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S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo
                SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória
                CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar
                                                          assessoria@portalser.net




Roteiro de Planejamento 1º - 2º - 3º ano

                Ensino Médio




                         MATERIAL:

      EUREKA: Construindo cidadãos reflexivos

                           Autores:
         Valdecir C. Veloso – assessoria@portalser.net
         José Roberto Garcia - assessoria@portalser.net


                                                                                1
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                            SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória
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                                                                        assessoria@portalser.net




            O Seguinte Roteiro Pedagógico está organizado em:

                        - Sugestões de questões sobre Filosofia
                               - Sugestões de filmografia
                               - Sugestões de bibliografia


 OBJETIVOS
             Nossa proposta não é ministrar um curso da história do pensamento ou formar
especialistas em Filosofia, mas promover a inserção do nosso aluno à reflexão filosófica,
pois a filosofia pela sua especificidade da sua abordagem o exige. A própria palavra
(reflexão) indica o seu significado “voltar atrás”. Portanto é o pensamento questionando a
si mesmo, é o ato de reconsiderar os dados disponíveis e examiná-los atentamente. Isto é o
filosofar.
             Para tanto, queremos possibilitar aos alunos e à comunidade escolar situarem-
se no mundo a partir de uma postura mais criteriosa e crítica, extrapolando o mundo do
imediatamente dado e suas pseudo-evidências. A filosofia tendo um compromisso com a
paidéia visa contribuir com a formação cultural dos jovens.
              No ensino fundamental ao trabalhar com os alunos de 8º ano (livro
“Aprendendo a viver juntos: Investigando sobre Ética”), procuramos refletir sobre a Ética
como campo histórico e institucional da Filosofia. Precisamos refletir sobre as grandes
questões da ação humana: a liberdade, a escolha, a autonomia, moral, a religião, o bem e o
mal etc. Queremos conscientizar nossos alunos a pensar sua própria vida e a sociedade na
qual está inserido como sujeito ético. Já no 9º ano debatemos sobre o problema político e
estético (livro “Somos filhos da Pólis: Investigando sobre Política e Estética”). Nesta
discussão veremos que cada ação que fazemos é ética enquanto escolha e política e estética
enquanto realização.


COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:
• Refletir criticamente os problemas que a realidade apresenta no mundo atual; ideologia,
    comerciais, consumismo;
• Desenvolver compreensão de si mesmo como um bem social, histórico e em processo de
    autoprodução;
• Ler textos filosóficos e outros de modo significativo;
• Ler de maneira filosófica, textos de diferentes estruturas e registros;


                                                                                              2
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• Elaborar por escutas textos reflexivos;
• Debater, assumindo uma posição, defendendo-a através de argumentos significativos e
    mudando de posição diante de argumentos mais constantes;
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conhecimentos presentes nas ciências
    naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais;
• Contextualizar conhecimentos filosóficos, nos planos de sua origem específica, pessoal-
    biográfica, sócio-política, histórica, cultural e científico tecnológico;
• Diferenciar a filosofia de outros tipos de conhecimento, apontando para sua utilidade,
    compreender que o seu surgimento se dá a partir do pensamento crítico;
• Debater em torno dos filósofos, buscando perceber seus questionamentos, bem como suas
    características essenciais;
• Explorar o conhecimento filosófico, no plano de sua origem específica e no horizonte da
    sociedade científica (questão avanços tecnológicos).


ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
• “Não se ensina Filosofia, mas filosofar”, já dizia Kant, pois a Filosofia não é um conjunto
    de idéias que assimilamos automaticamente.
• Os temas propostos em cada unidade não esgotam, em hipótese alguma, toda a Filosofia,
    principalmente levando em conta uma aula por semana. Além disso, não é pretensão do
    Ensino Médio formar especialistas, porém isto não significa que a reflexão gire
    emtorno de generalidades ou “achologias”, sem aprofundamento nenhum, cujo risco é
    muito maior em Filosofia que nas outras disciplinas.
• Exposição oral, sistemática e dosada; leitura e análise de textos em sala;
• Elaboração de estudos dirigidos; debates: pesquisa – estudo – discussão;
• Desvelar as propagandas comerciais (percepção de idéias prejudiciais e enganosas
    (vídeos, montagem);
• Recortes de jornais e revistas;
• Músicas, entrevistas, análises, júris simulados e dramatizações;
• Exposição de trabalhos feitos em grupos em sala;
• Apontar as diversas revistas científicas existentes na atualidade: Superinteressante,
    Galileu – bem como reportagens que abordam temas polêmicos referentes a ciência
    hoje;
• Pesquisas em biblioteca.
• Uma sugestão para se trabalhar na aula inaugural é debater com os alunos sobre o
    significado da palavra “Eureka”. Pode ser feito uma pesquisa na biblioteca para que
    cada um tenha uma idéia preliminar. Depois o professor conclui com o verdadeiro
    significado e encaminha a discussão.


        Programação de conteúdos para o Ensino Médio com o livro EUREKA

           1º ano do E.M                  2º ano do E.M                 3º ano do E.M


                                                                                                3
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     DO MITO AO LOGOS             FILOSOFIA POLÍTICA               DO MITO AO LOGOS
                                                                   O mito de Édipo.
     O mito de Édipo.            Política, a arte de administrar   Mito na Grécia Antiga:
     Mito na Grécia Antiga:      uma Polis.                        Homero e Hesíodo.
     Homero e Hesíodo.           O Poder e a Política no dia-      A passagem do Mito ao
     A passagem do Mito ao       a-dia.                            Logos.
     Logos.                      Construção da Cidadania e o       Primeiros filósofos: os
     Primeiros filósofos: os     analfabeto político.              pré-socráticos.
     pré-socráticos.             Democracia: governo da            Período Clássico.
     Período         Clássico:   maioria.
     Sócrates e Os Sofistas.     Política Antiga                            ÉTICA
                                 Os filósofos e a Política.        As correntes filosóficas
                                 Sócrates e os Sofistas.           e seus defensores.
                                 Platão e a República.             Platão. Aristóteles.
                                 Aristóteles e a Cidade Feliz.     As escolas Helenistas. A
                                                                   ética de Baruck de
                                 Política Medieval                 Espinosa. A ética formal
                                 A Religião e a Política.          de Kant. Nietzsche e a
                                 Agostinho e a cidade de           questão dos valores
                                 Deus.
                                 Tomás de Aquino e a                      FILOSOFIA
1º                               Escolástica.                             POLÍTICA
                                                                   Os filósofos e a Política.
                                 Política Moderna                  Platão e a República.
                                 Renascimento                      Aristóteles e a Cidade
                                 Nicolau Maquiavel e ‘ O           Feliz.
             OBRA                Príncipe’.                        Agostinho e a cidade de
     A República de Platão.      Contratualismo.                   Deus.
     Cap. VII: O Mito da         Hobbes e o Absolutismo.           Tomás de Aquino e a
     Caverna. (Coleção os        Locke e o Liberalismo.            Escolástica.
     Pensadores).                Montesquieu e os três             Nicolau Maquiavel e ‘ O
                                 poderes.                          Príncipe’.
     EUREKA: Eixo I.             Rousseau e o governo da           Contratualismo. Hobbes
                                 vontade geral.                    e o Absolutismo. Locke
                                 Hegel: os homens existem          e o Liberalismo.
                                 para o Estado.                    Rousseau e o governo da
                                 Karl Marx: a proposta             vontade geral.
                                 comunista                         Montesquieu e os três
                                            OBRA                   poderes.
                                   O Príncipe de Maquiavel.        Hegel: os homens
                                   (Coleção os Pensadores).        existem para o Estado.
                                                                   Karl Marx: a proposta
                                                                   comunista
                                                                            OBRA
                                 EUREKA: Eixo III.                 Ética     a     Nicômaco


