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RISCO E BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO
NA DOENÇA DA ARTERIAL CORONÁRIA
Profa. Dra. Cláudia Forjaz
cforjaz@usp.br
São Paulo
CASO
RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano.
Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca.
Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias
ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a
alta, fez cateterismo e colocou um stent.
Está bem desde então. Nega dor precordial.
Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia,
Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições.
Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético.
Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep
= 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90
mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
Quer fazer hidroginástica.
QUAL A DOENÇA CARDÍACA PRESENTE ?
POR QUE?
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano.
Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca.
Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias
ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a
alta, fez cateterismo e colocou um stent.
Está bem desde então. Nega dor precordial.
Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia,
Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições.
Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético.
Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep
= 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90
mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA – DAC
DOENÇA ISQUEMICA DO CORAÇÃO – DIC
INSUFICIÊNCIA CORONARIANA - IC
Obstrução
Placa de Ateroma
MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS
Obstrução
Placa de Ateroma
Necessidade de Sangue
DEMANDA ENERGÉTICA
Oferta de Sangue
FLUXO CORONARIANO
=
NORMAL
Necessidade de Sangue
DEMANDA ENERGÉTICA
Oferta de Sangue
FLUXO CORONARIANO
>
ISQUEMIA
CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA
Dor – Angina
Comprometimento da função
coração – cansaço, parar
ATEROSCLEROSE
ISQUEMIA
FLUXO SANGUE < NECESSIDADE
Repouso - fluxo OK
Aumenta função - > necessidade fluxo –
fluxo < menor que o necessário
ISQUEMIA
SINTOMAS DA ISQUEMIA
• Dor no peito (angina)
Dor precordial
SINTOMAS DA ISQUEMIA
• Dor no peito (angina)
• Falta de ar
• Tontura, Desmaios
• Cansaço fácil
ISQUEMIA
Modifica a
Condução Elétrica
Fibrilação
=
Parada Cardíaca
Arritmias
=
Morte
MANISFESTAÇÕES CLÍNICAS
CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA
100 %
• Falta sangue - INFARTO - Dor
(isquemia total) Muito forte
Morte
Evolução da Placa
 Crescimento lento – vai crescendo ao longo dos anos
 Trombose – lesão secundária – aumenta abruptamente
 Embolismo – coágulo de outra região se prende à placa
 Vasoconstrição – a artéria ao redor da placa se contrai
Filme Placa
Infartada
FORMAS CLÍNICAS DA ANGINA
ESTÁVEL: DOR CARDÍACA PREVISÍVEL
DESENCADEADA POR EXERCÍCIO E EMOÇÕES
DURAÇÃO DE ATÉ 15 MIN
MELHORA COM REPOUSO E VASODILATADOR
PLACA NÃO COMPLICADA
INSTÁVEL: DOR CARDÍACA DE CARATER IMPREVISÍVEL
MAIS PROLONGADA E INTENSA
PODE DESENCADEAR EM REPOUSO
TROMBO PARCIALMENTE OCLUSIVO EM PLACA
TRATAMENTO
CLÍNICO
 ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS - AAS
 VASODILATADORES - NITRATOS
 REDUÇÃO TRABALHO - BETABLOQUEADORES
CIRÚRGICO
ANGIOPLASTIA - STENT
 REVASCULARIZAÇÃO - PONTES
DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA
ANGIOGRAFIA
CATETERISMO
ANGIOGRAFIA CORONARIANA (CAT)
ANGIOPLASTIA PERCUTÂNEA
Atherosclerotic narrowing of a vessel
Bypass
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano.
Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca.
Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias
ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a
alta, fez cateterismo e colocou um stent.
Está bem desde então. Nega dor precordial.
Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia,
Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições.
Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético.
Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep
= 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90
mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
Risco cardiovascular
Para a Prática de Exercício
RISCOS BENEFÍCIOS
75%
25%
Maiores de 35 anos
Causa de óbito por doenças
cardiovascular no Exercício
EXERCÍCIO AERÓBIO
RISCO NA DAC
 FC
 PAS
 SNS
Exercício
 DP
 Trabalho
 Necessidade
De Sangue
DUPLO PRODUTO
0
5
10
15
20
25
30
CARGA 1 CARGA 2
(FC
x
PAS
x
10
-3
)
Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981
*
*
Pré
ISQUEMIA
0
50
100
150
200
250
300
0 10 20 30 40
Duplo Produto x103
Fluxo
Miocárdio
(ml/min) Normal
Lesão 75%
Lesão 50%
isquemia
ISQUEMIA
Modifica a
Condução Elétrica
Fibrilação
=
Parada Cardíaca
Arritmias
=
Morte
RESPOSTA ISQUÊMICA
• Sintomas:
NENHUM
Angina – DOR NO PEITO PARA O BRAÇO
Tontura, desmaios – PERDA DE CONSCIÊNCIA
Baixa tolerância ao esforço - CANSAÇO
Dispnéia desproporcional ao esforço – FALTA DE AR
Incompetência cronotrópica – FC NÃO AUMENTA
Déficit inotrópico – PAS NÃO AUMENTA
ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS
INDUZIDAS PELO EXERCÍCIO
REPOUSO EXERCÍCIO
ALTERAÇÃO DO SEGMENTO ST
RESPOSTA ISQUÊMICA
• Alterações eletrocardiográficas;
Alterações de repolarização
infradesnivelamento do segmento ST
supradesnivelamento do segmento ST
Arritmias complexas
ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST
Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981
-0.2
-0.1
0
CARGA 1 CARGA 2
(mm)
*
*
CARDIOPATA COM TESTE POSITIVO
FC – em que ocorre a isquemia
Acima desse nível
Aumenta Risco
Cardiovascular
NÃO ULTRAPASSAR O LIMIAR
Limiar de Isquemia
REPRODUTIBILIDADE DO SEGMENTO ST
E O DUPLO PRODUTO
0
5000
10000
15000
20000
25000
Dia 1 Dia 2
(bpmxmmHg)
-3
-2.5
-2
-1.5
-1
-0.5
0
Dia 1 Dia 2
(mm)
DUPLO PRODUTO DUPLO PRODUTO
Bertagnoli et al. Am.J.Physiol. 65:314-7,1990
ESTEIRA
SEGMENTO ST
ESTEIRA X CICLOERGÔMETRO
WICKS et al. Circulation 57:1066-1070, 1978.
Braço Perna
FC (bat/min) 128  26 121  29 NS
PAS (mmHg) 149  18 161  17 NS
DP (FC x PAS/100) 190  45 198  65 NS
Carga (kgm/min) 364  170 557  256 *
Adaptado de DeBusk et al. Circulation 58: 368-75, 2000
LIMIAR DE ISQUEMIA
NO EXERCÍCIO COM MEMBROS SUPERIORES
LIMIAR DE ISQUEMIA – NA ÁGUA
Exercício no Meio Líquido
• Não há como saber o limiar de isquemia na água
• Não faz ECG na água
• FC mais baixa e PAS mais alta
• Analgesia da água- camufla angina
RISCOS DO EXERCÍCIO DE FORÇA
NA DAC
MENOR RISCO DE ISQUEMIA
RESISTIDO
40 e 70% 1RM
- sem isquemia
- sem arritmias
-- sem disfunção ventricular
Haslam et al. J. Cardiop. Rehabil. 8:213-25, 1988
EXERCÍCIO COM GRANDE COMPONENTE ISOMÉTRICO
 FC   PAS
  PAD
Durante o Exercício
Após o Exercício
 PAD
   DP
 Trabalho
Coração
 Demanda
 Oferta
< Isquemia
 Oferta
> Isquemia
EXERCÍCIO E INFARTO
• Risco 6 vezes maior no exercício
• Homem – 40 anos – não fumante - 1 em para 6 em 1 milhão
• Somente exercício intenso
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
• Risco aumentado em cardiopatas
0
1
2
3
4
5
6
7
Durante P1h P2h P3h P4h P5h
Risco
de
IAM
EVOLUÇÃO PARA O INFARTO
 Trombose – lesão secundária
 Embolismo
 Vasoespasmo
 Obstrução crônica lenta
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Exercício:
 velocidade de fluxo
Modificações metabólicas
Facilita lesão secundária
Facilita formação de trombos
Facilita formação de êmbolos
Dependente da Intensidade
EXERCÍCIO AERÓBIO
BENEFÍCIO NA DAC
EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO
NA FUNÇÃO CARDÍACA
• VS
• FC
• DC
• PAS e PAD
• DP
DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA



 


0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
<2 2 a 5 5 a 10 10 a 30 > 30
Duração do Episódio Isquêmico (min)
Número
de
Episódios Pré
Pós
EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO
NA ISQUEMIA
Todd e Ballantyne Br.Heart J. 68:560-6,1992.
EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO
CIRCULAÇÃO CARDÍACA
Regressão da Placa
Dieta baixa gordura + exercício
- Controle -  0,13 mm
- Intervenção -  placa
- Intervenção mais 9204kJ/semana -  placa
Hambrecht et al. JACC 1993; 22:468-77
Aumento de
calibre da
coronária
Kramsch et al. N. Engl. J. Med
305:1483-9, 1981.
Crescimento dos Vasos
Fluxo na Circulação Colateral
Heaton et al. Circulation 57:575-81, 1978.
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
TM ENDO
(ml/min/g)
Pré
Pós 6 sem
Belardinelli et al. Circulation 1998; 97: 553
Cardiomiopatia isquêmica, n=26, 8
sem TF, 60% VO2 pico, cintilografia
miocárdica com tálio
Formação de colaterais
Antes Depois
Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício
InCor
Formação de colaterais
Vasodilatação Coronariana
Laughin. JAP 58:468-76,1985
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
CONTROLE TREINADO
Fluxo
Coronariano
(ml/min/100g)
Basal
Adenosina
TF x Disfunção endotelial
Hambrecht et al. Circulation 2003, 107: 3152-3158
Gielen et al. Circulation. 2001;103:e1-e6
Treinamento Aeróbio e Circulação Coronariana
 Regressão da Arterosclerose
 Aumento do calibre das artérias
 Formação de colaterais
 Melhora da função endotelial
Linke et al. Progress in Cardiov Dis 2006; 48:270-84
AUMENTO DO FLUXO CORONARIANO
TF x Fluxo coronariano
Resposta vasodilatadora coronária durante infusão da acetilcolina pré e pós TF
Pacientes com DAC, pós IAM. TF em bicicleta, 6 x por dia (5 min de aquecimento, 10 de bicicleta, e 5 de relaxamento),
durante 4 semanas.
