Este artigo discute como a biblioteca escolar pode formar comunidades de leitores-autores através da web. Sugere que a biblioteca aproxime crianças e jovens da literatura usando tecnologias participativas, uma vez que são nativos digitais acostumados com a tecnologia. Recomenda formar uma comunidade híbrida de leitores e autores pela biblioteca digital e interação entre diferentes tipos de textos.
O documento discute como as novas tecnologias estão mudando a sociedade e as pessoas, mas a escola continua a mesma. Argumenta que a escola precisa aproveitar os recursos tecnológicos para tornar o ensino mais dinâmico e relevante para os alunos, preparando-os para viver na sociedade moderna.
O documento discute o papel da biblioteca escolar no século 21 e como as redes sociais podem ser usadas para divulgar seus serviços. A biblioteca precisa se adaptar ao contexto atual, onde os alunos estão sempre conectados, e usar ferramentas como Twitter, Facebook e Instagram para se conectar com os usuários e compartilhar informações relevantes.
1) O documento discute as práticas de literacia digital dos adolescentes e como as bibliotecas podem promover a leitura.
2) Estudos mostram que as práticas digitais dos adolescentes fora da escola demonstram competências avançadas, mas falta apoio na escola para desenvolver estas habilidades.
3) As bibliotecas escolares podem ajudar a integrar os interesses e hábitos digitais dos adolescentes no ensino para melhorar o sucesso educativo.
Este documento descreve um projeto de gestão educacional no CEU CEI Vila Curuçá em São Paulo que usa linguagens midiáticas como blogs, redes sociais e rádio para promover a aproximação entre alunos, educadores, famílias e a comunidade. O projeto visa formatar novas possibilidades de aprendizagem através da comunicação e convivência mediada por tecnologias. Ele é organizado em grupos de trabalho focados em rádio, blog, informática e vídeo/fotografia.
O documento discute as três gerações da educação a distância. A primeira geração utilizava material impresso, a segunda introduziu programas de rádio e TV, e a terceira geração se beneficiou das inovações da web 2.0 para permitir ambientes educacionais online interativos e assíncronos.
Tecnologia,sociedade e educacao na era digital cfrancisca
Este livro aborda as relações entre tecnologia, sociedade e educação em 10 capítulos escritos por pesquisadores de diferentes áreas. O livro discute tópicos como infoinclusão digital, cultura na era digital, corpo e tecnologia, políticas de inclusão, linguagem online e o uso de tecnologias na formação de professores e no ensino.
O documento descreve uma experiência em que um blog escolar foi utilizado para estreitar os laços entre a escola e a comunidade. O blog antecipava o planejamento semanal de projetos para os alunos e apresentava os conteúdos trabalhados, permitindo que os alunos chegassem às aulas mais preparados e compartilhassem suas aprendizagens com as famílias. No entanto, observou-se a necessidade de investir na alfabetização digital nas escolas para que o blog pudesse ser usado em todo o seu potencial.
O documento discute a importância de integrar as mídias na educação escolar em 3 níveis: organizacional, de conteúdo e comunicacional. Defende que a escola deve incorporar as linguagens audiovisuais utilizadas pelas mídias para motivar os alunos e complementar as técnicas convencionais de ensino.
O documento discute como as novas tecnologias estão mudando a sociedade e as pessoas, mas a escola continua a mesma. Argumenta que a escola precisa aproveitar os recursos tecnológicos para tornar o ensino mais dinâmico e relevante para os alunos, preparando-os para viver na sociedade moderna.
O documento discute o papel da biblioteca escolar no século 21 e como as redes sociais podem ser usadas para divulgar seus serviços. A biblioteca precisa se adaptar ao contexto atual, onde os alunos estão sempre conectados, e usar ferramentas como Twitter, Facebook e Instagram para se conectar com os usuários e compartilhar informações relevantes.
1) O documento discute as práticas de literacia digital dos adolescentes e como as bibliotecas podem promover a leitura.
2) Estudos mostram que as práticas digitais dos adolescentes fora da escola demonstram competências avançadas, mas falta apoio na escola para desenvolver estas habilidades.
3) As bibliotecas escolares podem ajudar a integrar os interesses e hábitos digitais dos adolescentes no ensino para melhorar o sucesso educativo.
Este documento descreve um projeto de gestão educacional no CEU CEI Vila Curuçá em São Paulo que usa linguagens midiáticas como blogs, redes sociais e rádio para promover a aproximação entre alunos, educadores, famílias e a comunidade. O projeto visa formatar novas possibilidades de aprendizagem através da comunicação e convivência mediada por tecnologias. Ele é organizado em grupos de trabalho focados em rádio, blog, informática e vídeo/fotografia.
O documento discute as três gerações da educação a distância. A primeira geração utilizava material impresso, a segunda introduziu programas de rádio e TV, e a terceira geração se beneficiou das inovações da web 2.0 para permitir ambientes educacionais online interativos e assíncronos.
Tecnologia,sociedade e educacao na era digital cfrancisca
Este livro aborda as relações entre tecnologia, sociedade e educação em 10 capítulos escritos por pesquisadores de diferentes áreas. O livro discute tópicos como infoinclusão digital, cultura na era digital, corpo e tecnologia, políticas de inclusão, linguagem online e o uso de tecnologias na formação de professores e no ensino.
O documento descreve uma experiência em que um blog escolar foi utilizado para estreitar os laços entre a escola e a comunidade. O blog antecipava o planejamento semanal de projetos para os alunos e apresentava os conteúdos trabalhados, permitindo que os alunos chegassem às aulas mais preparados e compartilhassem suas aprendizagens com as famílias. No entanto, observou-se a necessidade de investir na alfabetização digital nas escolas para que o blog pudesse ser usado em todo o seu potencial.
O documento discute a importância de integrar as mídias na educação escolar em 3 níveis: organizacional, de conteúdo e comunicacional. Defende que a escola deve incorporar as linguagens audiovisuais utilizadas pelas mídias para motivar os alunos e complementar as técnicas convencionais de ensino.
1) O documento discute o uso das redes sociais no ensino de Língua Portuguesa e questiona se elas deveriam ser proibidas nas escolas.
2) Argumenta que as redes sociais fazem parte do cotidiano dos alunos e podem ser usadas para engajá-los no aprendizado ao invés de distraí-los.
3) Defende que os processos de leitura, escrita e produção textual devem ser repensados levando em conta as novas linguagens e formas de comunicação das redes sociais.
Este documento descreve as atividades do Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede (GRUPAR) da Universidade Federal de Juiz de Fora. O grupo se concentra em temas como mediação compartilhada, aprendizagem em redes online, plasticidade social e linguagem emocional. O grupo também estuda percursos online múltiplos abertos e rizomáticos chamados POMAR que permitem a criação colaborativa e compartilhamento de conhecimento.
O documento discute o papel da escola, bibliotecas escolares e professores bibliotecários na promoção da literacia da informação. A escola deve garantir competências como selecionar e interpretar informação para lidar com mudanças. Bibliotecas escolares apoiam o desenvolvimento de literacias múltiplas através de recursos e TIC. Uma cultura de colaboração entre professores e bibliotecários é essencial para o sucesso da literacia da informação.
Este documento descreve um projeto de integração de tecnologias educativas no ensino da língua portuguesa através da criação de um blogue para desenvolver a leitura e escrita de alunos. O autor criou um blogue para conectar os blogues individuais de alunos e usá-lo para motivar os alunos, melhorar suas habilidades de leitura e escrita e promover a autonomia, interatividade e integração de textos. O projeto visa desenvolver competências essenciais para o século 21 at
O documento discute o papel das bibliotecas escolares na Sociedade da Informação e o uso das ferramentas da web 2.0. Apresenta o conceito de Biblioteca 2.0 e como as bibliotecas podem otimizar serviços usando blogs, wikis e outros recursos da web 2.0 para engajar usuários. Também analisa programas de bibliotecas escolares no Brasil e Portugal, concluindo que em Portugal as bibliotecas já usam blogs, mas com pouca participação dos usuários, enquanto no Brasil as bibliotecas escolares
O documento discute a importância da alfabetização informacional e o papel das bibliotecas escolares em promover essa alfabetização. Aprender a avaliar e usar informação de forma crítica é essencial para os estudantes. As bibliotecas escolares devem ensinar modelos de pesquisa e garantir que estudantes e professores tenham as competências necessárias para navegar no mundo digital de forma segura e eficaz.