                                                                                                4
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                                                                         assessoria@portalser.net
                                                                  Aristóteles(Coleção os
                                                                  Pensadores).
                                                                  EUREKA: Eixo: I, III,
                                                                  IV.
     EPISTEMOLOGIA                A METAFSICA                     EPISTEMOLOGIA
                                                                  Os         tipos        de
                                  Antecedentes da metafísica      conhecimento.
     Introdução à                 Metafísica na Antiguidade e     Correntes filosóficas e
     Epistemologia: O             na idade média.                 seus             principais
     conhecimento Humano.         Metafisica Modernidade.         defensores. Os Sofistas e
     Os tipos de                  Os tipos de conhecimento.       o relativismo.
     conhecimento.                Correntes filosóficas e seus    Sócrates: a Ironia e a
     Correntes filosóficas e      principais defensores.          Maiêutica.
     seus principais              Os Sofistas e o relativismo.    Platão e as Idéias
     defensores.                  Sócrates: a Ironia e a          perfeitas.
     O Problema da Verdade.       Maiêutica.                      O mito da caverna. O
     Os Sofistas e o              Platão e as Idéias perfeitas.   mito       da      caverna
     relativismo.                 O mito da caverna. .            ilustrado. Aristóteles.
                                  O mito da caverna ilustrado.    Santo Agostinho. Tomás
     Epistemologia Antiga:        Aristóteles.                    de Aquino.
     Sócrates: a Ironia e a       Santo Agostinho.                Idade      Moderna        e
     Maiêutica.                   Tomás de Aquino.                Revolução Científica.
     Platão e as Idéias                                           Galileu e o universo
     perfeitas.                                                   matemático.
     O mito da caverna. O                                         Racionalismo,
     mito da caverna ilustrado.                                   Empirismo Criticismo.
2º   Aristóteles.                                                 René Descartes.
                                                                  O empirismo. Francis
     Idade Média – A                                              Bacon.
     Formação do Homem                                            David       Hume.        O
     de Fé.                                                       Criticismo de Immanuel
     Santo Agostinho.                                             Kant.       Textos      de
     São Tomás de Aquino.                                         Epistemologia.

     Idade Moderna e                        OBRA                  FILOSOFIA
     Revolução Científica.            O que é Metafisica.         ESTÉTICA
     Nicolau Copérnico.           ( Coleção Primeiros Passos).    Platão: a arte é mímesis.
     Galileu e o universo                                         Aristóteles. A arte eleva
     matemático.                                                  o homem através da
     Racionalismo de René         EUREKA: Eixo II.                Catarse.
     Descartes.                   FILOSOFARE: Cap III.            A Teoria Crítica.
     O empirismo:                                                 A Indústria Cultural.
         • Francis Bacon.
         • John Locke.                                            OBRA
         • David Hume.                                            O Discurso do Método


                                                                                               5
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                              SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória
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                                                                       assessoria@portalser.net
     O Criticismo de                                             de Descartes. (Coleção
     Immanuel Kant. Textos                                       os Pensadores).
     de Epistemologia.                                           EUREKA: Eixos: II, V.
                                                                 FILOSOFARE:Cap. III, V.
              OBRA
          O que é Ciência.
        ( Coleção Primeiros
              Passos).

     EUREKA: Cap I.


              ÉTICA                        LÓGICA                      FILOSOSIA
                                                                  CONTEMPORÂNEA
     O que é Ética e o que é      Fundamentos sobre lógica       O Positivismo / Augusto
     Moral.                       formal                         Comte.
     O Ético e o Moral.           Silogismos                     O Neopositivismo e o
     As correntes filosóficas e   Antecedentes,    premissas,    Círculo de Viena.
     seus defensores.             termos.                        Karl Popper e a resposta
     Platão.                      Validade,      Quantidade,     ao Círculo.
3º   Aristóteles.                 Qualidade, Categórico ou       O Existencialismo.
     As escolas Helenistas.       Hipotético, Dedutivo ou        Martin Heidegger.Sartre
     A ética de Baruck de         Indutivo,   Dialético   ou     e a Náusea.
     Espinosa.                    Apodítico.                     A Escola de Frankfurt. A
     A ética formal de Kant.      Lógica e Argumentação.         Teoria Crítica. A
     Nietzsche e a questão dos                                   Indústria Cultural.
     valores.                                                    Walter Benjamin. A
                                                                 ação comunicativa de
                                                                 Habermas.
              OBRA                          OBRA
           O que é Ética.               O que é Lógica.                    OBRA
        ( Coleção Primeiros       ( Coleção Primeiros Passos).   HORKHEIMER, Max.
              Passos).                                           ADORNO, Theodor. A
                                                                 Dialética           do
                                  BIBLIOGRAFIA:                  esclarecimento      de
     EUREKA: Eixo IV              SOARES,            Edvaldo.    Adorno e Horkheimer.
                                  Fundamentos de Lógica. São     Trad. Guido Antonio de
                                  Paulo. Atlas.2003.             Almeida. RJ. Jorge
                                  Pág: 01 à 22.                  Zahar. 1985.

                                                                 EUREKA: Eixo: VI.
                                                                 .




                                                                                             6
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           FILOSOFIA                        FILOSOSIA
           ESTÉTICA                   CONTEMPORÂNEA
                                   O Positivismo / Augusto
     Platão: a arte é mímesis.     Comte.
     Aristóteles. A arte eleva o   O Neopositivismo e o
     homem através da              Círculo de Viena.                    EXERCICIOS
     Catarse.                      Karl Popper e a resposta ao         REVISÃO GERAL
4º   A Teoria Crítica.             Círculo.
     A Indústria Cultural.         O Existencialismo. Martin
                                   Heidegger.
                                   Sartre e a Náusea. A Escola
              OBRA                 de Frankfurt. A Teoria
          O que é Indústria        Crítica.
             Cultural.             A Indústria Cultural. Walter
        ( Coleção Primeiros        Benjamin. A ação
              Passos).             comunicativa de Habermas.

                                           OBRA
     EUREKA: Eixo V.                MATOS, Olgária. A Escola
                                    de Frankfurt. SP. Moderna.
                                              1993.

                                   EUREKA: Eixo VI.



AVALIAÇÃO:
            A avaliação será entendida sempre como um processo, onde nos
referenciaremos na qualidade dos trabalhos apresentados, promovendo avaliação grupal,
individual e auto-avaliação. Avaliar não é dar nota, é olhar para o processo, ver as falhas e
rever.

Questões a observar:
- Avaliação oral e escrita;
- Participação em projetos, eventos, em sala de aula;
- Pensamento organizado e estruturado;
- Respeito pelo posicionamento dos colegas, uma vez que o ponto de vista filosófico a
verdade é uma procura constante;
- Discussão em seminários.


