Tema é de fundamental importância na formação do pediatra. De um lado, há a promoção e o apoio à amamentação, de outro, existe a necessidade que esses profissionais incorporem ao seu papel de educador orientações acerca do exercício da sexualidade de forma responsável, enfatizando ainda a importância da prevenção da gravidez em idades precoces ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Documento científico da Sociedade Brasileira de Pediatria elaborado pelos Departamentos de Adolescência junto com o de Aleitamento Materno.
Parabéns!
Muito oportuno nesse momento em que o governo propõem como política pública a abstinência sexual - que não tem evidências científicas...
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento discute a importância do aleitamento materno exclusivo por seis meses para a saúde da criança e o papel do técnico de enfermagem na orientação de gestantes e puérperas sobre os benefícios da amamentação. A pesquisa revisou diversos artigos, livros e guias sobre o tema. O aleitamento materno reduz desnutrição, doenças e mortalidade infantil, e o técnico de enfermagem deve incentivar a amamentação durante o pré-natal e no pós-parto.
Este documento fornece orientações sobre a identificação precoce da anquiloglossia em recém-nascidos no Brasil, visando não interferir na amamentação. Recomenda-se a utilização do Protocolo Bristol para avaliação do frênulo lingual, que classifica a gravidade da anquiloglossia de 0 a 8 pontos. Scores menores ou iguais a 3 podem justificar frenotomia cirúrgica caso estejam associados a dificuldades na amamentação atribuídas à anquiloglossia. O documento também estabele
Este documento apresenta informações sobre a gravidez, parto e cuidados com o recém-nascido. Ele fornece respostas às dúvidas frequentes de pais sobre as alterações físicas e comportamentais da gestante durante a gravidez, os tipos de parto e sentimentos vividos pelos pais durante esses períodos. O documento também aborda temas como amamentação, cuidados com o bebê e licença parental. Seu objetivo é promover o envolvimento paterno e esclarecer dúvidas dos pais sobre esses important
Este guia fornece informações sobre amamentação bem-sucedida em 6 seções. Ele explica porque amamentar é importante, desmistifica mitos sobre preparação para amamentar, e discute questões como quando iniciar a amamentação, dor nos seios, posições para amamentar e mais. O objetivo é orientar mulheres durante o processo de lactação.
1. Crianças são mais propensas a doenças infectocontagiosas devido ao seu sistema imunológico ainda imaturo.
2. Há 10 situações clínicas que podem indicar imunodeficiência primária em crianças, como pneumonias e infecções repetidas.
3. O papel do enfermeiro é realizar educação, prevenção e promoção da saúde, observando surtos de doenças e mobilizando equipes para o diagnóstico e tratamento rápidos.
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento.
Material de 28 de agosto de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O melhor alimento para o recém-nascido a termo ou pré-termo é o leite materno e garantir sua oferta é boa prática que deve ser perseguida por toda a equipe da unidade neonatal.
Material de 26 de março de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
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Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute o Eixo Estratégico VI da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, que trata da atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas de vulnerabilidade. O eixo visa articular ações para incluir essas crianças nas redes de saúde e apoiar a implementação de protocolos de proteção a crianças em risco ou situação de trabalho infantil.
Este documento discute a importância do aleitamento materno exclusivo por seis meses para a saúde da criança e o papel do técnico de enfermagem na orientação de gestantes e puérperas sobre os benefícios da amamentação. A pesquisa revisou diversos artigos, livros e guias sobre o tema. O aleitamento materno reduz desnutrição, doenças e mortalidade infantil, e o técnico de enfermagem deve incentivar a amamentação durante o pré-natal e no pós-parto.
Este documento fornece orientações sobre a identificação precoce da anquiloglossia em recém-nascidos no Brasil, visando não interferir na amamentação. Recomenda-se a utilização do Protocolo Bristol para avaliação do frênulo lingual, que classifica a gravidade da anquiloglossia de 0 a 8 pontos. Scores menores ou iguais a 3 podem justificar frenotomia cirúrgica caso estejam associados a dificuldades na amamentação atribuídas à anquiloglossia. O documento também estabele
Este documento apresenta informações sobre a gravidez, parto e cuidados com o recém-nascido. Ele fornece respostas às dúvidas frequentes de pais sobre as alterações físicas e comportamentais da gestante durante a gravidez, os tipos de parto e sentimentos vividos pelos pais durante esses períodos. O documento também aborda temas como amamentação, cuidados com o bebê e licença parental. Seu objetivo é promover o envolvimento paterno e esclarecer dúvidas dos pais sobre esses important
Este guia fornece informações sobre amamentação bem-sucedida em 6 seções. Ele explica porque amamentar é importante, desmistifica mitos sobre preparação para amamentar, e discute questões como quando iniciar a amamentação, dor nos seios, posições para amamentar e mais. O objetivo é orientar mulheres durante o processo de lactação.
1. Crianças são mais propensas a doenças infectocontagiosas devido ao seu sistema imunológico ainda imaturo.
2. Há 10 situações clínicas que podem indicar imunodeficiência primária em crianças, como pneumonias e infecções repetidas.
3. O papel do enfermeiro é realizar educação, prevenção e promoção da saúde, observando surtos de doenças e mobilizando equipes para o diagnóstico e tratamento rápidos.
A mortalidade neonatal precoce pode ser reduzida pela adoção de boas práticas no parto e nascimento.
Material de 28 de agosto de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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O melhor alimento para o recém-nascido a termo ou pré-termo é o leite materno e garantir sua oferta é boa prática que deve ser perseguida por toda a equipe da unidade neonatal.
Material de 26 de março de 2018
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Eixo: Atenção ao Recém-nascido
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Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento discute o Eixo Estratégico VI da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, que trata da atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas de vulnerabilidade. O eixo visa articular ações para incluir essas crianças nas redes de saúde e apoiar a implementação de protocolos de proteção a crianças em risco ou situação de trabalho infantil.
O documento discute como o marketing de fórmulas lácteas influencia as decisões sobre a alimentação infantil. Ele apresenta evidências de que as táticas de marketing são difundidas e invasivas, com mensagens enganosas que distorcem a verdade sobre os benefícios do leite materno. Isso pode levar as mães a amamentarem menos e a usarem mais fórmulas, com riscos para a saúde das crianças. Há uma necessidade de ações para proteger a amamentação e fortalecer as leis contra práticas de marketing
Este documento apresenta um plano global para promover os cuidados de criação e o desenvolvimento na primeira infância. O plano destaca a importância dos primeiros anos de vida para a saúde e o potencial humano ao longo da vida. Ele fornece orientações estratégicas para apoiar o desenvolvimento holístico de crianças até 3 anos e inspirar ações em vários setores. O objetivo é garantir que todas as crianças pequenas tenham suas necessidades atendidas e possam desenvolver todo o seu potencial.
O documento resume as principais informações sobre o Programa Nacional de Imunizações do Brasil, incluindo os tipos de vacinas, esquemas vacinais, contraindicações e eventos adversos de cada vacina. As vacinas descritas são BCG, hepatite B, poliomielite, DTP, tríplice viral, dupla viral, rotavírus, febre amarela e outras. O documento fornece detalhes técnicos sobre a aplicação de cada imunizante no PNI.
O documento discute as melhores práticas no cuidado ao recém-nascido no momento do parto e nascimento, enfatizando a importância do contato pele a pele imediato, do clampeamento oportuno do cordão umbilical e da amamentação na primeira hora de vida para a saúde do recém-nascido e da mãe.
O pesar perante a perda gestacional/neonatal ainda é socialmente desconsiderado, um tema pouco debatido, mas que precisa ser adequadamente abordado dentro das equipes e com os familiares.
Material de 18 de janeiro de 2023
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
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Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento fornece definições e conceitos relacionados ao nascimento, morte fetal e neonatal. Ele explica termos como nascimento, nascido vivo, aborto, morte fetal precoce, intermediária e tardia, natimorto, período neonatal, morte neonatal precoce e tardia e morte infantil. O documento também classifica recém-nascidos de acordo com peso e idade gestacional.
O documento discute problemas comuns da infância, identificando crianças graves com sinais como febre, irritabilidade, vômitos e convulsões. Aborda doenças como otite média aguda, pneumonia, bronquiolite, diarreia, constipação, cólicas do lactente, monilíase oral, problemas de pele e refluxo gastroesofágico. Fornece orientações sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento.
