SlideShare uma empresa Scribd logo
2019
Curso de Licenciatura em
Contabilidade e Auditoria
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
METODOLOGIA DE
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
Instituto Superior Politécnico de Manica
Divisão de Economia, Gestão e Turismo
Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
1ª Edição, Matsinho, 2019
1
SOBRE OS AUTORES
Zefanias Jone Magodo
Graduado em Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia, pelo Instituto Superior Politécnico de Manica,
Matsinho - Moçambique; Mestre em Gestão e Auditorias Ambientais, pela Universidade Europea del
Atlântico, Barcelona - Espanha; Mestre em Ciências Jurídicas Publico Forense, pelo Instituto Superior de
Ciências e Tecnologia Alberto Chipande, Beira - Moçambique; Doutorando em Ciências Politicas e
Relações Internacionais, pela Universidade Católica de Moçambique, Quelimane – Moçambique; e
encontra-se vinculado ao Cybertracker Level II. Actualmente está afecto na Divisão de Economia, Gestão
e Turismo onde trabalha como assistente universitário no Curso de Licenciatura em Ecoturismo e Gestão
de Fauna Bravia no Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM), lecionando os módulos de
Identificação e Inventario de Plantas, Armamento e Tiro, Fiscalização e Estratégias de Defesa Pessoal,
Comércio de Recursos Florestais e Faunísticos e Legislação Aplicada ao Turismo e Conservação.
Contacto para correspondência: zefanias.magodo@gmail.com
Estudantes do 2º Nível do Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISPM – Instituto
Superior Politécnico de Manica. Contacto para correspondência:
contabilidadeauditoriacacd2018@gmail.com
2
NOTA PRÉVIA
O Instituto Superior Politécnico de Manica tem como missão promover o desenvolvimento económico
e social das comunidades locais, da região e do país, através do ensino técnico-profissional, da educação
orientada para a economia, da incubação de empresas, assim como da prestação de serviços
profissionais. Neste diapasão e olhando nos pilares do ISPM que passa necessariamente pelo Ensino,
Pesquisa e Extensão é missão da comunidade académica (docentes e estudantes), garantirem o
melhoramento no acesso e disponibilização de conhecimento na esfera da metodologia e investigação
científica.
O presente manual é fruto de pesquisa realizada pelo docente e estudantes, orientada para o
enriquecimento do quesito Metodologia de Investigação Científica aos estudantes do curso de
contabilidade e não só, como também aos demais que se encontram a desenvolver suas pesquisas e
Trabalhos de Culminação de Curso.
Consta no Manual:
 Iniciação no ensino Superior (contexto do ensino superior/ competências do estudante)
 A ciência científica (diferenças entre senso comum e o conhecimento científico)
 Características do método científico (elementos do método científico)
 Definição de citação e tipos de citação
 Plagio nas citações
 Normas de apresentação gráfica de trabalhos científicos do ISPM usando HARVARD
 Pesquisa científica: conceitos
 Importância das pesquisas científicas e tecnológicas
 Pesquisa quanto a investigação e objectivos
 Pesquisa quanto ao problema
 Procedimentos metodológicos
 Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados: guião de entrevista; questionário;
inquérito; inquérito por questionário; SurveyMonkey
 Amostra: definição de amostra e formulas para calcular a amostra
 Amostragens: conceitos e tipos de amostragens
 Softwares e pacotes estatísticos para processamento de dados
3
 Normas de apresentação das Referências bibliográficas do ISPM usando HARVARD
 1ª Etapa do projecto de pesquisa: delimitação do problema
 1ª Etapa do projecto de pesquisa: definição dos objectivos de pesquisa
 2ª Etapa do projecto de pesquisa: esboço do projecto
 3ª Etapa do projecto de pesquisa: fundamentação teórica
 4ª Etapa do projecto de pesquisa: caracterização dos procedimentos metodológicos
 5ª Etapa do projecto de pesquisa: definição dos resultados esperados
 6ª Etapa do projecto de pesquisa: definição do cronograma das actividades
 7ª Etapa do projecto de pesquisa: definição do orçamento
 Aspectos éticos na investigação científica
 Trabalhos científicos (modalidades do ISPM) definição e abrangência: relatórios de estágio;
monografia; relatório de simulação empresarial
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: pré-textual
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Introdução
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Revisão da Literatura
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Metodologia
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Resultados e Discussão
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Conclusão e Recomendações
 Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Referencias bibliográficas
Importa referir que o manual não é o ponto final e nem retracta todos conteúdos sobre a Metodologia
de Investigação Cientifica e não esgota todas opiniões, recomendando-se o contacto com os autores para
a melhoria da mesma.
Nós acreditamos no seu potencial!
Os autores.
4
SUMÁRIO
SOBRE OS AUTORES................................................................................................................................... i
NOTA PRÉVIA .............................................................................................................................................. ii
1. Contexto do Ensino Superior vs Competências do Estudante e Docente .............................................2
1.1. Diferenças existentes entre o estudante e o aluno........................................................................2
1.2. Competências do estudante..........................................................................................................4
1.3. Ensino na Universidade ......................................................................................................................5
1.3. Os Desafios do Ensino Superior....................................................................................................6
2. Contexto do Ensino Superior.................................................................................................................8
2.1. O ensino Superior em Moçambique ..............................................................................................9
2.2. Competências dos estudantes do Ensino Superior .....................................................................10
3. Ciência científica..................................................................................................................................13
3.1. Conhecimento .............................................................................................................................14
3.2. Evolução da ciência.....................................................................................................................16
4. Pesquisa científica: conceitos..............................................................................................................18
4.1. A importância das pesquisas científicas e tecnológicas ..............................................................19
4.2. Classificação da pesquisa científica..................................................................................................23
4.3. Citação nas pesquisas científicas.....................................................................................................30
4.4. Plagio nas citações...........................................................................................................................35
4.5. Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados...................................................................37
4.6. Amostra e Amostragem ....................................................................................................................49
4.7. Amostragens: conceitos e tipos de amostragens..............................................................................52
5. Normas de apresentação de trabalhos científicos do ISPM ....................................................................56
5.1. Apresentação gráfica de trabalhos científicos do ISPM usando HARVARD.....................................56
5.2. Softwares e pacotes estatísticos para processamento de dados......................................................61
6. Projecto de pesquisa: conceito............................................................................................................69
6.1. Etapa do projecto de pesquisa: delimitação do problema ...........................................................71
6.2. Etapa do projecto de pesquisa: definição dos objectivos de pesquisa ........................................72
5
6.3. Etapa do projecto de pesquisa: esboço do projecto ....................................................................74
6.4. Etapa do projecto de pesquisa: fundamentação teórica ..............................................................76
6.5. Etapa do projecto de pesquisa: caracterização dos procedimentos metodológicos....................78
6.6. Etapa do projecto de pesquisa: definição dos resultados esperados ..........................................81
6.7. Etapa do projecto de pesquisa: definição do cronograma das actividades..................................82
7. Trabalhos/ Relatórios Científicos.........................................................................................................84
7.1. Elementos textuais: Introdução....................................................................................................84
7.2. Revisão da Literatura...................................................................................................................85
7.3. Metodologia.................................................................................................................................88
7.4. Resultados e Discussão ..............................................................................................................96
7.5. Conclusões e recomendações ....................................................................................................98
2
UNIDA
1. Contexto do Ensino Superior vs Competências do Estudante e Docente
Por: Augusto Chico Augusto
augustochicoaugusto20@gmail.com
Para que um aluno se torne estudante, é necessário que este conheça seus ideais e o mais importante,
ele deve conhecer a si mesmo para que consiga definir suas metas e falhas durante o uso de métodos
para o devido aprendizado. Um estudante universitário diferencia se de um estudante não universitário
pelo facto do primeiro ter que se destacar mais nos estudos ou nas pesquisas académicas para obter o
conhecimento aceitável ou credível. Esta busca de conhecimento, exige o esforço e determinação activa,
solitária e competente por parte do estudante.
O propósito deste tema é o estabelecimento claro e preciso da diferença entre o estudante e o aluno e
as suas competências para melhorar a busca de conhecimento por parte do estudante universitário, e o
papel do docente na partilha do conhecimento.
1.1.Diferenças existentes entre o estudante e o aluno
Para uma contextualização adequada a percepção, é necessário que se defina dois termos que são
muito semelhantes e por alguns momentos pode confundir-se um com o outro deixando assim escapar a
percepção devida. Muitas vezes na primeira impressão pode se confundir o termo aluno com o estudante,
hora vejamos a diferença dos dois termos:
No final da unidade, o estudante estará provido de
ferramentas que o auxilie a:
 Saber diferenciar o estudante do aluno;
 Conhecer as competências do estudante
INICIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
3
a)Aluno
Aluno é um conceito que provém de alumnus, um termo latim que, por sua vez, deriva de alere
(“alimentar”)1 . Esta palavra permite referir-se ao aprendiz de uma determinada matéria ou de um
professor. Um aluno, portanto, é uma pessoa que se dedica à aprendizagem. Diz-se que um sujeito é
aluno da pessoa que o tenha educado e criado desde a sua infância. No entanto, também se pode ser
aluno de outra pessoa que seja mais jovem do que o próprio. Posto isto, os termos estudante, aluno,
discípulo e, inclusive, aprendiz são permutáveis.
Consoante o elo com a instituição ou a matéria em estudo, é possível qualificar o aluno de diversas
maneiras. Um “aluno regular”, estável ou oficial é aquele que vai regularmente a um estabelecimento e
cumpre diversos requisitos para aceder a essa condição (grau académico, participação nas aulas). Se o
aluno não frequentar as aulas, mas fizer os exames no mesmo estabelecimento para obter um título, este
denomina-se “aluno livre”.
b)Estudante
Estudante é a palavra que permite fazer referência a quem se dedica à apreensão (assimilação), à posta
em prática e à leitura de conhecimentos sobre determinada ciência, disciplina ou arte. É comum que um
estudante esteja matriculado num programa formal de estudos embora também possa dedicar-se à
procura/pesquisa de conhecimentos de forma autónoma ou informal2.
Existem diversas classificações ou tipos de estudante, que se estabelecem consoante o modelo de
ensino, o tempo consagrado aos estudos, o plano académico em que estiver inscrito, entre outras
características.
A diferença entre um estudante oficial e um que seja livre é que o primeiro recebe o ensino oficial por um
centro educativo (escola, faculdade, etc.) reconhecido pelo Estado e é submetido a exames que validam
os conhecimentos adquiridos. Já, o “estudante livre”, por sua vez, não necessita de respeitar certas
normas para prosseguir com a sua aprendizagem. Há que ter em conta, ainda assim, que existem diversas
variantes nestas classificações, uma vez que um aluno pode não frequentar as aulas com regularidade,
optando antes por um sistema formal de ensino à distância, por exemplo.
1 Https://conceito.de/aluno
2 Https://conceito.de/estudante
4
1.2.Competências do estudante
Em primeiro lugar vamos navegar pelo conceito de competências, que são um conjunto de habilidades e
conhecimentos relacionados que permitem que uma pessoa actue efectivamente em um trabalho ou
situação3.
Uma competência é mais do que apenas conhecimento e habilidades. Envolve a capacidade de atender
demandas complexas, recorrendo e mobilizando recursos, em contexto particular. As competências,
portanto, podem incorporar uma habilidade, mas são mais do que isso apenas.
Um estudante deve ser ter as seguintes competências4:
a) Pensamento Adaptativo: Na era digital, as coisas estão mudando a taxas exponenciais. Quando um
estudante aprende algo, uma versão melhor está surgindo com ideias de outro autor. Os estudantes
precisarão se adaptar continuamente às mudanças de condições, além de poderem aprender coisas
novas com rapidez e eficiência. E preciso que os estudantes sejam capazes de se adequar a estas
mudanças escolhendo as melhores ideias, melhores manuais para obtenção do sucesso.
b) Habilidades de Comunicação: Continua a haver uma ênfase na capacidade de se comunicar. Na era
digital, no entanto, temos acesso a uma ampla variedade de novas formas de comunicação da
videoconferência à média social. Futuros estudantes precisam ser capazes de se comunicar com pessoas
dentro de sua equipe, bem como com pessoas de fora da equipe.
c) Habilidades de Colaboração: A maioria das salas de aula promove uma cultura de (competição e
independência), em vez de trabalhar em equipe e colaborar. Os futuros empregadores precisarão se
adaptar rapidamente a uma cultura de colaboração. Eles precisarão colaborar com outras pessoas dentro
e fora da organização, muitas vezes usando várias novas tecnologias.
d) Pensamento Crítico e Solução de Problemas Habilidades: Há uma ênfase diminuída nos empregadores
seguindo as instruções e uma ênfase crescente nos empregadores que pensam criticamente e resolvem
os problemas. Em um mundo em rápida mutação, os empregadores precisam de funcionários que possam
resolver problemas, fornecer ideias e ajudar a melhorar a organização. Com isto, e necessário que os
estudantes tenham capacidades de criticar e solucionar problemas em suas pesquisas cientificas.
3 Https://www.diferenca.com/habilidade-e-competencia/
4 Https://learning.linkedin.com/blog/education/10-skills-all-students-need-to-be-successful
5
e) Soft Skills: Escolas raramente gastam tempo ensinando habilidades de estudantes, incluindo
habilidades como habilidades de gerir de tempo, habilidades de organização, a capacidade de olhar
alguém nos olhos quando falando com eles, ou usando um aperto de mão firme. São as competências e
habilidades comportamentais de um profissional e estão intimamente relacionadas à personalidade dele,
sendo referentes às características emocionais, mentais e sociais de cada indivíduo. Assim, podemos
dizer que são habilidades que nascem de acordo com a maturidade de cada pessoa, sua cultura,
educação, crenças, entre outros factores.
f) Habilidades de Investigação: A grande maioria das avaliações académicas pede respostas aos alunos.
Raramente avaliamos os alunos sobre o quão bem eles podem fazer perguntas. A habilidade de fazer
grandes perguntas, no entanto, é uma habilidade crítica que é desesperadamente necessária em uma
cultura que requer inovações constantes.
g) Habilidades Tecnológicas: Com a evolução tecnológica, regista-se o uso da tecnologia em todas as
áreas, para facilitar o manuseamento, produção ou mesmo a prestação de serviço. Este uso da tecnologia
para um estudante e essencial para facilitar as pesquisas diminuindo assim o tempo gasto sem o uso da
mesma. Na era digital, a tecnologia está em toda parte. As escolas, no entanto, demoraram a se adaptar a
essa mudança. Raramente os alunos são obrigados ou ensinados a aprender tecnologia de forma
eficiente. Isso precisa ser enfatizado.
h) Criatividade e Inovação: Esta habilidade é mencionada frequentemente. Acredito que isso se
correlaciona com a capacidade de fazer boas perguntas e a capacidade de resolver problemas. Os
empregadores estarão procurando cada vez mais os funcionários por soluções criativas e inovadoras para
os problemas existentes.
i) Auto-conhecimento: o estudante deve ter a habilidade de se fazer um auto avaliação sobre si mesmo.
Numa empresa ou organização por exemplo isso inclui a capacidade dos empregadores de planear,
organizar, criar e executar de forma independente, em vez de esperar que alguém faça isso por eles.
1.3. Ensino na Universidade
O importante para o docente é saber desenvolver em suas aulas, um espaço para que a aprendizagem
dos adultos se processe de forma eficaz, e isso exige desenvolver hábitos de estudo com os estudantes.
6
Planear estudos, definir tempo semanal, diário, ensinar a fazer anotações de aulas; ensinar técnicas de
leitura e de pesquisa; ensinar como ler e interpretar questões, por exemplo.
Lembra-se ainda que a motivação do docente ao ensinar também influencia na aprendizagem.
Ensinar é um desafio, implica acreditar no resultado de esforços, sendo entusiasta e não mero
cumpridor de programas, fazer da sala de aula espaços onde o clima é favorável para a aprendizagem.
Ao fundamentar essas reflexões, evidencia-se que é necessária uma nova concepção de docente,
aquele que tem coragem de assumir uma postura competente, reflexiva e aberta à colaboração.
Torna-se importante, também, abordar o modo como esse docente aprende, pois é muito difícil
considerar que a pessoa que ensina, muitas vezes, é resistente à aprendizagem. Apresentar dificuldades
para aprender, dentre outros motivos, porque é docente e já sabe tudo, tendo, portanto, dificuldade em
aprender com os outros pode, nesse contexto significar um grande problema.
É válido ressaltar que é possível mudar a forma de ensinar se colocar no lugar de mediador da
aprendizagem, nesta sociedade do conhecimento, em que se vive actualmente, o papel docente não é o
de apresentar as informações, simplesmente, mas o de colaborar com o estudante para que eles
interpretem essas informações, relacionando-as, contextualizando-as, incorporando-as aos seus “eu”5.
1.3.Os Desafios do Ensino Superior
A despeito dessa complexa exigência que acerca a instituição de ensino superior e as pessoas em
que nela actuam, constitui-se nesse espaço um sistema de ensino de muitas responsabilidades. Trata-se
de pensar um ensino com significado, o qual precisa dar conta dos avanços da ciência, da tecnologia, da
cultura e também dos problemas da actualidade.
Frequentemente a ciência é definida em função de metodologias. Pensa-se em produzir conhecimento
científico como sendo o mesmo que produzir algo rigoroso, ignora-se a relevância, o significado do
conhecimento produzido. A precisão de uma observação não a torna automaticamente de valor para a
5 Texto retirado em: Https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=2ahUKEwju0PLrn-
LjAhXdQxUIHY6nDtsQFjAAegQIARAC&url=http%3A%2F%2Fwww.aforges.org%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F11%2F1-Adriana-
Padilha-da-Rosa_O-ensino-e-a-aprendizagem.pdf&usg=AOvVaw0ojEN7cqKQcLqCyfUv2_l7
7
ciência. Não há dúvidas quanto ao facto de que a ciência precisa de metodologia, mas o uso rigoroso de
um método pode ter consequências desastrosas. Em cada problema a ser pesquisado, encontram-se uma
série de factores que precisam ser estudados.
O ponto inicial de uma pesquisa na universidade não pode ser a metodologia, mas a relevância do
problema para a vida dos estudantes e ou envolvidos. E, se um único estudante não tiver condições e
tempo para investigá-lo, poderia ser pensado na possibilidade de pesquisas colectivas. Lembra-se que
mesmo em trabalhos colectivos é possível avaliar individualmente o desempenho dos estudantes, bastam
critérios e compromissos com a pesquisa a ser realizada.
Antes de mais nada é preciso saber discriminar os problemas que devem ser investigados. Essa
escolha tem a ver com os valores dos investigadores. A responsabilidade da instituição de ensino superior
na produção desse conhecimento está directamente ligada a qualidade do serviço prestado à sociedade.
A universidade organiza-se com o propósito de levar indivíduos capacitados a actuarem no espaço
social e pressupõe que a sua tarefa de formadora trará mudanças positivas ao meio. Portanto, o maior
desafio é coordenar as expectativas e habilidades dos estudantes com as competências dos docentes e
mecanismos físicos adquiridos para promover a formação desejada.
8
2. Contexto do Ensino Superior
Por: Filipe Joaquim Penete
penetef@gmail.com
O ensino superior, educação superior ou ensino terciário é o nível mais elevado dos sistemas
educativos, referindo-se normalmente a uma educação realizada em Universidades, faculdades, institutos
politécnicos, escolas superiores ou outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas
profissionais.
Desde 1950, o artigo 2º do primeiro protocolo à Convenção Europeia dos Direitos Humanos obriga
todos os signatários a garantir o direito à educação. A nível mundial, o Pacto Internacional dos Direitos
Económicos, Sociais e Culturais de 13º, que estabelece que "a educação superior deverá tornar-se de
acesso igualitário para todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em particular,
pela introdução progressiva da educação gratuita".
O ensino superior constitui o nível educacional que se segue à finalização do ensino secundário em
uma escola secundária ou outro estabelecimento de ensino. O ensino superior compreende normalmente
estudos de graduação e estudos de pós-graduação, bem como estudos e formação de natureza
vocacional. O ensino superior é realizado em estabelecimentos genericamente conhecidos como
"instituições de ensino superior", que podem incluir instituições universitárias-como as universidades, as
faculdades e os colégios universitários e instituições de ensino superior técnico e vocacional-como os
politécnicos, as escolas superiores e os colégios comunitários nos Estados Unidos.
A realização de cada um dos ciclos do ensino superior confere geralmente um certificado, um diploma
profissional ou um grau académico. Como normalmente é expectável que um aluno do ensino superior
tenha um desempenho substancialmente superior ao de um aluno dos outros níveis de ensino, é frequente
uma elevada taxa de abandono do ensino sem a obtenção de um diploma ou grau de final de curso.
9
O ensino superior inclui normalmente estudos, investigação, trabalhos práticos e, ocasionalmente,
actividades sociais realizadas no âmbito da instituição de ensino superior. No âmbito dos estudos, os
mesmos incluem tanto os níveis de graduação como os níveis de pós-graduação. Este último nível
normalmente é realizado apenas por alunos com qualificações muito altas que pretendem aprofundar os
seus estudos e sua proficiência para lá do que seria necessário para o simples exercícios profissionais.
Em muitos países desenvolvidos, uma grande percentagem da população (em alguns casos até
50%), acaba por aceder ao ensino superior em determinada altura da sua vida. A educação superior é,
portanto, bastante importante para o desenvolvimento da economia, tanto como uma actividade
económica em si, como uma fonte de pessoas instruídas e educadas para serem empregues nas
restantes actividades económicas.
2.1.O ensino Superior em Moçambique
O crescimento massivo, tanto de instituições de ensino superior como do universo de estudantes por
elas abrangidos, tem colocado enormes desafios à funcionalidade do subsistema e à própria qualidade do
seu ensino em Moçambique. Tem surgido, nos últimos anos, muitas vozes críticas questionando a
substância, a relevância e a credibilidade do ensino superior moçambicano.
As instituições de ensino superior em Moçambique têm crescido vertiginosamente, com especial
índice ao longo dos últimos 15 anos. Este facto tem como principais factores o princípio de deliberação do
ensino superior e o da sua massificação, para responder aos desafios de desenvolvimento dos pais.
Nem todas as instituições de ensino superior em Moçambique têm recursos humanos em quantidade
e qualidade suficientes, na sua estrutura de gestão (particularmente as instituições privadas). As
instituições publicas têm ainda os seus reitores ou diretores nomeados pelo poder político,
comprometendo a sua democraticidade interna. Denota-se nelas a prevalência de uma gestão de
contingência, em detrimento de uma gestão estratégica, e a monitoria e controlo das actividades
desenvolvidas nessas instituições é ainda débil.
Paralelamente, verifica-se um baixo nível de investimento em serviços de apoio pedagógicos
(bibliotecas, laboratórios e recursos tecnológicos), sociais (residências e refeitórios estudantis), culturais
(anfiteatros) e desportivos. A exiguidade de recursos humanos especializados, a falta de acções de
inspecção e de avaliação das instituições de ensino superior e o fraco cumprimento da legislação que as
10
regula, para além da secação de banalização do ensino superior, têm-se destacado como alguns dos seus
mais sérios constrangimentos.
2.2.Competências dos estudantes do Ensino Superior
O conceito de competências é mais amplo e inclui os conhecimentos a serem adquiridos, mas não
apenas estes. O conceito de competência inclui, também, habilidades e atitudes.
Não basta o profissional ter muito conhecimento. É necessário que ele saiba mobilizar seus
conhecimentos na resolução de problemas, na criação de algo inovador, etc.
Os estudantes do ensino superior enfrentam dois grandes desafios: por um lado, o de resolverem
tarefas próprias da fase de desenvolvimento que estão a vivenciar (como a construção da sua identidade,
integridade, autonomia, auto-conceito, auto-estima, relacionamento interpessoal, gestão emocional); e, por
outro lado, responder às mudanças e exigências contextuais (Stocker e Faria, 2008).
No contexto deste tema far-se-á a referência a três competências tidas como fundamentais, quer no
processo de desenvolvimento humano, quer no processo de adaptação ao ensino superior, são elas: auto-
estima, cooperação e resiliência.
Para Jardim e Pereira (2006) ‟a competência da auto-estima traduz-se em o individuo ser capaz de
conseguir fazer uma avaliação valorativa e afectiva positiva de si próprio”. Ter uma auto-estima elevada
implica olhar para si próprio com optimismo e conferir um significado positivo aos acontecimentos da vida.
De um modo geral, uma auto-estima elevada traduz uma avaliação global favorável acerca do self, ao
passo que uma baixa auto-estima se refere a avaliações desfavoráveis do mesmo.
A auto-estima desempenha um papel determinante no funcionamento saudável da pessoa, sendo que
um bom nível de auto-estima surge associado de forma positiva ao bem-estar psicológico e à integração
social. Trabalhando a auto-estima dos estudantes pode contribuir para o sucesso pessoal, social e
profissional (Castelo-Branco e Pereira, 2001).
Jardim (2007) constatou que os rapazes têm níveis mais elevados de auto-estima comparativamente
com as raparigas. Batista e Pereira (2009) num estudo realizado com estudantes do ensino superior
constataram igualmente que os estudantes do sexo masculino apresentam uma auto-estima mais elevada,
comparativamente com as suas colegas.
11
A auto-estima parece conferir muitos benefícios positivos. A auto-estima elevada tem sido referida
como contribuindo para a resiliência (Dumont e Provost, 1999).
Segundo Jardim e Pereira (2006) ‟a competência da cooperação pode ser definida como a
capacidade de operacionalizar conhecimentos, atitudes e habilidades de modo a agir em conjunto, com
vista à prossecução de um fim comum, maximizando as potencialidades de cada individuo”.
Relativamente à competência da cooperação as raparigas tendem a evidenciar médias mais elevadas
do que os rapazes (Jardim,2007).
A competência da resiliência consiste na capacidade de operacionalizar conhecimentos, atitudes e
habilidades no ensino de prevenir, minimizar ou superar os efeitos nocivos de crises e de adversidades.
Uma pessoa resiliente é aquela que tendo que enfrentar uma situação adversa é capaz de utilizar os seus
recursos intra e interpessoais de maneira a desenvolver as competências de que precisa para ser bem-
sucedida na vida pessoal, social e profissional (Jardim e Pereira, 2006).
Ainda citando os mesmos autores o que desenvolve a resiliência num individuo é a formação de
pessoas socialmente competentes, que tenham consciência da sua identidade e utilidade, que possam
tomar decisões, estabelecer metas e criar um futuro melhor, e que sejam capazes de satisfazer as suas
necessidades básicas de afecto, de relação, de respeito, de poder e de significado.
Relativamente à relação entre as referidas competências e a idade dos estudantes, Jardim (2007)
constatou a existência de diferenças significativas na percepção ou avaliação das capacidades individuais.
Assim o autor constatou que o grupo etário compreendido entre 19 e 20 anos evidenciavam médias mais
baixas comparativamente com o grupo etário dos 17 anos. No entanto, importa salientar que outros
estudos, nomeadamente com alunos do 12º ano do ensino superior e dos cinco anos do ciclo de estudos
do ensino superior, mostram que a idade não interfere no desenvolvimento de competências (Jardim et al.,
2006).
Dada a importância dos recursos pessoais e interpessoais para lidar com os acontecimentos de vida,
importa promover o desenvolvimento da auto-estima, da cooperação e da resiliência contribuindo desta
forma para o sucesso a nível pessoal, social, académico e profissional.
12
Referencias Bibliográficas
 Castelo-Branco, M.C. & Pereira, A.M.S. (2001). A auto-estima, a satisfação com a imagem
corporal e o bem-estar docente. Psicologia, Educação e Cultura, vol.V, n.º 2, 375-346.
 Dumont, M., & Provost, M. A. (1999). Resilience in adolescents: Protective role of social support,
