Este artigo discute como a cultura escolar "sobrevive" durante a pandemia da COVID-19, quando as aulas foram transferidas para os lares dos estudantes. A pesquisa investiga como os dispositivos didáticos da cultura escolar continuam ativos mesmo à distância e mostra o fortalecimento do papel do educador em superar as condições adversas e manter a presença na vida escolar dos alunos. Os professores percebem que a cultura escolar resiste por meio de atividades remotas, apesar das dificuldades do ens
16145 texto do artigo-209209235804-1-10-20210605revistas - UEPG
O documento discute a implementação do Centro de Mídias SP pelo governo de São Paulo para garantir o ensino remoto durante a pandemia. O autor argumenta que a iniciativa viola o princípio constitucional de igualdade de acesso à educação, pois desconsidera a realidade de exclusão digital vivida por muitos alunos da rede pública, que não possuem dispositivos eletrônicos. A equidade educacional exige tratamento diferenciado para os mais vulneráveis.
Análise da efetividade do Ensino Médio com mediação tecnológica no estado de ...revistas - UEPG
Este documento analisa a efetividade do programa Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMTEC) no estado de Rondônia entre 2016-2018. O EMMTEC utiliza educação a distância para fornecer ensino médio às comunidades remotas. Os resultados indicam que o programa contribuiu para aumentar as matrículas e acesso à educação nessas comunidades, além de promover a educação profissional e técnica.
A Educação Infantil no contexto da pandemia: os possíveis enfrentamentos após...revistas - UEPG
O documento discute o Parecer 05/2020 do Conselho Nacional de Educação sobre a Educação Infantil no contexto da pandemia. Aponta que o Parecer permite atividades remotas para todas as modalidades, incluindo a Educação Infantil, o que contraria a legislação e ignora a realidade das crianças pequenas. Defende que a flexibilização do calendário deve vir acompanhada da carga horária para não prejudicar ainda mais as crianças nesta fase.
16051 texto do artigo-209209234333-1-10-20210410revistas - UEPG
O documento relata as experiências de três professores de educação física durante a pandemia de COVID-19. As narrativas descrevem como cada um teve que se adaptar ao ensino remoto, enfrentando desafios como falta de acesso à internet e dificuldades dos alunos em compreender as atividades propostas. No geral, os professores tiveram que reinventar constantemente suas estratégias pedagógicas para se adequar à nova realidade imposta pela pandemia.
Acessibilidade arquitetônica, deficiência física e o direito à educaçãorevistas - UEPG
Este documento analisa a acessibilidade arquitetônica em quatro escolas municipais de Pinhais, Paraná, sob a perspectiva do direito à educação de qualidade. A pesquisa utilizou um questionário com 122 itens para avaliar os espaços das escolas e entrevistas com as diretoras. Os resultados mostraram que as escolas não cumprem plenamente as normas de acessibilidade, mantendo desigualdades. É necessário adaptar os espaços e ampliar as políticas de inclusão.
16293 texto do artigo-209209234335-1-10-20210410revistas - UEPG
O documento descreve as ações tomadas pela equipe de gestão da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo (UEIIA/UFSM) durante a pandemia de Covid-19 para manter o vínculo com as crianças, famílias e comunidade por meio de escuta, diálogo e reinvenção das práticas educativas. A equipe realizou discussões e reuniões para entender as necessidades de cada segmento durante o distanciamento social e propôs fortalecer as relações familiares nesse período, respeitando
O documento discute as lições que podem ser aprendidas com a pandemia de Covid-19, focando nos impactos nas desigualdades educacionais no Brasil. A pandemia expôs as profundas desigualdades no acesso à educação, saúde e outros serviços. É importante investigar como cada localidade e escola podem se tornar territórios de resistência às desigualdades. A crise também reforça a necessidade de se pensar em novas abordagens pedagógicas que considerem os aspectos singulares de cada
16145 texto do artigo-209209235804-1-10-20210605revistas - UEPG
O documento discute a implementação do Centro de Mídias SP pelo governo de São Paulo para garantir o ensino remoto durante a pandemia. O autor argumenta que a iniciativa viola o princípio constitucional de igualdade de acesso à educação, pois desconsidera a realidade de exclusão digital vivida por muitos alunos da rede pública, que não possuem dispositivos eletrônicos. A equidade educacional exige tratamento diferenciado para os mais vulneráveis.
Análise da efetividade do Ensino Médio com mediação tecnológica no estado de ...revistas - UEPG
Este documento analisa a efetividade do programa Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMTEC) no estado de Rondônia entre 2016-2018. O EMMTEC utiliza educação a distância para fornecer ensino médio às comunidades remotas. Os resultados indicam que o programa contribuiu para aumentar as matrículas e acesso à educação nessas comunidades, além de promover a educação profissional e técnica.
A Educação Infantil no contexto da pandemia: os possíveis enfrentamentos após...revistas - UEPG
O documento discute o Parecer 05/2020 do Conselho Nacional de Educação sobre a Educação Infantil no contexto da pandemia. Aponta que o Parecer permite atividades remotas para todas as modalidades, incluindo a Educação Infantil, o que contraria a legislação e ignora a realidade das crianças pequenas. Defende que a flexibilização do calendário deve vir acompanhada da carga horária para não prejudicar ainda mais as crianças nesta fase.
16051 texto do artigo-209209234333-1-10-20210410revistas - UEPG
O documento relata as experiências de três professores de educação física durante a pandemia de COVID-19. As narrativas descrevem como cada um teve que se adaptar ao ensino remoto, enfrentando desafios como falta de acesso à internet e dificuldades dos alunos em compreender as atividades propostas. No geral, os professores tiveram que reinventar constantemente suas estratégias pedagógicas para se adequar à nova realidade imposta pela pandemia.
Acessibilidade arquitetônica, deficiência física e o direito à educaçãorevistas - UEPG
Este documento analisa a acessibilidade arquitetônica em quatro escolas municipais de Pinhais, Paraná, sob a perspectiva do direito à educação de qualidade. A pesquisa utilizou um questionário com 122 itens para avaliar os espaços das escolas e entrevistas com as diretoras. Os resultados mostraram que as escolas não cumprem plenamente as normas de acessibilidade, mantendo desigualdades. É necessário adaptar os espaços e ampliar as políticas de inclusão.
16293 texto do artigo-209209234335-1-10-20210410revistas - UEPG
O documento descreve as ações tomadas pela equipe de gestão da Unidade de Educação Infantil Ipê Amarelo (UEIIA/UFSM) durante a pandemia de Covid-19 para manter o vínculo com as crianças, famílias e comunidade por meio de escuta, diálogo e reinvenção das práticas educativas. A equipe realizou discussões e reuniões para entender as necessidades de cada segmento durante o distanciamento social e propôs fortalecer as relações familiares nesse período, respeitando
O documento discute as lições que podem ser aprendidas com a pandemia de Covid-19, focando nos impactos nas desigualdades educacionais no Brasil. A pandemia expôs as profundas desigualdades no acesso à educação, saúde e outros serviços. É importante investigar como cada localidade e escola podem se tornar territórios de resistência às desigualdades. A crise também reforça a necessidade de se pensar em novas abordagens pedagógicas que considerem os aspectos singulares de cada
1) O documento discute a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na sociedade e na educação.
2) A inclusão exige mudança de paradigma para que não vejamos as diferenças com estranhamento e sim como características naturais dos seres humanos.
3) Cerca de 23,9% da população brasileira, ou 45,6 milhões de pessoas, possuem algum tipo de deficiência.
