- A teologia sistemática é uma prática teórica que fornece critérios para planejar e avaliar nossas ações através do discernimento. Ela está a serviço da espiritualidade cristã e da missão de Deus.
- Há três paradigmas históricos da teologia: habitual, científica e disciplinar. Nesta última, a teologia sistemática se tornou o principal eixo, enfatizando o diálogo com a filosofia e a elaboração de compêndios sistemáticos.
- O curso abord
1. Unida Teologia Sistemática I 1
Que é Teologia Sistemática?1
Prof. Júlio Paulo Tavares Zabatiero
1. Uma descrição da teologia sistemática?
1.1. Uma definição. Teologia Sistemática é uma prática teórica. Uma prática
teórica, ou seja, um tipo de ação que produz pensamento disciplinado e não objetos
palpáveis. Uma prática teórica, ou seja, um tipo de pensamento que nasce da prática e
que se concretiza na prática. Uma prática teórica tem muitas utilidades, a principal delas
sendo a de fornecer critérios para planejar e avaliar as nossas ações, a nossa prática.
Hoje em dia, critérios são um bem escasso, um tesouro, uma raridade. As pessoas e as
instituições agem movidas quase que por puro instinto – seja o de consumir, seja o de
lucrar. Pense um pouco na vida contemporânea. O tempo, literalmente, voa. Ao final de
um dia, não conseguimos fazer tudo o que precisávamos ter feito, mas fizemos tantas
coisas... A programação diária de um canal de televisão é repleta de programas e mais
repleta ainda de comerciais. As modas vêm e vão, e se você não for rápido o suficiente,
sempre estará fora de moda – e se não tiver dinheiro suficiente para consumir as roupas
da moda, também. Muito se faz, mas pouco se pensa. Fazemos muitas coisas sem pensar
– porque “sempre se fez assim”, porque “todo mundo está fazendo”, porque “é assim que
as coisas são”, etc.
A teologia é uma prática do pensamento disciplinado, que formula critérios. Na
Bíblia nós temos um nome para esse tipo de pensamento. Você sabe qual é? Se pensou
em discernimento (ou uma palavra semelhante), acertou. Em outro livro, assim defini o
discernimento: “Discernimento espiritual é uma ação crítica, do cristão iluminado pelo
Espírito Santo, que busca autenticidade (verdade) para vivenciar a vontade de Deus”.2 O
discernimento está intimamente ligado à reflexão teológica, ao pensar teológico – ambos
1 Adaptado do capítulo 1 de ZABATIERO, J. P. T. (org.). Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2006.
2 BARRO, Jorge. H. & ZABATIERO, Júlio P. T. Discernimento Espiritual. São Paulo: Abba Press, 1995.
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buscam a verdade do pensamento, ambos buscam a autenticidade na ação. Ambos
dependem da ação do Espírito Santo para que sejam eficazes e verdadeiros. Fazer
teologia sem a iluminação do Espírito Santo é negar a própria natureza da teologia como
a expressão humana do discernimento do Espírito, a resposta humana ao agir do
Espírito que nos capacita a pensar com a mente de Cristo.
1.2. Teologia e Espiritualidade. A teologia deve estar a serviço da espiritualidade
cristã. Ser uma pessoa espiritual é ser alguém que, cheia do Espírito Santo, vive de forma
semelhante à vida de Jesus Cristo, e glorifica ao Pai celestial. Ser espiritual hoje em dia
não é simples nem fácil (nunca foi). Em primeiro lugar, porque os desafios do mundo e
da carne estão cada vez mais sutis e intensos. Em segundo lugar, porque há tantas
propostas de espiritualidade circulando entre as igrejas, que não sabemos qual escolher.
