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Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas
Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
Quando nos propomos enfrentar mais este desafio de auto-avaliação das BEs,
parece-me pertinente a proposta de se fazer uma análise crítica do Modelo e da
adequação e constrangimentos da sua aplicação.
O modelo de Auto-avaliação é um instrumento pedagógico e de melhoria
contínua que permite aos órgãos implicados no processo, avaliar o trabalho da
Biblioteca Escolar e o seu impacto no funcionamento geral da escola e nas
aprendizagens dos alunos. A BE /CRE é um espaço de trabalho que, como qualquer
outro, deve ser susceptível de avaliação com vista à sua melhoria de forma a poder
aferir-se o impacto das actividades aí desenvolvidas no processo de ensino
aprendizagem.
Deste modo, ficarão mais claras as áreas de sucesso e as que vão precisar de
maior investimento.
A BE deve ser um espaço luminoso, agradável, bem apetrechado e equipado
mas, deve ser, sobretudo, um espaço de aprendizagem efectiva e de progresso na vida
dos alunos e nos objectivos da Escola.
Está fora de qualquer questão colocar em dúvida a pertinência de uma auto-
avaliação do trabalho desenvolvido, com a qual eu concordo em absoluto, embora eu
não saiba bem se este modelo é o mais apropriado, talvez por falta de conhecimento e
experiência ainda da sua aplicação prática – talvez no final do ano eu esteja menos
céptica quanto à sua aplicação, principalmente nas Bibliotecas Escolares do 1º Ciclo.
Quero acreditar que os resultados dos diferentes estudos realizados a nível mundial
tenham o sucesso revelado, numa época de mudança global, que muitas vezes nos
ultrapassa inexoravelmente.
A pertinência de um modelo de avaliação nas Bibliotecas Escolares é essencial
para que esta se integre no projecto da Escola e possa divulgar as suas práticas de uma
forma coerente e estruturada e a sua importância nas várias actividades da escola.
Assim como fazer os ajustes necessários no sector em que apresenta resultados menos
satisfatórios, de forma a reforçar a BE como um motor dinamizador do processo de
ensino aprendizagem, pois ela “(…)constitui um contributo essencial para o sucesso
educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino nos tempos que correm(...)”,
citação retirada do documento Modelo de Auto – avaliação das Bibliotecas Escolares.
1 Formanda: Leonor Otília
Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas
Acredito que esta formação me vá fazer rever atitudes, comportamentos e
formas de auto-avaliação que me permitam, mais facilmente, conhecer os resultados e
o que deve ser melhorado e corrigido na BE nas práticas que se realizam.
Nestes dois anos em que estou com funções de professora bibliotecária,
avaliação sempre foi feita, a reflexão e o plano de melhoramento, mas parece-me que
agora sê-lo-á mais fundamentadamente fazendo uma integração e aplicação mais
consistente na realidade do Agrupamento.
É um objectivo da BE ter uma política de trabalho colaborativo através de
propostas de actividades saídas das estruturas directivas, dos professores e das
necessidades reais, dos alunos e dos seus interesses como agentes de aprendizagem
activos. Após auscultar estes agentes e avaliar a exequibilidade das propostas,
passamos aos planos de acção que são emanados para o Agrupamento e postos em
prática. Dos objectivos traçados, para este triénio, destaco:
- Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho autónomo baseado na
consulta, tratamento e produção da informação.
- É uma preocupação estimular alunos para o prazer de ler, associando a leitura, os
livros e a BE a um espaço de ocupação feito com prazer, mesmo nos tempos livres.
- Tornar a BE um espaço da escola onde se produz cultura e se trocam experiências
pedagógicas em áreas disciplinares e não disciplinares.
- A BE a fazer passar uma imagem da escola activa com percursos vocacionais
diversificados.
O Professor Bibliotecário deve ser, líder mas parceiro, criador de empatia e
espírito mobilizador mas, também deve ter consciência que não age sozinho, pois
existe a comunidade educativa escolar que são os alicerces onde assenta o sistema da
Biblioteca e que lhe dá o Ser e o Fazer, fundamentais para concretizar os planos
definidos.