coping strategies, self-esteem, and social activities on experience of stress and depression. Journal of
Youth and Adolescence, 28 (3), 343-363.
 Jardim, J. (2007). Programa de desenvolvimento de competências pessoais e sociais: Estudo para
a promoção do sucesso académico. Dissertação de doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro.
 Jardim, J., Pereira, A., Francisco, C. & Motta, E.D. (2006). Desenvolvimento psicológico do jovem
adulto: Contributo para a avaliação de competências. In Activação do Desenvolvimento Psicológico –
Actas do Simpósio Internacional. Aveiro: Universidade de Aveiro.
 Stocker, J., & Faria, L. (2008). Questionário de Experiências de Transição Académica (QETA):
Validação com estudantes do 1º ano da Universidade do Porto.
 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ensino-superior
 https://www.pambazuka.org/pt/governence/o-ensino-superior-em-mocambique-entre-os-discursos-
politicos-e-realidade
13
3. Ciência científica
Por: Sansão Levi Bila
sansaobila3@gmail.com
Ferrari (1982), afirma que, “[...] A ciência é todo um conjunto de atitudes e actividades racionais,
dirigidas ao sistemático conhecimento com objecto limitado, capaz de ser submetido à verificação.”
Ruiz (1996), diz que, a palavra ciência pode ser assumida em duas acepções: em sentido amplo,
ciência significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo; em
sentido restrito, ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não só
apreende ou registar fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas.
O Fachin (2003), relata que, o ser humano, diante da necessidade de compreender e dominar o
meio, ou o mundo, em benefício próprio e da sociedade da qual faz parte, acumula conhecimentos
racionais sobre seu próprio meio e sobre as acções capazes de transformá-lo. A essa sequência
permanente de acréscimos de conhecimentos racionai e verificáveis da realidade denominamos ciência.
Portanto, diante desses conceitos aqui apresentados acerca da ciência, pode-se notar uma relação
entre elas, isto é, no âmbito de conhecimento, o primeiro diz que a ciência é um conjunto de atitudes e
actividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento limitado, seguindo o raciocínio do Ruiz, a
ciência é um conhecimento, mas não sendo um qualquer conhecimento, e sim um conhecimento que não
só apreende ou registar fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes ou
constitutivas. E o Fachin em outras palavras, afirma que na necessidade do homem querer compreender e
dominar o mundo em benefícios próprios ou alheios para o bem da sociedade, acumula conhecimentos
racionais sobre o mundo ou o meio que o rodeia. Contudo, pode-se dizer que a ciência busca é a busca do
conhecimento racional e sistemático.
14
3.1.Conhecimento
Barros; Lehfeld (2000) dizem que o conhecimento “É um processo de reflexão crítica cujo objectivo é
o desvelamento de um objecto.
O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece, o objecto conhecido e
a imagem do resultado do objecto conhecido. No processo de conhecimento o sujeito ignescente se
apropria, de certo modo, do objecto conhecido (Prof.Alceu Britto citando ChizottI, A.1995).
Níveis de conhecimento
a) Conhecimento empírico, vulgar ou de senso comum.
 Conhecimento do povo.
 Obtido ao acaso, através de erros e acertos.
 Pelo conhecimento empírico a pessoa conhece o fato e sua ordem aparente.
b) Conhecimento científico
 Vai além do empírico, procurando conhecer além do fenómeno, suas causas e leis. Segundo
Aristóteles, só temos o conhecimento sobre um fenómeno quando sabemos qual a causa que o produziu e
o motivo.
 Conhecimento científico (até a Renascença) era caracterizado como: certo, geral, metódico e
sistemático, resultado da demonstração e da experimentação. Só era aceite o que fosse provado. Ciência
era considerada como algo pronto, acabado e definitivo.
 Conhecimento científico recente: ciência não é a posse das verdades imutáveis, e sim a busca
constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de seus resultados.
 A ciência pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos que proporcionem
controlo, sistematização, revisão e segurança maior do que possuem outras formas de saber não-
científicas.
 A ciência é um processo em construção.
c) Conhecimento filosófico
Filosofar é interrogar. Buscar o desvelamento do mistério. A essência da filosofia está na busca do saber,
e não em sua posse. A Filosofia procura reflectir sobre os conhecimentos científicos adquiridos, exemplos:
 A humanidade será dominada pela técnica?
 A máquina substituirá o ser humano
 O progresso técnico é um benefício para a humanidade?
15
d) Conhecimento teológico
Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério:
i. Buscar uma explicação baseada em conhecimento científico ou filosófico;
ii. Aceitar a explicação de alguém que já tenha desvendado o mistério, o que implica em uma atitude de
fé diante do conhecimento revelado.
A fé teológica está sempre ligada a uma pessoa que testemunha Deus diante de outras pessoas.
Conjunto de verdades ao qual as pessoas chegaram, não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante
a aceitação dos dados da revelação divina. Entretanto, o foco é diferenciar os dois níveis de conhecimento
que são, o cientifico e o senso comum, depois de se nortear esses níveis já pode-se fazer essa distinção,
em poucas palavras o conhecimento científico segundo docente Magodo6 é gerado a partir da metodologia
enquanto que o senso comum é o conhecimento gerado a partir das experiencias vividas no quotidiano.
Referências bibliográficas
Barros, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia
científica: um guia para a iniciação científica. 3.Edicao. São Paulo: Makron Books, 2000.
Chizzotti, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5.Edicao. São Paulo: Cortez,1995.
Fachin, Odília. Fundamentos de metodologia. 4.Edicao. São Paulo: Saraiva, 2003.
Ferrari, Alfonso Trujillo. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1982.
Ruiz, João A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3.Edicao. São Paulo: Atlas,1996.
6 Retirado de uma das aulas de Metodologia de Investigação Cientifica no Curso de Contabilidade e Auditoria no ISPM
16
Ciência
Por: David Moisés Abrão Maburiro
davidmoisesmaburiro@gmail.com
3.2.Evolução da ciência
Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas de matemática,
geometria e na medicina, mas os gregos por profundas preocupação adoptaram um termo que e a filosofia
(filo = amigo + sofia [sóphos] = saber - e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o
para que de tudo o que se pudesse pensar.
Na idade media, os documentos para consulta estavam presos nos mosteiros das ordens religiosas, da
igreja católica. E quando surgiu o termo utopia que significava, em nenhum lugar e neste período que o
Thomas Campanela escreveu a obra cidade do sol.
Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que propôs "a luz da razão sobre as trevas dos dogmas
religiosos". O pensador René Descartes mostrou ser a razão a essência dos seres humanos, surgindo a
frase "penso, logo existo".
Apos o renascimento, <<Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se produzir o
conhecimento, Este método entendia o conhecimento como resultado de experimentações contínuas e do
aprofundamento do conhecimento empírico>> LAKATOS E MARCONI (2003).
Por outro lado, através de seu Discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método dedutivo
como aquele que possibilitaria a aquisição do conhecimento através da elaboração lógica de hipóteses e a
busca de sua confirmação ou negação.
Can we answer the induction principle? (ALAN F. CHALMERS, 1993, pp 37)
Charles Darwin revolucionou a Antropologia, ferindo os dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria
da Hereditariedade das Espécies ou Teoria da Evolução (JOSÉ LUIZ DE PAIVA BELLO 2009)
Por tantos conflitos, surge a teoria anarquista de Feyerabend ' Against Method' esta teoria coincide com a
ideia de Lakatos que diz ''a ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas
e universais é simultaneamente não-realista e Além disso, a ideia é prejudicial à ciência, pois negligencia
17
as complexas condições físicas e históricas que influenciam a mudança científica. Ela torna a ciência
menos adaptável e mais dogmática...''FAYERABEND, S.D
Conhecimento
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenómeno qualquer. O
conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana,
através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. JOSÉ
BELLO, 2009
Conhecimento empírico
Conhecimento empírico é o conhecimento obtido ao acaso, apos inúmeros tentativas, ou seja, o
conhecimento adquirido através de acções não planejadas.
Conhecimento Científico
Conhecimento científico é o conhecimento racional, sistemático, exacto e verificável da realidade. sua
origem esta nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos concluir que
o conhecimento científico: é racional e objectivo, atem-se aos factos, transcende aos factos, é analítico,
requer exactidão, é claro e comunicável, é verificável, busca e aplica leis, é explicativo, é aberto.
18
IDADE II: Introdução à gestão da Cadeia de Suprimentos
4. Pesquisa científica: conceitos
Por: Dina Joalinho Sábado Quero Juliasse
E-mail: dinajuliasse99@gmail.com
Pesquisa científica – é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de investigação
utilizados por um pesquisador par desenvolvimento de um estudo.
Ela se caracteriza por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as regras formais
dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as hipóteses que dão suporte para
a análise feita pelo pesquisador (cientista).
Através deste conjunto de procedimentos, a pesquisa científica tem como objectivo encontrar
respostas para determinadas questões proposta para o desenvolvimento de um experimento ou estudo, de
maneira a produzir novos conhecimentos que visem o benefício da ciência.
Este tipo de pesquisa se dedica em realizar estudos com uma abordagem inovadora, onde o
pesquisador avalie se a temática apresentada é de interesse para a comunidade científica e se os
resultados de estudo serão relevantes para o interesse social.
No final da unidade, estará dotado de ferramentas que o auxilie a:
 Conceituar a pesquisa científica, sua importância e
classificação;
 Conhecer as técnicas de recolha de dados e as formas de
apresentação das referências bibliográficas.
 Conhecer e descrever as normas de citação em trabalhos
científicos do ISPM
PESQUISA CIENTIFICA
19
A pesquisa científica também pode fazer uma abordagem de algum estudo já existente, como forma
de refutar os resultados produzidos nesta pesquisa.
Neste sentido, a pesquisa científica se torna um elo entre o pesquisador e a comunidade científica, o
que torna a publicação e divulgação destes estudos de extrema importância para produção de
conhecimento científico.
Para a realização de uma pesquisa científica, é necessário que se apresente resultados mensuráveis,
outra coisa necessária para uma pesquisa científica se qualificar como científica é apresentar resultados
que serão possíveis de reproduzir. Isso porque não basta que um pesquisador original observe um
fenómeno para que ele fique comprovado: é preciso que a observação passe pela comprovação de um
teste. Se é preciso realizar um teste, é preciso, portanto que algumas coisas sejam analisadas.
 A primeira é a importância de que o método seja reprodutível;
 A segunda é que todo o método e os resultados sejam ostensivamente registados, de forma a
tornar uma reprodução da pesquisa mais fácil e a conclusão confirmada.
Referencias
Marconi, M.A. fundamentos de metodologia científica. 5ed. São Paulo: atlas 2003.
Severino, R. J et al… pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, 1999.
4.1.A importância das pesquisas científicas e tecnológicas
Por: Valdício Joaquim Paulino
E-mail: valdiciopaulino@icloud.com
20
Pesquisa – É um processo sistemático de fazer/elaborar questões e de buscar respostas para estas
perguntas.
• Estratégia múltipla, sistemática de gerar conhecimento sobre o comportamento humano, a
experiência humana, e o ambiente humano no qual o processo de acção e pensamento do
pesquisador são claramente especificados de forma lógica, compreensível, reprodutível e
utilizável. ( Depoy & Gitlin, 1994)
• Processo realizado de forma organizada e sistemática para a produção de conhecimento
• Procedimento racional e sistemático, com objectivo de obter respostas a problemas propostos.
Pesquisas Cientificas – Aplicação de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados por
um pesquisador para desenvolvimento de um estudo.
Pesquisas Tecnológicas – Desenvolvimento de procedimentos técnicos, eficazes quanto possível para
permitir a produção de bens ou serviços.
Importância das pesquisas científicas e tecnológicas
As pesquisas científicas e tecnológicas são extremamente importantes na vida dos seres humanos e da
sociedade, pois é a partir delas que serão possíveis o adquirimento do conhecimento
científico, responsáveis pelas transformações sociais e tecnológicas, sendo assim, diversos benefícios
sociais irão surgir, contribuindo na melhoria de vida da população.
Antigamente, as pesquisas científicas e tecnológicas não eram valorizadas como são nos dias de hoje,
pesquisas podem ser consideradas uma mobilização social, ou seja, existem grandes movimentos e
acções quando algo é descoberto ou utilizado para ajudar, evitar algum acontecimento.
Como podemos observar em diversos lugares, o estudo e a procura de informações e novidades estão
presentes em nossas vidas. O conhecimento e a pesquisa científica e tecnológicas andam juntos e fazem
uma dupla de extrema importância para o ser humano tanto na saúde quanto financeiramente e de muitas
outras formas, sem contar que ela sobrevive décadas e cada vez mais sua presença é essencial para
nossas vidas.
- Elas visam à melhoria e à evolução material da sociedade, permitem que sejam criadas novas políticas
públicas direccionadas ao bem-estar social
21
- Servem de meio de divulgação de conhecimentos científicos
- Ajudam na melhoria e descobrimento de novos conhecimentos para a sociedade e para a vida intelectual
do pesquisador.
- Fortes influenciadores na obtenção dos três pilares que pesquisador necessita em sua vida académica
(ensino, pesquisa e extensão) através da leitura e elaboração de textos durante o procedimento de
pesquisa.
- Convertem a forma de pensar e de enxergar, acerca dos acontecimentos passados, presentes e ate
dando lhe uma perspectiva do futuro melhor.
- Dar mais ênfase sobre aquilo que foram os resultados obtidos ou a serem obtidos futuramente.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DEPOY, Elizabeth & GITLIN, Laura N: Introduction to Research: Understanding and applying multiple
strategies. UK: 1994.
Por: Zefanias Jone Magodo
Email: Zefanias.magodo@gmail.com
Texto de: Lucas Margotti
Lucas Margotti, graduando em Administração pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Criador do
site Tutor Executivo (www.tutorexecutivo.com).
22
A dinâmica do conhecimento no mundo depende de pesquisas e técnicas que vêm sendo estudadas
para o desenvolvimento físico e intelectual da sociedade. A partir de novas pesquisas e novas técnicas,
cientistas descobrem novos métodos de aprimoramentos essenciais para o desenvolvimento da vida e da
sociedade. A capacidade de o indivíduo descobrir como manipular os distúrbios causados pela saúde,
pelos factores ambientais, pela formação psicológica do indivíduo e principalmente factores sociais,
económicos e tecnológicos que podem dificultar o convívio em paz na humanidade, está ligada à ética que
lhe foi dada durante sua formação social e profissional.
De tal forma, é perceptível quanto deve ser valorizado e aprimorado cada vez mais o trabalho
científico no Brasil e no Mundo. O conhecimento de novas técnicas e de novos horizontes consegue
dinamizar o mundo a reagir com novos paradigmas sociais. Quando mais técnicas são descobertas, mais
capacidade o indivíduo tem acesso para desenvolver novos saberes. Essa cadeia do conhecimento
contribui de forma significativa para o desenvolvimento da percepção do homem e para o progresso.
É possível imaginar o quando o conhecimento progrediu, e de forma exponencial, até os dias de hoje.
É possível imaginar que na Era antes de Cristo, o mundo já passava por enormes mudanças sociais e
económicas. Levando em conta que os primeiros indícios de vida humana na terra surgiram há 200.000
anos atrás, é possível entender que nos últimos 2 a 3 mil anos que o indivíduo passou a desenvolver um
pensamento mais crítico e intelectual. Uma análise ousada que podemos destacar, seria a diferença social
e paradoxa do mundo actual com a sociedade 200 anos atrás, ou até mesmo perceber as estruturas
sociais e científicas do Brasil nos últimos 100 anos.
Como um principal sujeito dessas mudanças sociais e tecnológicas no mundo, o trabalho científico
desde sempre visualizou o conhecimento e o aprimoramento de novas técnicas para o desenvolvimento
tecnológico e social. Como exemplo, teorias elaboradas no passado, como as Teorias Gerais da
Administração, conseguiram um impacto marcante na formação da sociedade empresarial. Desde a
Administração Científica de Taylor ou a Administração Clássica de Fayol, teorias e novos paradigmas
foram criados para contrapor aos problemas organizacionais estabelecidos por essas novas escolas
organizacionais, que a partir de novos momentos não são mais aplicáveis aos novos problemas sociais.
Por isso é de extrema importância o trabalho científico, sejam nas áreas tecnológicas, sociais
aplicadas, biológicas, da saúde, da linguística, das exactas, etc. O importante é que o mundo valorize esse
23
tipo de trabalho e perceba como o trabalho científico contribui para a formação do indivíduo e da
sociedade em geral.
4.2. Classificação da pesquisa científica
Pesquisa científica quanto ao problema
Por: Memor António Augusto
Email: memoreantonioaugusto@gmail.com
A definição de pesquisa científica como etapa do planejamento científico, é a fase que mais costuma
tirar a noite de sono dos pesquisadores, sobretudo dos iniciantes. Mas, o que é pesquisa? É investigar
24
algo, é procurar respostas que ainda não existem para uma determinada pergunta. A definição do
problema é a pergunta que a pesquisa pretende responder.
Todo problema está dentro de um tema. Um problema é de natureza científica quando envolve
variáveis que podem ser testadas, observadas, manipuladas. ou ainda O problema de pesquisa é uma
pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa.
Geralmente, a elaboração clara do problema é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal (Cervo &
Bervian, 2002).
Para entender um problema de pesquisa temos que entender o que não é um Problema não é um
problema de pesquisa algo que se pode resolver pela intuição, pela tradição, pelo senso comum ou pela
simples especulação.
Problema científico
 Precisa ser testável cientificamente
 Precisa envolver variáveis que podem ser observadas ou manipuladas.
 “Na acepção científica é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer
domínio do conhecimento” (Gil, 1999 p 49).
 Segundo Vergara (2000) problemas de pesquisa apresentam relações entre variáveis: exemplo: Um
policial perguntaria: “Quem saqueou o supermercado? ”;
 Um pesquisador, provavelmente perguntaria: “Até que ponto o saque de supermercados pode estar
associado aos níveis de desemprego? ”
A pesquisa científica quanto à abordagem do problema, ela pode ser:
Quantitativa: método que recorre a diferentes técnicas estatísticas para quantificar opiniões e
informações, ou seja, segundo Richardson (1999, pag70), método quantitativo, como o próprio nome
indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de colectas de informações
quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”.
Estudos dessa natureza podem aplicar técnicas como medias, desvio-padrão, moda, correlação, etc.
(Richardson,1999).
Neste sentido destacam se que a pesquisa quantitativa:
25
 Utilização de medidas
 Busca resultados quantificáveis
 Não se preocupa com a qualificação de dados
 Uso de estatística básica ou avançada
Exemplo: processo de contagem de votos.
Qualitativa: é um método descritivo que explora os detalhes da pesquisa e a vivência do próprio
entrevistado ou pesquisador.
Normalmente são implementadas técnicas de colecta, codificação e análise de dados, que tem como
meta geral resultados a partir dos significados dos fenómenos estudados, sem a manifestação de
preocupações com a frequência com que os fenómenos se repetem no contesto de estudo
Os actores sócios envolvidos na pesquisa são levado a reflectir sobre suas acções e as
consequências dessas acções para a realidade na qual estão inserido. “a abordagem qualitativa de um
problema além de ser uma opção do investigador, justifica-se sobre tudo, por ser uma forma adequada
para intender a natureza de um fenómeno social”(Richardson,1999,p.79).
Nesse sentido, destaca-se que a pesquisa qualitativa envolve:
➢ Qualificação dos dados
➢ Avaliação da qualidade das informações
➢ Percepção dos actores sociais
➢ Não se preocupa com medidas.
Exemplo: comportamento do consumidor
A pesquisa qualitativa diferencia da quantitativa da seguinte forma: os procedimentos
qualitativos apresentam um grande contraste com os métodos de pesquisa quantitativa. A investigação
qualitativa emprega diferentes alegações de conhecimento, estratégias de investigação e métodos de
colecta e análise de dados. Embora os processos sejam similares, os procedimentos qualitativos se
baseiam em dados de texto e imagem, têm passos únicos na análise de dados e usam estratégias
diversas de investigação.
A pesquisa qualitativa analisa os “micro-processos”, estudando as acções sociais em que o
investigador possa participar ou não da comunidade pesquisada, “[...] realizando um exame intensivo dos
dados” (Martins, 2004, p. 289).
26
Referências
CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002
GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de Monografias 2 . ed. São Paulo: Atlas. 1994.
107 p
MARTINS, Heloísa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e pesquisa, São
Paulo: USP, v. 30, n. 2, p. 289-300, maio/ago. 2004.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 1999
Pesquisa científica quanto aos procedimentos metodológicos
Por: Carlos Eugénio Marcelino Semba
E-mail: Carlossemba@gmail.com
Procedimentos
27
É a acção de proceder ou o método de executar algumas coisas. Trata-se do conjunto sequencial de
acções, que permitem realizar um trabalho de forma correcta e atingir uma meta.
Método - É a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenómeno.
Método e métodos situam-se em níveis claramente distintos, no que se refere à sua inspiração filosófica,
ao seu grau de abstracção, à sua finalidade mais ou menos explicativa, à sua acção nas etapas mais ou
menos concretas da investigação e ao momento em que se situam.
Metodologia
É um conjunto de métodos pelos quais se rege uma investigação científica, por exemplo para esclarecer
ou explicar melhor um conceito, o método e o procedimento indicado que determina a realização de
determinados objectivos.
Então a metodologia faz previamente o estudo dos métodos para determinar qual e o mais adequado para
explicar ou sistematizar em uma investigação ou trabalho.
O que são procedimentos metodológicos? São caminhos previstos pelo método científico:
• Colecta de dados (observação)
• Problema
• Objectivos específicos
• Interpretação de dados
• Teorias/resultados de pesquisa existentes
• Conclusões
Os procedimentos metodológicos constituem a fase final de apresentação de um projecto de
pesquisa. Após ter esclarecido as facetas do problema, sua fundamentação teórica (em que argumentos
irá se sustentar/visões que irá refutar) e revisão bibliográfica (o que outros autores já escreveram sobre o
assunto), é hora de demonstrar como o problema será abordado empiricamente. Para tanto, é preciso
apresentar como isso será feito na seção dos procedimentos metodológicos.
Para construir a apresentação dos seus procedimentos, pense sobre os seguintes elementos e
tente responder às perguntas seguintes:
28
1. Métodos de investigação: como será estruturado o trabalho? Qual o foco empírico? Ex.: estudo de caso,
SurveyMonkey, pesquisa acção etc.
2. Fontes e acesso aos dados: quem se irá entrevistar/questionar? De que forma? Com qual instrumento?
Se os dados são secundários, de onde vêm? Se as fontes forem pessoas, como serão contactadas e
abordadas?
3. Características da amostra: como será feito o delineamento da amostra? Ex.: aleatória, estratificada, por
cotas etc. Qual é o público-alvo? [Veja: Exemplos de modelos de amostragem]
4. Colecta/produção de dados: a partir de que técnica se obterão os dados? Ex.: observação, entrevista,
questionário, história de vida, pesquisa documental etc. Como será sistematizado o trabalho de campo?
No trabalho de campo, as falas serão anotadas/gravadas, filmadas? Como os dados serão organizados?
Será utilizado algum software de apoio?
5. Análise dos dados: como os dados serão analisados? Que técnica/perspectiva será utilizada para
análise? Por quê? Será utilizado algum software específico para este trabalho? Ex.: NVivo, Atlas.ti,
MaxQDA, MSExcel, SPSS etc).
6. Instrumentos de coleta de dados: o que será utilizado para produzir os dados? A entrevista ou o
questionário será mais ou menos estruturado? Como o instrumento será distribuído e aplicado?
Descrever claramente como a pesquisa empírica será realizada o auxilia a obter um melhor
"controlo" sobre o trabalho e demonstra conhecimento sobre o processo de pesquisa, além de reconhecer
a responsabilidade do pesquisador para com os dados e sua manipulação.
Com uma contribuição às tentativas de fazer distinção entre os termos, diríamos que o método se
caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstracção mais elevado, dos fenómenos da
natureza e da sociedade. Assim teríamos, em primeiro lugar, o método de abordagem, assim
descriminado:
a) Método indutivo - cuja aproximação do fenómeno caminha geralmente para planos cada vez mais
abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente);
29
b) Método dedutivo - que, partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a ocorrência dos
fenómenos particulares (conexão descendente);
c) Método hipotético-dedutivo - que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da
qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de
fenómenos abrangidos pela hipótese;
d) Método dialéctico - que penetra o mundo dos fenómenos através de sua acção recíproca, da
contradição inerente ao fenómeno e da mudança dialéctica que ocorre na natureza e na sociedade.
Por sua vez, os métodos de procedimento seriam etapas mais concretas da investigação, com
finalidade mais restrita em termos de explicação geral do fenómeno e menos abstractas. Dir-se-ia até
serem técnicas que, pelo uso mais abrangente, se erigiram em métodos. Pressupõem uma atitude
concreta em relação ao fenómeno e estão limitados a um domínio particular. São os que veremos a seguir,
na área restrita das ciências sociais, em que geralmente são utilizados vários, concomitantemente.
• Método Histórico
• Método Comparativo
• Método Estatístico
• Método Funcionalista
• Método Tipológico
• Método Estruturalista
Referências bibliográficas
BOAVENTURA, Jorge. O ocidente traúJo. São Paulo: Impres!Lithographica Ypiranga, 1979. Capítulo 7.
BUNGE, Mário. Epistemologia: curso de atualização. São Paulo: T. A. Queiroz! EDUSP, 1980. Capítulo 2.
CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos estudantes
universitários. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. Parte I, Capítulo 2, itens 2.4 e 2.5.
30
COHEN, Morris, NAGEL, Ernest. Introducción a la lógica y al método cient(fico. 2. ed. Buenos Aires:
AmoITortu, 1971. v. 2, Capítulo 14.
COPI, Irving M. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1974. Parte III, Capítulo 13, Item V. 112
DEMO, Pedro. Metodologia cientlfica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1981. Parte II, Capítulo 8.
IUDÍCIBUS (2000), a Contabilidade, na abordagem sociológica, é do tipo "bem-estar social" (welfare).
OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de, PERIM, Gianna Lepre. (org.) Fundamentos pedagógicos do
Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. Maringá: Eduem, 2009.
4.3. Citação nas pesquisas científicas
Definição de citação e tipos de citação
Por: Dário Joalinho Sábado Quero Juliasse
E-mail: Wdialrsion@gmail.com
Porque fazer uma citação?
É de esclarecer, de maneira sucinta, o que é uma “citação”. Para tanto, nada melhor do que
recorrer à definição da ABNT. Ela orienta que citação é: “Menção de uma informação extraída de outra
fonte” (ABNT, 2002, p. 1). Desse modo, pode-se entender que “citar” é “introduzir” a “fala” (texto) ou parte
dela (fragmento textual) de outro autor em textos de nossa autoria.
Daí, surge a perguntar: por que fazer citação? Não pode-se afirmar algo por conta própria? em
comunicação diária, nas actividades quotidianas não formais. SIM! Pode-se falar o que quiser e como
quiser, mas no meio académico. NÃO! Recorrendo aos autores Aleixo e Daverni para esclarecer ainda
mais a questão:
Para que um trabalho académico (ou seja, os trabalhos que se faz no curso de Graduação, que
vão desde as actividades até o Trabalho de Conclusão de Curso) possa ser considerado relevante, é
31
preciso que ele esteja fundamentado em estudos na área do assunto abordado. [...] Dessa forma, para
demonstrar que trabalho reconhece as pesquisas relevantes na área e não partiu de uma ideia vaga e sem
fundamentação, mas que está baseado teoricamente em estudos anteriores à sua produção, as
referências bibliográficas são fundamentais: elas mostram que foi pesquisado antes deve-se afirmar
qualquer coisa! (Aleixo; Daverni, 2012).
Pode-se entender que não é correcto afirmar algo no meio académico que não esteja
fundamentado em um referencial já validado pela comunidade acadêmico-científica.
NORMAS DE CITAÇÕES
A elaboração de uma bibliografia, é normalmente fonte de dúvidas na execução de trabalhos
académicos uma vez que existem várias formas de realizá-las (Normas). Para evitar ambiguidades, e
meramente como instrumento de referência rápida, o Instituto Superior Politécnico Manica de apresenta a
proposta do sistema de Harvard reconhecido internacionalmente.
O sistema de referência de Harvard é o método mais directo de reconhecer o trabalho de um
autor, pois, à partida, só é necessário mencionar o autor e data de publicação no texto que está a ser
elaborado. O leitor pode facilmente localizar a descrição completa da obra em causa ao recorrer à
bibliografia apresentada no final do documento. O sistema tem a vantagem de mostrar de imediato o autor
citado, reconhecer facilmente, e saber quão recente é a informação.
CONCEITO
Citação: forma breve de referência colocada entre parênteses no interior do texto ou em nota em pé de
página, e que permite identificar a publicação onde foi obtida a informação e indicar a localização exacta
da fonte.
Conforme Amaral (1999). “As citações são textos transcritos ou informações retiradas das publicações
para a realização do trabalho”.
“Menção de uma informação extraída de outra fonte”, (ABNT, 2002).
IMPORTÂNCIA
As citações são utilizadas para:
Dar credibilidade/fundamentação ao trabalho científico;
32
Fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área de pesquisa;
Fornecer exemplos de ponto de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto objecto de sua
pesquisa
Informar ao leitor sobre as fontes pesquisadas, que serviram de referência e suporte ao trabalho
