1) O documento discute a importância do aleitamento materno, apresentando seus benefícios para a saúde da criança e da mãe.
2) Detalha a composição nutricional do leite humano e seus fatores bioativos que protegem contra infecções.
3) Explica a fisiologia da lactação e a técnica correta de aleitamento, incluindo posicionamento e pega do bebê.
2. OBJETIVOS
• Importância do aleitamento materno
• Fisiologia da lactação
• Técnica de aleitamento materno
• Obstáculos ao aleitamento materno
• Papel dos profissionais de saúde na promoção, incentivo, apoio e
proteção do aleitamento materno
4. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO
Risco de mortalidade infantil menor entre crianças amamentadas;
Vantagens imunológicas: oligossacarídeos, citocinas, imunoglobulinas
favorecem a colonização e o desenvolvimento do tecido linfoide intestinal;
Proteção contra infecções causadas por: Haemophilus influenzae,
Streptococcus pneumoniae, Vibrio cholerae, Escherichia coli, e rotavirus;
Banefícios para a mulher: menor risco de câncer de mama (pré-manopausa)
e de ovário, obesidade, diabetes tipo 2, doença cardiovascular, síndrome
metabólica e redução do sangramento pós parto.
Stuebe Alison. The Risks of Not Breastfeeding for Mothers and Infants.Reviews in Obstetrics & Gynecology, vol. 2 nº 4/09.
Breastfeeding protects against acute gastroenteritis due to rotavirus in infants. Eur J Pediatr (2010).
5. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO
REDUÇÃO DA MORTALIDADE
O tipo de leite da dieta infantil desempenha grande influência sobre os
riscos de morte por diarreia e doenças respiratórias. Crianças
amamentadas que não recebiam outro leite além do materno, ao serem
comparadas com crianças desmamadas, apresentaram risco 14 vezes
menor de morrer por diarreia no primeiro ano de vida. O risco de morte
por infecções respiratórias foi 3,6 maior entre crianças desmamadas.
Victora CG, Smith PG, Vaughan JP, Nobre LC, Lombardi C, Teixeira AM, et al. Evidence for protection by
breast-feeding against infant deaths from infectious diseases in Brazil. Lancet 1987; 2:319-22
6. Composição nutricional do Leite Humano
Leite humano
Estoque
materno
Síntese
no
lactócito
Origem
da dieta
materna
7. Composição de Leite Humano
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério
da Saúde, 2009.
8. FATORES BIOATIVOS NO LEITE HUMANO
CÉLULA FUNÇÃO
Macrófagos Proteção contra infecção e ativação de células T
Stem células Regeneração
IMUNOGLOBULINAS
IgA/IgAs Inibição da ligação de patógenos
IgG Ação antimicrobiana, anti-inflamatória, ativação de fagocitose
IgM Aglutinação, ativação do complemento
CITOCINAS
IL-6 Estimula a resposta da fase aguda, ativação das células B
IL-7 Aumento do tamanho do timo
IL-8 Recrutamento de neutrófilos, função pró-inflamatória
IL-10 Repressão Th 1, indução da produção de anticorpos
IFN- Pró-inflamatória;
Ballard & Morrow. Human Milk Composition Nutrients and Bioactive Factors. Pediatric Clinics of North
America. 2013, 60(1):49-74
9. NOVAS DESCOBERTAS NA COMPOSIÇÃO DE LEITE HUMANO
Fonte: Molinare EC, et als. Proteome Mapping of Human Skim Milk Proteins in
Term and Preterm Milk. Journal of Proteome Research 2012 11 (3), 1696-1714
10. LEITE MATERNO
PROTEÇÃO CONTRA INFECÇÕES
FUNCIONALIDADE COMPOSTOS
Antimicrobianos Lactoferrina, IgA secretória, lisozima, leucocitos,
macrófagos, linfocitos, oligossacáridos, fracção 3 do
complemento, fibronectina, mucinas.
Anti-inflamatórios Lactoferrina, IgA secretória, lisozima, acetil hidrolase,
citocinas anti inflamatórias, antagonistas dos receptores
das citocinas pró inflamatórias.
Antiproteases Lactoferrina, 1 antitripsina, antiquimiotripsina, inibidor
da elastase, catalase, glutationa-peroxidase.
Antioxidantes Lactoferrina, tocoferol, caroteno, cisteína, ácido
ascórbico, ácido úrico, catalase, glutationa peroxidase.
