O documento discute o agronegócio brasileiro, abordando seus principais conceitos, mitos e realidades ocultas. Apresenta como o setor usa propaganda para se pintar como moderno e essencial, mas na verdade recebe grandes subsídios e contribui pouco para a economia e o emprego. Também expõe como a violência no campo está ligada à grilagem de terras e à bancada ruralista, que desmonta órgãos de fiscalização ambiental em benefício do lucro dos grandes produtores rurais.
Descrever o agronegócio no Brasil,
Os seguimentos de suas cadeias produtivas
A importância para o mercado consumidor com os principais produtos, fazendo uma perspectiva para o futuro do agronegócio Brasileiro.
Descrever o agronegócio no Brasil,
Os seguimentos de suas cadeias produtivas
A importância para o mercado consumidor com os principais produtos, fazendo uma perspectiva para o futuro do agronegócio Brasileiro.
O campesinato e a agricultura familiar, vem tendo uma enorme importância em nosso pais, sendo a agricultura familiar havendo colaboração significativa no PIB, sendo função do governo incentivar e administrar tal atividade rural.
Presentación realizada en la VII Reunión del Grupo de Trabajo 2025 (GT2025) de la Iniciativa América Latina y Caribe sin Hambre, en Guatemala entre el 21 y 22 de noviembre. Pedro Bavaresco - Brasil - Agricultura familiar
Origem da agricultura e revolução verdeigor-oliveira
Instituto Federal de Brasília-Campus Planaltina
Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia
Unidade Curricular: Agroecologia 1
Aula sobre a origem da agricultura e revolução verde.
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/E0VwlHcZXxQ
O campesinato e a agricultura familiar, vem tendo uma enorme importância em nosso pais, sendo a agricultura familiar havendo colaboração significativa no PIB, sendo função do governo incentivar e administrar tal atividade rural.
Presentación realizada en la VII Reunión del Grupo de Trabajo 2025 (GT2025) de la Iniciativa América Latina y Caribe sin Hambre, en Guatemala entre el 21 y 22 de noviembre. Pedro Bavaresco - Brasil - Agricultura familiar
Origem da agricultura e revolução verdeigor-oliveira
Instituto Federal de Brasília-Campus Planaltina
Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia
Unidade Curricular: Agroecologia 1
Aula sobre a origem da agricultura e revolução verde.
Aula da disciplina de Território e Sociedade, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo - SP, abril de 2020.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/E0VwlHcZXxQ
A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL EM QUESTÃO: UM DEBATE FORA DAS PAUTAS?UFPB
A discussão da estrutura agrária no Brasil, mesmo não estando entre as prioridades ou mesmo na agenda política do governo federal, ou não sendo tratada como uma das molas propulsoras de desenvolvimento, devido imperar ainda a concepção do produtivismo agrícola, parece ser necessária. A Reforma Agrária é um tema que está cada dia mais presente no cotidiano da população brasileira, por mais que tentem velar essa questão e demanda.
Nos dias 3 e 4 de agosto de 2022, o Movimento da Economia Solidária Brasileira realizou
a VI Plenária Nacional, organizada pelo Fórum Brasileiro (FBES) e por uma Comissão
Nacional de Organização, que conta com entidades/organizações parceiras. Essa etapa
da VI Plenária, realizada de forma virtual, marca a retomada da mobilização da Economia
Solidária com a realização de plenárias locais, regionais e estaduais em 26 unidades da
Federação, nas quais participaram mais de 3 mil pessoas. A Plenária será concluída, desta
vez de forma presencial, em Brasília, no próximo mês de novembro
UE7 - Os circuítos da produção II - O espaço Agropecuário Brasileiro. Material de apoio aos alunos do 2º ano do ensino médio no CEEJA-Guarujá, na modalidade de presença flexível.