Sob suspeita há décadas, mamadeira ganha novos opositores, sobretudo nas comunidades científicas.
A polêmica em torno do objeto não é nova. Recentemente, livro publicado por uma designer reacendeu a discussão e diversos estudos comprovam que o uso de bicos de borracha pode trazer prejuízos que se arrastam até a fase adulta. Entenda o debate e saiba quais são as alternativas.
Entrevista do Prof. Marcus Renato de Carvalho para Gláucia Chaves - Revista do Correio Brasiliense, Brasília, DF
O documento apresenta o Programa de Aleitamento Materno (PALMA) da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, com protocolos e diretrizes para incentivo e apoio ao aleitamento materno. O PALMA tem como objetivo promover a amamentação exclusiva até 6 meses e continuada até 2 anos ou mais, conforme recomendações do Ministério da Saúde e OMS. O documento descreve a articulação do PALMA com a rede de serviços e protocolos clínicos para apoio à amamentação e manejo de intercorrências
O documento discute os benefícios do aleitamento materno, incluindo ser um alimento completo e proteger contra infecções e alergias. Também aborda técnicas corretas de amamentação como posicionamento e pega do bebê, e possíveis problemas como mamilos doloridos.
O documento discute a mortalidade materna no Brasil. Ele apresenta: 1) a taxa de mortalidade materna no Brasil tem diminuído lentamente e continua sendo um problema de saúde pública; 2) as taxas variam significativamente entre regiões, com taxas mais altas no Norte e Nordeste; 3) as principais causas de mortalidade materna são complicações obstétricas diretas ou indiretas.
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoAmanda Thomé
O documento discute os cuidados com recém-nascidos no pós-parto, incluindo a transição da vida intrauterina para a vida extrauterina, avaliação do bebê, alojamento conjunto de mãe e bebê, amamentação, imunização e orientações pré-alta.
O documento discute a importância do atendimento integral ao binômio mãe-bebê entre o 3o e o 5o dia de vida na Unidade Básica de Saúde. Ele descreve as diretrizes e normas nacionais que recomendam essa abordagem, incluindo a avaliação da saúde da criança e da mãe, incentivo ao aleitamento materno, aplicação de vacinas e agendamento de consultas futuras. O objetivo é garantir a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar e melhorar indicadores de saú
Este documento apresenta um resumo das ações do Programa Rede Viva Vida/Mães de Minas para apoiar a amamentação em Minas Gerais, incluindo a estruturação da rede de atenção à saúde da mulher e da criança e as políticas públicas de promoção do aleitamento materno no Brasil.
O documento fornece diretrizes sobre os cuidados com recém-nascidos, incluindo cuidados imediatos após o parto, cuidados gerais como amamentação e vacinação, cuidados específicos para problemas como icterícia e brotoejas, e observações sobre fezes, choro e higiene do bebê.
O documento discute os aspectos éticos e legais do aborto no Brasil. Aborda como ética e moral diferem, as classificações jurídicas do aborto legal, as situações em que o aborto é permitido no país e os desafios enfrentados pelas equipes de saúde. Conclui que a criminalização do aborto não o impede, apenas o torna mais perigoso, e que é necessária uma discussão mais aprofundada sobre o tema livre de moralismos.
O que apontam as evidências sobre alguns aspectos da assistência ao segundo período do trabalho de parto, como duração, posições, puxos, proteção perineal, episiotomia e manobra de Kristeller.
Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões. Para isso, os profissionais que as atendam deverão estabelecer uma relação de intimidade com estas, perguntando-lhes sobre seus desejos e expectativas. Os profissionais devem estar conscientes da importância de sua atitude, do tom de voz e das próprias palavras usadas, bem como a forma como os cuidados são prestados.
Material de 14 de setembro de 2018
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
A taxa de mortalidade infantil (referente às crianças menores de um ano) caiu muito nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram de 47,1 a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 em 2010 (IBGE, 2010). Entretanto, a meta de garantir a toda criança brasileira o direito à vida e à saúde ainda não foi alcançada, pois persistem desigualdades
regionais e sociais inaceitáveis. Além disso, 68,6% das mortes de crianças com menos de um ano acontecem no período neonatal (até 27 dias de vida), sendo a maioria no primeiro dia de vida. Assim, um número expressivo de mortes por causas evitáveis por ações dos serviços de saúde –
tais como a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido (RN) – faz parte da realidade social e sanitária de nosso País.
Avanços na neonatologia permitiram redução da mortalidade, porém o neurodesenvolvimento adequado e a prevenção de sequelas neurológicas continuam representando um desafio no cuidado neonatal.
Material de 9 de outubro de 2017
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento define família como um grupo de pessoas relacionadas que vivem juntos, geralmente pais e filhos. Explora como a família influencia o desenvolvimento social e transmite valores. Também discute diferentes estruturas familiares modernas, incluindo famílias monoparentais, comunitárias e arco-íris.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar da disponibilidade de informações sobre contracepção, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a ocorrência de gravidez precoce. É importante que adolescentes grávidas recebam apoio médico, familiar e psicológico.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar de haver informações sobre contraceptivos, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a gravidez precoce. A educação sexual é importante para prevenir gravidezes não planejadas e deve começar em casa e na escola.
O documento discute como o marketing de fórmulas lácteas influencia as decisões sobre a alimentação infantil. Ele apresenta evidências de que as táticas de marketing são difundidas e invasivas, com mensagens enganosas que distorcem a verdade sobre os benefícios do leite materno. Isso pode levar as mães a amamentarem menos e a usarem mais fórmulas, com riscos para a saúde das crianças. Há uma necessidade de ações para proteger a amamentação e fortalecer as leis contra práticas de marketing
Este documento apresenta um plano global para promover os cuidados de criação e o desenvolvimento na primeira infância. O plano destaca a importância dos primeiros anos de vida para a saúde e o potencial humano ao longo da vida. Ele fornece orientações estratégicas para apoiar o desenvolvimento holístico de crianças até 3 anos e inspirar ações em vários setores. O objetivo é garantir que todas as crianças pequenas tenham suas necessidades atendidas e possam desenvolver todo o seu potencial.
O documento resume as principais informações sobre o Programa Nacional de Imunizações do Brasil, incluindo os tipos de vacinas, esquemas vacinais, contraindicações e eventos adversos de cada vacina. As vacinas descritas são BCG, hepatite B, poliomielite, DTP, tríplice viral, dupla viral, rotavírus, febre amarela e outras. O documento fornece detalhes técnicos sobre a aplicação de cada imunizante no PNI.
O documento discute as melhores práticas no cuidado ao recém-nascido no momento do parto e nascimento, enfatizando a importância do contato pele a pele imediato, do clampeamento oportuno do cordão umbilical e da amamentação na primeira hora de vida para a saúde do recém-nascido e da mãe.
O pesar perante a perda gestacional/neonatal ainda é socialmente desconsiderado, um tema pouco debatido, mas que precisa ser adequadamente abordado dentro das equipes e com os familiares.
Material de 18 de janeiro de 2023
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento fornece definições e conceitos relacionados ao nascimento, morte fetal e neonatal. Ele explica termos como nascimento, nascido vivo, aborto, morte fetal precoce, intermediária e tardia, natimorto, período neonatal, morte neonatal precoce e tardia e morte infantil. O documento também classifica recém-nascidos de acordo com peso e idade gestacional.
O documento discute problemas comuns da infância, identificando crianças graves com sinais como febre, irritabilidade, vômitos e convulsões. Aborda doenças como otite média aguda, pneumonia, bronquiolite, diarreia, constipação, cólicas do lactente, monilíase oral, problemas de pele e refluxo gastroesofágico. Fornece orientações sobre diagnóstico, tratamento e encaminhamento.
Sob suspeita há décadas, mamadeira ganha novos opositores, sobretudo nas comunidades científicas.
A polêmica em torno do objeto não é nova. Recentemente, livro publicado por uma designer reacendeu a discussão e diversos estudos comprovam que o uso de bicos de borracha pode trazer prejuízos que se arrastam até a fase adulta. Entenda o debate e saiba quais são as alternativas.