O novo modelo de Auto-avaliação a implementar é mais um desafio que por
certo nos irá fazer planificar melhor e podermos extrair conhecimentos que orientem
as acções. Através da auto-avaliação devem identificar-se os pontos fortes e fracos
fazendo evoluir, através de novas práticas, os segundos para um patamar superior. Só
teremos a noção da necessidade dessa evolução submetendo a BE/CRE a um processo
de auto-avaliação.
2 Formanda: Leonor Otília
Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas
Tradicionalmente e num primeiro momento o impacto das Bibliotecas Escolares
na comunidade educativa media-se pela colecção existente, pelo espaço, pelo que se
gasta no seu apetrechamento e pelo número de utentes. É altura de numa segunda
fase se medirem os benefícios que os utilizadores retiram do uso dos serviços das BE e
a sua progressão na aprendizagem e o processo leva-nos ainda a aceitar, tal como o
referido num dos textos que “Hoje a avaliação centra-se essencialmente no impacto
qualitativo da biblioteca, isto é na aferição das modificações positivas que o seu
funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos utilizadores”.
A avaliação das BES vai fazer-nos melhorar, validando o que fazemos bem e
permitindo-nos melhorar, quando for caso disso. É uma forma de sabermos de onde
partirmos e sabermos até onde queremos ir. A BE deve ser um espaço afectivo e de
qualidade. Tendo sempre em vista o seu impacto na aprendizagem e no sucesso
educativo dos alunos.
A auto-avaliação assenta em quatro domínios base:
1 – Apoio ao Desenvolvimento curricular.
2 – Leitura e literacias
3 – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
4 – Gestão da Biblioteca Escolar
A Biblioteca Escolar deve estar integrada na Escola e no processo ensino -
aprendizagem, deve ter qualidade no acesso e na colecção aí presente, e deve ter uma
gestão de qualidade também assente nos pressupostos de uma equipa dinâmica,
qualificada, que seja atenta a um trabalho articulado com a escola, professores e
alunos. A liderança deve ser forte e deve resumir-se como num elemento agregador
para que se pinta o impacto na escola e nas aprendizagens. Surge aqui um elemento
novo que na nossa BE queremos “agarrar” agora, tentando com sucesso implementar
o novo processo avaliativo.
“Se os bibliotecários escolares não conseguirem provar que fazem a diferença, talvez
deixem de existir.”Por Ross Todd, Jornal da Biblioteca Escolar, 4/1/2008.
O modelo de auto – avaliação poderá ser o instrumento que ajude a fazer a
diferença necessária e indispensável para as Bibliotecas Escolares vingarem. No
documento “ Modelo de Auto – avaliação da biblioteca escolar”, passo a citar, o que
3 Formanda: Leonor Otília
Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas
para mim, encerra o grande objectivo do modelo de auto - avaliação, enquanto
professora Bibliotecária:
“ É importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e
com a BE vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de
eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores. Esta
análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento indispensável
num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a afirmação e reconhecimento
do papel da BE, determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para
a BE estão ou não a ser alcançados, identificar práticas que têm sucesso e que deverão
continuar e identificar pontos fracos que importa melhorar”.
…Quero acreditar nestas palavras e que a implementação do modelo da auto-
avaliação seja um instrumento orientador da minha prática como professora
Bibliotecária, independente de olhar para o documento e ter a sensação que é de uma
enormidade impraticável! Logo se verá e, não há dúvida, que há duelos pela frente! O
papel educativo do bibliotecário escolar é um papel de uma contínua postura de
acções diárias que envolvam evidências de aprendizagens do aluno. Aprendizagens
estas que contribuam para o desenvolvimento e construção da sua compreensão
como ser humano, num século que se caracteriza pela adaptação continua de uma
mudança imparável…
Termino a minha reflexão esperançosa que este modelo de auto - avaliação vai
ser mais um instrumento para crescer e afirmar a Biblioteca como um espaço
fundamental para a escola do século XIX, uma escola que vai ter um” (…) ambiente de
informação complexo e fluido, conectivo e interactivo, diversificado, ambíguo e
imprevisível, e já não existem constrangimentos relacionados com colecções físicas,
tempo, lugar e fronteiras nacionais.” Como afirma Ross Todd, no documento
Transições para futuros desejáveis das bibliotecas escolares.
4 Formanda: Leonor Otília

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  • 1. Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Quando nos propomos enfrentar mais este desafio de auto-avaliação das BEs, parece-me pertinente a proposta de se fazer uma análise crítica do Modelo e da adequação e constrangimentos da sua aplicação. O modelo de Auto-avaliação é um instrumento pedagógico e de melhoria contínua que permite aos órgãos implicados no processo, avaliar o trabalho da Biblioteca Escolar e o seu impacto no funcionamento geral da escola e nas aprendizagens dos alunos. A BE /CRE é um espaço de trabalho que, como qualquer outro, deve ser susceptível de avaliação com vista à sua melhoria de forma a poder aferir-se o impacto das actividades aí desenvolvidas no processo de ensino aprendizagem. Deste modo, ficarão mais claras as áreas de sucesso e as que vão precisar de maior investimento. A BE deve ser um espaço luminoso, agradável, bem apetrechado e equipado mas, deve ser, sobretudo, um espaço de aprendizagem efectiva e de progresso na vida dos alunos e nos objectivos da Escola. Está fora de qualquer questão colocar em dúvida a pertinência de uma auto- avaliação do trabalho desenvolvido, com a qual eu concordo em absoluto, embora eu não saiba bem se este modelo é o mais apropriado, talvez por falta de conhecimento e experiência ainda da sua aplicação prática – talvez no final do ano eu esteja menos céptica quanto à sua aplicação, principalmente nas Bibliotecas Escolares do 1º Ciclo. Quero acreditar que os resultados dos diferentes estudos realizados a nível mundial tenham o sucesso revelado, numa época de mudança global, que muitas vezes nos ultrapassa inexoravelmente. A pertinência de um modelo de avaliação nas Bibliotecas Escolares é essencial para que esta se integre no projecto da Escola e possa divulgar as suas práticas de uma forma coerente e estruturada e a sua importância nas várias actividades da escola. Assim como fazer os ajustes necessários no sector em que apresenta resultados menos satisfatórios, de forma a reforçar a BE como um motor dinamizador do processo de ensino aprendizagem, pois ela “(…)constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino nos tempos que correm(...)”, citação retirada do documento Modelo de Auto – avaliação das Bibliotecas Escolares. 1 Formanda: Leonor Otília
  • 2. Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas Acredito que esta formação me vá fazer rever atitudes, comportamentos e formas de auto-avaliação que me permitam, mais facilmente, conhecer os resultados e o que deve ser melhorado e corrigido na BE nas práticas que se realizam. Nestes dois anos em que estou com funções de professora bibliotecária, avaliação sempre foi feita, a reflexão e o plano de melhoramento, mas parece-me que agora sê-lo-á mais fundamentadamente fazendo uma integração e aplicação mais consistente na realidade do Agrupamento. É um objectivo da BE ter uma política de trabalho colaborativo através de propostas de actividades saídas das estruturas directivas, dos professores e das necessidades reais, dos alunos e dos seus interesses como agentes de aprendizagem activos. Após auscultar estes agentes e avaliar a exequibilidade das propostas, passamos aos planos de acção que são emanados para o Agrupamento e postos em prática. Dos objectivos traçados, para este triénio, destaco: - Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho autónomo baseado na consulta, tratamento e produção da informação. - É uma preocupação estimular alunos para o prazer de ler, associando a leitura, os livros e a BE a um espaço de ocupação feito com prazer, mesmo nos tempos livres. - Tornar a BE um espaço da escola onde se produz cultura e se trocam experiências pedagógicas em áreas disciplinares e não disciplinares. - A BE a fazer passar uma imagem da escola activa com percursos vocacionais diversificados. O Professor Bibliotecário deve ser, líder mas parceiro, criador de empatia e espírito mobilizador mas, também deve ter consciência que não age sozinho, pois existe a comunidade educativa escolar que são os alicerces onde assenta o sistema da Biblioteca e que lhe dá o Ser e o Fazer, fundamentais para concretizar os planos definidos. O novo modelo de Auto-avaliação a implementar é mais um desafio que por certo nos irá fazer planificar melhor e podermos extrair conhecimentos que orientem as acções. Através da auto-avaliação devem identificar-se os pontos fortes e fracos fazendo evoluir, através de novas práticas, os segundos para um patamar superior. Só teremos a noção da necessidade dessa evolução submetendo a BE/CRE a um processo de auto-avaliação. 2 Formanda: Leonor Otília