Memorial - Ensinando e Aprendendo com as TICvalma fideles
O documento discute temas relacionados à identidade do professor, aprendizagem, tecnologias digitais e sua aplicação no ensino. Aborda conceitos como hipertexto, cibercultura e como projetos pedagógicos podem integrar tecnologias de forma a promover aprendizagens colaborativas e significativas.
O documento discute a importância da leitura e do desenvolvimento de habilidades de leitura entre crianças e estudantes. Apresenta dados de avaliações internacionais que medem o desempenho dos alunos portugueses em leitura e outros domínios, notando melhorias contínuas, mas ainda abaixo da média da OCDE. Defende que a biblioteca escolar desempenha um papel fundamental no apoio ao trabalho docente e na promoção da leitura para o sucesso escolar.
Este documento resume um artigo que apresenta a primeira etapa de um projeto de pesquisa sobre como o currículo é tecido em ambientes virtuais de aprendizagem. O objetivo é mapear os atos de currículo provenientes das narrativas dos alunos em fóruns de discussão de uma disciplina online. O documento descreve o contexto do curso de licenciatura em pedagogia analisado e como as narrativas dos alunos apontaram para novas práticas pedagógicas possíveis.
A rede social my english club como um recurso tecnológico no processo de ensi...Joyce Fettermann
O documento discute o uso da rede social My English Club como recurso no ensino e aprendizagem da língua inglesa em ambientes presenciais. Ele explora como as novas tecnologias podem motivar os alunos e conectar o aprendizado à vida real, além de discutir a importância da interação social no processo de aquisição de uma segunda língua.
VI encontro de SABE A Biblioteca e as Literacias do Século XXI em Famalicão ...João Paulo Proença
O documento discute como o acesso à informação mudou com o advento da internet e das redes sociais. Aborda como as bibliotecas escolares precisam adaptar-se a estes tempos digitais, oferecendo serviços online e incentivando a participação dos usuários na criação e compartilhamento de conteúdo.
- O documento discute a evolução da leitura e da escrita, desde a oralidade até a era digital, e os desafios para as bibliotecas escolares no século XXI.
- É destacado o papel fundamental da leitura e da escrita mesmo nos ambientes digitais e a importância da escola no desenvolvimento dessas habilidades.
- As bibliotecas escolares devem direcionar-se para a capacitação, a conectividade e a construção do conhecimento dos alunos de forma colaborativa.
O documento discute os desafios educacionais no mundo atual e como as novas tecnologias e a cultura digital podem ser aproveitadas para formar pessoas com capacidade crítica e criativa. Também aborda a importância do letramento digital e como as redes sociais e a internet transformaram a comunicação e a aprendizagem.
1) O documento discute como os meios de comunicação de massa podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem na escola.
2) Ele analisa como jornais e revistas podem ser usados em atividades em sala de aula, estimulando habilidades como raciocínio crítico.
3) O documento defende que a escola deve incorporar os textos da mídia para modernizar-se e complementar o ensino convencional.
1) O documento discute o desenvolvimento de um aplicativo chamado Pook para incentivar a leitura acadêmica e a educação.
2) O aplicativo integra as bibliotecas universitárias com dispositivos móveis dos estudantes para tornar a leitura mais acessível e prazerosa.
3) Uma campanha de divulgação do aplicativo foi realizada usando cartazes e folders para estudantes e bibliotecas.
Este documento discute a integração das tecnologias digitais no currículo escolar. Argumenta que as tecnologias fazem parte da cultura digital vivida por estudantes e devem ser incorporadas no currículo para apoiar a aprendizagem. Define o termo "web currículo" para descrever esta integração das tecnologias no currículo. Aponta desafios como a falta de orientação para o uso educativo de tecnologias pelos estudantes.
Este documento discute conceitos e tecnologias de redes sociais e sua aplicação em bibliotecas escolares. Ele define redes sociais, explora ferramentas da Web 2.0 como blogs e Facebook, e destaca vantagens como acesso rápido à informação e novas formas de aprendizagem colaborativa. O documento conclui que bibliotecas escolares devem aproveitar as potencialidades das redes sociais para divulgação e complementar práticas de ensino, apesar dos riscos como violação de direitos autorais.
O documento discute o conceito de literacia da informação e como tem evoluído de um conceito relacionado à alfabetização para um conceito baseado em competências como leitura, escrita e cálculo. Também explora como a literacia da informação é essencial para a vida cotidiana e para a capacidade de lidar com a abundância de informação disponível atualmente.
Microsoft Word Projeto InformáTica SeriaçãOguest4ec91e
O documento descreve um projeto de inclusão digital nas escolas municipais de Uberaba, Brasil, que visa promover o uso do laboratório de informática como espaço de aprendizagem, formação de alunos e inclusão digital. O projeto tem como objetivos disponibilizar o laboratório para trabalhos interdisciplinares, capacitar professores no uso de tecnologias digitais e dar suporte metodológico para avaliações escolares.
Cultura Da Convergencia, Lileracia Dos Media E BibliotecaCassia Furtado
Este documento discute a cultura da convergência dos meios de comunicação, literacia dos meios e o papel da biblioteca escolar. A convergência permite que vários tipos de mídia estejam disponíveis em uma única plataforma digital e que os usuários possam criar e compartilhar conteúdo. A literacia dos meios é essencial para os cidadãos navegarem nesse mundo de informações. Cabe às instituições educacionais, como bibliotecas escolares, ensinar essas habilidades e preparar os estudantes para esse
O documento discute o papel da biblioteca escolar no desenvolvimento da transliteracy dos estudantes através do uso de redes sociais. Apresenta o projeto Biblon, uma rede social para leitores e escritores juniores que tem como objetivo motivar a leitura e escrita de forma lúdica e participativa, contribuindo para o aprendizado informal.
O documento discute a importância da mediação na leitura para promover a inclusão e o acesso à informação. A mediação de leitura entre bibliotecários, professores e alunos contribui para a formação de cidadãos críticos por meio do acesso às TICs e produção colaborativa. Quando a escola incentiva a leitura reflexiva, bibliotecários e professores podem desenvolver atividades que estimulem práticas leitoras.
1) O documento discute o uso das redes sociais no ensino de Língua Portuguesa e questiona se elas deveriam ser proibidas nas escolas.
2) Argumenta que as redes sociais fazem parte do cotidiano dos alunos e podem ser usadas para engajá-los no aprendizado ao invés de distraí-los.
3) Defende que os processos de leitura, escrita e produção textual devem ser repensados levando em conta as novas linguagens e formas de comunicação das redes sociais.
Este documento descreve as atividades do Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede (GRUPAR) da Universidade Federal de Juiz de Fora. O grupo se concentra em temas como mediação compartilhada, aprendizagem em redes online, plasticidade social e linguagem emocional. O grupo também estuda percursos online múltiplos abertos e rizomáticos chamados POMAR que permitem a criação colaborativa e compartilhamento de conhecimento.
O documento discute o papel da escola, bibliotecas escolares e professores bibliotecários na promoção da literacia da informação. A escola deve garantir competências como selecionar e interpretar informação para lidar com mudanças. Bibliotecas escolares apoiam o desenvolvimento de literacias múltiplas através de recursos e TIC. Uma cultura de colaboração entre professores e bibliotecários é essencial para o sucesso da literacia da informação.
Este documento descreve um projeto de integração de tecnologias educativas no ensino da língua portuguesa através da criação de um blogue para desenvolver a leitura e escrita de alunos. O autor criou um blogue para conectar os blogues individuais de alunos e usá-lo para motivar os alunos, melhorar suas habilidades de leitura e escrita e promover a autonomia, interatividade e integração de textos. O projeto visa desenvolver competências essenciais para o século 21 at
O documento discute o papel das bibliotecas escolares na Sociedade da Informação e o uso das ferramentas da web 2.0. Apresenta o conceito de Biblioteca 2.0 e como as bibliotecas podem otimizar serviços usando blogs, wikis e outros recursos da web 2.0 para engajar usuários. Também analisa programas de bibliotecas escolares no Brasil e Portugal, concluindo que em Portugal as bibliotecas já usam blogs, mas com pouca participação dos usuários, enquanto no Brasil as bibliotecas escolares
O documento discute a importância da alfabetização informacional e o papel das bibliotecas escolares em promover essa alfabetização. Aprender a avaliar e usar informação de forma crítica é essencial para os estudantes. As bibliotecas escolares devem ensinar modelos de pesquisa e garantir que estudantes e professores tenham as competências necessárias para navegar no mundo digital de forma segura e eficaz.