versão - out2014
Presentación de Pedro Bavaresco e Fabiana Mauro- MDA en el marco del Foro de Expertos sobre Programas de Alimentación Sostenibles en América Latina, el 11 y 13 de septiembre de 2012 en Santiago de Chile
Agricultura Familiar é a principal responsável pela produção dos alimentos que são disponibilizados para o consumo da população brasileira. É constituída de pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas e pescadores
Situação e perspectivas da agricultura brasileira 2008 - A experiência da Coo...iicabrasil
IICA cujo negócio é a cooperação técnica mediante a geração de capacidades nos distintos setores que compõem a vida das comunidades rurais, apresenta o Informe de Situação e Perspectivas da Agricultura 2008 como uma contribuição ao fomento da discussão, à busca de novos nichos, mecanismos e instrumentos de intervenção em conjunto com os agentes que promovem o desenvolvimento sustentável do setor da agricultura e mediante a provisão de importantes insumos. Na nossa visão, que facilitem uma melhor compreensão, reflexão e solução aos problemas da agricultura — os quais impedem ou retardam a melhoria nas condições de vida das comunidades rurais. O IICA considera que somente com o fomento às novas técnicas de otimização das produções agrícolas, uma maior segurança sanitária e alimentar, o estímulo eficaz ao desenvolvimento comercial e à dinamização do agronegócio; o incentivo a uma inteligente gestão ambiental mediante práticas de mitigação de desastres naturais: secas, desertificação, contaminação por substâncias tóxicas entre outros; e por fim, com o fomento ao desenvolvimento social que busca aumentar a inserção das comunidades rurais mais carentes no ciclo produtivo é que podem vencer dos efeitos adversos de crises cíclicas e estruturais e a ineficácia de políticas públicas e setoriais.
Ministério da Agricultura divulga documento do setor agropecuário para a Rio+20Portal Canal Rural
O setor agropecuário apresentará, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um documento oficial com sugestões sobre sustentabilidade na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que terá início na próxima quarta, dia 13, no Rio de Janeiro. De acordo com o titular da pasta, Mendes Ribeiro Filho, o texto contém a contribuição do segmento para aumentar a produção de alimentos, preservar o meio ambiente e erradicar a pobreza nos próximos 20 anos. Segundo Mendes, nos últimos 50 anos, a produção de grãos cresceu 290% e o rebanho de gado 250%, com o acréscimo de área de apenas 39%.
Coleção Saber na Prática - Vol. 4, Diversificação ProdutivaCepagro
Vol. 4, Diversificação Produtiva - A cadeia produtiva do tabaco, embora controversa, é encarada por muitos agricultores familiares do Sul do país como a única alternativa de renda. No contexto das ações nacionais de diversificação em áreas de tabaco, são apresentados exemplos bem sucedidos em propriedades no território do Alto Vale do Itajaí e tendo como paradigma a conversão para sistemas agroecológicos de produção – desde a assistência técnica para transição à articulação de mercados de varejo e institucionais.
Coleção Saber na Prática / Vivências em Agroecologia - Esta coleção apresenta a sistematização de metodologias adotadas pelo Cepagro em seu trabalho de organização popular,dirigido a famílias em comunidades rurais e urbanas do Litoral Catarinense, Grande Florianópolis e Alto Vale do Itajaí.
A coleção é focada nas ações a partir de 2006, quando foram firmados os convênios com a IAF (Fundação Interamericana) e outros parceiros de cooperações internacionais e entes públicos.
Dividida em 4 volumes, representa um registro histórico e metodológico que visa auxiliar outras organizações a replicarem as ações apresentadas - levando em conta
o que há de afinidades e diferenças entre as realidades, sempre no sentido de adotar técnicas sustentáveis de Agricultura e Gestão de Resíduos Orgânicos.
O PLANO SAFRA 2012/2013 PARA A AGRICULTURA FAMILIAR E CAMPONESA AS DESIGUALDA...UFPB
Nessa perspectiva, sabe-se que esses planos são planos agrícolas, não são planos agrários. Mas aí reside, talvez, um dos maiores “autoenganos” que temos na institucionalidade do Estado Brasileiro, ao tratar da questão agrícola e agrária em três espaços com perspectivas bem distintas e com uma grande assimetria de poder político, no montante de recursos e nas suas estruturas. Esse é o caso dos ministérios MAPA e MDA e da autarquia do INCRA. Tanto é que tem planos distintos para tratar do mesmo grande tema.
