SlideShare uma empresa Scribd logo
ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS
                         BIBLIOTECAS ESCOLARES



O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos
implicados.


   O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares constitui um
documento pedagógico que permite às bibliotecas escolares analisarem o
trabalho que desenvolvem e conhecerem o impacto que ele produz nas
aprendizagens dos alunos. Nesse sentido, permite “identificar as áreas de
sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior
investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.”
(Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, Gabinete da RBE).
   Trata-se de um documento orientador, que traça caminhos a seguir e
permite, através do benchmarking, melhorar o desempenho da BE nas várias
áreas da sua intervenção.


   Os conceitos implícitos neste modelo são:


      •   Noção do valor que a BE representa para a comunidade escolar, isto
          é, os benefícios que o corpo docente e discente dela retiram.
      •   Noção de mudança, visto que a avaliação não é um fim mas um
          processo que conduzirá a mudanças concretas, nomeadamente
          através de novas estratégias, capazes de contribuir para a
          concretização dos objectivos da escola.
      •   Noção de auto-avaliação constante, através de uma recolha
          sistemática de evidências (evidence-based practice), associadas ao
          trabalho do dia-a-dia, que possibilitam uma “identificação mais clara
          dos pontos fracos e fortes, o que orientará o estabelecimento de
          objectivos e prioridades, de acordo com uma perspectiva realista
          face à BE e ao contexto em que se insere” (Modelo de Auto-
          Avaliação das Bibliotecas Escolares, Gabinete da RBE).


              Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                                1
Subjacente ao Modelo, está a noção de que o processo deverá conduzir
        a uma melhoria contínua do desempenho da BE.


Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas
escolares.


        Apesar das bibliotecas escolares já efectuarem a sua auto-avaliação
desde há longa data, aferida pela relação directa entre os inputs e os outputs, a
existência de um Modelo de Avaliação permite conhecer, de forma objectiva, a
eficácia do trabalho que se desenvolve e o seu contributo para as
aprendizagens, para o sucesso dos alunos e para a aprendizagem ao longo da
vida.
        Instrumento facilitador da melhoria contínua, o Modelo de Avaliação das
Bibliotecas permite, mais facilmente, identificar as áreas que requerem um
maior investimento, reconhecer as boas práticas, estabelecer metas, definir
estratégias baseadas no questionamento e inquirição contínuas (Inquiry based
Learning), determinar prioridades, mostrar o valor da biblioteca através de
elementos concretos (evidências).
        Nesse sentido, a avaliação da biblioteca deve estar incluída no processo
de auto-avaliação da própria escola, articulando-se com os objectivos do
Projecto Educativo.


Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos.


        No aspecto estrutural, o modelo está bem organizado e ajusta-se às
diferentes funções de uma biblioteca escolar. Compreende quatro domínios
fundamentais da vida da BE, com os respectivos sub-domínios:


        A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
        B. Leitura e Literacias
        C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à
        Comunidade
        D. Gestão da Biblioteca Escolar



               Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                                 2
Da minha experiência da aplicação do modelo, considero que este é um
instrumento facilitador da identificação dos pontos fortes e fracos da BE. As
acções para melhoria nele apresentadas são de grande utilidade, uma vez que
a sua execução conduzirá a um melhor desempenho da biblioteca.
    Sendo um modelo bastante exigente, os constrangimentos que se me
depararam à sua aplicação rigorosa foram os seguintes:


    •    Dificuldade em discriminar um enorme conjunto de evidências;
    •    Dificuldade em avaliar o impacto da BE nas aprendizagens dos alunos
         através das grelhas de observação de competências;
    •    Utilização de grande parte do tempo de trabalho na BE em actividades
         de avaliação, como a recolha e contagem de dados, a análise e
         interpretação dos resultados, a elaboração do relatório final.


Integração/Aplicação à realidade da escola.


         Segundo o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2008),
”a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo
que deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na
prática”.


         É certo que o modelo indica o caminho, mas é necessário que haja uma
mobilização geral da escola para implementar o processo, o que nem sempre é
fácil.
         As práticas lectivas existentes, a necessidade de cumprir os programas
curriculares e a preparação dos alunos para os exames são constrangimentos
à aplicação de um modelo de avaliação construtivista, avançado em relação à
realidade de algumas escolas. Cabe ao professor bibliotecário adoptar uma
metodologia de sensibilização que englobe a mobilização da equipa, a
organização de jornadas formativas, a comunicação constante com a direcção
da escola, a apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico,
a aproximação/diálogo com os departamentos/professores.




               Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                                 3
Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua
aplicação.


   Segundo Tilke (1999), o professor bibliotecário tem um papel fundamental
   neste processo, devendo apresentar as seguintes competências:


   •   Ser um comunicador efectivo no seio da instituição;
   •   Ser proactivo;
   •   Saber exercer influencia junto dos professores e do órgão directivo;
   •   Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade
       educativa;
   •   Ser observador e investigativo;
   •   Ser capaz de ver o todo;
   •   Saber estabelecer prioridades;
   •   Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade;
   •   Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola;
   •   Saber gerir recursos no sentido alto do termo;
   •   Ser promotor dos serviços e dos recursos;
   •   Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com objectivo de apoiar
       e contribuir para as aprendizagens;
   •   Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola;
   •   Saber trabalhar com departamentos e colegas.


   O professor bibliotecário deverá ser um profissional especializado que,
depois de uma recolha sistemática de evidências, do tratamento dos dados e
da divulgação dos resultados, definirá um plano de melhoria para a sua
biblioteca.
   O processo de auto-avaliação da biblioteca permitirá, assim, disponibilizar
informação de qualidade, capaz de apoiar o processo de avaliação da própria
escola.




              Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                                4
BIBLIOGRAFIA:


- Texto da sessão. Disponível na plataforma.


- Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares (2008). Disponível em:
http://www.rbe.min-edu.pt/np4/76 [07/11/2009]


- Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and
evidence–based practice”. 68th IFLA Council and General Conference, August.


- Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your
Job”. School Library Journal, 9/1/2002. Disponível em:
http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html [07/11/2009]




                                                                                     A Formanda:
                                                                             Manuela Varejão




             Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
                                               5

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Análise Crítica do Modelo de Auto-Avaliação
Análise Crítica do Modelo de Auto-AvaliaçãoAnálise Crítica do Modelo de Auto-Avaliação
Análise Crítica do Modelo de Auto-Avaliaçãomariaemilianovais
 
Analise Critica Ao Modelo De Auto SessãO2
Analise Critica Ao Modelo De Auto  SessãO2Analise Critica Ao Modelo De Auto  SessãO2
Analise Critica Ao Modelo De Auto SessãO2Gloria Lopes
 
Texto da 5ª sessão
Texto da 5ª sessãoTexto da 5ª sessão
Texto da 5ª sessãocandidamatos
 
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamento
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamentoIntegracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamento
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamentorosamfsilvabiblio
 
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novoMabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novocandidamatos
 
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Beisabelborges1962
 
Af ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Jú
Af   ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO JúAf   ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Jú
Af ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO JúJulia Martins
 
Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Auto-avaliação das Bibliotecas EscolaresAuto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Carlos Pinheiro
 
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela Varejao
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela VarejaoAvaliacao Be Contexto Escola Manuela Varejao
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela VarejaoManuela Varejao
 
Workshop 1ª Parte
Workshop 1ª ParteWorkshop 1ª Parte
Workshop 1ª ParteMARIA NOGUE
 

Mais procurados (13)

Análise Crítica do Modelo de Auto-Avaliação
Análise Crítica do Modelo de Auto-AvaliaçãoAnálise Crítica do Modelo de Auto-Avaliação
Análise Crítica do Modelo de Auto-Avaliação
 
Analise Critica Ao Modelo De Auto SessãO2
Analise Critica Ao Modelo De Auto  SessãO2Analise Critica Ao Modelo De Auto  SessãO2
Analise Critica Ao Modelo De Auto SessãO2
 
3ªsessão abilio
3ªsessão abilio3ªsessão abilio
3ªsessão abilio
 
Texto da 5ª sessão
Texto da 5ª sessãoTexto da 5ª sessão
Texto da 5ª sessão
 
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamento
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamentoIntegracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamento
Integracao do modelo_de_auto-avaliacao_na_escola.agrupamento
 
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novoMabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
 
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
 
Af ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Jú
Af   ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO JúAf   ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Jú
Af ApresentaçãO Do Modelo De Auto AvaliaçãO Jú
 
Plano - Workshop
Plano - WorkshopPlano - Workshop
Plano - Workshop
 
Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Auto-avaliação das Bibliotecas EscolaresAuto-avaliação das Bibliotecas Escolares
Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares
 
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela Varejao
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela VarejaoAvaliacao Be Contexto Escola Manuela Varejao
Avaliacao Be Contexto Escola Manuela Varejao
 