de investigação e que deu origem ao trabalho escrito.
TIPO DE CITAÇÃO
As citações podem ser:
- Citação directa/textual
É a transcrição ou cópia de um parágrafo, uma frase ou expressão, usando exactamente as mesmas
palavras usadas pelo autor do trabalho consultado. É reproduzida entre aspas e destacada
tipograficamente, exactamente como consta do original, acompanhada de indicação sobre a fonte
consultada. (Ispm.Pp.14)
Exemplo 1:
Como afirma Leme (2001, p. 524) "A transferência envolve generalização de estímulos, que passam a
controlar o comportamento em uma situação diferente daquela em que foi adquirido”.
A citação no final de parágrafo
“Emoções são parte da condição humana e, portanto, inerentes a qualquer ambiente empresarial, e elas
têm impacto na função e no desempenho” ( Frost ,2003, p. 22).
As citações com mais de três linhas
São destacadas do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, com fonte menor que a do texto, sem
aspas e digitadas em espaço simples.
Ao assim fazê-lo nos atemos ao movimento nos bastidores da sua inserção e sedimentação no
campo educacional, intenso e conflituoso, explorando as contradições de uma área que assiste seu
espaço reduzir-se ao tempo em que mais apresenta possibilidades e motivos - que não aqueles
sintonizados com a lógica oficial - de se fazer presente. (Castellani , 1999, p. 24).
33
Nas citações directas podem ser indicadas supressões, interpolações, ênfase ou destaques, do seguinte
modo: • Supressões: [...]. Elas podem surgir no início, meio ou fim da citação.
Exemplo .
"Alguns critérios são estabelecidos [...] esclarecendo que a avaliação deverá ser contínua e cumulativa do
desempenho do aluno [...]". (Silva, 2002, p. 65).
- Citação indirecta/livre
É a reprodução das ideias de um autor, usando as próprias palavras, ou seja, sem transcrever as palavras
do autor, alterar a linguagem do texto ( altera o plano de expressão, isto é, como se diz, mas não altera o
sentido do conteúdo o que se diz.
As indicações de autoria incluída no texto devem ser feitas em letras maiúsculas e minúsculas, indicando-
se a data e páginas (caso seja uma citação directa) entre parênteses.
Exemplo
Webster e Mitchell (1998) sugeriram que...
De acordo com Marques (2004) a relação interpessoal nos grupos de trabalho das organizações nem
sempre são tranquilas. Muitas vezes existem turbulências que afectam o desempenho da produtividade.
Uma das principais dificuldades que permeiam as organizações da aprendizagem situa-se no aprender a
aprender. Quando as organizações aprendem, elas desenvolvem uma postura mais flexível, onde o erro é
visto como uma experiência positiva na construção de um novo conhecimento (Bitencourt, 2004).
Um autor: Segundo Moraes (2010)
Dois autores: Segundo Moraes e Souza (2011)
Três autores: Dudziak, Gabriel e Vilella (2009)
Mais de três autores: Belklin et al. (2009, p. 76)
- Citação de citação
É uma citação directa ou indirecta de um documento, livro em que não se teve acesso ao original, ou seja,
cita-se um autor que foi citado por outro autor, do qual teve acesso ao documento original. (Ispm.Pp.14).
34
“A ciência é baseada no que podemos ver, ouvir, tocar, etc. Opiniões ou preferências pessoais e
suposições especulativas não têm lugar na ciência” (Chalmers, 1993, citado por Gil, 2001, p. 168).
Outras Regras de Citação
Citação de diversos autores com o mesmo apelido deve incluir as iniciais do primeiro autor em todas as
citações do texto, mesmo que o ano de publicação seja diferente, (Ispm.Pp.14).
Exemplo:
Sanches, C. S. (2000).
Sanches, E. A. (2005).
Sanches, A. B. (2000)
Por outro lado, diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, devem ser
identificados após o ano pelos sufixos a, b e c, sem espaçamento. Na lista de referências são ordenados
alfabeticamente pelo título.
Exemplo:
Pérez-Nebra e Torres (2002a).
Pérez-Nebra e Torres (2002b).
(Pérez-Nebra e Torres, 2002a, 2002b).
Pettigrew (1992a, 1992b).
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
- Bibliografia consultada Amaral, W. (1999). Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de
graduação. 2ª Edição. Livraria Universitária – Universidade Eduardo Mondlane, Maputo.
- ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. -10520: informação e documentação – citações em
documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
35
Disponível:<http://www.gerenciamento.ufba.br/disciplinas/metodologia/nbr10520.pdf>. Acesso em: 4
Agosto. 2019.
- Claretiano, centro universitário ( 2016), Coordenadora geral de Pesquisa e Iniciação Cientifica: Manual
básico para citação. Batatais
ISPM, P 13-14.2016, Manual para apresentação de trabalhos académicos. [Livro Electrónico] [Consult. 06
de Agosto de 2019].
4.4. Plagio nas citações
Por: Edson Luís Valentim
Email: edsonvalentim2151@gmail.com
Contacto: +258 822151869
DEFINIÇÃO
Plágio é apresentar como suas palavras, ideias, dados, obras de arte ou designs de outra pessoa
– a não ser que sejam consideradas conhecimento geral – sem indicar o verdadeiro autor. (Coughlin 2013,
pag.18)
SIGNIFICADO DE PLÁGIO ACADÊMICO
A definição mais utilizada para plágio académico é que este se configura quando um aluno
retira, seja de livros ou da Internet, ideias, conceitos оu frases dе outro autor (que as formulou е
as publicou), sem lhe dаr о devido crédito, sеm citá-lo como fonte de pesquisa.
36
Trata-se de υmа violação dоs direitos autorais dе outrem. Isso tеm implicações cíveis е penais. Е о
“desconhecimento dа lei” nãо serve dе desculpa, pois а lеі é pública е explícita.
Em obras escritas, isto faz-se de três formas:
(i) Cópias literais (palavra a palavra) sem aspas e/ou referências;
(ii) Paráfrases sem referências; e
(iii) “Uso das ideias, dados ou provas originais de outro autor (embora não as suas palavras), sem
referência à fonte” (Coughlin 2013,pag,18). Destes tipos de base derivam muitos outros subtipos e
combinações, muitas vezes sobrepostos.1 Por exemplo, há plágio de mosaico quando no trabalho se
usam “fragmentos de uma fonte (ou de várias fontes), alterando algumas palavras aqui e ali, sem qualquer
paráfrase adequada ou citação directa” (Programa de Escrita do Harvard College 2013).
Deixando de lado as questões dos direitos de autor, a reutilização do seu próprio trabalho,
especialmente se se cita a fonte e se o público-alvo é muito diferente do público-alvo do trabalho original, é
geralmente considerada republicação aceitável. No entanto, se o público-alvo é essencialmente o mesmo
(por exemplo, através de outra revista científica da mesma disciplina) ou se não é referida a fonte, a
reutilização passa a ter um nome menos respeitável, autoplágio,2 especialmente quando se trata da
reciclagem de grandes excertos
TIPOS DE PLÁGIO ACADÊMICO
Para Garschagen (apud SILVA, O., 2008), os três tipos principais são:
a) o integral ou directo, que consiste na cópia palavra por palavra, sem citar fonte do texto;
b) o parcial, quando o trabalho académico é um mosaico formado por cópias de parágrafos e frases de
autores diversos, sem mencionar suas obras; e
c) o conceitual, ou indirecto, quando há utilização da ideia do autor escrevendo de outra forma, porém,
novamente sem citar a fonte original.
MOTIVOS E INFLUÊNCIAS DO MEIO
Alguns alunos plagiam por ignorância da ética profissional e técnicas adequadas de citação;
outros, para compensar a falta de boas capacidades de pesquisa e de redacção; e outros ainda, devido à
pressão de prazos apertados.
37
Embora aprender a redigir bem e a referir as fontes deva começar no ensino básico ou médio,
muitos estudantes universitários não o sabem fazer.40 “Capacidades de estudo ineficazes [estão também]
relacionadas com desempenho abaixo do nível académico, falta de integração académica e tendência
para plagiar” (Bennett 2005:154). Apontamentos mal copiados podem também causar plágio involuntário
(Pecorari 2013:1 Ch, KL642.). Além disso, mesmo os estudantes com estas competências podem ceder à
tentação de boas notas com pouco esforço, especialmente se a detecção for rara e o castigo fraco ou
inexistente.
Quem Perde? Quem Ganha?
Quando os estudantes plagiam, as suas instituições de ensino e os seus professores têm maus
resultados e, se a fraude assumir grandes proporções, põem em risco a sua reputação. (Weber-Wulff
2014, pag.22).
4.5. Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados
Guião de entrevista
Por: Rosa Da Ómega Jaime Selemane
Para apoiar a realização da entrevista, deverá ser elaborado um guião que contenha:
➢ Uma introdução onde se explica o que se pretende com a entrevista;
➢ 2 Ou 3 perguntas para colocar;
➢ Outras maneiras de voltar a colocar algum dos assuntos, caso se mostre necessário.
Nota:
Há que ter cuidado para que a introdução seja sintética e não direccione as respostas dos entrevistados.
Registo da informação
Certificar-se que se dispõe de um gravador para registo da entrevista.
Antes da entrevista convém ver se tudo está a funcionar bem: fita, pilhas, captação do som.
Local da entrevista
É essencial que haja cuidado na escolha do local onde realizar a entrevista. Há que assegurar:
➢ Que se escolhe um local calmo, sem muito ruído:
38
➢ Que há alguma privacidade (a pessoa a entrevistar não deve estar acompanhada de uma outra
pessoa, correndo-se o risco de vir a interferir).
Atitude perante o entrevistado
O entrevistador deverá ter sempre uma atitude de aceitação em relação às opiniões expressas pelo
entrevistado.
Deve:
➢ Pensar sempre que não há opiniões certas ou erradas, há só opiniões; absterse de as julgar;
➢ Quanto a conhecimentos, esses podem ser certos ou errados, mas uma entrevista não é um
exame; regista-se o que cada entrevistado diz, para depois se analisar;
➢ Mostrar compreensão e simpatia pelos entrevistados.
O que se pretende é recolher opiniões de pessoas diferentes e procurar compreendê-las.
Registo dos dados
É conveniente gravar a entrevista, de forma a ficar de posse da informação e tratá-la posteriormente.
Antes de iniciar a entrevista deverá ser pedida autorização ao entrevistado para fazer a gravação.
Tratamento dos dados da entrevista
Nesta fase, há que fazer a leitura dos dados da entrevista, com o objectivo de descobrir padrões.
Para isso:
a) Comparam-se as várias declarações dos 12 entrevistados acerca de cada assunto (há várias opiniões
sobre o mesmo assunto);
b) Examina-se como cada pessoa pensa sobre os vários assuntos de que fala (cada pessoa combina à
sua maneira opiniões sobre diversos assuntos);
c) Relacionam-se as declarações de cada pessoa com as suas características sociais (idade, sexo,
escolaridade);
d) Procura-se encontrar padrões de conjunto compreensíveis.
A elaboração de uma grelha para análise dos dados da entrevista será um óptimo apoio.
Construção do guião da Entrevista
A construção de um guião de entrevista deve fazer-se com todo o rigor possível e segundo vários passos,
dos quais destacamos:
• Descrição do perfil do entrevistado (nível etário, escolaridade, …);
• Selecção da população e da amostra de indivíduos a entrevistar;
39
• Definição do propósito da entrevista (tema, objectivos);
• Escolha do meio de comunicação (oral, escrito, telefone, email, espaço (sala de jardim, …) e o
momento (dia, hora, duração, …);
• Discriminação dos itens/ questões a colocar;
• Elaboração do guião (apresentação gráfica)
• Validação da entrevista pelo aconselhamento e critica de personalidade relevante;
• Elaborarão das questões de acordo com o tema, objectivos da entrevista, expectativas do
entrevistador e de possíveis utilizadores do estudo, considerados os aconselhamentos.
• Escolhas de perguntas abertas (fale-me de…) e fechados (das seguintes hipóteses escolha, …)
• Adequação das perguntas ao entrevistado, utilizando vocabulário claro, acessível e rigoroso;
• Construção/revisão de perguntas alternativas para evitar eventuais fugas ao tema;
• Decisão dos números de perguntas e sua ordenação, no âmbito de cada demissão temática;
• Formatação da entrevista (cabeçalho com identificação, instituição, proponentes, título, data);
• Apresentação sucinta da entrevista, incluindo os objectivos;
• Estruturação das perguntas.
Preparação da entrevista
1. Selecção dos entrevistados
Dever-se-á tomar decisões em relação aos critérios para a escolha do grupo a entrevistar. Haverá que
optar entre um grupo homogéneo ou heterogéneo (nível etário, sexo, nível de escolaridade). Em princípio,
um grupo heterogéneo será mais interessante, nos contactos a estabelecer e na análise comparativa das
declarações.
Recomenda-se que cada grupo de alunos assegure entrevistas a 12 pessoas, na presunção de que cada
grupo é constituído por 4 alunos e que cada aluno assegura 3 entrevistas. Para o registo das respostas, é
importante que o entrevistador, defina um plano para a anotação das respostas. Para Gil (1999), No caso
de entrevistas estruturadas, até mesmo alguns manuais têm sido elaborados para indicarem a melhor
forma de anotar as respostas, como o do Survey Research Center, da Universidade de Michigan, citado
por Ander-Egg (p. 117), que recomenda:
a) Dispor o formulário sobre a mesa ou superfície lisa;
b) Situar na mesma linha visual o formulário e o entrevistado, para poder observar a um e ao outro sem
grandes movimentos, centrando a atenção no informante;
c) Começar a anotar apenas depois que o entrevistado começar a responder;
40
d) Usar ponto de exclamação (!) quando o tom da resposta assim o pede;
e) Anotar alguns aspectos e atitudes do entrevistado que possuam alguma significação útil;
Segundo Rosa; Arnold (2006 p. 49 e 50), para que as questões elaboradas se efectivem, existem algumas
tácticas que provocam um maior retorno e uma colecta de dados mais completa:
➢ Táctica do silêncio, muito útil quando o entrevistador sabe o momento adequado para introduzir
a sua fala ou questionamentos.
➢ Táctica da animação e elaboração, a animação inclui todo o tipo de observação, ruídos e gesto
que permitem ao entrevistador demonstrar ao entrevistado que este deve continuar falando. A elaboração
implica não só em animar o entrevistado, mas também pedir que ele se estenda respondendo sobre o
tema.
➢ Táctica da reafirmação e repetição consiste basicamente em se obter informações adicionais,
mediante a repetição de expressões emitidas pelo entrevistado, por meio da formulação de perguntas
directas.
➢ Táctica da recapitulação consiste em levar o entrevistado a relatar, de novo, algumas
trajectórias de sua vida, organizadas cronologicamente.
➢ Táctica do esclarecimento permite ao entrevistador solicitar ao entrevistado que detalhe uma
sequência de passos, ou, em determinado momento do relato, solicitar que discorra e verbalize sobre o
que acaba de referir.
➢ Táctica de alteração do tema é utilizada quando o entrevistador não tem mais perguntas a
respeito do tema e os objectivos da entrevista não foram atingidos.
Então ele lança mão de novos temas e questionamentos que complementam e levam ao resultado
esperado.
➢ Táctica da pós-entrevista trata-se de um prolongamento do encontro entrevistador entrevistado,
quando se dá por concluída a entrevista formal, produzindo uma certa redefinição da situação.
Grelha para distribuição dos entrevistados
Será vantajoso que se elabore uma grelha na qual se insira a informação relativamente às características
de cada uma das pessoas a entrevistar.
No pressuposto de se pretender um grupo de entrevistados heterogéneo, podem fazer-se várias
combinações de: Idade – distribuir os entrevistados por três ou quatro escalões, por exemplo: 15-24 anos;
41
25-34 anos; 35-54 anos; 55-74 anos. Sexo – distribuir os entrevistados pelos dois sexos: masculino;
feminino.
Escolaridade – distribuir os entrevistados pelos três principais níveis de ensino: básico; secundário;
superior.
Claro que há mais combinações possíveis destas três “variáveis de caracterização social” do que 12 (n.º
de entrevistados). Mas pode obter-se uma boa heterogeneidade distribuindo os entrevistados pelas várias
possibilidades de cada variável. Exemplo:
Os alunos irão, assim, procurar 12 pessoas, cada uma com a s características indicadas. Se for muito
difícil, é importante:
a) Procurar perceber porquê. Será que, afinal, cada um de nós só conhece pessoas de certos perfis
sociais e não de outros, ou, pelo menos, tem dificuldade em contactá-los?
b) Encontrar maneiras de chegar até essas pessoas, através de outras conhecidas, da ida a outros locais,
c) Optar por um grupo menos diversificado socialmente, se não houver outro remédio.
Sobre o Tema encontram-se três tipos gerais de declarações (dizer quais).
➢ O entrevistado 1 é parecido com o entrevistado 4: são do mesmo “tipo” (quanto às suas opiniões
acerca dos assuntos tratados nas entrevistas).
➢ Atendendo às suas declarações, encontraram-se 2, 3 ou 4 tipos de entrevistados (dizer quais são
esses tipos, segundo os temas que mais distinguem os tipos uns dos outros).
➢ Pode acontecer que esses diversos tipos de opiniões (padrões de declarações) correspondam a
perfis sociais diferentes (idade, sexo, escolaridade). Se isso acontecer, o que é que isso poderá
significar, quando acontece? E quando não acontece?
Referencia Bibliográfica
Antónia. R, (2008), A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência: olhares e pesquisa
em saberes educacionais, Araxá/MG, n. 04, p.129-148,.
Carlos.G, (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 202 p. ISBN:
8522422702.
42
RICHARDSON, Ro J. (1999), Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 327p. ISBN:
8522421110. Evidência, Araxá, v. 7, n. 7, p. 237-250,
ROSA, M et all, (2006), A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para a validação dos
resultados. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 112 p.
Questionário
Por: Rosa Tiago Daniel
Questionário é um instrumento de colecta de informação, utilizado numa sondagem ou inquérito.
O questionário é frequentemente confundido com entrevista, teste, formulário, inquérito e escala.
Tecnicamente o questionário é uma técnica de investigação composta por um número grande ou
pequeno de questões apresentas por escrito que tem por objectivo propiciar determinado conhecimento ao
pesquisador.
Diferencia-se do formulário, pois este pode ser qualquer impresso com campos próprios para a
notação de dados.
Estrutura do Questionário
Basicamente o questionário é estruturado em:
✓ Tema;
✓ Instruções de preenchimento
✓ Introdução ao questionário
✓ Perguntas.
Tipos de questões
Questões fechadas uma questão diz-se fechada quando as hipóteses são impostas. O respondente
apenas pode assinalar respostas mediante as várias opções que lhe são apresentadas. Deste modo, o
respondente terá de identificar a resposta que pretende dar, face a listagem que lhe é apresentada. Dentro
da classe das respostas fechadas identificam-se (3) três categorias:
43
✓ Questões de resposta única;
✓ Questões de resposta múltipla;
✓ Questões de escala;
Exemplo de questões de resposta única
EX: Você fuma?
Sim
Não
Exemplo de questões de resposta múltipla
EX: Qual é o seu grau de escolaridade?
( ) Sem escolaridade;
( )Médio incompleto;
( ) Superior completo;
Exemplo de questões de resposta de escala
EX: Você é a favor da descriminação do aborto?
o Totalmente favorável;
o Moderadamente favorável;
o Indiferente
o Moderadamente contrario;
Questões abertas neste tipo de questões não há qualquer limitação as respostas. Não sugere qualquer
tipo de respostas são dadas pelas palavras do respondente.
Exemplo de Questões Abertas
Ex: O que levou a decisão de deixar o seu ultimo emprego?
44
Estes tipos de questões devem ser analisados por um profissional especializado. Elas podem trazer
informações inesperadas e novas. Contudo, não é possível fazer uma análise estatística.
Quando a resposta para a questão aberta for quantitativa, ela pode ser analisada estatisticamente e trará
mas opções de análises.
EX: qual é a sua idade?
Vantagem dos questionários
❖ Possibilita atingir grande número de pessoas de diversas localizações geográficas com baixo
custo; sem interferência de aparelhos electrónicos;
❖ Permite as pessoas o respondam no momento que lhes pareça mais apropriado;
❖ São fáceis de ministrar.
❖ Não expõe os pesquisadores á influência da pessoa do pesquisador;
Desvantagens dos questionários
❖ Desonestidade;
❖ Dispensadas;
❖ Falta de respostas conscienciosas;
❖ Questões dispensadas
Limitações dos questionários
❖ Excluem pessoas analfabetas;
❖ Impedem o auxílio ao pesquisado quando o mesmo não entende a determinada pergunta;
❖ Não oferece garantia de que as maiorias das pessoas o devolvam totalmente preenchido;
❖ Envolve geralmente um pequeno número de perguntas;
❖ Os resultados podem ser criticados em relação á objectividade.
Construção do questionário
importantes ter alguns cuidados como:
A forma das perguntas
As perguntas podem ser classificadas quanto a sua forma da seguinte maneira
45
A construção do questionário terá grande influencia nos resultados que serão, obtidos por isso ,são
Abertas –o interrogado responde com suas próprias palavras e, por isso, são deficieis de tabular e
analisar .
Fechadas-englobam todas as respostas possíveis, sendo melhor de tabular.
Mistas-reúne as características tanto de perguntas abertas quanto fechadas.
Formulação das perguntas
É necessário um cuidado especial na elaboração das perguntas. A seguir algumas dicas:
❖ As perguntas devem ser formuladas duma forma clara, concreta e precisa;
❖ Considerar o sistema de referência e de informação do interrogado;
❖ A pergunta deve possibilitar uma única interpretação;
❖ A pergunta deve sugerir respostas;
❖ As respostas devem tratar de uma única ideia.
Inquérito
Por: Marques Simões Sencoreis
Inquéritos
O inquérito é uma técnica de investigação que permite a recolha de informação directamente de um
interveniente na investigação através de um conjunto de questões organizadas segundo uma determinada
ordem.
Um inquérito por questionário é um conjunto de questões sobre um problema, previamente elaboradas,
para serem respondidas por um determinado sujeito, por escrito ou oralmente.
Na opinião de Quivy e Campenhoudt (1998:188), o inquérito por questionário “Consiste em colocar a um
conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas”. Estas
perguntas dizem respeito à situação social, profissional ou familiar dos inquiridos. Reportam-se “às suas
opiniões, à sua atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao
46
seu nível de conhecimentos ou de um problema, ou ainda sobre qualquer outro ponto que interesse os
investigadores.”
Aspectos mas relevantes do inquérito
De acordo com Tuckman (2000) um dos processos mais directos para encontrar informação sobre
determinado fenómeno, consiste em formular questões às pessoas que, de alguma forma, estão
envolvidas ou relacionadas com fenómeno. Contudo, o processo de elaboração das referidas questões
não é óbvio e deve ser claramente sistematizado pelo investigador. Definir o objecto de estudo, produzir e
aplicar os instrumentos, analisar, organizar e apresentar os resultados são as principais fases do
planeamento do inquérito. Quem vamos inquirir? O que pretendemos saber? O que vamos questionar?
Como vamos questionar? Como vamos fazer a recolha dos dados? Como vamos tratar os dados? São
exemplo de algumas questões que o investigador deverá colocar e analisar cuidadosamente.
O planeamento do inquérito é extremamente importante para a validade e fiabilidade dos resultados.
Por outro lado, é necessário assegurar se os inquiridos estão ou não disponíveis para colaborar. É nesta
fase de planeamento que o investigador deverá, também, definir a população alvo ou uma amostra
representativa desta. Na impossibilidade prática ou temporal da aplicação do questionário e/ou entrevista à
população, o investigador deverá calcular uma amostra representativa da população em estudo. Por outro
lado, o investigador deverá definir qual o grau de envolvimento com os inquiridos, uma vez que, tanto o
questionário como a entrevista pode ser de administração indirecta ou de administração directa.
Segundo Carmo & Ferreira (1998:124) apresenta uma outra classificação relacionando o grau de
directividade das questões com o grau de envolvimento do investigador com a população inquirida:
Como se constrói um Inquérito?
A construção do mesmo deve ser revestida do máximo cuidado.
Segundo Ghiglione & Matalon (1992: 119), “A construção do questionário e a formulação das questões
constituem, portanto, uma fase crucial do desenvolvimento de um inquérito. [...] Qualquer erro, qualquer
inépcia, qualquer ambiguidade, repercutir-se á na totalidade das operações anteriores, até às conclusões
finais”
Devemos ter em consideração as seguintes regras na elaboração do inquérito:
47
➢ Adequar a linguagem à faixa etária a que se aplica o questionário.
➢ Estabelecer um número de questões, adequadas ao tema e ao tempo que se pretende que o
inquirido leve a responder.
O Inquérito em três etapas…
1. Fase de preparação
a. Definir o tema do Inquérito.
b. Identificar o público-alvo.
c. Definir a amostra: número de inquéritos a realizar.
d. Seleccionar a forma de aplicar os questionário: aleatório (por exemplo: todos os alunos que entram no
bar da escola) sistemático (por exemplo: todos os alunos n.º 5, 10, 15, 20 de cada turma da Escola).
2. Fase de elaboração
a. Definir a estrutura do questionário: aberta (com questões abertas, aceitamos respostas mais
detalhadas) ou fechadas (questões que sugerem hipóteses aos inquiridos).
b. Elaborar cerca de 20 questões sobre o tema.
c. Seleccionar as questões consideradas muito importantes, pois o tempo é limitado para quem responde
e para quem analisa o inquérito.
3. Fase de Aplicação
a. Explicar os objectivos do inquérito.
b. Garantir o anonimato.
c. Não insistir na questão, perante a recusa do inquirido.
O inquérito por questionário possui vantagens relativamente a outras técnicas
A observação directa e o inquérito por questionário de administração directa,
➢ oferece a possibilidade de inquirir muitas pessoas quase em simultâneo;
➢ economizando tempo;
➢ garantindo o anonimato aos inquiridos;
➢ proporcionando uma maior liberdade de resposta e uma maior facilidade no tratamento estatístico
dos dados.
Desvantagens
➢ No momento da recolha de dados o investigador não influencia o inquirido, mantém-se o
anonimato, possibilita grandes amostras, (embora a possibilidade de inquirir muitas pessoas
48
quase em simultâneo, economizando tempo, garantindo a representatividade nunca seja absoluta
dado que está sempre limitada por uma margem de erro.
BIBLIOGRAFIA
Carmo, H. & Ferreira, M. (1998) Metodologia da Investigação: Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa:
Universidade Aberta.
Ghiglione e Matalon (1992: 119), METODOLOGIA:Instrumentos de recolha de dados.
Conversa informal
Por: Nurcia da Ieda Mocumbi
Email: nurciamocumbi@gmail.com
É o tipo de conversa usada em alguns contextos quando existe confiança entre os interlocutores,
sendo bastante comum entre amigos e familiares, ou seja, ela também pode ser usada em situações mais
descontraídas, nela não é necessário o uso da norma culta, sendo comum o uso de gírias e coloquialismo.
(linguagem que não segue as regras gramaticais)
Características:
• Despreocupação com uso de normas gramaticais;
• Utilização de coloquialismo, expressões populares, gírias, palavras inventadas;
• Uso de palavras abreviadas, como: vc, q, facul, qd(quando);
• Sujeita a variações culturais e regionais;( kani , ina?)
• Utilização de vocabulário simples.
Porém a conversa informal não é só usada apenas quando falamos, podemos usar quando escrevemos
um cartão postal para um familiar, amigo ou mesmo uma mensagem de texto, algumas publicidades usam
esse tipo de linguagem para causar efeito e atingir o publico – alvo.
Ex: txuna credito ,cerveja txoti.
49
• Ontem gudjamos um frango bom linguagem informal;
• Ontem comemos um frango saboroso linguagem formal.
4.6. Amostra e Amostragem
Amostra: definição de amostra e formulas para calcular a amostra
Por: Octávia Catique
E-mail: octaviacatique@gmail.com
Antes de falarmos sobre a amostra temos que saber primeiro o que é uma população. Se o
pesquisador trabalha com todo o grupo que ele pretende compreender, dizemos que este esta trabalhando
com a população.
População: consiste em um conjunto de indivíduos que compartilham de pelo menos uma característica
comum, seja ela cidadania, filiação a uma associação de voluntários, etnia, matricula da universidade e
mais.
Tipicamente, a população é muito grande, portanto fazer um censo ou uma enumeração completa de
todos os valores na população é pouco prático ou ate mesmo impossível.
No entanto, o pesquisador trabalha com tempo, energia e recursos económicos limitados. Portanto são
raras vezes em que pode trabalhar com todos elementos da POPULACAO. Geralmente, o pesquisador
estuda um pequeno grupo de indivíduos retirados da população. Este grupo denomina-se AMOSTRA.
Em estatística e metodologia da pesquisa quantitativa, uma amostra é um conjunto de dados colectados
e/ou seleccionados de uma população estatística por um procedimento definido. Devore, Jay (2008). os
elementos de uma amostra são conhecidos como pontos amostrais, unidades amostrais ou observações.
A amostra geralmente representa um subconjunto de tamanho manejável, o que significa que o
pesquisador pode trabalhar com a sua amostra manejando-o da forma como ele quer que o seu trabalho
seja feito/ respondido pela população amostral. MARCONI (2010)
50
Para determinarmos amostra populacional usamos a seguinte formula da teoria de slovin quando não
temos ideia do comportamento da população.
Onde:
n- tamanho da amostra
N- tamanho da população
e- erro máximo (25%)=0.25
Não podemos evitar a ocorrência do ERRO AMOSTRAL, porém podemos limitar seu valor através da
escolha de uma amostra de tamanho adequado. Isto significa que numa amostra sempre existem erros
mais é importante as evitar usando um tamanho adequado, isto é, usando a fórmula para achar o número
real da sua amostra a pesquisar.
Ex: o estudante do curso de contabilidade e auditoria do ISPM precisa fazer um estudo sobre a aplicação
da contabilidade na área empresarial nas empresas localizadas no centro de Moçambique (Manica, Tete,
Sofala e Zambézia). A zona centro contem aproximadamente cerca de 68 empresa que praticam diversas
actividades. O estudante precisa saber quantas empresas amostrais ele deve usar na sua pesquisa.
Resolução:
Dados. n= 68/1+68*(0.25)°2
e= 0.25. n=68/1+68.0.0625
N= 68. n=68/1+4.25
n= ? n=68/5.25
n= 12.95~ 13
Características da amostra
• analisa dados numerosos usando procedimentos estatísticos
51
• usa dados que representam uma população especifica (amostra), a partir do qual os resultados
são generalizados.
Como definir uma amostra de pesquisa?
1̊ perfil da amostra
Conjunto de características da população que vai ser usado para definir o grupo a ser pesquisado. Ex:
sexo classe social, idade...
2̊ relação margem de erro versus amostra de pesquisa
E a diferença percentual máxima entre os dados de uma amostra de pesquisa com os dados reais do
universo desta pesquisa. A margem de erros deve ter o máximo de 25% o que significa que o resultado ou
a resposta dada pode variar por ser uma opinião pessoal e esta e normal e comum.
3̊ nível de confiança e amostra de pesquisa
E a certeza de que os dados obtidos estão dentro da margem de erros, isto e, por ex se o nível de
confiança for igual a 95% mesmo se o pesquisador repetir a pesquisa por 100 vezes, com amostras
aleatórias em 95 dos casos o resultado será o mesmo.
4̊ especificar o desvio padrão
5 encontrar o score que é um valor padronizado
O valor do z score padronizados são os seguintes:
Confiança %. Z-score
80. 1,28
85. 1,44
90. 1,65
95. 1,96
99. 2,58
Referências
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC
APOSTILA DE MIC