SUGESTÕES DE QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA:




                                                                                                 7
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01- (UEL Conh. Ger. 2006) Durante séculos, houve controvérsias sobre a forma do planeta
e sua representação. A idéia do contorno da Terra, na Grécia Clássica, foi influenciada por
concepções filosóficas acerca da esfera, considerada a mais perfeita das formas. No
medievo, o uso das sagradas escrituras como fonte de conhecimento sobre o planeta gerou
críticas severas aos defensores de concepções pagãs. No século XVI, a primeira
circunavegação comprovou a esfericidade do planeta, passível de visualização desde 1960,
com a corrida espacial e o desenvolvimento da televisão. Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. O conhecimento especulativo produzido na antiguidade clássica e no medievo tanto
aproximadas quanto distantes da forma real do planeta.
II. As representações cartográficas produzidas na Europa medieval eram descoladas da
mentalidade da época, na qual predominava uma cosmografia baseada em expedições
voltadas ao conhecimento do mundo natural.
III. As representações da superfície da Terra, a partir do Renascimento, tinham estreitas
relações com conhecimentos experimentais e ampliaram a concepção predominante na
antiguidade clássica sobre a forma do planeta.
IV. A imagem da Terra vista do espaço, sintetizada na frase de Yuri Gagarin: “a Terra é
azul”, contribuiu para aprofundar a idéia da fragilidade e finitude do planeta.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

02- (UEL Conh. Ger. 2006) A nova compreensão de mundo que surge com os recursos
provenientes das formas geométricas, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna,
pode ser observada na seguinte afirmação: o triângulo constituído pelos vértices “Homem-
Natureza- Deus” apresenta em sua base a relação Homem e Natureza, que assume uma
extensão infinita, considerando que o vértice (Deus) coincide com a base, transformando o
triângulo em uma reta infinita. (Adaptado de: ANDRÉ, João Maria. Homem e Natureza em
Nicolau de Cusa. In: Veritas, Porto Alegre, v. 44, n.3, p. 805, set. 1999.) Com base no texto
e considere as afirmativas a seguir.
I. A relação Homem-Natureza é indicada na base do triângulo, sendo que o primeiro lê e
interpreta a segunda, sem desconsiderar Deus, que garante essa base geométrica.
II. Ciente de sua vinculação à natureza, o homem buscou, por meio da análise das formas
geométricas, entender sua integração ao universo e à perene relação com Deus.
III. O conhecimento humano desconsidera a transcendência e limita-se à verdade natural,
que é construída pela decifração do universo,
IV. O homem, em sua atividade criadora, abre-se ao mundo natural e à crença no divino,
buscando, além do mundo, assegurar sentido para a existência humana.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.


                                                                                                8
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d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

03- (UEL Conh. Ger. 2006) “Sabe-se que para Hegel a História Universal não recobre o
curso empírico da humanidade. A História propriamente dita nasce apenas com o Estado,
quando a vida social ganha uma forma sob o efeito desta instância que confere a seus
elementos expressão pública e consciência. Somente então é assegurada a permanência do
sentido.” (LEFORT, Claude. As formas da História. Ensaios de Antropologia Política. São
Paulo: Brasiliense, 1990. p. 37). Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. Hegel partia do mundo empírico para explicar a História.
II. Segundo Hegel, a formação da consciência se dá com o surgimento do Estado.
III. Hegel, ao analisar o surgimento da História, desconsidera a organização do Estado.
IV. A noção de Estado só ganha sentido se relacionada à dimensão da vida social.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

04- (UEL Conh. Ger. 2006) Hylé é uma palavra grega, empregada na antiguidade para se
referir às florestas de onde eram extraídas as árvores utilizadas na construção de
embarcações marítimas. Essa palavra carrega consigo a significação de matéria apropriada
para receber uma forma. A indeterminação da matéria possibilita a recepção de uma forma
que lhe dê feição e a constitua em algo. (Adaptado de: FARIA, M.C. Bettencourt.
Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 44.) Com
base no texto e nos conhecimentos sobre matéria e forma em Aristóteles, é correto afirmar:
a) A forma é dispensável quando se trata de perceber e conhecer a natureza das coisas.
b) Enquanto a matéria é aquilo que permite que se faça algo, a forma é o que constitui a
matéria em algo.
c) A maneira como os objetos são constituídos independe da matéria, e a forma se limita a
circunscrever a feitura estética.
d) Naquilo que foge à atuação da natureza, a junção de matéria e forma na construção de
objetos prescinde da ação humana.
e) A realidade física é constituída ou de matéria ou de forma, sem que haja a necessidade de
compreendê-la como um composto de ambas.

05- (UEL Conh. Ger. 2006) Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de
tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos
homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no
tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já
aconteceu. “Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à
tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me
inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo
daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas


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duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é
precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”.
(VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São
Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar:
a) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos
deuses.
b) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos
acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade.
c) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade.
d) O tempo é suprimido das conseqüências advindas das ações dos personagens e das
determinações do destino.
e) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como
decorrência do encontro entre tempo divino e humano.

06- (UEL Conh. Ger. 2006) “No Renascimento [...] o Tempo, Dom de Deus, transformou-
se em Tempo, Servidor dos homens, pois os mercadores passaram a usá-lo, na sociedade
urbana que se instalava na Europa ocidental, tanto como medida do tempo de trabalho do
operário, [...] rompendo com o esquema do dia natural, como em elemento de cálculo de
lucro, permitindo o ganho em cima do tempo. [...] Nos dias atuais, tempo é Senhor, pois os
seres humanos estão escravizados ao Tempo, são seus servidores, e, quanto mais ocupado o
tempo, tanto mais importante social e economicamente o homem é.” (GLEZER, Raquel.
História em Debate. Rio de Janeiro: CNPq, 1991. p.263, 267.) Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. O tempo, enquanto construção social, é uma convenção estabelecida pelo próprio ser
humano, havendo várias maneiras de interpretar as experiências passadas.
II. Para Newton, a natureza do tempo é um dado relativo do mundo criado, um dado
modificável da natureza humana.
III. “Ganhar” ou “perder tempo” são expressões herdadas das sociedades da antiguidade,
nas quais existia a necessidade de medir matematicamente e com exatidão o tempo das
atividades humanas.
IV. O tempo na modernidade é o tempo seqüencial, composto por séries rígidas, encadeado
por gestos, operações, controles, para que renda plenamente.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

07-(UEL Conh. Ger. 2006) Para Platão, havia outra forma de conhecer além daquela
proveniente da experiência. Em sua Teoria da Reminiscência, a razão é valorizada como
meio de acesso ao inteligível. De acordo com a Teoria da Reminiscência de Platão, é
correto afirmar que o conhecimento é:




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a) Proveniente da percepção sensível, na qual os sentidos retêm informações evidentes
sobre o mundo material.
b) Originado da ação que os objetos exercem sobre os órgãos dos sentidos, produzindo um
conhecimento inquestionável do ponto de vista da razão.
c) Reconhecido mediante intuição intelectual, ao se referir às idéias adquiridas
anteriormente e relembradas na vida presente.
d) Fruto da ação divina que, por meio da iluminação interior, revela ao ser humano
verdades eternas.
e) Estruturado empiricamente como condição para a realização das atividades da razão.

08- (UEL Conh. Ger. 2006) De acordo com Kant, o ato de conhecer é efetuado por meio da
relação sujeito e objeto, em que se fixam dois pressupostos fundamentais. Por um lado,
objetos que possam ser percebidos; por outro, o sujeito que assimila a representação dos
objetos. O sujeito apreende as representações numa ordem de sucessão, pois se estas
ocorressem de forma simultânea, não seria possível processar o conhecimento dos objetos.
Assim, uma das condições para assegurar o conhecimento empírico envolve, já na própria
estrutura do sujeito, uma dimensão a priori de temporalidade. Com base no texto, é correto
afirmar:
a) A construção do conhecimento empírico dispensa a incorporação, pelo indivíduo, de
dimensões temporais.
b) O tempo é apreendido empiricamente a partir dos sinais de degeneração e
envelhecimento dos objetos.
c) O tempo é anterior à experiência e condição para que o conhecimento dos objetos
aconteça numa seqüência regular e uniforme.
d) A existência do tempo é condicionada aos objetos, os quais garantem a noção de
temporalidade do sujeito.
e) A relatividade da noção de tempo resulta do movimento contingente dos objetos e da
percepção do sujeito.