Educação para idosos em tempo de pandemia no Núcleo de Estudos da Terceira Id...revistas - UEPG
O documento descreve o "Programa Quarentena no NETI", um programa desenvolvido pelo Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC para manter o vínculo com estudantes idosos durante a pandemia de COVID-19. O programa envia conteúdos educativos e de entretenimento duas vezes por semana por WhatsApp. Uma pesquisa mostrou que 96,7% dos estudantes ficaram satisfeitos com os conteúdos. O programa tem sido uma experiência bem-sucedida de engajamento com idosos durante o distanci
Políticas de ampliação do acesso ao ensino superior no brasil as opções dos ...Marcelo Batista
Este documento analisa as ações do Estado brasileiro para ampliar o acesso ao ensino superior, especialmente para segmentos tradicionalmente excluídos. Inicialmente, o foco foi no financiamento de cursos privados através do FIES e do PROUNI. Posteriormente, foram introduzidas cotas de vagas nas universidades públicas, considerando raça, etnia, gênero ou condição socioeconômica. Essas ações aumentaram o acesso, mas não necessariamente a permanência. Muitas vagas ainda ficam ociosas
Este documento resume uma tese de doutorado sobre o Plano CEIBAL, uma política educativa do Uruguai que fornece computadores para todos os alunos. A tese analisa o planejamento e implementação do plano em 14 escolas, usando entrevistas e questionários. As conclusões mostram como o plano afetou as condições de ensino-aprendizagem e as mudanças promovidas no sistema educativo uruguaio.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
6º Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais Unioeste 2014Marcelo Batista
O documento analisa as ações do Estado Brasileiro para democratizar o acesso ao ensino superior, como o ProUni e a reserva de vagas. Essas ações ampliaram o acesso de grupos historicamente excluídos, porém focaram apenas no ingresso e não na permanência desses alunos. Conclui-se que as medidas favoreceram o acesso, mas não foram acompanhadas de apoio à permanência e conclusão dos cursos.
O documento discute os desafios da Lei 12.711/2012 para promover a diversidade étnica na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A lei estabelece cotas para estudantes de escola pública e pretos, pardos e indígenas. Embora a UFFS tenha adotado as cotas imediatamente, promover a diversidade étnica de fato requer mais do que acesso, mas sim refletir sobre como valorizar os conhecimentos populares.
Este artigo reproduz meu pronunciamento no Painel com o mesmo título organizado pelo presidente da Academia Baiana de Educação Professor Astor de Castro Pessoa do qual eu fiz parte juntamente com os confrades Professores Joaci Fonseca de Góes, Anaci Bispo Paim, Maria Thereza Oliva Marcílio de Souza e José Nilton Carvalho Pereira no dia 26 de novembro próximo passado. A palavra mutirão se origina do termo da língua tupi motyrõ, que significa "trabalho em comum". O mutirão cívico pela educação no Brasil deve representar uma iniciativa coletiva para alcançar quatro grandes objetivos: 1) superar os gigantescos problemas que afetam o ensino atualmente em todos os seus níveis no País; 2) preparar e atualizar continuamente as pessoas para o mercado de trabalho atual e futuro e para lidarem com a complexidade do mundo em que vivemos; 3) preparar as pessoas para exercerem a cidadania plena; e, 4) tornar as pessoas felizes.
1) O documento defende a educação pública e gratuita como direito fundamental em um contexto de crise política e retrocessos democráticos no Brasil desde 2016. 2) Ele convoca a resistência contra ataques à educação como privatizações, cortes de verbas e flexibilização de leis com o objetivo de desestruturar a formação crítica. 3) O texto lista 18 desafios a serem enfrentados na luta por uma educação democrática no país.
Ingresso de estudante de classe popular no ensino superior p+blicoMarcelo Batista
1) O documento analisa a desigualdade social no acesso ao ensino superior público na Universidade Federal do Piauí em 2005, comparando os dados dos inscritos e aprovados nos cursos de maior e menor concorrência.
2) Os estudantes de classes populares, com renda até 3 salários mínimos que estudaram o ensino médio em escola pública, tiveram chances menores de ingresso e foram aprovados principalmente para os cursos menos concorridos.
3) O sistema de ingresso no ensino superior público perpetua as desigualda
DiscriminaçãO Racial Nas Escolas HéDio Silva Jr. 2002. 94pculturaafro
Este documento resume um estudo sobre discriminação racial no sistema educacional brasileiro. Ele analisa pesquisas que descrevem como o racismo é manifestado nas escolas e discute a legislação para combater a discriminação. Também propõe políticas educacionais para promover a igualdade racial, como melhorar a qualidade do corpo docente e das aulas para assegurar que afro-brasileiros tenham acesso à educação superior.
Este editorial discute a importância da formação para a inclusão social na União Europeia e em Portugal. A formação é vista como uma das principais áreas de intervenção no combate à exclusão social. O documento também destaca os desafios persistentes da pobreza e exclusão social em Portugal, como a taxa elevada de risco de pobreza entre crianças, jovens e idosos, e os baixos níveis de escolaridade de grande parte da população portuguesa.
1) O documento discute fatores que podem interferir na permanência de estudantes na educação superior pública no Brasil, como o ambiente acadêmico, a condição de estudante trabalhador e o capital cultural do aluno.
2) A pesquisa bibliográfica revelou que o sucesso acadêmico depende também da satisfação na escolha do curso e da situação financeira do estudante.
3) As universidades precisam intensificar investimentos em políticas de apoio à permanência dos alunos, considerando a crescente diversidade cultural e socioecon
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem raízes nas políticas educacionais do Banco Mundial desde a década de 1990 e resultou no declínio contínuo da escola pública brasileira.
O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para...cefaidreguaianases
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem suas origens nas políticas educacionais do Banco Mundial e na Declaração de Jomtien de 1990, que promovem uma escola focada em missões sociais em vez de aprendizagem. As políticas brasileiras subsequentes refletiram essas orientações internacionais, contribuindo para o declínio da escola pública.
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem suas origens nas políticas educacionais do Banco Mundial desde a década de 1990 e tem contribuído para o declínio da escola pública. As políticas adotadas no Brasil a partir da Declaração de Jomtien em 1990 selaram o destino da escola pública, priorizando uma visão assistencialista em vez do conhecimento.
Acesso à universidade federal do piauí efeitos da desigualdade social no proc...Marcelo Batista
O documento analisa o acesso de estudantes do ensino médio público à Universidade Federal do Piauí no processo seletivo de 2005. Os dados mostram que os egressos de escolas privadas tiveram mais sucesso, com taxa de aprovação 18,5% contra 12,8% dos egressos de escolas públicas. Apesar de serem a maioria dos concluintes do ensino médio, os estudantes públicos obtiveram apenas 19% das vagas. Isso indica que a igualdade formal no processo seletivo acaba por beneficiar mais os alunos de
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASILProfessorPrincipiante
Este documento discute a formação de professores no sul do Brasil e o estabelecimento da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A UFFS visa democratizar o acesso à educação superior nesta região rural e afastada, oferecendo cursos de formação de professores que reconheçam os saberes locais e promovam a inclusão social. As discussões sobre a criação da UFFS enfatizaram a necessidade de uma formação comprometida com as demandas sociais da comunidade e capaz de reduzir as desigualda
Palestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas AtuaisMarcio Morais
O documento discute a integração entre educação profissional e educação de jovens e adultos no Brasil. Ele descreve como as políticas educacionais do governo Lula deram ênfase à inclusão social e à educação profissional, revogando decretos anteriores que separavam educação básica e profissional. Também apresenta princípios e modalidades do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica para Jovens e Adultos.
Relatos docentes de práticas educativas para inclusão na pandemia: experiênci...revistas - UEPG
Este documento relata as experiências de professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro durante a pandemia de COVID-19 para a inclusão de estudantes com deficiência. O documento destaca as potencialidades, como as múltiplas inventividades docentes mediadas por tecnologias digitais, e as despotencialidades, como o aprofundamento da precarização do trabalho docente e a ausência de formação continuada e políticas públicas de inclusão durante a pandemia.
16206 texto do artigo-209209235810-1-10-20210605revistas - UEPG
Este documento discute como a pandemia de COVID-19 exacerbou a desigualdade social e a precarização do corpo, levando a uma maior dependência da educação das tecnologias digitais. Filósofos argumentam que isso pode levar a um estado de exceção permanente e à perda da presença física no ensino. Contudo, defendem que a solidariedade pode resistir a essa tendência e garantir que haja corpo na educação, especialmente nas periferias.
1) O documento discute a inclusão de crianças e adolescentes com deficiência na sociedade e na educação.