Fatores de crescimento Fator de crescimento da epiderme, o fator de crescimento
transformador e , fatores de crescimento dos
granulócitos, dos monócitos e dos granulócitos-monócitos.
11. CICLO ENTERO E BRONCOMAMÁRIO
Brandtzaeg P. Mucosal immunity: integration between mother and the breast-fed infant. Vaccine. 2003 Jul
28;21(24):3382-8.Review.
13. ALEITAMENTO MATERNO E DOENÇAS ALÉRGICAS
Amamentação exclusiva por pelo menos 03 meses
reduz a incidência de dermatite , asma, eczema
atópico em 42% entre as crianças com uma história
familiar e 27% entre os recém-nascidos de baixo risco.
ALEITAMENTO MATERNO E DIABETES TIPO 1 E 2
As crianças que são exclusivamente amamentadas
por pelo menos 3 meses tem uma redução de até
30% em diabetes tipo 1 e redução de 40% na
incidência de diabetes tipo 2.
Academia Americana de Pediatria.
Ip S, et al: Breastfeeding and Maternal and Infant Health Outcomes in Developed
Countries, April 2007. Agency for Healthcare Research and Quality, Rockville, MD.
http://www.ahrq.gov/clinic/tp/brfouttp.htm
14. OTITE MÉDIA
Qualquer tempo de amamentação reduz a
incidência de otite média (OM) em 23% em
comparação com a alimentação com fórmula
infantil exclusiva.
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
Amamentação exclusiva por mais de 04 meses
reduz o risco de hospitalização por infecções
respiratórias em 72% no primeiro ano de vida.
Academia Americana de Pediatria.
15. SÍNDROME DA MORTE SÚBITA INFANTIL
Os resultados de uma meta-análise revelam que
o aleitamento materno está associado com uma
redução de 36% no risco de SIDS.
LEUCEMIA INFANTIL E LINFOMA
A amamentação durante pelo menos 06 meses
tem sido associada com uma diminuição de 20%
no risco de leucemia linfocítica aguda infantil e
um decréscimo de 15% no risco de leucemia
mielóide aguda .
Academia Americana de Pediatria.
16. ANATOMIA DA MAMA
Cada glândula mamária
contém de 15 a 25 Lobos.
Cada Lobo contém vários
Lóbulos (20 a 40).
Os Lóbulos são formados
por Alvéolos (10 a 100).
As células dos alvéolos sintetizam os
diversos constituintes do leite materno.
O leite é drenado dos pequenos ductos
alveolares até os seios lactíferos.
17. FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
PARTO
ADENOHIPÓFISE
⇈ síntese de
PROLACTINA
HIPOTÁLAMO: estimulação
do fator de liberação da
PROLACTINA .
NEUROHIPÓFISE
Sucção induz a síntese e
liberação de OCITOCINA
MAMA:
PROLACTINA – síntese de
leite nas células epiteliais.
OCITOCINA – ejeção láctea
HORMÔNIOS
DE SUPORTE METABÓLICO
Cortisol, TSH, GH, PHT, Insulina.
Hormonal preparation of breast postpartum for lactation. Reproduced with permission from Lawrence RA and Lawrence RM. Lawrence RA. A
review of the medical benefi ts and contra-indications to breastfeeding in the United States. Maternal and Child Health Technical Information
Bulletin. Arling-ton, VA: National Center for Education in Maternal Child Health; 1997. With permission from Duggan C, et al. Nutrition in
Pediatrics. 4th ed. Hamilton, Ontario, Canada: BC Decker Inc; 2008.
19. LACTOGÊNESE I
Hormônio lactogênio placentário: ação sobre o crescimento da
mama, mamilo, aréola, ramificação dos ductos lactíferos;
Estrógeno: estimula o crescimento dos ductos lactíferos;
Progesterona: crescimento dos lobos e alvéolos mamários;
Prolactina: crescimento dos alvéolos
A lactogênese I inicia-se durante a gravidez e termina 2
a 4 dias após o nascimento.
20. LACTOGÊNESE II E III
A Lactogênese II inicia-se entre o terceiro e quarto dia após o
parto, podendo durar 02 ou mais semanas (controle endócrino);
Lactogênese III, a produção do leite maduro é estabelecida e é
mantida através do fornecimento a demanda, em resposta à
sucção do lactente (controle autócrino da lactação).
