1. O documento analisa criticamente o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares em Portugal.
2. A autora aponta algumas fragilidades do modelo, como a excessiva ênfase em resultados quantitativos e a exaustividade de indicadores.
3. No entanto, também reconhece pontos fortes, como a estrutura completa do modelo e seu potencial como instrumento pedagógico.
Análise crítica do modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
1. RBE DGIDC DREC
Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
Outubro-Dezembro 2009 Turma 4
Ana Margarida Botelho da Silva
Sessão 2 - Tarefa 2 – Parte 1
Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
Introdução
Com esta análise tentarei perceber a estrutura e os conceitos implicados na construção do
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (BE), bem como os factores críticos de
sucesso inerentes à sua aplicação.
Os conhecimentos que adquiri na Sessão 1, dos quais destaco o modelo SWOT (acrónimo
de Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) de avaliação qualitativa, permitiram-
me perceber como pode ser possível avaliar algo complexo de forma clara, pertinente e
consequente. Por isso, decidi tentar aplicar nesta tarefa a tabela matriz baseada no modelo
SWOT e disponibilizada para a 1.ª tarefa 1 da outra sessão. Procedi, obviamente, às
necessárias alterações e preenchi-a (Anexo), com cujo teor construí este texto.
Be the change that you want to see in the world.
Mohandas Gandhi (1869-1948)
1. O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria (de melhoria).
Conceitos implicados.
O modelo de avaliação das BE em Portugal revela inspiração numa série de fontes, a
maioria delas parecendo ter por base conceitos ou paradigmas de gestão de empresas.
Uma grande ênfase aos resultados é dada por todos ou quase todos os autores
consultados. O conceito de valor/benefício também emerge de um contexto de
administração e é sugerido que seja mensurável em visibilidade (de resultados?).
Defendido sobretudo por Cram (1999), o conceito de valor é visto como algo que a
biblioteca acrescenta aos seus utilizadores:
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2. libraries (…) add value and create benefits. They manage processes and
activities and they make decisions that might lead to production of value to the
users of the library and to the parent organization.
Por outras palavras, a biblioteca vale pelos seus processos e actividades, mas o seu
grande feito é contribuir para o enriquecimento dos seus utilizadores
Outro conceito, o de investigação-acção, é também apelado na literatura aconselhada. Para
Ross Todd, por exemplo, os bibliotecários escolares, enquanto especialistas da informação,
podem (e devem) levar uma visão reflexiva à sua realidade, contribuindo, com a sua prática
para e desenvolvendo, eles próprios, investigação:
School librarians, as the proclaimed information literate experts (…) can play a
central role bringing insights as the reflexive practitioners to the research and its
outcomes for practice. (2002: 5)
Ainda na senda da prática, Todd (2002, 2003, 2004, 2008) defende que esta seja baseada
em evidências, as quais podem ser recolhidas por variados métodos, associadas ao
trabalho do dia-a-dia, para se avaliar a sua eficiência, e reitera que esta se vê através
outcomes: resultados.
Como ponto forte do modelo em apreço, considero que ele constitui, enquanto instrumento
pedagógico, um documento completo e bem estruturado. No entanto, é uma fraqueza o
facto de o modelo exigir demasiada produção de actividades em domínios vários, o que
pode resultar num desperdício de energias em acções isoladas e desconexas em
detrimento da investigação e da sua aplicação de forma sistemática e consequente.
2. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas
escolares.
Consideremos, em primeiro lugar, o modelo. Penso que será consensual a afirmação da
pertinência da existência de um modelo de avaliação para as bibliotecas escolares. Para
mim, a sua existência justifica-se pelo seu objectivo regulador, como um currículo nacional
ou planos nacionais, quando estes são ponderados e deliberados por uma comunidade
científica (ainda que sejam, posteriormente, executados por agentes políticos que possam,
para o efeito, ter procedido previamente a alterações à proposta.)
A existência de um modelo regulador pressupõe valores essenciais como a democracia, ao
generalizar objectivos, metodologias e exigências.
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3. Em segundo lugar, pensemos a avaliação. Evidentemente, é necessária uma avaliação em
todo o trabalho que se pretende sério. É urgente uma avaliação num campo tão
necessitado de melhoria, como é o caso da Educação em Portugal. Ross Todd, em
praticamente toda a sua investigação, defende uma auto-avaliação baseada em evidências.