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ppt avaliação
Ppt avaliaçãoPpt avaliação
Ppt avaliação
Editora Moderna
 
Função e Atuação do Gestor Escolar
Função e Atuação do Gestor EscolarFunção e Atuação do Gestor Escolar
Função e Atuação do Gestor Escolar
wr1996
 
Behaviorismo de Skinner
Behaviorismo de SkinnerBehaviorismo de Skinner
Behaviorismo de Skinner
Lucas Vinícius
 
Aula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão EscolarAula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão Escolar
Professora Florio
 
O curriculo
O curriculoO curriculo
O curriculo
Germano Minezes
 
Gestão escolar
Gestão escolarGestão escolar
Psicologia da Educação
Psicologia da Educação Psicologia da Educação
Psicologia da Educação
Carlos Caldas
 
Portifólio Reflexivo de Aprendizagem
Portifólio Reflexivo de AprendizagemPortifólio Reflexivo de Aprendizagem
Portifólio Reflexivo de Aprendizagem
Rogério Da Costa Ribeiro
 
Aula nota 10
Aula nota 10Aula nota 10
Aula nota 10
Janaina Lopes
 
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e QuantitativaPesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
jlpaesjr
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
Renata Peruce
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
Jocéia Nunes Mata
 
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
Ana Loureiro
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
Marcelo Assis
 
Portfólio..
Portfólio..Portfólio..
Portfólio..
Claudiarms3008
 
Slide pedagogia nova
Slide pedagogia novaSlide pedagogia nova
Slide pedagogia nova
Kátia Lorrany
 
Primeira reunião 2015
Primeira reunião 2015Primeira reunião 2015
Primeira reunião 2015
Géssia Leite Marques
 
Relação Professor Aluno
Relação Professor Aluno Relação Professor Aluno
Relação Professor Aluno
Universidade Federal do Ceará
 
As tic no processo de ensino–aprendizagem
As tic no processo de ensino–aprendizagemAs tic no processo de ensino–aprendizagem
As tic no processo de ensino–aprendizagem
Amanda Nunes
 
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
ANGRAD
 

Mais procurados (20)

Ppt avaliação
Ppt avaliaçãoPpt avaliação
Ppt avaliação
 
Função e Atuação do Gestor Escolar
Função e Atuação do Gestor EscolarFunção e Atuação do Gestor Escolar
Função e Atuação do Gestor Escolar
 
Behaviorismo de Skinner
Behaviorismo de SkinnerBehaviorismo de Skinner
Behaviorismo de Skinner
 
Aula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão EscolarAula 1- Gestão Escolar
Aula 1- Gestão Escolar
 
O curriculo
O curriculoO curriculo
O curriculo
 
Gestão escolar
Gestão escolarGestão escolar
Gestão escolar
 
Psicologia da Educação
Psicologia da Educação Psicologia da Educação
Psicologia da Educação
 
Portifólio Reflexivo de Aprendizagem
Portifólio Reflexivo de AprendizagemPortifólio Reflexivo de Aprendizagem
Portifólio Reflexivo de Aprendizagem
 
Aula nota 10
Aula nota 10Aula nota 10
Aula nota 10
 
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e QuantitativaPesquisa Qualitativa e Quantitativa
Pesquisa Qualitativa e Quantitativa
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
 
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
Paradigmas, Metodologias, Métodos e Técnicas de Investigação Paradigmas, Meto...
 
Avaliação
AvaliaçãoAvaliação
Avaliação
 
Portfólio..
Portfólio..Portfólio..
Portfólio..
 
Slide pedagogia nova
Slide pedagogia novaSlide pedagogia nova
Slide pedagogia nova
 
Primeira reunião 2015
Primeira reunião 2015Primeira reunião 2015
Primeira reunião 2015
 
Relação Professor Aluno
Relação Professor Aluno Relação Professor Aluno
Relação Professor Aluno
 
As tic no processo de ensino–aprendizagem
As tic no processo de ensino–aprendizagemAs tic no processo de ensino–aprendizagem
As tic no processo de ensino–aprendizagem
 
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
OFICINA PEDAGÓGICA II “ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NO CURSO DE AD...
 

