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RBE DGIDC DREC
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                                      Outubro-Dezembro 2009          Turma 4
                                                                Ana Margarida Botelho da Silva



Sessão 2 - Tarefa 2 – Parte 1


        Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares


Introdução


Com esta análise tentarei perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (BE), bem como os factores críticos de
sucesso inerentes à sua aplicação.


Os conhecimentos que adquiri na Sessão 1, dos quais destaco o modelo SWOT (acrónimo
de Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) de avaliação qualitativa, permitiram-
me perceber como pode ser possível avaliar algo complexo de forma clara, pertinente e
consequente. Por isso, decidi tentar aplicar nesta tarefa a tabela matriz baseada no modelo
SWOT e disponibilizada para a 1.ª tarefa 1 da outra sessão. Procedi, obviamente, às
necessárias alterações e preenchi-a (Anexo), com cujo teor construí este texto.




                                                Be the change that you want to see in the world.
                                                                Mohandas Gandhi (1869-1948)


1. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria (de melhoria).
      Conceitos implicados.
O modelo de avaliação das BE em Portugal revela inspiração numa série de fontes, a
maioria delas parecendo ter por base conceitos ou paradigmas de gestão de empresas.
Uma grande ênfase aos resultados é dada por todos ou quase todos os autores
consultados. O conceito de valor/benefício também emerge de um contexto de
administração e é sugerido que seja mensurável em visibilidade (de resultados?).
Defendido sobretudo por Cram (1999), o conceito de valor é visto como algo que a
biblioteca acrescenta aos seus utilizadores:

                                                                                  Página 1 de 17
libraries (…) add value and create benefits. They manage processes and
          activities and they make decisions that might lead to production of value to the
          users of the library and to the parent organization.

Por outras palavras, a biblioteca vale pelos seus processos e actividades, mas o seu
grande feito é contribuir para o enriquecimento dos seus utilizadores


Outro conceito, o de investigação-acção, é também apelado na literatura aconselhada. Para
Ross Todd, por exemplo, os bibliotecários escolares, enquanto especialistas da informação,
podem (e devem) levar uma visão reflexiva à sua realidade, contribuindo, com a sua prática
para e desenvolvendo, eles próprios, investigação:
          School librarians, as the proclaimed information literate experts (…) can play a
          central role bringing insights as the reflexive practitioners to the research and its
          outcomes for practice. (2002: 5)

Ainda na senda da prática, Todd (2002, 2003, 2004, 2008) defende que esta seja baseada
em evidências, as quais podem ser recolhidas por variados métodos, associadas ao
trabalho do dia-a-dia, para se avaliar a sua eficiência, e reitera que esta se vê através
outcomes: resultados.
Como ponto forte do modelo em apreço, considero que ele constitui, enquanto instrumento
pedagógico, um documento completo e bem estruturado. No entanto, é uma fraqueza o
facto de o modelo exigir demasiada produção de actividades em domínios vários, o que
pode resultar num desperdício de energias em acções isoladas e desconexas em
detrimento da investigação e da sua aplicação de forma sistemática e consequente.




2. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas
escolares.


Consideremos, em primeiro lugar, o modelo. Penso que será consensual a afirmação da
pertinência da existência de um modelo de avaliação para as bibliotecas escolares. Para
mim, a sua existência justifica-se pelo seu objectivo regulador, como um currículo nacional
ou planos nacionais, quando estes são ponderados e deliberados por uma comunidade
científica (ainda que sejam, posteriormente, executados por agentes políticos que possam,
para o efeito, ter procedido previamente a alterações à proposta.)
A existência de um modelo regulador pressupõe valores essenciais como a democracia, ao
generalizar objectivos, metodologias e exigências.


                                                                                   Página 2 de 17
Em segundo lugar, pensemos a avaliação. Evidentemente, é necessária uma avaliação em
todo o trabalho que se pretende sério. É urgente uma avaliação num campo tão
necessitado de melhoria, como é o caso da Educação em Portugal. Ross Todd, em
praticamente toda a sua investigação, defende uma auto-avaliação baseada em evidências.
Estas têm a pertinência de ajudar cada BE a identificar o caminho que deve seguir com
vista à melhoria do seu desempenho. Estes motivos são mais do que suficientes para se
justificar a pertinência da existência de um modelo de avaliação.
Este modelo peca, no entanto, por os seus indicadores serem exaustivos, o que o torna
pouco flexível. Baseia-se em indicadores qualitativos mas o facto de a avaliação (final) ser
quantitativa, e a sua escala reduzida, parecem-me factores a melhorar. A razão deste meu
parecer é o organismo a avaliar ser demasiado complexo.
Isto evoca Edgar Morin e a sua teoria do paradigma da complexidade, que nos convida a
questionar a maneira como concebemos as reformas ou transformações de pensamento.
Para ele, estas surgem da noção da própria reforma: any reform of thought has to be
conceived in conjunction with a reflection about the idea of reform itself (Morin, 1999).
Em casos como o da avaliação da BE, não deveria a planificação de qualquer reforma ser
acompanhada de uma reflexão acerca do próprio conceito de reforma, com as suas
implicações e o contexto em ela vai ser introduzida? A complexidade, aqui, isto é, no
desempenho da BE, depende de uma vastidão de factores sociais, económicos,
geográficos, estruturais, políticos. Sem se conseguir ou, no mínimo, atender à consonância
de todos estes factores com os pressupostos que estiveram na base da proposta de
mudança, esta corre o risco de não sair da ilha da Utopia. Portanto, impera uma análise
descida profunda ao terreno em que a reforma é para implementar, uma auscultação atenta
dos aplicadores dessa reforma e uma “aplicação-piloto”.




3. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.


Na sua estrutura e organização, como afirmado anteriormente, considero o modelo
completo e bem estruturado.
No atinente à funcionalidade e à adequação à realidade, do meu ponto de vista o modelo
parece apresentar fragilidades e constrangimentos, mas também possíveis soluções, a
saber:
                                                          Oportunidades
 Fragilidades/constrangimentos             [ambição ou veleidade - as minhas propostas]


                                                                                     Página 3 de 17
a) a afinidade entre domínios         a) redução do número de domínios e contemplar 3, em vez
um domínio parece estar em            de 4, mas mantendo os conteúdos e “subdomínios”, embora
excesso, refiro-me ao B – Leitura e   organizados da seguinte forma:
literacia. Este está ligado, em       - considero que faria mais sentido o domínio A. - Apoio ao
termos conceptuais, ao domínio A.     Desenvolvimento Curricular – incorporar “e da Literacia”;
Os “subdomínios” também me            - o teor do domínio B. deveria ser movido para o
parecem demasiados.                   “subdomínio” A.2, cuja redacção deveria passar a integrar a
                                      expressão “e da leitura” (e a seguir os respectivos
b) a exaustividade dos indicadores,   indicadores);
que pode levar a uma análise
superficial;                          b) redução do número de indicadores. Com base em
na constatação do excesso, para       evidências, apurar indicadores concretos e essenciais.
se poder vencer o tempo, ou
mesmo evitar a “asfixia” da           c) parece-me mais apropriado que o domínio D. – Gestão da
organização, pode acontecer           BE – inclua outros organismos que não apenas a Escola,
gastar-se tempo e energias que        pois deles também depende uma boa gestão.
poderiam ser aplicados na             Penso que seria mais lógico que o domínio D.1 – Articulação
operacionalização das propostas       da BE com a Escola (…) - incluísse “e Outros
de práticas para consecução da        Agentes/Estruturas”.
melhoria.                             Assim, vejo mais claramente a integração do teor do
                                      “subdomínio” D.2. – Condições Humanas e Materiais – no
c) a reiteração ou o excesso de       domínio D.1, uma vez que estas condições também
domínios; dentro do domínio D. –      dependem da escola e de outros agentes/estruturas.
Gestão da BE.                         Por consequência, o domínio D.3 poderia bem deixar de
                                      existir, passando a designar-se D.2.


Esta poderá constituir, portanto, a oportunidade de se proceder a melhoramentos.




4. Integração/Aplicação à realidade da escola.


A integração do modelo de avaliação da BE e a sua aplicação à realidade da escola exige
uma metodologia de sensibilização e de gestão estratégica que requer:
1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o
  valor da BE na escola que serve;
2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de
  conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção.

                                                                                            Página 4 de 17
3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da
  implementação do processo de avaliação.
4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.
5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de
  informação/ calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no
  processo.