Memorial - Ensinando e Aprendendo com as TICvalma fideles
O documento discute temas relacionados à identidade do professor, aprendizagem, tecnologias digitais e sua aplicação no ensino. Aborda conceitos como hipertexto, cibercultura e como projetos pedagógicos podem integrar tecnologias de forma a promover aprendizagens colaborativas e significativas.
O documento discute a importância da leitura e do desenvolvimento de habilidades de leitura entre crianças e estudantes. Apresenta dados de avaliações internacionais que medem o desempenho dos alunos portugueses em leitura e outros domínios, notando melhorias contínuas, mas ainda abaixo da média da OCDE. Defende que a biblioteca escolar desempenha um papel fundamental no apoio ao trabalho docente e na promoção da leitura para o sucesso escolar.
Este documento resume um artigo que apresenta a primeira etapa de um projeto de pesquisa sobre como o currículo é tecido em ambientes virtuais de aprendizagem. O objetivo é mapear os atos de currículo provenientes das narrativas dos alunos em fóruns de discussão de uma disciplina online. O documento descreve o contexto do curso de licenciatura em pedagogia analisado e como as narrativas dos alunos apontaram para novas práticas pedagógicas possíveis.
A rede social my english club como um recurso tecnológico no processo de ensi...Joyce Fettermann
O documento discute o uso da rede social My English Club como recurso no ensino e aprendizagem da língua inglesa em ambientes presenciais. Ele explora como as novas tecnologias podem motivar os alunos e conectar o aprendizado à vida real, além de discutir a importância da interação social no processo de aquisição de uma segunda língua.
VI encontro de SABE A Biblioteca e as Literacias do Século XXI em Famalicão ...João Paulo Proença
O documento discute como o acesso à informação mudou com o advento da internet e das redes sociais. Aborda como as bibliotecas escolares precisam adaptar-se a estes tempos digitais, oferecendo serviços online e incentivando a participação dos usuários na criação e compartilhamento de conteúdo.
- O documento discute a evolução da leitura e da escrita, desde a oralidade até a era digital, e os desafios para as bibliotecas escolares no século XXI.
- É destacado o papel fundamental da leitura e da escrita mesmo nos ambientes digitais e a importância da escola no desenvolvimento dessas habilidades.
- As bibliotecas escolares devem direcionar-se para a capacitação, a conectividade e a construção do conhecimento dos alunos de forma colaborativa.
O documento discute os desafios educacionais no mundo atual e como as novas tecnologias e a cultura digital podem ser aproveitadas para formar pessoas com capacidade crítica e criativa. Também aborda a importância do letramento digital e como as redes sociais e a internet transformaram a comunicação e a aprendizagem.
1) O documento discute como os meios de comunicação de massa podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem na escola.
2) Ele analisa como jornais e revistas podem ser usados em atividades em sala de aula, estimulando habilidades como raciocínio crítico.
3) O documento defende que a escola deve incorporar os textos da mídia para modernizar-se e complementar o ensino convencional.
1) O documento discute o desenvolvimento de um aplicativo chamado Pook para incentivar a leitura acadêmica e a educação.
2) O aplicativo integra as bibliotecas universitárias com dispositivos móveis dos estudantes para tornar a leitura mais acessível e prazerosa.
3) Uma campanha de divulgação do aplicativo foi realizada usando cartazes e folders para estudantes e bibliotecas.
Este documento discute a integração das tecnologias digitais no currículo escolar. Argumenta que as tecnologias fazem parte da cultura digital vivida por estudantes e devem ser incorporadas no currículo para apoiar a aprendizagem. Define o termo "web currículo" para descrever esta integração das tecnologias no currículo. Aponta desafios como a falta de orientação para o uso educativo de tecnologias pelos estudantes.
Este documento discute conceitos e tecnologias de redes sociais e sua aplicação em bibliotecas escolares. Ele define redes sociais, explora ferramentas da Web 2.0 como blogs e Facebook, e destaca vantagens como acesso rápido à informação e novas formas de aprendizagem colaborativa. O documento conclui que bibliotecas escolares devem aproveitar as potencialidades das redes sociais para divulgação e complementar práticas de ensino, apesar dos riscos como violação de direitos autorais.
O documento discute o conceito de literacia da informação e como tem evoluído de um conceito relacionado à alfabetização para um conceito baseado em competências como leitura, escrita e cálculo. Também explora como a literacia da informação é essencial para a vida cotidiana e para a capacidade de lidar com a abundância de informação disponível atualmente.
Microsoft Word Projeto InformáTica SeriaçãOguest4ec91e
O documento descreve um projeto de inclusão digital nas escolas municipais de Uberaba, Brasil, que visa promover o uso do laboratório de informática como espaço de aprendizagem, formação de alunos e inclusão digital. O projeto tem como objetivos disponibilizar o laboratório para trabalhos interdisciplinares, capacitar professores no uso de tecnologias digitais e dar suporte metodológico para avaliações escolares.
Cultura Da Convergencia, Lileracia Dos Media E BibliotecaCassia Furtado
Este documento discute a cultura da convergência dos meios de comunicação, literacia dos meios e o papel da biblioteca escolar. A convergência permite que vários tipos de mídia estejam disponíveis em uma única plataforma digital e que os usuários possam criar e compartilhar conteúdo. A literacia dos meios é essencial para os cidadãos navegarem nesse mundo de informações. Cabe às instituições educacionais, como bibliotecas escolares, ensinar essas habilidades e preparar os estudantes para esse
O documento discute o papel da biblioteca escolar no desenvolvimento da transliteracy dos estudantes através do uso de redes sociais. Apresenta o projeto Biblon, uma rede social para leitores e escritores juniores que tem como objetivo motivar a leitura e escrita de forma lúdica e participativa, contribuindo para o aprendizado informal.
O documento discute a importância da mediação na leitura para promover a inclusão e o acesso à informação. A mediação de leitura entre bibliotecários, professores e alunos contribui para a formação de cidadãos críticos por meio do acesso às TICs e produção colaborativa. Quando a escola incentiva a leitura reflexiva, bibliotecários e professores podem desenvolver atividades que estimulem práticas leitoras.
Este documento descreve um projeto de integração de tecnologias educativas no ensino da língua portuguesa através da criação de um blogue para desenvolver a leitura e escrita de alunos. O autor criou o blogue "Língua Portuguesa" para permitir a colaboração entre alunos, centrar a aprendizagem no aluno e enriquecer o ensino da disciplina através do uso de ferramentas digitais. O objetivo era motivar os alunos e melhorar suas competências de leitura e es
O boletim da biblioteca apresenta as seguintes informações essenciais:
1) Um editorial sobre o papel da biblioteca na formação de leitores e no uso das novas tecnologias.
2) Um resumo sobre o projeto "Voz" com o ator João Lagarto realizando um recital de poesia.
3) Uma atividade do projeto PES sobre doação de sangue realizada por alunos.
1. O documento descreve um projeto para promover o hábito da leitura entre alunos do 4o e 5o ano por meio do uso de multimídias e tecnologias na biblioteca escolar.
2. O objetivo é formar alunos leitores que gostem de ler e escrever, interagindo com diferentes tipos de literatura e tecnologias.
3. O projeto usará ambientes virtuais de aprendizagem e projetos para integrar metodologias educativas e motivar os alunos a construir conhecimento de
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...christianceapcursos
1. Algumas relações como a família e os educadores são essenciais na formação de leitores críticos no século XXI.
2. A tecnologia pode facilitar o processo de leitura ao disponibilizar livros virtuais e pesquisas online, mas requer orientação pedagógica cuidadosa.
3. Tanto a família quanto a escola desempenham papéis fundamentais na criação do hábito de ler e na preparação de cidadãos conscientes.
Este documento discute o impacto das novas tecnologias na educação. Apresenta perspectivas divergentes sobre seu uso em sala de aula e argumenta que as tecnologias devem ser usadas como ferramenta auxiliar, sem substituir práticas pedagógicas tradicionais. Também aborda como as tecnologias promovem novas formas de aprendizagem e disseminação do conhecimento.
Este documento discute o impacto das novas tecnologias na educação. Apresenta perspectivas contrastantes sobre o uso de tecnologia em sala de aula e argumenta que ela pode ser uma ferramenta útil se guiada por princípios pedagógicos. Também aborda como as novas tecnologias influenciam a escrita e a literacia dos estudantes.
Experiência exitosa com Literatura EREM Dr. Jaime MonteiroMarcia Oliveira
O documento discute um projeto de uma professora que usa tablets e celulares para motivar estudantes e melhorar o ensino de literatura. O projeto envolve ler obras clássicas brasileiras, produzir vídeos resumindo as histórias e apresentar os trabalhos para a comunidade escolar.