Semelhante a APOSTILA DE MIC

Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisio
arturramisio
 
Qualificação do mestrado
Qualificação do mestradoQualificação do mestrado
Qualificação do mestrado
AdrianaVazzolerMendo
 
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
Flávia Galindo
 
Orientações alunos
Orientações alunosOrientações alunos
Orientações alunos
Ricardo Dos Santos
 
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rs
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rsPesquisa sobre perfil cursos de administração rs
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rs
Correios
 
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olindaPalno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
Oneide Lima
 
Artefotografica2015 a
Artefotografica2015 aArtefotografica2015 a
Artefotografica2015 a
Rafael Oliveira
 
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
Sinapse Tecnologia Educacional
 
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptxparte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
Sandro671810
 
Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01
Ðouglas Rocha
 
Paula de oliveira operacionalização i
Paula de oliveira operacionalização iPaula de oliveira operacionalização i
Paula de oliveira operacionalização i
paulafernandadiogo
 
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
Victor Hugo Azevedo Carneiro
 
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
ProfessorPrincipiante
 
Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01
Ðouglas Rocha
 
Projeto de monitoria contabilidade
Projeto de monitoria   contabilidadeProjeto de monitoria   contabilidade
Projeto de monitoria contabilidade
Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Ceará
 
Iji aula0 2011_apres
Iji aula0 2011_apresIji aula0 2011_apres
Iji aula0 2011_apres
Artur Araujo
 
Material de apoio uni1 met_pesquisa_profa_francinete
Material de apoio  uni1 met_pesquisa_profa_francineteMaterial de apoio  uni1 met_pesquisa_profa_francinete
Material de apoio uni1 met_pesquisa_profa_francinete
Francinete Santos
 
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
Stella Porto
 
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_para
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_paraEm dialogo relatorio_final_pesquisa_para
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_para
Fabiolla Andrade
 
Livro avaliacao de aspecto e impacto ambiental
Livro   avaliacao de aspecto e impacto ambientalLivro   avaliacao de aspecto e impacto ambiental
Livro avaliacao de aspecto e impacto ambiental
Lucila Soares
 

Semelhante a APOSTILA DE MIC (20)

Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisio
 
Qualificação do mestrado
Qualificação do mestradoQualificação do mestrado
Qualificação do mestrado
 
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
Open Day do PPGE-UFRRJ - Programa de Pós Graduação em Gestão e Estratégia da ...
 
Orientações alunos
Orientações alunosOrientações alunos
Orientações alunos
 
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rs
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rsPesquisa sobre perfil cursos de administração rs
Pesquisa sobre perfil cursos de administração rs
 
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olindaPalno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
Palno de aula admisnitraçao empreendedorismo nova olinda
 
Artefotografica2015 a
Artefotografica2015 aArtefotografica2015 a
Artefotografica2015 a
 
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
Graduação a Distância: Feita para qual aluno?
 
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptxparte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
parte-02-novo-modelo-de-pos-graduacao-estacio.pptx
 
Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01
 
Paula de oliveira operacionalização i
Paula de oliveira operacionalização iPaula de oliveira operacionalização i
Paula de oliveira operacionalização i
 
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
Planejamento PET Engenharia de Pesca - UFC 2012
 
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
OS SABERES DA DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO INICIAL: O PAPEL DO PIBID E DO ENSINO POR ...
 
Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01Projeto pps- caderno 01
Projeto pps- caderno 01
 
Projeto de monitoria contabilidade
Projeto de monitoria   contabilidadeProjeto de monitoria   contabilidade
Projeto de monitoria contabilidade
 
Iji aula0 2011_apres
Iji aula0 2011_apresIji aula0 2011_apres
Iji aula0 2011_apres
 
Material de apoio uni1 met_pesquisa_profa_francinete
Material de apoio  uni1 met_pesquisa_profa_francineteMaterial de apoio  uni1 met_pesquisa_profa_francinete
Material de apoio uni1 met_pesquisa_profa_francinete
 
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
Apresentacao teaching learning-at-umuc-julho2010
 
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_para
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_paraEm dialogo relatorio_final_pesquisa_para
Em dialogo relatorio_final_pesquisa_para
 
Livro avaliacao de aspecto e impacto ambiental
Livro   avaliacao de aspecto e impacto ambientalLivro   avaliacao de aspecto e impacto ambiental
Livro avaliacao de aspecto e impacto ambiental
 

Último

Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
sthefanydesr
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
kdn15710
 
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Ana Da Silva Ponce
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
Mary Alvarenga
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
andressacastro36
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
analuisasesso
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
DeuzinhaAzevedo
 
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
ssuser701e2b
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
Escola Municipal Jesus Cristo
 

Último (20)

Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
 
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptx
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
 
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
LIBRO LAS MANOS NO SON PARA PEGAR-MAESTRA EN PREESCOLAR_organized_rotated (1)...
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
BULLYING NÃO É AMOR.pdf LIVRO PARA TRABALHAR COM ALUNOS ATRAVÉS DE PROJETOS...
 

