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HEMORRAGIAS, FERIMENTOS, TRAUMA
DE EXTREMIDADES E CHOQUE
Prof. Dr. Thiago Enggle
Especialista em Urgência e Emergência, Mestre em
Enfermagem, Doutor em Cuidados Clínicos em
Enfermagem e Saúde
Enfermeiro do Samu RN
Oficial Enfermeiro da FAB
Hemorragia
 Vasos Sanguíneos: transporta o
sangue para as células do corpo.
 Artérias
• Vasos calibrosos que se afastam do
coração levando o sangue para os
órgãos do corpo
Veias
• Vasos que trazem o sangue dos
órgãos do corpo para o coração.
 Relembrando a anatomia e fisiologia do sistema
cardiovascular
ESSENCIAL NA
PERFUSÃO SANGUÍNEA
Hemorragia
Qualquer deficiência no funcionamento
de qualquer um dos três componentes
do sistema cardiovascular compromete
a distribuição de oxigênio e leva o
tecido a morte.
Hemorragia
 Hemorragia: é a perda de sangue
através da ruptura da parede dos vasos
sanguíneos. Podendo ocorrer de forma
Espontânea ou Traumática.
 A hemorragia impede a distribuição de
oxigênio e nutrientes aos tecidos, colocando
em risco a vida do paciente.
 O controle da hemorragia na vítima faz
parte da abordagem primária do XABCDE –
passo C.
 Hemorragia externa: extravasa para o meio ambiente. Ex: hemorragia de
fraturas expostas.
 Hemorragia interna: extravasa para dentro dos tecidos ou cavidades
naturais. Ex: ruptura ou laceração de órgãos do tórax ou abdome.
Hemorragia
POR ORIFÍCIOS NATURAIS
SÃO HEMORRAGIAS INTERNAS
EXTERIORIZADAS POR ORIFÍCIOS
NATURAIS COMO OUVIDO E
NARIZ
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS
 Capilar: flui de diminutos vasos da ferida, coloração avermelhada, menos
viva do que a arterial e facilmente controlada.
Venosa: sangue de coloração vermelho-escura,
em fluxo contínuo, sob baixa pressão. Grave se
o vaso for de grande calibre.
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS
 Arterial: sangue com coloração viva, derramado em jato, conforme
batimento cardíaco, geralmente rápido e de difícil controle
Hemorragia
 Fatores que interferem na gravidade da hemorragia
 Volume de sangue perdido
 Calibre do vaso rompido
 Tipo do vaso lesado
 Velocidade da perda de sangue
SEGUNDO SUA GRAVIDADE
Classe 1
Até 15%
(750 ml)
Classe 2
15% -30%
(750 –
1500)
Classe 3
30%-40%
(1500-2000)
Classe 4
40%
(> 2000)
Hemorragia
 Sinais e sintomas da hemorragia
 Tempo de enchimento
capilar acima de dois
segundos;
 Pulso rápido e fraco;
 Pele fria e úmida
(pegajosa);
 Pupilas dilatadas com
reação lenta à luz;
 Queda da pressão arterial;
Ansiedade, inquietação e
sede;
 Náusea e vômito;
 Respiração rápida e
profunda;
 Perda de consciência e
parada respiratória;
 Choque.
Hemorragia
 Compressão direta
 É o método mais rápido e eficiente para o controle da
hemorragia externa
 Favorece a formação do coágulo;
 Utilizar uma compressa estéril, pressionando
firmemente por 10 a 30 min. Fixando-a em seguida com
curativo;
 Em sangramento profuso não perder tempo em localizar
a compressa e pressionar diretamente com a própria mão
enluvada;
A compressão direta em uma hemorragia volumosa é
prioritária em relação à realização de acessos venosos.
Hemorragia
 Torniquetes
 Voltou a ser recomendado;
 Aplicar caso o sangramento não tenha sido controlado por
pressão;
 Risco de perda do membro;
 Perder o membro x salvar a vida;
 Pode ser feito com crepom, gravatas, garrotes ou manguito do
tensiômetro;
 O tempo: 120 a 150 minutos (não causa lesões nervosas ou
musculares significativas);
 O torniquete deve permanecer até que paciente chegue no
hospital.