21. SÍNTESE DO LEITE NA CÉLULA
Figura: http://www.thevisualmd.com/health_centers/child_health/mother_s_milk/mother_s_milk_video
1. Proteínas e lactose
produzidas dentro da célula
são levados para o alvéolo;
2. Produção de glóbulo de
gordura do leite;
3. Transporte de íons e água;
4. Transporte de
imunoglobulinas,
hormônios e fatores de
crescimento;
5. Padrão paracelular:
movimento de substâncias
dentro da célula.
23. POSICIONAMENTO CORRETO
Corpo do bebê alinhado
Corpo do bebê todo voltado para a mãe, “barriga com barriga”
Corpo do bebê todo apoiado pelo antebraço da mãe
Cabeça do bebê de frente para o peito
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério
da Saúde, 2009.
24. PEGA CORRETA
Boca bem aberta
Lábio inferior projeta-se para fora
Apreensão de toda ou quase toda aréola
Queixo toca a mama
Visualiza-se mais aréola acima do lábio superior do que abaixo do lábio inferior
Fonte: OMS/UNICEF. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno: o papel essencial dos serviços materno-
infantis. Genebra: Declaração conjunta OMS/UNICEF; 1989.
25. A PEGA INCORRETA OU MÁ PEGA
CONSEQUÊNCIAS:
Dificulta a retirada do leite (não comprime os seios lactíferos)
Ocasiona esvaziamento inadequado da mama
Principal causa dor e trauma mamilar (fissura ou rachadura)
Pode reduzir a produção de leite e induzir ao desmame precoce
Fonte: OMS/UNICEF. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno: o papel essencial dos serviços materno-
infantis. Genebra: Declaração conjunta OMS/UNICEF; 1989.
SINAIS:
Boca pouco aberta (lábios em “O”)
Apreensão apenas do mamilo
Queixo distante da mama
Bochechas encovadas
26. FISIOLOGIA DA SUCÇÃO NO RECÉM-NASCIDO
- Reflexos relacionados com a alimentação:
Busca
Sucção
Deglutição
- Importante: boa vedação labial (formação do selo)
- Coordenação entre sucção, deglutição e respiração.
28. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
MAMILO INVERTIDO
Causa
Tipos
Prevenção
Tratamento
29. EXERCÍCIOS DE HOFFMAN PARA MAMILOS
PLANOS, CURTOS OU INVERTIDOS
A mulher deve posicionar o polegar e
o dedo indicador em lados opostos da
base do mamilo, apertar para dentro
e puxar DELICADAMENTE para fora,
no sentido vertical e horizontal.
Realizar várias vezes durante o dia,
logo após o nascimento do bebê.
http://www.espacodamamae.com.br/noticia.php?id=670
31. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
Causa
Quadro clínico
Prevenção
Tratamento
TRAUMA MAMILAR FISSURA
CORRIGIR A PEGA
BANHO DE SOL PELA MANHÃ CEDO
32. TÉCNICA DA PEGA CORRETA
Foto: http://www.maecuritibana.com.br/editorias/109-armazenando_o_leite_materno
33. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
INGURGITAMENTO MAMÁRIO (LEITE EMPEDRADO)
Causa
Quadro clínico
Prevenção
Tratamento
ESVAZIAMENTO ADEQUADO DA MAMA / CORRIGIR TÉCNICA DE
ALEITAMENTO / REALIZAR ORDENHA (RETIRADA DO LEITE) ATRAVÉS DA
MASSAGEM E ORDENHA MANUAL OU UTILIZANDO A BOMBA TIRA LEITE
MEDICAMENTO CONFORME INDICAÇÃO.
34. INDICAÇÃO DA ORDENHA MANUAL
Algumas razões para ordenhar o leite
• Aumentar a produção de leite ou mesmo para manter a lactação.
• Manter a pele saudável, massageando algumas gotas de leite materno
nos mamilos.
• Reduzir o ingurgitamento mamário
• Tornar a região do mamilo e da aréola mais flexível , facilitando a
mamada pelo bebê.
• Retirar leite para oferecer ao bebê que não pode ser amamentado.
• Armazenar leite para oferecer ao bebê quando a mãe retorna ao
trabalho ou precisa se afastar por um tempo.
• Auxiliar no tratamento de mastite.
• Doar a um banco de leite.
http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/materias_gerais/como_colher_estocar_leite.aspx
35. ORDENHA MANUAL
http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/materias_gerais/como_colher_estocar_leite.aspx
Preparando-se para retirar o leite
• Escolha um lugar tranquilo. Ouvir música, receber massagem nas costas, ter
uma foto de seu bebê, e até mesmo medicação para a dor (caso seja necessário),
podem ajudar a relaxar.