Estas têm a pertinência de ajudar cada BE a identificar o caminho que deve seguir com
vista à melhoria do seu desempenho. Estes motivos são mais do que suficientes para se
justificar a pertinência da existência de um modelo de avaliação.
Este modelo peca, no entanto, por os seus indicadores serem exaustivos, o que o torna
pouco flexível. Baseia-se em indicadores qualitativos mas o facto de a avaliação (final) ser
quantitativa, e a sua escala reduzida, parecem-me factores a melhorar. A razão deste meu
parecer é o organismo a avaliar ser demasiado complexo.
Isto evoca Edgar Morin e a sua teoria do paradigma da complexidade, que nos convida a
questionar a maneira como concebemos as reformas ou transformações de pensamento.
Para ele, estas surgem da noção da própria reforma: any reform of thought has to be
conceived in conjunction with a reflection about the idea of reform itself (Morin, 1999).
Em casos como o da avaliação da BE, não deveria a planificação de qualquer reforma ser
acompanhada de uma reflexão acerca do próprio conceito de reforma, com as suas
implicações e o contexto em ela vai ser introduzida? A complexidade, aqui, isto é, no
desempenho da BE, depende de uma vastidão de factores sociais, económicos,
geográficos, estruturais, políticos. Sem se conseguir ou, no mínimo, atender à consonância
de todos estes factores com os pressupostos que estiveram na base da proposta de
mudança, esta corre o risco de não sair da ilha da Utopia. Portanto, impera uma análise
descida profunda ao terreno em que a reforma é para implementar, uma auscultação atenta
dos aplicadores dessa reforma e uma “aplicação-piloto”.
3. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.
Na sua estrutura e organização, como afirmado anteriormente, considero o modelo
completo e bem estruturado.
No atinente à funcionalidade e à adequação à realidade, do meu ponto de vista o modelo
parece apresentar fragilidades e constrangimentos, mas também possíveis soluções, a
saber:
Oportunidades
Fragilidades/constrangimentos [ambição ou veleidade - as minhas propostas]
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4. a) a afinidade entre domínios a) redução do número de domínios e contemplar 3, em vez
um domínio parece estar em de 4, mas mantendo os conteúdos e “subdomínios”, embora
excesso, refiro-me ao B – Leitura e organizados da seguinte forma:
literacia. Este está ligado, em - considero que faria mais sentido o domínio A. - Apoio ao
termos conceptuais, ao domínio A. Desenvolvimento Curricular – incorporar “e da Literacia”;
Os “subdomínios” também me - o teor do domínio B. deveria ser movido para o
parecem demasiados. “subdomínio” A.2, cuja redacção deveria passar a integrar a
expressão “e da leitura” (e a seguir os respectivos
b) a exaustividade dos indicadores, indicadores);
que pode levar a uma análise
superficial; b) redução do número de indicadores. Com base em
na constatação do excesso, para evidências, apurar indicadores concretos e essenciais.
se poder vencer o tempo, ou
mesmo evitar a “asfixia” da c) parece-me mais apropriado que o domínio D. – Gestão da
organização, pode acontecer BE – inclua outros organismos que não apenas a Escola,
gastar-se tempo e energias que pois deles também depende uma boa gestão.
poderiam ser aplicados na Penso que seria mais lógico que o domínio D.1 – Articulação
operacionalização das propostas da BE com a Escola (…) - incluísse “e Outros
de práticas para consecução da Agentes/Estruturas”.
melhoria. Assim, vejo mais claramente a integração do teor do
“subdomínio” D.2. – Condições Humanas e Materiais – no
c) a reiteração ou o excesso de domínio D.1, uma vez que estas condições também
domínios; dentro do domínio D. – dependem da escola e de outros agentes/estruturas.
Gestão da BE. Por consequência, o domínio D.3 poderia bem deixar de
existir, passando a designar-se D.2.
Esta poderá constituir, portanto, a oportunidade de se proceder a melhoramentos.
4. Integração/Aplicação à realidade da escola.
A integração do modelo de avaliação da BE e a sua aplicação à realidade da escola exige
uma metodologia de sensibilização e de gestão estratégica que requer:
1. A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o
valor da BE na escola que serve;
2. Jornadas formativas para a equipa e para outros na escola. Definição precisa de
conceitos e processos. Realização de um processo de formação/ acção.
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5. 3. A comunicação constante com o órgão directivo, justificando a necessidade e o valor da
implementação do processo de avaliação.