Estrategias De Incentivo A Leitura FurtadoCassia Furtado
O documento relata as atividades educativas e culturais realizadas nas Bibliotecas Farol da Educação no Maranhão para incentivar a leitura literária em alunos. As atividades usavam jogos e brincadeiras com textos literários infantis para tornar a leitura prazerosa sem avaliação, desenvolvendo o hábito da leitura. A biblioteca escolar é vista como ambiente ideal para isso por não estar sujeita ao currículo formal.
RELAÇÕES ESSENCIAIS PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR NO SÉCULO XXI Sérgio Roberto G...christianceapcursos
O documento discute as relações essenciais para a formação de leitores no século XXI, argumentando que a família, a escola e as novas tecnologias desempenham papéis importantes. A família e a escola devem incentivar o hábito da leitura desde cedo, enquanto as novas tecnologias podem facilitar o acesso aos livros e à leitura. Professores precisam usar estratégias criativas que integrem tecnologia de forma a engajar os alunos e promover o desenvolvimento
1. O documento discute o papel da biblioteca escolar no contexto do ensino híbrido, com aulas presenciais e online. 2. A biblioteca escolar deve ser proativa, oferecendo diversos recursos digitais como podcasts, audiobooks e aplicativos interativos. 3. A biblioteca também deve promover a inclusão e engajamento dos estudantes por meio de atividades como biblioteca humana e fanfics.
O documento discute as relações entre tecnologias educacionais e currículo. Apresenta como o avanço tecnológico exige novas competências e habilidades e como isso impacta a escola e o processo de ensino-aprendizagem. Também aborda como as tecnologias podem ser incorporadas na educação de forma a enriquecer o ambiente educacional e propiciar a construção do conhecimento.
O documento discute o papel da biblioteca escolar na era da informação e dos meios de comunicação. A biblioteca deve servir como elo entre a escola e os meios, ajudando os alunos a analisar criticamente as informações recebidas e aproximando a escola da cultura contemporânea. A biblioteca também deve mediar o acesso aos meios e ensinar competências de alfabetização midiática.
O documento discute a importância da tecnologia na educação e como as redes sociais podem ser usadas para complementar o aprendizado em sala de aula. Ele argumenta que as escolas precisam incorporar o ambiente online rico fora da escola e que os professores devem assumir o papel de facilitadores para estudantes imersos no mundo digital. As redes sociais permitem novas formas de comunicação e aprendizagem colaborativa que podem ser aproveitadas no contexto educacional.
O documento discute como a cibercultura e as teorias sociocríticas podem ser aplicadas à educação no século 21. A escola deve formar estudantes autônomos capazes de selecionar informações em uma sociedade virtual. As abordagens sociocríticas enfatizam a educação como forma de transformar a realidade e superar desigualdades através da valorização de experiências sociais e culturais ao invés de um currículo formal.
O documento discute a pedagogia da autoria como uma estratégia que envolve uma educação flexível e centrada no aluno, onde o aluno constrói ativamente o conhecimento com orientação do professor. A pedagogia da autoria incentiva os alunos a criarem, modificarem e construírem conhecimento de forma colaborativa usando diversas tecnologias e mídias.
1. As bibliotecas escolares são cruciais para o sucesso escolar e desenvolvimento dos alunos, promovendo a literacia da informação.
2. Os benefícios das bibliotecas escolares são universais e comprovados por estudos em todo o mundo.
3. Bibliotecas escolares e bibliotecários especializados são necessários para ajudar os alunos a lidar com a abundância de informação online no século 21.
Este documento defende que todas as escolas devem ter bibliotecas geridas por bibliotecários profissionais. Aponta que estudos mostram que bibliotecas escolares melhoram o desempenho dos alunos e que seus benefícios são universais. Também destaca os desafios da era digital e o papel crucial das bibliotecas escolares em ajudar os alunos a lidar com a abundância de informação online.
Semelhante a A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores autores via web.doc (20)
O documento discute práticas inovadoras na leitura literária para a Geração Alpha imersa no mundo digital. Apresenta o aplicativo TecTeca, que oferece livros interativos para crianças de forma segura e estimula a leitura por meio de recursos tecnológicos. O aplicativo busca aliar literatura e tecnologia para tornar a leitura mais atraente e envolver as crianças.
Biblioteca escolar e interculturalidade fev 2013Cassia Furtado
O documento discute as recomendações de organizações internacionais sobre a importância da biblioteca escolar promover a diversidade cultural e o diálogo intercultural. A UNESCO e IFLA publicaram documentos enfatizando o papel das bibliotecas em refletir a diversidade cultural e linguística local e global. A biblioteca escolar deve usar literatura e mídias sociais para preservar culturas locais e estimular o entendimento entre culturas diferentes.
O documento discute a evolução das mídias, da impressa para a internet e web 2.0, e como isso influenciou as novas gerações nativas digitais. Também aborda como os educadores precisam trazer os alunos para o processo de incentivo à leitura, levando em conta suas perspectivas e práticas diversas.
O documento discute a plataforma Biblon, uma rede social para leitores infantis que visa promover a leitura e escrita de crianças por meio da integração de mídias digitais e ambientes híbridos de interação, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades de produção de conteúdo em mídias sociais.
O documento discute a proposta do projeto Biblon, uma rede social para leitores e escritores juniores. O projeto visa promover a literatura infanto-juvenil em português e motivar a leitura e escrita de crianças e adolescentes por meio da integração de múltiplas linguagens em plataformas digitais e mídias sociais.
Web 2.0 has generated deviations in the route of information, which causes irreversible changes in information systems. With the use of these resources by the library emerge the concept of Library 2.0, innovations in services and greater user participation, which became also a developer. The article is cut in international scientific literature, with the chronological marker using the term Web 2.0 and aims to describe the main products and services offered, as: blog, wiki, content syndication, social bookmarking, social cataloging, OPAC 2.0 and social networking. The Library 2.0 represents a growth in traditional services, and asynchronous static library, providing opportunities for winning new users. The deployment of products and services in libraries, with the use of Web 2.0 resources, requires planning, critical analysis of politics and reality of the library and notes the uncertainties of new paradigms.
O documento discute a criação da Plataforma Biblon, uma rede social para promover a interculturalidade entre países de língua portuguesa. A plataforma usará literatura infantil e juvenil para estimular a criação e circulação de bens culturais, amenizar diferenças geracionais, e incentivar leitura em ambientes híbridos.
Este documento discute como as bibliotecas escolares podem usar as mídias sociais para incentivar a leitura e escrita. Ele explora como a biblioteca escolar se relaciona com a comunidade escolar e o papel das ferramentas da Web 2.0. O documento também apresenta um modelo para construir uma comunidade de leitores e escritores em torno da biblioteca escolar 2.0.
1) O documento discute o papel das bibliotecas digitais na educação e sociedade da informação.
2) Foi percebida a ausência de bibliotecas escolares digitais em Portugal e no Brasil, revelando uma lacuna nos sistemas educacionais desses países.
3) Bibliotecas digitais podem fornecer acesso remoto à informação para estudantes, ultrapassando limitações físicas e apoiando novos modelos de educação.
O Papel Das Bibliotecas Na InclusãO ComunitáRiaCassia Furtado
O documento discute o papel das bibliotecas na inclusão digital da comunidade, especialmente as bibliotecas técnicas de empresas. Ele argumenta que as bibliotecas precisam ampliar o acesso à informação e cultura digital para todos através de parcerias e projetos comunitários que ensinem o uso crítico da Internet. O Maranhão tem poucas bibliotecas públicas e baixo acesso digital, então as bibliotecas técnicas precisam contribuir mais para a inclusão digital local.
Literacia Dos Media E Biblioteca Escolar LusocomCassia Furtado
O documento discute a importância da literacia dos mídia e o papel da biblioteca escolar na sociedade da informação. A sociedade atual é dominada pela tecnologia e comunicação, exigindo novas habilidades dos cidadãos. A educação deve ensinar estudantes a aprender, pensar criticamente e usar informações de mídia. Bibliotecas escolares podem ajudar no desenvolvimento da literacia dos mídia e preparar estudantes para a sociedade da informação.