Intensidade: 80% da FC max Hambrecht et al. N Engl J Med 2000, 342(7): 454
EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO
NO FLUXO CORONARIANO
• Fluxo Coronariano
• OFERTA
• RISCO DE ISQUEMIA


EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO
NA FUNÇÃO CARDÍACA
• VS
• FC
• DC
• PAS e PAD
• DP
DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA



 
 

• Fluxo Coronariano
• OFERTA


ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST
Pré
Pós
• Diminui isquemia para determinada carga
Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981
-0.2
-0.1
0
CARGA 1 CARGA 2
(mm)
*
*
DESNÍVEL SEGMENTO ST
-0.3
-0.2
-0.1
0
20 30
(mm)
Aumenta limiar de angina
Isquemia em DP, FC e carga mais altas
Faz mais exercício sem isquemia
Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981
Cooksey JD. et al. (Am J Cardiol 42: 372-376, 1978)
Aumento do Limiar de Angina
3 Meses de CF
EVOLUÇÃO PARA O INFARTO
 Trombose – lesão secundária
 Embolismo
 Vasoespasmo
 Obstrução crônica lenta
Cria colaterais
Reduz efeito de obstrução
Aumenta sobrevivência a infarto
Reduz Vasoconstrição
Reduz chance de espasmo
Aumenta Vasodilatação
EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO
PREVENÇÃO DE ACOMETIMENTOS
Modifica fator de coagulação Reduz chance de embolismo
Diminui velocidade de fluxo
para a mesma intensidade
Reduz chance de trombose
EXERCÍCIO E INFARTO
Programas de Reabilitação -
Redução
25% reinfarte fatal
Efeito do Treinamento de Força
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
EFEITO DO EXERCÍCIO
NOS FATORES DE RISCO
 LDL
COLESTEROL
HDL
COLESTEROL
 TRIGLICÉRIDES
 PRESSÃO
ARTERIAL
 OBESIDADE
CONTROLA
DIABETES
 ESTRESSE
FUMO
SOCIAL
Aeróbio Resistido
Densidade òssea    
%Gordura  
Massa Magra   
Força    
Sensibilidade à Insulina    
HDL    
LDL    
PAS   
PAD   
FC   
VO2max    
Metabolismo basal   
Adaptado de Pollock et al. Circulation 101:828-833, 2000
Comparação com Resistido
Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
Iestra et al., Circulation. 2005;112:924-934
Custo:
TF x Ang
$ 3,429 x $ 6,956
RISCOS BENEFÍCIOS
REABILITAÇÃO
167 Programas 51303 pacientes 2351916 horas
21 paradas cardíacas 1 por 111996 pacientes-hora
8 infartes do miocárdio 1 por 293990 pacientes-hora
3 fatalidades 1 por 783972 pacientes-hora
29 complicações cardíacas 1 por 81101 pacientes-hora
Camp J.Cardiop.Rehab. 11:64-70, 1991
RISCOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA
Estima-se:
IM e parada cardíaca ressuscitada
• 1 em 50-120 mil pacientes-hora de exercício supervisionado
Evento Fatal
• 2 eventos em cada 1,5 milhão paciente-horas
Thompson DR & Clark AM Heart 95(23): 1897-1900, 2009.
METANÁLISE SOBRE REABILITAÇÃO CARDÍACA
- 48 Estudos bem controlados
- 8940 Pacientes
Participação em um programa de reabilitação cardíaca:
 20% Mortalidade por todas as causas (p= 0,005)
 26% Mortalidade cardiovascular (p=0,002)
Taylor et al. Am.J.Med. 2004; 116:682-697
Estudo populacional nos Estados Unidos da América
Mais de 600.000 pacientes acompanhados de 1 a 5 anos.
• 12% dos pacientes Reabilitação cardíaca
• + 25 sessões no ano após alta vs. pouca ou nenhuma sessão:
↓ 58% taxa de mortalidade em um 1 ano
↓ 19% taxa de mortalidade em 5 anos
Suaya JA et al. JACC, 2009
Reabilitação cardíaca x Taxa de sobrevivência em
pacientes idosos com DAC
CUIDADOS DO EXERCÍCIO NA DAC
• Não ultrapassar limiar de isquemia
segurança – pelo menos 10 batimentos abaixo do limiar
• Se tiver sintoma
parar o exercício
administrar nitroglicerina - 1 cp a cada 5 min até 3 cp
• Com revascularização recente
evitar movimentos de tórax
• Não se exercitar se: angina instável
suspeita de infarto
CASO
RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano.
Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca.
Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias
ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a
alta, fez cateterismo e colocou um stent.
Está bem desde então. Nega dor precordial.
Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia,
Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições.
Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético.
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= 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90
mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
Quer fazer hidroginástica.
PERGUNTAS
Considerando o caso inicial, complete o quadro abaixo com
os principais riscos e benefícios e condutas para reduzir o
risco.