Entrevista do Prof. Marcus Renato de Carvalho para Gláucia Chaves - Revista do Correio Brasiliense, Brasília, DF
O documento apresenta o Programa de Aleitamento Materno (PALMA) da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, com protocolos e diretrizes para incentivo e apoio ao aleitamento materno. O PALMA tem como objetivo promover a amamentação exclusiva até 6 meses e continuada até 2 anos ou mais, conforme recomendações do Ministério da Saúde e OMS. O documento descreve a articulação do PALMA com a rede de serviços e protocolos clínicos para apoio à amamentação e manejo de intercorrências
O documento discute os benefícios do aleitamento materno, incluindo ser um alimento completo e proteger contra infecções e alergias. Também aborda técnicas corretas de amamentação como posicionamento e pega do bebê, e possíveis problemas como mamilos doloridos.
O documento discute a mortalidade materna no Brasil. Ele apresenta: 1) a taxa de mortalidade materna no Brasil tem diminuído lentamente e continua sendo um problema de saúde pública; 2) as taxas variam significativamente entre regiões, com taxas mais altas no Norte e Nordeste; 3) as principais causas de mortalidade materna são complicações obstétricas diretas ou indiretas.
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoAmanda Thomé
O documento discute os cuidados com recém-nascidos no pós-parto, incluindo a transição da vida intrauterina para a vida extrauterina, avaliação do bebê, alojamento conjunto de mãe e bebê, amamentação, imunização e orientações pré-alta.
O documento discute a importância do atendimento integral ao binômio mãe-bebê entre o 3o e o 5o dia de vida na Unidade Básica de Saúde. Ele descreve as diretrizes e normas nacionais que recomendam essa abordagem, incluindo a avaliação da saúde da criança e da mãe, incentivo ao aleitamento materno, aplicação de vacinas e agendamento de consultas futuras. O objetivo é garantir a continuidade dos cuidados após a alta hospitalar e melhorar indicadores de saú
Este documento apresenta um resumo das ações do Programa Rede Viva Vida/Mães de Minas para apoiar a amamentação em Minas Gerais, incluindo a estruturação da rede de atenção à saúde da mulher e da criança e as políticas públicas de promoção do aleitamento materno no Brasil.
O documento fornece diretrizes sobre os cuidados com recém-nascidos, incluindo cuidados imediatos após o parto, cuidados gerais como amamentação e vacinação, cuidados específicos para problemas como icterícia e brotoejas, e observações sobre fezes, choro e higiene do bebê.
O documento discute os aspectos éticos e legais do aborto no Brasil. Aborda como ética e moral diferem, as classificações jurídicas do aborto legal, as situações em que o aborto é permitido no país e os desafios enfrentados pelas equipes de saúde. Conclui que a criminalização do aborto não o impede, apenas o torna mais perigoso, e que é necessária uma discussão mais aprofundada sobre o tema livre de moralismos.
O que apontam as evidências sobre alguns aspectos da assistência ao segundo período do trabalho de parto, como duração, posições, puxos, proteção perineal, episiotomia e manobra de Kristeller.
Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões. Para isso, os profissionais que as atendam deverão estabelecer uma relação de intimidade com estas, perguntando-lhes sobre seus desejos e expectativas. Os profissionais devem estar conscientes da importância de sua atitude, do tom de voz e das próprias palavras usadas, bem como a forma como os cuidados são prestados.
Material de 14 de setembro de 2018
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Eixo: Atenção às Mulheres
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
A taxa de mortalidade infantil (referente às crianças menores de um ano) caiu muito nas últimas décadas no Brasil. Graças às ações de diminuição da pobreza, ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família e a outros fatores, os óbitos infantis diminuíram de 47,1 a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 15,6 em 2010 (IBGE, 2010). Entretanto, a meta de garantir a toda criança brasileira o direito à vida e à saúde ainda não foi alcançada, pois persistem desigualdades
regionais e sociais inaceitáveis. Além disso, 68,6% das mortes de crianças com menos de um ano acontecem no período neonatal (até 27 dias de vida), sendo a maioria no primeiro dia de vida. Assim, um número expressivo de mortes por causas evitáveis por ações dos serviços de saúde –
tais como a atenção pré-natal, ao parto e ao recém-nascido (RN) – faz parte da realidade social e sanitária de nosso País.
Avanços na neonatologia permitiram redução da mortalidade, porém o neurodesenvolvimento adequado e a prevenção de sequelas neurológicas continuam representando um desafio no cuidado neonatal.
Material de 9 de outubro de 2017
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção ao Recém-nascido
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
O documento define família como um grupo de pessoas relacionadas que vivem juntos, geralmente pais e filhos. Explora como a família influencia o desenvolvimento social e transmite valores. Também discute diferentes estruturas familiares modernas, incluindo famílias monoparentais, comunitárias e arco-íris.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar da disponibilidade de informações sobre contracepção, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a ocorrência de gravidez precoce. É importante que adolescentes grávidas recebam apoio médico, familiar e psicológico.
O documento discute a gravidez na adolescência. Ele explica que apesar de haver informações sobre contraceptivos, as taxas de gravidez entre adolescentes continuam altas. Fatores sociais, culturais e pessoais influenciam a gravidez precoce. A educação sexual é importante para prevenir gravidezes não planejadas e deve começar em casa e na escola.
O documento discute a gravidez na adolescência como um problema de saúde pública. Apresenta fatores que aumentam os riscos para a saúde da mãe e do bebê, como falta de informação e apoio. Detalha índices elevados de gravidez indesejada entre adolescentes e seus impactos nos projetos de vida dos envolvidos, interrompendo estudos na maioria dos casos. A prevenção deve focar em educação, acesso a serviços de saúde e qualificação profissional.
Nutrição Infantil - Leito Materno e Complementação alimentarErly Batista Neto
Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Nutrição Infantil - Alimento Materno e nutrição complementarErly Batista Neto
O documento discute a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e complementado até 2 anos. Ele destaca que o profissional de saúde deve apoiar a amamentação considerando os aspectos emocionais, culturais e sociais da mulher. Também aborda a introdução alimentar complementar após os 6 meses e a formação dos hábitos alimentares da criança.
A gravidez na adolescência aumentou nos últimos anos e traz riscos para a saúde da mãe e do bebê. Fatores como contexto sociocultural permissivo, iniciação sexual precoce, baixa escolaridade e renda familiar aumentam o risco de gravidez nessa faixa etária. O pré-natal multidisciplinar é importante para apoiar a adolescente grávida e minimizar os riscos.
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Em três frases:
O documento apresenta estatísticas alarmantes sobre a gravidez na adolescência no Brasil, com cerca de 1 milhão de meninas engravidando anualmente antes dos 20 anos. Ele também discute os fatores que contribuem para a gravidez precoce e as consequências para a saúde física e mental das adolescentes. Finalmente, o documento propõe estratégias para prevenção e apoio às adolescentes grávidas, incluindo educação sexual
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE D...Cínthia Lima
Este documento apresenta uma proposta de intervenção para sistematizar o atendimento a adolescentes com o objetivo de diminuir o número de gestações indesejadas na área de abrangência do Programa de Saúde da Família Alto do Açude. A proposta foi desenvolvida com base em pesquisa bibliográfica e tem como estratégias incluir os adolescentes como protagonistas, trabalhar de forma intersetorial com a escola e abordar temas relevantes para a adolescência de forma participativa.
Este documento discute a gravidez na adolescência no Brasil. Aponta que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública devido às suas altas taxas e complicações para a mãe e bebê. Identifica os principais fatores que contribuem para a gravidez na adolescência e propõe soluções focadas na educação sexual e no apoio de equipes de saúde da família.
Os primeiros 1.000 dias de vida, desde a concepção até os dois anos de idade, são cruciais para o desenvolvimento da criança. Neste período ocorre o maior crescimento e processos fundamentais. Um ambiente saudável e estimulante é essencial para o pleno potencial da criança. Problemas no desenvolvimento são mais comuns em países de baixa renda devido a problemas perinatais e ambientes familiares desfavoráveis.
O documento discute gravidez na adolescência, incluindo suas causas e como evitá-la. A gravidez na adolescência envolve riscos físicos e emocionais e requer cuidados especializados. Embora o número de adolescentes grávidas no Brasil esteja diminuindo, continua alto, e a sociedade deve fazer mais para educar os jovens e prevenir gravidezes nessa idade.