Plano Do Workshop
Plano Do WorkshopPlano Do Workshop
Plano Do Workshop
 
Workshop 1ª Parte
Workshop 1ª ParteWorkshop 1ª Parte
Workshop 1ª Parte
 

Destaque

Analise Relatorios Manuela Varejao
Analise Relatorios Manuela VarejaoAnalise Relatorios Manuela Varejao
Analise Relatorios Manuela VarejaoManuela Varejao
 
Accoes Futuras D.2 Manuela Varejao
Accoes Futuras D.2 Manuela VarejaoAccoes Futuras D.2 Manuela Varejao
Accoes Futuras D.2 Manuela VarejaoManuela Varejao
 
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela Varejao
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela VarejaoSessãO4 Plano De Avaliacao Manuela Varejao
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela VarejaoManuela Varejao
 
Texto De Orientacao Manuela Varejao
Texto De Orientacao Manuela VarejaoTexto De Orientacao Manuela Varejao
Texto De Orientacao Manuela VarejaoManuela Varejao
 
Tabela D.2 Manuela Varejao
Tabela D.2 Manuela VarejaoTabela D.2 Manuela Varejao
Tabela D.2 Manuela VarejaoManuela Varejao
 
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela Aguiar
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela AguiarComentario Ao Trabalho Colega Anabela Aguiar
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela AguiarManuela Varejao
 

Destaque (8)

Analise Relatorios Manuela Varejao
Analise Relatorios Manuela VarejaoAnalise Relatorios Manuela Varejao
Analise Relatorios Manuela Varejao
 
Workshop Tarefa 1 Mv If
Workshop Tarefa 1 Mv IfWorkshop Tarefa 1 Mv If
Workshop Tarefa 1 Mv If
 
Accoes Futuras D.2 Manuela Varejao
Accoes Futuras D.2 Manuela VarejaoAccoes Futuras D.2 Manuela Varejao
Accoes Futuras D.2 Manuela Varejao
 
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela Varejao
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela VarejaoSessãO4 Plano De Avaliacao Manuela Varejao
SessãO4 Plano De Avaliacao Manuela Varejao
 
Workshop Tarefa 2 Mv If
Workshop Tarefa 2 Mv IfWorkshop Tarefa 2 Mv If
Workshop Tarefa 2 Mv If
 
Texto De Orientacao Manuela Varejao
Texto De Orientacao Manuela VarejaoTexto De Orientacao Manuela Varejao
Texto De Orientacao Manuela Varejao
 
Tabela D.2 Manuela Varejao
Tabela D.2 Manuela VarejaoTabela D.2 Manuela Varejao
Tabela D.2 Manuela Varejao
 
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela Aguiar
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela AguiarComentario Ao Trabalho Colega Anabela Aguiar
Comentario Ao Trabalho Colega Anabela Aguiar
 

Semelhante a Analise Critica Maabe Manuela Varejao

Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação
Análise crítica ao Modelo de Auto-AvaliaçãoAnálise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação
Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliaçãomariaemilianovais
 
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
João Alves Dos Reis
 
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]nelidavbn
 
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo Be
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo BeAnalise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo Be
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo BeCristina Felício
 
AnáLise CríTica Susana
AnáLise CríTica SusanaAnáLise CríTica Susana
AnáLise CríTica SusanaSusana Martins
 
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novoMabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novocandidamatos
 
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeAnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Beanamariabpalma
 
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeAnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Beguest7716cf
 
Sintese sessao 3
Sintese sessao 3Sintese sessao 3
Sintese sessao 3Anaigreja
 
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
João Alves Dos Reis
 
Sessão 2 análise crítica ao modelo de avaliação
Sessão 2  análise crítica ao modelo de avaliaçãoSessão 2  análise crítica ao modelo de avaliação
Sessão 2 análise crítica ao modelo de avaliaçãoguest1d174ffe
 
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E VeteO Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
EB1 do Pontal Pontal
 
Ana Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª TarefaAna Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª Tarefaanabraga
 
2ªTarefa 2.2
2ªTarefa 2.22ªTarefa 2.2
2ªTarefa 2.2
isabelsantosilva
 

Semelhante a Analise Critica Maabe Manuela Varejao (20)

Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação
Análise crítica ao Modelo de Auto-AvaliaçãoAnálise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação
Análise crítica ao Modelo de Auto-Avaliação
 
