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Prof. Jonas Araújo
Amazonas: de Comarca à Província (1824-1850)
O GRÃO-PARÁ E RIO NEGRO
E A INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL
   Em 1822, a atual Amazônia brasileira
    ainda constituía uma unidade político-
    administrativa da Coroa Portuguesa.

   A colônia ao norte era composta em
    duas capitanias: as do Pará e Rio
    Negro(principal e subalterna).
Lembrando que a Capitania do
    Rio Negro fora criada em
  1755, durante o reinado de D.
 José I, constituindo a unidade
mais distante do atual Estado do
           Amazonas.c
Separação do Brasil (1808-
1822)
   As relações entre os Estados do Brasil e
    do Grão Pará e Rio Negro ficam mais
    fortes, visto que a Corte lusitana estava
    no Rio de Janeiro.

   A elevação do Estado do Brasil à
    categoria de Reino Unido a Portugal e
    Algarves, em 1815, não alterou o status
    do Grão Pará e Rio Negro.
Lembretes importantes

   Quando da viagem do coronel Matos pelo rio
      Negro(1842-1843), visitou os dezoito
      povoamentos que existiam em suas
                  margens:

   -Dois sob a categoria de Vila, oito sob a de
   Freguesia e igual número pela categoria de
                   povoação.

   -POPULAÇÃO... Estima-se que haviam 7.650
      habitantes, sendo 7.200 livres e 450
                   escravos.
Vamos por partes...
      A incorporação ocorreu em dois
       momentos:
   Primeiro: No
      campo
 legislativo, que
reivindicava uma                        Segundo: pelas
 unidade política                         forças das
 e territorial que                          armas.
 não existia nos
      tempos
    coloniais.
Furo de reportagem

     No anteprojeto da primeira Carta
     Constitucional- que não chegou a
     ser votada , pois a Assembléia foi
     dissolvida por D. Pedro I em fins
     de 1823 – as capitanias do Pará e
      Rio Negro já haviam mudado de
        status... Províncias
                         do
          Império do Brasil
Injustiça com o Rio
NEGRO...
 A antiga capitania do Rio Negro, recebeu o
  status inferior de Comarca da nova
  Província do Pará.
 Essa condição foi reconhecida na matriz
  de Nossa Senhora da Conceição em
  06/06/1825 pela Junta Governativa e pela
  Câmara de Serpa( Arthur Cezar Ferreira
  Reis)

   ... É aqui que começa a rivalidade besta!!
25 anos depois...



    Somente em 1850, esse quadro veio
     modificar-se, quando o Rio Negro,
     então Comarca do Alto Amazonas,
    passou à categoria de Província do
                Amazonas.
Conflito dos Poderes
  Internos


   Primeiro
   ouvidor:                 Junta
Domingos Nunes           governativa.
 Ramos Ferreira
Os atos do presidente do Pará, José Félix Pereira
Burgos, foram sancionados pelo governo imperial em
                 outubro de 1825.

                                                     Câmara Municipal de
                                                     Barcelos transferiu-se
                                                     para a Barra do Rio
                                                     Negro, em dezembro
                                                     de 1825.

   Primeiro
   ouvidor:
Domingos Nunes
 Ramos Ferreira
Movimento Autonomista do Rio
Negro de 1832.
 “Para contornar a crise , o novo
  presidente do Pará, Paulo da Silva
  Gama, barão de Bagé, por volta de
  1828, fez retornar a Câmara para
  Barcelos e o capitão Hilário Gurjão para
  Belém.”
 Levante militar na Barra do Rio
  Negro, em 12 de abril de 1832.
 Conselho extraordinário...Província já!!!
Repressão do Governo
Paraense
   O presidente paraense, José Joaquim
    Machado de Oliveira, condenou a
    movimentação da comarca.

   Tropas legalistas em 10 de agosto de
    1832.

   A viajem do frei José dos inocentes.
Comarca do Alto
Amazonas(1832-1850)
 Em 29 de novembro de 1832, a
  Regência promulgou o Código do
  Processo Criminal do Império,
  unificando a legislação.
 Conselho provincial do Pará de 25 de
  junho 1833, organizou a “Divisão das
  Comarcas e Termos da Província do
  Pará”:
 GRÃO- PARÁ; BAIXO AMAZONAS,
  ALTO AMAZONAS.
Manaus, sede da Comarca
   No que tange a comarca do Alto
    Amazonas, sua área ficou menor que a
    da extinta Comarca do Rio Negro.

   Por conta dessa reforma, o lugar da
    Barra do Rio Negro foi elevado à
    categoria de vila, com o nome de
    Manaus.
1834 anos de agitação...
 Fevereiro – protesto da população livre
  contra a medida do governo provincial
  em retirar as moedas de cobre.
 Abril – rejeição por parte da Câmara
  Municipal de Manaus , da presença de
  comandantes Militares...
  representantes do governo provincial na
  Comarca
   Julho e agosto – contestação do decreto
    de 07 de outubro de 1833, que criava o
    corpo de guarda policial nos distritos
    municipais.
A Cabanagem no Alto
Amazonas (1836-1840)
 Movimento iniciado no Pará que contou
  com a participação de diversos setores
  sociais valendo destacar alguns grupos
  indígenas, tais como:
 Mundurucus,
 Maués e
 Muras.
O que foi a
Cabanage
   m?




