TEORIASPEDAGÓGICASCONTEMPORÂNEAS:
NEOCOGNIVISTAS
CONSTRUTIVISMOPÓS-PIAGETIANO,
CIÊNCIACOGNITIVAEACIBERCULTURA
. TEORIA NEOCOGNITIVISTA
Nesta denominação estão incluídas correntes que
introduzem novos aportes ao estudo da
aprendizagem, do desenvolvimento, da cognição e
dainteligência.
Ciênciascognitivas
Construtivismopós-piagetianismo
“O construtivismo, no campo da educação,
refere-seaumateoriaemqueaaprendizagemhumana
éresultadodeumaconstruçãomental realizadapelos
sujeitos combase na sua ação sobre o mundo e na
interação com outros. O ser humano tem uma
potencialidade para aprender a pensar que pode ser
desenvolvidaporqueafaculdadedepensarnãoéinata
eneméprovidadefora.
O construtivismo pós-piagetiano incorpora
contribuições de outras fontes tais como o lugar do
desejo e do outro na aprendizagem, o predomínio da
linguagememrelação à razão, o papel da interação
social naconstruçãodoconhecimento, asingularidade
eapluralidadedossujeitos.(GrossieBordin,1993).”
“O socioconstrutivismo mantém
o papel da ação e da experiência do
sujeito no desenvolvimento cognitivo,
mas introduz com mais vigor o
componente social na aprendizagem,
tornandoclaroopapel determinantedas
significaçõesedasinteraçõessociaisna
construçãodeconhecimentos.”
Essa “construção” pode sofrer
algumasintervenções.
INTERVENÇÕESNAAPRENDIZAGEM
Instrumentoscognitivos;
Reestruturaçõesderepresentações
sociaisreformadasnasinterações
sociais;
Conflitosócio-cognitivoquesurgeem
situaçõesdeinteração;
Experiênciassociaiseculturais.
“A abordagem cognitiva refere-se a
estudosrelacionadosaodesenvolvimentoda
ciência cognitiva associada à utilização de
computadores. Seuobjetivoébuscar novos
modelos e referências para avançar na
investigaçãosobreosprocessospsicológicos
eacognição.
Apartirdapsicolinguística,dateoriada
comunicação e da cibernética (ciência dos
computadores),surgemduasversões:
apsicologiacognitivaeaciênciacognitiva.”
A psicologia cognitiva estuda
diretamente o comportamento inteligente de
sujeitoshumanos, istoé,oserhumanocomo
processadordeinformações.
Aciênciacognitiva,queaprofunda
as analogias entre mente e computador,
visando a construção de modelos
computacionais para entender a cognição
humana. Seuinteresseéaconstruçãode
programas de inteligência artificial que
realizam tarefas que implicam um
comportamentointeligente.(EYSENK&KEANE,1994).
“A CIBERCULTURA É A CULTURA
CONTEMPORÂNEA ESTRUTURADA PELO USO DAS
TECNOLOGIAS DIGITAIS EMREDE NAS ESFERAS DO
CIBERESPAÇO E DAS CIDADES.
COMPREENDEMOS TAIS ESFERAS COMO
ESPAÇOSTEMPOS COTIDIANOS DE
ENSINOAPRENDIZAGEM, QUE PREFERIMOS NOMEAR
DE REDES EDUCATIVAS OU ESPAÇOS
MULTIRREFERENCIAIS DE APRENDIZAGEM.”
Redeseducativassãoespaçostempos
que se instituememmúltiplos contextos, nos
quais vamos tecendo o conhecimento (Alves,
2010).
Espaços multirreferenciais de
aprendizagem são aqueles que contemplam e
articulamdiversos espaços, tempos, linguagens,
tecnologias para alémdos espaços legitimados
pelatradiçãodaciênciamoderna.
Aprendemos com a diversidade e a
pluralidadedereferências.Essasreferênciassão
compreendidas como “estruturantes”, e não
merosadereços(Macedo,2011).
Sendoassimpodemospensar,associara
correnteNeocognivistas.
“Algumas propostas de educação influenciadas
pelo impacto das tecnologias da informação e
comunicação teriam como objetivo desenvolver
competênciascognitivaseoperacionaiscomautilização
decomputadores.”(=ciênciacognitiva)
Ascriançasdehojeviveminseridasnummundo
técnico – informacional e isso até pode auxiliar os
nossosjovensadesenvolvercapacidadescognitivas,de
expressão,interpretação,relatividadeeestratégias,mas
semsubsumir todooprocessoformativoqueimplicao
crescimento do ser humano, domínio gradativo de
conhecimentos, técnicas, habilidades e o
desenvolvimento da capacidade de apropriar - se da
realidade.