• Tenha um recipiente limpo (de preferência estéril) pronto.
• Se estiver usando uma bomba, que ela esteja limpa e montada.
• Prenda os cabelos e proteja a boca e narinas com máscara.
• Lave as mãos com água e sabão, e tenha as unhas limpas e de preferência
curtas.
• Caso tenha que lavar as mamas, utilize somente água, pois o sabão resseca os
mamilos.
• Adote uma posição confortável, mantenha os ombros relaxados e um pouco
inclinados para frente.
• Faça massagem, com movimentos circulares, da região areolar até a base da
mama.
37. TÉCNICA DE ORDENHA MANUAL
http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/materias_gerais/como_colher_estocar_leite.aspx
• Posicione o dedo polegar acima da aréola, e o indicador abaixo. Pressione a
região areolar com movimento firme, aproximando os dedos e direcionando-os
para o tórax, de forma intermitente (tipo “aperta-solta”), até o leite começar a
fluir. Despreze os primeiros jatos de leite (0,5 a 1 ml).
• Mude a posição dos dedos, para esvaziar todas as partes da mama.
• Aplique as últimas gotas retiradas na região mamilo-areolar, massageando
delicadamente.
38. http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/materias_gerais/como_colher_estocar_leite.aspx
Use preferencialmente recipientes de vidro, e eventualmente os de plástico, como
polipropileno, para o armazenamento do leite ordenhado.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano diz que:
• O leite humano ordenhado congelado pode ser estocado por um período máximo de 15 dias
a partir da data da coleta, se for mantido em temperatura máxima de -3 °C.
• O leite humano ordenhado e refrigerado para ser oferecido pela mãe ao seu bebê, pode ser
estocado por um período de até 12 horas, se guardado em temperatura máxima de 5 °C.
• Depois de descongelado, o leite humano deve ser mantido sob refrigeração, em
temperatura máxima de 5 °C, por até 12 horas.
• Para descongelar o leite, coloque o recipiente em banho-maria, com água potável,
aquecendo um pouco, mas sem ferver. Ao desligar o fogo, a temperatura da água deve estar
em torno dos 40 ºC, ou seja, deve ser possível tocar a água sem se queimar. O frasco deve
então permanecer na água aquecida até descongelar completamente o leite.
ARMAZENAMENTO E DESCONGELAMENTO DO
LEITE HUMANO ORDENHADO
39. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
DUCTO BLOQUEADO
Causa
Quadro clínico
Prevenção
Tratamento
Atenção cuidado Médico e Enfermagem
40. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
MASTITE PUERPERAL
Causa
Quadro clínico
Prevenção
Tratamento
Atenção cuidado Médico e Enfermagem
41. MANEJO CLÍNICO DO ALEITAMENTO MATERNO
ABSCESSO MAMÁRIO
Causa
Quadro clínico
Prevenção
Tratamento
Atenção cuidado Médico e Enfermagem
42. PRODUÇÃO LÁCTEA SINAIS DE INGESTA SATISFATÓRIA
IDADE DO RECÉM-NASCIDO URINA FEZES
1º DIA DE VIDA 01 ou mais / 24 h 01 ou mais / 24 h
02 03 DIAS 02 03 XX urina clara 01 ou mais mecônio ou
transição
03 05 DIAS 03 05 XX urina clara 03 04: transição
05 07 DIAS 04 06 XX urina clara 03 06: amarelo ouro
07 28 DIAS Frequente e clara 05 10 dejeções, consistência
amolecida ou pastosa
Perinatal Services BC / Health Promotion Guideline / Breastfeeding Healthy Term Infants. Vancouver, Canada, maio 2012.
Perda de peso entre 7 a 10% nos primeiros 04 dias (parto normal) ou 05 dias (parto
cesáreo): monitorar RN e a técnica de aleitamento materno.
NB: O PESO DO NASCIMENTO DEVE SER RESTABELECIDO COM 02 SEMANAS DE VIDA.