        Fonte: NORFINI, de
        Alfredo, Cabano Paraense
O processo Revolucionário
  na Comarca...
    As ações iniciam em 1836,
     mas seu líder Bernardo
     Sena, foi preso e mandado
     para Belém.


                                   Posto Militar e aldeia de Tabatinga.



• As forças revolucionárias que já dominavam o Baixo
  Amazonas libertaram Bernardo Sena. Somados no total de
  800 homens marcharam para o Alto Amazonas, dominando
  Luzéa (atual Maués) e depois Serpa(atual Itacoatiara).tinga
O processo Revolucionário na
Comarca...
   Em 6 de março de 1836, os
    revolucionários tomaram Manaus.
Atacou duramente as autoridades
    provinciais nomeadas pela
Regência e seus colaboradores...
 Principalmente o Juíz Henrique
 João Cordeiro e o proprietário
   rural, Ambrósio Aires, vulgo
             Bararoá




                       Bernardo Sena
Sob nova direção...
   Novas autoridades foram constituídas pelos
    revolucionários:
   Juiz de Direito - o Pe. João Pedro Pacheco
   Juiz de Paz – João Ignacio Roiz do Carmo
   Provedor da Fazenda Pública – Martinho
    Joaquim do Carmo
   Escrivão da fazenda – Bernado Francisco de
    Paula e Azevedo
   Procurador Fiscal da Fazenda – Joaquim Roiz
    Calhado
   Almoxarife – João de Souza Coelho.
A vila da Prainha, a 10 léguas
abaixo de Monte Alegre, no Pará
Os cabanos mandam e
obedecem os que tiverem
juízo...
   De março a agosto de 1836, impuseram
    a autoridade de Eduardo Nogueira
    Angelim, como presidente interino da
    Província do Pará, rechaçando a do
    marechal Manoel Jorge Rodrigues.
Furo de reportagem


      Líderes cabanos da Comarca
     entram em disputar pelo poder...
       São eles Bernardo Sena e o
          capitão Antônio Freire
                taqueirinha
Socos,chutes e pontapés...


       No dia 02 de junho de 1836 os
      ânimos ficaram exaltados entre
        ambos , Bernardo Sena não
        resistiu aos ferimentos e...
                 MORREU.
A queda do sonho
 No período de setembro a dezembro de
  1836, gradativamente os cabanos foram
  perdendo, para as forças legalistas.
 Ao termino da Cabanagem, o Alto
  Amazonas vivia um caos econômico e
  uma desorganização administrativa
 Em 1845 o coronel João Henrique de
  Matos lança o Relatório do estado atual
  de decadência em que se acha o Alto
  Amazonas.