“A formação global do ser humano, portanto,
continuasendocondiçãodehumanizaçãoetarefada
pedagogia, onde se inclui certamente o
desenvolvimentodarazão.”
Desta forma podemos destacar a Teoria
PedagógicaNeocognivista, ondeo indivíduoaprende
atravésdasuaação nomundo(real ouvirtual) eda
interação com outras pessoas, como por exemplo
através da “conectividade generalizada que põe em
contatodiretohomensehomens,homensemáquinas,
mas tambémmáquinas e máquinas, que passama
trocar informação de forma autônoma e
independente.”
“Nessa era da conexão, o tempo reduz-se ao
temporeal eoespaço transforma-seemnãoespaço,
mesmo que para isso a importância do espaço real,
como vimos, e do tempo cronológico, que passa,
tenhamsuasimportânciasrenovadas”(Lemos,2003,p.9)
É o lugar do desejo e do outro na
aprendizagem,paraospós-piagetianos,assimcomohá
um predomínio da linguagem em relação a razão,
quando “o conhecimento materializado no aparato
permitequeeste sejacapaznãoapenasdeestender
habilidadessensoriais (issoéóbvio), masohabilita a
estender a capacidade humana de produzir
linguagens.”
“Oconceitoderedesocial nainternetparteda
ideiadeconectar praticantes cominteressescomuns
queinteragemcolaborativamenteapartirdamediação
sociotécnicaedesuasconexões(Santos,2010).”Éa
interaçãosocialnaconstruçãodoconhecimento.
“Forma-se assim um híbrido entre objetos
técnicos e seres humanos em processos de
comunicaçãoedeconstruçãodeconhecimentos.Com
isso, os praticantes se encontram não só para
compartilhar suas autorias, como também – e
sobretudo–paracriarvínculossociaiseafetivospelas
mais diferentes razões objetivas e subjetivas”,
interagindoassimde formasocioconstrutivistacoma
singularidadeepluralidadedosujeito.
“Sendo assim, destacamos a importância de
compreendermososfenômenosdacibercultura, suas
potencialidades comunicacionais e pedagógicas para
que possamos não só interagir com nossos
estudantes,quesãoemsuamaioriapraticantes,como
tambémparainstituirmoscurrículosmaissintonizados
comasculturasdonossotempo.”
A internet e suas interfaces nos permitem,
como meio, alterar fisicamente seus conteúdos,
cocriando outras discussões em outros
espaçostemposdentroouforadainternet,ouseja,no
ciberespaçoenascidades(Santos;Soares,2011).
“Esses novos arranjos espaçotemporais têm
nãosóampliadoanoçãodeciberculturacomocultura
da internet como também vêm instituindo outros
espaçostempos cotidianos para a comunicação, a
educação,aformaçãoeapesquisaacadêmica.Assim,
atosdecurrículotambémvãoseinstituindo, umavez
que, comintencionalidade pedagógica, podemosnão
só arquitetar como também mediar situações de
aprendizagem sintonizadas com diversas
redeseducativas.
Asnoçõesde“redeseducativas”edeespaços
multirreferenciais de aprendizagem dão conta dos
espaçostempos plurais e diversos, em que os
praticantes ensinamaprendem instituindo itinerâncias
cotidianasnoecomomundo.”
Desta forma podemos pensar na educação
online, aplicadapuramentecomateorianeocognivista
ou mesclada com outras teorias pedagógicas
contemporâneas,vistoqueestaéo“conjuntodeações
de ensinoaprendizagem mediadas por interfaces
digitaisemredenociberespaço(interfaces, ambientes
virtuaisde aprendizagem, redessociaisdainternet) e
nas cidades (laboratórios de informática, infocentros,
telecentros, lan houses, computadores e dispositivos
móveisemespaçosmultirreferenciais–escolas,ONGs,
empresaseuniversidades, entreoutros). Essasações
podemserplanejadasouespontâneas.”
Açõesplanejadasnos remetemaoscurrículos
que em“tempos de cibercultura contamcomnovas
potencialidadescomunicacionaiseeducativasquenos
permitemaconvergênciacommídiasemeiosdiversos
de comunicação”, que devem passar por um olhar
crítico e gerar “usos deslocados dos contextos
midiáticosemsi.”
Assim,concluímos que o desafio para educar
emtempos de tecnologia digital e da cibercultura é
fazer a mediação entre a potencialidade da
interatividade, (que possui uma infinidade de
informações) se transformar em conhecimento
“construtivo”,paraqueoalunonão„naufrague”.