Estrategias De Incentivo A Leitura Cassia FurtadoCassia Furtado
O documento descreve as estratégias de incentivo à leitura implementadas nas Bibliotecas Farol da Educação no Maranhão, Brasil. As bibliotecas oferecem atividades culturais e educativas como hora do conto, clubes de leitura, cineclubes e projetos com a comunidade para promover o acesso e o prazer pela leitura entre crianças, jovens e idosos. Uma avaliação indicou que as estratégias trouxeram mudanças positivas como a percepção das bibliotecas
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Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores autores via web.doc
1. A BIBLIOTECA ESCOLAR NA
artigo de revisão
FORMAÇÃO DE COMUNIDADES DE
LEITORES-AUTORES VIA WEB
Cassia Cordeiro Furtado*
Lidia Oliveira**
RESUMO O artigo faz um recorte na literatura científica sobre a
importância da leitura na sociedade atual e acentua a
responsabilidade da escola e da biblioteca no incentivo
a prática da leitura literária. Recomenda a formação de
comunidade híbrida leitor-autor, pela biblioteca escolar, não
só, através da plataforma digital, mas também, com aliança
e interação entre as várias textualidades. Considera que
com o uso das tecnologias participativas, a biblioteca escolar
* Departamento de Biblioteconomia da
pode aproximar crianças e jovens da literatura, uma vez que Universidade Federal do Maranhão.
seus principais usuários são os nativos digitais e convivem Doutoranda em Informação e Comu-
nicação em Plataformas Digitais - Uni-
de forma habitual e intuitiva com o aparato tecnológico que versidade de Aveiro.
permeia a humanidade. E-mail: cfurtado@ua.pt
** Departamento de Comunicação e
Palavras-chave: Biblioteca Escolar. Comunidade de Leitores-autores. Leitura. Artes - Universidade de Aveiro. Pes-
quisadora do Cetac.media.
Escrita. E-mail: lidia@ua.pt
1 INTRODUÇÃO ou estilos, como tem acontecido entre
as gerações anteriores. Verificou-se uma
A
sociedade contemporânea é marcada pela enorme descontinuidade. Poderíamos
até chamar-lhe uma “singularidade” -
naturalização das tecnologias nas rotinas
um acontecimento que muda as coisas
cognitivas e sociais dos indivíduos, de de tal modo que não há absolutamente
tal modo que se torna habitual e intuitivo o uso nenhuma ligação com o passado. O que
das mesmas, em particular, das tecnologias da designo de “singularidade” é a chegada
informação e da comunicação. Neste contexto, e a rápida disseminação da tecnologia
digital nas últimas décadas do século XX.
deve-se repensar o papel da biblioteca escolar na
(PRENSKY, 2001, p.1-2, tradução nossa/
formação de leitores, levando em consideração grifo nosso).
que seus usuários se caracterizam por serem
nativos digitais e têm novas expectativas acerca
da biblioteca e novas competências centradas no Só tendo em mente esta singularidade/
uso da tecnologia. descontinuidade geracional (nativos/imigrantes
digitais) e as implicações que isso provoca
É incrível que em todos os debates na forma como os jovens encaram a leitura, a
sobre o declínio da educação nos E.U.A. questão da partilha e a geração de comunidades é
ignoramos o mais fundamental das suas
causas. Os nossos alunos mudaram que se poderá aspirar a reflectir sobre o fenômeno
radicalmente. Os estudantes de contemporâneo da leitura.
hoje não são mais as pessoas que Dessa forma, é fundamental trazer para
o nosso sistema educativo foi o processo de investigação e de construção
concebido para ensinar. Hoje em dia reflexiva de conhecimento os próprios jovens,
os estudantes não apenas mudaram de
forma incremental relativamente ao pois, eles têm um olhar situado a partir de um
passado, não mudaram simplesmente as prisma e de uma praxis diversa do investigador
suas gírias, roupas, adornos de corpo, adulto, imigrante digital.
Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010 13
2. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira
O contexto contemporâneo caracteriza-se Atualmente, a temática é estudada em
por ser marcado por um processo de transição várias áreas do conhecimento que apresentam
paradigmática, ao nível social, cultural, contribuições de destaque e o conceito de leitura
econômico e político. sofrem modificações. Entretanto, devido à sua
complexidade, não é um termo de conceito
É um período histórico que não se sabe simples e único.
bem quando começa e muito menos
Em particular, na área da Educação,
quando acaba. E uma mentalidade
fraturada entre lealdades inconsistentes ler ainda pode ser sinônimo de alfabetização.
e aspirações desproporcionadas entre Tfouni (1995) refere-se à alfabetização, no âmbito
saudosismos anacrónicos e voluntarismos individual, como aquisição de habilidade de ler e
excessivos. Se, por um lado, as raízes escrever, o que resulta, em regra, do processo da
ainda pesam, mas já não sustentam,
escolarização. Mas também, destaca os aspectos
por outro, as opções parecem
simultaneamente infinitas e nulas. A social, histórico e cultural da alfabetização,
transição paradigmática é, assim, um como práticas sociais de leitura e escrita, o que
ambiente de incerteza, de complexidade conceitua como letramento. O termo é muito
e de caos que se repercute nas estruturas usado na educação brasileira e é entendido como
e nas práticas sociais, nas instituições e
a capacidade do sujeito colocar-se como autor
nas ideologias, nas representações sociais
e nas inteligibilidades, na vida vivida e na (sujeito) do próprio discurso, não apenas do
personalidade. (SANTOS, 2000, p. 239) texto oral, mas também no que se refere ao texto
escrito.
Neste quadro de transição paradigmática, Contudo, para atingir esse patamar o
em que existe indefinição das fronteiras, é indivíduo (autor/leitor/autor) deve estabelecer
necessário investigar no sentido de criar ambientes elos entre a palavra e sua da compreensão
híbridos, que usufruam de séculos de experiência da realidade. Nas palavras de Freire (1989)
da leitura, como ferramenta cognitiva de aquisição integrar leitura e mundo. Assim, a leitura é vista
de conhecimentos e olhar para novos suportes numa perspectiva existencial, na construção de
e novas ferramentas, como os livros digitais e as sentido e na experiência crítica. Ao invés de “o
redes sociais na Internet, entre outras, como novas autor quis dizer”, o leitor passa a ser visto como
formas de dar continuidade às boas práticas da sujeito da leitura, que evolui e constrói a partir
leitura e da escrita a partir do ato de ler. do que ler.
Com este olhar de fronteira, entre os A sociedade atual, conhecida como
imigrantes e os nativos digitais, é interessante Sociedade da Informação,
vislumbrar oportunidades de interação criadora
entre os leitores, que permitam potenciar as [...] Representa uma profunda mudança
experiências das crianças e jovens, de forma a na organização da sociedade e da
economia, [...]. É um fenômeno global,
motivá-los para a leitura. A análise da questão
com elevado potencial transformador
da leitura, da biblioteca escolar e da comunidade das atividades sociais e econômicas,
de leitores, que são cada vez mais leitores- uma vez que a estrutura e a dinâmica
autores, far-se-á neste contexto de transição dessas atividades inevitavelmente serão,
paradigmática, pois urge uma leitura crítica que em alguma medida, afetadas pela infra-
estrutura de informações disponível
abra novas possibilidades às existências.
(BRASIL, 2000, p.5).
2 LEITURA Nesse contexto, a leitura tem um papel
decisivo na vida dos individuos, uma vez que se
A história da leitura sempre esteve atrelada constitui, ainda, o principal meio de informação,
ao processo de alfabetização, ou seja, fortemente aprendizagem e construção do conhecimento e
vinculada à decifração de signos alfabéticos participação social.
e restrita à identificação da palavra escrita. O individuo, na aprendizagem inicial, deve
Com o avanço de estudos, no último século, o ser capaz de ler e escrever, produzir e interpretar
conceito de leitura teve sua amplitude alargada, textos orais e escritos e participar de situações
compreendendo agora um processo complexo e de comunicação na sociedade letrada, missão
interdisciplinar (ZILBERMAN; SILVA, 1989). fundamental da escola (BINDÉ, 2007).