09- (UEL Conh. Ger. 2006) “[...] o principal privilégio do capitalismo, hoje como ontem,
continua sendo a liberdade de escolha – um privilégio que tem a ver simultaneamente com
sua posição social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de
empréstimo, com sua rede de informações e, em igual medida, com os vínculos que, entre
os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da
concorrência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a
capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...]
Quando há grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros
instalam-se.” (BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo séculos
XV-XVIII. v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.) Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.
I. A concorrência encontra na rede de informações seu principal obstáculo e diminui a
vitalidade do capitalismo.
II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em
tempos de crise.




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III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações do capitalismo dificultam sua
recuperação após períodos de crise.
IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma
série de regras e cumplicidades.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I III e IV.
e) II, III e IV.

10- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin, filósofo alemão, dizia reconhecer o “anjo da
história” no quadro Angelus novus de Paul Klee. Sobre o quadro, disse: “O anjo da história
deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia
de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre
ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os
fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta
força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o
futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa
tempestade é o que chamamos progresso.” (BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e
política. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226.) Com base na imagem
“Angelus novus” e no texto, é correto afirmar que Walter Benjamin:
a) Defende a concepção de progresso baseada na idéia de separação de um tempo
homogêneo e vazio em relação à história.
b) Vivendo os conflitos da globalização, acusa a História por esta voltar-se apenas para o
passado, desconsiderando, assim, os benefícios do progresso no futuro.
c) Influenciado por uma era de guerras, carrega um pessimismo implícito, percebendo a
história como tragédia.
d) Entende a época da produção da pintura e do texto, como um período marcado pelo
otimismo, pelo progresso humano e pela esperança no futuro.
e) Concebe o progresso como um processo histórico reversível, apesar de criticá-lo.

11- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin usa a alegoria, o “anjo da história”, para
criticar uma noção de processo histórico muito em voga no final do século XIX e início do
século XX. Em sua obra, que pretendia ser uma grande arqueologia da época moderna,
Benjamin faz uma tripla crítica: ao triunfo da burguesia, ao culto da mercadoria e à fé no
progresso. Ele critica uma visão que assimila o progresso da humanidade estritamente ao
progresso técnico e que propaga um determinismo no qual a libertação seria um
acontecimento garantido pelo curso natural da história. A partir dessa crítica, ele propõe
uma outra visão sobre o processo histórico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
tema, é correto afirmar que para o autor:
a) A história deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma
história inacabada.
b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser
previstos e assegurados.


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c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem ser
tomados como causas e conseqüências.
d) A história é uma seqüência linear de eventos associada a um movimento numa direção
discernível.
e) A história é uma sucessão de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos
mais complexos.

12- (UEL Conh. Ger. 2006) A maioria dos relógios atuais tem como princípio de
funcionamento a contagem do número de vezes que um determinado processo repetitivo
ocorre. Por volta de 1582, na Catedral de Pisa, Itália, Galileu Galilei percebeu que as
oscilações de uma lâmpada (lustre) pendurada ao teto eram sempre iguais, fenômeno que
ficou conhecido como isosincronismo das oscilações do pêndulo. Ainda hoje, esta é a idéia
usada na maioria dos relógios. Assinale a alternativa que corresponde a uma propriedade
essencial do pêndulo descoberta por Galileu.
a) O período de oscilação independe do comprimento da haste.
b) A freqüência de oscilação depende da massa do pêndulo.
c) A freqüência de oscilação independe do comprimento da haste, enquanto que o período
depende da massa do pêndulo.
 d) A amplitude de oscilação é determinada pela massa do pêndulo e independe do impulso
inicial.
e) Para pequenas oscilações, o período e a freqüência do pêndulo independem do impulso
inicial.

13- (UEL Conh. Ger. 2006) Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos
filósofos gregos clássicos, é correto afirmar:
a) Na Polis grega, as mulheres deveriam restringirse à execução das tarefas domésticas,
cabendo aos cidadãos a atuação na vida política, jurídica e administrativa.
b) Pelo fato de as mulheres possuírem habilidades diferentes em relação aos homens, Platão
lhes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exercício da filosofia.
c) Para Aristóteles, a justiça como eqüidade, se aplica também à esfera doméstica, devendo
as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princípios válidos para os cidadãos.
d) Era consenso que a mulher deveria atuar, além da esfera privada, também na esfera
pública, tendo o direito de influenciar nas decisões políticas.
e) Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderança na Polis, era a
de gerar filhos saudáveis para o Estado.

14- (UEL Conh. Ger. 2006) Desde a época de Aristóteles, especula-se sobre os mecanismos
envolvidos na determinação do sexo dos humanos. Acreditava-se que o sexo do embrião
era definido por fatores como a nutrição materna. A partir dos estudos sobre herança
mendeliana, divisão celular e comportamento dos cromossomos na meiose, comprovou-se
que a determinação do sexo decorre de uma constituição cromossômica específica. Com
base nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
a) O sexo genético é determinado na fecundação, quando ocorre a fusão dos núcleos
masculino e feminino.




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b) Os cromossomos autossômicos são os responsáveis pela determinação do sexo genético
do indivíduo.
c) A probabilidade de o genitor masculino produzir gametas do tipo Y é maior que a do tipo
X.
d) O embrião XX desenvolverá testículos e o embrião XY desenvolverá ovários.
e) O sexo genético é determinado pelo número de cromossomos X presentes no embrião.

15- (UEL Esp. 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as
afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm
características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se
revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria
religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como
perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos
similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega,
auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que
os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de
qualquer base religiosa. Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

16- (UEL Esp. 2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três
espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua
vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas
espécies. É verdade. Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua
alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado
pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A República.Trad. de Maria Helena da
Rocha Pereira. 7ª. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no
texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a
possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o
princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos
políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve
habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou
emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.


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17- (UEL Esp. 2005) “A busca da ética é a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o
empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo
método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem
dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial
de a Ética a Nicômacos está delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade
possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da
sua proximidade ou distância em relação ao seu próprio fim”. (PAIXÃO, Márcio Petrocelli.
O Problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética à dianoética aristotélica no
problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. p. 33-34.) Com base no texto e
nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir.
I. O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de
honrarias oriundas da vida política.
II. A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim”
da vida humana.
III. Todas as coisas têm uma tendência para realizar algo, e nessa tendência encontramos
seu valor, sua virtude, que é o “fim” de cada coisa. IV. Uma ação virtuosa é aquela que está
em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e IV.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
18- (UEL Esp. 2005) “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade
moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do
puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”.
(ROUSSEAU, Jean- Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São
Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
liberdade em Rousseau, é correto afirmar:
a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.
b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer
às leis.
c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a
sociedade.
d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.
e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade

19- (UEL Esp. 2005) “É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços
ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negócio é grande, o comerciante
esperto também não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a
gente, de forma que uma criança pode comprar em sua casa tão bem como qualquer outra
pessoa. É-se, pois servido honradamente; mas isto ainda não é bastante para acreditar que o
comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse
assim o exigia; mas não é de aceitar que ele além disso tenha tido uma inclinação imediata


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para os seus fregueses, de maneira a não fazer, por amor deles, preço mais vantajoso a um
do que outro”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes.Trad. de
Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980.p. 112.) Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre
a ação do merceeiro.
I. É uma ação correta, isto é, conforme o dever.
II. É moral, pois revela honestidade na relação com seus clientes.
III. Não é uma ação por dever, pois sua intenção é egoísta.
IV. É honesta, mas motivada pela compaixão aos semelhantes.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

20- (UEL Esp. 2005) “Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a
capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele
tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é
outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de
um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também
subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a
razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer
dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de
Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.) Com base no texto e nos conhecimentos
sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir.
I. A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade
humana mantém em relação às leis da natureza.
II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos
da vontade divina.
III. É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente,
por princípios que são válidos para todos os seres racionais.
IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da
causalidade natural.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.