4. A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.
5. Aproximação/ diálogo com departamentos e professores. Criação e difusão de
informação/ calendarização sobre o processo e sobre o contributo de cada um no
processo.
É uma fraqueza o facto de as evidências a ter em conta implicarem a integração plena e
ubíqua da biblioteca nas estruturas da escola, e da comunidade alargada, pois é sugerido
que as evidências sejam recolhidas em fontes diversas, o que implica a presença da BE
nessas fontes, a saber:
• documentos que regulam a actividade da escola (PEE, PCT, PAA, RI);
• registos diversos (actas de reuniões, relatos de actividades, etc.);
• materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para
sessões na BE, documentos de apoio ao trabalho na
BE, material de promoção, etc.);
• estatísticas produzidas pelo sistema da BE (requisições, etc.);
• trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades da BE, em trabalho
colaborativo, etc.);
• instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da
avaliação da BE (registos de observação, questionários,
entrevistas, etc.).
É um ponto forte deste modelo o facto de existir um professor a tempo integral na BE (pelo
menos nas escolas com número de alunos igual ou superior a 400). Isto confere à BE maior
autonomia e possibilidade de conceber um programa pedagógico estratégico.
Um trabalho que se pretende sério deve, no entanto, ser realista. E este modelo parece
carecer de funcionalidade e de aplicabilidade, por denotar excessiva exigência de
mobilização e actuação do professor bibliotecário, praticamente pedindo-lhe ubiquidade e
omnisciência. E isto, obviamente, é uma missão inviável.
Portanto, este contexto deveria ser visto como a oportunidade de as macro-estruturas
criarem as condições necessárias à operacionalização das competências do professor
bibliotecário, nomeadamente abrindo caminho à estabilidade da sua função e à constituição
de uma verdadeira equipa estável, pluridisciplinar e especializada.
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6. Creio que fará mais pelo bem da nossa sociedade, sedenta de informação e formação, um
forte e convicto investimento nessa área do que em qualquer outra. A biblioteca escolar
deveria tornar-se o centro das atenções de um governo, não apenas de um dos seus
ministérios.
É claro que estas propostas têm sempre a ameaça de uma eventual resistência à mudança
do método, por parte dos seus organizadores.
5. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
aplicação.
Omnipresença e omnisciência povoam as competências atribuídas ao professor
bibliotecário.
Segundo Tilke (1999), o professor bibliotecário (PB) deve:
a) Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
b) Ser proactivo;
c)Saber exercer influência junto de professores e do órgão directivo;
d) Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa;
e) Ser observador e investigativo;
f) Ser capaz de ver o todo - “the big picture”;
g) Saber estabelecer prioridades;
h) Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
i) Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
j) Saber gerir recursos no sentido lato do termo;
k)Ser promotor dos serviços e dos recursos;
l) Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com o objectivo de apoiar e contribuir
para as aprendizagens;
m)Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola.
n) Saber trabalhar com departamentos e colegas.
Eisenberg e Miller (2002) elencam os deveres do PB:
- assegurar que a gestão, os pais, os professores e os decisores entendam que o programa
da biblioteca é crucial para a aprendizagem e o sucesso escolar dos aluno,
- transformar o seu programa em algo vibrante que evidencie visão e objectivos e devem
comunicar isso continuamente,
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7. - provar a sua contribuição para a aquisição, por parte dos alunos, de competências
literácicas,
- promover a leitura e o uso de tecnologias da informação,
- tornar-se parceiro dos professores para identificar necessidades e resultados e melhor
providenciar os recursos,
- ter uma visão global de serviços, sistemas e recursos de informação e deve partilhá-los
como um CIO-Chief Information Officer,
- ter um pensamento estratégico e atitude positivos, entusiasmo, optimismo e energia.
Ross Todd (2008) sugere que os bibliotecários escolares:
- orientem a sua prática por investigação, partilhando evidências em fóruns universitários,
- se inteirem de dados para encontrar falhas e pensar em que medida a biblioteca pode
ajudar a colmatá-las,
- façam defesa baseada em evidências, evitando que essa defesa seja apenas do seu
próprio interesse
-construam um portefólio baseado em evidências,
- façam formação e investigação na sua área profissional,
- compilem estratégias baseadas na investigação e as apliquem e distribuam,
- desenvolvam uma base de dados analisada e tratada,
- melhorem a acessibilidade e aplicabilidade da investigação,
- conversem com investigadores,
- assumam atitude de liderança,
- participem em conferências reforçando a posição da sua classe.