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3. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB
Além do que, a questão da cidadania A leitura literária realizada no contexto
também passa pelo domínio da leitura e escrita. escolar está distante do mundo das crianças
O analfabeto funcional, compreendido como a e jovens e de suas das experiências pessoais.
pessoa que apesar de alfabetizada na escola não Chartier, numa entrevista em 2007, alarmou que
é capaz de entender e produzir textos, encontra “a escola se afastou da literatura, principalmente
dificuldades para fazer uso efetivo da leitura no Brasil [...] é papel da escola incentivar a
e da escrita nas diversas esferas da sociedade relação dos alunos com um patrimônio cultural
atual. cujos textos servem de base para pensar a relação
O Instituto Paulo Montenegro (2009) consigo mesmo, com os outros e com o mundo”
apresentou dados alarmantes, do analfabetismo (CHARTIER, 2009).
funcional no Brasil, pesquisa realizada em 2001. A prática e o gosto pela leitura literária
Da amostra pesquisada 31% das pessoas foram dependem fortemente da escola e cabe à mesma
classificadas no nível 1, ou seja, conseguem retirar o incentivo desde as primeiras séries, com o
uma informação explícita apenas em textos muito uso de estratégias inovadoras e motivadores
curto. nesse processo. A escola deve “criar na sala
Nesse contexto, geralmente a criança, ao de aula um ‘universo de leitura”, é uma das
ingressar na escola, encontra obstáculos para sugestões interessantes de Sá (2004, p.19). Além
passar da oralidade para a escrita, em razão de necessitar de estímulo, a formação de leitores
do distanciamento com os textos escritos. passa pela questão de exemplos dos agentes
E ao chegar à escola, a criança encontra a do espaço social da criança, como professores,
leitura embutida de regras e normas, restrita bibliotecários, pais e da família. Devendo haver
a frações de textos previamente escolhidos e, parceria com relação à leitura; eles devem falar de
algumas vezes, obsoletos e desarmônicos com suas leituras com as crianças, autores prediletos,
a realidade do aluno. A leitura no contexto sobre literatura, trocar opiniões, sugestões.
escolar continua vinculada ao processo de A formação de leitores é responsabilidade
escolarização e não como um instrumento para do conjunto de instituições. A escola e professores
toda vida. devem chamar à família para compartilhar e
A escola se constitui como o espaço de informá-la sobre o tipo, estilo e nível de leitura de
aprendizagem, valorização e consolidação da seus filhos,
leitura e da escrita, integrado com o processo de
legitimação da literatura (ZILBERMAN; SILVA, [...] sensibilizar os pais para a importância
do livro e da leitura na educação,
1989). Porém, a literatura na escola é transformada
incentivando-os a adquirir livros para os
em atividade didática, limitada a exercícios de filhos, a acompanhá-los na descoberta
vocabulário e gramática. A imposição dos temas, do prazer de ler e, se possível,
dos autores, do gênero, dentre outras, não conduz a dialogar com eles sobre o
ao prazer do texto literário. No Brasil, os livros conteúdo das obras (GOMES,
1996, p. 17).
de literatura são usados como atividade de férias,
são escolhidos previamente pelos professores, A parceria com a família do educando
toda a classe lê o mesmo livro e, no termino (se é é essencial, mas torna-se numa preocupação,
que a leitura é iniciada) devem preencher a ficha uma vez que, em grande maioria, os pais não se
de avaliação. constituem leitores, não sabem trabalhar o texto
A Fundação Abrinq, instituição brasileira literário com as crianças e o livro de literatura
sem fim lucrativo que desenvolve projetos de não se faz presente no ambiente familiar. A
incentivo a leitura, conclui que razão para essa realidade decorre que também
[...] muitas escolas, tanto públicas quanto não foram incentivados na idade escolar,
particulares, não formam leitores porque fechando assim um ciclo. Neste cenário, a escola
nem sempre estão preparadas para lidar e a biblioteca têm um papel reforçado no sentido
com a literatura e transformam o que de quebrar a reprodução social de ausência de
deveria ser uma leitura prazerosa e livre
em uma atividade didática, compulsória,
rotinas cognitivas e sociais associadas à leitura
impessoal e utilitária, afastando as e incentivar as crianças para serem agentes
crianças dos livros (FUNDAÇÃO..., de mudança, na introdução da leitura e da
2008, p.37). literatura na rotina da família e da comunidade.
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4. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira
Com essa estratégia, escola, biblioteca e família do livro de literatura com as tecnologias de
estarão estabelecendo um elo essencial no informação e comunicação.
desenvolvimento da prática da leitura. Uma vez que a biblioteca escolar tem como
Foucambert (1994) enfatiza que a leitura público alvo as crianças e jovens deve atentar
literária não deve ser ensinada, mas sim, facilitada que a “geração net” nasceu e vive num contato
através do acesso a vários tipos de textos e do habitual e intenso com a tecnologia (TAPSCOTT,
desenvolvimento de atividades inseridas em uma 2009). Nesse sentido, deve desenvolver serviços
prática social e cultural. Assim, é fundamental a e atividades unindo o texto literário impresso e
participação das crianças em eventos culturais, digitalizado, objetivando, assim, conquista de
visitas frequentes as bibliotecas, feiras de livros, seus usuários, visibilidade e espaço na Sociedade
museus, teatro, cinema, contato com escritores, da Informação.
etc.
A biblioteca escolar, inserida no 3 COMUNIDADE DE LEITORES-AUTORES
sistema educacional, também coaduna com a
responsabilidade pela formação de leitores. O Observando a história da humanidade,
Manifesto da IFLA/UNESCO para Biblioteca verifica-se que a leitura já foi considerada uma
Escolar (2008) estabelece os objetivos das mesmas, prática coletiva, onde os letrados usavam a
em relação à leitura: Desenvolver e manter oralidade e, lendo em voz alta, transmitiam
nas crianças o hábito e o prazer da leitura e da aos outros o conteúdo dos livros. Depois, com
aprendizagem, bem como o uso dos recursos da a leitura em silêncio, surge a leitura pessoal e
biblioteca ao longo da vida: introspectiva (CHARTIER, 1991). Assim, percebe-
se que a leitura tem forte relação com a história e
cultura, influenciando e sendo influenciada pelas
[...] Oferecer oportunidades de
transformações que afetam a sociedade.
vivências destinadas à produção e uso
da informação voltada ao conhecimento, A questão da leitura é vista por
à compreensão, imaginação e ao estudiosos, como Chartier e Bourdieu (1996),
entretenimento; em uma perspectiva sócio-antropológica,
uma vez que, a leitura é muito mais do que
[...] decodificação de signos lingüísticos, realizada
de forma mecanicista. Considera-se a leitura
um processo de atribuição de significados e
Promover leitura, recursos e serviços da
biblioteca escolar junto à comunidade sentidos, incorporados na prática humana, com
escolar e ao seu redor. [...] (IFLA,2008). base na família e sendo fortemente influenciada
pelas instituições e organizações, que os
Assim, percebe-se a importância da indivíduos fazem parte ao longo de suas vidas,
biblioteca escolar no incentivo a leitura, não como escola, classe e grupo social, formação
só da leitura didática, mas também, a leitura profissional, etc.
como entretenimento e prazer. Não se trata Chartier (1991, 1999) chama atenção para
somente de complemento à aprendizagem a dimensão plural da leitura, entendida como
formal realizada na sala de aula, mas também, e diversas maneiras de praticá-la, modelos e
principalmente, trabalhar num contexto dinâmico modos que variam de acordo com os tempos, os
e interativo, proporcionando acesso à literatura e lugares e as comunidades. O autor ainda contesta
oportunizando a leitura prazerosa. as classificações que restringem e simplificam a
Através do texto literário, a biblioteca leitura em categorias, como: leitores e não-leitores
escolar pode ser o portal de ligação com o mundo ou alfabetizados e analfabetos. Explica Chartier,
da criança, aproximando escola e cultura lúdica “cada leitor, a partir de suas próprias referências,
infantil, pois, segundo Brougère (2006) “há uma individuais ou sociais, históricas ou existenciais,
enorme distância - quem sabe uma oposição dá um sentido mais ou menos singular, mais ou
-, que não se pode subestimar, entre a cultura menos partilhado, aos textos de que se apropria”
infantil contemporânea e a escola”. Para tanto, (1996, p.20).
deve valer-se de estratégias originais e atividades Dessa maneira, a leitura é um ato social e
lúdicas com o texto literário, através da união uma prática geradora de socialização, já que
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5. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB
[...] a leitura não se constitui em ato Assim, considera-se que, as tecnologias de
solitário, nem em atividade monológica comunicação têm possibilitado o surgimento de
do indivíduo, pois este indivíduo ao comunidades de leitores via web, nomeadamente
ler um texto, um livro, interage não
propriamente com o texto, com o livro, entre os jovens. E, estas podem ser apreciadas
mas com os leitores virtuais criados pelo como grupos de indivíduos com os mesmos
autor e também com esse próprio autor interesses literários e com intenção de socialização
(ROCCO, 1994, p.39). destes interesses, que giram em torno de um
O indivíduo sempre viveu em sociedade, autor e/ou uma obra literária, e usam a Internet
ao nascer tem como primeira instituição de para interação.
socialização, a família, depois passa a participar Segundo Eckert, Goldman, e Wenger
da escola, vizinhança, trabalho e outros. Destaca- (2009), as crianças e jovens vêem nas comunidades
se que, ao fazer parte de grupos sociais, o formas de adesão e identidade, de inserção no
indivíduo começa a estabelecer e manter diversas mundo. Considera-se que os jovens a construírem
relações com as pessoas, formando pequenos comunidade de leitores, partilham mais do que
laços em sua volta, baseado em sentimentos, o interesse literário, socializam também gostos,
preferências e interesses comuns. práticas, expressões, etc.
