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TAREFA 2 - (3º sessão)



Análise crítica ao modelo de auto-avaliação das BE, tendo em conta os
seguintes aspectos:
   a) O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos
       implicados.

O modelo de avaliação a aplicar às BE pretende avaliar, numa perspectiva formativa, o
trabalho que estas unidades de informação desenvolvem na escola, bem como verificar
a eficácia das suas práticas nas aprendizagens dos alunos.

A avaliação não se pode separar da planificação (planificação e avaliação são uma
espécie de irmãs siamesas). Avalia-se para reformular ou não a planificação, para nos
certificarmos se a nossa linha de actuação está o cumprir os objectivos ou se, antes pelo
contrário, é necessário tomar medidas até encontrarmos o caminho certo. Neste sentido,
o modelo de avaliação é um instrumento pedagógico ou formativo, porquanto a partir da
análise dos resultados de funcionamento (recolha de evidências) poderemos identificar o
caminho que a BE deve seguir com vista à melhoria contínua do seu desempenho.


Relativamente aos conceitos/ideias implicados no modelo, sobressai o conceito de
“valor”. A BE é valiosa quando a eficiência do seu trabalho contribui para a
aquisição/desenvolvimento de competências e para a concretização dos objectivos da
escola em que se insere. Outros conceitos/ideias fundamentais são o entendimento do
modelo de auto-avaliação como um “instrumento pedagógico” regulador de práticas, a
“recolha de evidências” (evidence based pratice) como base da avaliação das áreas
nucleares nas quais se deve centrar o trabalho da BE, a importância do trabalho da BE
na criação de um novo conceito de aprendizagem centrado na acção, o “construtivismo”
(o aluno deve ser construtor do seu próprio conhecimento). Por fim, o modelo deve ser
exequível e flexível na sua aplicação, podendo ser objecto de modificações para que
seja inteligível aos olhos de todos os intervenientes (professores, alunos e Encarregados
de Educação).


   b) Pertinência da existência de um modelo de Avaliação para as Bibliotecas
       Escolares.
                                                                                       1
A existência de um modelo de avaliação é pertinente na medida que é um instrumento
normalizado que permite efectuar uma avaliação endógena (a BE pode comparar-se
consigo própria ao longo dos anos) e uma avaliação exógena (a RBE pode comparar as
BE de cada concelho, por exemplo). O modelo de avaliação permite no fundo, o
estabelecimento de comparações entre o que se “é” ou se “faz” com aquilo que se
deveria “ser” ou “fazer”.

A existência de um modelo de avaliação é pertinente também porque é um instrumento
que permite aferir o impacto qualitativo da BE
É pertinente ainda a existência de um modelo porque se caminha para a avaliação
externa das escolas e interessa a cada estabelecimento de ensino conhecer o grau de
eficiência e eficácia de cada um dos serviços, de modo a que todos contribuam efectiva
e positivamente para atingir os objectivos definidos no projecto educativo da escola.
Por fim, a existência de um modelo de avaliação da BE pode servir para que os órgãos
de gestão das escolas valorizem a biblioteca e reconheçam que os recursos (inputs) que
nela investem são insignificantes quando comparados com os ganhos (outputs) que
através dela se podem obter.


   c) Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.

O modelo foi concebido de forma a poder avaliar o contributo da BE no processo
educativo e que Eisenberg e Miller resumiram em três aspectos: formar para a literacia
da informação; promoção da leitura e gestão da informação.
Encontra-se estruturado em 4 áreas ou domínios (Apoio ao desenvolvimento curricular;
Leitura e literacias; Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade;
Gestão da BE), estando cada um deles subdividido em indicadores, em factores críticos
de sucesso, em recolha de evidências e em acções de melhoria. A aplicação do modelo
faz-se numa base anual, escolhendo-se em cada ano um domínio, no qual a BE deve
concentrar o trabalho da auto-avaliação. À maior ou menor eficácia do trabalho da BE
corresponde um nível de desempenho.
A forma de organização do modelo é clara e facilmente perceptível, todavia a sua
aplicação pode ser afectada por vários constrangimentos como: os questionários podem
ser encarados/vistos, por alguns professores, como uma sobrecarga de trabalho (mais
um entre os muitos papéis que os professores têm de preencher); a despreocupação

                                                                                         2
quanto ao seu preenchimento pode comprometer a realidade; a mobilidade de elementos
da equipa/colaboradores da BE, devido à aposentação de professores que se encontram
em situação de pré-reforma, pode dificultar a implementação do modelo e a falta de
tempo e o desconhecimento de estratégias para análise dos questionários podem
comprometer os dados da avaliação.