É uma fraqueza o facto de as evidências a ter em conta implicarem a integração plena e
ubíqua da biblioteca nas estruturas da escola, e da comunidade alargada, pois é sugerido
que as evidências sejam recolhidas em fontes diversas, o que implica a presença da BE
nessas fontes, a saber:
• documentos que regulam a actividade da escola (PEE, PCT, PAA, RI);
• registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.);
• materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para
sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na
BE, material de promoção, etc.);
• estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.);
• trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em trabalho
colaborativo, etc.);
• instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da
avaliação da BE (registos de observação, questionários,
entrevistas, etc.).


É um ponto forte deste modelo o facto de existir um professor a tempo integral na BE (pelo
menos nas escolas com número de alunos igual ou superior a 400). Isto confere à BE maior
autonomia e possibilidade de conceber um programa pedagógico estratégico.
Um trabalho que se pretende sério deve, no entanto, ser realista. E este modelo parece
carecer de funcionalidade e de aplicabilidade, por denotar excessiva exigência de
mobilização e actuação do professor bibliotecário, praticamente pedindo-lhe ubiquidade e
omnisciência. E isto, obviamente, é uma missão inviável.


Portanto, este contexto deveria ser visto como a oportunidade de as macro-estruturas
criarem as condições necessárias à operacionalização das competências do professor
bibliotecário, nomeadamente abrindo caminho à estabilidade da sua função e à constituição
de uma verdadeira equipa estável, pluridisciplinar e especializada.

                                                                              Página 5 de 17
Creio que fará mais pelo bem da nossa sociedade, sedenta de informação e formação, um
forte e convicto investimento nessa área do que em qualquer outra. A biblioteca escolar
deveria tornar-se o centro das atenções de um governo, não apenas de um dos seus
ministérios.
É claro que estas propostas têm sempre a ameaça de uma eventual resistência à mudança
do método, por parte dos seus organizadores.




5. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
aplicação.


Omnipresença e omnisciência povoam as competências atribuídas ao professor
bibliotecário.


Segundo Tilke (1999), o professor bibliotecário (PB) deve:
a) Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
b) Ser proactivo;
c)Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
d) Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
e) Ser observador e investigativo;
f) Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
g) Saber estabelecer prioridades;
h) Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
i) Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
j) Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
k)Ser promotor dos serviços e dos recursos;
l) Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir
  para as aprendizagens;
m)Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
n) Saber trabalhar com departamentos e colegas.


Eisenberg e Miller (2002) elencam os deveres do PB:
- assegurar que a gestão, os pais, os professores e os decisores entendam que o programa
da biblioteca é crucial para a aprendizagem e o sucesso escolar dos aluno,
- transformar o seu programa em algo vibrante que evidencie visão e objectivos e devem
comunicar isso continuamente,
                                                                              Página 6 de 17
- provar a sua contribuição para a aquisição, por parte dos alunos, de competências
literácicas,
- promover a leitura e o uso de tecnologias da informação,
- tornar-se parceiro dos professores para identificar necessidades e resultados e melhor
providenciar os recursos,
- ter uma visão global de serviços, sistemas e recursos de informação e deve partilhá-los
como um CIO-Chief Information Officer,
- ter um pensamento estratégico e atitude positivos, entusiasmo, optimismo e energia.


Ross Todd (2008) sugere que os bibliotecários escolares:
- orientem a sua prática por investigação, partilhando evidências em fóruns universitários,
- se inteirem de dados para encontrar falhas e pensar em que medida a biblioteca pode
ajudar a colmatá-las,
- façam defesa baseada em evidências, evitando que essa defesa seja apenas do seu
próprio interesse
-construam um portefólio baseado em evidências,
- façam formação e investigação na sua área profissional,
- compilem estratégias baseadas na investigação e as apliquem e distribuam,
- desenvolvam uma base de dados analisada e tratada,
- melhorem a acessibilidade e aplicabilidade da investigação,
- conversem com investigadores,
- assumam atitude de liderança,
- participem em conferências reforçando a posição da sua classe.


E a Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho elenca que cabe ao professor bibliotecário:
a) Assegurar serviço de biblioteca para todos os alunos do agrupamento ou da escola não
agrupada;
b) Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto
educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola e dos projectos curriculares de
turma;
c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos à(s) biblioteca(s);
d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos
recursos materiais afectos à biblioteca;
e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação,
promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos;

                                                                                  Página 7 de 17
f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e
competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais,
trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não
agrupada;
g) Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no
plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada;
h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projectos de parceria com
entidades locais;
i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de auto -
avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE);
j) Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento
interno. “


Tendo como líder um professor a tempo integral, a BE tem maior autonomia e possibilidade
de conceber um programa pedagógico estratégico. Este deverá ser orientado para a
construção de conhecimento, para o desenvolvimento de competências literácicas e para
melhoria dos resultados dos alunos.
A leitura destas alíneas é um inspirar de ar fresco, embora, simultaneamente, esse ar
carregue preocupação: a criação de expectativas demasiado elevadas; será o professor
bibliotecário capaz de dar resposta a todas estas solicitações? Será possível, para as
micro-estruturas disponibilizarem recursos humanos para a constituição de uma verdadeira
equipa da BE? Pela auscultação dos meus pares, infelizmente, a resposta a estas duas
questões é não, pelo menos no presente. Diversas carências justificam esta resposta:
carência de formação específica e da coadjuvação de uma equipa estável para o
desenvolvimento dos projectos de promoção da leitura e de desenvolvimento de
competências literácicas nos alunos, bem como do atendimento ao público em geral. Sendo
o professor bibliotecário um solitário no meio deste trânsito congestionado de exigências, é
com árduo estoicismo que ele levará a cabo esta sua missão. Fazendo jus à sua cultura, a
portuguesa, o professor bibliotecário torna-se um verdadeiro “troubleshooter”, e à sua
maneira, vai trilhando a calçada, tarefa só possível com recurso a uma vontade
“missionária” e a criatividade.




Conclusão



                                                                                Página 8 de 17
Em geral, e após consideração dos aspectos acima, é minha convicção que o modelo de
auto-avaliação da BE em Portugal carece, em linhas gerais, de adequabilidade e de
flexibilidade. No entanto, gostaria que esta análise crítica fosse entendida não apenas como
um exercício, mas como um contributo para uma mudança harmoniosa de paradigma, com
inspiração na teoria das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, ou seja, uma mudança
em atitudes profissionais e posições que ocorre sempre que uma anomalia vai contra a
prática estabelecida:
                a shift in professional attitudes or positions towards paradigms which occurs
                whenever something (an anomaly) subverts the existing tradition of scientific
                practice (Kuhn, 1962:6).

Neste contexto, anomalia deve entender-se como uma dissonância que pode ser afinada.
Enquadrando-se o pensamento de Kuhn no pós-modernismo, ele é, naturalmente anti-
dogmático e como tal, não aceita afirmações de certezas em ciência nem verdades
irrefutáveis.
A partir da descoberta de dissonâncias chega-se às mudanças de paradigma. Estas são
inevitáveis e úteis, ainda que levem o seu tempo a serem entendidas/aceites pela
comunidade, o que pode fazer emergir algum constrangimento inter-pares.
A ressalva é acreditar no poder que as mudanças têm de enriquecer o mundo e quem nele
vive. E no contexto do desempenho da BE, esse poder está nas mãos de quem tenha a
atitude a que Gandhi apela na citação com que abri este texto.



                                                                 Ana Margarida Botelho da Silva,
                                                                                    08/11/2009.




Referências


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                                                                                   Página 9 de 17
Kuhn, Thomas (1962): The Structure of Scientific Revolutions, Chicago, University of
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                                                                                     Página 10 de 17
ANEXO

                        Conhecimento na área                                                              Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar

                                                                                                                                           Oportunidades
Aspectos a ter em conta      Aspectos identificados pela literatura                Pontos fortes                   Fraquezas          [ambição ou veleidade - as   Ameaças
                                                                                                                                         minhas propostas]
                            - Cram (1999) enfatiza o conceito de valor
                            ”libraries (…) add value and create
                            benefits. They manage processes and
                            activities and they make decisions that
                            might lead to production of value to the
                            users of the library and to the parent
                            organization.” E este valor deve medir-se
                            em visibilidade de resultados.

                            - Investigação-acção: Segundo Markless,
                            Streffield, as práticas de investigação-
                            acção estabelecem a relação entre os
                            processos e o impacto ou valor que
                            originam.