2) A inclusão exige mudança de paradigma para que não vejamos as diferenças com estranhamento e sim como características naturais dos seres humanos.
3) Cerca de 23,9% da população brasileira, ou 45,6 milhões de pessoas, possuem algum tipo de deficiência.
Educação para idosos em tempo de pandemia no Núcleo de Estudos da Terceira Id...revistas - UEPG
O documento descreve o "Programa Quarentena no NETI", um programa desenvolvido pelo Núcleo de Estudos da Terceira Idade da UFSC para manter o vínculo com estudantes idosos durante a pandemia de COVID-19. O programa envia conteúdos educativos e de entretenimento duas vezes por semana por WhatsApp. Uma pesquisa mostrou que 96,7% dos estudantes ficaram satisfeitos com os conteúdos. O programa tem sido uma experiência bem-sucedida de engajamento com idosos durante o distanci
Políticas de ampliação do acesso ao ensino superior no brasil as opções dos ...Marcelo Batista
Este documento analisa as ações do Estado brasileiro para ampliar o acesso ao ensino superior, especialmente para segmentos tradicionalmente excluídos. Inicialmente, o foco foi no financiamento de cursos privados através do FIES e do PROUNI. Posteriormente, foram introduzidas cotas de vagas nas universidades públicas, considerando raça, etnia, gênero ou condição socioeconômica. Essas ações aumentaram o acesso, mas não necessariamente a permanência. Muitas vagas ainda ficam ociosas
Este documento resume uma tese de doutorado sobre o Plano CEIBAL, uma política educativa do Uruguai que fornece computadores para todos os alunos. A tese analisa o planejamento e implementação do plano em 14 escolas, usando entrevistas e questionários. As conclusões mostram como o plano afetou as condições de ensino-aprendizagem e as mudanças promovidas no sistema educativo uruguaio.
Este documento discute a necessidade de reengenharia do modelo educacional tradicional devido à emergência da cultura digital no século 21. A integração da tecnologia no processo educacional requer adaptações para corresponder ao novo "habitus tecnológico" da sociedade. No entanto, existem resistências a essa mudança associadas aos processos cognitivos de assimilação digital. A plataforma digital pode ser um recurso complementar ao formato presencial tradicional se for usada de forma inclusiva e facilitadora.
6º Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais Unioeste 2014Marcelo Batista
O documento analisa as ações do Estado Brasileiro para democratizar o acesso ao ensino superior, como o ProUni e a reserva de vagas. Essas ações ampliaram o acesso de grupos historicamente excluídos, porém focaram apenas no ingresso e não na permanência desses alunos. Conclui-se que as medidas favoreceram o acesso, mas não foram acompanhadas de apoio à permanência e conclusão dos cursos.
O documento discute os desafios da Lei 12.711/2012 para promover a diversidade étnica na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A lei estabelece cotas para estudantes de escola pública e pretos, pardos e indígenas. Embora a UFFS tenha adotado as cotas imediatamente, promover a diversidade étnica de fato requer mais do que acesso, mas sim refletir sobre como valorizar os conhecimentos populares.
Este artigo reproduz meu pronunciamento no Painel com o mesmo título organizado pelo presidente da Academia Baiana de Educação Professor Astor de Castro Pessoa do qual eu fiz parte juntamente com os confrades Professores Joaci Fonseca de Góes, Anaci Bispo Paim, Maria Thereza Oliva Marcílio de Souza e José Nilton Carvalho Pereira no dia 26 de novembro próximo passado. A palavra mutirão se origina do termo da língua tupi motyrõ, que significa "trabalho em comum". O mutirão cívico pela educação no Brasil deve representar uma iniciativa coletiva para alcançar quatro grandes objetivos: 1) superar os gigantescos problemas que afetam o ensino atualmente em todos os seus níveis no País; 2) preparar e atualizar continuamente as pessoas para o mercado de trabalho atual e futuro e para lidarem com a complexidade do mundo em que vivemos; 3) preparar as pessoas para exercerem a cidadania plena; e, 4) tornar as pessoas felizes.
1) O documento defende a educação pública e gratuita como direito fundamental em um contexto de crise política e retrocessos democráticos no Brasil desde 2016. 2) Ele convoca a resistência contra ataques à educação como privatizações, cortes de verbas e flexibilização de leis com o objetivo de desestruturar a formação crítica. 3) O texto lista 18 desafios a serem enfrentados na luta por uma educação democrática no país.
Ingresso de estudante de classe popular no ensino superior p+blicoMarcelo Batista
1) O documento analisa a desigualdade social no acesso ao ensino superior público na Universidade Federal do Piauí em 2005, comparando os dados dos inscritos e aprovados nos cursos de maior e menor concorrência.
2) Os estudantes de classes populares, com renda até 3 salários mínimos que estudaram o ensino médio em escola pública, tiveram chances menores de ingresso e foram aprovados principalmente para os cursos menos concorridos.
3) O sistema de ingresso no ensino superior público perpetua as desigualda
DiscriminaçãO Racial Nas Escolas HéDio Silva Jr. 2002. 94pculturaafro
Este documento resume um estudo sobre discriminação racial no sistema educacional brasileiro. Ele analisa pesquisas que descrevem como o racismo é manifestado nas escolas e discute a legislação para combater a discriminação. Também propõe políticas educacionais para promover a igualdade racial, como melhorar a qualidade do corpo docente e das aulas para assegurar que afro-brasileiros tenham acesso à educação superior.
Este editorial discute a importância da formação para a inclusão social na União Europeia e em Portugal. A formação é vista como uma das principais áreas de intervenção no combate à exclusão social. O documento também destaca os desafios persistentes da pobreza e exclusão social em Portugal, como a taxa elevada de risco de pobreza entre crianças, jovens e idosos, e os baixos níveis de escolaridade de grande parte da população portuguesa.
1) O documento discute fatores que podem interferir na permanência de estudantes na educação superior pública no Brasil, como o ambiente acadêmico, a condição de estudante trabalhador e o capital cultural do aluno.
2) A pesquisa bibliográfica revelou que o sucesso acadêmico depende também da satisfação na escolha do curso e da situação financeira do estudante.
3) As universidades precisam intensificar investimentos em políticas de apoio à permanência dos alunos, considerando a crescente diversidade cultural e socioecon
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem raízes nas políticas educacionais do Banco Mundial desde a década de 1990 e resultou no declínio contínuo da escola pública brasileira.
O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para...cefaidreguaianases
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem suas origens nas políticas educacionais do Banco Mundial e na Declaração de Jomtien de 1990, que promovem uma escola focada em missões sociais em vez de aprendizagem. As políticas brasileiras subsequentes refletiram essas orientações internacionais, contribuindo para o declínio da escola pública.
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo tem suas origens nas políticas educacionais do Banco Mundial desde a década de 1990 e tem contribuído para o declínio da escola pública. As políticas adotadas no Brasil a partir da Declaração de Jomtien em 1990 selaram o destino da escola pública, priorizando uma visão assistencialista em vez do conhecimento.
Acesso à universidade federal do piauí efeitos da desigualdade social no proc...Marcelo Batista
O documento analisa o acesso de estudantes do ensino médio público à Universidade Federal do Piauí no processo seletivo de 2005. Os dados mostram que os egressos de escolas privadas tiveram mais sucesso, com taxa de aprovação 18,5% contra 12,8% dos egressos de escolas públicas. Apesar de serem a maioria dos concluintes do ensino médio, os estudantes públicos obtiveram apenas 19% das vagas. Isso indica que a igualdade formal no processo seletivo acaba por beneficiar mais os alunos de
UMA REFLEXÃO COLETIVA SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO SUL DO BRASILProfessorPrincipiante
Este documento discute a formação de professores no sul do Brasil e o estabelecimento da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A UFFS visa democratizar o acesso à educação superior nesta região rural e afastada, oferecendo cursos de formação de professores que reconheçam os saberes locais e promovam a inclusão social. As discussões sobre a criação da UFFS enfatizaram a necessidade de uma formação comprometida com as demandas sociais da comunidade e capaz de reduzir as desigualda
Palestra sobre EJA e o Mundo do trabalho e as Políticas AtuaisMarcio Morais
O documento discute a integração entre educação profissional e educação de jovens e adultos no Brasil. Ele descreve como as políticas educacionais do governo Lula deram ênfase à inclusão social e à educação profissional, revogando decretos anteriores que separavam educação básica e profissional. Também apresenta princípios e modalidades do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à Educação Básica para Jovens e Adultos.