REFERÊNCIAS
Libâneo, JoséC. - ASTEORIASPEDAGÓGICAS
MODERNAS RESIGINIFICADAS PELO DEBATE
CONTEMPORÂNEONAEDUCAÇÃO.
Santos, Edméa - A CIBERCULTURA E A
EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE MOBILIDADE E
REDESSOCIAIS:Conversandocomoscotidianos-
PROPED/UERJ

Neocognivistas e a Cibercultura

  • 1.
  • 2.
    . TEORIA NEOCOGNITIVISTA Nestadenominação estão incluídas correntes que introduzem novos aportes ao estudo da aprendizagem, do desenvolvimento, da cognição e dainteligência. Ciênciascognitivas Construtivismopós-piagetianismo
  • 3.
    “O construtivismo, nocampo da educação, refere-seaumateoriaemqueaaprendizagemhumana éresultadodeumaconstruçãomental realizadapelos sujeitos combase na sua ação sobre o mundo e na interação com outros. O ser humano tem uma potencialidade para aprender a pensar que pode ser desenvolvidaporqueafaculdadedepensarnãoéinata eneméprovidadefora. O construtivismo pós-piagetiano incorpora contribuições de outras fontes tais como o lugar do desejo e do outro na aprendizagem, o predomínio da linguagememrelação à razão, o papel da interação social naconstruçãodoconhecimento, asingularidade eapluralidadedossujeitos.(GrossieBordin,1993).”
  • 4.
    “O socioconstrutivismo mantém opapel da ação e da experiência do sujeito no desenvolvimento cognitivo, mas introduz com mais vigor o componente social na aprendizagem, tornandoclaroopapel determinantedas significaçõesedasinteraçõessociaisna construçãodeconhecimentos.” Essa “construção” pode sofrer algumasintervenções.
  • 5.
  • 6.
    “A abordagem cognitivarefere-se a estudosrelacionadosaodesenvolvimentoda ciência cognitiva associada à utilização de computadores. Seuobjetivoébuscar novos modelos e referências para avançar na investigaçãosobreosprocessospsicológicos eacognição. Apartirdapsicolinguística,dateoriada comunicação e da cibernética (ciência dos computadores),surgemduasversões: apsicologiacognitivaeaciênciacognitiva.”
  • 7.
    A psicologia cognitivaestuda diretamente o comportamento inteligente de sujeitoshumanos, istoé,oserhumanocomo processadordeinformações. Aciênciacognitiva,queaprofunda as analogias entre mente e computador, visando a construção de modelos computacionais para entender a cognição humana. Seuinteresseéaconstruçãode programas de inteligência artificial que realizam tarefas que implicam um comportamentointeligente.(EYSENK&KEANE,1994).
  • 8.
    “A CIBERCULTURA ÉA CULTURA CONTEMPORÂNEA ESTRUTURADA PELO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS EMREDE NAS ESFERAS DO CIBERESPAÇO E DAS CIDADES. COMPREENDEMOS TAIS ESFERAS COMO ESPAÇOSTEMPOS COTIDIANOS DE ENSINOAPRENDIZAGEM, QUE PREFERIMOS NOMEAR DE REDES EDUCATIVAS OU ESPAÇOS MULTIRREFERENCIAIS DE APRENDIZAGEM.”
  • 9.
    Redeseducativassãoespaçostempos que se instituememmúltiploscontextos, nos quais vamos tecendo o conhecimento (Alves, 2010). Espaços multirreferenciais de aprendizagem são aqueles que contemplam e articulamdiversos espaços, tempos, linguagens, tecnologias para alémdos espaços legitimados pelatradiçãodaciênciamoderna. Aprendemos com a diversidade e a pluralidadedereferências.Essasreferênciassão compreendidas como “estruturantes”, e não merosadereços(Macedo,2011). Sendoassimpodemospensar,associara correnteNeocognivistas.
  • 10.
    “Algumas propostas deeducação influenciadas pelo impacto das tecnologias da informação e comunicação teriam como objetivo desenvolver competênciascognitivaseoperacionaiscomautilização decomputadores.”(=ciênciacognitiva) Ascriançasdehojeviveminseridasnummundo técnico – informacional e isso até pode auxiliar os nossosjovensadesenvolvercapacidadescognitivas,de expressão,interpretação,relatividadeeestratégias,mas semsubsumir todooprocessoformativoqueimplicao crescimento do ser humano, domínio gradativo de conhecimentos, técnicas, habilidades e o desenvolvimento da capacidade de apropriar - se da realidade.
  • 11.