43. PRODUÇÃO LÁCTEA SINAIS DE INGESTA SATISFATÓRIA
Ganho ponderal satisfatório: 20 30 g/dia
Diurese: 06 ou mais episódios em 24 horas / Urina clara
Número de mamadas: 08 ou mais em 24 horas
Técnica correta de aleitamento: posicionamento e pega
Sucção nutritiva e deglutição adequados
Esvaziamento adequado das mamas
Recém-Nascido ou lactente alerta, ativo, parece saudável, bom
tônus muscular, turgor da pele normal
Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança : módulo 3 : promovendo e incentivando
a amamentação em um Hospital Amigo da Criança/ Fundo das Nações Unidas para a Infância. Organização Mundial da
Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
44. CAUSAS DE FAILURE TO THRIVE
Ingesta inadequada (disfunção da sucção e ou deglutição)
Aumento da taxa metabólica: (ex. DBP, doença cardíaca congênita)
Síndromes disabsortivas (AIDS, Doença Celíaca, EIM, Síndrome do
Intestino Curto, Fibrose Cística, Doença Inflamatória Intestinal)
Infecção congênita ou adquirida
Atraso do desenvolvimento, anomalias congênitas, exposição
durante a vida fetal (síndrome alcoólica fetal)
Restrição de Crescimento Intrauterino
Robert Markowitz, John B. Watkins, Christopher Duggan. CHAPTER 43 / Failure to Thrive: Malnutrition in the
Pediatric Outpatient Setting. With permission from Duggan C, et al. Nutrition in Pediatrics. 4th ed. Hamilton,
Ontario, Canada: BC Decker Inc; 2008 .
45. CAUSAS DE FAILURE TO THRIVE
Problema relacionado ao ambiente familiar
Pobreza
Hábitos alimentares errôneos
Isolamento social
Técnica inadequada de alimentação
História de drogadicção / Psicopatologia materna
Violência, negligência ou abuso
Robert Markowitz, John B. Watkins, Christopher Duggan. CHAPTER 43 / Failure to Thrive: Malnutrition in the
Pediatric Outpatient Setting. With permission from Duggan C, et al. Nutrition in Pediatrics. 4th ed. Hamilton,
Ontario, Canada: BC Decker Inc; 2008 .
46. CAUSAS DE PRODUÇÃO LÁCTEA INSUFICIENTE
Técnica incorreta de aleitamento materno
Fadiga materna
Frequência reduzida de mamada
Problema anatômico / Cirurgia prévia (redutora)
Ingurgitamento mamário esvaziamento inadequado
Doença materna
Drogas
Tabagismo / Etilismo / Estresse / Nutrição materna
Adaptado: Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança: módulo 3: promovendo e
incentivando a amamentação em um Hospital Amigo da Criança/ Fundo das Nações Unidas para a Infância. Organização
Mundial da Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
47. MANEJO DE PRODUÇÃO LÁCTEA INSUFICIENTE
RELACTAÇÃO
Relactação: quando a mãe que estava amamentando
apresenta redução na produção láctea com desmame
precoce e deseja retornar ao aleitamento materno.
Orientações
Retirar a mamadeira;
Estimular sucção ao seio materno 08 a 12 vezes
nas 24 horas;
Administrar a dieta através de um suplementador
ou seringa, acoplada a uma sonda fixada à
mama da genitora (figura);
Recomendações referentes à saúde da genitora
e do bebê, e suporte psicoafetivo;
Medicamento lactogogo, se indicado;
Equipe interdisciplinar treinada.
48. RAZÕES MÉDICAS ACEITÁVEIS PARA A UTILIZAÇÃO DE SUBSTITUTOS
DO LEITE MATERNO
RN ou lactentes que não conseguem mamar ao seio mas que o leite materno é o
alimento ideal
RN ou lactentes que podem necessitar de outra nutrição além do Leite Materno
RN ou lactentes que não devem receber o Leite Materno
RN ou lactentes para os quais o LM não está disponível
Doenças maternas que afetam a recomendação de aleitamento materno
Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança módulo 4 :
autoavaliação e monitoramento do hospital / Fundo das Nações Unidas para a Infância,
Organização Mundial da Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010.
50. SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DO ALEITAMENTO MATERNO
Doença materna grave
Infecção pelo vírus Herpes Simplex HSV 1 ou 2, com lesões
ativas localizadas na mama (permitir após cura das lesões)
Uso de radiofármacos (informações sobre a duração da excreção
do fármaco no leite materno)
Uso de medicamentos não permitidos
Varicela materna iniciada 05 dias antes ou 02 dias após o parto
(permitir quando a mãe não oferecer risco de contágio ao RN)
Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança : módulo 3 : promovendo e incentivando
a amamentação em um Hospital Amigo da Criança/ Fundo das Nações Unidas para a Infância. Organização Mundial da
Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
51. ALEITAMENTO MATERNO E INDICAÇÃO DE PROFILAXIA
PUÉRPERA COM SOROLOGIA POSITIVA PARA HEPATITE B
Prescrever Imunoglogulina hiperimune contra Hepatite B
(IGHAHB) nas primeiras 12 horas de vida.