Relatos docentes de práticas educativas para inclusão na pandemia: experiênci...revistas - UEPG
Este documento relata as experiências de professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro durante a pandemia de COVID-19 para a inclusão de estudantes com deficiência. O documento destaca as potencialidades, como as múltiplas inventividades docentes mediadas por tecnologias digitais, e as despotencialidades, como o aprofundamento da precarização do trabalho docente e a ausência de formação continuada e políticas públicas de inclusão durante a pandemia.
16206 texto do artigo-209209235810-1-10-20210605revistas - UEPG
Este documento discute como a pandemia de COVID-19 exacerbou a desigualdade social e a precarização do corpo, levando a uma maior dependência da educação das tecnologias digitais. Filósofos argumentam que isso pode levar a um estado de exceção permanente e à perda da presença física no ensino. Contudo, defendem que a solidariedade pode resistir a essa tendência e garantir que haja corpo na educação, especialmente nas periferias.
Educacoes e presencas online se ceara_25jan2021AdrianaBruno9
O documento discute as possibilidades educacionais no contexto híbrido criado pela pandemia. Em 3 frases:
1) Aborda diferentes modalidades educacionais como EaD, educação online e aulas remotas emergenciais.
2) Reflete sobre como a linguagem emocional, a mediação compartilhada e novas temporalidades afetam a docência nesse contexto.
3) Defende que a educação híbrida não deve ser vista como uma mera soma das modalidades presencial e a distância, mas como uma integração capaz de ro
O documento descreve um projeto de combate à dengue realizado por bolsistas da UFJF em uma escola pública de Juiz de Fora. O projeto utilizou métodos de educação em ciências para ensinar crianças sobre a dengue, como preveni-la e reduzir os casos na comunidade. As atividades se basearam em pesquisas, discussões teóricas e práticas na sala de aula para engajar os alunos no tema de forma significativa.
16184 texto do artigo-209209235809-1-10-20210605revistas - UEPG
O documento discute as experiências de professoras da educação infantil durante o distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19. As professoras repensaram suas práticas para apoiar as crianças e famílias, desenvolvendo o projeto "Acolhimento e Exploração do Mundo na Infância" para ser realizado em casa. O projeto busca promover atividades que articulem as experiências das crianças com conhecimentos culturais, respeitando as diretrizes da educação infantil.
Educação infantil diante da pandemia causada pela Covid-19: no cenário o prog...revistas - UEPG
O documento discute a educação infantil brasileira durante a pandemia da Covid-19 e analisa o Programa Rio Preto Educ Ação de São José do Rio Preto. O programa implementou estratégias como materiais online para crianças e famílias, capacitação de professores e comunicação entre escola e comunidade. No entanto, atividades pedagógicas à distância na educação infantil apresentam limites devido às desigualdades sociais e à necessidade de interação presencial nesta idade.
Apresentação pesquisa - ensino remoto e alfabetizaçãoThaliaNunes6
1. O documento analisa os desafios e possibilidades do ensino remoto para professores alfabetizadores durante a pandemia de COVID-19 em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, do ponto de vista dos professores.
2. Os principais desafios identificados foram a adaptação ao novo modelo de ensino remoto, dificuldades com a avaliação da aprendizagem, desinteresse de algumas famílias e falta de familiaridade com tecnologias.
3. Já as principais possibilidades apontadas foram a flexibilização dos horários
Desafios da organizacao do curriculo na pandemia ANPAE 5_nov20_okAdrianaBruno9
Este documento discute os desafios da organização do currículo na pandemia em menos de 3 frases:
1) A pandemia revelou desigualdades educacionais e forçou mudanças no currículo com o ensino remoto, exigindo novas abordagens pedagógicas.
2) Há necessidade de investimentos em projetos interdisciplinares, trabalho por projetos, linguagem digital e cocriação dos currículos com todos os envolvidos.
3) Após a pandemia, é provável que modelos híbridos de educação
A interacao entre_a_escola_e_a_sociedademelojunior
Este documento discute a importância da interação entre escola e sociedade para o sucesso do processo educacional. Ele descreve um projeto desenvolvido por uma professora e alunos que mapeou doenças locais, produziu material educativo sobre saúde e o distribuiu na comunidade, promovendo o reconhecimento mútuo entre escola e sociedade.
EAD, Educacao Online, Ensino Remoto: tensões e perspectivas AdrianaBruno9
Este documento discute as tensões e perspectivas da educação híbrida/online e do ensino remoto durante a pandemia de COVID-19. Abrange pontos como a desigualdade no acesso educacional, as diferentes abordagens de países na reabertura de escolas, e os desafios para docentes e estudantes com o ensino a distância, incluindo a necessidade de novas estratégias pedagógicas e formação de professores.
O documento discute o dualismo da escola pública brasileira, caracterizada como uma escola do conhecimento para os ricos e uma escola de acolhimento social para os pobres. Este dualismo está ligado às políticas neoliberais e aos acordos internacionais como a Conferência Mundial sobre Educação para Todos de 1990. As políticas educacionais do Banco Mundial para países em desenvolvimento desde então contribuíram para o declínio contínuo da escola pública brasileira.
A pandemia de Covid-19 teve grandes impactos na educação brasileira, aprofundando as desigualdades entre alunos de escolas públicas e privadas. O ensino a distância revelou a falta de infraestrutura digital e recursos para as escolas públicas, prejudicando principalmente os alunos de baixa renda e das áreas rurais. Além disso, o isolamento social aumentou problemas de saúde mental em estudantes e professores. Novas políticas educacionais são necessárias para superar os danos causados pela pandemia.
Este artigo discute as relações entre ecoturismo e educação ambiental na literatura brasileira. Os autores apontam que embora existam esforços para integrar os dois campos, ainda há confusões conceituais e metodológicas. Eles analisam diferentes conceitos de ecoturismo e suas abordagens da educação ambiental, concluindo que é necessário superar visões meramente conscientizadoras e incorporar objetivos da educação ambiental de promover mudanças reais nos hábitos e condutas.
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DO ENSINO BÁSICO PARA A EDUCAÇÃO PARA A MÍDIA: AVALIAÇÃ...Lígia Beatriz
Este documento descreve uma pesquisa sobre a formação de professores do ensino médio para a educação para a mídia. O projeto contou com a participação de professores de escolas públicas de Bauru e teve como objetivo desenvolver atividades que articulassem os conteúdos curriculares aos conceitos de educação para a mídia. Um currículo europeu norteou a formação docente e o planejamento de atividades pedagógicas, resultando na elaboração de planos de aula aplicados em sala de aula. A pesquisa observou lac
Este trabalho discute a crise da leitura mediante a participação dos pesquisadores, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), de agosto de 2010 a novembro de 2011, provenientes do Curso de Pedagogia de uma universidade de Curitiba, em uma instituição pública de ensino, na formação de professores alfabetizadores. A pesquisa que tem como tema a crise da leitura na formação de docentes foi procedente dos relatórios dos bolsistas, das reuniões de estudos com os supervisores locais e bolsistas, das observações e das produções acadêmicas dos bolsistas, tendo como premissa a ação-reflexão-ação e por fim, a aplicação de um questionário, os quais constituem o “corpus” para a análise dos resultados até aqui possíveis de compreender. A formação de professores foi baseada em Freire (1987, 2003) e Pimenta (1990); a leitura e suas concepções basearam-se em Zilberman (1991), Lajolo (2010), Andrade (2007), Maia (2007) e Silva (1985). Foi possível ratificar as primeiras impressões alcançadas, motivando assim para um estudo mais aprofundado, a fim de reconhecer as causas da pouca prática leitora entre os jovens pesquisados.