Trata-se da relação entre aleitamento materno e sustentabilidade.Demonstra que a amamentação, além de ser o melhor alimento para o bebê até os dois anos ou mais, ainda ajuda na sustentabilidade do Planeta por evitar o descarte de materiais desnecessários e não extrair elementos da natureza para o seu consumo. O leite materno é natural e livre de qualquer elemento processado.
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De MedidaBiblioteca Virtual
1) O estudo tem como objetivo construir e validar uma escala de motivação para amamentação e analisar como variáveis como idade, paridade e local de residência influenciam a motivação para amamentação.
2) Os resultados revelaram a existência de 3 fatores principais que explicam 40,5% da variância total: dimensão cognitiva, dimensão fisiológica e dimensão psicossocial.
3) Verificou-se que a motivação para amamentar é maior em mulheres mais velhas, que já tem filhos e que vivem em
1) O documento discute a epidemia da obesidade infantil no Brasil e no mundo, os perigos dessa condição para a saúde das crianças, e formas de preveni-la, incluindo uma dieta balanceada e atividade física.
2) É fornecido um guia de 10 passos para uma alimentação saudável para crianças até 2 anos de idade, desenvolvido pelo Ministério da Saúde.
3) A obesidade infantil é definida usando o Índice de Massa Corporal comparado a cur
1. O documento discute a gravidez na adolescência e seus possíveis fatores de risco para baixo peso ao nascer.
2. A autora analisa a adolescência, a gravidez e como a gravidez na adolescência pode afetar tanto a mãe quanto o recém-nascido.
3. Fatores de risco discutidos incluem falta de assistência pré-natal adequada, tabagismo, uso de drogas, nutrição inadequada e estresse emocional.
O documento discute os benefícios da amamentação natural para a saúde da mãe e do bebê. A amamentação promove o desenvolvimento adequado do sistema estomatognático da criança, reduz infecções e alergias, e está associada a melhores resultados cognitivos e de saúde a longo prazo. Para a mãe, a amamentação traz benefícios psicológicos e físicos. O documento defende políticas públicas que priorizem a amamentação.
Gravidez na adolencia falta de informaçãoThais Estrela
1) O artigo discute as causas da gravidez na adolescência, apesar da grande quantidade de informações disponíveis.
2) Historicamente, a gravidez na adolescência sempre ocorreu, mas mudanças sociais no século XX, como o trabalho feminino e a pílula anticoncepcional, levaram a maior liberdade sexual entre jovens.
3) No entanto, fatores como a imaturidade psicoemocional dos adolescentes, o pensamento mágico, a falta de uso correto de contraceptivos e a visão cultural da mulher como única respons
Semelhante a Adolescência & Aleitamento Materno - doc científico da SBP (18)
Tem dúvidas de como cuidar da alimentação de crianças pequenas em situações de calamidade e adversidades?
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, por meio da Política de Saúde da Criança e da Divisão de Primeira Infância / Primeira Infância Melhor (PIM) produziram uma série de cards para tirar dúvidas da população e das equipes que estão atuando na linha de frente.
O material aborda a importância do leite materno, da amamentação exclusiva e da oferta segura de alimentos para crianças pequenas. Alerta sobre os perigos da amamentação cruzada e da insegurança e falta de higiene no preparo de mamadeiras sem uma fonte de água não contaminada.
Parabenizamos a Nutricionista Annelise Barreto Krause da Prefeitura de Porto Alegre por sua atuação oportuna e competente no desastre ambiental do estado e a equipe do PIM/RS.
Todo o nosso apoio.
Divulgaremos essa publicação no V Seminário anual online preparatório para a Semana Mundial de Aleitamento de 2024 em www.agostodourado.com
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para garantir sua segurança e prosperidade a longo prazo. A Comissão Europeia propôs novas iniciativas para fortalecer a resiliência econômica e geopolítica do bloco.
Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Adolescência & Aleitamento Materno - doc científico da SBP
1. 1
Departamento Científico de Adolescência (2019-2021) e
Departamento Científico de Aleitamento Materno (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
A Adolescência e o
Aleitamento Materno
Documento Científico
Departamento Científico de Adolescência
(2019-2021) e Departamento Científico
de Aleitamento Materno (2019-2021)
Nº 15, Março de 2020
Este tema é de fundamental importância na
formação do saber do pediatra. De um lado, há o
incentivo ao aleitamento materno e seus bene-
fícios, de outro, existe a necessidade que esses
profissionais incorporem ao seu papel de educa-
dor orientações acerca do exercício da sexuali-
dade de forma responsável, enfatizando ainda a
importância da prevenção da gravidez em idades
precoces ou infecções sexualmente transmissí-
veis (ISTs).
A gravidez na adolescência tem sido objeto
de debate, de investigação e desenvolvimento
de políticas públicas no Brasil, em razão de seus
altos índices. De acordo com relatório publica-
do em 2018 pela Organização Pan-Americana
da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/
OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF) e Fundo de População das Nações Uni-
das (UNFPA), a taxa mundial de gravidez adoles-
cente é estimada em 46 nascimentos para cada
mil adolescentes e jovens mulheres entre 15 e
19 anos. No Brasil, um em cada cinco bebês nas-
ce de uma mãe com idade entre 10 e 19 anos, o
número chega a 65 nascidos filhos por mil mu-
lheres dessa faixa etária (18%)1
.
Departamento Científico de Adolescência
Presidente: Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo
Secretária: Tamara Beres Lederer Goldberg
Conselho Científico: Darci Vieira da Silva Bonetto, Elizabeth Cordeiro Fernandes,
Gianny Cesconetto, Halley Ferraro Oliveira, Lígia de Fátima Nóbrega Reato,
Maria Inês Ribeiro Costa Jonas
Departamento Científico de Aleitamento Materno
Presidente: Luciano Borges Santiago
Secretária: Rossiclei de Souza Pinheiro
Conselho Científico: Ana Luiza Velloso Da Paz Matos, Elsa Regina Justo Giugliani,
Graciete Oliveira Vieira, Maria Beatriz Reinert do Nascimento,
Maria da Conceição Monteiro Salomão, Roberto Mario Silveira Issler,
Vilneide Maria Santos Braga D. Serva, Yechiel Moisés Chencinski
Colaboradoras: Cecy Maria Lima Santos, Elaine Andréa Ramos Lima
2. A Adolescência e o Aleitamento Materno
2
tivo para o início da atividade sexual em idades
mais precoces sem, no entanto, prepará-los para
o exercício5
saudável e consciente, evitando ISTs
e à gravidez precoce com a correta anticoncep-
ção ou os tornando responsáveis para a materni-
dade e a paternidade.
O nascimento do bebê leva a jovem a expe-
rimentar a maternidade em fase prematura de
sua vida. As fases de transformações biológicas
e psíquicas que ainda se encontram em proces-
so de amadurecimento. Essa nova realidade (de
uma maternidade antecipada) representa para
algumas um grande evento planejado e deseja-
do e, para muitas outras, uma experiência dolo-
rosa e extremamente difícil6
.
Independentemente da idade, tornar-se mãe
resulta em novas adaptações, reajustes inter-
pessoais e intrapsíquicos. Adaptação à condição
materna implica desenvolver capacidades para
prestar cuidado ao filho frágil e dependente, que
para a adolescente, pode se tornar um processo
ainda mais complexo, quando não obtém de seu
meio relacional um suporte apropriado. Muitas
vezes, a condição de ser mãe determina insegu-
rança, ansiedade e medo, diante dessa nova re-
alidade. Essas mudanças podem comprometer a
prática da amamentação, levando essas jovens a
amamentarem seus filhos por um tempo inferior
ao preconizado pela OMS7
, além de, em muitas
das vezes, elas não compreenderem ou não se-
rem informadas do que esse ato representa para
o desenvolvimento do bebê que acabou de che-
gar e para ela mesma.
O ato de amamentar acaba exigindo um
maior esforço de adaptação, de empenho, que
devem ser gradativos, na medida em que vão se
alternando os papéis da condição de filha ado-
lescente, ainda um grande aprendizado para elas,
tornando-se agora uma mãe adolescente7
. Esses
ajustes à condição materna implicam no desen-
volvimento de capacidades para prestar cuidado
ao filho vulnerável e dependente que, para a jo-
vem mãe, pode se tornar um processo ainda mais
difícil, devido às mudanças inerentes ao período
da adolescência associadas à não obtenção de
um suporte apropriado em seu meio social7
.