APOSTILA DE MIC

  • 1. 2019 Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
  • 2. METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Instituto Superior Politécnico de Manica Divisão de Economia, Gestão e Turismo Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria 1ª Edição, Matsinho, 2019
  • 3. 1 SOBRE OS AUTORES Zefanias Jone Magodo Graduado em Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia, pelo Instituto Superior Politécnico de Manica, Matsinho - Moçambique; Mestre em Gestão e Auditorias Ambientais, pela Universidade Europea del Atlântico, Barcelona - Espanha; Mestre em Ciências Jurídicas Publico Forense, pelo Instituto Superior de Ciências e Tecnologia Alberto Chipande, Beira - Moçambique; Doutorando em Ciências Politicas e Relações Internacionais, pela Universidade Católica de Moçambique, Quelimane – Moçambique; e encontra-se vinculado ao Cybertracker Level II. Actualmente está afecto na Divisão de Economia, Gestão e Turismo onde trabalha como assistente universitário no Curso de Licenciatura em Ecoturismo e Gestão de Fauna Bravia no Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM), lecionando os módulos de Identificação e Inventario de Plantas, Armamento e Tiro, Fiscalização e Estratégias de Defesa Pessoal, Comércio de Recursos Florestais e Faunísticos e Legislação Aplicada ao Turismo e Conservação. Contacto para correspondência: zefanias.magodo@gmail.com Estudantes do 2º Nível do Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria do ISPM – Instituto Superior Politécnico de Manica. Contacto para correspondência: contabilidadeauditoriacacd2018@gmail.com
  • 4. 2 NOTA PRÉVIA O Instituto Superior Politécnico de Manica tem como missão promover o desenvolvimento económico e social das comunidades locais, da região e do país, através do ensino técnico-profissional, da educação orientada para a economia, da incubação de empresas, assim como da prestação de serviços profissionais. Neste diapasão e olhando nos pilares do ISPM que passa necessariamente pelo Ensino, Pesquisa e Extensão é missão da comunidade académica (docentes e estudantes), garantirem o melhoramento no acesso e disponibilização de conhecimento na esfera da metodologia e investigação científica. O presente manual é fruto de pesquisa realizada pelo docente e estudantes, orientada para o enriquecimento do quesito Metodologia de Investigação Científica aos estudantes do curso de contabilidade e não só, como também aos demais que se encontram a desenvolver suas pesquisas e Trabalhos de Culminação de Curso. Consta no Manual:  Iniciação no ensino Superior (contexto do ensino superior/ competências do estudante)  A ciência científica (diferenças entre senso comum e o conhecimento científico)  Características do método científico (elementos do método científico)  Definição de citação e tipos de citação  Plagio nas citações  Normas de apresentação gráfica de trabalhos científicos do ISPM usando HARVARD  Pesquisa científica: conceitos  Importância das pesquisas científicas e tecnológicas  Pesquisa quanto a investigação e objectivos  Pesquisa quanto ao problema  Procedimentos metodológicos  Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados: guião de entrevista; questionário; inquérito; inquérito por questionário; SurveyMonkey  Amostra: definição de amostra e formulas para calcular a amostra  Amostragens: conceitos e tipos de amostragens  Softwares e pacotes estatísticos para processamento de dados
  • 5. 3  Normas de apresentação das Referências bibliográficas do ISPM usando HARVARD  1ª Etapa do projecto de pesquisa: delimitação do problema  1ª Etapa do projecto de pesquisa: definição dos objectivos de pesquisa  2ª Etapa do projecto de pesquisa: esboço do projecto  3ª Etapa do projecto de pesquisa: fundamentação teórica  4ª Etapa do projecto de pesquisa: caracterização dos procedimentos metodológicos  5ª Etapa do projecto de pesquisa: definição dos resultados esperados  6ª Etapa do projecto de pesquisa: definição do cronograma das actividades  7ª Etapa do projecto de pesquisa: definição do orçamento  Aspectos éticos na investigação científica  Trabalhos científicos (modalidades do ISPM) definição e abrangência: relatórios de estágio; monografia; relatório de simulação empresarial  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: pré-textual  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Introdução  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Revisão da Literatura  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Metodologia  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Resultados e Discussão  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Conclusão e Recomendações  Partes dos trabalhos científicos do ISPM: Referencias bibliográficas Importa referir que o manual não é o ponto final e nem retracta todos conteúdos sobre a Metodologia de Investigação Cientifica e não esgota todas opiniões, recomendando-se o contacto com os autores para a melhoria da mesma. Nós acreditamos no seu potencial! Os autores.
  • 6. 4 SUMÁRIO SOBRE OS AUTORES................................................................................................................................... i NOTA PRÉVIA .............................................................................................................................................. ii 1. Contexto do Ensino Superior vs Competências do Estudante e Docente .............................................2 1.1. Diferenças existentes entre o estudante e o aluno........................................................................2 1.2. Competências do estudante..........................................................................................................4 1.3. Ensino na Universidade ......................................................................................................................5 1.3. Os Desafios do Ensino Superior....................................................................................................6 2. Contexto do Ensino Superior.................................................................................................................8 2.1. O ensino Superior em Moçambique ..............................................................................................9 2.2. Competências dos estudantes do Ensino Superior .....................................................................10 3. Ciência científica..................................................................................................................................13 3.1. Conhecimento .............................................................................................................................14 3.2. Evolução da ciência.....................................................................................................................16 4. Pesquisa científica: conceitos..............................................................................................................18 4.1. A importância das pesquisas científicas e tecnológicas ..............................................................19 4.2. Classificação da pesquisa científica..................................................................................................23 4.3. Citação nas pesquisas científicas.....................................................................................................30 4.4. Plagio nas citações...........................................................................................................................35 4.5. Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados...................................................................37 4.6. Amostra e Amostragem ....................................................................................................................49 4.7. Amostragens: conceitos e tipos de amostragens..............................................................................52 5. Normas de apresentação de trabalhos científicos do ISPM ....................................................................56 5.1. Apresentação gráfica de trabalhos científicos do ISPM usando HARVARD.....................................56 5.2. Softwares e pacotes estatísticos para processamento de dados......................................................61 6. Projecto de pesquisa: conceito............................................................................................................69 6.1. Etapa do projecto de pesquisa: delimitação do problema ...........................................................71 6.2. Etapa do projecto de pesquisa: definição dos objectivos de pesquisa ........................................72
  • 7. 5 6.3. Etapa do projecto de pesquisa: esboço do projecto ....................................................................74 6.4. Etapa do projecto de pesquisa: fundamentação teórica ..............................................................76 6.5. Etapa do projecto de pesquisa: caracterização dos procedimentos metodológicos....................78 6.6. Etapa do projecto de pesquisa: definição dos resultados esperados ..........................................81 6.7. Etapa do projecto de pesquisa: definição do cronograma das actividades..................................82 7. Trabalhos/ Relatórios Científicos.........................................................................................................84 7.1. Elementos textuais: Introdução....................................................................................................84 7.2. Revisão da Literatura...................................................................................................................85 7.3. Metodologia.................................................................................................................................88 7.4. Resultados e Discussão ..............................................................................................................96 7.5. Conclusões e recomendações ....................................................................................................98
  • 8. 2 UNIDA 1. Contexto do Ensino Superior vs Competências do Estudante e Docente Por: Augusto Chico Augusto augustochicoaugusto20@gmail.com Para que um aluno se torne estudante, é necessário que este conheça seus ideais e o mais importante, ele deve conhecer a si mesmo para que consiga definir suas metas e falhas durante o uso de métodos para o devido aprendizado. Um estudante universitário diferencia se de um estudante não universitário pelo facto do primeiro ter que se destacar mais nos estudos ou nas pesquisas académicas para obter o conhecimento aceitável ou credível. Esta busca de conhecimento, exige o esforço e determinação activa, solitária e competente por parte do estudante. O propósito deste tema é o estabelecimento claro e preciso da diferença entre o estudante e o aluno e as suas competências para melhorar a busca de conhecimento por parte do estudante universitário, e o papel do docente na partilha do conhecimento. 1.1.Diferenças existentes entre o estudante e o aluno Para uma contextualização adequada a percepção, é necessário que se defina dois termos que são muito semelhantes e por alguns momentos pode confundir-se um com o outro deixando assim escapar a percepção devida. Muitas vezes na primeira impressão pode se confundir o termo aluno com o estudante, hora vejamos a diferença dos dois termos: No final da unidade, o estudante estará provido de ferramentas que o auxilie a:  Saber diferenciar o estudante do aluno;  Conhecer as competências do estudante INICIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
  • 9. 3 a)Aluno Aluno é um conceito que provém de alumnus, um termo latim que, por sua vez, deriva de alere (“alimentar”)1 . Esta palavra permite referir-se ao aprendiz de uma determinada matéria ou de um professor. Um aluno, portanto, é uma pessoa que se dedica à aprendizagem. Diz-se que um sujeito é aluno da pessoa que o tenha educado e criado desde a sua infância. No entanto, também se pode ser aluno de outra pessoa que seja mais jovem do que o próprio. Posto isto, os termos estudante, aluno, discípulo e, inclusive, aprendiz são permutáveis. Consoante o elo com a instituição ou a matéria em estudo, é possível qualificar o aluno de diversas maneiras. Um “aluno regular”, estável ou oficial é aquele que vai regularmente a um estabelecimento e cumpre diversos requisitos para aceder a essa condição (grau académico, participação nas aulas). Se o aluno não frequentar as aulas, mas fizer os exames no mesmo estabelecimento para obter um título, este denomina-se “aluno livre”. b)Estudante Estudante é a palavra que permite fazer referência a quem se dedica à apreensão (assimilação), à posta em prática e à leitura de conhecimentos sobre determinada ciência, disciplina ou arte. É comum que um estudante esteja matriculado num programa formal de estudos embora também possa dedicar-se à procura/pesquisa de conhecimentos de forma autónoma ou informal2. Existem diversas classificações ou tipos de estudante, que se estabelecem consoante o modelo de ensino, o tempo consagrado aos estudos, o plano académico em que estiver inscrito, entre outras características. A diferença entre um estudante oficial e um que seja livre é que o primeiro recebe o ensino oficial por um centro educativo (escola, faculdade, etc.) reconhecido pelo Estado e é submetido a exames que validam os conhecimentos adquiridos. Já, o “estudante livre”, por sua vez, não necessita de respeitar certas normas para prosseguir com a sua aprendizagem. Há que ter em conta, ainda assim, que existem diversas variantes nestas classificações, uma vez que um aluno pode não frequentar as aulas com regularidade, optando antes por um sistema formal de ensino à distância, por exemplo. 1 Https://conceito.de/aluno 2 Https://conceito.de/estudante
  • 10. 4 1.2.Competências do estudante Em primeiro lugar vamos navegar pelo conceito de competências, que são um conjunto de habilidades e conhecimentos relacionados que permitem que uma pessoa actue efectivamente em um trabalho ou situação3. Uma competência é mais do que apenas conhecimento e habilidades. Envolve a capacidade de atender demandas complexas, recorrendo e mobilizando recursos, em contexto particular. As competências, portanto, podem incorporar uma habilidade, mas são mais do que isso apenas. Um estudante deve ser ter as seguintes competências4: a) Pensamento Adaptativo: Na era digital, as coisas estão mudando a taxas exponenciais. Quando um estudante aprende algo, uma versão melhor está surgindo com ideias de outro autor. Os estudantes precisarão se adaptar continuamente às mudanças de condições, além de poderem aprender coisas novas com rapidez e eficiência. E preciso que os estudantes sejam capazes de se adequar a estas mudanças escolhendo as melhores ideias, melhores manuais para obtenção do sucesso. b) Habilidades de Comunicação: Continua a haver uma ênfase na capacidade de se comunicar. Na era digital, no entanto, temos acesso a uma ampla variedade de novas formas de comunicação da videoconferência à média social. Futuros estudantes precisam ser capazes de se comunicar com pessoas dentro de sua equipe, bem como com pessoas de fora da equipe. c) Habilidades de Colaboração: A maioria das salas de aula promove uma cultura de (competição e independência), em vez de trabalhar em equipe e colaborar. Os futuros empregadores precisarão se adaptar rapidamente a uma cultura de colaboração. Eles precisarão colaborar com outras pessoas dentro e fora da organização, muitas vezes usando várias novas tecnologias. d) Pensamento Crítico e Solução de Problemas Habilidades: Há uma ênfase diminuída nos empregadores seguindo as instruções e uma ênfase crescente nos empregadores que pensam criticamente e resolvem os problemas. Em um mundo em rápida mutação, os empregadores precisam de funcionários que possam resolver problemas, fornecer ideias e ajudar a melhorar a organização. Com isto, e necessário que os estudantes tenham capacidades de criticar e solucionar problemas em suas pesquisas cientificas. 3 Https://www.diferenca.com/habilidade-e-competencia/ 4 Https://learning.linkedin.com/blog/education/10-skills-all-students-need-to-be-successful
  • 11. 5 e) Soft Skills: Escolas raramente gastam tempo ensinando habilidades de estudantes, incluindo habilidades como habilidades de gerir de tempo, habilidades de organização, a capacidade de olhar alguém nos olhos quando falando com eles, ou usando um aperto de mão firme. São as competências e habilidades comportamentais de um profissional e estão intimamente relacionadas à personalidade dele, sendo referentes às características emocionais, mentais e sociais de cada indivíduo. Assim, podemos dizer que são habilidades que nascem de acordo com a maturidade de cada pessoa, sua cultura, educação, crenças, entre outros factores. f) Habilidades de Investigação: A grande maioria das avaliações académicas pede respostas aos alunos. Raramente avaliamos os alunos sobre o quão bem eles podem fazer perguntas. A habilidade de fazer grandes perguntas, no entanto, é uma habilidade crítica que é desesperadamente necessária em uma cultura que requer inovações constantes. g) Habilidades Tecnológicas: Com a evolução tecnológica, regista-se o uso da tecnologia em todas as áreas, para facilitar o manuseamento, produção ou mesmo a prestação de serviço. Este uso da tecnologia para um estudante e essencial para facilitar as pesquisas diminuindo assim o tempo gasto sem o uso da mesma. Na era digital, a tecnologia está em toda parte. As escolas, no entanto, demoraram a se adaptar a essa mudança. Raramente os alunos são obrigados ou ensinados a aprender tecnologia de forma eficiente. Isso precisa ser enfatizado. h) Criatividade e Inovação: Esta habilidade é mencionada frequentemente. Acredito que isso se correlaciona com a capacidade de fazer boas perguntas e a capacidade de resolver problemas. Os empregadores estarão procurando cada vez mais os funcionários por soluções criativas e inovadoras para os problemas existentes. i) Auto-conhecimento: o estudante deve ter a habilidade de se fazer um auto avaliação sobre si mesmo. Numa empresa ou organização por exemplo isso inclui a capacidade dos empregadores de planear, organizar, criar e executar de forma independente, em vez de esperar que alguém faça isso por eles. 1.3. Ensino na Universidade O importante para o docente é saber desenvolver em suas aulas, um espaço para que a aprendizagem dos adultos se processe de forma eficaz, e isso exige desenvolver hábitos de estudo com os estudantes.
  • 12. 6 Planear estudos, definir tempo semanal, diário, ensinar a fazer anotações de aulas; ensinar técnicas de leitura e de pesquisa; ensinar como ler e interpretar questões, por exemplo. Lembra-se ainda que a motivação do docente ao ensinar também influencia na aprendizagem. Ensinar é um desafio, implica acreditar no resultado de esforços, sendo entusiasta e não mero cumpridor de programas, fazer da sala de aula espaços onde o clima é favorável para a aprendizagem. Ao fundamentar essas reflexões, evidencia-se que é necessária uma nova concepção de docente, aquele que tem coragem de assumir uma postura competente, reflexiva e aberta à colaboração. Torna-se importante, também, abordar o modo como esse docente aprende, pois é muito difícil considerar que a pessoa que ensina, muitas vezes, é resistente à aprendizagem. Apresentar dificuldades para aprender, dentre outros motivos, porque é docente e já sabe tudo, tendo, portanto, dificuldade em aprender com os outros pode, nesse contexto significar um grande problema. É válido ressaltar que é possível mudar a forma de ensinar se colocar no lugar de mediador da aprendizagem, nesta sociedade do conhecimento, em que se vive actualmente, o papel docente não é o de apresentar as informações, simplesmente, mas o de colaborar com o estudante para que eles interpretem essas informações, relacionando-as, contextualizando-as, incorporando-as aos seus “eu”5. 1.3.Os Desafios do Ensino Superior A despeito dessa complexa exigência que acerca a instituição de ensino superior e as pessoas em que nela actuam, constitui-se nesse espaço um sistema de ensino de muitas responsabilidades. Trata-se de pensar um ensino com significado, o qual precisa dar conta dos avanços da ciência, da tecnologia, da cultura e também dos problemas da actualidade. Frequentemente a ciência é definida em função de metodologias. Pensa-se em produzir conhecimento científico como sendo o mesmo que produzir algo rigoroso, ignora-se a relevância, o significado do conhecimento produzido. A precisão de uma observação não a torna automaticamente de valor para a 5 Texto retirado em: Https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=2ahUKEwju0PLrn- LjAhXdQxUIHY6nDtsQFjAAegQIARAC&url=http%3A%2F%2Fwww.aforges.org%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F11%2F1-Adriana- Padilha-da-Rosa_O-ensino-e-a-aprendizagem.pdf&usg=AOvVaw0ojEN7cqKQcLqCyfUv2_l7
  • 13. 7 ciência. Não há dúvidas quanto ao facto de que a ciência precisa de metodologia, mas o uso rigoroso de um método pode ter consequências desastrosas. Em cada problema a ser pesquisado, encontram-se uma série de factores que precisam ser estudados. O ponto inicial de uma pesquisa na universidade não pode ser a metodologia, mas a relevância do problema para a vida dos estudantes e ou envolvidos. E, se um único estudante não tiver condições e tempo para investigá-lo, poderia ser pensado na possibilidade de pesquisas colectivas. Lembra-se que mesmo em trabalhos colectivos é possível avaliar individualmente o desempenho dos estudantes, bastam critérios e compromissos com a pesquisa a ser realizada. Antes de mais nada é preciso saber discriminar os problemas que devem ser investigados. Essa escolha tem a ver com os valores dos investigadores. A responsabilidade da instituição de ensino superior na produção desse conhecimento está directamente ligada a qualidade do serviço prestado à sociedade. A universidade organiza-se com o propósito de levar indivíduos capacitados a actuarem no espaço social e pressupõe que a sua tarefa de formadora trará mudanças positivas ao meio. Portanto, o maior desafio é coordenar as expectativas e habilidades dos estudantes com as competências dos docentes e mecanismos físicos adquiridos para promover a formação desejada.
  • 14. 8 2. Contexto do Ensino Superior Por: Filipe Joaquim Penete penetef@gmail.com O ensino superior, educação superior ou ensino terciário é o nível mais elevado dos sistemas educativos, referindo-se normalmente a uma educação realizada em Universidades, faculdades, institutos politécnicos, escolas superiores ou outras instituições que conferem graus académicos ou diplomas profissionais. Desde 1950, o artigo 2º do primeiro protocolo à Convenção Europeia dos Direitos Humanos obriga todos os signatários a garantir o direito à educação. A nível mundial, o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais de 13º, que estabelece que "a educação superior deverá tornar-se de acesso igualitário para todos, com base na capacidade, por todos os meios apropriados e, em particular, pela introdução progressiva da educação gratuita". O ensino superior constitui o nível educacional que se segue à finalização do ensino secundário em uma escola secundária ou outro estabelecimento de ensino. O ensino superior compreende normalmente estudos de graduação e estudos de pós-graduação, bem como estudos e formação de natureza vocacional. O ensino superior é realizado em estabelecimentos genericamente conhecidos como "instituições de ensino superior", que podem incluir instituições universitárias-como as universidades, as faculdades e os colégios universitários e instituições de ensino superior técnico e vocacional-como os politécnicos, as escolas superiores e os colégios comunitários nos Estados Unidos. A realização de cada um dos ciclos do ensino superior confere geralmente um certificado, um diploma profissional ou um grau académico. Como normalmente é expectável que um aluno do ensino superior tenha um desempenho substancialmente superior ao de um aluno dos outros níveis de ensino, é frequente uma elevada taxa de abandono do ensino sem a obtenção de um diploma ou grau de final de curso.
  • 15. 9 O ensino superior inclui normalmente estudos, investigação, trabalhos práticos e, ocasionalmente, actividades sociais realizadas no âmbito da instituição de ensino superior. No âmbito dos estudos, os mesmos incluem tanto os níveis de graduação como os níveis de pós-graduação. Este último nível normalmente é realizado apenas por alunos com qualificações muito altas que pretendem aprofundar os seus estudos e sua proficiência para lá do que seria necessário para o simples exercícios profissionais. Em muitos países desenvolvidos, uma grande percentagem da população (em alguns casos até 50%), acaba por aceder ao ensino superior em determinada altura da sua vida. A educação superior é, portanto, bastante importante para o desenvolvimento da economia, tanto como uma actividade económica em si, como uma fonte de pessoas instruídas e educadas para serem empregues nas restantes actividades económicas. 2.1.O ensino Superior em Moçambique O crescimento massivo, tanto de instituições de ensino superior como do universo de estudantes por elas abrangidos, tem colocado enormes desafios à funcionalidade do subsistema e à própria qualidade do seu ensino em Moçambique. Tem surgido, nos últimos anos, muitas vozes críticas questionando a substância, a relevância e a credibilidade do ensino superior moçambicano. As instituições de ensino superior em Moçambique têm crescido vertiginosamente, com especial índice ao longo dos últimos 15 anos. Este facto tem como principais factores o princípio de deliberação do ensino superior e o da sua massificação, para responder aos desafios de desenvolvimento dos pais. Nem todas as instituições de ensino superior em Moçambique têm recursos humanos em quantidade e qualidade suficientes, na sua estrutura de gestão (particularmente as instituições privadas). As instituições publicas têm ainda os seus reitores ou diretores nomeados pelo poder político, comprometendo a sua democraticidade interna. Denota-se nelas a prevalência de uma gestão de contingência, em detrimento de uma gestão estratégica, e a monitoria e controlo das actividades desenvolvidas nessas instituições é ainda débil. Paralelamente, verifica-se um baixo nível de investimento em serviços de apoio pedagógicos (bibliotecas, laboratórios e recursos tecnológicos), sociais (residências e refeitórios estudantis), culturais (anfiteatros) e desportivos. A exiguidade de recursos humanos especializados, a falta de acções de inspecção e de avaliação das instituições de ensino superior e o fraco cumprimento da legislação que as
  • 16. 10 regula, para além da secação de banalização do ensino superior, têm-se destacado como alguns dos seus mais sérios constrangimentos. 2.2.Competências dos estudantes do Ensino Superior O conceito de competências é mais amplo e inclui os conhecimentos a serem adquiridos, mas não apenas estes. O conceito de competência inclui, também, habilidades e atitudes. Não basta o profissional ter muito conhecimento. É necessário que ele saiba mobilizar seus conhecimentos na resolução de problemas, na criação de algo inovador, etc. Os estudantes do ensino superior enfrentam dois grandes desafios: por um lado, o de resolverem tarefas próprias da fase de desenvolvimento que estão a vivenciar (como a construção da sua identidade, integridade, autonomia, auto-conceito, auto-estima, relacionamento interpessoal, gestão emocional); e, por outro lado, responder às mudanças e exigências contextuais (Stocker e Faria, 2008). No contexto deste tema far-se-á a referência a três competências tidas como fundamentais, quer no processo de desenvolvimento humano, quer no processo de adaptação ao ensino superior, são elas: auto- estima, cooperação e resiliência. Para Jardim e Pereira (2006) ‟a competência da auto-estima traduz-se em o individuo ser capaz de conseguir fazer uma avaliação valorativa e afectiva positiva de si próprio”. Ter uma auto-estima elevada implica olhar para si próprio com optimismo e conferir um significado positivo aos acontecimentos da vida. De um modo geral, uma auto-estima elevada traduz uma avaliação global favorável acerca do self, ao passo que uma baixa auto-estima se refere a avaliações desfavoráveis do mesmo. A auto-estima desempenha um papel determinante no funcionamento saudável da pessoa, sendo que um bom nível de auto-estima surge associado de forma positiva ao bem-estar psicológico e à integração social. Trabalhando a auto-estima dos estudantes pode contribuir para o sucesso pessoal, social e profissional (Castelo-Branco e Pereira, 2001). Jardim (2007) constatou que os rapazes têm níveis mais elevados de auto-estima comparativamente com as raparigas. Batista e Pereira (2009) num estudo realizado com estudantes do ensino superior constataram igualmente que os estudantes do sexo masculino apresentam uma auto-estima mais elevada, comparativamente com as suas colegas.
  • 17. 11 A auto-estima parece conferir muitos benefícios positivos. A auto-estima elevada tem sido referida como contribuindo para a resiliência (Dumont e Provost, 1999). Segundo Jardim e Pereira (2006) ‟a competência da cooperação pode ser definida como a capacidade de operacionalizar conhecimentos, atitudes e habilidades de modo a agir em conjunto, com vista à prossecução de um fim comum, maximizando as potencialidades de cada individuo”. Relativamente à competência da cooperação as raparigas tendem a evidenciar médias mais elevadas do que os rapazes (Jardim,2007). A competência da resiliência consiste na capacidade de operacionalizar conhecimentos, atitudes e habilidades no ensino de prevenir, minimizar ou superar os efeitos nocivos de crises e de adversidades. Uma pessoa resiliente é aquela que tendo que enfrentar uma situação adversa é capaz de utilizar os seus recursos intra e interpessoais de maneira a desenvolver as competências de que precisa para ser bem- sucedida na vida pessoal, social e profissional (Jardim e Pereira, 2006). Ainda citando os mesmos autores o que desenvolve a resiliência num individuo é a formação de pessoas socialmente competentes, que tenham consciência da sua identidade e utilidade, que possam tomar decisões, estabelecer metas e criar um futuro melhor, e que sejam capazes de satisfazer as suas necessidades básicas de afecto, de relação, de respeito, de poder e de significado. Relativamente à relação entre as referidas competências e a idade dos estudantes, Jardim (2007) constatou a existência de diferenças significativas na percepção ou avaliação das capacidades individuais. Assim o autor constatou que o grupo etário compreendido entre 19 e 20 anos evidenciavam médias mais baixas comparativamente com o grupo etário dos 17 anos. No entanto, importa salientar que outros estudos, nomeadamente com alunos do 12º ano do ensino superior e dos cinco anos do ciclo de estudos do ensino superior, mostram que a idade não interfere no desenvolvimento de competências (Jardim et al., 2006). Dada a importância dos recursos pessoais e interpessoais para lidar com os acontecimentos de vida, importa promover o desenvolvimento da auto-estima, da cooperação e da resiliência contribuindo desta forma para o sucesso a nível pessoal, social, académico e profissional.