                            -Evidence-based practice. Prática
                            baseada em evidências. Ross Todd
                            defende a recolha de evidências, por
                                                                         Enquanto instrumento
                            variados métodos, associadas ao trabalho
                                                                         pedagógico, considero o modelo
                            do dia-a-dia, para se avaliar a sua
                                                                         bastante completo e bem
1. O Modelo enquanto        eficiência, através da análise de outcomes
                                                                         estruturado. Os conceitos nele
instrumento pedagógico e    – resultados.
                                                                         implicados enfatizam a
de melhoria de melhoria.
                                                                         investigação e os resultados mais
                            - Avaliação enquanto processo de
                                                                         do que o processo ou as
Conceitos implicados.       avaliação sistemática da efectividade
                                                                         actividades a desenvolver pelo
                            contra a norma pré-estabelecida. Cronin
                                                                         professor bibliotecário ou a equipa
                            (1982)
                                                                         da BE.
                            -    Avaliação   como   uma    medição
                            sistemática da prossecução de objectives
                            num determinado period de tempo.
                            Mackenzie (1990)

                            - Avaliação enquanto processo sitemático
                            de determinação do valor (benefício
                            ganho) e da qualidade (satisfação dos
                            clientes) de um sistema. McKee (1989).

                            - Avaliação de desempenho das
                            bibliotecas enquanto processo regulador.
                            KEBEDE (1999)

                            - Paradigm shift. Thomas Kuhn, funda a
                            teoria da mudança de paradigma, segundo
                            a qual revoluções científicas ocorrem,

                                                                                                                                                                         Página 11 de 17
como mudança de atitudes profissionais ou
                          de posições relativamente à tradição
                          vigente, para melhorar o mundo. (cf. Kuhn,
                          The Structure of Scientific Revolutions,
                          1962:6). Neste contexto, podemos afirmar
                          que estamos perante uma mudança e que
                          está nas mãos dos investigadores unirem-
                          se na implementação de um melhor
                          paradigma de Biblioteca Escolar e de
                          Ensino-Aprendizagem.
                                                                                                            Ainda que baseado
                                                                                                            em indicadores
                                                                                                            qualitativos, estes são
                                                                                                            muito exaustivos,
                                                                                                            tornando o modelo
                                                                                                            pouco flexível. O facto
                                                                                                            de a avaliação (final)
                                                                                                            ser quantitativa e a
                                                                        Em 1.º lugar, o modelo. Considero   sua escala reduzida
                                                                        pertinente a existência de um       parecem-me factores
                                                                        modelo de avaliação para as         a melhorar. A razão é
                                                                        bibliotecas escolares, assim como   o organismo a avaliar
                                                                        a existência de um currículo        ser demasiado
                                                                        nacional ou de planos nacionais,    complexo.
                                                                        quando ponderados e deliberados     A teoria do paradigma
                                                                        por uma comunidade científica,      da complexidade,          O modelo já foi testado.
                                                                        ainda que sejam, posteriormente,    proposta por Edgar        Postas as análises críticas
                                                                        executados (e eventualmente         Morin, convida-nos a      por que está a passar, numa
                                                                        alterados) por agentes políticos.   questionar a maneira      comunidade que constitui o
                          Ross Todd defende uma auto-avaliação          A existência de um modelo           como concebemos as        grupo de “opinion makers”,
2. Pertinência da
                          baseada em evidências. Estas têm a            pressupõe valores essenciais        reformas ou               uma vez que são quem tem
existência de um Modelo
                          pertinência de ajudar cada BE a identificar   como a democracia, ao               transformações que        o produto em mão e se         Idem
de Avaliação para as
                          o caminho que deve seguir com vista à         generalizar objectivos,             surgem da noção da        encontra a testar a sua
bibliotecas escolares
                          melhoria do seu desempenho.                   metodologias e exigências.          própria complexidade.     usabilidade, este será,
                                                                        Em 2.º lugar, a avaliação.          Em casos como este,       possivelmente, o momento
                                                                        Evidentemente, é necessária uma     não deveria a             ideal e a grande
                                                                        avaliação em todo o trabalho que    planificação de           oportunidade de o modelo
                                                                        se pretende sério. É urgente uma    qualquer reforma ser      ser melhorado, para sair da
                                                                        avaliação num campo tão             acompanhada de uma        ilha da Utopia.
                                                                        necessitado de melhoria, como é     reflexão acerca do
                                                                        o caso da educação em Portugal.     próprio conceito de
                                                                        Estes motivos são mais do que       reforma, das suas
                                                                        suficientes para se justificar a    implicações e do
                                                                        pertinência da existência de um     contexto em ela vai
                                                                        modelo de avaliação.                ser introduzida? A
                                                                                                            complexidade, aqui,
                                                                                                            espraia-se por uma
                                                                                                            vastidão de factores
                                                                                                            sociais, económicos,
                                                                                                            geográficos,
                                                                                                            estruturais, políticos.
                                                                                                            Sem se conseguir ou,
                                                                                                            no mínimo, atender à
                                                                                                            consonância de todos
                                                                                                                                                                           Página 12 de 17
estes factores com os
                                                             pressupostos que
                                                             estiveram na base da
                                                             proposta de mudança,
                                                             esta corre o risco de
                                                             não sair da ilha da
                                                             Utopia.

                                                                                      Penso que seria esta
                                                                                      análise uma oportunidade
                                                             No atinente à
                                                                                      para tornar o modelo mais
                                                             funcionalidade e à
                                                                                      prático. Por exemplo,:
                                                             adequação à
                                                                                      a)
                                                             realidade, o modelo
                                                                                      contemplar 3, em vez de 4
                                                             parece conter
                                                                                      domínios, mas com os
                                                             fragilidades. Alguns
                                                                                      mesmos conteúdos e
                                                             melhoramentos,
                                                                                      “subdomínios”, organizados
                                                             portanto, serão de
                                                                                      da seguinte forma:
                                                             equacionar, a saber,
                                                                                      O domínio A. - Apoio ao
                                                             do meu ponto de vista:
                                                                                      Desenvolvimento Curricular
                                                             a) a afinidade entre
                                                                                      – deveria passar a integrar
                                                             domínios; um parece
                                                                                      “e da Literacia”. O teor do
                                                             estar em excesso,
                                                                                      domínio B. deveria ser
                                                             refiro-me ao B –
                                                                                      movido para o “subdomínio”
                                                             Leitura e literacia.
                                                                                      A.2, cuja redacção deveria
                                                             Este está ligado, em                                     A condição cultural
                                                                                      passar a integrar a
                                                             termos conceptuais,                                      das organizações,
                                                                                      expressão “e da leitura” (e a
                                                             ao domínio A.                                            actualmente bem
                                                                                      seguir os respectivos
                                                             Os “subdomínios”                                         informadas e dotada
3.                                                                                    indicadores, obviamente).
                                                             também são                                               de abertura de
Organização estrutural e                                                              Parece-me mais apropriado
                           Na sua estrutura e organização,   demasiados.                                              espírito, mas por
funcional.                                                                            que o domínio D. – Gestão
                           considero o modelo bastante                                                                força da tradição ou
                                                                                      da BE – inclua outros
                           completo e bem estruturado.       b) a exaustividade dos                                   de uma sensação de
Adequação e                                                                           organismos que não apenas
                                                             indicadores– em                                          segurança,
constrangimentos                                                                      a Escola, pois deles também
                                                             excesso pode levar à                                     possivelmente ainda
                                                                                      depende uma boa gestão.
                                                             análise superficial,                                     umbilicalmente
                                                                                      Sugiro, então, que o
                                                             para se poder vencer                                     ligadas a entraves
                                                                                      domínio D.1 – Articulação
                                                             o tempo, ou mesmo à                                      como a burocracia.
                                                                                      da BE com a Escola … -
                                                             “asfixia” da
                                                                                      incluísse “e Outros
                                                             organização,
                                                                                      Agentes/Estruturas”, como a
                                                             subtraindo tempo e
                                                                                      RBE, p. ex.. Assim, sugiro a
                                                             energias que
                                                                                      integração do teor do
                                                             poderiam ser
                                                                                      “subdomínio” D.2. –
                                                             aplicados na
                                                                                      Condições Humanas e
                                                             operacionalização da
                                                                                      Materiais – no domínio D.1
                                                             melhoria
                                                                                      (c/ aquela nova designação,
                                                                                      uma vez que estas
                                                             c) a reiteração ou o
                                                                                      condições também
                                                             excesso de domínios;
                                                                                      dependem da escola e de
                                                             dentro do domínio D.
                                                                                      outros agentes/estruturas.
                                                             – Gestão da BE - julgo
                                                                                      E depois, o domínio D.3
                                                             ser excessivo haver 3
                                                                                      poderia deixar de existir,
                                                             domínios.
                                                                                      passando a designar-se D.2.