As mães adolescentes trazem consigo situa-
ções conflitantes que eclodem nesse período e,
muitas vezes, não se sentem capazes psicologi-
camente, tampouco emocionalmente, para assu-
mir tal responsabilidade2
.
Os conhecimentos sobre mães adolescentes
em relação à amamentação são controversos e
escassos. Portanto, considerando a própria gra-
videz uma situação de vulnerabilidade pela con-
dição de ser adolescente, faz-se necessário um
trabalho consciente e particularizado dos profis-
sionais de saúde que lidam com esta população,
em função da promoção e do apoio à amamen-
tação e dos cuidados a serem dispensados ao
bebê.
Assim, justifica-se, o presente documento,
realizado em colaboração entre os Departamen-
tos Científicos de Adolescência e Aleitamento
Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, no
sentido de discutir o conhecimento sobre os di-
versos aspectos envolvidos na amamentação du-
rante a adolescência como subsídio para estraté-
gias que possibilitem aos pediatras, médicos de
adolescentes, da família e sua equipe desenvol-
verem uma atenção integral de qualidade volta-
da às adolescentes no período de amamentação.
Introdução
A adolescência é definida pela Organização
Mundial de Saúde (OMS)3
e corroborada pelo Mi-
nistério da Saúde4
como o período de vida do ser
humano que vai dos dez aos 20 anos incomple-
tos de idade. Corresponde a uma fase marcada
por intensas mudanças fisiológicas, psicológicas
e sociais. É nesta fase em que se inicia, para a
maioria das pessoas, a atividade sexual. Apesar
do grande progresso social, científico e cultural
das últimas décadas, o tema sexo/sexualidade
ainda é de difícil discussão entre os adolescentes
e seus pais, continuando a se apresentar como
tabu. Por outro lado, consequente ao progresso,
à exposição aos estímulos presentes no meio no
qual se desenvolvem - acrescido da diminuição
da idade da menarca3
– parece haver um incen-
3. 3
Departamento Científico de Adolescência (2019-2021) e
Departamento Científico de Aleitamento Materno (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
Apesar dessas dificuldades, estudos têm
apontado para uma capacidade subestimada da
adolescente no cuidado ao filho. Dentre essas
capacidades destaca-se a alimentação, o que in-
clui a amamentação. Sabe-se que o aleitamento
materno é um importante componente da ali-
mentação infantil adequada e que a alimenta-
ção, desde o nascimento e nos primeiros anos
de vida da criança, tem repercussões ao longo da
vida do indivíduo8-10
.
O leite materno (LM) é uma das principais fon-
tes nutricionais das crianças em fase de lactação,
desde o início da civilização, até os dias atuais.
É um alimento vivo, completo e natural que for-
nece a promoção e proteção à saúde da crian-
ça8-10
. O aleitamento materno exclusivo (AME) é
definido pela OMS, como alimentação da criança
por 6 meses, com leite materno, diretamente do
seio ou ordenhado, sem acréscimo de água, chá,
sucos, chupeta ou mamadeira, excetuando-se a
administração de sais de reidratação oral se ne-
cessários, gotas ou xaropes contendo vitaminas,
suplementos minerais ou medicações8
.
Apesar do conhecimento de todos esses be-
nefícios e dos esforços para o incentivo ao AME,
ainda se observa taxas elevadas de desmame
precoce em nosso país10
. Assim, o aleitamento
materno entre as jovens mães pode ser seria-
mente comprometido. É preciso evitar que a
condição de gravidez na adolescência resulte,
muitas vezes, em isolamento, que por sua vez,
se relaciona ao medo, imaturidade, ansiedade e
inexperiência e, por conseguinte, compromete o
aleitamento materno7
.
A maternidade na Adolescência
A maternidade na adolescência é um fenô-
meno de grande relevância social sobre a qual se
investigam as causas, os riscos, os benefícios e as
consequências à saúde da mãe e dos filhos11,12
.
Pode gerar sentimentos ambíguos nos fami-
liares desde o choque com a notícia, a decepção
pela não prevenção e a frustração pela interrup-
ção de planos e projetos de vida, até a aceitação
e a alegria pela chegada de um bebê. Além disso,
a gravidez provoca um nível significativo de mu-
danças familiares, que podem ser percebidas de
diferentes maneiras por seus membros13
.
Em geral, as famílias das gestantes e das
mães adolescentes acabam apoiando-as, porém
existem situações que se revelam por rejeição,
que podem ser decorrentes de fatores sociais e
culturais específicos. A reação negativa da famí-
lia em relação à gestação da adolescente, além
da idade precoce da primeira relação sexual,
possível abuso físico ou sexual, repetência esco-
lar associam-se com sofrimento psíquico inten-
so, além de redução na expectativa do desen-
volvimento potencial em relação ao futuro, para
essas mães adolescentes13
.
A gestante adolescente deve receber atenção
especial nos períodos pré-natal, natal e puerpe-
ral, no sentido de superar as dificuldades com
o apoio do parceiro, da família e da equipe de
saúde. Os profissionais de saúde desempenham
papel importante ao reconhecer os momentos
críticos em que suas intervenções são necessá-
rias para assegurar a saúde de ambos e da nova
composição e arranjos familiares13,14
. O pediatra
deve fazer parte de modo a fazer a consulta sis-
temática desde o pré-natal, informando e toiran-
do as dúvidas da jovem mãe.
As transformações após a maternidade re-
ferem-se a perdas do bem-estar e à privação
da vida social acrescida pelo aumento das res-
ponsabilidades com o cuidado do filho. Porém,
a maternidade na adolescência para adolescen-
tes de classes econômicas desfavorecidas pode
proporcionar ganhos oriundos da aquisição de
autoconfiança, da supressão do sentimento de
solidão, do abandono de condutas ilegais e cri-
minosas e da redução da violência intrafamiliar,
conferindo-lhes a percepção de plenitude e res-
ponsabilidade14
.
A expectativa em relação ao futuro tem um
papel importante para as mães adolescentes,
pois as motiva a buscar melhores condições para
suas vidas e a de seus filhos, com uma projeção
4. A Adolescência e o Aleitamento Materno
4
positiva e a possibilidade de criação de um pro-
jeto de vida7,13
.
No entanto, é preciso ter a compreensão das
possibilidades de cada mulher para o ato de ama-
mentar e a competência em apoiá-la e orientá-la
na superação de seus limites, além de sensibili-
dade para valorizar e compartilhar suas insegu-
ranças, medos, dúvidas e autoestima. É preciso,
ainda, considerar o aleitamento materno em to-
dos os seus aspectos como a construção de uma
rede que não separe os aspectos biológicos dos
sociais, culturais e históricos15
.
A experiência da amamentação para a ado-
lescente pode ser um evento importante de
crescimento pessoal e formação de vínculo afe-
tivo com o filho recém-nascido. O processo de
amamentação, ao contrário das dificuldades en-
contradas e vivenciadas quando da descoberta
da gestação, enquanto adolescente, durante a
gestação, no momento do parto e nascimento,
reaviva a importância da rede de apoio efetiva,
tanto no âmbito hospitalar quanto na comunida-
de e na família, principalmente na rede básica de
saúde, respeitando o seu pequeno corpo em for-
mação, mas também sua autonomia e dignidade.
O pediatra tem um papel preponderante como
protagonizador deste incentivo e apoio.
Além da importância dos aspectos preven-
tivos e cuidados da saúde sexual e reprodutiva
destas meninas mães15
, destaca-se que, em pu-
blicação apresentada pelo Programa de Saúde
do Adolescente da Secretaria de Saúde do Esta-
do de São Paulo (2011), em 28% dos acompa-
nhamentos de pré-natal, as gestações haviam
ocorrido três meses após o primeiro contato
sexual da adolescente e que, 40% dos atendi-
mentos resultavam de uma nova gestação que
ocorria em menos de 36 meses após a primeira18
.
Epidemiologia
É difícil encontrar na literatura publicações
com dados representativos e descritivos das ta-
xas de AME em mães adolescentes. Embora as
evidências sejam escassas, pode-se dizer que
as mães adolescentes amamentam com menor
frequência e por menos tempo quando em com-
paração com mães adultas. Faz-se necessária a
confirmação destas suposições através de estu-
dos nacionais.
