessoais, possessivos, de­ monstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. NOTA: P ro n om e ad jetivo - acompanha o substantivo: Aquela menina é aplicada. P ronom e substantivo - substitui o substantivo: Aquilo é louvável. e) Pronomes Relativos: são palavras que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Ex.: Não é isso que eu procurava. que {- o qual, a qual, os quais, as quais); o qual a qual, os quais, as quais; quem, onde (: no qual, na qual, nos quais, nas quais); cujo, cuja, cujos, cujas; quanto, quanta, quantos, quantas (precedidos de tudo, toda, todo, todos, todas). f) Pronomes Indefinidos: substituem ou acompanham os nomes, denotando os seres como terceira pessoa de modo impreciso, indeterminado, indefinido: algum, alguma, alguns, algumas, alguém; nenhum, numa, nenhuns, nenhumas, nin­ guém; outro, outra, outros, outras, outrem; todo, toda, todos, todas, tudo; muito, muita, muitos, muitas; pouco, pouca, poucos, poucas; nada; certo, certa, certos, certas; vários, várias; tanto, tanta, tantos, tantas; quanto, quanta, quantos, quantas; qualquer, quaisquer; cada; algo. g) Pronomes Interrogativos: são os indefinidos que, quem, qual, quais, quanto, quantos, quantas em frases interrogativas diretas ou indiretàs. Quem falou isto? Não sei quem falou isso. Qual dos livros preferes? Não sei qual dos livros preferes. EMPREGO DOS PRONOMES RETOS a) como sujeito: Eu vou contigo. b) como predicativo do sujeito: Vou fingir que eu sou eu. 18 a) Pronomes Pessoais: são os pronomes que: