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Cinemática do trauma no
APH.
2° MÓDULO
Instrutor: Wagner Henrique
Introdução
 O manejo bem sucedido dos pacientes vitimas de trauma, depende da identificação
das lesões ou das potenciais lesões, e da utilização de boas habilidades de
avaliação.
 Geralmente é difícil determinar no ambiente pré-hospitalar a lesão exata produzida,
mas compreender o potencial de lesões e o potencial de perda significativa de
sangue, permitirá que o socorrista de atendimento pré-hospitalar use suas
habilidades de pensamento crítico para reconhecer esta possibilidade, e realizar
adequadamente a triagem e o manejo das decisões remotas.
 Cinemática é o ramo da mecânica que lida com o movimento de objetos, sem
referência as forças que causam o movimento.
Princípios gerais
 Um evento traumático é dividido em três fases: Pré-evento, evento e pós-evento.
 Pré-evento: é a fase da prevenção.
 Evento: é a etapa do momento traumático que envolve a troca de energia ou a
cinemática (mecânica de energia).
 Pós-evento: é a etapa de atendimento ao paciente.
 Independentemente do trauma ter sido causado por uma colisão automobilística, uma
arma, uma queda ou desmoronamento, a energia é transformada em lesão quando é
absorvida pelo corpo.
Pré-evento
 A fase Pré-evento inclui todos os eventos que procedem o
incidente. As condições presentes antes da ocorrência do
incidente e que são importantes no tratamento das lesões
do paciente são avaliadas como parte do Pré-evento na
história.
 Normalmente, os pacientes jovens de trauma não tem
doenças crônicas, como pacientes mais velhos. No entanto,
as condições médicas presentes antes do evento de trauma
podem causar sérias complicações na avaliação pré-
hospitalar e no manejo do paciente, podendo influenciar
significativamente o prognóstico.
Evento
 A fase do evento começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e
um segundo objeto. O segundo objeto pode estar em movimento ou parado e pode
ser tanto um objeto quanto uma pessoa. Usando uma colisão de veículos como
exemplo, três impactos ocorrem na maioria dos incidentes de carro.
1. O impacto de dois objetos
2. O impacto dos passageiros dentro do veiculo
3. O impacto dos órgãos vitais dentro dos passageiros
Pós-evento
 Durante a fase pós-evento, as informações coletadas sobre a colisão, e a fase Pré-
evento são usadas para avaliar e atender o paciente. Essa fase começa assim que a
energia do choque é absorvida. O inicio das complicações de um trauma que põe a
vida em risco, pode ser lento ou rápido (ou estas complicações podem ser até
evitadas ou significativamente reduzidas), dependendo em parte dos cuidados
fornecidos no local e a caminho do hospital.
 O socorrista de atendimento pré-hospitalar atento, irá utilizar o seu conhecimento de
cinemática no processo de observação da cena para determinar quais forças e quais
movimentos estavam envolvidos e quais lesões podem ter resultado da ação dessas
forças.
Leis da energia e do movimento
 A troca de energia de um veiculo em movimento para um pedestre, esmaga os
tecidos e transfere velocidade e energia ao pedestre, empurrando a vitima para
longe do ponto de impacto. Pode ocorrer lesão á vitima tanto quando o pedestre
ser jogado no chão ou em outro veiculo.
CAVITAÇÃO
Cavitação
 Uma cavidade temporária: é causada pela distensão dos tecidos que ocorre o impacto. Devido
ás propriedades elásticas dos tecidos do corpo, parte ou todo o conteúdo da cavidade
temporária retornam a sua posição anterior. O tamanho, o formato e as porções da cavidade
que se tornam parte do dano permanente dependem do tipo de tecido, da elasticidade do
tecido e da capacidade de recuperação tecidual.
 Uma cavidade permanente: é deixada após o colapso da cavidade temporária, e é a parte
visível da destruição tecidual. Além disso, há uma cavidade de esmagamento produzida pelo
impacto direto do objeto sobre o tecido. Ambas as cavidades podem ser vista quando o
paciente é examinado.
Cavidade temporária Cavidade permanente
Tecido lesado e estirado ao ser
atravessado por projétil.
TRAUMA FECHADO E
PENETRANTE
Conceito
 Um trauma geralmente é classificado como fechado ou
penetrante. No entanto, a energia trocada e as lesões
produzidas são parecidas nos dois tipos de trauma.
 A cavitação no trauma fechado geralmente é apenas uma
cavidade temporária e é direcionada para longe do ponto
de impacto. O trauma penetrante cria tanto uma cavidade
permanente quanto uma temporária. A cavidade
temporária que é criada se espalha para longe da trajetória
desse projétil tanto na direção lateral quanto frontal.
Armas de baixa energia
 As armas de baixa energia, são armas usadas com uma mão, como uma faca ou um
picador de gelo.
 Essas armas produzem lesões somente com suas pontas afiadas ou bordas cortantes.
 Como estas são lesões de baixa velocidade, são normalmente associadas com trauma
secundário inferior (isto é, ocorre menor cavitação).
 As lesões nestas vítimas, podem ser previstas analisando a trajetória da arma dentro
do corpo. Se a arma foi removida, o socorrista deve tentar identificar o tipo de arma
utilizada, se o tempo permitir.
Trauma penetrante
 Um agressor pode esfaquear uma vitima e girar a faca dentro do
corpo. Um ferimento com uma entrada simples, pode portanto,
dar uma falsa sensação de segurança ao socorrista.
 O ferimento de entrada pode ser pequeno, mas a lesão interna
pode ser grande. O alcance potencial da lâmina inserida é uma
área de possível dano.
Ferimento Arma Branca - FAB
Os danos produzidos por uma faca, dependem do
movimento da lâmina dentro da vítima.
COLISÕES DE VEÍCULOS
Colisões com veículos
 Muitas formas de trauma fechado ocorrem, mais os incidentes de trânsito, incluindo colisões com motociclistas
são os mais comuns.
 Colisões de veículos podem ser divididas em cinco tipos:
1 – Impacto frontal
2 – Impacto traseiro
3 – Impacto lateral
4 – Impacto rotacional (angular)
5 – Capotamento
Embora cada padrão tenha variações, a identificação precisa dos cinco padrões, irá fornecer índices sobre outros tipos
semelhantes de colisão.
Impacto frontal
 A coluna de direção é impactada pelo tórax, talvez no centro do esterno. Da mesma forma que o
carro continua em movimento para frente, deformando significativamente a frente do veiculo, o
mesmo ocorrerá com o peito do condutor.
 Quando o esterno interrompe o movimento de avanço em relação ao painel, a parede torácica
posterior continua até que a energia seja absorvida pela flexão e possível fratura das costelas.
Este processo também irá esmagar o coração e os pulmões, que estão presos entre o esterno, a
coluna vertebral e a parede torácica posterior.
 Embora o veiculo repetidamente deixe de avançar em um impacto frontal, o passageiro continua
a se mover e vai seguir uma das duas trajetórias possíveis: Por cima ou por baixo.
Trajetória por cima
 A cabeça geralmente é a parte mais á frente do
corpo, que colide com o para-brisa ou sua
borda, ou com o teto. A cabeça então cessa
seu movimento para frente. A coluna cervical é
a parte menos protegida da coluna vertebral.
 O impacto do peito na coluna de direção causa
lesões torácicas, cardíacas, pulmonares e na
aorta (ver a seção sobre efeitos locais do
trauma fechado).
Trajetória por baixo
 A importância de compreender a cinemática é ilustrada pelos traumas causados aos
membros inferiores nesta trajetória. Como muitas das lesões são difíceis de identificar, um
entendimento do mecanismo de trauma é muito importante.
Impacto traseiro
 Ocorre quando um veiculo mais lento ou parado, é
atingido por trás por outro veiculo em movimento
a uma velocidade mais rápida.
 O encosto de cabeça estiver posicionado
corretamente, a cabeça se move aproximadamente
ao mesmo tempo que o torso, sem ocorrer
hiperextensão.
Impacto lateral
 O mecanismo de impacto lateral entram em cena, quando o veiculo se envolve em uma
colisão em transito, ou quando o veiculo derrapa para fora da pista e colide de lado em um
poste, uma árvore ou outro obstáculo na beira da rua.
Abdômen e Pelve: A intrusão compacta, e fratura a
pelve, e empurra a cabeça do fêmur através do
acetábulo. Os passageiros do lado do motorista
ficam vulneráveis a lesões de baço, pois o baço está
no lado esquerdo do corpo, ao passo que aqueles
no lado do passageiro estão mais sujeitos a lesões
no fígado.
Impacto lateral (explanação)
 Impacto lateral no fêmur
 O impacto lateral no
fêmur, empurra sua
cabeça através do
acetábulo ou causa
fratura na pelve.
Impacto Lateral (explanação)
 Compressão de ombro
 A compressão do ombro contra
a clavícula, produz fraturas de
diálises média desse osso.
Impacto rotacional
 Colisões com impacto angular causam lesões que são um misto daquelas vistas em
impactos frontais e colisões laterais. O passageiro continua a se mover para frente, em
seguida, é atingido pela lateral do veiculo, conforme o veiculo gira em torno do ponto
de impacto.
Capotamento
 Traumas e ferimentos podem ocorrer em cada
um desses impactos. Em colisões com
capotamento, um passageiro protegido pelo
cinto de segurança muitas vezes sofre ferimentos
com cisalhamento por causa das intensas forças
criadas por um veiculo capotando.
 Quem está sem o cinto sofre traumas ainda mais
graves. Em muitos casos, os passageiros são
ejetados do veiculo conforme ele capota, sendo
esmagados pelo veiculo capotando sobre eles,
ou sofrendo impacto contra o solo.
Capotamento
 Quem está sem o cinto sofre traumas ainda mais graves. Em muitos
casos, os passageiros são ejetados do veiculo conforme ele capota,
sendo esmagados pelo veiculo capotando sobre eles, ou sofrendo
impacto contra o solo.
FIM
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Cinemática do trauma no APH

  • 1. Cinemática do trauma no APH. 2° MÓDULO Instrutor: Wagner Henrique
  • 2. Introdução  O manejo bem sucedido dos pacientes vitimas de trauma, depende da identificação das lesões ou das potenciais lesões, e da utilização de boas habilidades de avaliação.  Geralmente é difícil determinar no ambiente pré-hospitalar a lesão exata produzida, mas compreender o potencial de lesões e o potencial de perda significativa de sangue, permitirá que o socorrista de atendimento pré-hospitalar use suas habilidades de pensamento crítico para reconhecer esta possibilidade, e realizar adequadamente a triagem e o manejo das decisões remotas.  Cinemática é o ramo da mecânica que lida com o movimento de objetos, sem referência as forças que causam o movimento.
  • 3. Princípios gerais  Um evento traumático é dividido em três fases: Pré-evento, evento e pós-evento.  Pré-evento: é a fase da prevenção.  Evento: é a etapa do momento traumático que envolve a troca de energia ou a cinemática (mecânica de energia).  Pós-evento: é a etapa de atendimento ao paciente.  Independentemente do trauma ter sido causado por uma colisão automobilística, uma arma, uma queda ou desmoronamento, a energia é transformada em lesão quando é absorvida pelo corpo.
  • 4. Pré-evento  A fase Pré-evento inclui todos os eventos que procedem o incidente. As condições presentes antes da ocorrência do incidente e que são importantes no tratamento das lesões do paciente são avaliadas como parte do Pré-evento na história.  Normalmente, os pacientes jovens de trauma não tem doenças crônicas, como pacientes mais velhos. No entanto, as condições médicas presentes antes do evento de trauma podem causar sérias complicações na avaliação pré- hospitalar e no manejo do paciente, podendo influenciar significativamente o prognóstico.
  • 5. Evento  A fase do evento começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto. O segundo objeto pode estar em movimento ou parado e pode ser tanto um objeto quanto uma pessoa. Usando uma colisão de veículos como exemplo, três impactos ocorrem na maioria dos incidentes de carro. 1. O impacto de dois objetos 2. O impacto dos passageiros dentro do veiculo 3. O impacto dos órgãos vitais dentro dos passageiros
  • 6. Pós-evento  Durante a fase pós-evento, as informações coletadas sobre a colisão, e a fase Pré- evento são usadas para avaliar e atender o paciente. Essa fase começa assim que a energia do choque é absorvida. O inicio das complicações de um trauma que põe a vida em risco, pode ser lento ou rápido (ou estas complicações podem ser até evitadas ou significativamente reduzidas), dependendo em parte dos cuidados fornecidos no local e a caminho do hospital.  O socorrista de atendimento pré-hospitalar atento, irá utilizar o seu conhecimento de cinemática no processo de observação da cena para determinar quais forças e quais movimentos estavam envolvidos e quais lesões podem ter resultado da ação dessas forças.
  • 7. Leis da energia e do movimento  A troca de energia de um veiculo em movimento para um pedestre, esmaga os tecidos e transfere velocidade e energia ao pedestre, empurrando a vitima para longe do ponto de impacto. Pode ocorrer lesão á vitima tanto quando o pedestre ser jogado no chão ou em outro veiculo.
  • 9. Cavitação  Uma cavidade temporária: é causada pela distensão dos tecidos que ocorre o impacto. Devido ás propriedades elásticas dos tecidos do corpo, parte ou todo o conteúdo da cavidade temporária retornam a sua posição anterior. O tamanho, o formato e as porções da cavidade que se tornam parte do dano permanente dependem do tipo de tecido, da elasticidade do tecido e da capacidade de recuperação tecidual.  Uma cavidade permanente: é deixada após o colapso da cavidade temporária, e é a parte visível da destruição tecidual. Além disso, há uma cavidade de esmagamento produzida pelo impacto direto do objeto sobre o tecido. Ambas as cavidades podem ser vista quando o paciente é examinado.
  • 10. Cavidade temporária Cavidade permanente Tecido lesado e estirado ao ser atravessado por projétil.
  • 12. Conceito  Um trauma geralmente é classificado como fechado ou penetrante. No entanto, a energia trocada e as lesões produzidas são parecidas nos dois tipos de trauma.  A cavitação no trauma fechado geralmente é apenas uma cavidade temporária e é direcionada para longe do ponto de impacto. O trauma penetrante cria tanto uma cavidade permanente quanto uma temporária. A cavidade temporária que é criada se espalha para longe da trajetória desse projétil tanto na direção lateral quanto frontal.
  • 13. Armas de baixa energia  As armas de baixa energia, são armas usadas com uma mão, como uma faca ou um picador de gelo.  Essas armas produzem lesões somente com suas pontas afiadas ou bordas cortantes.  Como estas são lesões de baixa velocidade, são normalmente associadas com trauma secundário inferior (isto é, ocorre menor cavitação).  As lesões nestas vítimas, podem ser previstas analisando a trajetória da arma dentro do corpo. Se a arma foi removida, o socorrista deve tentar identificar o tipo de arma utilizada, se o tempo permitir.
  • 14. Trauma penetrante  Um agressor pode esfaquear uma vitima e girar a faca dentro do corpo. Um ferimento com uma entrada simples, pode portanto, dar uma falsa sensação de segurança ao socorrista.  O ferimento de entrada pode ser pequeno, mas a lesão interna pode ser grande. O alcance potencial da lâmina inserida é uma área de possível dano.
  • 15. Ferimento Arma Branca - FAB Os danos produzidos por uma faca, dependem do movimento da lâmina dentro da vítima.
  • 17. Colisões com veículos  Muitas formas de trauma fechado ocorrem, mais os incidentes de trânsito, incluindo colisões com motociclistas são os mais comuns.  Colisões de veículos podem ser divididas em cinco tipos: 1 – Impacto frontal 2 – Impacto traseiro 3 – Impacto lateral 4 – Impacto rotacional (angular) 5 – Capotamento Embora cada padrão tenha variações, a identificação precisa dos cinco padrões, irá fornecer índices sobre outros tipos semelhantes de colisão.
  • 18. Impacto frontal  A coluna de direção é impactada pelo tórax, talvez no centro do esterno. Da mesma forma que o carro continua em movimento para frente, deformando significativamente a frente do veiculo, o mesmo ocorrerá com o peito do condutor.  Quando o esterno interrompe o movimento de avanço em relação ao painel, a parede torácica posterior continua até que a energia seja absorvida pela flexão e possível fratura das costelas. Este processo também irá esmagar o coração e os pulmões, que estão presos entre o esterno, a coluna vertebral e a parede torácica posterior.  Embora o veiculo repetidamente deixe de avançar em um impacto frontal, o passageiro continua a se mover e vai seguir uma das duas trajetórias possíveis: Por cima ou por baixo.
  • 19. Trajetória por cima  A cabeça geralmente é a parte mais á frente do corpo, que colide com o para-brisa ou sua borda, ou com o teto. A cabeça então cessa seu movimento para frente. A coluna cervical é a parte menos protegida da coluna vertebral.  O impacto do peito na coluna de direção causa lesões torácicas, cardíacas, pulmonares e na aorta (ver a seção sobre efeitos locais do trauma fechado).
  • 20. Trajetória por baixo  A importância de compreender a cinemática é ilustrada pelos traumas causados aos membros inferiores nesta trajetória. Como muitas das lesões são difíceis de identificar, um entendimento do mecanismo de trauma é muito importante.
  • 21. Impacto traseiro  Ocorre quando um veiculo mais lento ou parado, é atingido por trás por outro veiculo em movimento a uma velocidade mais rápida.  O encosto de cabeça estiver posicionado corretamente, a cabeça se move aproximadamente ao mesmo tempo que o torso, sem ocorrer hiperextensão.
  • 22. Impacto lateral  O mecanismo de impacto lateral entram em cena, quando o veiculo se envolve em uma colisão em transito, ou quando o veiculo derrapa para fora da pista e colide de lado em um poste, uma árvore ou outro obstáculo na beira da rua. Abdômen e Pelve: A intrusão compacta, e fratura a pelve, e empurra a cabeça do fêmur através do acetábulo. Os passageiros do lado do motorista ficam vulneráveis a lesões de baço, pois o baço está no lado esquerdo do corpo, ao passo que aqueles no lado do passageiro estão mais sujeitos a lesões no fígado.
  • 23. Impacto lateral (explanação)  Impacto lateral no fêmur  O impacto lateral no fêmur, empurra sua cabeça através do acetábulo ou causa fratura na pelve.
  • 24. Impacto Lateral (explanação)  Compressão de ombro  A compressão do ombro contra a clavícula, produz fraturas de diálises média desse osso.
  • 25. Impacto rotacional  Colisões com impacto angular causam lesões que são um misto daquelas vistas em impactos frontais e colisões laterais. O passageiro continua a se mover para frente, em seguida, é atingido pela lateral do veiculo, conforme o veiculo gira em torno do ponto de impacto.
  • 26. Capotamento  Traumas e ferimentos podem ocorrer em cada um desses impactos. Em colisões com capotamento, um passageiro protegido pelo cinto de segurança muitas vezes sofre ferimentos com cisalhamento por causa das intensas forças criadas por um veiculo capotando.  Quem está sem o cinto sofre traumas ainda mais graves. Em muitos casos, os passageiros são ejetados do veiculo conforme ele capota, sendo esmagados pelo veiculo capotando sobre eles, ou sofrendo impacto contra o solo.
  • 27. Capotamento  Quem está sem o cinto sofre traumas ainda mais graves. Em muitos casos, os passageiros são ejetados do veiculo conforme ele capota, sendo esmagados pelo veiculo capotando sobre eles, ou sofrendo impacto contra o solo.