16100 texto do artigo-209209234318-1-10-20210410revistas - UEPG
O documento descreve a experiência de uma instituição de ensino superior no ensino remoto de emergência durante a pandemia de Covid-19. A instituição utilizou ambientes virtuais de aprendizagem, webconferências, podcasts, vídeos e WhatsApp para garantir a continuidade das aulas de forma remota. Os professores receberam formação sobre o uso das tecnologias e tiveram autonomia para escolher os recursos mais adequados para cada disciplina. Os alunos participaram ativamente de fóruns de discussão e dinâmicas nas a
Este documento descreve uma campanha de educação à distância para capacitar professores sobre saúde sexual e reprodutiva, prevenção de DST/HIV/AIDS e gravidez precoce. A campanha inclui quatro módulos abordando esses temas por meio de leituras, vídeos e discussões online. O objetivo é preparar os professores para discutir esses assuntos sensíveis com os estudantes e abordar os altos índices de gravidez precoce na escola.
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscassrfilgueira
1) O documento discute a natureza e identidade da Pedagogia, argumentando que ela não deve ser reduzida a ensino ou formação de professores.
2) A Pedagogia é o campo do conhecimento que estuda a educação em toda a sua amplitude, incluindo diversas práticas educativas formais e informais na sociedade.
3) O autor defende que a Pedagogia investiga teoricamente o fenômeno educativo e orienta a prática educativa com base na reflexão sobre processos formativos dos indivíduos.
Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas Libâneosrfilgueira
1) O documento discute como a sociedade contemporânea se tornou "eminentemente pedagógica", com a educação se expandindo para além da escola formal e permeando muitas esferas da vida social.
2) Apesar disso, a Pedagogia como campo acadêmico enfrenta um paradoxo de estar em alta na sociedade, mas em baixa entre intelectuais da educação.
3) O texto argumenta que a Pedagogia estuda a educação de forma ampla, não se limitando ao ensino em escolas, e que os
Este capítulo apresenta uma visão histórica da violência contra crianças e adolescentes, desde as primeiras formas de agressão até as iniciativas de proteção. A história mostra que a violência está enraizada no cotidiano e próxima do que imaginamos, apesar das conquistas legais e das redes de proteção.
Semelhante a 16180 texto do artigo-209209235805-1-10-20210605 (20)
Este livro analisa os Campos de Experiência educativos da Itália como uma possibilidade para repensar o currículo da educação infantil brasileira. Traz as contribuições das Indicações Nacionais Curriculares italianas de 2012 para construir um currículo próprio para a infância sem perder a especificidade da pequena infância. Discute a importância de considerar a experiência da criança fora da escola e um currículo emergente que valorize a descoberta e a invenção.
16129 texto do artigo-209209235814-1-10-20210605revistas - UEPG
Este documento presenta una primera lectura del impacto de la pandemia de COVID-19 en el sistema educativo de Argentina. En primer lugar, describe la situación del sistema educativo argentino antes de la pandemia y las transformaciones que estaba experimentando. Luego, analiza cómo la suspensión de clases presenciales debido a la pandemia obligó a los actores educativos a tomar decisiones para mantener la continuidad pedagógica a través de medios no presenciales. Finalmente, presenta un primer acercamiento al uso de tecnologías digitales en los
1. O documento discute a importância da articulação entre teoria e prática no estágio de formação de professores da educação infantil.
2. Defende que o estágio deve ter um caráter investigativo e reflexivo para promover a construção da identidade docente dos estudantes.
3. Conclui que o profissional da educação infantil precisa ter um olhar consciente sobre seu papel transformador e agir com responsabilidade pelas crianças.
1) O documento discute as experiências de estágio na educação infantil de cinco estudantes do curso de pedagogia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
2) Analisou-se cinco memoriais formativos dos estudantes sobre suas experiências no estágio.
3) O estágio na educação infantil é importante para a formação dos futuros professores, permitindo reflexões sobre concepções de infância e práticas pedagógicas nesta etapa.
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
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16180 texto do artigo-209209235805-1-10-20210605
1. Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
Disponível em <https://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor>
1
ISSN Eletrônico: 1984-0187
ISSN Impresso: 1518-5648
____________________________________________________________________
Cultura escolar em tempos de pandemia e distanciamento social
School culture in times of pandemic and social distancing
Cultura escolar en tiempos de pandemia y distanciamiento social
Maéve Melo dos Santos1
https://orcid.org/0000-0003-1867-812X
Cosme Batista dos Santos2
https://orcid.org/0000-0002-9276-5398
Resumo: Este artigo trata de um estudo em andamento do grupo de pesquisa “Observatório do ensino-
aprendizagem da escrita escolar”, da Universidade do Estado da Bahia, que, ao ver a iniciativa das escolas de
desenvolverem atividades remotas, sentiu necessidade de investigar como a cultura escolar “sobrevive” nos
domicílios e quais dizeres e fazeres simbolizam essa sobrevivência. O objetivo é investigar a cultura escolar em
domicílio durante a pandemia da COVID-19 e a percepção de seus atores. A metodologia adotada é a pesquisa
quanti-qualitativa, com elaboração de formulários online para estudantes, pais, professores e dupla gestora, e
análise do discurso. As conclusões iniciais apontam que os dispositivos de transposição didática da cultura escolar
estão ativados mesmo na situação do isolamento. Isso mostra um fortalecimento do papel do educador, da sua
capacidade de apreender novos meios de ensino e de superação das condições adversas para fazer-se presente
na vida escolar dos estudantes.
Palavras-chave: Educação. Pandemia. Cultura escolar.
Abstract: This paper is about an ongoing study conducted by the research group “Observatory of the teaching-
learning of school writing”, from the State University of Bahia, Brazil, which, when seeing the initiative of schools
to develop remote activities, felt the need to investigate how school culture “survives” in the households and
what speeches and actions symbolize this survival. The aim is to investigate school culture in the household during
the COVID-19 pandemic and the perceptions of its actors. The methodology adopted is a quanti-qualitative re-
search, with the elaboration of online forms for students, parents, teachers and dual managers, and discourse
analysis. The initial conclusions point out that the school culture, its didactic transposition devices, are activated
even in the situation of social distancing. This shows a strengthening of the role of the educator, his/her ability
to learn new means of teaching and to overcome the adverse conditions to make him/herself present in the
school life of students.
Keywords: Education. Pandemic. School culture.
1Doutoranda em Crítica Cultural (Pós-crítica) na Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Professora Assistente
da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). E-mail: maeve.melo@univasf.edu.br.
2Doutor em Linguística Aplicada pela UNICAMP, Professor Pleno da Universidade do Estado da Bahia-UNEB,
Campus III, Juazeiro-BA. Emai: cbsantos@uneb.br
https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.24.16180.051
2. Cultura escolar em tempos de pandemia e distanciamento social
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
Disponível em <https://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor>
2
Resumen: Este artículo trata de un estudio en realización del grupo de investigación “Observatorio de la
enseñanza-aprendizaje de la escritura escolar” en la Universidad Estatal de Bahía - Brasil que, al ver la iniciativa
de las escuelas de desarrollar actividades a distancia, sintió la necesidad de investigar cómo “sobrevive” la cultura
escolar en los hogares y qué dichos y actos simbolizan esa supervivencia. El objetivo es investigar la cultura escolar
en el hogar durante la pandemia de COVID-19 y las percepciones de los actores. La metodología adoptada es la
investigación cuantitativa-cualitativa con la elaboración de formularios en línea para estudiantes, padres, docentes
y administradores, y análisis del discurso. Las conclusiones iniciales señalan que la cultura escolar y sus dispositivos
de transposición educativa están activados incluso en la situación de aislamiento. Eso muestra un fortalecimiento
del papel del educador, de su capacidad de aprehender nuevos medios de enseñanza, y la superación de
condiciones adversas para hacerse presente en la vida escolar de los estudiantes.
Palabras-clave: Educación. Pandemia. Cultura escolar.