21- (UEL Esp. 2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de
pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o
príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua
inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-


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se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter
fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque
seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau.
O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti.São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no
texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar:
a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para
governar.
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja
reconhecido pelo povo.
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus
ministros.
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o
príncipe tenha um projeto político perfeito.
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.

22- (UEL Esp. 2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma
soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens
naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano.
Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito
desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-
Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7.
ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o
contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.
I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.
II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos
os direitos em favor do soberano.
III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos
súditos cidadãos.
IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o
estado de natureza.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

23- (UEL Esp. 2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e
independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder
político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se
despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é
através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade
para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança
de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”.
(LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil.Trad. de Magda Lopes e Marisa


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Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.
I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.
II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes
violarem as condições do pacto político.
III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se
ilimitadamente.
IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá
sempre de seu consentimento.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

24- (UEL Esp. 2005) “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo
cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente
simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não
pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse
gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se
esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”.
(ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade
entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p.
87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é
correto afirmar:
a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das
condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.
b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade
e das diferenças sociais.
c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com
os outros homens.
d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem,
tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.
e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a
garantia da posse privada da terra.

25- (UEL Esp. 2005) “As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam terem instalado
democraticamente, estão, sob o peso da crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião
não lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jürgen
Habermas [...] vê nessa situação ‘um problema de regulação’. A opinião pública, abalada
em suas crenças mais firmes, não dá mais sua adesão às regulações que o direito
constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”. (GOYARD-
FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins




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Fontes, 2003. p. 202-203.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados
Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto afirmar:
a) A atual identidade das instâncias do poder é confirmada pela “crítica”.
b) Legalidade e legitimidade das instâncias de poder são coincidentes nos Estados
Democráticos de Direito.
c) A regulação das instituições de poder deve ser independente da opinião pública.
d) A legitimidade das instâncias de poder deve ser baseada no direito positivo.
e) A opinião pública é que deve dar legitimidade às instâncias de poder.

26- (UEL Esp. 2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava
devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao
seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la
às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de
Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a
alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia
aristotélica.
a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência.
b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência.
c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo,
ao conhecimento da experiência.
d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a
desvalorização da experiência.
e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a
opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.

27- (UEL Esp. 2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da
ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos,
pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o
conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre
Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande
do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos
conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar:
a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento
filosófico.
b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido
influenciada pela metafísica.
c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica
buscada pelos antigos.
d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior
aplicabilidade instrumental.
e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um
conhecimento metafísico.

28- (UEL Esp. 2005) “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos
atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser


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colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer
com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo
aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto,
era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante
pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna.
Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.) Com
base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar:
a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como
princípio último de explicação.
b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza
íntima da força, ou de sua essência.
c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação
determinante do homem com a natureza.
d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões
consideradas para além do domínio da ciência positiva.
e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressável
matematicamente existe uma causa primária.

29- (UEL Esp. 2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa
incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus,
apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa
idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão
evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os
momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com
maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e
Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é
correto afirmar:
a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia
possa ser conhecida com evidência.
b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma
conseqüência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento
de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo,
enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada.

30- (UEL Esp. 2005) “As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as
formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em
qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas
cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não
suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será
eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo:
Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e
método científico, é correto afirmar:


                                                                                           20
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a) O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de
experimentos cruciais.
b) A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que formulou hipóteses
incorretas.
c) O conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda
de outros cientistas.
d) O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas.
e) A atitude crítica é um empecilho para o progresso científico.

31- (UEL Esp. 2005) “Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da
atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua
capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo de manipulação das massas, o seu
poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram aparentemente uma redução. O
avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de
desumanização. Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio
objetivo: a idéia de homem”. (HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de Sebastião
Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.) Com base no texto, na
imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é correto afirmar:
a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica de Horkheimer: ao invés de o
progresso e da técnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos
mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre.
b) A imagem e o texto remetem à idéia de que o desenvolvimento tecnológico e o
extraordinário progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena.
c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que está na estrutura da
sociedade industrial como viabilizador da emancipação do homem em relação a todas as
formas de opressão.
d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades
contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento
tecnológico, maior o grau de humanização.
e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitável instrumentalização das relações
humanas nas sociedades contemporâneas.

32- (UEL Esp. 2005) “[...] não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de
representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança
e a necessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou
prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam
suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois
refere aquela principalmente o universal, e esta o particular”. (ARISTÓTELES. Poética.
Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.) Com base no texto e
nos conhecimentos sobre a estética em Aristóteles, é correto afirmar:
a) A poesia é uma cópia imperfeita, realizada no mundo sensível, sob a inspiração das
musas e distante da verdade.
b) Os poetas, de acordo com a sua índole, representam pessoas de caráter elevado, como
ocorre na tragédia, ou homens inferiores, como na comédia.




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c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos históricos e considerar os fatos em sua
particularidade.
d) A poesia deve a sua origem à história e a compreensão daquela supõe o entendimento da
própria natureza do ser humano.
e) A imitação, que ocorre na tragédia, representa uma ação completa e de caráter elevado,
de uma forma narrativa e não dramática.

33- (UEL Esp. 2005) “A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto
àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo
enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que
afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o
convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria
cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia
permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo
privá-las disso é a mesma coisa”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética
do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
p. 130-132.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e
Horkheimer, é correto afirmar:
a) A indústria cultural limita-se a atender aos desejos que surgem espontaneamente da
massa de consumidores, satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e
livres que escolhem o que querem.
b) A indústria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e
necessidades dos indivíduos, mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes
desejos e necessidades.
c) A indústria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam
de acordo com critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o
desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à satisfação
prometidos.
d) O entretenimento que veículos como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao
público não pode ser entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a
cultura está situada fora desses canais.
e) A produção em série de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve
a sua capacidade de ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova
cópia, a crítica se renova.

34- (UEL Esp. 2005) “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio.
Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de
novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal
poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão
profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não
pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de
trabalho”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad.
de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.) Com base no
texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e
Horkheimer, é correto afirmar:


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a) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com
o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as forças, o indivíduo busca refúgio no
lazer, porém o lazer se estrutura com base na mesma lógica mecanizada do trabalho.
b) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo processo, lazer e
trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro é o espaço do
desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexão.
c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico que fabrica cópias
em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentos
de lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura.
d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo, mesmo nos
processos de mecanização que caracterizam a fabricação de mercadorias no capitalismo
tardio.
e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televisão, são caminhos
para a politização e aquisição de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras
obras de arte.


                            EIXOS TEMÁTICOS

                           PONTOS INTRODUTÓRIOS

01) (UEL 2003/ESPEC) ‘’Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a
afirmar a existência de um principio originário único, causa de todas as coisas que existem,
sustentando que esse principio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com
boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se
costuma chamar civilização ocidental.’’ A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C.
Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto,
assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.
a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano.
b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte.
c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos.
d) A cosmologia, como investigação acerca da origem da ordem do mundo.
e) A filosofia política, enquanto análise do estado e sua legislação.

02) (UEL2003) ‘’Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é
o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou
de poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas
constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos
em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das
poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do
governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.’’
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles, analise
as afirmativas a seguir.



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I-A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício
do poder em beneficio do interesse comum.
II-A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a
tirania e a oligarquia.
III-A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém,
visa favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a
uma acepção demagógica.
IV-A democracia é uma forma de governo mais conveniente para as cidades gregas,
justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comum
Estão corretas apenas as afirmativas:
A) I e III.
B) I e IV.
C) II e III.
D )I,II e III.
E) II,III e IV.