NUNCA
AFROUXAR!!
!
Hemorragia
 Torniquetes
HEMORRAGIA INTERNA
CIRCUNSTÂNCIAS
DO
ACIDENTE
SINTOMATOLOGIA
HEMORRAGIAS EXTERIORIZADAS
OTORRAGIA EPISTAXE
RINORRAGIA
GENGIVORRAGIA
Hemoptise x Hematêmese
Retorragia x Melena
Hematúria
Outras hemorragias
 Classificação dos ferimentos
 Aberto:
 Rompimento da pele;
 Exposição de tecidos internos;
 Sangramentos;
 Risco de infecção.
 Fechado:
 Lesões nos tecidos ou órgãos
internos;
 Não rompe a pele;
 Extravasamento de sangue.
Ferimentos
 Classificação dos ferimentos
 Profundidade: superficiais (pele, tecidos subcutâneos e
músculos) e profundos (nervos, tendões, vasos calibrosos,
ossos e vísceras).
 Complexidade: simples (sem perda tecidual, contaminação
ou corpo estranho) e complicado (com perda tecidual –
esmagamento, queimaduras, etc.).
 Contaminação: limpo (sem presença de sujidade) e
contaminado (presença de detritos, corpo estranho ou
microorganismos patogênicos).
 Agente agressor: físico (mecânico, elétrico, irradiante e
térmico) e químico (agentes químicos).
Ferimentos
 Classificação dos ferimentos – fechados
 Contusão; lesão por objeto
contundente, lesa o tecido
subcutâneo.
 Hematoma: extravasamento de
sangue no tecido subcutâneo, com
formação de edema e coleção
sanguínea.
 Equimose: extravasamento de
sangue no tecido subcutâneo, sem
formar edema.
Ferimentos
Ferimentos
Abrasão/escoriação  lesões superficiais da pele
causada por atrito.
Ferimentos
Incisivas  produzidas por objetos cortantes e
afiados (faca, estiletes, etc.). Apresenta bordas
uniformes e pouco traumatizadas.
Corto-contusos  lesão aberta associada a contusão,
provocada por objetos cortantes, mas não afiados (rombos).
Resultando em feridas com bordas irregulares e dilaceradas.
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Ferimentos
Perfurantes  provocado por objetos pontiagudos
e afiados, capazes de perfurar a pele e os tecidos,
resultando em lesão cutânea linear. Ex: arma de
fogo, arma branca, prego, flechas, agulha, etc.
Ferimentos
Incrustado  lesão com objeto inserido que
permanece fixo aos tecidos.
Ferimentos
Transfixantes  lesão por objeto capaz de penetrar e
atravessar os tecidos ou determinado órgão, com
orifício de entrada e saída. Ex.: arma de fogo.
Ferimentos
Lacerante  lesões por objeto com várias faces
cortantes ou produzidas pela compressão da pele,
causando lesões irregulares.
Ferimentos
Avulsão/Amputação  Parte do corpo é arrancada
ou cortada.
Ferimentos
Avulsão/Amputação
Ferimentos
 Atendimento à vítima de ferimento
 Ferimento fechado:
 Compressa gelada por 15’;
 Avaliar fratura fechada;
 Imobilização do membro.
Ferimentos
 Ferimento Aberto:
 Proteger a ferida contra trauma secundário;
 Proteger contra infecção (gaze estéril);
 Realizar o XABCDE;
 Avaliação do ferimento (natureza, mecanismo de lesão);
 Inspeção da área lesada (expor o ferimento);
 Limpeza da superfície do ferimento (Soro fisiológico, remover
corpos estranhos livres e detritos);
 Imobilizar MMSS e MMII.
 Atendimento à vítima de ferimento
Ferimentos
 Atendimento à vítima de ferimento
 Conter sangramentos: compressão direta, elevação
do membro e torniquete, em lesões lacerantes e
amputações;
 As partes do corpo amputadas devem ser colocadas
em saco plásticos e levada ao hospital;
 Aproximar as bordas das feridas incisivas e realizar
curativos compressivos;
 Realizar curativo de três pontas em lesão no tórax
por arma de fogo ou branca.
Ferimentos
Curativo três pontas
FERIMENTOS
EVICERAÇÕES
NÃO TENTAR REINTRODUZIR NO ABDOMÊN
OS ÓRGÃOS EVICERADOS
COBRIR AS VÍCERAS COM COMPRESSAS
ESTÉREIS E ÚMIDAS (SOLUÇÃO SALINA)
TRANSPORTAR O PACIENTE EM POSIÇÃO
SUPINA E COM OS JOELHOS FLETIDOS (CASO
NÃO HAJA NENHUM TRAUMA QUE CONTRA
INDIQUE)
 Lesão na cabeça não pode ser pressionada (Risco de lesão do
cérebro);
 Nas lesões incrustadas não deve ser retirado o objeto
encravado;
 Nas eviscerações: não recolocar os órgãos para dentro da
cavidade abdominal; cobrir as vísceras com compressas úmidas
com soro fisiológico 0,9%; não oferecer líquidos à viítima.
 Em ferimentos de face: desobstruir as vias aéreas.
 Remover o paciente o quanto antes ao
hospital.
 Atendimento à vítima de ferimento
Ferimentos
TRAUMA EM EXTREMIDADES
 Ao tratar o paciente politraumatizado grave devemos:
1. Manter as prioridades de avaliação. Não se distrair
com lesões músculo-esqueléticas dramáticas que não
comportam risco de morte.
2. Reconhecer as lesões com risco de morte.
3. Reconhecer a biomecânica do trauma que causou as
lesões músculo-esqueléticas e a possibilidade da
presença de outras lesões com risco de vida causadas
por essa transferência de energia.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
TIPOS DE TRAUMAS
ENTORSES
LUXAÇÕES
FRATURAS
ENTORSES
Os entorses são definidos como a situação em que ocorreu a distensão
inelástica dos ligamentos e/ou cápsula articular, causando algum grau de
instabilidade articular, temporária ou definitiva.
Provocado por um movimento que ultrapassa a amplitude normal da
articulação em uma ou mais direções;
Geralmente um entorse é acompanhado de dor e limitação funcional.
A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É suficiente para
confirmar o entorse.
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
Dor contínua e localizada,
variando de suave à intensa;
 Edema;
 Equimose;
 Impossibilidade
de movimentar.
ENTORSES
LUXAÇÃO
A luxação é definida como a perda da congruência articular.
De um modo mais simples podemos dizer que é a situação em que
existe algum grau de deslocamento entre os ossos de uma articulação,
além dos limites fisiológicos.
Geralmente uma luxação é acompanhada de muita dor e limitação
funcional.
A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É suficiente
para confirmar a luxação.
LUXAÇÃO
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Dor intensa;
 Deformidade grosseira
no local da lesão;
 Impossibilidade de
movimentação.
As fraturas são definidas como soluções de continuidade
da estrutura óssea.
Ação brusca e violenta;
Gera graves lesões em partes moles, como músculos,
tendões, ligamentos;
Incapacidade de movimentar a área lesionada.
Geralmente uma fratura é acompanhada de dor e
limitação funcional;
A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É
suficiente para confirmar a fratura;
Fraturas podem levar a grandes hemorragias.
FRATURA
OSSO FRATURADO PERDA SANGUÍNEA
INTERNA (mL)
Costela 125
Rádio ou Ulna 250 – 500
Úmero 500 – 750
Tíbia ou Fíbula 500 – 1000
Fêmur 1000 – 2000
Bacia 1000 – maciça
FRATURA
PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008
 TIPOS DE FRATURAS
 Fraturas Fechadas
 Não há rompimento da pele, ficando o osso no
interior do corpo;
 Fraturas Expostas
 Há rompimento da pele;
 Simultaneamente hemorragia externa, risco iminente
de infecção.