Introdução
Certamente, o ano de 2020 marcará, para sempre, a humanidade. Todo o planeta está vivendo,
em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social ou o distanciamento social, como
alguns denominam; outros preferem chamar distanciamento físico, pois virtualmente parece que
estamos mais próximos uns dos outros. Nunca se fez tantas lives, tantas reuniões online, tantos
encontros virtuais, tantas compras no e-commerce, tantos restaurantes delivery. Trata-se de um vírus
letal que tem contaminado diariamente pessoas dos mais diversos países ricos, em desenvolvimento
ou pobres. No início do surto, a COVID-19 parecia ser um vírus “democrático” do ponto de vista da
infecção, atingindo todas as classes sociais, sem distinção de cor, raça, status social, gênero ou
sexualidade, porém, com a evolução da pandemia, os dados mostraram outra realidade no que diz
respeito ao tratamento e à recuperação. Pesquisas recentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva
– ABRASCO (REIS, 2020) revelaram os altos índices de mortalidade entre as comunidades negras,
indígenas e pobres, escancarando a grande desigualdade social, fruto de um racismo estrutural no Brasil
e no mundo.
Para ter-se uma noção da dimensão da fatalidade desse vírus, em maio de 2020, existia no
mundo cerca de 4 milhões de pessoas infectadas pela COVID-19, nome científico da doença, e quase
300 mil mortes no mundo. O Brasil apresentava 180 mil infectados e cerca de 12.600 óbitos. Até o
momento, julho de 2020, já são mais de 14 milhões de pessoas infectadas e mais de 600 mil mortes
mundialmente e, no Brasil, considerado o novo epicentro da doença por pesquisadores, já são mais de
2 milhões de infectados e mais de 78.000 óbitos (BBC NEWS, 2020; BRASIL, 2020). De acordo com
os dados oficiais de julho de 2020, o Brasil é o segundo país com mais números de óbitos no mundo,
em decorrência de uma política nacional negacionista e liberal que tem uma narrativa neoliberal e
necropolítica (MBEMBE, 2016), afirmando diariamente que a economia e o Brasil não podem parar.
Diante desse cenário e sem a descoberta da vacina e cura científica da doença, a recomendação
geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), como medida mais eficaz de combate, é o
3. Maéve Melo dos Santos e Cosme Batista dos Santos
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
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distanciamento social, ou seja, todos ficarem em casa, trabalhando de forma remota. Apenas os
serviços essenciais estão liberados, desde que tomadas todas as precauções e medidas de vigilância
necessárias. As escolas foram as primeiras a parar em virtude da aglomeração dos alunos em sala de
aula. Muitas escolas privadas e sistemas de ensino público têm adotado o ensino remoto por meio de
videoaulas, aulas online e outros formatos, como alternativa de manutenção do vínculo afetivo com os
estudantes, bem como dar continuidade às atividades escolares. Os estudantes estão em casa sendo
convocados a continuar aprendendo em domicílio, sem a presença física do professor e do espaço
físico da escola. De acordo com um levantamento da Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura – UNESCO (2020) sobre a situação da educação no Brasil (por região/estado)
durante a pandemia, dos nove Estados do Nordeste, cinco adotaram esse modelo de educação a
distância, dois estão planejando e dois não se tem informação a respeito.
Nesse contexto, considerando esse novo cenário pandêmico, surge um problema que merece
investigação: Como a cultura escolar “sobrevive” nos domicílios e quais os dizeres e fazeres que simbolizam
essa sobrevivência? Este ensaio é parte dos estudos desenvolvidos pelo Observatório do ensino-
aprendizagem da escrita, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), do Campus III – Juazeiro, e tem
a intenção de analisar a cultura escolar em fase de isolamento social, de forma a refletir sobre o que
está sendo construído de possibilidades de ensino durante a pandemia do coronavírus, identificar os
dispositivos didáticos empregados para ensinar e aprender e quais as percepções dos atores sociais
envolvidos no processo. Para tanto, inicialmente, faremos uma breve discussão em uma perspectiva
crítica, analítica e sociointeracionista sobre cultura, cultura escolar e transposição didática, a partir dos
estudos de Jean-Claude Forquin. Na sequência, apresentaremos as impressões iniciais dos dados
coletados da pesquisa em andamento, realizada por meio de questionário online, sobre o
desenvolvimento das atividades remotas em tempos de isolamento social, com o intuito de refletir
sobre como a cultura escolar resiste e persiste em domicílio. Por estarmos ainda na fase de análise e
tratamento dos dados, neste artigo, apresentaremos apenas a visão dos professores.
Cultura e cultura escolar: a perspectiva de Jean-Claude Forquin
Tomando como base os estudos de Jean-Claude Forquin (2004), École et culture, de 1993,
podemos dizer que a cultura escolar está relacionada à perpetuação da cultura da humanidade para
que esta não seja esquecida. Para Forquin (2004), a escola é o local por excelência responsável pela
gestão e pela transmissão dos conhecimentos acumulados historicamente, porém, ao fazer-se a seleção
dos conteúdos a serem estudados na escola, ocorre, inevitavelmente, uma perda significativa do
conhecimento acumulado ao longo do tempo. Isso significa dizer que a escola funciona na base do
esquecimento, pois sempre alguns conteúdos serão esquecidos, ao não serem selecionados para
4. Cultura escolar em tempos de pandemia e distanciamento social
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
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compor o currículo escolar. Essa seleção não se relaciona apenas à herança do passado, mas também
à cultura do presente, de forma que algumas atitudes, modos, valores e tipos de conhecimentos
presentes são tão relevantes que são escolhidos para compor o currículo escolar. No entanto, Forquin
(2004) aponta que, apesar dessa seleção, na escola é feita uma nova seleção, pois cada escola e cada
docente faz a seleção dos conteúdos que consideram prioritários. Nesse sentido, o autor pontua a
necessidade de reconhecimento da autoridade pedagógica do professor, pois não se pode ensinar de
verdade se ele não ensina algo realmente válido a seus próprios olhos. Na perspectiva do estudante,
também afirma que nem sempre o que é aprendido pelos alunos corresponde ao que foi ensinado
pelos professores, posto que o contexto sociocultural interfere na recepção da mensagem pedagógica
ensinada.
Para além da função de transmissora de saberes e da cultura disponíveis em uma sociedade,
Forquin (2004) assinala que a cultura escolar também tem o imperativo de realizar a transposição
didática dos conhecimentos, de forma que se torna compreensível e assimilável pelos estudantes, posto
que a linguagem da ciência não é diretamente comunicável aos alunos, daí que se faz necessária a
intervenção e a intermediação da escola por meio dos saberes pedagógicos. Segundo Forquin (1992,
p. 32-33): “É preciso a intercessão de dispositivos mediadores, a longa paciência de aprendizagens
metódicas e que não deixam de dispensar as muletas do didatismo”. Ao citar Michel Verret, ele afirma
que: “Toda prática de ensino pressupõe a transformação prévia deste objeto em objeto de ensino”
(VERRET, 1975 apud FORQUIN, 1992, p. 33).
Forquim (1992), ao analisar os imperativos didáticos, a cultura escolar e o estudo sobre a
divisão do tempo escolar de Verret, considera que as características específicas e próprias da cultura
escolar, “[...] a preocupação da progressividade, a importância atribuída a divisão formal (em capítulos,
lições, partes e subpartes), a abundância de redundâncias no fluxo informacional [...] às técnicas de
condensação (resumos, sínteses documentárias, técnicas mnemônicas)” (FORQUIN, 1992, p. 34),
estão impregnadas desse “espírito escolar” que nos propomos a refletir sobre como a escola
“sobrevive” nos domicílios e quais os dizeres e fazeres que simbolizam essa sobrevivência. A forma de
seleção cultural dos saberes escolares e sua transposição didática, mediada pelos meios tecnológicos
e digitais, revelam os desafios da escola atual, em domicílio, tanto para os alunos como para os pais e
professores.