  • 18. 12 Referencias Bibliográficas  Castelo-Branco, M.C. & Pereira, A.M.S. (2001). A auto-estima, a satisfação com a imagem corporal e o bem-estar docente. Psicologia, Educação e Cultura, vol.V, n.º 2, 375-346.  Dumont, M., & Provost, M. A. (1999). Resilience in adolescents: Protective role of social support, coping strategies, self-esteem, and social activities on experience of stress and depression. Journal of Youth and Adolescence, 28 (3), 343-363.  Jardim, J. (2007). Programa de desenvolvimento de competências pessoais e sociais: Estudo para a promoção do sucesso académico. Dissertação de doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro.  Jardim, J., Pereira, A., Francisco, C. & Motta, E.D. (2006). Desenvolvimento psicológico do jovem adulto: Contributo para a avaliação de competências. In Activação do Desenvolvimento Psicológico – Actas do Simpósio Internacional. Aveiro: Universidade de Aveiro.  Stocker, J., & Faria, L. (2008). Questionário de Experiências de Transição Académica (QETA): Validação com estudantes do 1º ano da Universidade do Porto.  https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ensino-superior  https://www.pambazuka.org/pt/governence/o-ensino-superior-em-mocambique-entre-os-discursos- politicos-e-realidade
  • 19. 13 3. Ciência científica Por: Sansão Levi Bila sansaobila3@gmail.com Ferrari (1982), afirma que, “[...] A ciência é todo um conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objecto limitado, capaz de ser submetido à verificação.” Ruiz (1996), diz que, a palavra ciência pode ser assumida em duas acepções: em sentido amplo, ciência significa simplesmente conhecimento, como na expressão tomar ciência disto ou daquilo; em sentido restrito, ciência não significa um conhecimento qualquer, e sim um conhecimento que não só apreende ou registar fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas. O Fachin (2003), relata que, o ser humano, diante da necessidade de compreender e dominar o meio, ou o mundo, em benefício próprio e da sociedade da qual faz parte, acumula conhecimentos racionais sobre seu próprio meio e sobre as acções capazes de transformá-lo. A essa sequência permanente de acréscimos de conhecimentos racionai e verificáveis da realidade denominamos ciência. Portanto, diante desses conceitos aqui apresentados acerca da ciência, pode-se notar uma relação entre elas, isto é, no âmbito de conhecimento, o primeiro diz que a ciência é um conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento limitado, seguindo o raciocínio do Ruiz, a ciência é um conhecimento, mas não sendo um qualquer conhecimento, e sim um conhecimento que não só apreende ou registar fatos, mas também os demonstra pelas suas causas determinantes ou constitutivas. E o Fachin em outras palavras, afirma que na necessidade do homem querer compreender e dominar o mundo em benefícios próprios ou alheios para o bem da sociedade, acumula conhecimentos racionais sobre o mundo ou o meio que o rodeia. Contudo, pode-se dizer que a ciência busca é a busca do conhecimento racional e sistemático.
  • 20. 14 3.1.Conhecimento Barros; Lehfeld (2000) dizem que o conhecimento “É um processo de reflexão crítica cujo objectivo é o desvelamento de um objecto. O conhecimento é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece, o objecto conhecido e a imagem do resultado do objecto conhecido. No processo de conhecimento o sujeito ignescente se apropria, de certo modo, do objecto conhecido (Prof.Alceu Britto citando ChizottI, A.1995). Níveis de conhecimento a) Conhecimento empírico, vulgar ou de senso comum.  Conhecimento do povo.  Obtido ao acaso, através de erros e acertos.  Pelo conhecimento empírico a pessoa conhece o fato e sua ordem aparente. b) Conhecimento científico  Vai além do empírico, procurando conhecer além do fenómeno, suas causas e leis. Segundo Aristóteles, só temos o conhecimento sobre um fenómeno quando sabemos qual a causa que o produziu e o motivo.  Conhecimento científico (até a Renascença) era caracterizado como: certo, geral, metódico e sistemático, resultado da demonstração e da experimentação. Só era aceite o que fosse provado. Ciência era considerada como algo pronto, acabado e definitivo.  Conhecimento científico recente: ciência não é a posse das verdades imutáveis, e sim a busca constante de explicações e de soluções, de revisão e de reavaliação de seus resultados.  A ciência pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos que proporcionem controlo, sistematização, revisão e segurança maior do que possuem outras formas de saber não- científicas.  A ciência é um processo em construção. c) Conhecimento filosófico Filosofar é interrogar. Buscar o desvelamento do mistério. A essência da filosofia está na busca do saber, e não em sua posse. A Filosofia procura reflectir sobre os conhecimentos científicos adquiridos, exemplos:  A humanidade será dominada pela técnica?  A máquina substituirá o ser humano  O progresso técnico é um benefício para a humanidade?
  • 21. 15 d) Conhecimento teológico Duas são as atitudes que se podem tomar diante do mistério: i. Buscar uma explicação baseada em conhecimento científico ou filosófico; ii. Aceitar a explicação de alguém que já tenha desvendado o mistério, o que implica em uma atitude de fé diante do conhecimento revelado. A fé teológica está sempre ligada a uma pessoa que testemunha Deus diante de outras pessoas. Conjunto de verdades ao qual as pessoas chegaram, não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação dos dados da revelação divina. Entretanto, o foco é diferenciar os dois níveis de conhecimento que são, o cientifico e o senso comum, depois de se nortear esses níveis já pode-se fazer essa distinção, em poucas palavras o conhecimento científico segundo docente Magodo6 é gerado a partir da metodologia enquanto que o senso comum é o conhecimento gerado a partir das experiencias vividas no quotidiano. Referências bibliográficas Barros, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 3.Edicao. São Paulo: Makron Books, 2000. Chizzotti, Antônio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 5.Edicao. São Paulo: Cortez,1995. Fachin, Odília. Fundamentos de metodologia. 4.Edicao. São Paulo: Saraiva, 2003. Ferrari, Alfonso Trujillo. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1982. Ruiz, João A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3.Edicao. São Paulo: Atlas,1996. 6 Retirado de uma das aulas de Metodologia de Investigação Cientifica no Curso de Contabilidade e Auditoria no ISPM
  • 22. 16 Ciência Por: David Moisés Abrão Maburiro davidmoisesmaburiro@gmail.com 3.2.Evolução da ciência Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas de matemática, geometria e na medicina, mas os gregos por profundas preocupação adoptaram um termo que e a filosofia (filo = amigo + sofia [sóphos] = saber - e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar. Na idade media, os documentos para consulta estavam presos nos mosteiros das ordens religiosas, da igreja católica. E quando surgiu o termo utopia que significava, em nenhum lugar e neste período que o Thomas Campanela escreveu a obra cidade do sol. Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que propôs "a luz da razão sobre as trevas dos dogmas religiosos". O pensador René Descartes mostrou ser a razão a essência dos seres humanos, surgindo a frase "penso, logo existo". Apos o renascimento, <<Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se produzir o conhecimento, Este método entendia o conhecimento como resultado de experimentações contínuas e do aprofundamento do conhecimento empírico>> LAKATOS E MARCONI (2003). Por outro lado, através de seu Discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método dedutivo como aquele que possibilitaria a aquisição do conhecimento através da elaboração lógica de hipóteses e a busca de sua confirmação ou negação. Can we answer the induction principle? (ALAN F. CHALMERS, 1993, pp 37) Charles Darwin revolucionou a Antropologia, ferindo os dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria da Hereditariedade das Espécies ou Teoria da Evolução (JOSÉ LUIZ DE PAIVA BELLO 2009) Por tantos conflitos, surge a teoria anarquista de Feyerabend ' Against Method' esta teoria coincide com a ideia de Lakatos que diz ''a ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas e universais é simultaneamente não-realista e Além disso, a ideia é prejudicial à ciência, pois negligencia
  • 23. 17 as complexas condições físicas e históricas que influenciam a mudança científica. Ela torna a ciência menos adaptável e mais dogmática...''FAYERABEND, S.D Conhecimento Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenómeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. JOSÉ BELLO, 2009 Conhecimento empírico Conhecimento empírico é o conhecimento obtido ao acaso, apos inúmeros tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de acções não planejadas. Conhecimento Científico Conhecimento científico é o conhecimento racional, sistemático, exacto e verificável da realidade. sua origem esta nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos concluir que o conhecimento científico: é racional e objectivo, atem-se aos factos, transcende aos factos, é analítico, requer exactidão, é claro e comunicável, é verificável, busca e aplica leis, é explicativo, é aberto.
  • 24. 18 IDADE II: Introdução à gestão da Cadeia de Suprimentos 4. Pesquisa científica: conceitos Por: Dina Joalinho Sábado Quero Juliasse E-mail: dinajuliasse99@gmail.com Pesquisa científica – é a aplicação prática de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados por um pesquisador par desenvolvimento de um estudo. Ela se caracteriza por ser uma investigação extremamente disciplinada, que segue as regras formais dos procedimentos para adquirir as informações necessárias e levantar as hipóteses que dão suporte para a análise feita pelo pesquisador (cientista). Através deste conjunto de procedimentos, a pesquisa científica tem como objectivo encontrar respostas para determinadas questões proposta para o desenvolvimento de um experimento ou estudo, de maneira a produzir novos conhecimentos que visem o benefício da ciência. Este tipo de pesquisa se dedica em realizar estudos com uma abordagem inovadora, onde o pesquisador avalie se a temática apresentada é de interesse para a comunidade científica e se os resultados de estudo serão relevantes para o interesse social. No final da unidade, estará dotado de ferramentas que o auxilie a:  Conceituar a pesquisa científica, sua importância e classificação;  Conhecer as técnicas de recolha de dados e as formas de apresentação das referências bibliográficas.  Conhecer e descrever as normas de citação em trabalhos científicos do ISPM PESQUISA CIENTIFICA
  • 25. 19 A pesquisa científica também pode fazer uma abordagem de algum estudo já existente, como forma de refutar os resultados produzidos nesta pesquisa. Neste sentido, a pesquisa científica se torna um elo entre o pesquisador e a comunidade científica, o que torna a publicação e divulgação destes estudos de extrema importância para produção de conhecimento científico. Para a realização de uma pesquisa científica, é necessário que se apresente resultados mensuráveis, outra coisa necessária para uma pesquisa científica se qualificar como científica é apresentar resultados que serão possíveis de reproduzir. Isso porque não basta que um pesquisador original observe um fenómeno para que ele fique comprovado: é preciso que a observação passe pela comprovação de um teste. Se é preciso realizar um teste, é preciso, portanto que algumas coisas sejam analisadas.  A primeira é a importância de que o método seja reprodutível;  A segunda é que todo o método e os resultados sejam ostensivamente registados, de forma a tornar uma reprodução da pesquisa mais fácil e a conclusão confirmada. Referencias Marconi, M.A. fundamentos de metodologia científica. 5ed. São Paulo: atlas 2003. Severino, R. J et al… pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo, 1999. 4.1.A importância das pesquisas científicas e tecnológicas Por: Valdício Joaquim Paulino E-mail: valdiciopaulino@icloud.com
  • 26. 20 Pesquisa – É um processo sistemático de fazer/elaborar questões e de buscar respostas para estas perguntas. • Estratégia múltipla, sistemática de gerar conhecimento sobre o comportamento humano, a experiência humana, e o ambiente humano no qual o processo de acção e pensamento do pesquisador são claramente especificados de forma lógica, compreensível, reprodutível e utilizável. ( Depoy & Gitlin, 1994) • Processo realizado de forma organizada e sistemática para a produção de conhecimento • Procedimento racional e sistemático, com objectivo de obter respostas a problemas propostos. Pesquisas Cientificas – Aplicação de um conjunto de processos metódicos de investigação utilizados por um pesquisador para desenvolvimento de um estudo. Pesquisas Tecnológicas – Desenvolvimento de procedimentos técnicos, eficazes quanto possível para permitir a produção de bens ou serviços. Importância das pesquisas científicas e tecnológicas As pesquisas científicas e tecnológicas são extremamente importantes na vida dos seres humanos e da sociedade, pois é a partir delas que serão possíveis o adquirimento do conhecimento científico, responsáveis pelas transformações sociais e tecnológicas, sendo assim, diversos benefícios sociais irão surgir, contribuindo na melhoria de vida da população. Antigamente, as pesquisas científicas e tecnológicas não eram valorizadas como são nos dias de hoje, pesquisas podem ser consideradas uma mobilização social, ou seja, existem grandes movimentos e acções quando algo é descoberto ou utilizado para ajudar, evitar algum acontecimento. Como podemos observar em diversos lugares, o estudo e a procura de informações e novidades estão presentes em nossas vidas. O conhecimento e a pesquisa científica e tecnológicas andam juntos e fazem uma dupla de extrema importância para o ser humano tanto na saúde quanto financeiramente e de muitas outras formas, sem contar que ela sobrevive décadas e cada vez mais sua presença é essencial para nossas vidas. - Elas visam à melhoria e à evolução material da sociedade, permitem que sejam criadas novas políticas públicas direccionadas ao bem-estar social
  • 27. 21 - Servem de meio de divulgação de conhecimentos científicos - Ajudam na melhoria e descobrimento de novos conhecimentos para a sociedade e para a vida intelectual do pesquisador. - Fortes influenciadores na obtenção dos três pilares que pesquisador necessita em sua vida académica (ensino, pesquisa e extensão) através da leitura e elaboração de textos durante o procedimento de pesquisa. - Convertem a forma de pensar e de enxergar, acerca dos acontecimentos passados, presentes e ate dando lhe uma perspectiva do futuro melhor. - Dar mais ênfase sobre aquilo que foram os resultados obtidos ou a serem obtidos futuramente. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS DEPOY, Elizabeth & GITLIN, Laura N: Introduction to Research: Understanding and applying multiple strategies. UK: 1994. Por: Zefanias Jone Magodo Email: Zefanias.magodo@gmail.com Texto de: Lucas Margotti Lucas Margotti, graduando em Administração pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). Criador do site Tutor Executivo (www.tutorexecutivo.com).
  • 28. 22 A dinâmica do conhecimento no mundo depende de pesquisas e técnicas que vêm sendo estudadas para o desenvolvimento físico e intelectual da sociedade. A partir de novas pesquisas e novas técnicas, cientistas descobrem novos métodos de aprimoramentos essenciais para o desenvolvimento da vida e da sociedade. A capacidade de o indivíduo descobrir como manipular os distúrbios causados pela saúde, pelos factores ambientais, pela formação psicológica do indivíduo e principalmente factores sociais, económicos e tecnológicos que podem dificultar o convívio em paz na humanidade, está ligada à ética que lhe foi dada durante sua formação social e profissional. De tal forma, é perceptível quanto deve ser valorizado e aprimorado cada vez mais o trabalho científico no Brasil e no Mundo. O conhecimento de novas técnicas e de novos horizontes consegue dinamizar o mundo a reagir com novos paradigmas sociais. Quando mais técnicas são descobertas, mais capacidade o indivíduo tem acesso para desenvolver novos saberes. Essa cadeia do conhecimento contribui de forma significativa para o desenvolvimento da percepção do homem e para o progresso. É possível imaginar o quando o conhecimento progrediu, e de forma exponencial, até os dias de hoje. É possível imaginar que na Era antes de Cristo, o mundo já passava por enormes mudanças sociais e económicas. Levando em conta que os primeiros indícios de vida humana na terra surgiram há 200.000 anos atrás, é possível entender que nos últimos 2 a 3 mil anos que o indivíduo passou a desenvolver um pensamento mais crítico e intelectual. Uma análise ousada que podemos destacar, seria a diferença social e paradoxa do mundo actual com a sociedade 200 anos atrás, ou até mesmo perceber as estruturas sociais e científicas do Brasil nos últimos 100 anos. Como um principal sujeito dessas mudanças sociais e tecnológicas no mundo, o trabalho científico desde sempre visualizou o conhecimento e o aprimoramento de novas técnicas para o desenvolvimento tecnológico e social. Como exemplo, teorias elaboradas no passado, como as Teorias Gerais da Administração, conseguiram um impacto marcante na formação da sociedade empresarial. Desde a Administração Científica de Taylor ou a Administração Clássica de Fayol, teorias e novos paradigmas foram criados para contrapor aos problemas organizacionais estabelecidos por essas novas escolas organizacionais, que a partir de novos momentos não são mais aplicáveis aos novos problemas sociais. Por isso é de extrema importância o trabalho científico, sejam nas áreas tecnológicas, sociais aplicadas, biológicas, da saúde, da linguística, das exactas, etc. O importante é que o mundo valorize esse
  • 29. 23 tipo de trabalho e perceba como o trabalho científico contribui para a formação do indivíduo e da sociedade em geral. 4.2. Classificação da pesquisa científica Pesquisa científica quanto ao problema Por: Memor António Augusto Email: memoreantonioaugusto@gmail.com A definição de pesquisa científica como etapa do planejamento científico, é a fase que mais costuma tirar a noite de sono dos pesquisadores, sobretudo dos iniciantes. Mas, o que é pesquisa? É investigar
  • 30. 24 algo, é procurar respostas que ainda não existem para uma determinada pergunta. A definição do problema é a pergunta que a pesquisa pretende responder. Todo problema está dentro de um tema. Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, observadas, manipuladas. ou ainda O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa. Geralmente, a elaboração clara do problema é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal (Cervo & Bervian, 2002). Para entender um problema de pesquisa temos que entender o que não é um Problema não é um problema de pesquisa algo que se pode resolver pela intuição, pela tradição, pelo senso comum ou pela simples especulação. Problema científico  Precisa ser testável cientificamente  Precisa envolver variáveis que podem ser observadas ou manipuladas.  “Na acepção científica é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (Gil, 1999 p 49).  Segundo Vergara (2000) problemas de pesquisa apresentam relações entre variáveis: exemplo: Um policial perguntaria: “Quem saqueou o supermercado? ”;  Um pesquisador, provavelmente perguntaria: “Até que ponto o saque de supermercados pode estar associado aos níveis de desemprego? ” A pesquisa científica quanto à abordagem do problema, ela pode ser: Quantitativa: método que recorre a diferentes técnicas estatísticas para quantificar opiniões e informações, ou seja, segundo Richardson (1999, pag70), método quantitativo, como o próprio nome indica, caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de colectas de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Estudos dessa natureza podem aplicar técnicas como medias, desvio-padrão, moda, correlação, etc. (Richardson,1999). Neste sentido destacam se que a pesquisa quantitativa:
  • 31. 25  Utilização de medidas  Busca resultados quantificáveis  Não se preocupa com a qualificação de dados  Uso de estatística básica ou avançada Exemplo: processo de contagem de votos. Qualitativa: é um método descritivo que explora os detalhes da pesquisa e a vivência do próprio entrevistado ou pesquisador. Normalmente são implementadas técnicas de colecta, codificação e análise de dados, que tem como meta geral resultados a partir dos significados dos fenómenos estudados, sem a manifestação de preocupações com a frequência com que os fenómenos se repetem no contesto de estudo Os actores sócios envolvidos na pesquisa são levado a reflectir sobre suas acções e as consequências dessas acções para a realidade na qual estão inserido. “a abordagem qualitativa de um problema além de ser uma opção do investigador, justifica-se sobre tudo, por ser uma forma adequada para intender a natureza de um fenómeno social”(Richardson,1999,p.79). Nesse sentido, destaca-se que a pesquisa qualitativa envolve: ➢ Qualificação dos dados ➢ Avaliação da qualidade das informações ➢ Percepção dos actores sociais ➢ Não se preocupa com medidas. Exemplo: comportamento do consumidor A pesquisa qualitativa diferencia da quantitativa da seguinte forma: os procedimentos qualitativos apresentam um grande contraste com os métodos de pesquisa quantitativa. A investigação qualitativa emprega diferentes alegações de conhecimento, estratégias de investigação e métodos de colecta e análise de dados. Embora os processos sejam similares, os procedimentos qualitativos se baseiam em dados de texto e imagem, têm passos únicos na análise de dados e usam estratégias diversas de investigação. A pesquisa qualitativa analisa os “micro-processos”, estudando as acções sociais em que o investigador possa participar ou não da comunidade pesquisada, “[...] realizando um exame intensivo dos dados” (Martins, 2004, p. 289).
  • 32. 26 Referências CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002 GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de Monografias 2 . ed. São Paulo: Atlas. 1994. 107 p MARTINS, Heloísa Helena T. de Souza. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educação e pesquisa, São Paulo: USP, v. 30, n. 2, p. 289-300, maio/ago. 2004. RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas, 1999 Pesquisa científica quanto aos procedimentos metodológicos Por: Carlos Eugénio Marcelino Semba E-mail: Carlossemba@gmail.com Procedimentos
  • 33. 27 É a acção de proceder ou o método de executar algumas coisas. Trata-se do conjunto sequencial de acções, que permitem realizar um trabalho de forma correcta e atingir uma meta. Método - É a escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenómeno. Método e métodos situam-se em níveis claramente distintos, no que se refere à sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstracção, à sua finalidade mais ou menos explicativa, à sua acção nas etapas mais ou menos concretas da investigação e ao momento em que se situam. Metodologia É um conjunto de métodos pelos quais se rege uma investigação científica, por exemplo para esclarecer ou explicar melhor um conceito, o método e o procedimento indicado que determina a realização de determinados objectivos. Então a metodologia faz previamente o estudo dos métodos para determinar qual e o mais adequado para explicar ou sistematizar em uma investigação ou trabalho. O que são procedimentos metodológicos? São caminhos previstos pelo método científico: • Colecta de dados (observação) • Problema • Objectivos específicos • Interpretação de dados • Teorias/resultados de pesquisa existentes • Conclusões Os procedimentos metodológicos constituem a fase final de apresentação de um projecto de pesquisa. Após ter esclarecido as facetas do problema, sua fundamentação teórica (em que argumentos irá se sustentar/visões que irá refutar) e revisão bibliográfica (o que outros autores já escreveram sobre o assunto), é hora de demonstrar como o problema será abordado empiricamente. Para tanto, é preciso apresentar como isso será feito na seção dos procedimentos metodológicos. Para construir a apresentação dos seus procedimentos, pense sobre os seguintes elementos e tente responder às perguntas seguintes:
  • 34. 28 1. Métodos de investigação: como será estruturado o trabalho? Qual o foco empírico? Ex.: estudo de caso, SurveyMonkey, pesquisa acção etc. 2. Fontes e acesso aos dados: quem se irá entrevistar/questionar? De que forma? Com qual instrumento? Se os dados são secundários, de onde vêm? Se as fontes forem pessoas, como serão contactadas e abordadas? 3. Características da amostra: como será feito o delineamento da amostra? Ex.: aleatória, estratificada, por cotas etc. Qual é o público-alvo? [Veja: Exemplos de modelos de amostragem] 4. Colecta/produção de dados: a partir de que técnica se obterão os dados? Ex.: observação, entrevista, questionário, história de vida, pesquisa documental etc. Como será sistematizado o trabalho de campo? No trabalho de campo, as falas serão anotadas/gravadas, filmadas? Como os dados serão organizados? Será utilizado algum software de apoio? 5. Análise dos dados: como os dados serão analisados? Que técnica/perspectiva será utilizada para análise? Por quê? Será utilizado algum software específico para este trabalho? Ex.: NVivo, Atlas.ti, MaxQDA, MSExcel, SPSS etc). 6. Instrumentos de coleta de dados: o que será utilizado para produzir os dados? A entrevista ou o questionário será mais ou menos estruturado? Como o instrumento será distribuído e aplicado? Descrever claramente como a pesquisa empírica será realizada o auxilia a obter um melhor "controlo" sobre o trabalho e demonstra conhecimento sobre o processo de pesquisa, além de reconhecer a responsabilidade do pesquisador para com os dados e sua manipulação. Com uma contribuição às tentativas de fazer distinção entre os termos, diríamos que o método se caracteriza por uma abordagem mais ampla, em nível de abstracção mais elevado, dos fenómenos da natureza e da sociedade. Assim teríamos, em primeiro lugar, o método de abordagem, assim descriminado: a) Método indutivo - cuja aproximação do fenómeno caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente);
  • 35. 29 b) Método dedutivo - que, partindo das teorias e leis, na maioria das vezes prediz a ocorrência dos fenómenos particulares (conexão descendente); c) Método hipotético-dedutivo - que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenómenos abrangidos pela hipótese; d) Método dialéctico - que penetra o mundo dos fenómenos através de sua acção recíproca, da contradição inerente ao fenómeno e da mudança dialéctica que ocorre na natureza e na sociedade. Por sua vez, os métodos de procedimento seriam etapas mais concretas da investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral do fenómeno e menos abstractas. Dir-se-ia até serem técnicas que, pelo uso mais abrangente, se erigiram em métodos. Pressupõem uma atitude concreta em relação ao fenómeno e estão limitados a um domínio particular. São os que veremos a seguir, na área restrita das ciências sociais, em que geralmente são utilizados vários, concomitantemente. • Método Histórico • Método Comparativo • Método Estatístico • Método Funcionalista • Método Tipológico • Método Estruturalista Referências bibliográficas BOAVENTURA, Jorge. O ocidente traúJo. São Paulo: Impres!Lithographica Ypiranga, 1979. Capítulo 7. BUNGE, Mário. Epistemologia: curso de atualização. São Paulo: T. A. Queiroz! EDUSP, 1980. Capítulo 2. CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos estudantes universitários. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978. Parte I, Capítulo 2, itens 2.4 e 2.5.
  • 36. 30 COHEN, Morris, NAGEL, Ernest. Introducción a la lógica y al método cient(fico. 2. ed. Buenos Aires: AmoITortu, 1971. v. 2, Capítulo 14. COPI, Irving M. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1974. Parte III, Capítulo 13, Item V. 112 DEMO, Pedro. Metodologia cientlfica em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1981. Parte II, Capítulo 8. IUDÍCIBUS (2000), a Contabilidade, na abordagem sociológica, é do tipo "bem-estar social" (welfare). OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de, PERIM, Gianna Lepre. (org.) Fundamentos pedagógicos do Programa Segundo Tempo: da reflexão à prática. Maringá: Eduem, 2009. 4.3. Citação nas pesquisas científicas Definição de citação e tipos de citação Por: Dário Joalinho Sábado Quero Juliasse E-mail: Wdialrsion@gmail.com Porque fazer uma citação? É de esclarecer, de maneira sucinta, o que é uma “citação”. Para tanto, nada melhor do que recorrer à definição da ABNT. Ela orienta que citação é: “Menção de uma informação extraída de outra fonte” (ABNT, 2002, p. 1). Desse modo, pode-se entender que “citar” é “introduzir” a “fala” (texto) ou parte dela (fragmento textual) de outro autor em textos de nossa autoria. Daí, surge a perguntar: por que fazer citação? Não pode-se afirmar algo por conta própria? em comunicação diária, nas actividades quotidianas não formais. SIM! Pode-se falar o que quiser e como quiser, mas no meio académico. NÃO! Recorrendo aos autores Aleixo e Daverni para esclarecer ainda mais a questão: Para que um trabalho académico (ou seja, os trabalhos que se faz no curso de Graduação, que vão desde as actividades até o Trabalho de Conclusão de Curso) possa ser considerado relevante, é
  • 37. 31 preciso que ele esteja fundamentado em estudos na área do assunto abordado. [...] Dessa forma, para demonstrar que trabalho reconhece as pesquisas relevantes na área e não partiu de uma ideia vaga e sem fundamentação, mas que está baseado teoricamente em estudos anteriores à sua produção, as referências bibliográficas são fundamentais: elas mostram que foi pesquisado antes deve-se afirmar qualquer coisa! (Aleixo; Daverni, 2012). Pode-se entender que não é correcto afirmar algo no meio académico que não esteja fundamentado em um referencial já validado pela comunidade acadêmico-científica. NORMAS DE CITAÇÕES A elaboração de uma bibliografia, é normalmente fonte de dúvidas na execução de trabalhos académicos uma vez que existem várias formas de realizá-las (Normas). Para evitar ambiguidades, e meramente como instrumento de referência rápida, o Instituto Superior Politécnico Manica de apresenta a proposta do sistema de Harvard reconhecido internacionalmente. O sistema de referência de Harvard é o método mais directo de reconhecer o trabalho de um autor, pois, à partida, só é necessário mencionar o autor e data de publicação no texto que está a ser elaborado. O leitor pode facilmente localizar a descrição completa da obra em causa ao recorrer à bibliografia apresentada no final do documento. O sistema tem a vantagem de mostrar de imediato o autor citado, reconhecer facilmente, e saber quão recente é a informação. CONCEITO Citação: forma breve de referência colocada entre parênteses no interior do texto ou em nota em pé de página, e que permite identificar a publicação onde foi obtida a informação e indicar a localização exacta da fonte. Conforme Amaral (1999). “As citações são textos transcritos ou informações retiradas das publicações para a realização do trabalho”. “Menção de uma informação extraída de outra fonte”, (ABNT, 2002). IMPORTÂNCIA As citações são utilizadas para: Dar credibilidade/fundamentação ao trabalho científico;