O mundo rural brasileiro – o legado do passado e os desafios do futuro - por ...Rede Jovem Rural
Apresentação do painel "Atratividade do Campo", realizado na V Jornada Nacional do Jovem Rural e apresentado por Zander Navarro, pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitações. Saiba mais sobre a V Jornada: http://www.redejovemrural.com.br
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxMariaSantos298247
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
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7. ❝O agro é pop❞
Na versão falsa do agro, porém intensamente divulgada (através de falácias,
propagandas e até mesmo de dados questionáveis), ele se pinta como
moderno e imprescindível para nossa sociedade. Mas será mesmo?
*Relembrando que aqui se refere ao grande produtor,
latifundiário.
8. Segundo essa versão, o agronegócio é o que “salva” a economia brasileira, que sem ele o país estaria
pior do que está (em alguns casos nega que o Brasil vai mal das pernas). Mas segundo os geógrafos
Mitidiero Junior, que é professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e presidente da
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege), e Goldfarb, pesquisadora e
vice-presidente da Abra “O Agro usa diversas estratégias para construir o consenso na sociedade
brasileira de que é o setor mais dinâmico, moderno e importante da economia brasileira. No entanto,
uma análise detalhada dos números do agro revela outra realidade. A de um setor que recebe muito e
contribui pouco com o país” (O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo, 2021, P. 1).
10. 1. Grilagem e agro como gerador de violência no campo
2. A bancada ruralista e o desmonte de órgãos públicos
3. A falsa grande participação no PIB brasileiro
4. Recebe muito, contribui pouco
5. Não gera emprego
11. 1. Grilagem e agro como gerador de violência no campo
12. Lançada em abril pela Comissão Pastoral da Terra, a publicação "Conflitos no Campo Brasil 2021"
aponta o aumento da violência no campo em 2021 em relação aos anos anteriores. Houve um
aumento de 75% em relação a 2020. Além disso, em 2021 houve um aumento de 1.100% nas mortes
em consequência de conflitos no campo.
“A violência no campo está diretamente ligada à grilagem, ao agronegócio, à mineração, ao
desmatamento ilegal, ao garimpo. Diante disso, as comunidades rurais, assentamentos, aldeias e
quilombos são os que mais têm ficado vulneráveis a atos truculentos e violências de todos os tipos,
com aumento significativo na gestão do atual governo federal, já que este se coloca favorável a
atuação de empresas do agronegócio e da mineração em áreas nas quais não seria permitido”
13. De acordo com o artigo e os dados apresentados, é possível ver a relação e a influência que o agro
tem na violência que ocorre no campo. Diversos trabalhadores rurais são mortos anualmente em
decorrência de manterem uma postura crítica em relação às medidas que a bancada ruralista, apoiada
pelos grandes latifundiários e o atual presidente, toma.
Mas o que permite que esses casos aumentem? Bom, nos últimos anos o agro vem ganhando
liberdade suficiente para tomar atitudes como essa, além de se sentirem representados pelo atual
governo, que favorece os grandes produtores rurais (que são intimamente ligados a bancada).
14. 2. A bancada ruralista e o desmonte de órgãos públicos
15. “A bancada ruralista, ou Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), é uma das maiores e mais
atuantes bancadas da Câmara dos Deputados, formada por mais de 200 deputados federais (do total
de 513) de diversos partidos
Eles representam os interesses dos grandes produtores rurais e latifundiários. Costumam articular-se
para pautar assuntos da agenda política a ser discutida na Câmara e votar em peso temas de seu
interesse. É considerada a mais influente nas discussões, articulações e negociações de políticas
públicas no âmbito do Poder Legislativo.”
Bancada ruralista na política:
16. “Atualmente, temos órgãos ambientais [como o IBAMA e o ICMBio] totalmente desmontados. A
fiscalização ambiental vem sendo ocupada por pessoas sem experiência e sem compromisso”, alertou
Denis Riva, presidente da Associação Nacional dos Servidores Ambientais (ASCEMA), ao Amazônia
Real. [...]
