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Comentário
Optei por fazer um comentário ao trabalho da colega Ana Maria Marques.
Mais uma vez é difícil fundamentar a escolha. É impossível ler e reflectir
sobre todos (nem a maioria!) dos trabalhos dos colegas.
A crítica feita pela Ana revelou-se “apetecível” ao meu comentário pois
percebi de imediato que revela capacidade de síntese e objectividade – o
que me agradou. Novamente saliento que o poder de síntese é algo que me
foge, em que tenho dificuldade, escrevo muito, pelo que é uma das
características que muito aprecio, até porque foi invocada pelas formadoras
na 1ª sessão.
A colega organizou a sua crítica seguindo a estrutura sugerida focando
separadamente os vários aspectos.
Salientou alguns factores interessantes:
    O “valor” da BE é mais na medida em que contribui para a aquisição
      do conhecimento;
    A diferença entre a avaliação endógena e exógena;
    O facto da aplicação deste Modelo permitir que a BE se possa
      comparar “consigo própria ao longo dos anos”;
    A importância do diálogo com os órgãos directivos para que estes
      reconheçam a importância da BE na construção de saberes.
Este trabalho reflecte a leitura de alguns dos textos sugeridos,
nomeadamente quando relaciona a estrutura do Modelo de Auto-Avaliação
com os três aspectos que Eisenberg e Miller consideram fundamentais em
relação ao contributo da BE no processo educativo.
Saliento ainda que este trabalho em “poucas linhas” refere o que o meu (em
muitas) esqueceu:
 A pertinência deste Modelo no contexto da necessidade da avaliação
      externa das escolas;
    O perigo da aplicação deste Modelo ser encarada como uma
      sobrecarga de trabalho e com alguma despreocupação;
    O desconhecimento de estratégias para análise dos questionários.
Penso que a colega poderia ter citado alguns dos autores lidos e que no
aspecto d), apesar da realidade da sua Escola, poderia ter focado alguns
aspectos sobre a implementação do Modelo, se bem que seja a avaliação de
algo que não existe, terá (penso!) de ser aplicado.
Destaco também a clareza e “leveza” da escrita - «O modelo de avaliação
permite no fundo, o estabelecimento de comparações entre o que se “é” ou
se “faz” com aquilo que se deveria “ser” ou “fazer”.
Por fim, elogio a forma directa e desprovida de qualquer complexo quando
afirma - «Confesso que estou longe de reunir todas estas competências…».
Estamos todos! Ou quase todos! Há muito para aprender e para fazer!
Estamos a começar!


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Lurdes Almeida

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ComentáRio à AnáLise De Ana Maria Marques

  • 1. Comentário Optei por fazer um comentário ao trabalho da colega Ana Maria Marques. Mais uma vez é difícil fundamentar a escolha. É impossível ler e reflectir sobre todos (nem a maioria!) dos trabalhos dos colegas. A crítica feita pela Ana revelou-se “apetecível” ao meu comentário pois percebi de imediato que revela capacidade de síntese e objectividade – o que me agradou. Novamente saliento que o poder de síntese é algo que me foge, em que tenho dificuldade, escrevo muito, pelo que é uma das características que muito aprecio, até porque foi invocada pelas formadoras na 1ª sessão. A colega organizou a sua crítica seguindo a estrutura sugerida focando separadamente os vários aspectos. Salientou alguns factores interessantes:  O “valor” da BE é mais na medida em que contribui para a aquisição do conhecimento;  A diferença entre a avaliação endógena e exógena;  O facto da aplicação deste Modelo permitir que a BE se possa comparar “consigo própria ao longo dos anos”;  A importância do diálogo com os órgãos directivos para que estes reconheçam a importância da BE na construção de saberes. Este trabalho reflecte a leitura de alguns dos textos sugeridos, nomeadamente quando relaciona a estrutura do Modelo de Auto-Avaliação com os três aspectos que Eisenberg e Miller consideram fundamentais em relação ao contributo da BE no processo educativo. Saliento ainda que este trabalho em “poucas linhas” refere o que o meu (em muitas) esqueceu:
  • 2.  A pertinência deste Modelo no contexto da necessidade da avaliação externa das escolas;  O perigo da aplicação deste Modelo ser encarada como uma sobrecarga de trabalho e com alguma despreocupação;  O desconhecimento de estratégias para análise dos questionários. Penso que a colega poderia ter citado alguns dos autores lidos e que no aspecto d), apesar da realidade da sua Escola, poderia ter focado alguns aspectos sobre a implementação do Modelo, se bem que seja a avaliação de algo que não existe, terá (penso!) de ser aplicado. Destaco também a clareza e “leveza” da escrita - «O modelo de avaliação permite no fundo, o estabelecimento de comparações entre o que se “é” ou se “faz” com aquilo que se deveria “ser” ou “fazer”. Por fim, elogio a forma directa e desprovida de qualquer complexo quando afirma - «Confesso que estou longe de reunir todas estas competências…». Estamos todos! Ou quase todos! Há muito para aprender e para fazer! Estamos a começar! ______________________________________________ Lurdes Almeida