O documento discute temas como gravidez precoce, aborto, diferenças sociais e culturais. Aborda os riscos da gravidez precoce, tipos de aborto, legislação sobre aborto em diferentes países e opiniões a favor e contra o aborto. Inclui depoimentos sobre como pais e mães adolescentes enfrentam uma gravidez indesejada.
2. O paradidático
O passeio pelo Labirinto de Quatro Dias põe o leitor em contato com
temas como - diferenças sociais, regionais e culturais, relacionamento
familiar, política, filosofia e religião, pois conta a história de duas
amigas de classes sociais diferentes que ficam grávidas aos
dezesseis anos de idade. Durante esses quatro dias, elas passam por
experiências que nunca passaram antes. Anahi e Jamile recebem a
ajuda da grande amiga Savana, e de sua mãe, Serena. Durante esse
período, as duas adolescentes grávidas pensam em fazer um aborto.
Jamile compra alguns anticoncepcionais e acaba tendo uma gravidez
tubária. Anahi com medo de cometer o mesmo erro, é surpreendida
pelos seus hormônios e toda sua família acaba descobrindo da sua
gravidez. Por sorte, Anahi consegui ter a seu bebê, e dá o nome de
Vittoria Angelina; Anahi consegui retomar a sua vida, namorando
com Ranulfo, retomando suas aulas de músicas e vivendo em
harmonia com a família e os amigos.
3. I SEMINARIO
A gravidezprecoce
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a gravidez é
considerada precoce quando a menina engravida entre os 10
e os 19 anos. A gravidez precoce geralmente se deve à
cultura e à dificuldade de acesso a métodos contraceptivos,
podendo causar consequências desagradáveis tanto para a
saúde da gestante como do bebê.
Principais motivos:
1. Primeira menstruação muito cedo;
2. Desinformação sobre gravidez e métodos
contraceptivos ou o não uso das informações.
3. Baixo nível financeiro e social;
4. Famílias com outros casos de gravidez
precoce;
5. Conflitos e mau ambiente familiar.
4. As
relações
familiare
s
É em torno da família que a vida, inicialmente, se estrutura,
sendo o primeiro espaço de relações sociais o qual o
indivíduo tem contato. A família é o lugar onde a história
do indivíduo começa a ser escrita. Os conflitos que ocorrem
no seio familiar possuem características singulares e,
portanto, necessitam de cuidado especial para serem
solucionados. Nesse sentido, é preciso um novo modo de
pensar os conflitos, as partes envolvidas e o método de
resolução, uma vez que por trás do litígio existe uma
relação de muita intimidade e ligação entre os envolvidos.
A mediação familiar promovedora do diálogo, ponte
comunicativa entre os protagonistas da relação, encaixa-se
perfeitamente nessa proposta, como um instrumento de
pacificação social.
5. Aborto
O que é?
Aborto é a interrupção precoce da gravidez, espontânea ou provocada, com a
remoção ou expulsão de um embrião (antes de oito ou nove semanas de
gestação) ou feto (depois de oito ou nove semanas de gestação), resultando na
morte do concepto ou sendo causada por ela. Isso faz cessar toda atividade
biológica própria da gestação.
Quais são os riscos?
Os riscos do abortamento para a saúde dependem das condições em que o
procedimento seja realizado. Os abortos legais, realizados em ambientes
adequados e por profissionais experientes, são procedimentos seguros. Quando
realizados sem a necessária assepsia, por pessoas sem treinamento e por meio
de equipamentos perigosos, quase sempre levam a sérias complicações e à
morte.
6. Aborto espontâneo
O que é?
Os abortamentos espontâneos são muito mais frequentes do
que se imagina, porque existem aqueles que são silenciosos
e contrariam o conceito geral de que ocorrem depois de dois
ou três meses de gravidez, quando a mulher tem um
sangramento importante.
O aborto espontâneo é a expulsão involuntária, casual e não
intencional de um embrião ou feto antes de 20 a 22 semanas
de gestação. A idade avançada da gestante e a história de
abortos espontâneos anteriores são os dois maiores fatores
de risco de abortamento.
7. Abortoinduzido
O que é?
O aborto induzido, também denominado aborto provocado, é o aborto causado
deliberadamente por razões médicas admitidas pela lei ou clandestinamente por
pessoas leigas, o que constitui crime. Pode acontecer pela ingestão de medicamentos
ou por meio de métodos mecânicos. Quando o aborto é realizado devido a uma
avaliação médica é dito aborto terapêutico. O aborto provocado por qualquer outra
motivação é dito aborto eletivo.
A questão emocional
A cura emocional pode levar muito mais tempo do que a cura física. O
aborto pode ser uma perda de cortar o coração que os outros ao redor que
você podem não entender completamente. Suas emoções podem variar de
raiva e culpa ao desespero. Dê-se tempo para lamentar a perda de sua
gravidez e procure a ajuda de seus entes queridos.
8. Como oaborto é feito?
O aborto pode ser feito por métodos cirúrgicos ou farmacológicos
(medicamentosos). Os abortamentos realizados por médicos, nas clínicas ou
hospitais, podem ser feitos por sucção (um aparelho de sucção é ligado ao
útero da gestante e é feita a sucção do conteúdo uterino), dilatação do colo
do útero e posterior extração mecânica do feto, curetagem (raspagem do
conteúdo uterino por um instrumento parecido com uma colher, chamado
cureta) e injeção salina (a injeção é feita dentro da bolsa amniótica).
O aborto dito cirúrgico consiste na remoção do conteúdo uterino
por aspiração e curetagem. Pode ser realizado com anestesia local
ou geral, segundo decisão médica. A hospitalização necessária é
breve, mesmo se a cirurgia for feita sob anestesia geral. A
intervenção deve ser feita no bloco operatório e dura apenas
alguns minutos.