Nada disso é acidental. O desmonte da política ambiental está intimamente associado à destruição do
meio ambiente e aos interesses dos setores políticos e econômicos [como o do agronegócio] que se
beneficiam com isso. Parte dessa turma já está nos gabinetes acarpetados de Brasília, com postos de
destaque dentro do governo federal e do Congresso Nacional. A “boiada” que o ex-ministro [Ricardo
Salles] do meio ambiente sugeriu passar sobre as leis ambientais não veio de um portal
interdimensional, mas sim do projeto político [...].
O que os grandes latifundiários, apoiados pelo atual presidente e representados na bancada
ruralista, ganham com isso?
17. Em outras palavras, os grandes produtores rurais recebem de volta políticas públicas que perpetuam
a exploração do meio ambiente, não expandem e diminuem/atacam a demarcação de terras indígenas
e etc em prol do lucro. Por exemplo: Através da Bancada Ruralista foi ou está para ser aprovado o
chamado Pacote da Destruição, que inclui os seguintes Projetos de Lei: PL do Veneno, PL da
Grilagem, PL do Licenciamento Ambiental e PL da Mineração em Terras Indígenas.
OUtro caso foi quando jornalistas do portal De Olho nos Ruralistas enviaram um pedido de
informações ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para compor o dossiê
sobre financiamento da bancada ruralista, a IPA (cérebro pensante por trás da FPA, vulgo Bancada
Ruralista) informou ao portal ter “ficado sabendo” sobre perguntas exigindo acesso aos dados.
*Através da Lei de Acesso à Informação (LAI) a população pode
recorrer aos dados não divulgados do governo, foi o que os jornalistas
fizeram.
18. Alguns das informações expostas através do portal De Olho nos Ruralistas:
Durante o governo de Jair Bolsonaro, empresas do
setor se reuniram pelo menos 278 vezes com
membros do alto escalão do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
SOB BOLSONARO, INSTITUTO PENSAR AGRO
E MINISTÉRIO SE MISTURAM
19. 3. A falsa grande participação para o PIB brasileiro
20. O [artigo] analisa a participação do agro no Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com a tabela a seguir, a
agropecuária compõe a menor fração do PIB brasileiro. Os dados mostram que, em média, o agro contribuiu
com apenas 5,4% do PIB, enquanto o setor industrial com 25,5% e o setor de serviços 52,4%. Ou seja, o
setor que mais produz mercadorias para exportação é o que menos contribui na composição dos valores do
cálculo geral de produção de riqueza.
21.
22. Mas e quanto aos números gigantescos que afirmam que o agronegócio é o principal contribuidor
para o PIB brasileiro?
Segundo os geógrafos Marco Antonio e Yamila Goldfarb, o agronegócio começou a calcular o próprio
PIB utilizando metodologias muito específicas e pouco claras.
Para sedimentar a narrativa de que o ‘Agro é tudo’, inventaram o ‘Produto Interno Bruto do Agronegócio’.
De acordo com tal cálculo, o agro seria responsável por mais de um quarto do PIB nacional, sendo que, em
2019, totalizou 20,5% e, em 2020, alcançou 26,6% do PIB. Como é possível saltar de uma participação na
casa dos 5% ao ano para 26%? [...]
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de
Queiroz’ (Esalq/USP), é o responsável pelo cálculo do ‘PIB do Agro’.
Em uma operação de multiplicação dos pães e peixes outros setores porteira afora foram aglutinados no
cálculo. Nessa metodologia, calcula-se a soma dos valores da produção agropecuária básica/primária, dos
insumos para atividade, da agroindústria (processamento) e do que eles chamaram de agrosserviços
24. O artigo “O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo”, citado anteriormente, desmente
a narrativa de que o agro é a maior força econômica do Brasil. E entre diversos aspectos abordados
na pesquisa, os geógrafos fazem o questionamento: Por que o Brasil precisa comprar produtos de
fácil produção nacional?