Em terceiro lugar, porque o nosso tempo valoriza tão mais a emoção do que a reflexão,
que muitas vezes confundimos a espiritualidade com sentimentos de prazer e enlevo
religioso. Hoje, mais do que nunca, para sermos espirituais precisamos de discernimento
– precisamos de teologia. Discernimento para julgar entre as propostas que circulam
entre as igrejas. Discernimento para reconhecer as armadilhas da carne, do pecado, do
mundo e do diabo. Discernimento para separar o que é moda do momento daquilo que é
• Prática Teórica
• Discernimento
Teologia
• Reflexão Crítica
• Espiritualidade
Sistemática
• Serviço
• Missão
Cristã
3. Unida Teologia Sistemática I 3
permanente.
A teologia não será um substituto da espiritualidade, nem uma forma mais
elevada de conhecimento de Deus, mas uma prática teórica derivada da espiritualidade,
alimentada pela espiritualidade e legitimada pela espiritualidade fiel, solidária e
missionária. Ao mesmo tempo, desempenhará o papel de consciência crítica da
espiritualidade, pois, enquanto ainda pecadores, nossas experiências e sensações
correm o risco de distorcer, ou mesmo de substituir, a verdadeira comunhão com Deus,
na missão jesuânica, em que consiste a espiritualidade genuína. Como escreveu Paulo
aos romanos, por exemplo, nem mesmo orar nós, cristãos, sabemos direito, por isso o
Espírito intercede por nós com “gemidos inexprimíveis”. A teologia pode ser uma
expressão humana, certamente pálida, desses gemidos do Espírito. Mas, de qualquer
forma, ela deverá exercer a função crítica, ou seja, a função do discernimento (cf. Cl
1,9ss).
1.3. Teologia e Missão. A teologia está a serviço da missão que Deus confiou ao seu
povo. O povo de Deus possui uma natureza missionária. Fomos salvos por Deus, acima
de tudo, para a Sua glória. A maior e mais importante finalidade da salvação é glorificar a
Deus, e glorificamos a Deus fazendo a sua vontade, assim como Jesus glorificou o Pai
(João 17,4). Fazemos a vontade de Deus quando participamos da missão de Deus:
restaurar e renovar toda a Sua criação para a plenitude, para o pleno cumprimento do
propósito divino, para a vida eterna na presença de Deus. É claro que há outros
propósitos da salvação, mas estão todos subordinados ao propósito missionário. Por
isto, todos os capítulos deste livro apresentarão uma reflexão teológica centrada na
missão, assim como na espiritualidade. De fato, como já vimos, espiritualidade e missão
são irmãs gêmeas.
Espiritualidade sem missão é parcial, pode ser apenas uma bela religiosidade.
Missão sem espiritualidade também é parcial, pode ser apenas uma prática de boas-
obras que visam alcançar a salvação. A missão não é um meio para chegar a Cristo, mas o
caminho que expressa nossa recepção da graça de Deus em Cristo, e o poder do Espírito
Santo que nos é concedido nessa graça (cf. Atos 1,8). A missão é, de fato, a natureza do
povo de Deus, é a nossa resposta de fé e amor à própria missão de Deus, que, desde a
eternidade, enviou seu Filho para a salvação e a plenitude de toda a criação (cf. Ef 1,3-
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14). A serviço da missão, a teologia deve ajudar a responder as perguntas concretas que
o campo missionário apresenta à comunidade missionária. Campo missionário que é
toda a realidade humana marcada pelo pecado. Teologia a serviço da missão deve nos
ajudar a entender melhor o nosso tempo, de modo que possamos discernir quais são as
perguntas humanas pertinentes, e quais as respostas de Deus para essas perguntas. A
teologia terá, então, a função crítica de nos fazer discernir, na prática missionária, entre
o projeto de Deus e as estratégias mundanas – e como é fácil nos encantarmos com as
estratégias e abandonarmos o projeto divino!