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Amazonia imperial

  • 2. Amazonas: de Comarca à Província (1824-1850)
  • 3. O GRÃO-PARÁ E RIO NEGRO E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL  Em 1822, a atual Amazônia brasileira ainda constituía uma unidade político- administrativa da Coroa Portuguesa.  A colônia ao norte era composta em duas capitanias: as do Pará e Rio Negro(principal e subalterna).
  • 4. Lembrando que a Capitania do Rio Negro fora criada em 1755, durante o reinado de D. José I, constituindo a unidade mais distante do atual Estado do Amazonas.c
  • 5. Separação do Brasil (1808- 1822)  As relações entre os Estados do Brasil e do Grão Pará e Rio Negro ficam mais fortes, visto que a Corte lusitana estava no Rio de Janeiro.  A elevação do Estado do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, não alterou o status do Grão Pará e Rio Negro.
  • 6.
  • 7. Lembretes importantes Quando da viagem do coronel Matos pelo rio Negro(1842-1843), visitou os dezoito povoamentos que existiam em suas margens: -Dois sob a categoria de Vila, oito sob a de Freguesia e igual número pela categoria de povoação. -POPULAÇÃO... Estima-se que haviam 7.650 habitantes, sendo 7.200 livres e 450 escravos.
  • 8. Vamos por partes...  A incorporação ocorreu em dois momentos: Primeiro: No campo legislativo, que reivindicava uma Segundo: pelas unidade política forças das e territorial que armas. não existia nos tempos coloniais.
  • 9. Furo de reportagem No anteprojeto da primeira Carta Constitucional- que não chegou a ser votada , pois a Assembléia foi dissolvida por D. Pedro I em fins de 1823 – as capitanias do Pará e Rio Negro já haviam mudado de status... Províncias do Império do Brasil
  • 10.
  • 11.
  • 12. Injustiça com o Rio NEGRO...  A antiga capitania do Rio Negro, recebeu o status inferior de Comarca da nova Província do Pará.  Essa condição foi reconhecida na matriz de Nossa Senhora da Conceição em 06/06/1825 pela Junta Governativa e pela Câmara de Serpa( Arthur Cezar Ferreira Reis)  ... É aqui que começa a rivalidade besta!!
  • 13. 25 anos depois... Somente em 1850, esse quadro veio modificar-se, quando o Rio Negro, então Comarca do Alto Amazonas, passou à categoria de Província do Amazonas.
  • 14. Conflito dos Poderes Internos Primeiro ouvidor: Junta Domingos Nunes governativa. Ramos Ferreira
  • 15. Os atos do presidente do Pará, José Félix Pereira Burgos, foram sancionados pelo governo imperial em outubro de 1825. Câmara Municipal de Barcelos transferiu-se para a Barra do Rio Negro, em dezembro de 1825. Primeiro ouvidor: Domingos Nunes Ramos Ferreira
  • 16. Movimento Autonomista do Rio Negro de 1832.  “Para contornar a crise , o novo presidente do Pará, Paulo da Silva Gama, barão de Bagé, por volta de 1828, fez retornar a Câmara para Barcelos e o capitão Hilário Gurjão para Belém.”  Levante militar na Barra do Rio Negro, em 12 de abril de 1832.  Conselho extraordinário...Província já!!!
  • 17. Repressão do Governo Paraense  O presidente paraense, José Joaquim Machado de Oliveira, condenou a movimentação da comarca.  Tropas legalistas em 10 de agosto de 1832.  A viajem do frei José dos inocentes.
  • 18. Comarca do Alto Amazonas(1832-1850)  Em 29 de novembro de 1832, a Regência promulgou o Código do Processo Criminal do Império, unificando a legislação.  Conselho provincial do Pará de 25 de junho 1833, organizou a “Divisão das Comarcas e Termos da Província do Pará”:  GRÃO- PARÁ; BAIXO AMAZONAS, ALTO AMAZONAS.
  • 19. Manaus, sede da Comarca  No que tange a comarca do Alto Amazonas, sua área ficou menor que a da extinta Comarca do Rio Negro.  Por conta dessa reforma, o lugar da Barra do Rio Negro foi elevado à categoria de vila, com o nome de Manaus.
  • 20.
  • 21. 1834 anos de agitação...  Fevereiro – protesto da população livre contra a medida do governo provincial em retirar as moedas de cobre.  Abril – rejeição por parte da Câmara Municipal de Manaus , da presença de comandantes Militares... representantes do governo provincial na Comarca
  • 22. Julho e agosto – contestação do decreto de 07 de outubro de 1833, que criava o corpo de guarda policial nos distritos municipais.
  • 23. A Cabanagem no Alto Amazonas (1836-1840)  Movimento iniciado no Pará que contou com a participação de diversos setores sociais valendo destacar alguns grupos indígenas, tais como:  Mundurucus,  Maués e  Muras.
  • 24. O que foi a Cabanage m? Fonte: NORFINI, de Alfredo, Cabano Paraense
  • 25. O processo Revolucionário na Comarca...  As ações iniciam em 1836, mas seu líder Bernardo Sena, foi preso e mandado para Belém. Posto Militar e aldeia de Tabatinga. • As forças revolucionárias que já dominavam o Baixo Amazonas libertaram Bernardo Sena. Somados no total de 800 homens marcharam para o Alto Amazonas, dominando Luzéa (atual Maués) e depois Serpa(atual Itacoatiara).tinga
  • 26. O processo Revolucionário na Comarca...  Em 6 de março de 1836, os revolucionários tomaram Manaus.
  • 27. Atacou duramente as autoridades provinciais nomeadas pela Regência e seus colaboradores... Principalmente o Juíz Henrique João Cordeiro e o proprietário rural, Ambrósio Aires, vulgo Bararoá Bernardo Sena
  • 28. Sob nova direção...  Novas autoridades foram constituídas pelos revolucionários:  Juiz de Direito - o Pe. João Pedro Pacheco  Juiz de Paz – João Ignacio Roiz do Carmo  Provedor da Fazenda Pública – Martinho Joaquim do Carmo  Escrivão da fazenda – Bernado Francisco de Paula e Azevedo  Procurador Fiscal da Fazenda – Joaquim Roiz Calhado  Almoxarife – João de Souza Coelho.
  • 29. A vila da Prainha, a 10 léguas abaixo de Monte Alegre, no Pará
  • 30.
  • 31. Os cabanos mandam e obedecem os que tiverem juízo...  De março a agosto de 1836, impuseram a autoridade de Eduardo Nogueira Angelim, como presidente interino da Província do Pará, rechaçando a do marechal Manoel Jorge Rodrigues.
  • 32. Furo de reportagem Líderes cabanos da Comarca entram em disputar pelo poder... São eles Bernardo Sena e o capitão Antônio Freire taqueirinha
  • 33. Socos,chutes e pontapés... No dia 02 de junho de 1836 os ânimos ficaram exaltados entre ambos , Bernardo Sena não resistiu aos ferimentos e... MORREU.
  • 34. A queda do sonho  No período de setembro a dezembro de 1836, gradativamente os cabanos foram perdendo, para as forças legalistas.  Ao termino da Cabanagem, o Alto Amazonas vivia um caos econômico e uma desorganização administrativa  Em 1845 o coronel João Henrique de Matos lança o Relatório do estado atual de decadência em que se acha o Alto Amazonas.