E a Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho elenca que cabe ao professor bibliotecário:
a) Assegurar serviço de biblioteca para todos os alunos do agrupamento ou da escola não
agrupada;
b) Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto
educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola e dos projectos curriculares de
turma;
c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos à(s) biblioteca(s);
d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos
recursos materiais afectos à biblioteca;
e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação,
promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos;
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8. f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e
competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais,
trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não
agrupada;
g) Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no
plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada;
h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projectos de parceria com
entidades locais;
i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de auto -
avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE);
j) Representar a biblioteca escolar no conselho pedagógico, nos termos do regulamento
interno. “
Tendo como líder um professor a tempo integral, a BE tem maior autonomia e possibilidade
de conceber um programa pedagógico estratégico. Este deverá ser orientado para a
construção de conhecimento, para o desenvolvimento de competências literácicas e para
melhoria dos resultados dos alunos.
A leitura destas alíneas é um inspirar de ar fresco, embora, simultaneamente, esse ar
carregue preocupação: a criação de expectativas demasiado elevadas; será o professor
bibliotecário capaz de dar resposta a todas estas solicitações? Será possível, para as
micro-estruturas disponibilizarem recursos humanos para a constituição de uma verdadeira
equipa da BE? Pela auscultação dos meus pares, infelizmente, a resposta a estas duas
questões é não, pelo menos no presente. Diversas carências justificam esta resposta:
carência de formação específica e da coadjuvação de uma equipa estável para o
desenvolvimento dos projectos de promoção da leitura e de desenvolvimento de
competências literácicas nos alunos, bem como do atendimento ao público em geral. Sendo
o professor bibliotecário um solitário no meio deste trânsito congestionado de exigências, é
com árduo estoicismo que ele levará a cabo esta sua missão. Fazendo jus à sua cultura, a
portuguesa, o professor bibliotecário torna-se um verdadeiro “troubleshooter”, e à sua
maneira, vai trilhando a calçada, tarefa só possível com recurso a uma vontade
“missionária” e a criatividade.
Conclusão
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9. Em geral, e após consideração dos aspectos acima, é minha convicção que o modelo de
auto-avaliação da BE em Portugal carece, em linhas gerais, de adequabilidade e de
flexibilidade. No entanto, gostaria que esta análise crítica fosse entendida não apenas como
um exercício, mas como um contributo para uma mudança harmoniosa de paradigma, com
inspiração na teoria das revoluções científicas, de Thomas Kuhn, ou seja, uma mudança
em atitudes profissionais e posições que ocorre sempre que uma anomalia vai contra a
prática estabelecida:
a shift in professional attitudes or positions towards paradigms which occurs
whenever something (an anomaly) subverts the existing tradition of scientific
practice (Kuhn, 1962:6).
Neste contexto, anomalia deve entender-se como uma dissonância que pode ser afinada.
Enquadrando-se o pensamento de Kuhn no pós-modernismo, ele é, naturalmente anti-
dogmático e como tal, não aceita afirmações de certezas em ciência nem verdades
irrefutáveis.
A partir da descoberta de dissonâncias chega-se às mudanças de paradigma. Estas são
inevitáveis e úteis, ainda que levem o seu tempo a serem entendidas/aceites pela
comunidade, o que pode fazer emergir algum constrangimento inter-pares.
A ressalva é acreditar no poder que as mudanças têm de enriquecer o mundo e quem nele
vive. E no contexto do desempenho da BE, esse poder está nas mãos de quem tenha a
atitude a que Gandhi apela na citação com que abri este texto.
Ana Margarida Botelho da Silva,
08/11/2009.
Referências
Cram, Jennifer (1999) “SIX IMPOSSIBLE THINGS BEFORE BREAKFAST: A
multidimensional approach to measuring the value of libraries”. 3rd
Northumbria International Conference on Performance Measurement in
Libraries and Information Services, 27-31 August.
<http://www.alia.org.au/~jcram/six_things.html> [20/08/2008]
Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas
Escolares (2008). <http://www.rbe.min-edu.pt/np4/np4/31.html> [20/08/2008]
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10. Kuhn, Thomas (1962): The Structure of Scientific Revolutions, Chicago, University of
Chicago Press.
Morin, Edgar (1999) La Tête Bien Faite. Repenser la Réforme, Réformer la Pensée. Paris:
Seuil.