Com a Sociedade da Informação foram Os membros de uma comunidade
introduzidas novas formas de comunicação, compartilham experiências, estabelecem relações
agora as conexões tecnológicas, possibilitam de identidade e confiança, uns com os outros, o
a comunicação em várias direções, ao mesmo que contribui para a partilha e construção do
tempo e de formas nunca antes imaginadas. Da conhecimento (HUYSMAN; WENGER; WULF,
comunicação local, enraizada na condição espaço- 2003). Em razão da participação espontânea de
temporal do sujeito, para comunicação aldeia seus membros, as pessoas sentem-se a vontade
global, acarretando alterações nas coordenadas para expor e partilhar suas idéias, mesmo não
de espaço, tempo e local, nas quais os indivíduos havendo nivelamento e homogeneidade de
se envolvem. A partir de então, surgem novos conhecimento pelo tema, pois são nutridos pela
conceitos e teorias, em especial na área das paixão e identidade.
Ciências Sociais. Carvalho ao analisar uma comunidade, que
Dentre as mudanças ocorridas com o usa a plataforma digital, detectou que os jovens
desenvolvimento tecnológico, notadamente na têm prática de leitura e escrita e compartilham
área da informação e comunicação, verificam- essa prática via web.
se transformações na compreensão do que antes
No aparente “não-fazer-nada” os jovens,
era percebido como relações inter pessoais em geral, lêem, anotam fragmentos
e comunidade. Proximidade geográfica, do que lêem, inventam, criam textos,
agrupamento físico, vizinhança e parentesco eram escrevem livros baseados no que
sinônimos do conceito de comunidade. Porém, lêem, constroem sites dedicados ao
no momento atual, passa a ser apenas uma das que lêem, produzem sociabilidades
baseadas nos gostos literários
possibilidades de interação entre as pessoas, em (CARVALHO, 2009, p.13, grifo nosso).
virtude do notável aumento de relações mediadas
pela rede de computadores, acarretando assim Com a web 2.0 possibilitando, além do
novos conceitos e terminologias diversas. acesso a informação, a participação, tem-se agora
A vida em redes e comunidades é uma um novo usuário da informação: o autor e editor.
realidade na sociedade atual, nomeadamente, Levando isto em consideração, percebe-se que
no contexto de crianças e jovens, que são as comunidades de leitores tornaram-se, neste
“nativos” da geração permeada pelas tecnologias contexto, comunidades de leitores-autores.
de comunicação e informação e, agora, pela Reforçando o argumento, verifica-se no
convergência dos media. espaço web um número relevante de sites com
Chartier conceituou comunidade de leitores fanfic construídos pelos jovens. Fanfic é uma
como “aquelas comunidades interpretativas, cujos abreviatura do termo inglês fanfictions, que são
membros compartilham os mesmos estilos de histórias escritas por fãs, com base em textos da
leitura e as mesmas estratégias de interpretação” literatura juvenil contemporânea. A partir do
( CHARTIER, 1994, p.216). original eles constroem histórias modificando os
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6. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira
cenários, personagens e enredo. Apesar de, em instrumental, sendo desperdiçada oportunidade
algumas situações, permear a questão dos direitos de fazer elo da cultura digital com a educação.
autorais, de modo geral, as fanfic são permitidas Portanto, considera-se que o uso dos recursos
e estimuladas pelos autores, já que nascem a disponibilizados pela tecnologia deva contribuir
partir da paixão e admiração pela trama original para rompimento do fosso entre o sistema
e, principalmente, são criadas sem visar o lucro, escolar e a vida cotidiana das crianças e jovens.
somente dar asas à imaginação a partir da idéia E, principalmente, que os educadores devam
de outro, com forte sentimento de partilha. aproveitar o capital social que os mesmos possuem
Assim, considera-se que a leitura/ com relação à tecnologia para trabalhar e aprender
escrita em comunidade, online e/ou offline, juntos em um projeto colaborativo. “Pela primeira
traz contribuições para estimular, produzir vez, são as crianças as que melhor dominam um
e reconstruir conhecimento. As atividades novo aparato tecnológico e estão na ponta de um
colaborativas em torno de um texto envolvem processo transformador que atinge, cada vez mais,
ações, em que a pessoa precisa explicar e/ áreas da vida cotidiana” (AMARAL, 2008, p.45).
ou escrever o que pensa sobre o que leu. Tal Comparado com Japão, França, Espanha,
ato acarreta resultados positivos para todos Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália,
os envolvidos, tanto para quem recebe a nova Suíça e Alemanha, “o Brasil é o país que mais usa
informação, que entra em contato com novos sites relacionados a comunidades, tanto em horas
conhecimentos, experiências e interpretações, gastas nesse tipo de site quanto no número de
como e ainda mais, para quem produz, pois tem acessos” (BRASIL, 2009).
a oportunidade de criar e expressar seu próprio Diante dessa realidade, coaduna-se com
conhecimento, de modo a se fazer entender por autores que sugerem a sua aplicação na educação.
seus pares. Wenger (2009) acentua que as escolas precisam
Como forma de incentivo à leitura e à proporcionar aos estudantes oportunidade
escrita literária para crianças e jovens Celaya para formarem comunidades, e não os isolar
(2008) sugere o uso das ferramentas da web 2.0. de muitas outras comunidades das quais os
mesmos participam. Cita-se também Miskulin
Há muito tempo que esses et al (2006) que acrescenta competir à escola
instrumentos eletrônicos deixaram de conciliar conteúdo retificado com contextos de
ser apenas um hobby para se tornar participação, permitindo assim, sentido para
os principais canais de comunicação os alunos e valorização das oportunidades de
e informação das novas gerações.
identidade e prática em comunidades.
[...] Através destas tecnologias pode-
se criar espaços para leitura e escrita Assim, concebe-se a escola como uma porta
mais próximo da forma como eles se viável para mostrar aos alunos que a participação
comunicam, o que motiva o seu futuro em comunidades deve ser usada para o lúdico
prazer de ler todos os tipos de textos, e para o aprendizado, em realce em torno da
em todas as mídias. (CELEYA, 2008.
literatura, na formação de comunidade de leitores
Tradução nossa).
– autores.
O texto literário é mencionado por Moss
e Baker (2009, p.320) como um tema atrativo e
4 BIBLIOTECA ESCOLAR E COMUNIDADE DE interessante para formação de comunidades no
LEITORES-AUTORES ambiente escolar.
No Brasil, percebe-se que a introdução das As escolas são lugares que podem
tecnologias de informação e comunicação nas promover um claro senso de comunidade
envolvendo funcionários, professores,
escolas tem se reduzido a aquisição e distribuição alunos e pais. Não há melhor tema para
de elementos tecnológicos, desacompanhados a construção da escola-comunidade
de infra-estrutura física e humana e de projetos do que a alegria e a emoção de ler.
eficientes de modo a gerar resultados positivos (Tradução nossa)
e relevantes na área educacional do país. Na
grande maioria dos casos, o computador vem Nesse sentido, observa-se que existe uma
sendo usado simplesmente como um recurso lacuna no espaço web, onde as crianças possam
18 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
7. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB
trocar impressões, interpretações sobre textos vendas de seus livros impressos aumentaram
literários, discutir a obra, permutar informação consideravelmente após serem publicados
sobre autores, trocar sugestões de livros, divulgar gratuitamente, em formato digital” (ALMEIDA,
suas recriações e, ainda, considera-se que esse 2008, p.37). Assim sendo, a leitura de livros
espaço deve ser criado em torno da biblioteca. digitais, em sua totalidade ou somente de alguns
A biblioteca escolar, por não estar inclusa capítulos, poderá impulsionar a presença de
nas exigências da legislação educacional, com crianças e jovens na biblioteca.