No Brasil, o estudo transversal de Gusmão e
colaboradores (2013) destaca que a prevalência
de AME variou entre 47,8% no primeiro mês de
vida do bebê e 13,8% aos seis meses, diminuin-
do, em média, 24% a cada mês de vida. Além da
idade do bebê, as mães adolescentes com maior
escolaridade e que possuem filhos vivos de ges-
tações anteriores apresentam maior prevalência
de AME16
.
Já no estudo de Maranhão e colaboradores
(2015) 88,2% das adolescentes amamentaram
no primeiro mês de vida do filho, sendo que ape-
nas 38,2% amamentavam exclusivamente no
terceiro mês pós-parto. Adolescentes que estu-
davam apresentaram chances 14% maiores de
terem interrompido o aleitamento exclusivo três
meses após o parto, contudo o recebimento de
suporte para cuidados de si e da criança aumen-
tam em três vezes as chances de manter o aleita-
mento exclusivo7
.
Outras pesquisas, tanto regionais como na-
cionais, que avaliaram mães adolescentes e
adultas também observaram uma queda progres-
siva do AME nos seis primeiros meses de vida
do bebê. Porém, muitos autores referem que a
adolescência não está associada à interrupção
precoce do aleitamento materno sugerindo que
a maternidade na adolescência tem peculiarida-
des que a tornam um objeto especial e complexo
de estudo devido as interações observadas só
nessa faixa etária19
.
A composição do leite materno
é diferente entre mães
adolescentes e adultas?
Muito se questiona se as adolescentes estão
fisiologicamente preparadas para amamentar e
5. 5
Departamento Científico de Adolescência (2019-2021) e
Departamento Científico de Aleitamento Materno (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
se o aleitamento poderia acarretar efeitos dele-
térios para o crescimento e o desenvolvimento
da própria adolescente, e se o leite produzido
pelas mães adolescentes tem composição simi-
lar ao gerado pelas mães adultas17
.
Entretanto, a literatura científica destaca cui-
dado especial com a dieta ingerida pela mãe ado-
lescente, principalmente, se sua menarca ocor-
reu em período inferior a quatro anos em relação
à primeira gestação. Assim, sugerem incentivar a
melhoria de hábito alimentar como o consumo
de cálcio e ferro entre outros nutrientes, além
de aumentar o aporte nutricional e calórico, uma
vez que na situação apresentada ainda estariam
em fase de crescimento20
.
O colostro produzido pelas mães adolescen-
tes só difere nos níveis de IgA e IgM, resultantes
dos altos níveis de prolactina, estrogênio e pro-
gesterona, normais na adolescência17
.
Em relação ao volume de leite, os achados são
contraditórios talvez, pela capacidade fisiológica
das mães adolescentes em não produzir leite em
quantidade suficiente, em função de fatores bio-
lógicos, como maturidade de desenvolvimento e
crescimento relacionados à gravidez17
.
A relação direta entre a idade materna e a
quantidade do leite produzido sugere que o pro-
cesso de maturação da adolescente poderia ter
impacto significativo na sua habilidade de ama-
mentar adequadamente, e que esse mesmo pro-
cesso vincularia ao maior índice de desmame e
introdução precoce de substitutos do leite ma-
terno por mães adolescentes, quando em com-
paração com mães adultas17
.
Qual é o conhecimento
sobre amamentação
pelas adolescentes?
As mães que amamentam na adolescên-
cia adquirem a prática da amamentação com a
orientação de algum familiar, no pré-natal ou
pelos meios de comunicação.
Portanto, uma estratégia de educação em
saúde que pode somar conhecimentos às ado-
lescentes, deve ser de grupos de gestantes, re-
alizados nas unidades de saúde, durante o pré-
-natal e ser significativa para seus participantes,
constituindo-se em um recurso para proporcio-
nar trocas de conhecimento entre mulheres que
estão vivenciando um momento especial em
suas vidas12
. Além disso a consulta pré-natal com
o pediatra é fundamental para responder as du-
vidas e orientar uma serie de aspectos.
Os meios de comunicação, como a internet
e/ou mundo digital facilitam o acesso às infor-
mações de acordo com os questionamentos
pessoais. Somado a isso, a televisão incentiva o
aleitamento materno quando apresenta perso-
nalidades famosas amamentando, para que des-
perte a valorização inconsciente da mulher e da
sociedade para esta prática12
. No entanto há que
também se estar atento para as informações in-
corretas.
As adolescentes mães, também, requerem
que lhes apresentem modelos práticos de como
devem conduzir-se no processo da amamenta-
ção, pois, na maioria das vezes, têm como pri-
meira referência o meio familiar. Elas se sentem
amparadas quando são aconselhadas por pesso-
as de seu ambiente, que já vivenciaram a expe-
riência de amamentar. Portanto, são influências
positivas informações que favoreçam o aleita-
mento dos seus filhos, levando em consideração
as experiências vividas por outras mulheres12
.
Quais são os sentimentos
da adolescente relacionados
à prática da amamentação
A adolescente sente a amamentação como
um momento dela e do bebê, descrevendo esta
prática como um espaço de troca de afeto. Além
desta troca entre mãe e filho, também o vínculo
se intensifica, como sendo um fator que é favo-
recido pela prática da amamentação. Neste sen-
tido, amamentar, para ela, significa mais do que
apenas nutrir a criança, mas um processo que
6. A Adolescência e o Aleitamento Materno
6
dá oportunidade profundo envolvimento entre
mãe e filho, além de repercutir no estado nutri-
cional do bebê, trazendo inúmeros benefícios
para ambos12
.
Observa-se, também, o sentimento de res-
ponsabilidade imbricado no ato de amamentar,
em que a mulher, mesmo na sua vivência ado-
lescente, acredita que a nutrição do seu filho de-
pende dela e é fundamental para a saúde deste,
e, integrado a sua história de vida e ao sentido
que atribui à prática do aleitamento12
.
No que se refere ao apoio durante a amamen-
tação, é importante o incentivo por parte das
pessoas como o companheiro, a mãe e a sogra,
para dar continuidade à amamentação. O apoio
do companheiro é fundamental e o mais impor-
tante, no entanto muitas vezes ele também não
está preparado. Somado a isso, o aleitamento
materno oferece ainda benefícios para os pais e
para a família, de modo a haver o fortalecimen-
to dos laços afetivos entre todos os envolvidos,
além da mãe e do bebê e, o prolongamento da
amamentação. A participação da família durante
o aleitamento materno pode encorajar a adoles-
cente a amamentar e evitar o desmame precoce.
Portanto, receber auxílio da família durante os
cuidados de si e de seu filho é reconhecida, pelas
mães adolescentes, como fator de proteção para
amamentar12
.
As adaptações e as transformações
corporais ao amamentar
O ato de amamentar na adolescência não
tem diferenças quando comparado com outras
faixas etárias. As adolescentes se adaptam con-
forme suas rotinas e se sentem felizes por estar
conseguindo amamentar, sendo essa possibili-
dade importante de acordo com suas escolhas e
responsabilidades12
. Porém, estudos destacam a
dificuldade das adolescentes, que amamentam,
retornarem aos estudos, sendo referida a volta
aos bancos escolares o fator determinante para
interromper a amamentação, devido à dificulda-
de em conciliar esse cuidado com a escola12
.
Considera-se, então que, para uma puérpera
adolescente amamentar com sucesso, não bas-
ta que ela opte pelo aleitamento materno. Ela
deve estar inserida em um ambiente que esti-
mule e possibilite apoio e cooperação para levar
adiante sua opção. Assim, a amamentação não é
uma prática meramente instintiva, mas, sim, um
contexto sociocultural que influencia os deter-
minantes biológicos e psíquicos envolvidos no
aleitamento12
.
A relação entre a amamentação e as mu-
danças no corpo na adolescência se sobrepõe
às mudanças decorrentes desta fase e são
percebidas com sentimentos diversos e ambi-
valentes. A imagem que a mulher tem do seu
corpo, independentemente de sua idade, pode
interferir na prática do aleitamento materno,
contribuindo para o sucesso ou o insucesso
da lactação12
. Portanto, é importante criar al-
ternativas de diálogos, oficinas, dinâmicas de
grupos e de ações educativas, envolvendo a
equipe multiprofissional que assiste as mulhe-
res adolescentes grávidas e amamentando, a
fim de apoiá-las. A aceitação e a valorização
das mudanças corporais por parte das mulhe-
res adolescentes auxiliam a superar inseguran-
ças e percepções negativas em relação ao seu
corpo neste período12
.