   d) Integração/ aplicação à realidade da escola.
A Biblioteca escolar à qual estou afecta não está ainda em funcionamento. O espaço é
totalmente novo, mas os livros permanecem dentro dos caixotes porque o mobiliário ali
existente foi colocado provisoriamente para a inauguração, e não pertence à escola.
Nesta fase, parece difícil antever a avaliação de algo que ainda não existe, mas o
conhecimento prévio do modelo de avaliação lança um duplo desafio:
- criar uma biblioteca que se aproxime de padrões de qualidade de forma a corresponder
às exigências da biblioteca do século XXI;
- proceder à implementação do próprio modelo de auto-avaliação na escola.


   e) Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
       aplicação.
Ao ler os textos de apoio a esta sessão, no que se refere às competências do professor
bibliotecário, relembro a Carta de Gargântua a seu filho Pantagruel de Rabelais que
recomendava ao filho um conhecimento de cariz universalista.
Ao professor-bibliotecário, de acordo com a nova concepção da BE do século XXI,
exige-se acção, compromisso, responsabilidade e liderança e, nesta perspectiva, deve ser
ter uma panóplia de competências: “comunicador efectivo”, “ser proactivo”, “exercer
influência…”, “ser útil…”, “ser observador…”, “ser gestor…”, ”ser promotor…”, “ser
tutor…”, etc.
Confesso que estou longe de reunir todas estas competências, mas na biblioteca existe
uma equipa de trabalho que é também responsável pela elaboração de um plano de
acção que procurará dar visibilidade à biblioteca, que procurará com as suas actividades
ter impacto nas aprendizagens dos alunos, que procurará, em suma, transformar a BE de
lugar de informação em lugar de conhecimento.
Neste momento estou empenhada nesta acção de formação de modo a conhecer o
modelo e todas as suas implicações. Estou também disposta a frequentar acções de
                                                                                      3
formação na área das TIC e de ambientes digitais de modo a colmatar lacunas no uso e
na exploração das potencialidades destas tecnologias.
Referências



EISENBERG, Michael & MILLER, Danielle (2002) “This man wants to change your
job”, School Library Journal 9/1/2002. [Em linha]. [Consultado: 5/11/2009]. Disponível
na Internet: http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html.

TODD, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-
based practice”. 68th IFLA Council and General Conference, August. [Em linha].
[Consultado: 5/11/2009]. Disponível na Internet:
http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação




                                                                                    4

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AnáLise CríTica

  • 1. TAREFA 2 - (3º sessão) Análise crítica ao modelo de auto-avaliação das BE, tendo em conta os seguintes aspectos: a) O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados. O modelo de avaliação a aplicar às BE pretende avaliar, numa perspectiva formativa, o trabalho que estas unidades de informação desenvolvem na escola, bem como verificar a eficácia das suas práticas nas aprendizagens dos alunos. A avaliação não se pode separar da planificação (planificação e avaliação são uma espécie de irmãs siamesas). Avalia-se para reformular ou não a planificação, para nos certificarmos se a nossa linha de actuação está o cumprir os objectivos ou se, antes pelo contrário, é necessário tomar medidas até encontrarmos o caminho certo. Neste sentido, o modelo de avaliação é um instrumento pedagógico ou formativo, porquanto a partir da análise dos resultados de funcionamento (recolha de evidências) poderemos identificar o caminho que a BE deve seguir com vista à melhoria contínua do seu desempenho. Relativamente aos conceitos/ideias implicados no modelo, sobressai o conceito de “valor”. A BE é valiosa quando a eficiência do seu trabalho contribui para a aquisição/desenvolvimento de competências e para a concretização dos objectivos da escola em que se insere. Outros conceitos/ideias fundamentais são o entendimento do modelo de auto-avaliação como um “instrumento pedagógico” regulador de práticas, a “recolha de evidências” (evidence based pratice) como base da avaliação das áreas nucleares nas quais se deve centrar o trabalho da BE, a importância do trabalho da BE na criação de um novo conceito de aprendizagem centrado na acção, o “construtivismo” (o aluno deve ser construtor do seu próprio conhecimento). Por fim, o modelo deve ser exequível e flexível na sua aplicação, podendo ser objecto de modificações para que seja inteligível aos olhos de todos os intervenientes (professores, alunos e Encarregados de Educação). b) Pertinência da existência de um modelo de Avaliação para as Bibliotecas Escolares. 1
  • 2. A existência de um modelo de avaliação é pertinente na medida que é um instrumento normalizado que permite efectuar uma avaliação endógena (a BE pode comparar-se consigo própria ao longo dos anos) e uma avaliação exógena (a RBE pode comparar as BE de cada concelho, por exemplo). O modelo de avaliação permite no fundo, o estabelecimento de comparações entre o que se “é” ou se “faz” com aquilo que se deveria “ser” ou “fazer”. A existência de um modelo de avaliação é pertinente também porque é um instrumento que permite aferir o impacto qualitativo da BE É pertinente ainda a existência de um modelo porque se caminha para a avaliação externa das escolas e interessa a cada estabelecimento de ensino conhecer o grau de eficiência e eficácia de cada um dos serviços, de modo a que todos contribuam efectiva e positivamente para atingir os objectivos definidos no projecto educativo da escola. Por fim, a existência de um modelo de avaliação da BE pode servir para que os órgãos de gestão das escolas valorizem a biblioteca e reconheçam que os recursos (inputs) que nela investem são insignificantes quando comparados com os ganhos (outputs) que através dela se podem obter. c) Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. O modelo foi concebido de forma a poder avaliar o contributo da BE no processo educativo e que Eisenberg e Miller resumiram em três aspectos: formar para a literacia da informação; promoção da leitura e gestão da informação. Encontra-se estruturado em 4 áreas ou domínios (Apoio ao desenvolvimento curricular; Leitura e literacias; Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade; Gestão da BE), estando cada um deles subdividido em indicadores, em factores críticos de sucesso, em recolha de evidências e em acções de melhoria. A aplicação do modelo faz-se numa base anual, escolhendo-se em cada ano um domínio, no qual a BE deve concentrar o trabalho da auto-avaliação. À maior ou menor eficácia do trabalho da BE corresponde um nível de desempenho. A forma de organização do modelo é clara e facilmente perceptível, todavia a sua aplicação pode ser afectada por vários constrangimentos como: os questionários podem ser encarados/vistos, por alguns professores, como uma sobrecarga de trabalho (mais um entre os muitos papéis que os professores têm de preencher); a despreocupação 2
  • 3. quanto ao seu preenchimento pode comprometer a realidade; a mobilidade de elementos da equipa/colaboradores da BE, devido à aposentação de professores que se encontram em situação de pré-reforma, pode dificultar a implementação do modelo e a falta de tempo e o desconhecimento de estratégias para análise dos questionários podem comprometer os dados da avaliação. d) Integração/ aplicação à realidade da escola. A Biblioteca escolar à qual estou afecta não está ainda em funcionamento. O espaço é totalmente novo, mas os livros permanecem dentro dos caixotes porque o mobiliário ali existente foi colocado provisoriamente para a inauguração, e não pertence à escola. Nesta fase, parece difícil antever a avaliação de algo que ainda não existe, mas o conhecimento prévio do modelo de avaliação lança um duplo desafio: - criar uma biblioteca que se aproxime de padrões de qualidade de forma a corresponder às exigências da biblioteca do século XXI; - proceder à implementação do próprio modelo de auto-avaliação na escola. e) Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. Ao ler os textos de apoio a esta sessão, no que se refere às competências do professor bibliotecário, relembro a Carta de Gargântua a seu filho Pantagruel de Rabelais que recomendava ao filho um conhecimento de cariz universalista. Ao professor-bibliotecário, de acordo com a nova concepção da BE do século XXI, exige-se acção, compromisso, responsabilidade e liderança e, nesta perspectiva, deve ser ter uma panóplia de competências: “comunicador efectivo”, “ser proactivo”, “exercer influência…”, “ser útil…”, “ser observador…”, “ser gestor…”, ”ser promotor…”, “ser tutor…”, etc. Confesso que estou longe de reunir todas estas competências, mas na biblioteca existe uma equipa de trabalho que é também responsável pela elaboração de um plano de acção que procurará dar visibilidade à biblioteca, que procurará com as suas actividades ter impacto nas aprendizagens dos alunos, que procurará, em suma, transformar a BE de lugar de informação em lugar de conhecimento. Neste momento estou empenhada nesta acção de formação de modo a conhecer o modelo e todas as suas implicações. Estou também disposta a frequentar acções de 3
  • 4. formação na área das TIC e de ambientes digitais de modo a colmatar lacunas no uso e na exploração das potencialidades destas tecnologias. Referências EISENBERG, Michael & MILLER, Danielle (2002) “This man wants to change your job”, School Library Journal 9/1/2002. [Em linha]. [Consultado: 5/11/2009]. Disponível na Internet: http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html. TODD, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence- based practice”. 68th IFLA Council and General Conference, August. [Em linha]. [Consultado: 5/11/2009]. Disponível na Internet: http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119 Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação 4