                                                                                                                                    Página 13 de 17
b) Exaustividade dos
                                                                                                                                      indicadores– em excesso
                                                                                                                                      pode levar à análise
                                                                                                                                      superficial, para se poder
                                                                                                                                      vencer o tempo, ou mesmo
                                                                                                                                      à “asfixia” da organização,
                                                                                                                                      subtraindo tempo e energias
                                                                                                                                      que poderiam ser aplicados
                                                                                                                                      na operacionalização da
                                                                                                                                      melhoria


                           A integração da BE e a aplicação do seu
                           modelo de avaliação na escola exige uma
                           metodologia de sensibilização e de gestão
                           estratégica que requer:
                           6. A mobilização da equipa para a
                              necessidade de fazer diagnósticos/
                              avaliar o impacto e o valor da BE na
                              escola que serve;
                           7. Jornadas formativas para a equipa e
                              para outros na escola. Definição                                                                        Esta deveria ser a
                                                                                                              Um trabalho que se
                              precisa de conceitos e processos.                                                                       oportunidade de as macro-
                                                                                                              pretende sério, deve
                              Realização de um processo de                                                                            estruturas criarem as
                                                                                                              ser realista. Este
                              formação/ acção.                                                                                        condições necessárias à
                                                                                                              modelo carece de
                           8. A comunicação constante com o órgão                                                                     oprecionalização das
                                                                                                              funcionalidade e de
                              directivo, justificando a necessidade e o                                                               competências do professor
                                                                                                              aplicabilidade no que
                              valor da implementação do processo de                                                                   bibliotecário,
                                                                                                              respeita à excessiva
                              avaliação.                                  Tendo como líder um professor a                             nomeadamente abrindo          Eventual resistência
                                                                                                              exigência de
                           9. A apresentação e discussão do               tempo integral, a BE tem maior                              caminho à estabilidade da     à mudança do
                                                                                                              mobilização e
                              processo no Conselho Pedagógico.            autonomia e possibilidade de                                sua função e à constituição   método, por parte
                                                                                                              actuação do professor
4. Integração/             10.        Aproximação/ diálogo com            conceber um programa                                        de uma equipa estável,        dos seus
                                                                                                              bibliotecário,
                              departamentos e professores. Criação        pedagógico estratégico. Este será                           pluridisciplinar e            organizadores.
                                                                                                              praticamente pedindo-
Aplicação à realidade da      e difusão de informação/                    orientado para a construção de                              especializada. Creio que
                                                                                                              lhe ubiquidade e
escola.                       calendarização sobre o processo e           conhecimento, para o                                        fará mais pelo bem da         Eventual falta de
                                                                                                              omnisciência. É
                              sobre o contributo de cada um no            desenvolvimento de competências                             nossa sociedade, sedenta      visão estratégica ou
                                                                                                              evidente que isto é
                              processo.                                   literácicas e para melhoria dos                             de informação e formação,     de orçamento por
                                                                                                              uma missão inviável,
                                                                          resultados dos alunos.                                      um forte e convicto           parte do poder
                                                                                                              logo, terá que sofrer
                           As evidências a ter em conta implicam a                                                                    investimento nessa área do    central.
                                                                                                              ajustes, sob pena de
                           integração plena e ubíqua da biblioteca                                                                    que em qualquer outra. A
                                                                                                              não ser efectivamente
                           nas estruturas da escola, e da                                                                             biblioteca escolar deveria
                                                                                                              levada a cabo com a
                           comunidade alargada, pois é sugerido que                                                                   tornar-se o centro das
                                                                                                              seriedade necessária.
                           provenham de fontes diversas:                                                                              atenções de um governo,
                           • documentos que regulam a actividade da                                                                   não apenas de um dos seus
                           escola (PEE, PCT, PAA, RI);                                                                                ministérios.
                           • registos diversos (actas de reuniões,
                           relatos de actividades, etc.);
                           • materiais produzidos pela BE ou em
                           colaboração (planos de trabalho,
                           planificações para sessões na BE,
                           documentos de apoio ao trabalho na
                           BE, material de promoção, etc.);
                           • estatísticas produzidas pelo sistema da
                           BE (requisições, etc.);
                                                                                                                                                                                   Página 14 de 17
• trabalhos realizados pelos alunos (no
                            âmbito de actividades da BE, em trabalho
                            colaborativo, etc.);
                            • instrumentos especificamente
                            construídos para recolher informação no
                            âmbito da avaliação da BE (registos de
                            observação, questionários,
                            entrevistas, etc.).
                            Segundo Tilke (1999), o professor                                                 A leitura destas
                            bibliotecário (PB) deve:                                                          alíneas é um inspirar
                            a. Ser um comunicador efectivo no seio                                            de ar fresco, embora,
                              da instituição;                                                                 simultaneamente,
                            b. Ser proactivo;                                                                 esse ar carregue
                            c. Saber exercer influência junto de                                              preocupação: a
                              professores e do órgão directivo;                                               criação de
                            d. Ser útil, relevante e considerado pelos                                        expectativas
                              outros membros da comunidade                                                    demasiado elevadas;
                              educativa;                                                                      será o professor
                            e. Ser observador e investigativo;                                                bibliotecário capaz de
                            f. Ser capaz de ver o todo - “the big                                             dar resposta a todas
                              picture”;                                                                       estas incumbências?
                            g. Saber estabelecer prioridades;                                                 Será possível, para as
                            h. Realizar uma abordagem construtiva                                             micro-estruturas
                              aos problemas e à realidade;                                                    disponibilizarem
                            i. Ser gestor de serviços de                                                      recursos humanos
                              aprendizagem no seio da escola;                                                 para a constituição de
                            j. Saber gerir recursos no sentido lato do    Tendo como líder um professor a     uma equipa da BE?
                              termo;                                      tempo integral, a BE tem maior      Pela minha
                            k. Ser promotor dos serviços e dos            autonomia e possibilidade de        experiência,
                                                                                                                                               Eventual falta de
5. Competências do            recursos;                                   conceber um programa                infelizmente, a
                                                                                                                                               visão estratégica ou
professor bibliotecário e   l. Ser tutor, professor e um avaliador de     pedagógico estratégico. Este será   resposta a estas duas     Idem
                                                                                                                                               de orçamento por
estratégias implicadas na     recursos, com o objectivo de apoiar e       orientado para a construção de      questões é não, pelo
                                                                                                                                               parte do poder
sua aplicação.                contribuir para as aprendizagens;           conhecimento, para o                menos no presente.
                                                                                                                                               central.
                            m. Saber gerir e avaliar de acordo com a      desenvolvimento de competências     Diversas carências
                              missão e objectivos da escola.              literácicas e para melhoria dos     justificam esta
                            n. Saber trabalhar com departamentos e        resultados dos alunos.              resposta: carência de
                              colegas.                                                                        formação específica
                                                                                                              em ciências
                            Eisenberg e Miller (2002) elencam os                                              documentais e da
                            deveres do PB:                                                                    coadjuvação de uma
                            - assegurar que a gestão, os pais, os                                             equipa estável para o
                            profeesores e os decisores entendam que                                           desenvolvimento dos
                            o programa da biblioteca é crucial para a                                         projectos de
                            aprendizagem e o sucesso escolar dos                                              promoção da leitura e
                            aluno,                                                                            de desenvolvimento
                            - transformer o seu programa em algo                                              de competências
                            vibrante que evidencie visão e objectivos e                                       literácicas nos alunos,
                            devem comunicar isso continuamente,                                               bem como do
                            - provar a sua contribuição para a                                                atendimento ao
                            aquisição, por parte dos alunos, de                                               público em geral.
                            competências literácicas,                                                         Sendo o professor
                            - promover a leitura e o uso de tecnologias                                       bibliotecário um
                            da informação,                                                                    solitário no meio deste
                            - tornar-se parceiro dos professores para                                         trânsito congestionado
                                                                                                                                                              Página 15 de 17
identificar necessidades e resultados e        de solicitações e
melhor providenciar os recursos,               exigências, é com
- ter uma visão global de serviços,            árduo estoicismo que
sistemas e recursos de informação e deve       ele levará a cabo esta
partilhá-los como um CIO-Chief                 sua missão. Fazendo
Information Officer,                           jus à sua cultura, a
- ter um pensamento estratégico e atitude      portuguesa, o
positivos, entusiamo, optimismo e enrgia.      professor bibliotecário
                                               torna-se um
Ross Todd (2008) sugere que os                 verdadeiro “trouble
bibliotecários escolares:                      shooter”, e à sua
- orientem a sua prática por investigação,     maneira, vai trilhando
partilhando evidências em fóruns               “rocky road”, tarefa
universitários,                                essa só possível com
- se inteirem de dados para encontrar          recurso a uma
falhas e pensar em que medida a                vontade “missionária”
biblioteca pode ajudar a colmatá-las,          e a muita criatividade
- façam defesa baseada em evidências,
evitando que essa defesa seja apenas do
seu próprio interesse
-construam um portefólio baseado em
evidências,
- façam formação e investigação na sua
área profissional,
- compilem estratégias baseadas na
investigação e as apliquem e distribuam,
- desenvolvam uma base de dados
analisada e tratada,
- melhorem a acessibilidade e
aplicabilidade da investigação,
- conversem com investigadores,
- assumam atitude de liderança,
- participem em conferências reforçando a
posição da sua classe.

Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho.
Cabe ao professor bibliotecário:
a) Assegurar serviço de biblioteca para
todos os alunos do agrupamento ou da
escola não agrupada;
b) Promover a articulação das actividades
da biblioteca com os objectivos do
projecto educativo, do projecto curricular
de agrupamento/escola e dos projectos
curriculares de turma;
c) Assegurar a gestão dos recursos
humanos afectos à(s) biblioteca(s);
d) Garantir a organização do espaço e
assegurar a gestão funcional e
pedagógica dos recursos materiais afectos
à biblioteca;
e) Definir e operacionalizar uma política de
gestão dos recursos de informação,
promovendo a sua integração nas práticas
                                                                         Página 16 de 17
de professores e alunos;
f) Apoiar as actividades curriculares e
favorecer o desenvolvimento dos hábitos e
competências de leitura, da literacia da
informação e das competências digitais,
trabalhando colaborativamente com todas
as estruturas do agrupamento ou escola
não agrupada;
g) Apoiar actividades livres,
extracurriculares e de enriquecimento
curricular incluídas no plano de
actividades ou projecto educativo do
agrupamento ou da escola não agrupada;
h) Estabelecer redes de trabalho
cooperativo, desenvolvendo projectos de
parceria com entidades locais;
i) Implementar processos de avaliação dos
serviços e elaborar um relatório anual de
auto -avaliação a remeter ao Gabinete
Coordenador da Rede de Bibliotecas
Escolares (GRBE);
j) Representar a biblioteca escolar no
conselho pedagógico, nos termos do
regulamento interno. “




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Análise crítica do modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

