1. Novas Tecnologias no Ensino da Matemática
A CIBERCULTURA E AS TEORIAS
SOCIOCRÍTICAS SEGUNDO LIBÂNEO
Rafael Tereso de Jesus
Unaí - MG
Fevereiro/2015
2. Cibercultura pode ser entendida como a
cultura contemporânea baseada no uso das
tecnologias digitais em rede no contexto do
ciberespaço e das cidades. Ela interage ainda,
com as esferas de ensino-aprendizagem, as
chamadas redes educativas ou com os
espaços multirreferenciais de aprendizagem.
3. A escola do século XXI deve formar o indivíduo
para uma sociedade cibercultural, a qual é
caracterizada pela virtualização das organizações
permitindo que seus sujeitos se relacionem de
diferentes formas em tempo real.
Para que esteja apto a conviver em tal sociedade,
a escola deve-se comprometer a formar um
sujeito autônomo, hábil em selecionar
informações e reelaborar conceitos.
4. É o processo por meio do qual um membro
da espécie humana, inacabado, desprovido
dos instintos e capacidades que lhe
permitiriam sobreviver rapidamente sozinho,
se apropria, graças à mediação dos adultos,
de um patrimônio humano de saberes,
práticas, formas subjetivas, obras.
5. A pedagogia quer compreender como fatores
socioculturais e institucionais atuam nos
processos de transformação dos sujeitos
mas, também, em que condições esses
sujeitos aprendem melhor.
6. São aquelas gestadas em plena modernidade,
quando a idéia de uma formação geral para todos
toma lugar na reflexão pedagógica, fincadas nas
ideias de natureza humana universal, de autonomia
do sujeito, de educabilidade humana, de
emancipação pela razão, libertação da ignorância e
do obscurantismo pelo saber.
7. As abordagens sociocríticas convergem na
concepção de educação como compreensão da
realidade para transformá-la, visando a construção
de novas relações sociais para superação de
desigualdades sociais e econômicas. O ensino
centrado na valorização de elementos
experienciais, fortuitos, da convivência social,
minimizando ou até recusando um currículo
formal.
8. Questiona como são construídos os saberes
escolares, propõe analisar o saber particular de
cada agrupamento de alunos, porque esse saber
expressa certas maneiras de agir, de sentir, falar e
ver o mundo.
Não há uma cultura unitária, homogênea; a cultura
é um terreno conflitante onde enfrentam-se
diferentes concepções de visão social e onde nesse
sentido, emergem a diversidade cultural e a
diferença.
O currículo, tem a ver menos com a seleção e
organização de conteúdos e mais com as
experiências socioculturais.
9. A aprendizagem resulta da interação sujeito-
objeto, em que a ação do sujeito sobre o meio
é socialmente mediada, atribuindo-se peso
significativo à cultura e as relações sociais.
Esta abordagem está focada na estrutura do
funcionamento cognitivo em suas interações
com as mediações culturais.
10. Ênfase na explicação da atividade humana
enquanto processo e resultados das vivências
em atividades socioculturais compartilhadas,
mais do que nas questões do conhecimento e
apropriação da cultura social.
11. Relevo nas condições culturais e sociais da
aprendizagem, visando o desenvolvimento da
sociabilidade por meio de processos
socioculturais.
A importância da escola não está no
funcionamento psíquico ou os conteúdos de
ensino, mas a organização de um ambiente
educativo de solidariedade, relações
comunicativas, com base nas experiências
cotidianas, nas manifestações da cultura
popular.
12. Realça no agir pedagógico a ação comunicativa,
entendida como interação entre sujeitos por
meio do diálogo para se chegar a um
entendimento e cooperação entre as pessoas nos
seus vários contextos de existência.
Teoria da educação assentada no diálogo e na
participação, visando a emancipação dos
sujeitos.
13. LIBÂNIO, José Carlos. As teorias pedagógicas
modernas resiginificadas pelo debate
contemporâneo na educação - São Paulo:
Alínea, 2005.
SANTOS, E. A cibercultura e a educação em
tempos de mobilidade e redes sociais:
conversando com os cotidianos.
PROPED/UERJ, 2010.