  • 3. Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas Tradicionalmente e num primeiro momento o impacto das Bibliotecas Escolares na comunidade educativa media-se pela colecção existente, pelo espaço, pelo que se gasta no seu apetrechamento e pelo número de utentes. É altura de numa segunda fase se medirem os benefícios que os utilizadores retiram do uso dos serviços das BE e a sua progressão na aprendizagem e o processo leva-nos ainda a aceitar, tal como o referido num dos textos que “Hoje a avaliação centra-se essencialmente no impacto qualitativo da biblioteca, isto é na aferição das modificações positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e conhecimentos dos utilizadores”. A avaliação das BES vai fazer-nos melhorar, validando o que fazemos bem e permitindo-nos melhorar, quando for caso disso. É uma forma de sabermos de onde partirmos e sabermos até onde queremos ir. A BE deve ser um espaço afectivo e de qualidade. Tendo sempre em vista o seu impacto na aprendizagem e no sucesso educativo dos alunos. A auto-avaliação assenta em quatro domínios base: 1 – Apoio ao Desenvolvimento curricular. 2 – Leitura e literacias 3 – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade 4 – Gestão da Biblioteca Escolar A Biblioteca Escolar deve estar integrada na Escola e no processo ensino - aprendizagem, deve ter qualidade no acesso e na colecção aí presente, e deve ter uma gestão de qualidade também assente nos pressupostos de uma equipa dinâmica, qualificada, que seja atenta a um trabalho articulado com a escola, professores e alunos. A liderança deve ser forte e deve resumir-se como num elemento agregador para que se pinta o impacto na escola e nas aprendizagens. Surge aqui um elemento novo que na nossa BE queremos “agarrar” agora, tentando com sucesso implementar o novo processo avaliativo. “Se os bibliotecários escolares não conseguirem provar que fazem a diferença, talvez deixem de existir.”Por Ross Todd, Jornal da Biblioteca Escolar, 4/1/2008. O modelo de auto – avaliação poderá ser o instrumento que ajude a fazer a diferença necessária e indispensável para as Bibliotecas Escolares vingarem. No documento “ Modelo de Auto – avaliação da biblioteca escolar”, passo a citar, o que 3 Formanda: Leonor Otília
  • 4. Tarefa 2: Análise Crítica ao Modelo de Auto – Avaliação das Bibliotecas Escolas para mim, encerra o grande objectivo do modelo de auto - avaliação, enquanto professora Bibliotecária: “ É importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores. Esta análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento indispensável num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a afirmação e reconhecimento do papel da BE, determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser alcançados, identificar práticas que têm sucesso e que deverão continuar e identificar pontos fracos que importa melhorar”. …Quero acreditar nestas palavras e que a implementação do modelo da auto- avaliação seja um instrumento orientador da minha prática como professora Bibliotecária, independente de olhar para o documento e ter a sensação que é de uma enormidade impraticável! Logo se verá e, não há dúvida, que há duelos pela frente! O papel educativo do bibliotecário escolar é um papel de uma contínua postura de acções diárias que envolvam evidências de aprendizagens do aluno. Aprendizagens estas que contribuam para o desenvolvimento e construção da sua compreensão como ser humano, num século que se caracteriza pela adaptação continua de uma mudança imparável… Termino a minha reflexão esperançosa que este modelo de auto - avaliação vai ser mais um instrumento para crescer e afirmar a Biblioteca como um espaço fundamental para a escola do século XIX, uma escola que vai ter um” (…) ambiente de informação complexo e fluido, conectivo e interactivo, diversificado, ambíguo e imprevisível, e já não existem constrangimentos relacionados com colecções físicas, tempo, lugar e fronteiras nacionais.” Como afirma Ross Todd, no documento Transições para futuros desejáveis das bibliotecas escolares. 4 Formanda: Leonor Otília