relação a currículo, disciplinas, horas de aula e Nas comunidades online o usuário
outras, se enquadra como o ambiente ideal para participa ativamente de sua construção com
o incentivo à prática da leitura e escrita literária, a edição de textos, dessa forma, a publicação
em grupo e comunidade, quer no espaço web ou na web pode ser usada como estímulo para
no recinto da mesma. Trabalhando assim com a escrita das crianças e jovens. Mesmo
a imaginação coletiva, promovendo interesse reconhecendo que há especificidade na leitura
mútuo e repertório compartilhado, tendo como e escrita na Internet, destaca-se que pode
instrumento a literatura. haver “uma mediação entre o formalismo
Alguns autores e organizações já da escrita para a comunicação em qualquer
disponibilizam na web sites com temática espaço” (AMARAL, 2008, p.31), aqui incluso
envolvendo a literatura infanto-juvenil, mas o ciberespaço, pois, com base em Freire (2008,
pesquisas mostram que os mesmos não são p.70), “não há razão para se temer que o
conhecidos e poucos utilizados pelas crianças. internautês domine a língua”. Além do mais,
percebe-se que nos textos colocados dos sites
No que se refere aos hábitos na web,
pudemos verificar que a Internet é
de fanfic ou nos blogs construídos pelos jovens
usada para “jogos”. Foi mencionado a escrita se apresenta, em quase sua totalidade,
também o acesso a chats, a diversos sites com gramática e grafia formal.
para realização de pesquisas e a visita Enfim, a formação de comunidade de
a sites como de desenhos animados, leitores-autores pela biblioteca escolar poderá
de personagens, etc. Não é comum o
acesso a páginas educativas ou a histórias
contribuir para melhorar o aprendizado da
infantis. (AREND; RAMOS, 2007) linguagem e da língua portuguesa, já que
“nenhuma criança [ou jovem] gostaria de
A biblioteca escolar ao oferecer um serviço apresentar um texto na internet com erros”
nesse contexto, tem a possibilidade de trabalhar (AMARAL, 2008, p.32).
o acervo de literatura disponível nas escolas e Com base nos argumentos apresentados,
bibliotecas e somar a estes os livros digitalizados. considera-se que as mudanças e inovações devem
Pois, considera-se que o livro em papel, mesmo ser vistas como uma oportunidade de (r)evolução
com todo avanço tecnológico, continua a exercer do papel da biblioteca e incentivo para novos
o fascínio e encantamento nas crianças. O serviços e produtos, para fins de atração de seus
que se recomenda é uma sinergia entre varias usuários e presença no cotidiano de crianças e
textualidades. jovens.
Com o advento da web 2.0 tem-se a
possibilidade de oferecer maior motivação para a
literatura infanto-juvenil, devido à convergência 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de múltiplas linguagens e oportunidade de Pesquisas recentes apontam que as
espaço para criação em torno do texto literário. bibliotecas escolares brasileiras ainda configuram
É função da escola e dos meios de uma realidade que precisa ser transformada.
comunicação [e da biblioteca escolar] Campello (2009, p.100) destaca “a noção da
manter o conceito do que é uma criação precariedade da biblioteca escolar no Brasil,
intelectual e valorizar os dois modos de situação que vem sendo, há bastante tempo,
leitura, o digital e o papel. É essencial
fazer essa ponte nos dias de hoje. excessivamente mencionada na literatura”,
(CHARTIER, 2009) como resultado de pesquisa com bibliotecários
de escolas do município de Belo Horizonte.
A propósito, a editora Baen Books, que Pesquisadores constataram, em investigação
publica livros de ficção “constatou que as envolvendo escolas públicas de São Paulo, que:
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8. Cassia Cordeiro Furtado; Lidia Oliveira
[...] as entrevistas e as visitas realizadas Considera-se que um projeto de formação
durante a pesquisa mostram que a de comunidades leitores-autores nas escolas
minoria das escolas realiza algum tipo brasileiras, irá proporcionar otimização dos
de ação dinâmica entre a biblioteca e
o programa escolar vigente [...]. Nas laboratórios de informática, que, via de regra,
escolas em que se verificou a presença ficam subutilizados, devido à ausência de
de bibliotecas, há algumas que sofrem projetos educativos envolvendo a comunidade
as ações do tempo, como chuva e o escolar. Nesse sentido, pode ser um incentivador
vento, danificando assim o seu acervo e para o uso das tecnologias participativas na
o seu espaço. Há bibliotecas em que se
observou o fato de alguns livros estarem educação, por parte dos professores do ensino
estragados SOUZA; GIROTTO, 2009, básico.
p.394-395). Além do que, o contato das crianças
com a tecnologia dos computadores, de
Contudo, convém assinalar que esforços forma lúdica e atrativa, colabora para o
estão sendo feitos para modificar essa situação, aprendizado das ferramentas da informática
a exemplo de iniciativas do Conselho Federal de e conduz à inclusão digital com finalidade
Biblioteconomia, de projetos desenvolvidos por educativa.
universidades brasileiras e de alguns programas A biblioteca escolar ao oferecer o serviço
estaduais. Consideramos também de grande de comunidades de leitores, com o uso da web
valia Projeto de Lei Nº 3.044/2008, que tramita 2.0, amplia sua função de incentivo a leitura,
na Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a pois a interação criadora entre os leitores
criação e manutenção de bibliotecas escolares em possibilita potenciar as experiências das
todas as unidades de ensino do país e ainda que crianças e jovens, de forma a motivá-los para a
a orientação e a supervisão das mesmas deverão literatura.
ficar a cargo de Bacharéis de Biblioteconomia Além do que, a interação entre entre
(BRASIL, 2008). pessoas, a partilha de interesses e de informações
Com relação ao acesso e uso de e a construção coletiva de conhecimento oferece
computadores e da Internet, no Brasil, os dados a ampliação das fronteiras sociais, culturais e
publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia educacionais.
e Estatística – IBGE, em 2009, revelaram uma Finaliza-se fazendo uso das palavras
evolução com relação aos números anteriores, incentivadoras de Lux (2007, p.14),
entretanto somente 34,8% da população bibliotecária e presidente da IFLA, biênio
brasileira têm acesso à rede mundial de 2007-2009; “Como bibliotecários, a nossa
computadores. missão é de interferir, se possível, ou
Diante dessa realidade, “[...] o que explicar aos administradores ou políticos
fazer então? Esperar que as condições básicas responsáveis o papel que as bibliotecas
sejam atendidas para então iniciar o projeto de podem ter no apoio aos seus programas”,
disseminação da cultura digital? [E de formação [em especial, programas do sistema de
de leitores?] Infelizmente, não há tempo?” educação e de informação].
(AMARAL, 2008, p. 101). E convidando os bibliotecários de
Embora a maioria dos estudos sobre escolas brasileiras a adotarem, com as devidas
o uso das ferramentas participativas na adaptações, as sugestões de Ivan Chew, no
educação tenha sido feita nos Estados documento publicado pela IFLA, em dezembro
Unidos e na Europa, considera-se ser de 2008, Web 2.0 and Library Services for Young
possível a adoção dessas experiências, com Adults: an Introduction for librarians (disponível
as devidas adaptações, para a realidade em www.http://www.ifla.org), dirigido
brasileira, em especial, com relação à rede de para bibliotecários em geral, com o objetivo
relacionamentos, pois, apesar de que grande de fazê-los “[...] entender e decidir a melhor
parte da população brasileira não tem acesso a abordagem na utilização dos social media como
Internet, “Os brasileiros são avançados no uso parte de seus serviços para jovens” (tradução
da internet. Adotaram coisas como o Orkut e nossa).
o Messenger mais que as pessoas em outros Pequenas iniciativas trarão grandes
países” (GREGO, 2009). contribuições para transformar essa realidade!
20 Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v.20, n.1, p. 13-23, jan./abr. 2010
9. A biblioteca escolar na formação de comunidades de leitores-autores via WEB
THE SCHOOL LIBRARY IN THE READERS-AUTHORS COMMUNITY FORMATION VIA WEB
Abstract The article makes an indentation in the scientific literature on the importance of reading in
today’s society and emphasizes the responsibility of the school and library in encouraging the
practice of literary reading. It recommends the formation of a hybrid reader-writer community
for the school library, not only through the digital platform, but also with alliance and interaction
among the various textualities. It considers that with the use of interactive technologies, the
school library can get children and young people close to literature, once the school library main
users are digital natives who habitually and intuitively live with the technological apparatus that
permiates humanity.
Keywords: School Library. Community of Readers-authors. Reading. Writing.
Artigo recebido em 06/11/2009 e aceito para publicação em 28/01/2010
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