  • 1. RBE DGIDC DREC Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Outubro-Dezembro 2009 Turma 4 Ana Margarida Botelho da Silva Sessão 2 - Tarefa 2 – Parte 1 Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Introdução Com esta análise tentarei perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (BE), bem como os factores críticos de sucesso inerentes à sua aplicação. Os conhecimentos que adquiri na Sessão 1, dos quais destaco o modelo SWOT (acrónimo de Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) de avaliação qualitativa, permitiram- me perceber como pode ser possível avaliar algo complexo de forma clara, pertinente e consequente. Por isso, decidi tentar aplicar nesta tarefa a tabela matriz baseada no modelo SWOT e disponibilizada para a 1.ª tarefa 1 da outra sessão. Procedi, obviamente, às necessárias alterações e preenchi-a (Anexo), com cujo teor construí este texto. Be the change that you want to see in the world. Mohandas Gandhi (1869-1948) 1. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria (de melhoria). Conceitos implicados. O modelo de avaliação das BE em Portugal revela inspiração numa série de fontes, a maioria delas parecendo ter por base conceitos ou paradigmas de gestão de empresas. Uma grande ênfase aos resultados é dada por todos ou quase todos os autores consultados. O conceito de valor/benefício também emerge de um contexto de administração e é sugerido que seja mensurável em visibilidade (de resultados?). Defendido sobretudo por Cram (1999), o conceito de valor é visto como algo que a biblioteca acrescenta aos seus utilizadores: Página 1 de 17
  • 2. libraries (…) add value and create benefits. They manage processes and activities and they make decisions that might lead to production of value to the users of the library and to the parent organization. Por outras palavras, a biblioteca vale pelos seus processos e actividades, mas o seu grande feito é contribuir para o enriquecimento dos seus utilizadores Outro conceito, o de investigação-acção, é também apelado na literatura aconselhada. Para Ross Todd, por exemplo, os bibliotecários escolares, enquanto especialistas da informação, podem (e devem) levar uma visão reflexiva à sua realidade, contribuindo, com a sua prática para e desenvolvendo, eles próprios, investigação: School librarians, as the proclaimed information literate experts (…) can play a central role bringing insights as the reflexive practitioners to the research and its outcomes for practice. (2002: 5) Ainda na senda da prática, Todd (2002, 2003, 2004, 2008) defende que esta seja baseada em evidências, as quais podem ser recolhidas por variados métodos, associadas ao trabalho do dia-a-dia, para se avaliar a sua eficiência, e reitera que esta se vê através outcomes: resultados. Como ponto forte do modelo em apreço, considero que ele constitui, enquanto instrumento pedagógico, um documento completo e bem estruturado. No entanto, é uma fraqueza o facto de o modelo exigir demasiada produção de actividades em domínios vários, o que pode resultar num desperdício de energias em acções isoladas e desconexas em detrimento da investigação e da sua aplicação de forma sistemática e consequente. 2. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. Consideremos, em primeiro lugar, o modelo. Penso que será consensual a afirmação da pertinência da existência de um modelo de avaliação para as bibliotecas escolares. Para mim, a sua existência justifica-se pelo seu objectivo regulador, como um currículo nacional ou planos nacionais, quando estes são ponderados e deliberados por uma comunidade científica (ainda que sejam, posteriormente, executados por agentes políticos que possam, para o efeito, ter procedido previamente a alterações à proposta.) A existência de um modelo regulador pressupõe valores essenciais como a democracia, ao generalizar objectivos, metodologias e exigências. Página 2 de 17
  • 3. Em segundo lugar, pensemos a avaliação. Evidentemente, é necessária uma avaliação em todo o trabalho que se pretende sério. É urgente uma avaliação num campo tão necessitado de melhoria, como é o caso da Educação em Portugal. Ross Todd, em praticamente toda a sua investigação, defende uma auto-avaliação baseada em evidências. Estas têm a pertinência de ajudar cada BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho. Estes motivos são mais do que suficientes para se justificar a pertinência da existência de um modelo de avaliação. Este modelo peca, no entanto, por os seus indicadores serem exaustivos, o que o torna pouco flexível. Baseia-se em indicadores qualitativos mas o facto de a avaliação (final) ser quantitativa, e a sua escala reduzida, parecem-me factores a melhorar. A razão deste meu parecer é o organismo a avaliar ser demasiado complexo. Isto evoca Edgar Morin e a sua teoria do paradigma da complexidade, que nos convida a questionar a maneira como concebemos as reformas ou transformações de pensamento. Para ele, estas surgem da noção da própria reforma: any reform of thought has to be conceived in conjunction with a reflection about the idea of reform itself (Morin, 1999). Em casos como o da avaliação da BE, não deveria a planificação de qualquer reforma ser acompanhada de uma reflexão acerca do próprio conceito de reforma, com as suas implicações e o contexto em ela vai ser introduzida? A complexidade, aqui, isto é, no desempenho da BE, depende de uma vastidão de factores sociais, económicos, geográficos, estruturais, políticos. Sem se conseguir ou, no mínimo, atender à consonância de todos estes factores com os pressupostos que estiveram na base da proposta de mudança, esta corre o risco de não sair da ilha da Utopia. Portanto, impera uma análise descida profunda ao terreno em que a reforma é para implementar, uma auscultação atenta dos aplicadores dessa reforma e uma “aplicação-piloto”. 3. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. Na sua estrutura e organização, como afirmado anteriormente, considero o modelo completo e bem estruturado. No atinente à funcionalidade e à adequação à realidade, do meu ponto de vista o modelo parece apresentar fragilidades e constrangimentos, mas também possíveis soluções, a saber: Oportunidades Fragilidades/constrangimentos [ambição ou veleidade - as minhas propostas] Página 3 de 17
  • 4. a) a afinidade entre domínios a) redução do número de domínios e contemplar 3, em vez um domínio parece estar em de 4, mas mantendo os conteúdos e “subdomínios”, embora excesso, refiro-me ao B – Leitura e organizados da seguinte forma: literacia. Este está ligado, em - considero que faria mais sentido o domínio A. - Apoio ao termos conceptuais, ao domínio A. Desenvolvimento Curricular – incorporar “e da Literacia”; Os “subdomínios” também me - o teor do domínio B. deveria ser movido para o parecem demasiados. “subdomínio” A.2, cuja redacção deveria passar a integrar a expressão “e da leitura” (e a seguir os respectivos b) a exaustividade dos indicadores, indicadores); que pode levar a uma análise superficial; b) redução do número de indicadores. Com base em na constatação do excesso, para evidências, apurar indicadores concretos e essenciais. se poder vencer o tempo, ou mesmo evitar a “asfixia” da c) parece-me mais apropriado que o domínio D. – Gestão da organização, pode acontecer BE – inclua outros organismos que não apenas a Escola, gastar-se tempo e energias que pois deles também depende uma boa gestão. poderiam ser aplicados na Penso que seria mais lógico que o domínio D.1 – Articulação operacionalização das propostas da BE com a Escola (…) - incluísse “e Outros de práticas para consecução da Agentes/Estruturas”. melhoria. Assim, vejo mais claramente a integração do teor do “subdomínio” D.2. – Condições Humanas e Materiais – no c) a reiteração ou o excesso de domínio D.1, uma vez que estas condições também domínios; dentro do domínio D. – dependem da escola e de outros agentes/estruturas. Gestão da BE. Por consequência, o domínio D.3 poderia bem deixar de existir, passando a designar-se D.2. Esta poderá constituir, portanto, a oportunidade de se proceder a melhoramentos. 4. Integração/Aplicação à realidade da escola. A integração do modelo de avaliação da BE e a sua aplicação à realidade da escola exige uma metodologia de sensibilização e de gestão estratégica que requer: 1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o valor da BE na escola que serve; 2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção. Página 4 de 17
  • 5. 3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da implementação do processo de avaliação. 4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico. 5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de informação/ calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no processo. É uma fraqueza o facto de as evidências a ter em conta implicarem a integração plena e ubíqua da biblioteca nas estruturas da escola, e da comunidade alargada, pois é sugerido que as evidências sejam recolhidas em fontes diversas, o que implica a presença da BE nessas fontes, a saber: • documentos que regulam a actividade da escola (PEE, PCT, PAA, RI); • registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.); • materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na BE, material de promoção, etc.); • estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.); • trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em trabalho colaborativo, etc.); • instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da avaliação da BE (registos de observação, questionários, entrevistas, etc.). É um ponto forte deste modelo o facto de existir um professor a tempo integral na BE (pelo menos nas escolas com número de alunos igual ou superior a 400). Isto confere à BE maior autonomia e possibilidade de conceber um programa pedagógico estratégico. Um trabalho que se pretende sério deve, no entanto, ser realista. E este modelo parece carecer de funcionalidade e de aplicabilidade, por denotar excessiva exigência de mobilização e actuação do professor bibliotecário, praticamente pedindo-lhe ubiquidade e omnisciência. E isto, obviamente, é uma missão inviável. Portanto, este contexto deveria ser visto como a oportunidade de as macro-estruturas criarem as condições necessárias à operacionalização das competências do professor bibliotecário, nomeadamente abrindo caminho à estabilidade da sua função e à constituição de uma verdadeira equipa estável, pluridisciplinar e especializada. Página 5 de 17
  • 6. Creio que fará mais pelo bem da nossa sociedade, sedenta de informação e formação, um forte e convicto investimento nessa área do que em qualquer outra. A biblioteca escolar deveria tornar-se o centro das atenções de um governo, não apenas de um dos seus ministérios. É claro que estas propostas têm sempre a ameaça de uma eventual resistência à mudança do método, por parte dos seus organizadores. 5. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. Omnipresença e omnisciência povoam as competências atribuídas ao professor bibliotecário. Segundo Tilke (1999), o professor bibliotecário (PB) deve: a) Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; b) Ser proactivo; c)Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo; d) Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; e) Ser observador e investigativo; f) Ser capaz de ver o todo - “the big picture”; g) Saber estabelecer prioridades; h) Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; i) Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; j) Saber gerir recursos no sentido lato do termo; k)Ser promotor dos serviços e dos recursos; l) Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; m)Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola. n) Saber trabalhar com departamentos e colegas. Eisenberg e Miller (2002) elencam os deveres do PB: - assegurar que a gestão, os pais, os professores e os decisores entendam que o programa da biblioteca é crucial para a aprendizagem e o sucesso escolar dos aluno, - transformar o seu programa em algo vibrante que evidencie visão e objectivos e devem comunicar isso continuamente, Página 6 de 17