FRATURA
PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008
FRATURA
 CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Fratura completa
Quanto a linha que a
fratura fez no osso,
podendo ser oblíqua,
transversal, espiral
entre outras.
PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008
 CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Fratura completa
Quanto ao número de
fragmentos, pode ser
simples,dupla,múltipla
e cominutiva.
FRATURA
PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008
 CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Fratura completa exposta
FRATURA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dor intensa que aumenta com o movimento;
Edema do ponto fraturado;
Deformidade de contorno;
Perda de função;
Posição anormal do membro fraturado;
Sensação de creptação.
FRATURA
ATENDIMENTO A VÍTIMA
AVALIAÇÃO INICIAL
X – hemorragias exsanguinantes
A = vias aéreas e coluna cervical
B = respiração e ventilação
C = circulação e controle da hemorragia
D = déficit neurológico
E = exposição e controle ambiente
ATENDIMENTO A VÍTIMA
 FRATURAS FECHADAS/ ENTORSES/ LUXAÇÕES
 Imobilizar na posição em que é encontrada (não alinhar);
 As exceções são as fraturas em membros sem pulso e os pacientes que não podem
ser transportados por causa da posição incomum do membro.
 As tentativas para alinhar um membro deverão ser abandonadas quando o paciente
se queixar de dor significativa ou quando se perceber resistência ao movimento.
 Imobilizar uma articulação acima e abaixo da fratura para evitar qualquer
movimento da parte atingida.
ATENDIMENTO A VÍTIMA
FRATURAS FECHADAS/ ENTORSES/ LUXAÇÕES
Observar a perfusão nas extremidades;
Verificar presença de pulso distal e sensibilidade;
Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve
tracionar. Imobilizar como estiver.
Administrar analgésicos
ATENDIMENTO A VÍTIMA
FRATURAS EXPOSTAS
Hemorragia, risco de contaminação, lesões de tecido
moles;
Cuidadosamente, tentar realinhar o membro;
Estancar a hemorragia (hemostasia);
Não tentar colocar o osso no interior da ferida.
ATENDIMENTO A VÍTIMA
FRATURAS EXPOSTAS
Prevenir a contaminação, mediante antissepsia local,
mantendo o ferimento coberto com gaze estéril;
Imobilizar;
Caso não seja possível alinhar a fratura, imobilizá-la
na posição em que estiver.
ATENDIMENTO A VÍTIMA
 FRATURAS EXPOSTAS
 Checar a presença de pulso distal e sensibilidade;
 Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, o transporte
URGENTE ao hospital é medida prioritária.
 Tratamento com soro e/ou vacinação antitetânica.
ATENDIMENTO A VÍTIMA
ATENDIMENTO A VÍTIMA
Lembretes para qualquer tipo de
imobilização:
1. Remover jóias e relógios, de modo que
esses objetos não venham a prejudicar a
circulação quando o edema aumentar. A
lubrificação com loção ou um gel pode
facilitar a remoção dos anéis apertados;
ATENDIMENTO A VÍTIMA
Lembretes para qualquer tipo de
imobilização:
2. Avaliar a função neurovascular
distalmente ao local da lesão antes e depois
de aplicar qualquer imobilização, e depois,
periodicamente. Um membro sem pulso
indica lesão vascular.
“No paciente
politraumatizado, não
existe sangramento
insignificante, cada
hemácia é importante.”
OBRIGADO!!
PHTLS – Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado: Comitê do
PHTLS da National Association of Emergency Medical Technicions (NAEMT)
em Cooperação com Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões.
6º ed. Rio de Janeiro: Mosby Jems – Elsevier, 2007.
OLIVEIRA, B. F. M.; PAROLIN, M. K. F.; TEIXEIRA JÚNIOR, E. V. Trauma:
atendimento pré-hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2004.