03) (UEL 2003) “Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira:eles
colocam uma substância essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras
pelas formas; essa é a essência material das coisas singulares nas quais existe, e é uma só
em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores”. Sobre o texto acima
é correto afirmar que:
a) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisa universal existe por si mesma e
constitui a essência material das coisas singulares.
b) defende a tese nominalista, segundo a qual os universais não podem existir fora dos
sujeitos de que são atributos.
c) os universais são termos significativos, pois não são uma única essência em si mesmos.
d) distingue as coisas singulares pela quantidade de matéria que nelas se apresentam.

04) (UEL 2003) Leia o texto, que se refere á idéia de cidade justa de Platão.
‘’Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando
cada uma das classes exerce a sua função própria, aquela para qual a sua natureza é a mais
adequada ‘, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resultas do fato de
que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte
para satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no
indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão, no estado, é a
harmonia e a concórdia das classes da cidade.’’ (PIRES, Celestino). Sobre a cidade justa na
concepção de Platão, é correto afirmar:
a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de
governantes, legisladores e juizes.
b) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores
econômicos, todos cumprindo sua função própria.
c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.
d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas
posses através da conquista .




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e) Ela ambiciona o luxo desmedido e está cheia de objetos supérfluos, tais como
perfumes,incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim,etc.

05) (UEL 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as
afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm
características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se
revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria
religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como
perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos
similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega,
auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que
os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de
qualquer base religiosa.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.

06) (UEL 2004) “Entre os físicos da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade
do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo
formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os
aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças,
manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-
se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não
operou no começo de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca
uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se
isolam e se reúnem.” ( VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. De
Isis Borges B. Da Fonseca.12ed. Rio de janeiro: Difel,2002. p.110.) Com base no texto,
assinale a alternativa correta.
a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender corno a natureza agia no
começo (~). ou seja, no momento original.
b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos
sobrenaturais.
c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação
natural e esta pode ser compreendida racionaimente.
d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da
totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e
nem todas estas explicações podem ser racionalrnente compreendidas.


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07) O método argumentativo de Sócrates (469-399 ªC.) Consistia em dois momentos
distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:
I – tornava o interlocutor um mestre na argumentação sofistica.
II – levava o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo
conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.
III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor a confessar suas
próprias contradições e ignorâncias.
IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.
a) Se apenas a afirmação III é correta.
b) Se apenas as afirmações i e IV são corretas.
c) Se apenas a afirmação IV é correta.
d) Se as afirmações II e III são corretas.
e) Se todas não são corretas.

08) Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega.
Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socraticos. Seu método, que parte do
pressuposto “ só sei que nada sei”, é a maiêutica que tem como objetivo:
I – “dar luz a idéias novas, buscando o conceito”
II – partir da ironia, reconhecendo a ignorância até chegar ao conhecimento.
III – encontrar as contradições das idéias para chegar ao conhecimento.
IV – “ trazer as idéias do céu à terra”.
a) se apenas I e II estiverem corretas.
b) Se apenas I e III estiverem corretas.
c) Se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) Se apenas III e IV estiverem corretas.
e) Se apenas i e IV estiverem corretas.

09) (UEL 2002) Sobre a teoria das quatro causas de Aristóteles é correto afirmar:
I – É próprio da ciência investigá-las, pois são as causas do movimento e do repouso, ou
seja, da passagem de potência para ato.
II – A causa eficiente atua sobre a forma, visto ser a matéria o ato a que aspiram os seres.
III - A causa final é própria daquele ser que deve atualizar as potências contidas em sua
matéria para alcançar a finalidade própria.
IV – A forma é o príncipio de indeterminação dos seres.
Assinale a única alternativa que apresenta as assertivas correta:
a) Apenas I e III.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e II.
e) Todas corretas

10) Com relação ao relacionamento entre os sofistas e Sócrates é correto afirmar que:
a) Não houve nenhum tipo de relacionamento, pois eles não foram contemporâneos.




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b) Foi um relacionamento amistoso, pois eles tinham um só grande objetivo: a busca da
verdade.
c) Os sofistas criticavam o relativismo de Sócrates, que não acre-ditava na existência da
verdade.
d) Sócrates não admitia o relativismo sofístico que via na política uma mera técnica de
convencimento, que se baseavas em con-cepções individuais da verdade.

11) (UFU) A opinião (doxa, em grego), no pensamento de Platão (427-347 a.C.), representa
um saber sem fundamentacão metódica. É um saber que possui sua origem:
a) nos mitos religiosos, lendas e poemas da Grécia arcaica
b) nas impressões ou sensacões advindas da experiência sensível
c) no discurso dos sofistas na época da democracia ateniense
d) num saber eclético, proveniente de algumas idéias dos filósofos pré-socráticos

12) (UEL ESPEC 2003) "Se chegasse á nossa cidade um homem aparentemente capaz,
devido á sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir
juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado,
maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-íamos que na nossa cidade não há homens dessa
espécie, nem sequer é lícito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade,
depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabe(c)a e de o termos coroado de grinaldas."
(PLATÃO. A República. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 7.ed. Lisboa: Calouste
Gulbenkian, 1993. p. 125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão,
é correto afirmar:
a) Platão é contrário á imitação, por ela ser a "aparência da aparência" ou uma cópia da
realidade, num nível inferior.
b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua capacidade de limitar todas as
coisas.
c) Platão concebe a imitação como uma atividade que,ao invés de copiar aparências, imita
emoções e ações.
d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um
grande prazer sensível.
e) Platão admite a possibilidade de a imitacão adquirir uma perspectiva positiva, desde que
seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofística.

13) (UEL 2006) Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos,
contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia.
Em seus poemas, a harmonia, a proporção, o limite e a medida,assim como a presença de
questionamentos acerca das causas, dos princípios e do porquê das coisas se faziam
presentes, revelando depois uma constante na elaboração dos princípios metafísicos da
filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. I. Trad.
Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. p. 19. ) Com base no
texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento da
filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir.
I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de
iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação.


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II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora,
espaço público onde os problemas da polis eram debatidos.
III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de
fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão.
IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a
contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

14) (UEL 2006) Analise a imagem e leia o texto a seguir.
Mobilização pelas “Diretas já”, Praça da Sé, São Paulo, janeiro 1984. (Disponível em:
http://novaescola.abril.com.br Acesso em: 13 jun. 2005.)
“Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de
administrar a justiça e exercer funções públicas [...].” (ARISTÓTELES. Política. Trad.
Mário da Gama Kury. 3. ed. Brasília: UNB, 1997. p. 78.)
Tendo como base o conceito de cidadania de Aristóteles, é correto afirmar que o fato
político retratado na imagem:
a) Confirma o ideal aristotélico de cidadão como aquele que se submete passivamente a
uma autoridade coercitiva e ilimitada.
b) Ilustra o conceito que Aristóteles construiu de cidadãos como aqueles que estão
separados em três classes, sendo que uma delas governa, de modo absoluto, as demais.
c) Manifesta contradição com a concepção de liberdade e de manifestação pública presente
no exercício da cidadania grega, ao revelar uma campanha submissa e tutelada pela
minoria.
d) Mostra o ideário aristotélico de cidade e de cidadania, que exalta o individualismo e a
supremacia do privado em detrimento do público.
e) Caracteriza um exemplo contemporâneo de participação que demonstra o debate de
assuntos públicos, assim como faziam os cidadãos livres de Atenas.