  • 7. - provar a sua contribuição para a aquisição, por parte dos alunos, de competências literácicas, - promover a leitura e o uso de tecnologias da informação, - tornar-se parceiro dos professores para identificar necessidades e resultados e melhor providenciar os recursos, - ter uma visão global de serviços, sistemas e recursos de informação e deve partilhá-los como um CIO-Chief Information Officer, - ter um pensamento estratégico e atitude positivos, entusiasmo, optimismo e energia. Ross Todd (2008) sugere que os bibliotecários escolares: - orientem a sua prática por investigação, partilhando evidências em fóruns universitários, - se inteirem de dados para encontrar falhas e pensar em que medida a biblioteca pode ajudar a colmatá-las, - façam defesa baseada em evidências, evitando que essa defesa seja apenas do seu próprio interesse -construam um portefólio baseado em evidências, - façam formação e investigação na sua área profissional, - compilem estratégias baseadas na investigação e as apliquem e distribuam, - desenvolvam uma base de dados analisada e tratada, - melhorem a acessibilidade e aplicabilidade da investigação, - conversem com investigadores, - assumam atitude de liderança, - participem em conferências reforçando a posição da sua classe. E a Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho elenca que cabe ao professor bibliotecário: a) Assegurar serviço de biblioteca para todos os alunos do agrupamento ou da escola não agrupada; b) Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola e dos projectos curriculares de turma; c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos à(s) biblioteca(s); d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca; e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação, promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos; Página 7 de 17
  • 8. f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada; g) Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada; h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projectos de parceria com entidades locais; i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de auto - avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE); j) Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento interno. “ Tendo como líder um professor a tempo integral, a BE tem maior autonomia e possibilidade de conceber um programa pedagógico estratégico. Este deverá ser orientado para a construção de conhecimento, para o desenvolvimento de competências literácicas e para melhoria dos resultados dos alunos. A leitura destas alíneas é um inspirar de ar fresco, embora, simultaneamente, esse ar carregue preocupação: a criação de expectativas demasiado elevadas; será o professor bibliotecário capaz de dar resposta a todas estas solicitações? Será possível, para as micro-estruturas disponibilizarem recursos humanos para a constituição de uma verdadeira equipa da BE? Pela auscultação dos meus pares, infelizmente, a resposta a estas duas questões é não, pelo menos no presente. Diversas carências justificam esta resposta: carência de formação específica e da coadjuvação de uma equipa estável para o desenvolvimento dos projectos de promoção da leitura e de desenvolvimento de competências literácicas nos alunos, bem como do atendimento ao público em geral. Sendo o professor bibliotecário um solitário no meio deste trânsito congestionado de exigências, é com árduo estoicismo que ele levará a cabo esta sua missão. Fazendo jus à sua cultura, a portuguesa, o professor bibliotecário torna-se um verdadeiro “troubleshooter”, e à sua maneira, vai trilhando a calçada, tarefa só possível com recurso a uma vontade “missionária” e a criatividade. Conclusão Página 8 de 17
  • 9. Em geral, e após consideração dos aspectos acima, é minha convicção que o modelo de auto-avaliação da BE em Portugal carece, em linhas gerais, de adequabilidade e de flexibilidade. No entanto, gostaria que esta análise crítica fosse entendida não apenas como um exercício, mas como um contributo para uma mudança harmoniosa de paradigma, com inspiração na teoria das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, ou seja, uma mudança em atitudes profissionais e posições que ocorre sempre que uma anomalia vai contra a prática estabelecida: a shift in professional attitudes or positions towards paradigms which occurs whenever something (an anomaly) subverts the existing tradition of scientific practice (Kuhn, 1962:6). Neste contexto, anomalia deve entender-se como uma dissonância que pode ser afinada. Enquadrando-se o pensamento de Kuhn no pós-modernismo, ele é, naturalmente anti- dogmático e como tal, não aceita afirmações de certezas em ciência nem verdades irrefutáveis. A partir da descoberta de dissonâncias chega-se às mudanças de paradigma. Estas são inevitáveis e úteis, ainda que levem o seu tempo a serem entendidas/aceites pela comunidade, o que pode fazer emergir algum constrangimento inter-pares. A ressalva é acreditar no poder que as mudanças têm de enriquecer o mundo e quem nele vive. E no contexto do desempenho da BE, esse poder está nas mãos de quem tenha a atitude a que Gandhi apela na citação com que abri este texto. Ana Margarida Botelho da Silva, 08/11/2009. Referências Cram, Jennifer (1999) “SIX IMPOSSIBLE THINGS BEFORE BREAKFAST: A multidimensional approach to measuring the value of libraries”. 3rd Northumbria International Conference on Performance Measurement in Libraries and Information Services, 27-31 August. <http://www.alia.org.au/~jcram/six_things.html> [20/08/2008] Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2008). <http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html> [20/08/2008] Página 9 de 17
  • 10. Kuhn, Thomas (1962): The Structure of Scientific Revolutions, Chicago, University of Chicago Press. Morin, Edgar (1999) La Tête Bien Faite. Repenser la Réforme, Réformer la Pensée. Paris: Seuil. Scholastic Research (2008) “School Libraries Work! Scholastic Research & Results”. <http://librarypublishing.scholastic.com/content/stores/LibraryStore/pages/images/SL W3.pdf> (01/10/2008) Todd, Ross (2001) “Transitions for preferred futures of school libraries: knowledge space, not information space; connection, not collections; actions, not positions; evidence, not advocacy”. Keynote address, International Association of Schools Libraries (IASL) Conference. Auckland, New Zealand. <http://iasl-slo.org/virtualpaper2001.html> [20/08/2008] Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August. <http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [05/11/2009] Todd, Ross (2003). “Irrefutable evidence. How to prove you boost student achievement”. School Library Journal, 4/1/2003 <http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA287119.html> [05/11/2009] Todd, Ross (2004) “School libraries: Making them a class act.” Broome-Tioga BOCES School Library system Annual Librarian/Administrator Breakfast. Binghamton, NY. <http://www.scils.rutgers.edu/~rtodd/WA%20School%20Libraries%20A%20Class%20 Act.ppt#540> [20/08/08] Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto For School Libraries”. School Library Journal, 4/1/2008 http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html#Multiple%20types%20of %20evidence [05/11/2009] Página 10 de 17
  • 11. ANEXO Conhecimento na área Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar Oportunidades Aspectos a ter em conta Aspectos identificados pela literatura Pontos fortes Fraquezas [ambição ou veleidade - as Ameaças minhas propostas] - Cram (1999) enfatiza o conceito de valor ”libraries (…) add value and create benefits. They manage processes and activities and they make decisions that might lead to production of value to the users of the library and to the parent organization.” E este valor deve medir-se em visibilidade de resultados. - Investigação-acção: Segundo Markless, Streffield, as práticas de investigação- acção estabelecem a relação entre os processos e o impacto ou valor que originam. -Evidence-based practice. Prática baseada em evidências. Ross Todd defende a recolha de evidências, por Enquanto instrumento variados métodos, associadas ao trabalho pedagógico, considero o modelo do dia-a-dia, para se avaliar a sua bastante completo e bem 1. O Modelo enquanto eficiência, através da análise de outcomes estruturado. Os conceitos nele instrumento pedagógico e – resultados. implicados enfatizam a de melhoria de melhoria. investigação e os resultados mais - Avaliação enquanto processo de do que o processo ou as Conceitos implicados. avaliação sistemática da efectividade actividades a desenvolver pelo contra a norma pré-estabelecida. Cronin professor bibliotecário ou a equipa (1982) da BE. - Avaliação como uma medição sistemática da prossecução de objectives num determinado period de tempo. Mackenzie (1990) - Avaliação enquanto processo sitemático de determinação do valor (benefício ganho) e da qualidade (satisfação dos clientes) de um sistema. McKee (1989). - Avaliação de desempenho das bibliotecas enquanto processo regulador. KEBEDE (1999) - Paradigm shift. Thomas Kuhn, funda a teoria da mudança de paradigma, segundo a qual revoluções científicas ocorrem, Página 11 de 17
  • 12. como mudança de atitudes profissionais ou de posições relativamente à tradição vigente, para melhorar o mundo. (cf. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions, 1962:6). Neste contexto, podemos afirmar que estamos perante uma mudança e que está nas mãos dos investigadores unirem- se na implementação de um melhor paradigma de Biblioteca Escolar e de Ensino-Aprendizagem. Ainda que baseado em indicadores qualitativos, estes são muito exaustivos, tornando o modelo pouco flexível. O facto de a avaliação (final) ser quantitativa e a Em 1.º lugar, o modelo. Considero sua escala reduzida pertinente a existência de um parecem-me factores modelo de avaliação para as a melhorar. A razão é bibliotecas escolares, assim como o organismo a avaliar a existência de um currículo ser demasiado nacional ou de planos nacionais, complexo. quando ponderados e deliberados A teoria do paradigma por uma comunidade científica, da complexidade, O modelo já foi testado. ainda que sejam, posteriormente, proposta por Edgar Postas as análises críticas executados (e eventualmente Morin, convida-nos a por que está a passar, numa alterados) por agentes políticos. questionar a maneira comunidade que constitui o Ross Todd defende uma auto-avaliação A existência de um modelo como concebemos as grupo de “opinion makers”, 2. Pertinência da baseada em evidências. Estas têm a pressupõe valores essenciais reformas ou uma vez que são quem tem existência de um Modelo pertinência de ajudar cada BE a identificar como a democracia, ao transformações que o produto em mão e se Idem de Avaliação para as o caminho que deve seguir com vista à generalizar objectivos, surgem da noção da encontra a testar a sua bibliotecas escolares melhoria do seu desempenho. metodologias e exigências. própria complexidade. usabilidade, este será, Em 2.º lugar, a avaliação. Em casos como este, possivelmente, o momento Evidentemente, é necessária uma não deveria a ideal e a grande avaliação em todo o trabalho que planificação de oportunidade de o modelo se pretende sério. É urgente uma qualquer reforma ser ser melhorado, para sair da avaliação num campo tão acompanhada de uma ilha da Utopia. necessitado de melhoria, como é reflexão acerca do o caso da educação em Portugal. próprio conceito de Estes motivos são mais do que reforma, das suas suficientes para se justificar a implicações e do pertinência da existência de um contexto em ela vai modelo de avaliação. ser introduzida? A complexidade, aqui, espraia-se por uma vastidão de factores sociais, económicos, geográficos, estruturais, políticos. Sem se conseguir ou, no mínimo, atender à consonância de todos Página 12 de 17