Quais são os fatores que
influenciam as adolescentes
na decisão de amamentar?
A introdução precoce de outros alimen-
tos, também ocorre devido a intercorrências no
processo de amamentação. Como problemas na
amamentação, após a alta hospitalar, destaca-se,
predominantemente, traumas mamilares, inse-
gurança da mãe adolescente em prover uma ali-
mentação adequada ao bebê e o uso precoce de
chupeta11,21
.
Mitos e crenças (tais como, “leite fraco”, “o
leite materno não mata a sede do bebê”, dentre
outros) geram sentimento de culpa e ansiedade
na nutriz, dificultando a amamentação13
.
7. 7
Departamento Científico de Adolescência (2019-2021) e
Departamento Científico de Aleitamento Materno (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
A associação significativa entre escolaridade
materna e duração de aleitamento materno reve-
la que mães com menor escolaridade tendem a
introduzir outros alimentos mais precocemente.
E, ter tido filhos vivos de gestações anteriores,
aumenta a prevalência de amamentação exclu-
siva nos primeiros seis meses de vida do bebê11
.
A intervenção pela equipe de saúde compos-
ta por várias sessões de aconselhamento sobre
amamentação e incluindo a recomendação de
evitar o uso de chupeta, destinada a mães ado-
lescentes e avós maternas, e realizada durante os
primeiros meses de vida dos bebês, demonstra
ser útil na redução do uso de chupeta nos primei-
ros seis meses de vida e no atraso da introdução
até o primeiro mês e no prolongamento do AME21
.
As mães adolescentes são sensíveis a mu-
danças comportamentais que visam promover a
saúde de seus filhos crianças, quando alvo de in-
tervenções21
. Para entender como as adolescen-
tes constroem a decisão de amamentar, devemos
primeiro olhá-las como adolescentes e, na sequ-
ência, como mães17
.
Resumindo, pode-se destacar dois tipos de
fatores que influenciam as mães adolescentes
para o ato de amamentar17
.
I. Fatores sociodemográficos e culturais:
Idade materna: adolescentes mais velhas
(maiores de 16 anos) escolhem amamentar os
seus filhos com maior frequência do que as mais
novas (menores de 16 anos). Os processos de
desenvolvimento e amadurecimento podem ser
determinantes quanto à decisão de amamentar
entre as adolescentes;
Exposição prévia a modelos de aleitamen-
to materno: tanto nas mães adultas quanto nas
adolescentes não-gestantes, a exposição prévia
a modelos de amamentação e o fato de terem
sido amamentadas influenciam favoravelmente
na decisão de amamentar;
Rede social e da equipe de saúde de apoio:
a mãe da própria adolescente e o parceiro, o pai
da criança, são as figuras que mais influenciam a
decisão de amamentar, e atitudes de aprovação
e apoio por parte deles estão associados com o
início da amamentação em mães adolescentes.
Além da primeira visita do agente comunitário à
casa da adolescente e o acolhimento pela equi-
pe da unidade básica de saúde;
Grau de escolaridade da mãe: mães ado-
lescentes com maior grau de escolaridade tem
maior conhecimento sobre os benefícios do alei-
tamento materno para o bebê, para a mãe e mi-
tos e preconceitos com relação ao aleitamento17
.
II. Fatores comportamentais e atitudes que
influenciam a decisão de amamentar:
a) As atitudes positivas para iniciar a ama-
mentação são:
– Benefícios do aleitamento materno para
a saúde do bebê: o leite materno é me-
lhor e mais adequado do que as fórmu-
las lácteas;
– Favorece o vínculo mãe/filho;
– É mais conveniente, sendo o processo
mais fácil de se iniciar e menos compli-
cado do que preparar e oferecer mama-
deiras;
– É mais econômico;
– Benefícios da amamentação para a saúde
da mãe: dorme mais, faz com que se sin-
ta importante, retorna mais rapidamente
ao seu peso anterior à gestação, evita o
câncer de mama e é mais natural17
.
b) As atitudes negativas ou razões para in-
troduzir a mamadeira são:
Experiências negativas, o desconheci-
mento ou ainda a falta de apoio são alguns
dos fatores que podem contribuir para
que a amamentação não tenha continui-
dade, além da falta do domínio do tema
pelos profissionais de saúde, que deve-
riam incentivar a prática do aleitamento12
.
Assim, muitas delas expressam17
:
– A amamentação é inconveniente quando
é a forma exclusiva de alimentar a criança
pois, elas temem perder a liberdade, de-
vem fazê-lo sozinha, é embaraçosa;
8. A Adolescência e o Aleitamento Materno
8
– Mudanças na imagem corporal: acreditam
que os seios se deformam e não se perde
peso com facilidade;
– Não gostam de amamentar;
– Amamentar não está na moda;
– Tem medo de sentir dor;
– O bebê engorda mais quando alimentado
com fórmula.
– Necessidade de retorno à escola ou ao tra-
balho sem terem acesso facilitado a equipa-
mentos sociais (creches, escolinhas, etc..);
– Restrições em algumas atividades: não se
pode fumar não se pode beber, não se pode
ir à baladas, não se pode tomar anticoncep-
cional;
– Falta de conhecimento em relação à ama-
mentação: fisiologia da lactação e técnicas
de aleitamento materno;
– Violência doméstica17
.
Quais são as recomendações aos
pediatras e profissionais de saúde?
A importância e o significado dos profissio-
nais de saúde, da puericultura e serviços de saúde
exercem influência na prática e ou escolhas das
pessoas, contribuindo, inclusive, com a nutrição do
bebê e cuidados das adolescentes de forma inte-
gral (como a saúde sexual e reprodutiva, cidadania,
autoestima) e relacionados com a amamentação17
.
Portanto, recomenda-se:
– Inserir no cotidiano dos profissionais, proces-
sos educativos grupais e interdisciplinares;
– Oferecer suporte para as adolescentes e
seus companheiros desenvolverem habili-
dades para a vida, tais como negociação, co-
municação, resolução de conflitos e tomada
de decisões;
– Realizar pré-natal, parto e pós-parto enfo-
cado na menina mãe com todo seu processo
de crescimento e desenvolvimento carate-
rístico desta fase;
– Garantir a captação precoce da adolescen-
te gestante ao pré-natal, incentivando pelo
menos seis consultas, preferencialmente,
uma no primeiro trimestre, duas no segun-
do e três no terceiro
– Realizar a puericultura dos filhos de adoles-
centes de forma adequada e voltada tam-
bém para a Saúde Integral da mãe Adoles-
cente estimulando o vínculo mãe-bebê;
– Estimular o AME pela mãe adolescente,
companheiros e familiares;
– Estimular a presença dos familiares de
apoio e principalmente (dentro do possível)
o pai da criança na unidade de saúde;
– Envolver todos os profissionais de saúde da
unidade, além da escola para as orientações
adequadas quanto ao AME e a mãe adoles-
cente;
– Enfatizar o protagonismo do pediatra neste
processo
Fonte: foto
cedida Bozelli, F.
Como exemplo
de intervenção
durante a
puericultura do
lactente de mães
adolescents em
Mirassol- SP.
9. 9
Departamento Científico de Adolescência (2019-2021) e
Departamento Científico de Aleitamento Materno (2019-2021) • Sociedade Brasileira de Pediatria
Considerações finais
Por tratar-se de um período de intensa
transformação e inúmeros enfrentamentos, a
mãe adolescente precisa de apoio de seu com-
panheiro, de sua família, da comunidade e dos
serviços de saúde. Uma maneira de efetivar
tal apoio nestes serviços tem sido por meio de
orientações e incentivo nas atividades de cui-
dado como visitas domiciliares com agentes de
saúde, consultas de pré-natal, grupo de gestan-
tes e inclusão do companheiro e familiares no
período gravídico puerperal, parto humanizado
quando possível, alojamento conjunto, pueri-
cultura do bebê e orientações à adolescente e
família.