  • 38. 32 Fornecer informações a respeito dos trabalhos desenvolvidos na área de pesquisa; Fornecer exemplos de ponto de vista semelhantes ou divergentes sobre o assunto objecto de sua pesquisa Informar ao leitor sobre as fontes pesquisadas, que serviram de referência e suporte ao trabalho de investigação e que deu origem ao trabalho escrito. TIPO DE CITAÇÃO As citações podem ser: - Citação directa/textual É a transcrição ou cópia de um parágrafo, uma frase ou expressão, usando exactamente as mesmas palavras usadas pelo autor do trabalho consultado. É reproduzida entre aspas e destacada tipograficamente, exactamente como consta do original, acompanhada de indicação sobre a fonte consultada. (Ispm.Pp.14) Exemplo 1: Como afirma Leme (2001, p. 524) "A transferência envolve generalização de estímulos, que passam a controlar o comportamento em uma situação diferente daquela em que foi adquirido”. A citação no final de parágrafo “Emoções são parte da condição humana e, portanto, inerentes a qualquer ambiente empresarial, e elas têm impacto na função e no desempenho” ( Frost ,2003, p. 22). As citações com mais de três linhas São destacadas do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, com fonte menor que a do texto, sem aspas e digitadas em espaço simples. Ao assim fazê-lo nos atemos ao movimento nos bastidores da sua inserção e sedimentação no campo educacional, intenso e conflituoso, explorando as contradições de uma área que assiste seu espaço reduzir-se ao tempo em que mais apresenta possibilidades e motivos - que não aqueles sintonizados com a lógica oficial - de se fazer presente. (Castellani , 1999, p. 24).
  • 39. 33 Nas citações directas podem ser indicadas supressões, interpolações, ênfase ou destaques, do seguinte modo: • Supressões: [...]. Elas podem surgir no início, meio ou fim da citação. Exemplo . "Alguns critérios são estabelecidos [...] esclarecendo que a avaliação deverá ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno [...]". (Silva, 2002, p. 65). - Citação indirecta/livre É a reprodução das ideias de um autor, usando as próprias palavras, ou seja, sem transcrever as palavras do autor, alterar a linguagem do texto ( altera o plano de expressão, isto é, como se diz, mas não altera o sentido do conteúdo o que se diz. As indicações de autoria incluída no texto devem ser feitas em letras maiúsculas e minúsculas, indicando- se a data e páginas (caso seja uma citação directa) entre parênteses. Exemplo Webster e Mitchell (1998) sugeriram que... De acordo com Marques (2004) a relação interpessoal nos grupos de trabalho das organizações nem sempre são tranquilas. Muitas vezes existem turbulências que afectam o desempenho da produtividade. Uma das principais dificuldades que permeiam as organizações da aprendizagem situa-se no aprender a aprender. Quando as organizações aprendem, elas desenvolvem uma postura mais flexível, onde o erro é visto como uma experiência positiva na construção de um novo conhecimento (Bitencourt, 2004). Um autor: Segundo Moraes (2010) Dois autores: Segundo Moraes e Souza (2011) Três autores: Dudziak, Gabriel e Vilella (2009) Mais de três autores: Belklin et al. (2009, p. 76) - Citação de citação É uma citação directa ou indirecta de um documento, livro em que não se teve acesso ao original, ou seja, cita-se um autor que foi citado por outro autor, do qual teve acesso ao documento original. (Ispm.Pp.14).
  • 40. 34 “A ciência é baseada no que podemos ver, ouvir, tocar, etc. Opiniões ou preferências pessoais e suposições especulativas não têm lugar na ciência” (Chalmers, 1993, citado por Gil, 2001, p. 168). Outras Regras de Citação Citação de diversos autores com o mesmo apelido deve incluir as iniciais do primeiro autor em todas as citações do texto, mesmo que o ano de publicação seja diferente, (Ispm.Pp.14). Exemplo: Sanches, C. S. (2000). Sanches, E. A. (2005). Sanches, A. B. (2000) Por outro lado, diversos documentos do mesmo autor, publicados num mesmo ano, devem ser identificados após o ano pelos sufixos a, b e c, sem espaçamento. Na lista de referências são ordenados alfabeticamente pelo título. Exemplo: Pérez-Nebra e Torres (2002a). Pérez-Nebra e Torres (2002b). (Pérez-Nebra e Torres, 2002a, 2002b). Pettigrew (1992a, 1992b). BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - Bibliografia consultada Amaral, W. (1999). Guia para apresentação de teses, dissertações e trabalhos de graduação. 2ª Edição. Livraria Universitária – Universidade Eduardo Mondlane, Maputo. - ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. -10520: informação e documentação – citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
  • 41. 35 Disponível:<http://www.gerenciamento.ufba.br/disciplinas/metodologia/nbr10520.pdf>. Acesso em: 4 Agosto. 2019. - Claretiano, centro universitário ( 2016), Coordenadora geral de Pesquisa e Iniciação Cientifica: Manual básico para citação. Batatais ISPM, P 13-14.2016, Manual para apresentação de trabalhos académicos. [Livro Electrónico] [Consult. 06 de Agosto de 2019]. 4.4. Plagio nas citações Por: Edson Luís Valentim Email: edsonvalentim2151@gmail.com Contacto: +258 822151869 DEFINIÇÃO Plágio é apresentar como suas palavras, ideias, dados, obras de arte ou designs de outra pessoa – a não ser que sejam consideradas conhecimento geral – sem indicar o verdadeiro autor. (Coughlin 2013, pag.18) SIGNIFICADO DE PLÁGIO ACADÊMICO A definição mais utilizada para plágio académico é que este se configura quando um aluno retira, seja de livros ou da Internet, ideias, conceitos оu frases dе outro autor (que as formulou е as publicou), sem lhe dаr о devido crédito, sеm citá-lo como fonte de pesquisa.
  • 42. 36 Trata-se de υmа violação dоs direitos autorais dе outrem. Isso tеm implicações cíveis е penais. Е о “desconhecimento dа lei” nãо serve dе desculpa, pois а lеі é pública е explícita. Em obras escritas, isto faz-se de três formas: (i) Cópias literais (palavra a palavra) sem aspas e/ou referências; (ii) Paráfrases sem referências; e (iii) “Uso das ideias, dados ou provas originais de outro autor (embora não as suas palavras), sem referência à fonte” (Coughlin 2013,pag,18). Destes tipos de base derivam muitos outros subtipos e combinações, muitas vezes sobrepostos.1 Por exemplo, há plágio de mosaico quando no trabalho se usam “fragmentos de uma fonte (ou de várias fontes), alterando algumas palavras aqui e ali, sem qualquer paráfrase adequada ou citação directa” (Programa de Escrita do Harvard College 2013). Deixando de lado as questões dos direitos de autor, a reutilização do seu próprio trabalho, especialmente se se cita a fonte e se o público-alvo é muito diferente do público-alvo do trabalho original, é geralmente considerada republicação aceitável. No entanto, se o público-alvo é essencialmente o mesmo (por exemplo, através de outra revista científica da mesma disciplina) ou se não é referida a fonte, a reutilização passa a ter um nome menos respeitável, autoplágio,2 especialmente quando se trata da reciclagem de grandes excertos TIPOS DE PLÁGIO ACADÊMICO Para Garschagen (apud SILVA, O., 2008), os três tipos principais são: a) o integral ou directo, que consiste na cópia palavra por palavra, sem citar fonte do texto; b) o parcial, quando o trabalho académico é um mosaico formado por cópias de parágrafos e frases de autores diversos, sem mencionar suas obras; e c) o conceitual, ou indirecto, quando há utilização da ideia do autor escrevendo de outra forma, porém, novamente sem citar a fonte original. MOTIVOS E INFLUÊNCIAS DO MEIO Alguns alunos plagiam por ignorância da ética profissional e técnicas adequadas de citação; outros, para compensar a falta de boas capacidades de pesquisa e de redacção; e outros ainda, devido à pressão de prazos apertados.
  • 43. 37 Embora aprender a redigir bem e a referir as fontes deva começar no ensino básico ou médio, muitos estudantes universitários não o sabem fazer.40 “Capacidades de estudo ineficazes [estão também] relacionadas com desempenho abaixo do nível académico, falta de integração académica e tendência para plagiar” (Bennett 2005:154). Apontamentos mal copiados podem também causar plágio involuntário (Pecorari 2013:1 Ch, KL642.). Além disso, mesmo os estudantes com estas competências podem ceder à tentação de boas notas com pouco esforço, especialmente se a detecção for rara e o castigo fraco ou inexistente. Quem Perde? Quem Ganha? Quando os estudantes plagiam, as suas instituições de ensino e os seus professores têm maus resultados e, se a fraude assumir grandes proporções, põem em risco a sua reputação. (Weber-Wulff 2014, pag.22). 4.5. Técnicas / métodos / instrumentos de colecta de dados Guião de entrevista Por: Rosa Da Ómega Jaime Selemane Para apoiar a realização da entrevista, deverá ser elaborado um guião que contenha: ➢ Uma introdução onde se explica o que se pretende com a entrevista; ➢ 2 Ou 3 perguntas para colocar; ➢ Outras maneiras de voltar a colocar algum dos assuntos, caso se mostre necessário. Nota: Há que ter cuidado para que a introdução seja sintética e não direccione as respostas dos entrevistados. Registo da informação Certificar-se que se dispõe de um gravador para registo da entrevista. Antes da entrevista convém ver se tudo está a funcionar bem: fita, pilhas, captação do som. Local da entrevista É essencial que haja cuidado na escolha do local onde realizar a entrevista. Há que assegurar: ➢ Que se escolhe um local calmo, sem muito ruído:
  • 44. 38 ➢ Que há alguma privacidade (a pessoa a entrevistar não deve estar acompanhada de uma outra pessoa, correndo-se o risco de vir a interferir). Atitude perante o entrevistado O entrevistador deverá ter sempre uma atitude de aceitação em relação às opiniões expressas pelo entrevistado. Deve: ➢ Pensar sempre que não há opiniões certas ou erradas, há só opiniões; absterse de as julgar; ➢ Quanto a conhecimentos, esses podem ser certos ou errados, mas uma entrevista não é um exame; regista-se o que cada entrevistado diz, para depois se analisar; ➢ Mostrar compreensão e simpatia pelos entrevistados. O que se pretende é recolher opiniões de pessoas diferentes e procurar compreendê-las. Registo dos dados É conveniente gravar a entrevista, de forma a ficar de posse da informação e tratá-la posteriormente. Antes de iniciar a entrevista deverá ser pedida autorização ao entrevistado para fazer a gravação. Tratamento dos dados da entrevista Nesta fase, há que fazer a leitura dos dados da entrevista, com o objectivo de descobrir padrões. Para isso: a) Comparam-se as várias declarações dos 12 entrevistados acerca de cada assunto (há várias opiniões sobre o mesmo assunto); b) Examina-se como cada pessoa pensa sobre os vários assuntos de que fala (cada pessoa combina à sua maneira opiniões sobre diversos assuntos); c) Relacionam-se as declarações de cada pessoa com as suas características sociais (idade, sexo, escolaridade); d) Procura-se encontrar padrões de conjunto compreensíveis. A elaboração de uma grelha para análise dos dados da entrevista será um óptimo apoio. Construção do guião da Entrevista A construção de um guião de entrevista deve fazer-se com todo o rigor possível e segundo vários passos, dos quais destacamos: • Descrição do perfil do entrevistado (nível etário, escolaridade, …); • Selecção da população e da amostra de indivíduos a entrevistar;
  • 45. 39 • Definição do propósito da entrevista (tema, objectivos); • Escolha do meio de comunicação (oral, escrito, telefone, email, espaço (sala de jardim, …) e o momento (dia, hora, duração, …); • Discriminação dos itens/ questões a colocar; • Elaboração do guião (apresentação gráfica) • Validação da entrevista pelo aconselhamento e critica de personalidade relevante; • Elaborarão das questões de acordo com o tema, objectivos da entrevista, expectativas do entrevistador e de possíveis utilizadores do estudo, considerados os aconselhamentos. • Escolhas de perguntas abertas (fale-me de…) e fechados (das seguintes hipóteses escolha, …) • Adequação das perguntas ao entrevistado, utilizando vocabulário claro, acessível e rigoroso; • Construção/revisão de perguntas alternativas para evitar eventuais fugas ao tema; • Decisão dos números de perguntas e sua ordenação, no âmbito de cada demissão temática; • Formatação da entrevista (cabeçalho com identificação, instituição, proponentes, título, data); • Apresentação sucinta da entrevista, incluindo os objectivos; • Estruturação das perguntas. Preparação da entrevista 1. Selecção dos entrevistados Dever-se-á tomar decisões em relação aos critérios para a escolha do grupo a entrevistar. Haverá que optar entre um grupo homogéneo ou heterogéneo (nível etário, sexo, nível de escolaridade). Em princípio, um grupo heterogéneo será mais interessante, nos contactos a estabelecer e na análise comparativa das declarações. Recomenda-se que cada grupo de alunos assegure entrevistas a 12 pessoas, na presunção de que cada grupo é constituído por 4 alunos e que cada aluno assegura 3 entrevistas. Para o registo das respostas, é importante que o entrevistador, defina um plano para a anotação das respostas. Para Gil (1999), No caso de entrevistas estruturadas, até mesmo alguns manuais têm sido elaborados para indicarem a melhor forma de anotar as respostas, como o do Survey Research Center, da Universidade de Michigan, citado por Ander-Egg (p. 117), que recomenda: a) Dispor o formulário sobre a mesa ou superfície lisa; b) Situar na mesma linha visual o formulário e o entrevistado, para poder observar a um e ao outro sem grandes movimentos, centrando a atenção no informante; c) Começar a anotar apenas depois que o entrevistado começar a responder;
  • 46. 40 d) Usar ponto de exclamação (!) quando o tom da resposta assim o pede; e) Anotar alguns aspectos e atitudes do entrevistado que possuam alguma significação útil; Segundo Rosa; Arnold (2006 p. 49 e 50), para que as questões elaboradas se efectivem, existem algumas tácticas que provocam um maior retorno e uma colecta de dados mais completa: ➢ Táctica do silêncio, muito útil quando o entrevistador sabe o momento adequado para introduzir a sua fala ou questionamentos. ➢ Táctica da animação e elaboração, a animação inclui todo o tipo de observação, ruídos e gesto que permitem ao entrevistador demonstrar ao entrevistado que este deve continuar falando. A elaboração implica não só em animar o entrevistado, mas também pedir que ele se estenda respondendo sobre o tema. ➢ Táctica da reafirmação e repetição consiste basicamente em se obter informações adicionais, mediante a repetição de expressões emitidas pelo entrevistado, por meio da formulação de perguntas directas. ➢ Táctica da recapitulação consiste em levar o entrevistado a relatar, de novo, algumas trajectórias de sua vida, organizadas cronologicamente. ➢ Táctica do esclarecimento permite ao entrevistador solicitar ao entrevistado que detalhe uma sequência de passos, ou, em determinado momento do relato, solicitar que discorra e verbalize sobre o que acaba de referir. ➢ Táctica de alteração do tema é utilizada quando o entrevistador não tem mais perguntas a respeito do tema e os objectivos da entrevista não foram atingidos. Então ele lança mão de novos temas e questionamentos que complementam e levam ao resultado esperado. ➢ Táctica da pós-entrevista trata-se de um prolongamento do encontro entrevistador entrevistado, quando se dá por concluída a entrevista formal, produzindo uma certa redefinição da situação. Grelha para distribuição dos entrevistados Será vantajoso que se elabore uma grelha na qual se insira a informação relativamente às características de cada uma das pessoas a entrevistar. No pressuposto de se pretender um grupo de entrevistados heterogéneo, podem fazer-se várias combinações de: Idade – distribuir os entrevistados por três ou quatro escalões, por exemplo: 15-24 anos;
  • 47. 41 25-34 anos; 35-54 anos; 55-74 anos. Sexo – distribuir os entrevistados pelos dois sexos: masculino; feminino. Escolaridade – distribuir os entrevistados pelos três principais níveis de ensino: básico; secundário; superior. Claro que há mais combinações possíveis destas três “variáveis de caracterização social” do que 12 (n.º de entrevistados). Mas pode obter-se uma boa heterogeneidade distribuindo os entrevistados pelas várias possibilidades de cada variável. Exemplo: Os alunos irão, assim, procurar 12 pessoas, cada uma com a s características indicadas. Se for muito difícil, é importante: a) Procurar perceber porquê. Será que, afinal, cada um de nós só conhece pessoas de certos perfis sociais e não de outros, ou, pelo menos, tem dificuldade em contactá-los? b) Encontrar maneiras de chegar até essas pessoas, através de outras conhecidas, da ida a outros locais, c) Optar por um grupo menos diversificado socialmente, se não houver outro remédio. Sobre o Tema encontram-se três tipos gerais de declarações (dizer quais). ➢ O entrevistado 1 é parecido com o entrevistado 4: são do mesmo “tipo” (quanto às suas opiniões acerca dos assuntos tratados nas entrevistas). ➢ Atendendo às suas declarações, encontraram-se 2, 3 ou 4 tipos de entrevistados (dizer quais são esses tipos, segundo os temas que mais distinguem os tipos uns dos outros). ➢ Pode acontecer que esses diversos tipos de opiniões (padrões de declarações) correspondam a perfis sociais diferentes (idade, sexo, escolaridade). Se isso acontecer, o que é que isso poderá significar, quando acontece? E quando não acontece? Referencia Bibliográfica Antónia. R, (2008), A perspectiva da entrevista na investigação qualitativa. Evidência: olhares e pesquisa em saberes educacionais, Araxá/MG, n. 04, p.129-148,. Carlos.G, (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 202 p. ISBN: 8522422702.
  • 48. 42 RICHARDSON, Ro J. (1999), Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 327p. ISBN: 8522421110. Evidência, Araxá, v. 7, n. 7, p. 237-250, ROSA, M et all, (2006), A entrevista na pesquisa qualitativa: mecanismos para a validação dos resultados. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 112 p. Questionário Por: Rosa Tiago Daniel Questionário é um instrumento de colecta de informação, utilizado numa sondagem ou inquérito. O questionário é frequentemente confundido com entrevista, teste, formulário, inquérito e escala. Tecnicamente o questionário é uma técnica de investigação composta por um número grande ou pequeno de questões apresentas por escrito que tem por objectivo propiciar determinado conhecimento ao pesquisador. Diferencia-se do formulário, pois este pode ser qualquer impresso com campos próprios para a notação de dados. Estrutura do Questionário Basicamente o questionário é estruturado em: ✓ Tema; ✓ Instruções de preenchimento ✓ Introdução ao questionário ✓ Perguntas. Tipos de questões Questões fechadas uma questão diz-se fechada quando as hipóteses são impostas. O respondente apenas pode assinalar respostas mediante as várias opções que lhe são apresentadas. Deste modo, o respondente terá de identificar a resposta que pretende dar, face a listagem que lhe é apresentada. Dentro da classe das respostas fechadas identificam-se (3) três categorias:
  • 49. 43 ✓ Questões de resposta única; ✓ Questões de resposta múltipla; ✓ Questões de escala; Exemplo de questões de resposta única EX: Você fuma? Sim Não Exemplo de questões de resposta múltipla EX: Qual é o seu grau de escolaridade? ( ) Sem escolaridade; ( )Médio incompleto; ( ) Superior completo; Exemplo de questões de resposta de escala EX: Você é a favor da descriminação do aborto? o Totalmente favorável; o Moderadamente favorável; o Indiferente o Moderadamente contrario; Questões abertas neste tipo de questões não há qualquer limitação as respostas. Não sugere qualquer tipo de respostas são dadas pelas palavras do respondente. Exemplo de Questões Abertas Ex: O que levou a decisão de deixar o seu ultimo emprego?
  • 50. 44 Estes tipos de questões devem ser analisados por um profissional especializado. Elas podem trazer informações inesperadas e novas. Contudo, não é possível fazer uma análise estatística. Quando a resposta para a questão aberta for quantitativa, ela pode ser analisada estatisticamente e trará mas opções de análises. EX: qual é a sua idade? Vantagem dos questionários ❖ Possibilita atingir grande número de pessoas de diversas localizações geográficas com baixo custo; sem interferência de aparelhos electrónicos; ❖ Permite as pessoas o respondam no momento que lhes pareça mais apropriado; ❖ São fáceis de ministrar. ❖ Não expõe os pesquisadores á influência da pessoa do pesquisador; Desvantagens dos questionários ❖ Desonestidade; ❖ Dispensadas; ❖ Falta de respostas conscienciosas; ❖ Questões dispensadas Limitações dos questionários ❖ Excluem pessoas analfabetas; ❖ Impedem o auxílio ao pesquisado quando o mesmo não entende a determinada pergunta; ❖ Não oferece garantia de que as maiorias das pessoas o devolvam totalmente preenchido; ❖ Envolve geralmente um pequeno número de perguntas; ❖ Os resultados podem ser criticados em relação á objectividade. Construção do questionário importantes ter alguns cuidados como: A forma das perguntas As perguntas podem ser classificadas quanto a sua forma da seguinte maneira
  • 51. 45 A construção do questionário terá grande influencia nos resultados que serão, obtidos por isso ,são Abertas –o interrogado responde com suas próprias palavras e, por isso, são deficieis de tabular e analisar . Fechadas-englobam todas as respostas possíveis, sendo melhor de tabular. Mistas-reúne as características tanto de perguntas abertas quanto fechadas. Formulação das perguntas É necessário um cuidado especial na elaboração das perguntas. A seguir algumas dicas: ❖ As perguntas devem ser formuladas duma forma clara, concreta e precisa; ❖ Considerar o sistema de referência e de informação do interrogado; ❖ A pergunta deve possibilitar uma única interpretação; ❖ A pergunta deve sugerir respostas; ❖ As respostas devem tratar de uma única ideia. Inquérito Por: Marques Simões Sencoreis Inquéritos O inquérito é uma técnica de investigação que permite a recolha de informação directamente de um interveniente na investigação através de um conjunto de questões organizadas segundo uma determinada ordem. Um inquérito por questionário é um conjunto de questões sobre um problema, previamente elaboradas, para serem respondidas por um determinado sujeito, por escrito ou oralmente. Na opinião de Quivy e Campenhoudt (1998:188), o inquérito por questionário “Consiste em colocar a um conjunto de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas”. Estas perguntas dizem respeito à situação social, profissional ou familiar dos inquiridos. Reportam-se “às suas opiniões, à sua atitude em relação a opções ou a questões humanas e sociais, às suas expectativas, ao
  • 52. 46 seu nível de conhecimentos ou de um problema, ou ainda sobre qualquer outro ponto que interesse os investigadores.” Aspectos mas relevantes do inquérito De acordo com Tuckman (2000) um dos processos mais directos para encontrar informação sobre determinado fenómeno, consiste em formular questões às pessoas que, de alguma forma, estão envolvidas ou relacionadas com fenómeno. Contudo, o processo de elaboração das referidas questões não é óbvio e deve ser claramente sistematizado pelo investigador. Definir o objecto de estudo, produzir e aplicar os instrumentos, analisar, organizar e apresentar os resultados são as principais fases do planeamento do inquérito. Quem vamos inquirir? O que pretendemos saber? O que vamos questionar? Como vamos questionar? Como vamos fazer a recolha dos dados? Como vamos tratar os dados? São exemplo de algumas questões que o investigador deverá colocar e analisar cuidadosamente. O planeamento do inquérito é extremamente importante para a validade e fiabilidade dos resultados. Por outro lado, é necessário assegurar se os inquiridos estão ou não disponíveis para colaborar. É nesta fase de planeamento que o investigador deverá, também, definir a população alvo ou uma amostra representativa desta. Na impossibilidade prática ou temporal da aplicação do questionário e/ou entrevista à população, o investigador deverá calcular uma amostra representativa da população em estudo. Por outro lado, o investigador deverá definir qual o grau de envolvimento com os inquiridos, uma vez que, tanto o questionário como a entrevista pode ser de administração indirecta ou de administração directa. Segundo Carmo & Ferreira (1998:124) apresenta uma outra classificação relacionando o grau de directividade das questões com o grau de envolvimento do investigador com a população inquirida: Como se constrói um Inquérito? A construção do mesmo deve ser revestida do máximo cuidado. Segundo Ghiglione & Matalon (1992: 119), “A construção do questionário e a formulação das questões constituem, portanto, uma fase crucial do desenvolvimento de um inquérito. [...] Qualquer erro, qualquer inépcia, qualquer ambiguidade, repercutir-se á na totalidade das operações anteriores, até às conclusões finais” Devemos ter em consideração as seguintes regras na elaboração do inquérito:
  • 53. 47 ➢ Adequar a linguagem à faixa etária a que se aplica o questionário. ➢ Estabelecer um número de questões, adequadas ao tema e ao tempo que se pretende que o inquirido leve a responder. O Inquérito em três etapas… 1. Fase de preparação a. Definir o tema do Inquérito. b. Identificar o público-alvo. c. Definir a amostra: número de inquéritos a realizar. d. Seleccionar a forma de aplicar os questionário: aleatório (por exemplo: todos os alunos que entram no bar da escola) sistemático (por exemplo: todos os alunos n.º 5, 10, 15, 20 de cada turma da Escola). 2. Fase de elaboração a. Definir a estrutura do questionário: aberta (com questões abertas, aceitamos respostas mais detalhadas) ou fechadas (questões que sugerem hipóteses aos inquiridos). b. Elaborar cerca de 20 questões sobre o tema. c. Seleccionar as questões consideradas muito importantes, pois o tempo é limitado para quem responde e para quem analisa o inquérito. 3. Fase de Aplicação a. Explicar os objectivos do inquérito. b. Garantir o anonimato. c. Não insistir na questão, perante a recusa do inquirido. O inquérito por questionário possui vantagens relativamente a outras técnicas A observação directa e o inquérito por questionário de administração directa, ➢ oferece a possibilidade de inquirir muitas pessoas quase em simultâneo; ➢ economizando tempo; ➢ garantindo o anonimato aos inquiridos; ➢ proporcionando uma maior liberdade de resposta e uma maior facilidade no tratamento estatístico dos dados. Desvantagens ➢ No momento da recolha de dados o investigador não influencia o inquirido, mantém-se o anonimato, possibilita grandes amostras, (embora a possibilidade de inquirir muitas pessoas
  • 54. 48 quase em simultâneo, economizando tempo, garantindo a representatividade nunca seja absoluta dado que está sempre limitada por uma margem de erro. BIBLIOGRAFIA Carmo, H. & Ferreira, M. (1998) Metodologia da Investigação: Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta. Ghiglione e Matalon (1992: 119), METODOLOGIA:Instrumentos de recolha de dados. Conversa informal Por: Nurcia da Ieda Mocumbi Email: nurciamocumbi@gmail.com É o tipo de conversa usada em alguns contextos quando existe confiança entre os interlocutores, sendo bastante comum entre amigos e familiares, ou seja, ela também pode ser usada em situações mais descontraídas, nela não é necessário o uso da norma culta, sendo comum o uso de gírias e coloquialismo. (linguagem que não segue as regras gramaticais) Características: • Despreocupação com uso de normas gramaticais; • Utilização de coloquialismo, expressões populares, gírias, palavras inventadas; • Uso de palavras abreviadas, como: vc, q, facul, qd(quando); • Sujeita a variações culturais e regionais;( kani , ina?) • Utilização de vocabulário simples. Porém a conversa informal não é só usada apenas quando falamos, podemos usar quando escrevemos um cartão postal para um familiar, amigo ou mesmo uma mensagem de texto, algumas publicidades usam esse tipo de linguagem para causar efeito e atingir o publico – alvo. Ex: txuna credito ,cerveja txoti.
  • 55. 49 • Ontem gudjamos um frango bom linguagem informal; • Ontem comemos um frango saboroso linguagem formal. 4.6. Amostra e Amostragem Amostra: definição de amostra e formulas para calcular a amostra Por: Octávia Catique E-mail: octaviacatique@gmail.com Antes de falarmos sobre a amostra temos que saber primeiro o que é uma população. Se o pesquisador trabalha com todo o grupo que ele pretende compreender, dizemos que este esta trabalhando com a população. População: consiste em um conjunto de indivíduos que compartilham de pelo menos uma característica comum, seja ela cidadania, filiação a uma associação de voluntários, etnia, matricula da universidade e mais. Tipicamente, a população é muito grande, portanto fazer um censo ou uma enumeração completa de todos os valores na população é pouco prático ou ate mesmo impossível. No entanto, o pesquisador trabalha com tempo, energia e recursos económicos limitados. Portanto são raras vezes em que pode trabalhar com todos elementos da POPULACAO. Geralmente, o pesquisador estuda um pequeno grupo de indivíduos retirados da população. Este grupo denomina-se AMOSTRA. Em estatística e metodologia da pesquisa quantitativa, uma amostra é um conjunto de dados colectados e/ou seleccionados de uma população estatística por um procedimento definido. Devore, Jay (2008). os elementos de uma amostra são conhecidos como pontos amostrais, unidades amostrais ou observações. A amostra geralmente representa um subconjunto de tamanho manejável, o que significa que o pesquisador pode trabalhar com a sua amostra manejando-o da forma como ele quer que o seu trabalho seja feito/ respondido pela população amostral. MARCONI (2010)
  • 56. 50 Para determinarmos amostra populacional usamos a seguinte formula da teoria de slovin quando não temos ideia do comportamento da população. Onde: n- tamanho da amostra N- tamanho da população e- erro máximo (25%)=0.25 Não podemos evitar a ocorrência do ERRO AMOSTRAL, porém podemos limitar seu valor através da escolha de uma amostra de tamanho adequado. Isto significa que numa amostra sempre existem erros mais é importante as evitar usando um tamanho adequado, isto é, usando a fórmula para achar o número real da sua amostra a pesquisar. Ex: o estudante do curso de contabilidade e auditoria do ISPM precisa fazer um estudo sobre a aplicação da contabilidade na área empresarial nas empresas localizadas no centro de Moçambique (Manica, Tete, Sofala e Zambézia). A zona centro contem aproximadamente cerca de 68 empresa que praticam diversas actividades. O estudante precisa saber quantas empresas amostrais ele deve usar na sua pesquisa. Resolução: Dados. n= 68/1+68*(0.25)°2 e= 0.25. n=68/1+68.0.0625 N= 68. n=68/1+4.25 n= ? n=68/5.25 n= 12.95~ 13 Características da amostra • analisa dados numerosos usando procedimentos estatísticos
  • 57. 51 • usa dados que representam uma população especifica (amostra), a partir do qual os resultados são generalizados. Como definir uma amostra de pesquisa? 1̊ perfil da amostra Conjunto de características da população que vai ser usado para definir o grupo a ser pesquisado. Ex: sexo classe social, idade... 2̊ relação margem de erro versus amostra de pesquisa E a diferença percentual máxima entre os dados de uma amostra de pesquisa com os dados reais do universo desta pesquisa. A margem de erros deve ter o máximo de 25% o que significa que o resultado ou a resposta dada pode variar por ser uma opinião pessoal e esta e normal e comum. 3̊ nível de confiança e amostra de pesquisa E a certeza de que os dados obtidos estão dentro da margem de erros, isto e, por ex se o nível de confiança for igual a 95% mesmo se o pesquisador repetir a pesquisa por 100 vezes, com amostras aleatórias em 95 dos casos o resultado será o mesmo. 4̊ especificar o desvio padrão 5 encontrar o score que é um valor padronizado O valor do z score padronizados são os seguintes: Confiança %. Z-score 80. 1,28 85. 1,44 90. 1,65 95. 1,96 99. 2,58 Referências