  • 13. estes factores com os pressupostos que estiveram na base da proposta de mudança, esta corre o risco de não sair da ilha da Utopia. Penso que seria esta análise uma oportunidade No atinente à para tornar o modelo mais funcionalidade e à prático. Por exemplo,: adequação à a) realidade, o modelo contemplar 3, em vez de 4 parece conter domínios, mas com os fragilidades. Alguns mesmos conteúdos e melhoramentos, “subdomínios”, organizados portanto, serão de da seguinte forma: equacionar, a saber, O domínio A. - Apoio ao do meu ponto de vista: Desenvolvimento Curricular a) a afinidade entre – deveria passar a integrar domínios; um parece “e da Literacia”. O teor do estar em excesso, domínio B. deveria ser refiro-me ao B – movido para o “subdomínio” Leitura e literacia. A.2, cuja redacção deveria Este está ligado, em A condição cultural passar a integrar a termos conceptuais, das organizações, expressão “e da leitura” (e a ao domínio A. actualmente bem seguir os respectivos Os “subdomínios” informadas e dotada 3. indicadores, obviamente). também são de abertura de Organização estrutural e Parece-me mais apropriado Na sua estrutura e organização, demasiados. espírito, mas por funcional. que o domínio D. – Gestão considero o modelo bastante força da tradição ou da BE – inclua outros completo e bem estruturado. b) a exaustividade dos de uma sensação de Adequação e organismos que não apenas indicadores– em segurança, constrangimentos a Escola, pois deles também excesso pode levar à possivelmente ainda depende uma boa gestão. análise superficial, umbilicalmente Sugiro, então, que o para se poder vencer ligadas a entraves domínio D.1 – Articulação o tempo, ou mesmo à como a burocracia. da BE com a Escola … - “asfixia” da incluísse “e Outros organização, Agentes/Estruturas”, como a subtraindo tempo e RBE, p. ex.. Assim, sugiro a energias que integração do teor do poderiam ser “subdomínio” D.2. – aplicados na Condições Humanas e operacionalização da Materiais – no domínio D.1 melhoria (c/ aquela nova designação, uma vez que estas c) a reiteração ou o condições também excesso de domínios; dependem da escola e de dentro do domínio D. outros agentes/estruturas. – Gestão da BE - julgo E depois, o domínio D.3 ser excessivo haver 3 poderia deixar de existir, domínios. passando a designar-se D.2. Página 13 de 17
  • 14. b) Exaustividade dos indicadores– em excesso pode levar à análise superficial, para se poder vencer o tempo, ou mesmo à “asfixia” da organização, subtraindo tempo e energias que poderiam ser aplicados na operacionalização da melhoria A integração da BE e a aplicação do seu modelo de avaliação na escola exige uma metodologia de sensibilização e de gestão estratégica que requer: 6. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o valor da BE na escola que serve; 7. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição Esta deveria ser a Um trabalho que se precisa de conceitos e processos. oportunidade de as macro- pretende sério, deve Realização de um processo de estruturas criarem as ser realista. Este formação/ acção. condições necessárias à modelo carece de 8. A comunicação constante com o órgão oprecionalização das funcionalidade e de directivo, justificando a necessidade e o competências do professor aplicabilidade no que valor da implementação do processo de bibliotecário, respeita à excessiva avaliação. Tendo como líder um professor a nomeadamente abrindo Eventual resistência exigência de 9. A apresentação e discussão do tempo integral, a BE tem maior caminho à estabilidade da à mudança do mobilização e processo no Conselho Pedagógico. autonomia e possibilidade de sua função e à constituição método, por parte actuação do professor 4. Integração/ 10. Aproximação/ diálogo com conceber um programa de uma equipa estável, dos seus bibliotecário, departamentos e professores. Criação pedagógico estratégico. Este será pluridisciplinar e organizadores. praticamente pedindo- Aplicação à realidade da e difusão de informação/ orientado para a construção de especializada. Creio que lhe ubiquidade e escola. calendarização sobre o processo e conhecimento, para o fará mais pelo bem da Eventual falta de omnisciência. É sobre o contributo de cada um no desenvolvimento de competências nossa sociedade, sedenta visão estratégica ou evidente que isto é processo. literácicas e para melhoria dos de informação e formação, de orçamento por uma missão inviável, resultados dos alunos. um forte e convicto parte do poder logo, terá que sofrer As evidências a ter em conta implicam a investimento nessa área do central. ajustes, sob pena de integração plena e ubíqua da biblioteca que em qualquer outra. A não ser efectivamente nas estruturas da escola, e da biblioteca escolar deveria levada a cabo com a comunidade alargada, pois é sugerido que tornar-se o centro das seriedade necessária. provenham de fontes diversas: atenções de um governo, • documentos que regulam a actividade da não apenas de um dos seus escola (PEE, PCT, PAA, RI); ministérios. • registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.); • materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na BE, material de promoção, etc.); • estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.); Página 14 de 17
  • 15. • trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em trabalho colaborativo, etc.); • instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da avaliação da BE (registos de observação, questionários, entrevistas, etc.). Segundo Tilke (1999), o professor A leitura destas bibliotecário (PB) deve: alíneas é um inspirar a. Ser um comunicador efectivo no seio de ar fresco, embora, da instituição; simultaneamente, b. Ser proactivo; esse ar carregue c. Saber exercer influência junto de preocupação: a professores e do órgão directivo; criação de d. Ser útil, relevante e considerado pelos expectativas outros membros da comunidade demasiado elevadas; educativa; será o professor e. Ser observador e investigativo; bibliotecário capaz de f. Ser capaz de ver o todo - “the big dar resposta a todas picture”; estas incumbências? g. Saber estabelecer prioridades; Será possível, para as h. Realizar uma abordagem construtiva micro-estruturas aos problemas e à realidade; disponibilizarem i. Ser gestor de serviços de recursos humanos aprendizagem no seio da escola; para a constituição de j. Saber gerir recursos no sentido lato do Tendo como líder um professor a uma equipa da BE? termo; tempo integral, a BE tem maior Pela minha k. Ser promotor dos serviços e dos autonomia e possibilidade de experiência, Eventual falta de 5. Competências do recursos; conceber um programa infelizmente, a visão estratégica ou professor bibliotecário e l. Ser tutor, professor e um avaliador de pedagógico estratégico. Este será resposta a estas duas Idem de orçamento por estratégias implicadas na recursos, com o objectivo de apoiar e orientado para a construção de questões é não, pelo parte do poder sua aplicação. contribuir para as aprendizagens; conhecimento, para o menos no presente. central. m. Saber gerir e avaliar de acordo com a desenvolvimento de competências Diversas carências missão e objectivos da escola. literácicas e para melhoria dos justificam esta n. Saber trabalhar com departamentos e resultados dos alunos. resposta: carência de colegas. formação específica em ciências Eisenberg e Miller (2002) elencam os documentais e da deveres do PB: coadjuvação de uma - assegurar que a gestão, os pais, os equipa estável para o profeesores e os decisores entendam que desenvolvimento dos o programa da biblioteca é crucial para a projectos de aprendizagem e o sucesso escolar dos promoção da leitura e aluno, de desenvolvimento - transformer o seu programa em algo de competências vibrante que evidencie visão e objectivos e literácicas nos alunos, devem comunicar isso continuamente, bem como do - provar a sua contribuição para a atendimento ao aquisição, por parte dos alunos, de público em geral. competências literácicas, Sendo o professor - promover a leitura e o uso de tecnologias bibliotecário um da informação, solitário no meio deste - tornar-se parceiro dos professores para trânsito congestionado Página 15 de 17
  • 16. identificar necessidades e resultados e de solicitações e melhor providenciar os recursos, exigências, é com - ter uma visão global de serviços, árduo estoicismo que sistemas e recursos de informação e deve ele levará a cabo esta partilhá-los como um CIO-Chief sua missão. Fazendo Information Officer, jus à sua cultura, a - ter um pensamento estratégico e atitude portuguesa, o positivos, entusiamo, optimismo e enrgia. professor bibliotecário torna-se um Ross Todd (2008) sugere que os verdadeiro “trouble bibliotecários escolares: shooter”, e à sua - orientem a sua prática por investigação, maneira, vai trilhando partilhando evidências em fóruns “rocky road”, tarefa universitários, essa só possível com - se inteirem de dados para encontrar recurso a uma falhas e pensar em que medida a vontade “missionária” biblioteca pode ajudar a colmatá-las, e a muita criatividade - façam defesa baseada em evidências, evitando que essa defesa seja apenas do seu próprio interesse -construam um portefólio baseado em evidências, - façam formação e investigação na sua área profissional, - compilem estratégias baseadas na investigação e as apliquem e distribuam, - desenvolvam uma base de dados analisada e tratada, - melhorem a acessibilidade e aplicabilidade da investigação, - conversem com investigadores, - assumam atitude de liderança, - participem em conferências reforçando a posição da sua classe. Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho. Cabe ao professor bibliotecário: a) Assegurar serviço de biblioteca para todos os alunos do agrupamento ou da escola não agrupada; b) Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola e dos projectos curriculares de turma; c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos à(s) biblioteca(s); d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca; e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação, promovendo a sua integração nas práticas Página 16 de 17
  • 17. de professores e alunos; f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada; g) Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada; h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projectos de parceria com entidades locais; i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de auto -avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE); j) Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento interno. “ Página 17 de 17