Scholastic Research (2008) “School Libraries Work! Scholastic Research & Results”.
<http://librarypublishing.scholastic.com/content/stores/LibraryStore/pages/images/SL
W3.pdf> (01/10/2008)
Todd, Ross (2001) “Transitions for preferred futures of school libraries: knowledge space, not
information space; connection, not collections; actions, not positions; evidence, not
advocacy”. Keynote address, International Association of Schools Libraries (IASL)
Conference. Auckland, New Zealand. <http://iasl-slo.org/virtualpaper2001.html>
[20/08/2008]
Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based
practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [05/11/2009]
Todd, Ross (2003). “Irrefutable evidence. How to prove you boost student achievement”. School
Library Journal, 4/1/2003
<http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA287119.html> [05/11/2009]
Todd, Ross (2004) “School libraries: Making them a class act.” Broome-Tioga BOCES School
Library system Annual Librarian/Administrator Breakfast. Binghamton, NY.
<http://www.scils.rutgers.edu/~rtodd/WA%20School%20Libraries%20A%20Class%20
Act.ppt#540> [20/08/08]
Todd, Ross (2008) “The Evidence-Based Manifesto For School Libraries”. School Library Journal,
4/1/2008
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA6545434.html#Multiple%20types%20of
%20evidence [05/11/2009]
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11. ANEXO
Conhecimento na área Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar
Oportunidades
Aspectos a ter em conta Aspectos identificados pela literatura Pontos fortes Fraquezas [ambição ou veleidade - as Ameaças
minhas propostas]
- Cram (1999) enfatiza o conceito de valor
”libraries (…) add value and create
benefits. They manage processes and
activities and they make decisions that
might lead to production of value to the
users of the library and to the parent
organization.” E este valor deve medir-se
em visibilidade de resultados.
- Investigação-acção: Segundo Markless,
Streffield, as práticas de investigação-
acção estabelecem a relação entre os
processos e o impacto ou valor que
originam.
-Evidence-based practice. Prática
baseada em evidências. Ross Todd
defende a recolha de evidências, por
Enquanto instrumento
variados métodos, associadas ao trabalho
pedagógico, considero o modelo
do dia-a-dia, para se avaliar a sua
bastante completo e bem
1. O Modelo enquanto eficiência, através da análise de outcomes
estruturado. Os conceitos nele
instrumento pedagógico e – resultados.
implicados enfatizam a
de melhoria de melhoria.
investigação e os resultados mais
- Avaliação enquanto processo de
do que o processo ou as
Conceitos implicados. avaliação sistemática da efectividade
actividades a desenvolver pelo
contra a norma pré-estabelecida. Cronin
professor bibliotecário ou a equipa
(1982)
da BE.
- Avaliação como uma medição
sistemática da prossecução de objectives
num determinado period de tempo.
Mackenzie (1990)
- Avaliação enquanto processo sitemático
de determinação do valor (benefício
ganho) e da qualidade (satisfação dos
clientes) de um sistema. McKee (1989).
- Avaliação de desempenho das
bibliotecas enquanto processo regulador.
KEBEDE (1999)
- Paradigm shift. Thomas Kuhn, funda a
teoria da mudança de paradigma, segundo
a qual revoluções científicas ocorrem,
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12. como mudança de atitudes profissionais ou
de posições relativamente à tradição
vigente, para melhorar o mundo. (cf. Kuhn,
The Structure of Scientific Revolutions,
1962:6). Neste contexto, podemos afirmar
que estamos perante uma mudança e que
está nas mãos dos investigadores unirem-
se na implementação de um melhor
paradigma de Biblioteca Escolar e de
Ensino-Aprendizagem.
Ainda que baseado
em indicadores
qualitativos, estes são
muito exaustivos,
tornando o modelo
pouco flexível. O facto
de a avaliação (final)
ser quantitativa e a
Em 1.º lugar, o modelo. Considero sua escala reduzida
pertinente a existência de um parecem-me factores
modelo de avaliação para as a melhorar. A razão é
bibliotecas escolares, assim como o organismo a avaliar
a existência de um currículo ser demasiado
nacional ou de planos nacionais, complexo.
quando ponderados e deliberados A teoria do paradigma
por uma comunidade científica, da complexidade, O modelo já foi testado.