Os dados de importações de produtos agropecuários mostram outro aspecto das trocas comerciais
brasileiras. Os quatro principais produtos agropecuários que o país comprou, em 2019, foram: trigo (1,4 bi
dólares), peixes (1,1 bi dólares), produtos hortícolas, raízes e tubérculos (1 bi), e papel (850 milhões de
dólares). Para nenhum desses produtos existem grandes limitações para produção nacional. Mesmo com
imenso superávit comercial entre os produtos do agro, por que o Brasil precisa comprar produtos de fácil
produção nacional? [...]. A resposta não é difícil: a falta de uma política agrícola que assegure a soberania
alimentar e demais interesses da economia nacional tem permitido que produtores rurais priorizem o lucro
obtido com exportações, elevando a importação onerosa e descabida para compensar a falta do produto no
mercado interno.
25. Analisando as exportações de matérias-primas, o Brasil isenta a exportação de matéria-prima bruta
por meio da Lei Kandir. Pagar imposto não é um hábito comum para os ruralistas, observam os
pesquisadores, o que conduz a exportações de mercadorias sem nenhuma industrialização.
No Brasil, o sistema nacional de créditos é a principal política agropecuária e é realizado pelo Plano Safra.
Os créditos são ofertados por instituições públicas e privadas para custeio, investimento, comercialização
e industrialização e são distribuídos segundo categorias:
- O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para os pequenos produtores
familiares.
- Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para os médios e para as demais
categorias nas quais se encaixam, principalmente, os grandes produtores, o agro.
26. Os dados da tabela mostram que os “demais”, ou seja, o agronegócio, é quem mais se beneficia. No
Plano Safra 2019/2020, enquanto o Pronaf, que congrega o maior universo de produtores no campo
brasileiro, recebeu 29 bilhões de reais, o Pronamp recebeu 27,9 bilhões e o agro 134,8 bilhões.
A desigualdade na distribuição dos créditos é potencializada ao se olhar para os dados de número de contratos, mostra o
estudo. O Pronaf, que respondeu a 1.416.064 milhão de contratos, ficou somente com 12,8% dos recursos; o Pronamp, com
186.363 mil dos contratos e com 12,4% dos créditos; e os demais, que correspondem a apenas 328.066 mil contratos,
receberam 59,9% da totalidade dos créditos. “Isso resulta em uma imensa concentração de recursos nas mãos de um pequeno
número de produtores rurais, em sua imensa maioria representantes do agro”, avaliam Goldfarb e Mitidiero.
27. Além de ser profundamente privilegiado na distribuição de recursos públicos, o agronegócio deixa pouco
para o Brasil, ou seja, é um setor pouco tributado.
Como se vê na tabela, em 2014, ano em que mais impostos foram pagos, as Atividades de Agricultura,
Pecuária e Serviços relacionados desembolsaram apenas 85 mil reais com imposto sobre exportações. O
Brasil deixa de arrecadar, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cartografia, R$ 2 bilhões por ano em
impostos na área rural.
29. A máxima de que o “Agro é pop” e gera empregos no Brasil também não se sustenta em nenhuma
base de dados. Em 2020, durante a pandemia, o setor agropecuário não parou, com crescimento na
produção alcançando recordes nas colheitas e na exportação de commodities. Contudo, 185.477 mil
trabalhadores perderam seus empregos nessa safra, segundo dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo IBGE. Em 2020, quando o país bateu recordes de
produção agrícola e pecuária, os preços dos alimentos também subiram de forma avassaladora e a
fome voltou a ser uma realidade.
33. Não é incomum nos depararmos com afirmações que dizem que as “invasões” (termo propositalmente
pejorativo) do MST são feitas por “vagabundos” e que são truculentas. Através dessas falas se cria
uma imagem negativa sobre o movimento, uma imagem de que é desorganizado, bagunçado e que só
atrapalha trabalhadores comuns, mas essas afirmações são totalmente descabidas e não se sustentam
diante da realidade.
O movimento é composto por trabalhadores comuns. "Nenhuma família vai para uma ocupação, pisar
no barro, viver em um barraco de lona, em todas as condições que existem em uma ocupação, por
escolha, ou porque é "vagabundo", ou porque quer afrontar ou tomar o que é dos outros, nada disso.
Elas vão porque é a realidade com a qual elas se deparam” diz Natália Szermeta, dirigente do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, a repórter do Brasil de Fato.