2. A Teologia Sistemática e o Campo Disciplinar da Teologia
Adaptando as considerações desenvolvidas por E. Farley e James Fowler, pode-
se dizer que a história da teologia cristã conheceu três grandes paradigmas, a saber:
(a) o paradigma da teologia habitual – dominante desde as origens das Igrejas
Cristãs até o início da Idade Média, no qual a teologia era um habitus de vida
e estudo, concebida como conhecimento de Deus, construída por meio das
disciplinas da oração, estudo e participação litúrgica. Objetivava, então, a
formação de pessoas, lideranças e das comunidades eclesiais cristãs. Seus
principais sujeitos foram os Pais da Igreja, a hierarquia sacerdotal cristã e os
Concílios cristãos. A teologia se desenvolveu principalmente em diálogo
crítico com os ataques que a Igreja sofria, tanto internamente (pelas
“heresias”) quanto externamente, por religiões e filosofias concorrentes.
Nesse período, foram definidas as grandes linhas da teologia enquanto
atividade acadêmica, especialmente a sua vinculação com a reflexão
filosófica, seja mediante acordo metodológico, seja mediante a recusa das
premissas do saber filosófico;
(b) o paradigma da teologia científica – dominante durante a Idade Média até a
Contra-Reforma. Nesta era, a teologia constituía o arcabouço ordenador de
todo o conhecimento humano, bem como o das nascentes Universidades na
Europa. Neste período, a metodologia teológica seguiu, em grande medida, a
do paradigma anterior, com alterações mais significativas nas ênfases
metodológicas, nas relações com a Filosofia, e, principalmente, na função da
teologia, que ultrapassa as fronteiras eclesiais e assume um papel
determinante em todo o desenvolvimento do saber europeu – a teologia
sendo a rainha dos saberes de então. Nomes como os de Abelardo e Tomás
de Aquino figuram entre os principais protagonistas da teologia, colocando
em segunda plana as hierarquias eclesiais e Concílios, embora
5. Unida Teologia Sistemática I 5
subordinando-se aos mesmos;
(c) o paradigma da teologia disciplinar – nascendo com a Modernidade e
predominando até os dias atuais (ainda que sob os efeitos da crise de
transição destes últimos anos da Modernidade), este paradigma se
caracteriza por: subordinação da teologia aos imperativos do mundo
acadêmico, devido à perda de prestígio e poder das Igrejas no campo
universitário e do saber em geral. Essa subordinação foi transformando,
cada vez mais, a teologia em uma “ciência”, ou, melhor, em um sistema
disciplinar de conhecimento, dividido em áreas do saber teológico, ou em
disciplinas particulares que foram desenvolvendo lealdades e metodologias
diversas, conforme as ciências e os departamentos universitários com os
quais passou a se vincular. Os sujeitos da teologia foram se tornando cada
vez mais os teólogos profissionais, seja aqueles a serviço das Igrejas Cristãs,
seja aqueles mais diretamente vinculados às Universidades e desenvolvendo
lealdades às mesmas, mesmo que às expensas de sua lealdade eclesial. Nesse
tempo, a teologia enfrentou os grandes conflitos que o desenvolvimento da
racionalidade moderna apresentou às Igrejas e à adesão à fé cristã
individualmente. A teologia passa a se ver, cada vez mais, como ciência nos
meios universitários, e como reflexão doutrinária-dogmática nos meios
eclesiais. Conflitos foram gerados entre esses dois grandes ambientes do
fazer teológico, e cada vez mais a teologia passa a ser atividade de
profissionais, e ser encarada com desconfiança pelas membresias das
diversas denominações cristãs. (Baseado em FOWLER, J. Faith development
and pastoral care, Filadélfia: Fortress Press, 1988, cap. 1)
Na Modernidade, a teologia foi se organizando ao redor de quatro grandes eixos
Habitual Científica Disciplinar
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disciplinares: a Teologia Sistemática, a Teologia Histórica, a Teologia Bíblica e a Teologia
Prática – terminologia esta em grande medida cunhada por F. Schleiermacher (esta
terminologia reflete principalmente a prática teológica no meio protestante).