ainda que sejam, posteriormente, proposta por Edgar Postas as análises críticas
executados (e eventualmente Morin, convida-nos a por que está a passar, numa
alterados) por agentes políticos. questionar a maneira comunidade que constitui o
Ross Todd defende uma auto-avaliação A existência de um modelo como concebemos as grupo de “opinion makers”,
2. Pertinência da
baseada em evidências. Estas têm a pressupõe valores essenciais reformas ou uma vez que são quem tem
existência de um Modelo
pertinência de ajudar cada BE a identificar como a democracia, ao transformações que o produto em mão e se Idem
de Avaliação para as
o caminho que deve seguir com vista à generalizar objectivos, surgem da noção da encontra a testar a sua
bibliotecas escolares
melhoria do seu desempenho. metodologias e exigências. própria complexidade. usabilidade, este será,
Em 2.º lugar, a avaliação. Em casos como este, possivelmente, o momento
Evidentemente, é necessária uma não deveria a ideal e a grande
avaliação em todo o trabalho que planificação de oportunidade de o modelo
se pretende sério. É urgente uma qualquer reforma ser ser melhorado, para sair da
avaliação num campo tão acompanhada de uma ilha da Utopia.
necessitado de melhoria, como é reflexão acerca do
o caso da educação em Portugal. próprio conceito de
Estes motivos são mais do que reforma, das suas
suficientes para se justificar a implicações e do
pertinência da existência de um contexto em ela vai
modelo de avaliação. ser introduzida? A
complexidade, aqui,
espraia-se por uma
vastidão de factores
sociais, económicos,
geográficos,
estruturais, políticos.
Sem se conseguir ou,
no mínimo, atender à
consonância de todos
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13. estes factores com os
pressupostos que
estiveram na base da
proposta de mudança,
esta corre o risco de
não sair da ilha da
Utopia.
Penso que seria esta
análise uma oportunidade
No atinente à
para tornar o modelo mais
funcionalidade e à
prático. Por exemplo,:
adequação à
a)
realidade, o modelo
contemplar 3, em vez de 4
parece conter
domínios, mas com os
fragilidades. Alguns
mesmos conteúdos e
melhoramentos,
“subdomínios”, organizados
portanto, serão de
da seguinte forma:
equacionar, a saber,
O domínio A. - Apoio ao
do meu ponto de vista:
Desenvolvimento Curricular
a) a afinidade entre
– deveria passar a integrar
domínios; um parece
“e da Literacia”. O teor do
estar em excesso,
domínio B. deveria ser
refiro-me ao B –
movido para o “subdomínio”
Leitura e literacia.
A.2, cuja redacção deveria
Este está ligado, em A condição cultural
passar a integrar a
termos conceptuais, das organizações,
expressão “e da leitura” (e a
ao domínio A. actualmente bem
seguir os respectivos
Os “subdomínios” informadas e dotada
3. indicadores, obviamente).
também são de abertura de
Organização estrutural e Parece-me mais apropriado
Na sua estrutura e organização, demasiados. espírito, mas por
funcional. que o domínio D. – Gestão
considero o modelo bastante força da tradição ou
da BE – inclua outros
completo e bem estruturado. b) a exaustividade dos de uma sensação de
Adequação e organismos que não apenas
indicadores– em segurança,
constrangimentos a Escola, pois deles também
excesso pode levar à possivelmente ainda
depende uma boa gestão.
análise superficial, umbilicalmente
Sugiro, então, que o
para se poder vencer ligadas a entraves
domínio D.1 – Articulação
o tempo, ou mesmo à como a burocracia.
da BE com a Escola … -
“asfixia” da
incluísse “e Outros
organização,
Agentes/Estruturas”, como a
subtraindo tempo e
RBE, p. ex.. Assim, sugiro a
energias que
integração do teor do
poderiam ser
“subdomínio” D.2. –
aplicados na
Condições Humanas e
operacionalização da
Materiais – no domínio D.1
melhoria
(c/ aquela nova designação,
uma vez que estas
c) a reiteração ou o
condições também
excesso de domínios;
dependem da escola e de
dentro do domínio D.
outros agentes/estruturas.
– Gestão da BE - julgo
E depois, o domínio D.3
ser excessivo haver 3
poderia deixar de existir,
domínios.
passando a designar-se D.2.