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2Joao Reis Workshopformativo SessãO2
Joao Reis Workshopformativo SessãO2
 
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]
Nelida nabais forum_2_analise_critica_ao_modelo_de_auto_avaliacao[1]
 
Plano - Workshop
Plano - WorkshopPlano - Workshop
Plano - Workshop
 
Plano Do Workshop
Plano Do WorkshopPlano Do Workshop
Plano Do Workshop
 
Plano Do Workshop
Plano Do WorkshopPlano Do Workshop
Plano Do Workshop
 
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo Be
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo BeAnalise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo Be
Analise Critica Ao Modelo De Auto AvaliaçAo Be
 
AnáLise CríTica Susana
AnáLise CríTica SusanaAnáLise CríTica Susana
AnáLise CríTica Susana
 
Tarefa 2 Parte1 Act2
Tarefa 2 Parte1 Act2Tarefa 2 Parte1 Act2
Tarefa 2 Parte1 Act2
 
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novoMabe  -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
Mabe -problematicas_e_conceitos_implicados_novo
 
3º Tarefa 2
3º   Tarefa 23º   Tarefa 2
3º Tarefa 2
 
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeAnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
 
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das BeAnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
AnáLise CríTica Ao Modelo De Auto AvaliaçãO Das Be
 
Sintese sessao 3
Sintese sessao 3Sintese sessao 3
Sintese sessao 3
 
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
Joao Reis AutoavaliaçãO Bib Pataias SessãO3
 
Tarefa 2.Docx
Tarefa 2.DocxTarefa 2.Docx
Tarefa 2.Docx
 
Sessão 2 análise crítica ao modelo de avaliação
Sessão 2  análise crítica ao modelo de avaliaçãoSessão 2  análise crítica ao modelo de avaliação
Sessão 2 análise crítica ao modelo de avaliação
 
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E VeteO Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
O Modelo De Auto Avaliacao Das Bibliotecas Escolares Filo E Vete
 
Ana Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª TarefaAna Silva 2ª Tarefa
Ana Silva 2ª Tarefa
 
2ªTarefa 2.2
2ªTarefa 2.22ªTarefa 2.2
2ªTarefa 2.2
 

Último

PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Luana Neres
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
WelidaFreitas1
 
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptxINGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
AndreasCarvalho2
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
AdrianoMontagna1
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
andressacastro36
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
Mary Alvarenga
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 

Último (20)

PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
 
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptxINGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA - IMPORTÂNCIA.pptx
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdfiNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
iNTRODUÇÃO À Plantas terrestres e Plantas aquáticas. (1).pdf
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 