    “A formação globaldo ser humano, portanto, continuasendocondiçãodehumanizaçãoetarefada pedagogia, onde se inclui certamente o desenvolvimentodarazão.” Desta forma podemos destacar a Teoria PedagógicaNeocognivista, ondeo indivíduoaprende atravésdasuaação nomundo(real ouvirtual) eda interação com outras pessoas, como por exemplo através da “conectividade generalizada que põe em contatodiretohomensehomens,homensemáquinas, mas tambémmáquinas e máquinas, que passama trocar informação de forma autônoma e independente.”
  • 12.
    “Nessa era daconexão, o tempo reduz-se ao temporeal eoespaço transforma-seemnãoespaço, mesmo que para isso a importância do espaço real, como vimos, e do tempo cronológico, que passa, tenhamsuasimportânciasrenovadas”(Lemos,2003,p.9) É o lugar do desejo e do outro na aprendizagem,paraospós-piagetianos,assimcomohá um predomínio da linguagem em relação a razão, quando “o conhecimento materializado no aparato permitequeeste sejacapaznãoapenasdeestender habilidadessensoriais (issoéóbvio), masohabilita a estender a capacidade humana de produzir linguagens.”
  • 13.
    “Oconceitoderedesocial nainternetparteda ideiadeconectar praticantescominteressescomuns queinteragemcolaborativamenteapartirdamediação sociotécnicaedesuasconexões(Santos,2010).”Éa interaçãosocialnaconstruçãodoconhecimento. “Forma-se assim um híbrido entre objetos técnicos e seres humanos em processos de comunicaçãoedeconstruçãodeconhecimentos.Com isso, os praticantes se encontram não só para compartilhar suas autorias, como também – e sobretudo–paracriarvínculossociaiseafetivospelas mais diferentes razões objetivas e subjetivas”, interagindoassimde formasocioconstrutivistacoma singularidadeepluralidadedosujeito.
  • 14.
    “Sendo assim, destacamosa importância de compreendermososfenômenosdacibercultura, suas potencialidades comunicacionais e pedagógicas para que possamos não só interagir com nossos estudantes,quesãoemsuamaioriapraticantes,como tambémparainstituirmoscurrículosmaissintonizados comasculturasdonossotempo.” A internet e suas interfaces nos permitem, como meio, alterar fisicamente seus conteúdos, cocriando outras discussões em outros espaçostemposdentroouforadainternet,ouseja,no ciberespaçoenascidades(Santos;Soares,2011).
  • 15.
    “Esses novos arranjosespaçotemporais têm nãosóampliadoanoçãodeciberculturacomocultura da internet como também vêm instituindo outros espaçostempos cotidianos para a comunicação, a educação,aformaçãoeapesquisaacadêmica.Assim, atosdecurrículotambémvãoseinstituindo, umavez que, comintencionalidade pedagógica, podemosnão só arquitetar como também mediar situações de aprendizagem sintonizadas com diversas redeseducativas. Asnoçõesde“redeseducativas”edeespaços multirreferenciais de aprendizagem dão conta dos espaçostempos plurais e diversos, em que os praticantes ensinamaprendem instituindo itinerâncias cotidianasnoecomomundo.”
  • 16.
    Desta forma podemospensar na educação online, aplicadapuramentecomateorianeocognivista ou mesclada com outras teorias pedagógicas contemporâneas,vistoqueestaéo“conjuntodeações de ensinoaprendizagem mediadas por interfaces digitaisemredenociberespaço(interfaces, ambientes virtuaisde aprendizagem, redessociaisdainternet) e nas cidades (laboratórios de informática, infocentros, telecentros, lan houses, computadores e dispositivos móveisemespaçosmultirreferenciais–escolas,ONGs, empresaseuniversidades, entreoutros). Essasações podemserplanejadasouespontâneas.”
  • 17.
    Açõesplanejadasnos remetemaoscurrículos que em“temposde cibercultura contamcomnovas potencialidadescomunicacionaiseeducativasquenos permitemaconvergênciacommídiasemeiosdiversos de comunicação”, que devem passar por um olhar crítico e gerar “usos deslocados dos contextos midiáticosemsi.” Assim,concluímos que o desafio para educar emtempos de tecnologia digital e da cibercultura é fazer a mediação entre a potencialidade da interatividade, (que possui uma infinidade de informações) se transformar em conhecimento “construtivo”,paraqueoalunonão„naufrague”.
  • 18.
    REFERÊNCIAS Libâneo, JoséC. -ASTEORIASPEDAGÓGICAS MODERNAS RESIGINIFICADAS PELO DEBATE CONTEMPORÂNEONAEDUCAÇÃO. Santos, Edméa - A CIBERCULTURA E A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE MOBILIDADE E REDESSOCIAIS:Conversandocomoscotidianos- PROPED/UERJ