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14. b) Exaustividade dos
indicadores– em excesso
pode levar à análise
superficial, para se poder
vencer o tempo, ou mesmo
à “asfixia” da organização,
subtraindo tempo e energias
que poderiam ser aplicados
na operacionalização da
melhoria
A integração da BE e a aplicação do seu
modelo de avaliação na escola exige uma
metodologia de sensibilização e de gestão
estratégica que requer:
6. A mobilização da equipa para a
necessidade de fazer diagnósticos/
avaliar o impacto e o valor da BE na
escola que serve;
7. Jornadas formativas para a equipa e
para outros na escola. Definição Esta deveria ser a
Um trabalho que se
precisa de conceitos e processos. oportunidade de as macro-
pretende sério, deve
Realização de um processo de estruturas criarem as
ser realista. Este
formação/ acção. condições necessárias à
modelo carece de
8. A comunicação constante com o órgão oprecionalização das
funcionalidade e de
directivo, justificando a necessidade e o competências do professor
aplicabilidade no que
valor da implementação do processo de bibliotecário,
respeita à excessiva
avaliação. Tendo como líder um professor a nomeadamente abrindo Eventual resistência
exigência de
9. A apresentação e discussão do tempo integral, a BE tem maior caminho à estabilidade da à mudança do
mobilização e
processo no Conselho Pedagógico. autonomia e possibilidade de sua função e à constituição método, por parte
actuação do professor
4. Integração/ 10. Aproximação/ diálogo com conceber um programa de uma equipa estável, dos seus
bibliotecário,
departamentos e professores. Criação pedagógico estratégico. Este será pluridisciplinar e organizadores.
praticamente pedindo-
Aplicação à realidade da e difusão de informação/ orientado para a construção de especializada. Creio que
lhe ubiquidade e
escola. calendarização sobre o processo e conhecimento, para o fará mais pelo bem da Eventual falta de
omnisciência. É
sobre o contributo de cada um no desenvolvimento de competências nossa sociedade, sedenta visão estratégica ou
evidente que isto é
processo. literácicas e para melhoria dos de informação e formação, de orçamento por
uma missão inviável,
resultados dos alunos. um forte e convicto parte do poder
logo, terá que sofrer
As evidências a ter em conta implicam a investimento nessa área do central.
ajustes, sob pena de
integração plena e ubíqua da biblioteca que em qualquer outra. A
não ser efectivamente
nas estruturas da escola, e da biblioteca escolar deveria
levada a cabo com a
comunidade alargada, pois é sugerido que tornar-se o centro das
seriedade necessária.
provenham de fontes diversas: atenções de um governo,
• documentos que regulam a actividade da não apenas de um dos seus
escola (PEE, PCT, PAA, RI); ministérios.
• registos diversos (actas de reuniões,
relatos de actividades, etc.);
• materiais produzidos pela BE ou em
colaboração (planos de trabalho,
planificações para sessões na BE,
documentos de apoio ao trabalho na
BE, material de promoção, etc.);
• estatísticas produzidas pelo sistema da
BE (requisições, etc.);
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15. • trabalhos realizados pelos alunos (no
âmbito de actividades da BE, em trabalho
colaborativo, etc.);
• instrumentos especificamente
construídos para recolher informação no
âmbito da avaliação da BE (registos de
observação, questionários,
entrevistas, etc.).
Segundo Tilke (1999), o professor A leitura destas
bibliotecário (PB) deve: alíneas é um inspirar
a. Ser um comunicador efectivo no seio de ar fresco, embora,
da instituição; simultaneamente,
b. Ser proactivo; esse ar carregue
c. Saber exercer influência junto de preocupação: a
professores e do órgão directivo; criação de
d. Ser útil, relevante e considerado pelos expectativas
outros membros da comunidade demasiado elevadas;
educativa; será o professor
e. Ser observador e investigativo; bibliotecário capaz de
f. Ser capaz de ver o todo - “the big dar resposta a todas
picture”; estas incumbências?
g. Saber estabelecer prioridades; Será possível, para as
h. Realizar uma abordagem construtiva micro-estruturas
aos problemas e à realidade; disponibilizarem
i. Ser gestor de serviços de recursos humanos
aprendizagem no seio da escola; para a constituição de
j. Saber gerir recursos no sentido lato do Tendo como líder um professor a uma equipa da BE?
termo; tempo integral, a BE tem maior Pela minha
k. Ser promotor dos serviços e dos autonomia e possibilidade de experiência,
Eventual falta de
5. Competências do recursos; conceber um programa infelizmente, a
visão estratégica ou
professor bibliotecário e l. Ser tutor, professor e um avaliador de pedagógico estratégico. Este será resposta a estas duas Idem
de orçamento por
estratégias implicadas na recursos, com o objectivo de apoiar e orientado para a construção de questões é não, pelo
parte do poder
sua aplicação. contribuir para as aprendizagens; conhecimento, para o menos no presente.