Torna-se enriquecedora a troca de experiên-
cias entre mulheres sobre a prática da amamen-
tação, visto que este espaço pode ser fornecido
pela equipe de saúde por meio do grupo de ges-
tantes e sobretudo pelo pediatra12
.
É, de grande importância também, que elas
estejam cientes dos benefícios do aleitamento
materno para a sua saúde, pois isso pode auxiliá-
-las a tomar consciência de seu corpo e suas pos-
sibilidades, atuando como um estímulo a persis-
tir com a amamentação12
.
No que refere a amamentar no período da
adolescência, percebe-se as inseguranças, pois
além da idade precoce, vivenciam um proces-
so novo e complexo em suas vidas, que é o de
amamentar seu filho. O apoio do parceiro e da
família para a organização e o planejamento das
atividades das adolescentes pode contribuir
para que ela amamente seu filho e siga com os
seus planos de futuro, inclusive, mantendo seus
estudos12
.
A amamentação contribui, ainda, com o or-
çamento positivo na família, pois não envolve
custos adicionais e ainda protege os bebês de
adoecerem, por ingerirem outros alimentos que
podem causar alergias, agravando a sua saúde e
consequente gastos desnecessários12
.
A prevalência de AME entre as adolescentes
é baixa e tende a diminuir durante os seis pri-
meiros meses de vida do bebê.
Numa tentativa de diminuir este desmame
precoce, faz se necessário a conscientização das
adolescentes sobre o Aleitamento Materno, des-
de a sua fisiologia até as vantagens que esse ato
pode trazer para a mãe, o bebê e a sociedade,
além de que essas adolescentes serão futuras
disseminadoras de informação.
Destacar, também, que a atenção especial
deve ser dada aos grupos de mães adolescentes
com baixa escolaridade e que não possuem ex-
periência anterior com amamentação, com pre-
sença necessária dos profissionais da saúde no
acompanhamento. Auxiliando com orientações
efetivas sobre a pega correta, posição adequa-
da, nutrição, ordenha, armazenamento do leite
materno em casa e a disponibilização de cre-
ches nas escolas, nas universidades, nos locais
de trabalho para que as alunas/trabalhadoras
com filhos lactentes tenham onde deixá-los para
amamentá-los quando necessário.
Enfatizar, ainda, que o momento ideal de ofe-
recer orientações às mães adolescentes é duran-
te o pré-natal, quando terão tempo adequado
para compreender as orientações fornecidas e
esclarecer dúvidas. A falta de conhecimento so-
bre as práticas se associam a desmame precoce22
.
Acredita-se que somente por estratégias e
práticas em saúde que contemplem as necessi-
dades, medos e dúvidas que estas mães, famílias
e companheiros apresentam, no tocante à ama-
mentação possam garantir o sucesso do aleita-
mento materno na adolescência.
Enfim, a amamentação na adolescência deve
ser visualizada como um duplo e complexo evento
(adolescência e mãe), exigindo um olhar e um cui-
dado especial, relacionado ao contexto e à singu-
laridade de quem as vive. E, não deve estar asso-
ciada a um fator de insucesso à amamentação ou
como um problema social, visto que muitas mu-
lheres adolescentes planejam e conseguem dar
continuidade ao aleitamento materno exclusivo
até os seis meses de vida da criança com apoio12
.
10. A Adolescência e o Aleitamento Materno
10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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11. 11
Diretoria
Triênio 2019/2021
PRESIDENTE:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
1º VICE-PRESIDENTE:
Clóvis Francisco Constantino (SP)
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DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
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COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Cláudio Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
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Rosana Alves (ES)
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EM PEDIATRIA
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COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
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COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Adelma Figueiredo (RR)
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GRUPOS DE TRABALHO
DROGAS E VIOLÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA
COORDENAÇÃO:
João Paulo Becker Lotufo (SP)
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Evelyn Eisenstein (RJ)
Alberto Araujo (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ)
Adelma Alves de Figueiredo (RR)
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Darci Vieira Silva Bonetto (PR)
Carlos Eduardo Reis da Silva (MG)
Paulo César Pinho Ribeiro (MG)
Milane Cristina De Araújo Miranda (MA)
Ana Marcia Guimarães Alves (GO)
Camila dos Santos Salomão (AP)
DOENÇAS RARAS
COORDENAÇÃO:
Salmo Raskin (PR)
MEMBROS:
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP)
Ana Maria Martins (SP)
Claudio Cordovil (RJ)
Lavinia Schuler Faccini (RS)
ATIVIDADE FÍSICA
COORDENAÇÃO:
Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
MEMBROS:
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
Patrícia Guedes de Souza (BA)
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA)
Alex Pinheiro Gordia (BA)
Isabel Guimarães (BA)
Jorge Mota (Portugal)
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE)
Dirceu Solé (SP)
METODOLOGIA CIENTÍFICA
COORDENAÇÃO:
Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
MEMBROS:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Leone (SP)
PEDIATRIA E HUMANIDADE
COORDENAÇÃO:
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Clóvis Francisco Constantino (SP)
João de Melo Régis Filho (PE)
Dilza Teresinha Ambros Ribeiro (AC)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Crésio de Araújo Dantas Alves (BA)
CRIANÇA, ADOLESCENTE E NATUREZA
COORDENAÇÃO:
Laís Fleury (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Dirceu Solé (SP)
Evelyn Eisenstein (RJ)
Daniel Becker (RJ)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ)
OFTALMOLOGIA PEDIÁTRICA:
COORDENAÇÃO:
Fábio Ejzenbaum (SP)
MEMBROS:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Dirceu Solé (SP)
Galton Carvalho Vasconcelos (MG)
Julia Dutra Rossetto (RJ)
Luisa Moreira Hopker (PR)
Rosa Maria Graziano (SP)
Celia Regina Nakanami (SP)
SAÚDE MENTAL
COORDENAÇÃO:
Roberto Santoro P. de Carvalho Almeida (RJ)
MEMBROS:
Daniele Wanderley (BA)
Vera Lucia Afonso Ferrari (SP)
Rossano Cabral Lima (RJ)
Gabriela Judith Crenzel (RJ)
Cecy Dunshee de Abranches (RJ)
Adriana Rocha Brito (RJ)
MUSEU DA PEDIATRIA
COORDENAÇÃO:
Edson Ferreira Liberal (RJ)
MEMBROS:
Mario Santoro Junior (SP)
José Hugo de Lins Pessoa (SP)
REDE DA PEDIATRIA
COORDENAÇÃO:
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Rubem Couto (MT)
MEMBROS:
SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA:
Teresa Cristina Maia dos Santos
SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA:
João Lourival de Souza Junior
SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA:
Rosenilda Rosete de Barros
SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA:
Elena Marta Amaral dos Santos
SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA:
Dolores Fernandez Fernandez
SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA:
Anamaria Cavalcante e Silva
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL:
Dennis Alexander Rabelo Burns
SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA:
Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto
SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA:
Marise Helena Cardoso Tófoli
SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
DO MARANHÃO: Marynea Silva do Vale
SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA:
Mohamed Kassen Omais
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO
DO SUL: Carmen Lucia de Almeida Santos
SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA:
Marisa Lages Ribeiro
SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA:
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA:
Leonardo Cabral Cavalcante
SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA:
Kerstin Taniguchi Abagge
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO:
Katia Galeão Brandt
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ:
Alberto de Almeida Burlamaqui do Rego Monteiro
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO: Katia Telles Nogueira
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DO NORTE: Katia Correia Lima
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE
DO SUL: Cristina Helena Targa Ferreira
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA:
José Roberto Vasques de Miranda
SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA:
Adelma Alves de Figueiredo
SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA:
Rosamaria Medeiros e Silva
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO:
Sulim Abramovici
SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA:
Glória Tereza Lima Barreto Lopes
SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA:
Elaine Carneiro Lobo
DIRETORIA DE PATRIMÔNIO
COORDENAÇÃO:
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA)
Cláudio Barsanti (SP)
Edson Ferreira Liberal (RJ)
Sergio Antônio Bastos Sarrubo (SP)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ)
ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
PRESIDENTE:
Mario Santoro Júnior (SP)
VICE-PRESIDENTE:
Luiz Eduardo Vaz Miranda (RJ)
SECRETÁRIO GERAL:
Jefferson Pedro Piva (RS)