PIRES, Marco Túlio Baccarini; STARLING, Sizenando Vieira. Manual de
Urgências em Pronto Socorro. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan,
2006.
PORCIDES, A. J. Feridas, curativos e Bandagens. In: Manual de
atendimento pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros do Paraná.
SIATE/CBPR. Curitiba, 2006.
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Modelo de apresentação de TCC em power point
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FERIMENTOS E HEMORRAGIAS.pptx

  • 1. HEMORRAGIAS, FERIMENTOS, TRAUMA DE EXTREMIDADES E CHOQUE Prof. Dr. Thiago Enggle Especialista em Urgência e Emergência, Mestre em Enfermagem, Doutor em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde Enfermeiro do Samu RN Oficial Enfermeiro da FAB
  • 2. Hemorragia  Vasos Sanguíneos: transporta o sangue para as células do corpo.  Artérias • Vasos calibrosos que se afastam do coração levando o sangue para os órgãos do corpo Veias • Vasos que trazem o sangue dos órgãos do corpo para o coração.  Relembrando a anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular ESSENCIAL NA PERFUSÃO SANGUÍNEA
  • 3. Hemorragia Qualquer deficiência no funcionamento de qualquer um dos três componentes do sistema cardiovascular compromete a distribuição de oxigênio e leva o tecido a morte.
  • 4. Hemorragia  Hemorragia: é a perda de sangue através da ruptura da parede dos vasos sanguíneos. Podendo ocorrer de forma Espontânea ou Traumática.  A hemorragia impede a distribuição de oxigênio e nutrientes aos tecidos, colocando em risco a vida do paciente.  O controle da hemorragia na vítima faz parte da abordagem primária do XABCDE – passo C.
  • 5.  Hemorragia externa: extravasa para o meio ambiente. Ex: hemorragia de fraturas expostas.  Hemorragia interna: extravasa para dentro dos tecidos ou cavidades naturais. Ex: ruptura ou laceração de órgãos do tórax ou abdome. Hemorragia
  • 6. POR ORIFÍCIOS NATURAIS SÃO HEMORRAGIAS INTERNAS EXTERIORIZADAS POR ORIFÍCIOS NATURAIS COMO OUVIDO E NARIZ
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS  Capilar: flui de diminutos vasos da ferida, coloração avermelhada, menos viva do que a arterial e facilmente controlada.
  • 8. Venosa: sangue de coloração vermelho-escura, em fluxo contínuo, sob baixa pressão. Grave se o vaso for de grande calibre. CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS
  • 9. CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS  Arterial: sangue com coloração viva, derramado em jato, conforme batimento cardíaco, geralmente rápido e de difícil controle
  • 10. Hemorragia  Fatores que interferem na gravidade da hemorragia  Volume de sangue perdido  Calibre do vaso rompido  Tipo do vaso lesado  Velocidade da perda de sangue
  • 11. SEGUNDO SUA GRAVIDADE Classe 1 Até 15% (750 ml) Classe 2 15% -30% (750 – 1500) Classe 3 30%-40% (1500-2000) Classe 4 40% (> 2000)
  • 12. Hemorragia  Sinais e sintomas da hemorragia  Tempo de enchimento capilar acima de dois segundos;  Pulso rápido e fraco;  Pele fria e úmida (pegajosa);  Pupilas dilatadas com reação lenta à luz;  Queda da pressão arterial; Ansiedade, inquietação e sede;  Náusea e vômito;  Respiração rápida e profunda;  Perda de consciência e parada respiratória;  Choque.
  • 13. Hemorragia  Compressão direta  É o método mais rápido e eficiente para o controle da hemorragia externa  Favorece a formação do coágulo;  Utilizar uma compressa estéril, pressionando firmemente por 10 a 30 min. Fixando-a em seguida com curativo;  Em sangramento profuso não perder tempo em localizar a compressa e pressionar diretamente com a própria mão enluvada; A compressão direta em uma hemorragia volumosa é prioritária em relação à realização de acessos venosos.