central.
m. Saber gerir e avaliar de acordo com a desenvolvimento de competências Diversas carências
missão e objectivos da escola. literácicas e para melhoria dos justificam esta
n. Saber trabalhar com departamentos e resultados dos alunos. resposta: carência de
colegas. formação específica
em ciências
Eisenberg e Miller (2002) elencam os documentais e da
deveres do PB: coadjuvação de uma
- assegurar que a gestão, os pais, os equipa estável para o
profeesores e os decisores entendam que desenvolvimento dos
o programa da biblioteca é crucial para a projectos de
aprendizagem e o sucesso escolar dos promoção da leitura e
aluno, de desenvolvimento
- transformer o seu programa em algo de competências
vibrante que evidencie visão e objectivos e literácicas nos alunos,
devem comunicar isso continuamente, bem como do
- provar a sua contribuição para a atendimento ao
aquisição, por parte dos alunos, de público em geral.
competências literácicas, Sendo o professor
- promover a leitura e o uso de tecnologias bibliotecário um
da informação, solitário no meio deste
- tornar-se parceiro dos professores para trânsito congestionado
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16. identificar necessidades e resultados e de solicitações e
melhor providenciar os recursos, exigências, é com
- ter uma visão global de serviços, árduo estoicismo que
sistemas e recursos de informação e deve ele levará a cabo esta
partilhá-los como um CIO-Chief sua missão. Fazendo
Information Officer, jus à sua cultura, a
- ter um pensamento estratégico e atitude portuguesa, o
positivos, entusiamo, optimismo e enrgia. professor bibliotecário
torna-se um
Ross Todd (2008) sugere que os verdadeiro “trouble
bibliotecários escolares: shooter”, e à sua
- orientem a sua prática por investigação, maneira, vai trilhando
partilhando evidências em fóruns “rocky road”, tarefa
universitários, essa só possível com
- se inteirem de dados para encontrar recurso a uma
falhas e pensar em que medida a vontade “missionária”
biblioteca pode ajudar a colmatá-las, e a muita criatividade
- façam defesa baseada em evidências,
evitando que essa defesa seja apenas do
seu próprio interesse
-construam um portefólio baseado em
evidências,
- façam formação e investigação na sua
área profissional,
- compilem estratégias baseadas na
investigação e as apliquem e distribuam,
- desenvolvam uma base de dados
analisada e tratada,
- melhorem a acessibilidade e
aplicabilidade da investigação,
- conversem com investigadores,
- assumam atitude de liderança,
- participem em conferências reforçando a
posição da sua classe.
Portaria n.º 756/2009, de 14 de Julho.
Cabe ao professor bibliotecário:
a) Assegurar serviço de biblioteca para
todos os alunos do agrupamento ou da
escola não agrupada;
b) Promover a articulação das actividades
da biblioteca com os objectivos do
projecto educativo, do projecto curricular
de agrupamento/escola e dos projectos
curriculares de turma;
c) Assegurar a gestão dos recursos
humanos afectos à(s) biblioteca(s);
d) Garantir a organização do espaço e
assegurar a gestão funcional e
pedagógica dos recursos materiais afectos
à biblioteca;
e) Definir e operacionalizar uma política de
gestão dos recursos de informação,
promovendo a sua integração nas práticas
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17. de professores e alunos;
f) Apoiar as actividades curriculares e
favorecer o desenvolvimento dos hábitos e
competências de leitura, da literacia da
informação e das competências digitais,
trabalhando colaborativamente com todas
as estruturas do agrupamento ou escola
não agrupada;
g) Apoiar actividades livres,
extracurriculares e de enriquecimento
curricular incluídas no plano de
actividades ou projecto educativo do
agrupamento ou da escola não agrupada;
h) Estabelecer redes de trabalho
cooperativo, desenvolvendo projectos de
parceria com entidades locais;
i) Implementar processos de avaliação dos
serviços e elaborar um relatório anual de
auto -avaliação a remeter ao Gabinete
Coordenador da Rede de Bibliotecas
Escolares (GRBE);
j) Representar a biblioteca escolar no
conselho pedagógico, nos termos do
regulamento interno. “
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