Riscos
Isquemia
Infarto
Parada
Morte
Redução da chance de isquemia
Aumento do limiar de isquemia
Mais exercício sem isquemia
Redução da chance de infarto fatal
Benefícios Condutas
Exercitar
abaixo do
limiar
Caso JAF

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  • 1. RISCO E BENEFÍCIO DO EXERCÍCIO FÍSICO NA DOENÇA DA ARTERIAL CORONÁRIA Profa. Dra. Cláudia Forjaz cforjaz@usp.br São Paulo
  • 2. CASO RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. Quer fazer hidroginástica.
  • 3. QUAL A DOENÇA CARDÍACA PRESENTE ? POR QUE?
  • 4. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
  • 5. DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA – DAC DOENÇA ISQUEMICA DO CORAÇÃO – DIC INSUFICIÊNCIA CORONARIANA - IC Obstrução Placa de Ateroma
  • 6.
  • 7.
  • 9. Obstrução Placa de Ateroma Necessidade de Sangue DEMANDA ENERGÉTICA Oferta de Sangue FLUXO CORONARIANO = NORMAL Necessidade de Sangue DEMANDA ENERGÉTICA Oferta de Sangue FLUXO CORONARIANO > ISQUEMIA CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA
  • 10. Dor – Angina Comprometimento da função coração – cansaço, parar ATEROSCLEROSE ISQUEMIA FLUXO SANGUE < NECESSIDADE Repouso - fluxo OK Aumenta função - > necessidade fluxo – fluxo < menor que o necessário ISQUEMIA
  • 11. SINTOMAS DA ISQUEMIA • Dor no peito (angina)
  • 13.
  • 14. SINTOMAS DA ISQUEMIA • Dor no peito (angina) • Falta de ar • Tontura, Desmaios • Cansaço fácil
  • 17. CONSEQUÊNCIAS DA PLACA DE ATEROMA 100 % • Falta sangue - INFARTO - Dor (isquemia total) Muito forte Morte
  • 18. Evolução da Placa  Crescimento lento – vai crescendo ao longo dos anos  Trombose – lesão secundária – aumenta abruptamente  Embolismo – coágulo de outra região se prende à placa  Vasoconstrição – a artéria ao redor da placa se contrai
  • 20. FORMAS CLÍNICAS DA ANGINA ESTÁVEL: DOR CARDÍACA PREVISÍVEL DESENCADEADA POR EXERCÍCIO E EMOÇÕES DURAÇÃO DE ATÉ 15 MIN MELHORA COM REPOUSO E VASODILATADOR PLACA NÃO COMPLICADA INSTÁVEL: DOR CARDÍACA DE CARATER IMPREVISÍVEL MAIS PROLONGADA E INTENSA PODE DESENCADEAR EM REPOUSO TROMBO PARCIALMENTE OCLUSIVO EM PLACA
  • 21. TRATAMENTO CLÍNICO  ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS - AAS  VASODILATADORES - NITRATOS  REDUÇÃO TRABALHO - BETABLOQUEADORES CIRÚRGICO ANGIOPLASTIA - STENT  REVASCULARIZAÇÃO - PONTES DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA
  • 26. Atherosclerotic narrowing of a vessel Bypass
  • 27.
  • 28.
  • 29. DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST.