Analise Critica Maabe Manuela Varejao

  • 1. ANÁLISE CRÍTICA AO MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos implicados. O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares constitui um documento pedagógico que permite às bibliotecas escolares analisarem o trabalho que desenvolvem e conhecerem o impacto que ele produz nas aprendizagens dos alunos. Nesse sentido, permite “identificar as áreas de sucesso e aquelas que, por apresentarem resultados menores, requerem maior investimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.” (Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, Gabinete da RBE). Trata-se de um documento orientador, que traça caminhos a seguir e permite, através do benchmarking, melhorar o desempenho da BE nas várias áreas da sua intervenção. Os conceitos implícitos neste modelo são: • Noção do valor que a BE representa para a comunidade escolar, isto é, os benefícios que o corpo docente e discente dela retiram. • Noção de mudança, visto que a avaliação não é um fim mas um processo que conduzirá a mudanças concretas, nomeadamente através de novas estratégias, capazes de contribuir para a concretização dos objectivos da escola. • Noção de auto-avaliação constante, através de uma recolha sistemática de evidências (evidence-based practice), associadas ao trabalho do dia-a-dia, que possibilitam uma “identificação mais clara dos pontos fracos e fortes, o que orientará o estabelecimento de objectivos e prioridades, de acordo com uma perspectiva realista face à BE e ao contexto em que se insere” (Modelo de Auto- Avaliação das Bibliotecas Escolares, Gabinete da RBE). Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 1
  • 2. Subjacente ao Modelo, está a noção de que o processo deverá conduzir a uma melhoria contínua do desempenho da BE. Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as bibliotecas escolares. Apesar das bibliotecas escolares já efectuarem a sua auto-avaliação desde há longa data, aferida pela relação directa entre os inputs e os outputs, a existência de um Modelo de Avaliação permite conhecer, de forma objectiva, a eficácia do trabalho que se desenvolve e o seu contributo para as aprendizagens, para o sucesso dos alunos e para a aprendizagem ao longo da vida. Instrumento facilitador da melhoria contínua, o Modelo de Avaliação das Bibliotecas permite, mais facilmente, identificar as áreas que requerem um maior investimento, reconhecer as boas práticas, estabelecer metas, definir estratégias baseadas no questionamento e inquirição contínuas (Inquiry based Learning), determinar prioridades, mostrar o valor da biblioteca através de elementos concretos (evidências). Nesse sentido, a avaliação da biblioteca deve estar incluída no processo de auto-avaliação da própria escola, articulando-se com os objectivos do Projecto Educativo. Organização estrutural e funcional. Adequação e constrangimentos. No aspecto estrutural, o modelo está bem organizado e ajusta-se às diferentes funções de uma biblioteca escolar. Compreende quatro domínios fundamentais da vida da BE, com os respectivos sub-domínios: A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular B. Leitura e Literacias C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade D. Gestão da Biblioteca Escolar Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 2
  • 3. Da minha experiência da aplicação do modelo, considero que este é um instrumento facilitador da identificação dos pontos fortes e fracos da BE. As acções para melhoria nele apresentadas são de grande utilidade, uma vez que a sua execução conduzirá a um melhor desempenho da biblioteca. Sendo um modelo bastante exigente, os constrangimentos que se me depararam à sua aplicação rigorosa foram os seguintes: • Dificuldade em discriminar um enorme conjunto de evidências; • Dificuldade em avaliar o impacto da BE nas aprendizagens dos alunos através das grelhas de observação de competências; • Utilização de grande parte do tempo de trabalho na BE em actividades de avaliação, como a recolha e contagem de dados, a análise e interpretação dos resultados, a elaboração do relatório final. Integração/Aplicação à realidade da escola. Segundo o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2008), ”a avaliação não constitui um fim, devendo ser entendida como um processo que deverá conduzir à reflexão e deverá originar mudanças concretas na prática”. É certo que o modelo indica o caminho, mas é necessário que haja uma mobilização geral da escola para implementar o processo, o que nem sempre é fácil. As práticas lectivas existentes, a necessidade de cumprir os programas curriculares e a preparação dos alunos para os exames são constrangimentos à aplicação de um modelo de avaliação construtivista, avançado em relação à realidade de algumas escolas. Cabe ao professor bibliotecário adoptar uma metodologia de sensibilização que englobe a mobilização da equipa, a organização de jornadas formativas, a comunicação constante com a direcção da escola, a apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico, a aproximação/diálogo com os departamentos/professores. Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 3
  • 4. Competências do professor bibliotecário e estratégias implicadas na sua aplicação. Segundo Tilke (1999), o professor bibliotecário tem um papel fundamental neste processo, devendo apresentar as seguintes competências: • Ser um comunicador efectivo no seio da instituição; • Ser proactivo; • Saber exercer influencia junto dos professores e do órgão directivo; • Ser útil, relevante e considerado pelos outros membros da comunidade educativa; • Ser observador e investigativo; • Ser capaz de ver o todo; • Saber estabelecer prioridades; • Realizar uma abordagem construtiva aos problemas e à realidade; • Ser gestor de serviços de aprendizagem no seio da escola; • Saber gerir recursos no sentido alto do termo; • Ser promotor dos serviços e dos recursos; • Ser tutor, professor e um avaliador de recursos, com objectivo de apoiar e contribuir para as aprendizagens; • Saber gerir e avaliar de acordo com a missão e objectivos da escola; • Saber trabalhar com departamentos e colegas. O professor bibliotecário deverá ser um profissional especializado que, depois de uma recolha sistemática de evidências, do tratamento dos dados e da divulgação dos resultados, definirá um plano de melhoria para a sua biblioteca. O processo de auto-avaliação da biblioteca permitirá, assim, disponibilizar informação de qualidade, capaz de apoiar o processo de avaliação da própria escola. Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 4
  • 5. BIBLIOGRAFIA: - Texto da sessão. Disponível na plataforma. - Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (2008). Disponível em: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/76 [07/11/2009] - Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and evidence–based practice”. 68th IFLA Council and General Conference, August. - Eisenberg, Michael & Miller, Danielle (2002) “This Man Wants to Change Your Job”. School Library Journal, 9/1/2002. Disponível em: http://www.schoollibraryjournal.com/article/CA240047.html [07/11/2009] A Formanda: Manuela Varejão Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares 5