Se a universalização do ensino por meio do acesso à Educação Básica a todos os cidadãos
brasileiros parecia ser um desafio conquistado ao longo desses últimos 30 anos, principalmente em
relação ao Ensino Fundamental, faltando avançar ainda mais no Ensino Médio (PORTELA, 2007) e
Educação Infantil (CURY, 2002), a pandemia do coronavírus de 2020 veio nos mostrar que precisamos
de uma nova universalização: a universalização do acesso à internet, aos recursos tecnológicos e à
5. Maéve Melo dos Santos e Cosme Batista dos Santos
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
Disponível em <https://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor>
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alfabetização digital. Se estamos vivendo um “novo normal”, como tem sido chamado na mídia nos
últimos dias, e a cultura escolar está sendo desenvolvida em domicílio, muitas crianças, adolescentes,
jovens e adultos estudantes estão fora dessa nova escola, desse “novo normal”, pois não têm acesso à
internet e não possuem condições de estudar em casa. O Brasil, tão fortemente marcado
historicamente pela desigualdade social, buscou assegurar aos estudantes, nesses últimos 30 anos, o
acesso à escola física, não a escola virtual. Esse é um novo desafio de um “novo normal” que iremos
começar a discutir agora, apresentando as percepções dos professores.
Impressões iniciais e análise dos primeiros resultados
A pesquisa surgiu de uma indagação no grupo de pesquisa “Observatório do ensino-
aprendizagem da escrita escolar”, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus III – Juazeiro,
que, diante de um cenário de pandemia e distanciamento social, vendo a iniciativa das escolas do Vale
do São Francisco, mais especificamente da Rede Integrada de Desenvolvimento (RIDE Petrolina-
Juazeiro)3, de desenvolverem atividades remotas durante esse período, sentiu a necessidade de buscar
respostas para um problema que merece investigação: Como a escola “sobrevive” nos domicílios e quais
os dizeres e fazeres que simbolizam essa sobrevivência? Para tanto, elaboramos formulários específicos
para estudantes, pais, professores e dupla gestora (diretores e coordenadores), com questões abertas
e fechadas, que foram disponibilizados por meio das redes sociais, solicitando que respondessem ao
questionário de forma online. O questionário foi dividido em duas partes: a primeira traz perguntas
relacionadas à cultura escolar em domicílio e a segunda sobre as práticas de letramento no período de
distanciamento social. Para efeito deste artigo, iremos analisar apenas a primeira parte das respostas
dos professores, ficando para um próximo texto as percepções dos estudantes, pais e dupla gestora
(diretores e coordenadores).
Os professores e as professoras que responderam ao questionário online são dos Estados da
Bahia, de Pernambuco, em maior parte, do Ceará, de Piauí e de Minas Gerais, tanto da rede pública
como privada. Dos 71 docentes que responderam à pesquisa virtualmente, 42% moram na cidade de
Petrolina (Pernambuco), 21,13% em Juazeiro da Bahia, 8,45% na cidade de Ocara (Ceará), e o restante
(28,17%) em diversas cidades dos Estados já citados. O fato de a localização do Campus III-UNEB ser
na cidade de Juazeiro-BA, vizinha do município de Petrolina-PE, justifica a predominância dessas duas
cidades. Cabe destacarmos a dificuldade com esse tipo de pesquisa online, relacionada ao retorno dos
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A RIDE Petrolina-Juazeiro é composta pelos municípios de Lagoa Grande, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa
vista, no Estado de Pernambuco, e pelos municípios de Casa Nova, Curaça, Juazeiro e Sobradinho, no Estado da
Bahia. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/decreto/D10296.htm. Acesso
em: 10 jul. 2020.
6. Cultura escolar em tempos de pandemia e distanciamento social
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
Disponível em <https://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor>
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respondentes, tendo em vista o acúmulo de atribuições dos docentes durante o período da pandemia
e a chuva torrencial de informações que chegam a cada minuto nos e-mails, nas redes sociais e no
WhatsApp. Outro fator que merece destaque é que o fato de que, sendo o questionário online e tendo
sido disponibilizado nas redes sociais, permitiu a participação de professores para além da área de
atuação do grupo de pesquisa.
Aproximadamente 70% dos professores e das professoras respondentes trabalham no Ensino
Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio, e 30% trabalham nas demais modalidades de ensino:
Educação Infantil, Ensino Superior, Educação de Jovens e Adultos ou Educação Inclusiva. Destes 30%,
18% atuam em diversas modalidades, paralelamente. Cerca de 65% estão entre a faixa etária de 25 e
45 anos de idade, o que equivaleria ao início e meio da carreira docente, e 27% estão entre 45 e 55
anos, mais próximos da aposentadoria. Quanto à formação acadêmica, mais de 50% possuem
especialização e cerca de 20% já têm Mestrado ou Doutorado, o que significa que estamos vivendo um
outro momento formativo no país, talvez fruto dos investimentos nas últimas décadas (GATTI;
BARRETTO; ANDRÉ, 2011) em formação docente. Apenas a título de memória, o desafio quando da
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, era
assegurar que as professoras da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (anos iniciais) cursassem a
Licenciatura em Pedagogia (BRASIL, 1996). Da mesma forma, quando questionados sobre “Há quantos
anos exerce a profissão docente”, observamos que 66,38% têm entre 1 e 15 anos de experiência, 12,68%
possuem entre 16 e 20 anos de carreira e 21,12% têm mais de 21 anos de experiência, reforçando a
compreensão de que a maior parte dos respondentes é formada por professores e professoras que
estão no início ou no meio de sua carreira.
Todos os participantes estão vivenciando a suspensão das aulas durante a pandemia. Essa
situação tem trazido novas demandas para os docentes; no entanto, dos 71 respondentes, 21 (29,58%),
dos quais a maioria atua na cidade de Petrolina-PE, apontaram que não estão tendo novas demandas,
pois as escolas não estão desenvolvendo aulas remotas. O restante está com novas demandas
relacionadas à produção de aulas online, de videoaulas, de vídeo conferências, de uso das novas
ferramentas tecnológicas e de redes sociais, dentre outras. Todavia, como os professores e as
professoras se sentem em relação a essas novas demandas? Antes de responder a esse questionamento,
informamos que, de acordo com os dados da pesquisa, mais de 50% são responsáveis pela elaboração,
produção e acompanhamento das atividades remotas junto aos estudantes, mas apenas 15,5%
informaram que “Existe uma equipe específica para a elaboração das atividades, eu acompanho a resolução
das atividades pelos alunos e corrijo”. Essas atividades são enviadas aos estudantes pelo WhatsApp, cerca
de 50%; por meio de plataforma de ensino, aproximadamente 33%; pelo celular, em torno de 15%; e
por e-mail, próximo de 10%.
7. Maéve Melo dos Santos e Cosme Batista dos Santos
Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-11, e-16180.053, 2021.
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Algumas perguntas do questionário dos professores se referiam ao desenvolvimento das
atividades pelos estudantes. Sobre isso, destacamos alguns pontos relevantes: a) 62% dos estudantes
estão realizando as atividades pelo celular; 23,9%, pelo notebook; e 12,7%, no computador de mesa;
b) 40% dos estudantes estão sendo auxiliados pelos pais ou responsáveis quanto à orientação das
atividades escolares; e 26,8% estudam sozinhos, seguindo as orientações das videoaulas, plataformas
de ensino e outros.
Quanto aos processos de ensino e de aprendizagem, as formas de acompanhamento e de
avaliação, os dados apresentados convidam-nos a refletir sobre o tipo de aprendizagem que está sendo
desenvolvida em domicílios e os desafios impostos tanto para os professores como para os estudantes,
pais e responsáveis. De modo geral, os professores estão avaliando por meio da correção das atividades
enviadas (22,53%), ou por meio de vídeo conferências, conversas em grupos do WhatsApp, envio de
fotos ou vídeos realizados pelos alunos (19,71%). Mais de 30% afirmaram que não estão conseguindo
avaliar ou que isso ocorre com dificuldades diversas. Outros professores afirmaram que não estão
tendo avaliações (22,53%), e alguns disseram apenas “bom”, “razoável” ou respostas confusas (12,66%).