  • 14. Hemorragia  Torniquetes  Voltou a ser recomendado;  Aplicar caso o sangramento não tenha sido controlado por pressão;  Risco de perda do membro;  Perder o membro x salvar a vida;  Pode ser feito com crepom, gravatas, garrotes ou manguito do tensiômetro;  O tempo: 120 a 150 minutos (não causa lesões nervosas ou musculares significativas);  O torniquete deve permanecer até que paciente chegue no hospital. NUNCA AFROUXAR!! !
  • 18.
  • 19. Hemoptise x Hematêmese Retorragia x Melena Hematúria Outras hemorragias
  • 20.  Classificação dos ferimentos  Aberto:  Rompimento da pele;  Exposição de tecidos internos;  Sangramentos;  Risco de infecção.  Fechado:  Lesões nos tecidos ou órgãos internos;  Não rompe a pele;  Extravasamento de sangue. Ferimentos
  • 21.  Classificação dos ferimentos  Profundidade: superficiais (pele, tecidos subcutâneos e músculos) e profundos (nervos, tendões, vasos calibrosos, ossos e vísceras).  Complexidade: simples (sem perda tecidual, contaminação ou corpo estranho) e complicado (com perda tecidual – esmagamento, queimaduras, etc.).  Contaminação: limpo (sem presença de sujidade) e contaminado (presença de detritos, corpo estranho ou microorganismos patogênicos).  Agente agressor: físico (mecânico, elétrico, irradiante e térmico) e químico (agentes químicos). Ferimentos
  • 22.  Classificação dos ferimentos – fechados  Contusão; lesão por objeto contundente, lesa o tecido subcutâneo.  Hematoma: extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, com formação de edema e coleção sanguínea.  Equimose: extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, sem formar edema. Ferimentos
  • 23. Ferimentos Abrasão/escoriação  lesões superficiais da pele causada por atrito.
  • 24. Ferimentos Incisivas  produzidas por objetos cortantes e afiados (faca, estiletes, etc.). Apresenta bordas uniformes e pouco traumatizadas.
  • 25. Corto-contusos  lesão aberta associada a contusão, provocada por objetos cortantes, mas não afiados (rombos). Resultando em feridas com bordas irregulares e dilaceradas. Ex.: pau, pedra, socos. Ferimentos
  • 26. Perfurantes  provocado por objetos pontiagudos e afiados, capazes de perfurar a pele e os tecidos, resultando em lesão cutânea linear. Ex: arma de fogo, arma branca, prego, flechas, agulha, etc. Ferimentos
  • 27. Incrustado  lesão com objeto inserido que permanece fixo aos tecidos. Ferimentos
  • 28. Transfixantes  lesão por objeto capaz de penetrar e atravessar os tecidos ou determinado órgão, com orifício de entrada e saída. Ex.: arma de fogo. Ferimentos
  • 29. Lacerante  lesões por objeto com várias faces cortantes ou produzidas pela compressão da pele, causando lesões irregulares. Ferimentos
  • 30.