9. O aborto no Brasil
No Brasil, o aborto é considerado como crime contra a vida humana pelo Código Penal
Brasileiro, em vigor desde 1984, prevendo detenção de um a três anos para a gestante que o
provocar ou consentir que outro o provoque , de um a quatro anos para quem provocá-lo em
gestantes com seu consentimento de três a dez anos para quem o provocar em gestantes sem
o seu consentimento. Porém, não é qualificado como crime quando praticado por médico
capacitado em três situações: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez,
quando a gravidez é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico.
O abortoem âmbito mundial
A legislação referente ao aborto é diferente de país para país. Na Europa, a lei varia em relação à
despenalização, assim como nas semanas de gestação em que a mulher pode interromper
voluntariamente a gravidez. Dos 27 Estados-membros da União Europeia, apenas cinco criminalizam
o aborto: Portugal, Polónia, Irlanda, Malta e Chipre. Veja os casos de alguns países europeus e
americanos.
10. A legislaçãodo aborto
A legislação sobre o aborto, dependendo do ordenamento jurídico vigente, considera o aborto uma conduta penalizada ou
despenalizada, atendendo a circunstâncias específicas.
As situações possíveis vão desde o aborto considerado como um crime contra a vida humana, ao apoio estatal à interrupção
voluntária da gravidez a pedido da grávida sob determinadas circunstâncias.
Legal
Ilegal
Ilegal, exceto em casos
de risco à vida da mãe
Ilegal e sem
exceções
Varia por
região
Ilegal, exceto em
casos de saúde física
ou mental.
Ilegal, exceto em estupro/violação.
11. PROBLEMÁTICA EM TORNO DO
ABORTOQuando o tema é aborto a única unanimidade existente é relativa ao tamanho polêmica que envolve esse tema. As
discussões sobre esse assunto já tomaram todos os caminhos possíveis, cabíveis e imagináveis.
Grande parte da problemática do aborto está relacionada a
integridade física da mulher. No Brasil, o aborto é legal quando a
gravidez é decorrente de estupro, quando há risco de morte para a
mãe ou se o feto é anencefálico — não possui cérebro. Embora esse
cenário pareça bastante equilibrado ele não é capaz de solucionar
todos os problemas e deixa muitas brechas. As mulheres abortam por
motivos previstos em lei e também por uma porção de outros
motivos; motivos que muitas vezes são “socialmente” aceitáveis e
muitas vezes não. Pela proibição e preconceito muitas mulheres
sofrem, são humilhadas e até morrem em mãos de pessoas
despreparadas, dentro clínicas sem estrutura alguma.
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Contra – Pró-vida
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1. Há outros meios para se salvar a vida da gestante. Os avanços da
medicina podem possibilitar a garantia de uma gestação próxima da
normalidade e salvar a vida de ambos.
2. Tirar a vida do feto fruto de violência sexual perpetrada contra a mãe
não repara o mal causado. O aborto seria um erro para corrigir outro.
3. O aborto prejudica o corpo da mulher, além dela correr risco de
MORRER, existe um aumento da probabilidade real da mulher após o
aborto.
4. Toda a mulher tem direito de fazer suas decisões, de escolher quando
ter filhos, de ter domínio sobre o próprio corpo! SIM! Metade dos
fetos abortados são do sexo feminino e tem o direito de fazer suas
decisões.
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A favor - Pró-escolha
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1. Um filho requer AMOR e carinho, uma criança que nasce de uma
gravidez indesejada pode vir a ser vítima de frustrações precoces.
2. Uma mulher não deveria gerar uma gravidez que não desejou, se
uma mulher tomou todos os cuidados e usou os metódos
contraceptivos, ao se ver vítima do destino, tendo uma gravidez
indesejada deveria poder interromper a gravidez.
3. A criminalização do aborto é mais um instrumento de opressão aos
direitos das mulheres.
4. A mulher tem direito de fazer O QUE QUISER com o próprio corpo,
tem o direito fazer suas próprias escolhas e viver como desejar, pois
viver sem poder escolher não é nada mais nada menos do que
transformar a vida numa prisão das circunstâncias.
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17. E o pai da
criança?
Sempre que se fala de gravidez na adolescência, o
assunto é sempre abordado sobre a perspectiva da jovem
mãe. O pai adolescente quase sempre acaba por ficar de
lado, contudo muitos deles desejam acompanhar o período
de gestação e cuidar do seu filho. O drama de uma
notícia dessas em pleno momento de muitas mudanças e
escolhas também faz parte do mundo masculino, pois boa
parte deles começa a tomar consciência de que o período
de “farras” e “copos”, festas com os amigos e a falta de
responsabilidade, está com os dias contados.
19. Diferenças sociais Diferenças
Financeiras
Diferenças Sociais Diferenças
CulturaisAs diferenças sociais existem desde que
existe a vida em sociedade. Sempre houveram
e sempre haverão homens que sobressaem da
maioria por méritos de trabalho, educação e
cultura e também por hábitos de conduta,
formando assim uma classe mais elevada e
atualmente chamada classe dominante.
Cultura é “aquele todo complexo que inclui o
conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a
lei, os costumes e todos os outros hábitos e
aptidões adquiridos pelo homem como
membro da sociedade” . Diferenças culturais
são essas diferenças de crença, artes, leis,
costumes.
20. O preconceito
Os países de primeiro mundo em sua grande maioria não
enxergam o aborto como um crime. Esse fato porém, não elimina
a ocorrência de abortos realizados através de meios “informais”. É
difícil contabilizar o real número real de abortos realizados.
Muitas mulheres, talvez por culpa ou medo do preconceito
existente na sociedade, se arriscam e optam por realizar este tipo
de procedimento de maneira informal.