Essa dificuldade em avaliar a distância é perceptível também ao analisarmos as respostas da
pergunta seguinte: “Você considera que os estudantes estão conseguindo aprender os conteúdos escolares
em domicílio durante esse período de isolamento social?”. Parte dos professores considera que os alunos
não estão aprendendo (34%), outra parte considera que sim (32%), outros apenas parcialmente (15%)
e o restante ou não estão dando aulas (13%) ou não conseguem avaliar (6%). Ainda sobre a
aprendizagem, quando questionados(as) sobre quais as dificuldades que os seus estudantes estão
encontrando nesse período de isolamento para aprender os conteúdos do componente curricular,
mais de 50% dos(as) professores e professoras responderam: a) falta de recursos necessários para o
devido acompanhamento dos conteúdos, por exemplo: computador, internet de qualidade, celular,
dentre outros; b) o ensino a distância, pois a maioria dos alunos necessita de explicações e
acompanhamento mais de perto; c) falta de interação com o professor para tirar dúvidas, levando a
uma dificuldade que é afetiva, presencial, metodológica; d) analfabetismo digital. Alguns docentes,
23,95%, afirmaram “não sei, não está tendo aulas ou nenhuma”, e 14,08% disseram que os alunos tinham
dificuldades diversas, a exemplo de “muitas atividades, explanação dos conteúdos, falta de rotina”, dentre
outras.
Os dados iniciais apontam ainda que a maioria dos docentes se sente “preparado(a) para propor
e acompanhar as atividades escolares que serão realizadas em casa pelos estudantes durante a pandemia”
(53,5% responderam “sim”; 35,2% responderam “não”; 8,45% “parcialmente”, e 2,82% afirmaram que
“ainda não realizei nenhuma atividade remota”). A priori, é possível fazer uma leitura de que os(as)
docentes, mesmo não tendo domínio das novas tecnologias, são professores(as) qualificados(as) e se
8. Cultura escolar em tempos de pandemia e distanciamento social
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sentem preparados(as) para acompanhar essa nova demanda. Apesar de mais de 50% se sentirem
preparados, ao analisarmos as respostas do questionamento “Esse período de pandemia tem gerado
alguma angústia em você quanto ao futuro da profissão docente?”, 63,38% afirmaram que estão sentindo
angústia e 35,21% afirmaram que não.
Avançando na análise seguinte “Como você imagina que será o papel do professor após a
pandemia?”, algumas respostas reforçam esses sentimentos presentes nos discursos transcritos
anteriormente: a) 25,35% apontaram que “será difícil, complicado, trabalhoso, exaustivo, árduo, pesado,
sobrecarregado, com muitas cobranças”; b) 22,54% disseram que terão “novas ferramentas e novas
possibilidades; práticas didáticas estendendo-as para outros ciberespaços; aulas mais interativas; dinâmicas,
teremos outras metodologias”; c) 18,31% afirmaram que o “professor do pós-pandemia precisa ser mais
humanizado, provocador, propositor, acolhedor, construtor coletivo, socialmente engajado e não um ‘entregador
de atividades’” d) 15,49% declararam: “O mesmo de antes da pandemia”; e) o restante varia entre não
sei responder ou importante, fundamental e será mais valorizado pela sociedade.
Se, por um lado, eles e elas se sentem angustiados e vivem as consequências do cansaço de
uma Sociedade do Desempenho (HAN, 2015), por outro, a pesquisa revela que ainda conseguem ter
uma percepção positiva da sua profissão docente. Quase 80% dos professores e das professoras
consideraram que o “isolamento social provocado pelo contexto da pandemia mudou a forma como as
pessoas percebem a profissão docente”, afirmando, dentre várias respostas, que, durante esse tempo em
que os pais estão passando com os filhos para ensinar as atividades escolares, muitos estão percebendo
a relevância do papel do professor e que a tecnologia pela tecnologia não ocupa o lugar docente.
Outros não consideram que vai haver muitas mudanças quanto à percepção do papel do professor. Da
mesma forma que enxergam que a pandemia mudará a forma como a sociedade percebe a profissão
docente, 80,28% dos professores e das professoras também passaram a ver sua profissão com novos
olhos, novos horizontes. Uns sinalizaram que sentiram falta da presença dos alunos, “quanto faz falta a
sala de aula, os alunos”, sentiram a necessidade de olhar no olho do aluno”. Outros se perceberam
aprendentes e afirmaram: “Me sinto mediadora e aprendiz ao mesmo tempo”. Contudo, houve aqueles
docentes que afirmaram ser o sentido de humanidade que prevalecerá na educação futura pós-
pandemia.
Os dados iniciais da pesquisa mostram, também, que cerca de 40% dos entrevistados pensam
que a cultura escolar não irá mudar, continuará da mesma forma, não sabem nem responder ou irá
piorar em virtude das cobranças externas de cumprimento dos prazos e dos conteúdos. Em
contraponto, quase 60% dos docentes têm visão positiva da cultura escolar pós-pandemia, seja no
campo dos avanços tecnológicos e digitais nas escolas, seja na valorização docente pelos pais e pela
sociedade de modo geral, ou, ainda, em uma percepção mais humana, solidária e harmoniosa no
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ambiente escolar ou mesmo pelos aspectos relacionados aos procedimentos de segurança e vigilância
sanitária nesses espaços. Esse sentimento resulta de uma percepção de que o “novo normal” precisa
vir repleto de humanidade.
Considerações finais
Este estudo, do grupo de pesquisa “Observatório do ensino-aprendizagem da escrita”,
realizado neste momento de pandemia, visou mostrar o esforço dos educadores e das educadoras
para ensinar e fazer aprender os conteúdos escolares em domicílio. As respostas que coletamos por
meio dos questionários online apontaram que os professores e as professoras e estudantes estão
conseguindo manter uma cultura escolar no ensino a distância e que a cultura escolar no contexto da
pandemia recorre a vários dispositivos de transposição didática, incluindo o livro didático, as
tecnologias da comunicação e da informação e outros tantos.
A cultura escolar, seus dispositivos, estão ativados mesmo na situação do isolamento. Isso
mostra, a rigor, um fortalecimento do papel do educador e da educadora, da sua capacidade de
apreender novos meios de ensino e de superação das condições adversas para fazer-se presente na
vida escolar dos estudantes. Defendemos a “autoridade pedagógica do professor” para garantir o
ensino-aprendizagem do estudante, seja antes, durante ou pós-pandemia, passando desde a seleção dos
conteúdos que serão estudados à transposição didática desses saberes para os novos contextos onde
ocorrerão as aprendizagens, nesse caso, os domicílios. Além disso, há a necessidade de adaptação dos
saberes a ensinar aos estados e às formas dos conhecimentos prévios e à idade dos aprendizes, pois
implica saber fazer o aluno aprender o conteúdo, no contexto da pandemia, por meio dos meios
tecnológicos e digitais.
As impressões iniciais da pesquisa, a partir do olhar docente, apontam alguns caminhos
possíveis, descritos pelos próprios atores: o da renovação, o da superação, de oportunizar uma cultura
escolar pós-pandemia “mais vasta e complexa...isso é bom! Todos precisam se readaptar ao novo. Uma nova
construção”. Precisamos reinventar-nos e essa reinvenção precisa estar permeada de humanidade.
Os dados coletados dos professores apontam resultados bastante curiosos a respeito dos
desafios da escola no pós-pandemia. Se, por um lado, é inevitável os ganhos de inovação e de
aprimoramento do ensino mediado pelos meios tecnológicos; por outro, é também inevitável que o
retorno seja também uma retomada da competitividade, no Brasil, em especial, da concorrência por
resultados com médias aceitáveis nas avaliações em rede e por financiamentos. A realidade de antes,
então, parece retornar com a força de apagar os ganhos de aprimoramento da cultura escolar em sua
relação com a família no percurso do isolamento social.
De qualquer forma, os resultados futuros, embora seja uma expectativa de grande parte dos
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docentes na pesquisa, serão revistos após o retorno. O Observatório do ensino-aprendizagem da
escrita escolar terá, sem dúvida, um trabalho imenso para evidenciar os significados da cultura escolar
em diferentes cenários e, também, extrair respostas para ajudar o poder público a tirar proveito das
experiências inovadoras ou não, porém todas comprometidas com o sucesso escolar dos estudantes
de diferentes realidades sociais e econômicas.
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Recebido em: 16 de junho de 2020.
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Aceito em: 01 de dezembro de 2020.
Publicado online em: 04 de junho de 2021.