A Teologia Sistemática foi assumindo, neste paradigma, o papel de mais
importante eixo disciplinar da teologia. Desenvolvendo-se como uma reflexão
sistemática sobre as verdades da fé cristã, seu método privilegiou o diálogo com a
Filosofia e a elaboração de grandes compêndios sistemáticos, coerentemente
organizados e visando abranger todo o universo do saber teológico. A partir desse
diálogo privilegiado com a filosofia, várias correntes de Teologia vêem sendo elaboradas
até agora, sendo vários os conflitos entre esses sistemas; particularmente o conflito
entre os sistemas teológicos tipicamente acadêmicos e aqueles tipicamente eclesiais.
Tendo isto em mente, estudaremos, em várias disciplinas, alguns temas do
pensamento teológico que estão organizados a partir da tradição da Teologia
Sistemática – começando em Teologia Sistemática I com o conceito de Deus (o mais
importante de todos, e que está no começo de tudo), chegando até à discussão sobre a
Escatologia (que trata dos tempos do fim). Não tentamos montar um sistema completo
da teologia cristã – hoje em dia quase ninguém mais tenta fazer isto, porque os
conhecimentos são tão grandes e diversificados que ninguém mais é capaz de dominar
todas as áreas do saber humano. Também não tentamos montar um sistema definitivo.
Aliás, uma característica de toda boa teologia é que ela tem prazo de validade – não pode
durar para sempre! Ora, se a teologia é uma expressão do discernimento do Espírito,
sempre que há mudanças significativas na realidade humana, precisamos de novas
respostas para as novas perguntas que surgem.
Missão Discernimento Teologia
7. Unida Teologia Sistemática I 7
Outra razão porque um curso de Teologia Sistemática não pode ser completo nem
definitivo é que a teologia, quer gostemos ou não, é afetada pelas escolhas doutrinárias,
pelas definições doutrinárias confessionais ou denominacionais. Assim, tentamos
oferecer a vocês uma teologia sistemática que possa ser útil e válida para cristãos
evangélicos em geral, independentemente de sua denominação. Só esta intenção já é um
imenso desafio – formular uma teologia que não divida, mas mostre os pontos em
comum entre as diversas formas de organização dos conteúdos da fé cristã. Cabe a cada
um de vocês tornar estas reflexões contextualizadas em sua própria vida e tradição
eclesial.
3. Fontes e métodos da Teologia Sistemática
A fonte mais importante da Teologia Sistemática (e de toda teologia) é a Palavra
de Deus, conforme testemunhada na Escritura (II Tm 3:15-17). A Escritura, porém, é
composta de textos das mais diversas formas (poesias, histórias, narrativas, provérbios,
cânticos, cartas, apocalipses, profecias) e não há, em nenhum livro da Bíblia, um sistema
teológico propriamente dito. Portanto, a Teologia Sistemática, em seu uso da Escritura
como fonte, precisa dialogar com a Teologia Bíblica, que faz o primeiro trabalho de
organizar teologicamente os conteúdos diversos da Bíblia. Nada impede, é claro, que um
teólogo sistemático use diretamente a Bíblia em seu trabalho, porém, como o volume de
conhecimentos especializados sobre a Bíblia é tão grande hoje em dia, é melhor
aproveitar a rica bibliografia de exegese (interpretação) e teologia bíblica.