  • 30. Risco cardiovascular Para a Prática de Exercício RISCOS BENEFÍCIOS
  • 31. 75% 25% Maiores de 35 anos Causa de óbito por doenças cardiovascular no Exercício
  • 33.  FC  PAS  SNS Exercício  DP  Trabalho  Necessidade De Sangue
  • 34. DUPLO PRODUTO 0 5 10 15 20 25 30 CARGA 1 CARGA 2 (FC x PAS x 10 -3 ) Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 * * Pré
  • 35. ISQUEMIA 0 50 100 150 200 250 300 0 10 20 30 40 Duplo Produto x103 Fluxo Miocárdio (ml/min) Normal Lesão 75% Lesão 50% isquemia
  • 37. RESPOSTA ISQUÊMICA • Sintomas: NENHUM Angina – DOR NO PEITO PARA O BRAÇO Tontura, desmaios – PERDA DE CONSCIÊNCIA Baixa tolerância ao esforço - CANSAÇO Dispnéia desproporcional ao esforço – FALTA DE AR Incompetência cronotrópica – FC NÃO AUMENTA Déficit inotrópico – PAS NÃO AUMENTA
  • 38. ALTERAÇÕES ISQUÊMICAS INDUZIDAS PELO EXERCÍCIO REPOUSO EXERCÍCIO ALTERAÇÃO DO SEGMENTO ST
  • 39. RESPOSTA ISQUÊMICA • Alterações eletrocardiográficas; Alterações de repolarização infradesnivelamento do segmento ST supradesnivelamento do segmento ST Arritmias complexas
  • 40. ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 -0.2 -0.1 0 CARGA 1 CARGA 2 (mm) * *
  • 41. CARDIOPATA COM TESTE POSITIVO FC – em que ocorre a isquemia Acima desse nível Aumenta Risco Cardiovascular NÃO ULTRAPASSAR O LIMIAR Limiar de Isquemia
  • 42. REPRODUTIBILIDADE DO SEGMENTO ST E O DUPLO PRODUTO 0 5000 10000 15000 20000 25000 Dia 1 Dia 2 (bpmxmmHg) -3 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 Dia 1 Dia 2 (mm) DUPLO PRODUTO DUPLO PRODUTO Bertagnoli et al. Am.J.Physiol. 65:314-7,1990 ESTEIRA
  • 43. SEGMENTO ST ESTEIRA X CICLOERGÔMETRO WICKS et al. Circulation 57:1066-1070, 1978.
  • 44. Braço Perna FC (bat/min) 128  26 121  29 NS PAS (mmHg) 149  18 161  17 NS DP (FC x PAS/100) 190  45 198  65 NS Carga (kgm/min) 364  170 557  256 * Adaptado de DeBusk et al. Circulation 58: 368-75, 2000 LIMIAR DE ISQUEMIA NO EXERCÍCIO COM MEMBROS SUPERIORES
  • 45. LIMIAR DE ISQUEMIA – NA ÁGUA Exercício no Meio Líquido • Não há como saber o limiar de isquemia na água • Não faz ECG na água • FC mais baixa e PAS mais alta • Analgesia da água- camufla angina
  • 46. RISCOS DO EXERCÍCIO DE FORÇA NA DAC
  • 47. MENOR RISCO DE ISQUEMIA RESISTIDO 40 e 70% 1RM - sem isquemia - sem arritmias -- sem disfunção ventricular Haslam et al. J. Cardiop. Rehabil. 8:213-25, 1988
  • 48. EXERCÍCIO COM GRANDE COMPONENTE ISOMÉTRICO  FC   PAS   PAD Durante o Exercício Após o Exercício  PAD    DP  Trabalho Coração  Demanda  Oferta < Isquemia  Oferta > Isquemia
  • 50. • Risco 6 vezes maior no exercício • Homem – 40 anos – não fumante - 1 em para 6 em 1 milhão • Somente exercício intenso INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO • Risco aumentado em cardiopatas 0 1 2 3 4 5 6 7 Durante P1h P2h P3h P4h P5h Risco de IAM
  • 51. EVOLUÇÃO PARA O INFARTO  Trombose – lesão secundária  Embolismo  Vasoespasmo  Obstrução crônica lenta
  • 52. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Exercício:  velocidade de fluxo Modificações metabólicas Facilita lesão secundária Facilita formação de trombos Facilita formação de êmbolos Dependente da Intensidade
  • 54. EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NA FUNÇÃO CARDÍACA • VS • FC • DC • PAS e PAD • DP DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA       
  • 55. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 <2 2 a 5 5 a 10 10 a 30 > 30 Duração do Episódio Isquêmico (min) Número de Episódios Pré Pós EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO NA ISQUEMIA Todd e Ballantyne Br.Heart J. 68:560-6,1992.
