3. O GRÃO-PARÁ E RIO NEGRO
E A INDEPENDÊNCIA DO
BRASIL
Em 1822, a atual Amazônia brasileira
ainda constituía uma unidade político-
administrativa da Coroa Portuguesa.
A colônia ao norte era composta em
duas capitanias: as do Pará e Rio
Negro(principal e subalterna).
4. Lembrando que a Capitania do
Rio Negro fora criada em
1755, durante o reinado de D.
José I, constituindo a unidade
mais distante do atual Estado do
Amazonas.c
5. Separação do Brasil (1808-
1822)
As relações entre os Estados do Brasil e
do Grão Pará e Rio Negro ficam mais
fortes, visto que a Corte lusitana estava
no Rio de Janeiro.
A elevação do Estado do Brasil à
categoria de Reino Unido a Portugal e
Algarves, em 1815, não alterou o status
do Grão Pará e Rio Negro.
6.
7. Lembretes importantes
Quando da viagem do coronel Matos pelo rio
Negro(1842-1843), visitou os dezoito
povoamentos que existiam em suas
margens:
-Dois sob a categoria de Vila, oito sob a de
Freguesia e igual número pela categoria de
povoação.
-POPULAÇÃO... Estima-se que haviam 7.650
habitantes, sendo 7.200 livres e 450
escravos.
8. Vamos por partes...
A incorporação ocorreu em dois
momentos:
Primeiro: No
campo
legislativo, que
reivindicava uma Segundo: pelas
unidade política forças das
e territorial que armas.
não existia nos
tempos
coloniais.
9. Furo de reportagem
No anteprojeto da primeira Carta
Constitucional- que não chegou a
ser votada , pois a Assembléia foi
dissolvida por D. Pedro I em fins
de 1823 – as capitanias do Pará e
Rio Negro já haviam mudado de
status... Províncias
do
Império do Brasil
10.
11.
12. Injustiça com o Rio
NEGRO...
A antiga capitania do Rio Negro, recebeu o
status inferior de Comarca da nova
Província do Pará.
Essa condição foi reconhecida na matriz
de Nossa Senhora da Conceição em
06/06/1825 pela Junta Governativa e pela
Câmara de Serpa( Arthur Cezar Ferreira
Reis)
... É aqui que começa a rivalidade besta!!
13. 25 anos depois...
Somente em 1850, esse quadro veio
modificar-se, quando o Rio Negro,
então Comarca do Alto Amazonas,
passou à categoria de Província do
Amazonas.
14. Conflito dos Poderes
Internos
Primeiro
ouvidor: Junta
Domingos Nunes governativa.
Ramos Ferreira
15. Os atos do presidente do Pará, José Félix Pereira
Burgos, foram sancionados pelo governo imperial em
outubro de 1825.
Câmara Municipal de
Barcelos transferiu-se
para a Barra do Rio
Negro, em dezembro
de 1825.
Primeiro
ouvidor:
Domingos Nunes
Ramos Ferreira
16. Movimento Autonomista do Rio
Negro de 1832.
“Para contornar a crise , o novo
presidente do Pará, Paulo da Silva
Gama, barão de Bagé, por volta de
1828, fez retornar a Câmara para
Barcelos e o capitão Hilário Gurjão para
Belém.”
Levante militar na Barra do Rio
Negro, em 12 de abril de 1832.
Conselho extraordinário...Província já!!!
17. Repressão do Governo
Paraense
O presidente paraense, José Joaquim
Machado de Oliveira, condenou a
movimentação da comarca.
Tropas legalistas em 10 de agosto de
1832.
A viajem do frei José dos inocentes.
18. Comarca do Alto
Amazonas(1832-1850)
Em 29 de novembro de 1832, a
Regência promulgou o Código do
Processo Criminal do Império,
unificando a legislação.
Conselho provincial do Pará de 25 de
junho 1833, organizou a “Divisão das
Comarcas e Termos da Província do
Pará”:
GRÃO- PARÁ; BAIXO AMAZONAS,
ALTO AMAZONAS.
19. Manaus, sede da Comarca
No que tange a comarca do Alto
Amazonas, sua área ficou menor que a
da extinta Comarca do Rio Negro.
Por conta dessa reforma, o lugar da
Barra do Rio Negro foi elevado à
categoria de vila, com o nome de
Manaus.
20.
21. 1834 anos de agitação...
Fevereiro – protesto da população livre
contra a medida do governo provincial
em retirar as moedas de cobre.
Abril – rejeição por parte da Câmara
Municipal de Manaus , da presença de
comandantes Militares...
representantes do governo provincial na
Comarca
22. Julho e agosto – contestação do decreto
de 07 de outubro de 1833, que criava o
corpo de guarda policial nos distritos
municipais.
23. A Cabanagem no Alto
Amazonas (1836-1840)
Movimento iniciado no Pará que contou
com a participação de diversos setores
sociais valendo destacar alguns grupos
indígenas, tais como:
Mundurucus,
Maués e
Muras.
24. O que foi a
Cabanage
m?
Fonte: NORFINI, de
Alfredo, Cabano Paraense
25. O processo Revolucionário
na Comarca...
As ações iniciam em 1836,
mas seu líder Bernardo
Sena, foi preso e mandado
para Belém.
Posto Militar e aldeia de Tabatinga.
• As forças revolucionárias que já dominavam o Baixo
Amazonas libertaram Bernardo Sena. Somados no total de
800 homens marcharam para o Alto Amazonas, dominando
Luzéa (atual Maués) e depois Serpa(atual Itacoatiara).tinga
27. Atacou duramente as autoridades
provinciais nomeadas pela
Regência e seus colaboradores...
Principalmente o Juíz Henrique
João Cordeiro e o proprietário
rural, Ambrósio Aires, vulgo
Bararoá
Bernardo Sena
28. Sob nova direção...
Novas autoridades foram constituídas pelos
revolucionários:
Juiz de Direito - o Pe. João Pedro Pacheco
Juiz de Paz – João Ignacio Roiz do Carmo
Provedor da Fazenda Pública – Martinho
Joaquim do Carmo
Escrivão da fazenda – Bernado Francisco de
Paula e Azevedo
Procurador Fiscal da Fazenda – Joaquim Roiz
Calhado
Almoxarife – João de Souza Coelho.
29. A vila da Prainha, a 10 léguas
abaixo de Monte Alegre, no Pará
30.
31. Os cabanos mandam e
obedecem os que tiverem
juízo...
De março a agosto de 1836, impuseram
a autoridade de Eduardo Nogueira
Angelim, como presidente interino da
Província do Pará, rechaçando a do
marechal Manoel Jorge Rodrigues.
32. Furo de reportagem
Líderes cabanos da Comarca
entram em disputar pelo poder...
São eles Bernardo Sena e o
capitão Antônio Freire
taqueirinha
33. Socos,chutes e pontapés...
No dia 02 de junho de 1836 os
ânimos ficaram exaltados entre
ambos , Bernardo Sena não
resistiu aos ferimentos e...
MORREU.
34. A queda do sonho
No período de setembro a dezembro de
1836, gradativamente os cabanos foram
perdendo, para as forças legalistas.
Ao termino da Cabanagem, o Alto
Amazonas vivia um caos econômico e
uma desorganização administrativa
Em 1845 o coronel João Henrique de
Matos lança o Relatório do estado atual
de decadência em que se acha o Alto
Amazonas.