Para recém-nascidos e lactentes a dose indicada é de 100 UI ou
0,5 ml por via intramuscular, no músculo vasto lateral.
Administrar concomitante a vacina contra Hepatite B: 0,5 mL por
via intramuscular, músculo vasto lateral do membro oposto.
Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
PERMITIR A AMAMENTAÇÃO COM MEDIDAS PREVENTIVAS
52. PROFILAXIA DA VARICELA
Imunoglobulina humana antivaricela Zóster (IGHAVZ)
A IGHAVZ é administrada até 96 horas depois da ocorrência do
contato. Indicações:
Recém-Nascidos cujas mães tiveram varicela nos últimos cinco
dias da gestação ou até 48 horas depois do parto;
Recém-Nascidos prematuros, com 28 semanas ou mais de
gestação, cujas mães nunca tiveram varicela.
A dose da imunoglobulina humana antivaricela zóster é de 125
UI/10 kg de peso corporal, independente da idade. A dose
mínima é de 125 UI e a máxima é de 625 UI. (02 mL = 125 UI)
Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
53. CONTRAINDICAÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO
Infecção pelo Vírus HIV 1 ou 2
Infecção pelo Vírus HTLV 1 ou 2
Psicose puerperal
Uso de medicamentos antineoplásicos
Medicamentos antipsicóticos
Uso de carbonato de lítio
Drogas de abuso
Fundo das Nações Unidas para a Infância. Iniciativa Hospital Amigo da Criança : módulo 3 : promovendo e incentivando
a amamentação em um Hospital Amigo da Criança/ Fundo das Nações Unidas para a Infância. Organização Mundial da
Saúde. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
A MÃE NÃO DEVE AMAMENTAR
54. OS DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNO
1. Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente
transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.
2. Capacitar toda a equipe de cuidados de saúde nas práticas necessárias
para implementar esta política.
3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento
materno.
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora
após o nascimento.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se
Vierem a ser separadas dos filhos.
6. Não oferecer a recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite
materno, a não ser que haja indicação médica.
7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e recém-nascidos
permaneçam juntos – 24 horas por dia.
8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda.
9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas.
10. Promover a formação de grupos de apoio à amamentação e
encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.
Declaração conjunta da OMS/UNICEF (1989)
55. Participar das consultas de pré-natal e puericultura;
Reconhecer o valor da amamentação;
Encorajar e incentivar a mãe a amamentar;
Ajudar no cuidado com a casa e os outros filhos;
NÃO trazer para casa latas de leite, mamadeiras e chupetas;
Transmitir experiências positivas de amamentação.
A FAMÍLIA E O ALEITAMENTO MATERNO
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Promovendo o Aleitamento
Materno 2ª edição, revisada.Brasília: 2007. Álbum Seriado.
56. Possibilita às gestantes, puérperas e familiares: apreender, refletir, aceitar e
praticar conhecimentos relativos à gravidez, parto, puerpério e aleitamento.
IMPORTÂNCIA DOS GRUPOS EDUCATIVOS E DE APOIO
ONDE OBTER AJUDA:
Maternidade com equipe treinada na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IAC)
Banco de Leite Humano
Unidade de Saúde Básica Amiga da Amamentação
Maternidade com equipe treinada no Método Canguru
Grupos de apoio a amamentação na comunidade
Publicações da OMS, UNICEF, Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria
57. 1. Amamentação em um Hospital Amigo da Criança: curso de 20 horas para equipes de maternidade / Fundo das Nações
Unidas para a Infância, Organização Mundial da Saúde.– Brasilia : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
276 p. : il. – (Serie A. Normas e Manuais Técnicos)
2. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p.
: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23)
3. Cartilha para a mãe trabalhadora que amamenta / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento
de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
4. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias / Ministério da Saúde, Secretaria da Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2010.
5. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
6. Aleitamento materno, distribuição de fórmulas infantis em estabelecimentos de saúde e a legislação /
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Departamento de
Ações Programáticas e Estratégicas – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
LEITURAS RECOMENDADAS
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1461