  • 56. EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO CIRCULAÇÃO CARDÍACA
  • 57. Regressão da Placa Dieta baixa gordura + exercício - Controle -  0,13 mm - Intervenção -  placa - Intervenção mais 9204kJ/semana -  placa Hambrecht et al. JACC 1993; 22:468-77
  • 58. Aumento de calibre da coronária Kramsch et al. N. Engl. J. Med 305:1483-9, 1981. Crescimento dos Vasos
  • 59. Fluxo na Circulação Colateral Heaton et al. Circulation 57:575-81, 1978. 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 TM ENDO (ml/min/g) Pré Pós 6 sem
  • 60. Belardinelli et al. Circulation 1998; 97: 553 Cardiomiopatia isquêmica, n=26, 8 sem TF, 60% VO2 pico, cintilografia miocárdica com tálio Formação de colaterais
  • 61. Antes Depois Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício InCor Formação de colaterais
  • 62. Vasodilatação Coronariana Laughin. JAP 58:468-76,1985 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 CONTROLE TREINADO Fluxo Coronariano (ml/min/100g) Basal Adenosina
  • 63. TF x Disfunção endotelial Hambrecht et al. Circulation 2003, 107: 3152-3158
  • 64. Gielen et al. Circulation. 2001;103:e1-e6
  • 65. Treinamento Aeróbio e Circulação Coronariana  Regressão da Arterosclerose  Aumento do calibre das artérias  Formação de colaterais  Melhora da função endotelial Linke et al. Progress in Cardiov Dis 2006; 48:270-84 AUMENTO DO FLUXO CORONARIANO
  • 66. TF x Fluxo coronariano Resposta vasodilatadora coronária durante infusão da acetilcolina pré e pós TF Pacientes com DAC, pós IAM. TF em bicicleta, 6 x por dia (5 min de aquecimento, 10 de bicicleta, e 5 de relaxamento), durante 4 semanas. Intensidade: 80% da FC max Hambrecht et al. N Engl J Med 2000, 342(7): 454
  • 67. EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NO FLUXO CORONARIANO • Fluxo Coronariano • OFERTA • RISCO DE ISQUEMIA  
  • 68. EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NA FUNÇÃO CARDÍACA • VS • FC • DC • PAS e PAD • DP DEMANDA RISCO DE ISQUEMIA         • Fluxo Coronariano • OFERTA  
  • 69. ISQUEMIA – DESNÍVEL SEGMENTO ST Pré Pós • Diminui isquemia para determinada carga Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981 -0.2 -0.1 0 CARGA 1 CARGA 2 (mm) * *
  • 70. DESNÍVEL SEGMENTO ST -0.3 -0.2 -0.1 0 20 30 (mm) Aumenta limiar de angina Isquemia em DP, FC e carga mais altas Faz mais exercício sem isquemia Ehsani et al. Circulation 64:1116-1124,1981
  • 71. Cooksey JD. et al. (Am J Cardiol 42: 372-376, 1978) Aumento do Limiar de Angina 3 Meses de CF
  • 72. EVOLUÇÃO PARA O INFARTO  Trombose – lesão secundária  Embolismo  Vasoespasmo  Obstrução crônica lenta
  • 73. Cria colaterais Reduz efeito de obstrução Aumenta sobrevivência a infarto Reduz Vasoconstrição Reduz chance de espasmo Aumenta Vasodilatação EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO PREVENÇÃO DE ACOMETIMENTOS Modifica fator de coagulação Reduz chance de embolismo Diminui velocidade de fluxo para a mesma intensidade Reduz chance de trombose
  • 74. EXERCÍCIO E INFARTO Programas de Reabilitação - Redução 25% reinfarte fatal
  • 76. PREVENÇÃO PRIMÁRIA EFEITO DO EXERCÍCIO NOS FATORES DE RISCO  LDL COLESTEROL HDL COLESTEROL  TRIGLICÉRIDES  PRESSÃO ARTERIAL  OBESIDADE CONTROLA DIABETES  ESTRESSE FUMO SOCIAL