  • 31. Avulsão/Amputação  Parte do corpo é arrancada ou cortada. Ferimentos
  • 33.  Atendimento à vítima de ferimento  Ferimento fechado:  Compressa gelada por 15’;  Avaliar fratura fechada;  Imobilização do membro. Ferimentos
  • 34.  Ferimento Aberto:  Proteger a ferida contra trauma secundário;  Proteger contra infecção (gaze estéril);  Realizar o XABCDE;  Avaliação do ferimento (natureza, mecanismo de lesão);  Inspeção da área lesada (expor o ferimento);  Limpeza da superfície do ferimento (Soro fisiológico, remover corpos estranhos livres e detritos);  Imobilizar MMSS e MMII.  Atendimento à vítima de ferimento Ferimentos
  • 35.  Atendimento à vítima de ferimento  Conter sangramentos: compressão direta, elevação do membro e torniquete, em lesões lacerantes e amputações;  As partes do corpo amputadas devem ser colocadas em saco plásticos e levada ao hospital;  Aproximar as bordas das feridas incisivas e realizar curativos compressivos;  Realizar curativo de três pontas em lesão no tórax por arma de fogo ou branca. Ferimentos
  • 37. FERIMENTOS EVICERAÇÕES NÃO TENTAR REINTRODUZIR NO ABDOMÊN OS ÓRGÃOS EVICERADOS COBRIR AS VÍCERAS COM COMPRESSAS ESTÉREIS E ÚMIDAS (SOLUÇÃO SALINA) TRANSPORTAR O PACIENTE EM POSIÇÃO SUPINA E COM OS JOELHOS FLETIDOS (CASO NÃO HAJA NENHUM TRAUMA QUE CONTRA INDIQUE)
  • 38.  Lesão na cabeça não pode ser pressionada (Risco de lesão do cérebro);  Nas lesões incrustadas não deve ser retirado o objeto encravado;  Nas eviscerações: não recolocar os órgãos para dentro da cavidade abdominal; cobrir as vísceras com compressas úmidas com soro fisiológico 0,9%; não oferecer líquidos à viítima.  Em ferimentos de face: desobstruir as vias aéreas.  Remover o paciente o quanto antes ao hospital.  Atendimento à vítima de ferimento Ferimentos
  • 40.  Ao tratar o paciente politraumatizado grave devemos: 1. Manter as prioridades de avaliação. Não se distrair com lesões músculo-esqueléticas dramáticas que não comportam risco de morte. 2. Reconhecer as lesões com risco de morte. 3. Reconhecer a biomecânica do trauma que causou as lesões músculo-esqueléticas e a possibilidade da presença de outras lesões com risco de vida causadas por essa transferência de energia. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
  • 42. ENTORSES Os entorses são definidos como a situação em que ocorreu a distensão inelástica dos ligamentos e/ou cápsula articular, causando algum grau de instabilidade articular, temporária ou definitiva. Provocado por um movimento que ultrapassa a amplitude normal da articulação em uma ou mais direções; Geralmente um entorse é acompanhado de dor e limitação funcional. A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É suficiente para confirmar o entorse.
  • 43. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor contínua e localizada, variando de suave à intensa;  Edema;  Equimose;  Impossibilidade de movimentar. ENTORSES
  • 44. LUXAÇÃO A luxação é definida como a perda da congruência articular. De um modo mais simples podemos dizer que é a situação em que existe algum grau de deslocamento entre os ossos de uma articulação, além dos limites fisiológicos. Geralmente uma luxação é acompanhada de muita dor e limitação funcional. A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É suficiente para confirmar a luxação.
  • 45. LUXAÇÃO  MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Dor intensa;  Deformidade grosseira no local da lesão;  Impossibilidade de movimentação.
  • 46. As fraturas são definidas como soluções de continuidade da estrutura óssea. Ação brusca e violenta; Gera graves lesões em partes moles, como músculos, tendões, ligamentos; Incapacidade de movimentar a área lesionada. Geralmente uma fratura é acompanhada de dor e limitação funcional; A presença de edema, sensibilidade e deformação NÃO É suficiente para confirmar a fratura; Fraturas podem levar a grandes hemorragias. FRATURA
  • 47. OSSO FRATURADO PERDA SANGUÍNEA INTERNA (mL) Costela 125 Rádio ou Ulna 250 – 500 Úmero 500 – 750 Tíbia ou Fíbula 500 – 1000 Fêmur 1000 – 2000 Bacia 1000 – maciça FRATURA
  • 48. PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008  TIPOS DE FRATURAS  Fraturas Fechadas  Não há rompimento da pele, ficando o osso no interior do corpo;  Fraturas Expostas  Há rompimento da pele;  Simultaneamente hemorragia externa, risco iminente de infecção. FRATURA
  • 49.
  • 50. PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008 FRATURA  CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS Fratura completa Quanto a linha que a fratura fez no osso, podendo ser oblíqua, transversal, espiral entre outras.