                             EIXOS TEMÁTICOS

                                 ÉTICA E POLÍTICA

01 - (UEL-2004/ESP.) ‘’Que ninguém espere um grande progresso nas ciências,
especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada ás ciências
particulares e as ciências particulares sejam incorporadas á filosofia natural. [...] De fato,
desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram , não mais se
alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro
conhecimento dos movimentos, dos raios , dos sons, da estrutura e do esquematismo dos



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corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças
para novos progressos.’’ Com base no texto , é correto afirmar que Francis Bacon:
a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento
das ciências particulares.
b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático.
c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências
particulares.
d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.
e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares á dependência destas á
filosofia natural.

02 - (UFU JAN/01) A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as
alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e
uma característica cética do pensamento deste filosofo escocês
a) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada das sensações; a idéia de eu pode ser
representada pelo pensamento puro.
b) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão
necessária e facilmente observável.
c) As idéias se originam da experiência sensível ; as impressões não são constantes e
invariáveis a ponto de constituir a idéia de eu.
d) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis,
por isso não há nada de regular no mundo.

03 - (UEL2003) ‘’O imperativo categórico é, portanto, só um único, que é este:Age apenas
segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei
universal.’’ (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. De
Paulo. Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é
considerada ética quando:
a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e
necessariamente.
b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências
individuais de prazer e felicidade.
c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o principio de auto-
conservação.
d) Está subordinada á vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação
humana.
e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser
praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

04 - (UEL ESPEC/2003) A ciência moderna sofreu uma serie de transformações em relação
á ciência antiga. Assinale a alternativa que apresenta uma das características da ciência
moderna resultante dessa transformação.
a) A submissão do saber ao conhecimento teórico, para o qual é irrelevante a aplicação
prática dos conhecimentos adquiridos.




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b) A subordinação da razão humana á fé religiosa, com a defesa da concepção de verdade
como revelação.
c) A primazia da analise das qualidades dos corpos em si mesmos, tais como cor , odor,
tamanho e peso.
d) A valorização do saber experimental , que visa á apropriação, ao controle e á
transformação da natureza.
e) O predomínio da concepção de natureza hierarquizada, segundo uma ordem divina.

05 - “Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de
naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez,
temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas
espécies. - É verdade. - Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua
alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado
pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da
Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no
texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar:
a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a
possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros.
b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o
princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.
c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos
políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.
d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve
habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas.
e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou
emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

06- “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os
ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A
primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens
que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe
sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a
situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido
cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro
Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos
sobre Maquiavel, é correto afirmar:
a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para
governar.
b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja
reconhecido pelo povo.
c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus
ministros.
d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o
príncipe tenha um projeto político perfeito.
e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros.


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07- “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e
indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se
em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato
com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o
direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras
políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. De Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir,
1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes,
considere as afirmativas a seguir.
I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.
II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos
os direitos em favor do soberano.
III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos
súditos cidadãos.
IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o
estado de natureza.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

08 - “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por
natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro
sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua
liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo
com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida
confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas
propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”.
(LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa
Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos
sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.
I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político.
II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes
violarem as condições do pacto político.
III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se
ilimitadamente.
IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá
sempre de seu consentimento.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.