35. O que é o MST?
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surgiu em 1984 e em mais de 30 anos,
obteve conquistas significativas. Ele é o principal movimento social que propõe Reforma Agrária
Popular. Para além das ações de ocupações de latifúndio, o movimento tem um projeto amplo de
preservação dos recursos naturais, promoção da agroecologia e produção de alimentos saudáveis.
Quais seus objetivos?
O MST também luta pela Reforma Agrária, que não é, como muitos dizem, "tirar” a terra das pessoas
comuns. Os pequenos produtores (seja você, seu vô, seu tio, familiar/conhecido, etc.) não vão perder
suas terras. Quando se fala em distribuição de terras, se fala principalmente dos latifundiários, que
concentram territórios imensos. Para noções de proporção, menos de 1% das propriedades rurais
concentram quase metade de toda a área rural do Brasil, segundo pesquisas da Oxfam.
36. Ações do MST na pandemia
Durante a pandemia, MST organizou diversas doações para o combate à fome em diversos estados
brasileiros. A seguir algumas das movimentações:
Meado de 2021*
Meados de 2022*
38. Bibliografia:
Artigos base para construção argumentativa:
Agropecuária e Agronegócio: Qual a diferença entre elas? Sygma Sistemas, 2021. Disponível em:
<https://www.sygmasistemas.com.br/agropecuaria-e-agronegocio/>. Acesso em: 10 set, 2022.
O que é o agronegócio:
Quem é o agronegócio:
Terras e desigualdade. Oxfam. Disponível em: <https://www.oxfam.org.br/justica-social-e-economica/terras-e-desigualdade/>. Acesso em: 10
set, 2022.
PONTES, Nádia. Quem produz os alimentos que chegam à mesa do brasileiro? ASBRAER. Disponível em:
<http://www.asbraer.org.br/index.php/rede-de-noticias/item/3510-quem-produz-os-alimentos-que-chegam-a-mesa-do-
brasileiro#:~:text=Quando%20se%20consideram%20alimentos%20consumidos,%2C%20milho%2C%20leite%2C%20batata>. Acesso em: 10
set, 2022.
Desmistificando a falsa propaganda do agro:
MERLINO, Tatiana. Os números mostram: agronegócio recebe muitos recursos e contribui pouco para o país. O joio e o trigo, 2021. Disponível
em: <https://ojoioeotrigo.com.br/2021/10/os-numeros-mostram-agronegocio-recebe-muitos-recursos-e-contribui-pouco-para-o-pais/>.
Acesso em: 10 set, 2022
39. MOREIRA, Anelize. Agronegócio, ultraprocessados, destruição ambiental e doenças crônicas: qual a relação? Brasil de Fato,2022. Disponível
em: <https://www.brasildefato.com.br/2022/03/23/agronegocio-ultraprocessados-destruicao-ambiental-e-doencas-cronicas-qual-a-relacao>.
Acesso em: 10 set, 2022.
Bancada ruralista tem poderes para derrubar ou manter presidentes. MST, 2017. Disponível em: <https://mst.org.br/2017/09/28/bancada-
ruralista-tem-poderes-para-derrubar-ou-manter-presidentes/>. Acesso em: 10 set, 2022.
De Olho nos Ruralistas lança dossiê sobre financiamento da bancada ruralista. De Olho nos Ruralistas, 2021. Disponível em:
<https://deolhonosruralistas.com.br/2022/07/18/de-olho-nos-ruralistas-lanca-dossie-sobre-financiamento-da-bancada-ruralista/>. Acesso
em: 10 set, 2022.
Bancada Ruralista:
RAMOS, Mariana F. Passando a Boiada: 12 das 45 prioridades do governo no Congresso são no campo. De Olho nos Ruralistas, 2022.
Disponível em: <https://deolhonosruralistas.com.br/2022/02/10/passando-a-boiada-12-das-45-prioridades-do-governo-no-congresso-sao-
no-campo/>. Acesso em: 10 set, 2022
FUHRMANN, Leonardo. Financiadores da bancada ruralista pilotam também campanha pró-agrotóxicos. De Olho nos Ruralistas, 2019.