As demais fontes da Teologia Sistemática ocupam um lugar subordinado em
relação à Palavra de Deus, e são: a tradição eclesiástica (configurada nos Credos,
Catecismos, Símbolos Doutrinários em geral e Confissões de Fé), a história do
pensamento teológico, a experiência concreta do teólogo e da sua comunidade de fé, e os
conhecimentos científicos – dos mais variados tipos – que possam ajudar a entender a
realidade humana e natural, e contribuir, assim, para o aperfeiçoamento do saber
teológico. Em algumas denominações cristãs, a tradição eclesiástica chega a ter um valor
de verdade idêntico, ou quase idêntico, ao da Palavra de Deus – como é o caso do
Catolicismo Romano e de outras denominações mais tradicionais. Em muitos casos,
8. Unida Teologia Sistemática I 8
especialmente nos tempos mais recentes, a experiência de fé do teólogo e de sua
comunidade, tem ocupado espaço cada vez maior e chega, também, a rivalizar com a
Palavra de Deus em importância e valor de verdade. Em alguns sistemas teológicos, os
conhecimentos científicos e filosóficos é que ocupam lugar de primazia em relação à
Palavra de Deus; enquanto em outros, é a própria história da teologia que se torna a
fonte mais importante.
Podemos explicar a diversidade de sistemas teológicos a partir da maneira como
usam suas fontes. É comum, por exemplo, chamar de liberais os sistemas teológicos que
priorizam os conhecimentos científicos e filosóficos, e os usam para interpretar e
explicar a Bíblia e os conceitos teológicos. Costuma-se chamar de conservadores (ou,
também, de ortodoxos) os sistemas teológicos que dão bastante valor à tradição
eclesiástica, e entendem que o papel da Teologia Sistemática é aprofundar o sentido e
dar legitimidade acadêmica ao corpo doutrinal de uma denominação. São chamados de
progressistas os sistemas teológicos que dão mais valor ao papel prático da teologia, e
destacam a fé da comunidade, em ação, como fonte importante da reflexão teológica. Em
cada um desses tipos de teologia, há uma rica variedade de tendências, correntes, de
distintas maneiras de formular os sistemas teológicos. Por exemplo, variações do
Escritura
Filosofia
Ciências
Experiência
Tradição
9. Unida Teologia Sistemática I 9
conservadorismo são: fundamentalismo, neo-ortodoxia, evangelicalismo,
tradicionalismo, etc. Variações do liberalismo são: modernismo, neo-liberalismo, teologia
da morte de Deus, teologias do processo, etc.; e diferentes tipos de teologias
progressistas são: teologia política, teologia pública, teologias da libertação, teologias
feministas, teologia da missão integral, etc. Embora este tipo de classificação de sistemas
teológicos seja comumente praticado, é importante destacar que formatos mistos são os
mais freqüentes, o que nos motiva a não considerar a classificação como algo rígido e
definitivo.
Assim como há diversas maneiras de entender e articular as fontes da Teologia,
também são diversos os métodos utilizados para elaborar os sistemas teológicos. A
diversidade de métodos deriva da diversidade do arranjo e da hierarquia das fontes da
Teologia, por um lado, e dos objetivos do sistema teológico, por outro. As teologias
conservadoras normalmente se utilizam de métodos dedutivos, apologéticos e descritivos
– os conceitos teológicos são entendidos como conseqüências lógicas (deduções), ou de
textos bíblicos, ou de artigos de fé da tradição, ou de um arranjo entre essas fontes, e são
apresentados de forma descritiva, e há a presença de questionamento e reação crítica
contra os conceitos classificados como não-verdadeiros. As teologias liberais tendem a
usar métodos dedutivos e problematizadores, sendo que os conceitos são vistos como
conseqüências lógicas de princípios e fundamentos racionais, usados para avaliar e
traduzir a linguagem religiosa em linguagem filosófica, ou científica, e são apresentados
de forma problematizada – como respostas a problemas da racionalidade religiosa. As
teologias progressistas tendem a usar métodos mais diversificados, que incluem tanto
formas dedutivas como indutivas de construção de conceitos teológicos, modos
descritivos e problematizadores de apresentação do sistema teológico, e diferentes
formas de apologética (defesa) de conceitos e valores teológicos diante de conceitos e
valores concorrentes, originários de outras formas de explicação da realidade – filosofia,
ciências humanas em particular, ciências em geral.