  • 51. PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008  CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS Fratura completa Quanto ao número de fragmentos, pode ser simples,dupla,múltipla e cominutiva. FRATURA
  • 52. PHTLS, 2007; SILVA; BRITO, 2008  CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS Fratura completa exposta FRATURA
  • 53. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dor intensa que aumenta com o movimento; Edema do ponto fraturado; Deformidade de contorno; Perda de função; Posição anormal do membro fraturado; Sensação de creptação. FRATURA
  • 55. AVALIAÇÃO INICIAL X – hemorragias exsanguinantes A = vias aéreas e coluna cervical B = respiração e ventilação C = circulação e controle da hemorragia D = déficit neurológico E = exposição e controle ambiente
  • 56. ATENDIMENTO A VÍTIMA  FRATURAS FECHADAS/ ENTORSES/ LUXAÇÕES  Imobilizar na posição em que é encontrada (não alinhar);  As exceções são as fraturas em membros sem pulso e os pacientes que não podem ser transportados por causa da posição incomum do membro.  As tentativas para alinhar um membro deverão ser abandonadas quando o paciente se queixar de dor significativa ou quando se perceber resistência ao movimento.  Imobilizar uma articulação acima e abaixo da fratura para evitar qualquer movimento da parte atingida.
  • 57. ATENDIMENTO A VÍTIMA FRATURAS FECHADAS/ ENTORSES/ LUXAÇÕES Observar a perfusão nas extremidades; Verificar presença de pulso distal e sensibilidade; Em fraturas anguladas ou em articulações não se deve tracionar. Imobilizar como estiver. Administrar analgésicos
  • 58. ATENDIMENTO A VÍTIMA FRATURAS EXPOSTAS Hemorragia, risco de contaminação, lesões de tecido moles; Cuidadosamente, tentar realinhar o membro; Estancar a hemorragia (hemostasia); Não tentar colocar o osso no interior da ferida.
  • 59. ATENDIMENTO A VÍTIMA FRATURAS EXPOSTAS Prevenir a contaminação, mediante antissepsia local, mantendo o ferimento coberto com gaze estéril; Imobilizar; Caso não seja possível alinhar a fratura, imobilizá-la na posição em que estiver.
  • 60. ATENDIMENTO A VÍTIMA  FRATURAS EXPOSTAS  Checar a presença de pulso distal e sensibilidade;  Nos casos em que há ausência de pulso distal e/ou sensibilidade, o transporte URGENTE ao hospital é medida prioritária.  Tratamento com soro e/ou vacinação antitetânica.
  • 61. ATENDIMENTO A VÍTIMA ATENDIMENTO A VÍTIMA Lembretes para qualquer tipo de imobilização: 1. Remover jóias e relógios, de modo que esses objetos não venham a prejudicar a circulação quando o edema aumentar. A lubrificação com loção ou um gel pode facilitar a remoção dos anéis apertados;
  • 62. ATENDIMENTO A VÍTIMA Lembretes para qualquer tipo de imobilização: 2. Avaliar a função neurovascular distalmente ao local da lesão antes e depois de aplicar qualquer imobilização, e depois, periodicamente. Um membro sem pulso indica lesão vascular.
  • 63. “No paciente politraumatizado, não existe sangramento insignificante, cada hemácia é importante.” OBRIGADO!!
  • 64. PHTLS – Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado: Comitê do PHTLS da National Association of Emergency Medical Technicions (NAEMT) em Cooperação com Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões. 6º ed. Rio de Janeiro: Mosby Jems – Elsevier, 2007. OLIVEIRA, B. F. M.; PAROLIN, M. K. F.; TEIXEIRA JÚNIOR, E. V. Trauma: atendimento pré-hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2004. PIRES, Marco Túlio Baccarini; STARLING, Sizenando Vieira. Manual de Urgências em Pronto Socorro. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2006. PORCIDES, A. J. Feridas, curativos e Bandagens. In: Manual de atendimento pré-hospitalar do Corpo de Bombeiros do Paraná. SIATE/CBPR. Curitiba, 2006.  REFERÊNCIAS