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Escola técnica em Enfermagem
 Aulas abertas de Anatomia.
Ano 2017
Doença de Alzheimer
José Alexandre de Olim Câmara.
Prof de Anatomia e Fisiologia do curso de técnico
em enfermagem.
Doença de Alzheimer
 Definição:
A doença de Alzheimer é um
distúrbio neurodegenerativo com
progressiva perda de neurônios,
levando a demência definida como o
comprometimento da memória e de
outras funções cognitivas com a
preservação de um nível normal de
consciência
O descobridor
 Alemanha, 1906 o
neuropatologista
alemão
Alois Alzheimer,
apresenta em um
congresso o caso de
uma doença
psíquica que
envolvia oscilações
no estado de ânimo
e considerável perda
de memória.
A Paciente
 5 anos antes, ele
havia
diagnosticado esse
quadro em uma
mulher de 51 anos,
Auguste Deter.
O achado microscópico
 Com a morte de Auguste Deter em
1906 com um estado de alienação
mental.
 Alzheimer examinou o cérebro dela e
descobriu algumas formações
compactas e outras filiformes.
 Essas alterações se iniciam no córtex
cerebral nas áreas adjacentes do lobo
temporal e no hipocampo.
Principais sintomas
 Deficiência de memória (amnesia
anterógrada).
 Déficits nas funções cognitivas
executivas (raciocínio).
 Déficits visoespaciais e orientação
geográfica.
 Déficts das funções de linguagem.
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Fisiopatologia da Doença
 Acúmulo de um peptídeo (β-amilóide
ou Aβ), originário de uma proteína
precursora do amiloide (APP)
existente na membrana dos
neurônios.
 A clivagem dela pela enzima β
secretase, junto a γ secretase, produz
a β-amilóide que é insolúvel e tóxica
para as terminações sinápticas e
altera a fosforilação da proteína tau
que dá estabilidade aos microtúbulos.
Clivagem da PPA
Consequências da β-amilóide
A formação de:
 Placas senis que são áreas pequenas e
arredondadas na estrutura das sinapses,
sendo corada com técnica de prata, para
poder observar o peptídeo β-amilóide .
 Emaranhados neurofibrilares (novelos)
são corados com a técnica de prata, para
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aparecem primeiramente na região do
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Aspectos Morfológicos
Placas senis Emaranhados neurofribilares
Alteração da proteína tau
Neurônio saldável Neurônio de Alzheimer
Alteração da proteína tau
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Tratamento
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os fármacos elegidos para o
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Acetilcolinesterase, como a
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Alzheimer 03-2017

  • 1. Escola técnica em Enfermagem  Aulas abertas de Anatomia. Ano 2017 Doença de Alzheimer José Alexandre de Olim Câmara. Prof de Anatomia e Fisiologia do curso de técnico em enfermagem.
  • 2. Doença de Alzheimer  Definição: A doença de Alzheimer é um distúrbio neurodegenerativo com progressiva perda de neurônios, levando a demência definida como o comprometimento da memória e de outras funções cognitivas com a preservação de um nível normal de consciência
  • 3. O descobridor  Alemanha, 1906 o neuropatologista alemão Alois Alzheimer, apresenta em um congresso o caso de uma doença psíquica que envolvia oscilações no estado de ânimo e considerável perda de memória.
  • 4. A Paciente  5 anos antes, ele havia diagnosticado esse quadro em uma mulher de 51 anos, Auguste Deter.
  • 5. O achado microscópico  Com a morte de Auguste Deter em 1906 com um estado de alienação mental.  Alzheimer examinou o cérebro dela e descobriu algumas formações compactas e outras filiformes.  Essas alterações se iniciam no córtex cerebral nas áreas adjacentes do lobo temporal e no hipocampo.
  • 6. Principais sintomas  Deficiência de memória (amnesia anterógrada).  Déficits nas funções cognitivas executivas (raciocínio).  Déficits visoespaciais e orientação geográfica.  Déficts das funções de linguagem.
  • 7. Fatores de risco  Idade avançando.  Histórico familiar. Risco secundário.  Diabetes melito.  Hipertensão.  Doença cardiovascular.
  • 16. Áreas CA3 e CA1 do Hipocampo
  • 17. Áreas do córtex cerebral
  • 19. Fisiopatologia da Doença  Acúmulo de um peptídeo (β-amilóide ou Aβ), originário de uma proteína precursora do amiloide (APP) existente na membrana dos neurônios.  A clivagem dela pela enzima β secretase, junto a γ secretase, produz a β-amilóide que é insolúvel e tóxica para as terminações sinápticas e altera a fosforilação da proteína tau que dá estabilidade aos microtúbulos.
  • 21. Consequências da β-amilóide A formação de:  Placas senis que são áreas pequenas e arredondadas na estrutura das sinapses, sendo corada com técnica de prata, para poder observar o peptídeo β-amilóide .  Emaranhados neurofibrilares (novelos) são corados com a técnica de prata, para destacar a proteína tau hiperfosforilada aparecem primeiramente na região do hipocampo.
  • 22. Aspectos Morfológicos Placas senis Emaranhados neurofribilares
  • 23. Alteração da proteína tau Neurônio saldável Neurônio de Alzheimer
  • 27. Diagnóstico  O diagnóstico do Alzheimer, como as demências é muito baseado na história clínica e exame de estado mental.  Verifica-se a memória de curto prazo e os déficits cognitivos.  Achados de IRM , como volume diminuído do hipocampo são uteis e a atrofia hipocampal.
  • 28. Tratamento  Suporte familiar para o bem estar do paciente, e auxílio com as tarefas caseiras.  Com a perda de um importante neurotransmissor a acetilcolina (Ach), os fármacos elegidos para o tratamento são o que aumentam o nível de (Ach),inibindo a enzima Acetilcolinesterase, como a donepezila, rivastigmina e a galantamina.
  • 29. Muito Obrigado !!! José Alexandre de Olim Câmara. Bíologo .
  • 30. Contatos:  Email : camaraale@gmail.com .  Página no Face: www.facebok.com/profalecamara/  Twitter : @prof_ale_camara  Instagram: prof_alecamara  Blog: http://profalexandrecamara.blogspot.com.b r/  SlideShare: https://pt.slideshare.net/JosAlexandredeOli mCm Muito Obrigado !!!