Disponível em: <https://deolhonosruralistas.com.br/2019/05/21/financiadores-da-bancada-ruralista-pilotam-tambem-campanha-pro-
agrotoxicos/>. Acesso em: 10 set, 2022.
40. GOULD, Larissa. Ponto a ponto: conheça o plano de Reforma Agrária Popular defendido pelo MST. Brasil de Fato, 2020. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2020/06/15/ponto-a-ponto-conheca-o-plano-de-reforma-agraria-popular-defendido-pelo-mst>. Acesso
em: 10 set, 2022.
Reforma Agrária:
Artigos, notícias e reportagens citadas nos slides (em ordem):
DUARTE, Isadora. Bolsonaro à bancada ruralista: 'Esse governo é de vocês'. Estadão, 2019. Disponível em:
<https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-a-bancada-ruralista-esse-governo-e-de-voces,70002904662>. Acesso em: 10 set,
2022.
CARVALHO, Elen. "A violência no campo está diretamente ligada à grilagem, ao agronegócio", diz dirigente do MST. Brasil de Fato, 2022.
Disponível em: <https://www.brasildefatoba.com.br/2022/05/23/a-violencia-no-campo-esta-diretamente-ligada-a-grilagem-ao-agronegocio-
diz-dirigente-do-mst>. Acesso em: 10 set, 2022.
SASAKI, Fábio. O poder da bancada ruralista no Congresso. Guia do Estudante, 2017. Disponível em:
<https://guiadoestudante.abril.com.br/coluna/atualidades-vestibular/o-poder-da-bancada-ruralista-no-congresso/>. Acesso em: 10 set,
2022.
Desmonte da fiscalização marca gestão Bolsonaro no meio ambiente. Climainfo, 2022. Disponível em:
<https://climainfo.org.br/2022/09/13/desmonte-da-fiscalizacao-marca-gestao-bolsonaro-no-meio-ambiente/>. Acesso em: 10 set, 2022.
41. De Olho nos Ruralistas lança dossiê sobre financiamento da bancada ruralista. De Olho nos Ruralistas, 2021. Disponível em:
<https://deolhonosruralistas.com.br/2022/07/18/de-olho-nos-ruralistas-lanca-dossie-sobre-financiamento-da-bancada-ruralista/>. Acesso
em: 10 set, 2022.
MERLINO, Tatiana. Os números mostram: agronegócio recebe muitos recursos e contribui pouco para o país. O joio e o trigo, 2021. Disponível
em: <https://ojoioeotrigo.com.br/2021/10/os-numeros-mostram-agronegocio-recebe-muitos-recursos-e-contribui-pouco-para-o-pais/>.
Acesso em: 10 set, 2022
Doações do MST:
MST prepara doação de mais de 50 toneladas de alimentos nesta sexta (22) no Paraná. Brasil de Fato, 2022. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2022/07/21/mst-prepara-doacao-de-mais-de-50-toneladas-de-alimentos-nesta-sexta-22-no-parana>.
Acesso em: 10 set, 2022.
MST doa 1 milhão de marmitas e 5 mil toneladas de alimentos durante a pandemia. Brasil de Fato, 2021. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2021/07/08/mst-doa-1-milhao-de-marmitas-e-5-mil-toneladas-de-alimentos-durante-a-pandemia>.
Acesso em: 10 set, 2022.
Famílias do MST partilham 30 toneladas de alimentos na região Norte do Paraná. MST, 2021. Disponível em:
<https://mst.org.br/2021/12/23/familias-do-mst-partilham-30-toneladas-de-alimentos-na-regiao-norte-do-parana/>. Acesso em: 10 set,
2022.
MST e MTST: Você realmente conhece esses movimentos? Brasil de Fato, 2018. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2018/10/25/mst-e-mtst-voce-realmente-conhece-essas-organizacoes>. Acesso em: 10 set, 2022.
42. Com ação em Londrina, MST chega a quase 500 toneladas de alimentos distribuídos no PR. Brasil de Fato, 2020. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2020/12/23/com-acao-em-londrina-mst-chega-a-quase-500-toneladas-de-alimentos-distribuidos-no-pr>.
Acesso em: 10 set, 2022.