  • 77. Aeróbio Resistido Densidade òssea     %Gordura   Massa Magra    Força     Sensibilidade à Insulina     HDL     LDL     PAS    PAD    FC    VO2max     Metabolismo basal    Adaptado de Pollock et al. Circulation 101:828-833, 2000 Comparação com Resistido
  • 78. Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
  • 79. Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
  • 80. Hambrecht et al., Circulation. 2004;109:1371-1378
  • 81. Iestra et al., Circulation. 2005;112:924-934 Custo: TF x Ang $ 3,429 x $ 6,956
  • 83. REABILITAÇÃO 167 Programas 51303 pacientes 2351916 horas 21 paradas cardíacas 1 por 111996 pacientes-hora 8 infartes do miocárdio 1 por 293990 pacientes-hora 3 fatalidades 1 por 783972 pacientes-hora 29 complicações cardíacas 1 por 81101 pacientes-hora Camp J.Cardiop.Rehab. 11:64-70, 1991
  • 84. RISCOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA Estima-se: IM e parada cardíaca ressuscitada • 1 em 50-120 mil pacientes-hora de exercício supervisionado Evento Fatal • 2 eventos em cada 1,5 milhão paciente-horas Thompson DR & Clark AM Heart 95(23): 1897-1900, 2009.
  • 85. METANÁLISE SOBRE REABILITAÇÃO CARDÍACA - 48 Estudos bem controlados - 8940 Pacientes Participação em um programa de reabilitação cardíaca:  20% Mortalidade por todas as causas (p= 0,005)  26% Mortalidade cardiovascular (p=0,002) Taylor et al. Am.J.Med. 2004; 116:682-697
  • 86. Estudo populacional nos Estados Unidos da América Mais de 600.000 pacientes acompanhados de 1 a 5 anos. • 12% dos pacientes Reabilitação cardíaca • + 25 sessões no ano após alta vs. pouca ou nenhuma sessão: ↓ 58% taxa de mortalidade em um 1 ano ↓ 19% taxa de mortalidade em 5 anos Suaya JA et al. JACC, 2009 Reabilitação cardíaca x Taxa de sobrevivência em pacientes idosos com DAC
  • 87.
  • 88. CUIDADOS DO EXERCÍCIO NA DAC • Não ultrapassar limiar de isquemia segurança – pelo menos 10 batimentos abaixo do limiar • Se tiver sintoma parar o exercício administrar nitroglicerina - 1 cp a cada 5 min até 3 cp • Com revascularização recente evitar movimentos de tórax • Não se exercitar se: angina instável suspeita de infarto
  • 89. CASO RGV, 72 anos, masculino, casado, aposentado, natural de São Caetano. Procurou professor de educação física para reabilitação cardíaca. Há 8 meses sofreu um infarto do miocárdio. Precisou ser ressuscitado. Por 6 dias ficou internado na UCO e por mais três semanas no quarto. Quarenta dias após a alta, fez cateterismo e colocou um stent. Está bem desde então. Nega dor precordial. Toma: Balcor (diltiazen) 30 mg três vezes/dia, Zocor (sinvastatina) 10 mg/dia, Somalgin Cardio (aspirina) 325 mg/dia e Prandin (repaglinida) 1 mg às refeições. Nega pressão alta. Tem o colesterol alto. Há dez anos é diabético. Fez teste ergométrico máximo sem uso de medicamento. FC rep = 85 bpm, PA rep = 128/84 mmHg. Atingiu 4 mph 10% com FC max = 140 bpm e PA Max = 210/90 mmHg. Teste foi positivo em 124 bpm, interrompido por desvio do segmento ST. Quer fazer hidroginástica.
  • 90. PERGUNTAS Considerando o caso inicial, complete o quadro abaixo com os principais riscos e benefícios e condutas para reduzir o risco. Riscos Isquemia Infarto Parada Morte Redução da chance de isquemia Aumento do limiar de isquemia Mais exercício sem isquemia Redução da chance de infarto fatal Benefícios Condutas Exercitar abaixo do limiar