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  • 1. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net Roteiro de Planejamento 1º - 2º - 3º ano Ensino Médio MATERIAL: EUREKA: Construindo cidadãos reflexivos Autores: Valdecir C. Veloso – assessoria@portalser.net José Roberto Garcia - assessoria@portalser.net 1
  • 2. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net O Seguinte Roteiro Pedagógico está organizado em: - Sugestões de questões sobre Filosofia - Sugestões de filmografia - Sugestões de bibliografia OBJETIVOS Nossa proposta não é ministrar um curso da história do pensamento ou formar especialistas em Filosofia, mas promover a inserção do nosso aluno à reflexão filosófica, pois a filosofia pela sua especificidade da sua abordagem o exige. A própria palavra (reflexão) indica o seu significado “voltar atrás”. Portanto é o pensamento questionando a si mesmo, é o ato de reconsiderar os dados disponíveis e examiná-los atentamente. Isto é o filosofar. Para tanto, queremos possibilitar aos alunos e à comunidade escolar situarem- se no mundo a partir de uma postura mais criteriosa e crítica, extrapolando o mundo do imediatamente dado e suas pseudo-evidências. A filosofia tendo um compromisso com a paidéia visa contribuir com a formação cultural dos jovens. No ensino fundamental ao trabalhar com os alunos de 8º ano (livro “Aprendendo a viver juntos: Investigando sobre Ética”), procuramos refletir sobre a Ética como campo histórico e institucional da Filosofia. Precisamos refletir sobre as grandes questões da ação humana: a liberdade, a escolha, a autonomia, moral, a religião, o bem e o mal etc. Queremos conscientizar nossos alunos a pensar sua própria vida e a sociedade na qual está inserido como sujeito ético. Já no 9º ano debatemos sobre o problema político e estético (livro “Somos filhos da Pólis: Investigando sobre Política e Estética”). Nesta discussão veremos que cada ação que fazemos é ética enquanto escolha e política e estética enquanto realização. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: • Refletir criticamente os problemas que a realidade apresenta no mundo atual; ideologia, comerciais, consumismo; • Desenvolver compreensão de si mesmo como um bem social, histórico e em processo de autoprodução; • Ler textos filosóficos e outros de modo significativo; • Ler de maneira filosófica, textos de diferentes estruturas e registros; 2
  • 3. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net • Elaborar por escutas textos reflexivos; • Debater, assumindo uma posição, defendendo-a através de argumentos significativos e mudando de posição diante de argumentos mais constantes; • Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conhecimentos presentes nas ciências naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais; • Contextualizar conhecimentos filosóficos, nos planos de sua origem específica, pessoal- biográfica, sócio-política, histórica, cultural e científico tecnológico; • Diferenciar a filosofia de outros tipos de conhecimento, apontando para sua utilidade, compreender que o seu surgimento se dá a partir do pensamento crítico; • Debater em torno dos filósofos, buscando perceber seus questionamentos, bem como suas características essenciais; • Explorar o conhecimento filosófico, no plano de sua origem específica e no horizonte da sociedade científica (questão avanços tecnológicos). ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO • “Não se ensina Filosofia, mas filosofar”, já dizia Kant, pois a Filosofia não é um conjunto de idéias que assimilamos automaticamente. • Os temas propostos em cada unidade não esgotam, em hipótese alguma, toda a Filosofia, principalmente levando em conta uma aula por semana. Além disso, não é pretensão do Ensino Médio formar especialistas, porém isto não significa que a reflexão gire emtorno de generalidades ou “achologias”, sem aprofundamento nenhum, cujo risco é muito maior em Filosofia que nas outras disciplinas. • Exposição oral, sistemática e dosada; leitura e análise de textos em sala; • Elaboração de estudos dirigidos; debates: pesquisa – estudo – discussão; • Desvelar as propagandas comerciais (percepção de idéias prejudiciais e enganosas (vídeos, montagem); • Recortes de jornais e revistas; • Músicas, entrevistas, análises, júris simulados e dramatizações; • Exposição de trabalhos feitos em grupos em sala; • Apontar as diversas revistas científicas existentes na atualidade: Superinteressante, Galileu – bem como reportagens que abordam temas polêmicos referentes a ciência hoje; • Pesquisas em biblioteca. • Uma sugestão para se trabalhar na aula inaugural é debater com os alunos sobre o significado da palavra “Eureka”. Pode ser feito uma pesquisa na biblioteca para que cada um tenha uma idéia preliminar. Depois o professor conclui com o verdadeiro significado e encaminha a discussão. Programação de conteúdos para o Ensino Médio com o livro EUREKA 1º ano do E.M 2º ano do E.M 3º ano do E.M 3
  • 4. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net DO MITO AO LOGOS FILOSOFIA POLÍTICA DO MITO AO LOGOS O mito de Édipo. O mito de Édipo. Política, a arte de administrar Mito na Grécia Antiga: Mito na Grécia Antiga: uma Polis. Homero e Hesíodo. Homero e Hesíodo. O Poder e a Política no dia- A passagem do Mito ao A passagem do Mito ao a-dia. Logos. Logos. Construção da Cidadania e o Primeiros filósofos: os Primeiros filósofos: os analfabeto político. pré-socráticos. pré-socráticos. Democracia: governo da Período Clássico. Período Clássico: maioria. Sócrates e Os Sofistas. Política Antiga ÉTICA Os filósofos e a Política. As correntes filosóficas Sócrates e os Sofistas. e seus defensores. Platão e a República. Platão. Aristóteles. Aristóteles e a Cidade Feliz. As escolas Helenistas. A ética de Baruck de Política Medieval Espinosa. A ética formal A Religião e a Política. de Kant. Nietzsche e a Agostinho e a cidade de questão dos valores Deus. Tomás de Aquino e a FILOSOFIA 1º Escolástica. POLÍTICA Os filósofos e a Política. Política Moderna Platão e a República. Renascimento Aristóteles e a Cidade Nicolau Maquiavel e ‘ O Feliz. OBRA Príncipe’. Agostinho e a cidade de A República de Platão. Contratualismo. Deus. Cap. VII: O Mito da Hobbes e o Absolutismo. Tomás de Aquino e a Caverna. (Coleção os Locke e o Liberalismo. Escolástica. Pensadores). Montesquieu e os três Nicolau Maquiavel e ‘ O poderes. Príncipe’. EUREKA: Eixo I. Rousseau e o governo da Contratualismo. Hobbes vontade geral. e o Absolutismo. Locke Hegel: os homens existem e o Liberalismo. para o Estado. Rousseau e o governo da Karl Marx: a proposta vontade geral. comunista Montesquieu e os três OBRA poderes. O Príncipe de Maquiavel. Hegel: os homens (Coleção os Pensadores). existem para o Estado. Karl Marx: a proposta comunista OBRA EUREKA: Eixo III. Ética a Nicômaco 4
  • 5. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net Aristóteles(Coleção os Pensadores). EUREKA: Eixo: I, III, IV. EPISTEMOLOGIA A METAFSICA EPISTEMOLOGIA Os tipos de Antecedentes da metafísica conhecimento. Introdução à Metafísica na Antiguidade e Correntes filosóficas e Epistemologia: O na idade média. seus principais conhecimento Humano. Metafisica Modernidade. defensores. Os Sofistas e Os tipos de Os tipos de conhecimento. o relativismo. conhecimento. Correntes filosóficas e seus Sócrates: a Ironia e a Correntes filosóficas e principais defensores. Maiêutica. seus principais Os Sofistas e o relativismo. Platão e as Idéias defensores. Sócrates: a Ironia e a perfeitas. O Problema da Verdade. Maiêutica. O mito da caverna. O Os Sofistas e o Platão e as Idéias perfeitas. mito da caverna relativismo. O mito da caverna. . ilustrado. Aristóteles. O mito da caverna ilustrado. Santo Agostinho. Tomás Epistemologia Antiga: Aristóteles. de Aquino. Sócrates: a Ironia e a Santo Agostinho. Idade Moderna e Maiêutica. Tomás de Aquino. Revolução Científica. Platão e as Idéias Galileu e o universo perfeitas. matemático. O mito da caverna. O Racionalismo, mito da caverna ilustrado. Empirismo Criticismo. 2º Aristóteles. René Descartes. O empirismo. Francis Idade Média – A Bacon. Formação do Homem David Hume. O de Fé. Criticismo de Immanuel Santo Agostinho. Kant. Textos de São Tomás de Aquino. Epistemologia. Idade Moderna e OBRA FILOSOFIA Revolução Científica. O que é Metafisica. ESTÉTICA Nicolau Copérnico. ( Coleção Primeiros Passos). Platão: a arte é mímesis. Galileu e o universo Aristóteles. A arte eleva matemático. o homem através da Racionalismo de René EUREKA: Eixo II. Catarse. Descartes. FILOSOFARE: Cap III. A Teoria Crítica. O empirismo: A Indústria Cultural. • Francis Bacon. • John Locke. OBRA • David Hume. O Discurso do Método 5
  • 6. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net O Criticismo de de Descartes. (Coleção Immanuel Kant. Textos os Pensadores). de Epistemologia. EUREKA: Eixos: II, V. FILOSOFARE:Cap. III, V. OBRA O que é Ciência. ( Coleção Primeiros Passos). EUREKA: Cap I. ÉTICA LÓGICA FILOSOSIA CONTEMPORÂNEA O que é Ética e o que é Fundamentos sobre lógica O Positivismo / Augusto Moral. formal Comte. O Ético e o Moral. Silogismos O Neopositivismo e o As correntes filosóficas e Antecedentes, premissas, Círculo de Viena. seus defensores. termos. Karl Popper e a resposta Platão. Validade, Quantidade, ao Círculo. 3º Aristóteles. Qualidade, Categórico ou O Existencialismo. As escolas Helenistas. Hipotético, Dedutivo ou Martin Heidegger.Sartre A ética de Baruck de Indutivo, Dialético ou e a Náusea. Espinosa. Apodítico. A Escola de Frankfurt. A A ética formal de Kant. Lógica e Argumentação. Teoria Crítica. A Nietzsche e a questão dos Indústria Cultural. valores. Walter Benjamin. A ação comunicativa de Habermas. OBRA OBRA O que é Ética. O que é Lógica. OBRA ( Coleção Primeiros ( Coleção Primeiros Passos). HORKHEIMER, Max. Passos). ADORNO, Theodor. A Dialética do BIBLIOGRAFIA: esclarecimento de EUREKA: Eixo IV SOARES, Edvaldo. Adorno e Horkheimer. Fundamentos de Lógica. São Trad. Guido Antonio de Paulo. Atlas.2003. Almeida. RJ. Jorge Pág: 01 à 22. Zahar. 1985. EUREKA: Eixo: VI. . 6
  • 7. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net FILOSOFIA FILOSOSIA ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA O Positivismo / Augusto Platão: a arte é mímesis. Comte. Aristóteles. A arte eleva o O Neopositivismo e o homem através da Círculo de Viena. EXERCICIOS Catarse. Karl Popper e a resposta ao REVISÃO GERAL 4º A Teoria Crítica. Círculo. A Indústria Cultural. O Existencialismo. Martin Heidegger. Sartre e a Náusea. A Escola OBRA de Frankfurt. A Teoria O que é Indústria Crítica. Cultural. A Indústria Cultural. Walter ( Coleção Primeiros Benjamin. A ação Passos). comunicativa de Habermas. OBRA EUREKA: Eixo V. MATOS, Olgária. A Escola de Frankfurt. SP. Moderna. 1993. EUREKA: Eixo VI. AVALIAÇÃO: A avaliação será entendida sempre como um processo, onde nos referenciaremos na qualidade dos trabalhos apresentados, promovendo avaliação grupal, individual e auto-avaliação. Avaliar não é dar nota, é olhar para o processo, ver as falhas e rever. Questões a observar: - Avaliação oral e escrita; - Participação em projetos, eventos, em sala de aula; - Pensamento organizado e estruturado; - Respeito pelo posicionamento dos colegas, uma vez que o ponto de vista filosófico a verdade é uma procura constante; - Discussão em seminários. SUGESTÕES DE QUESTÕES SOBRE FILOSOFIA: 7
  • 8. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net 01- (UEL Conh. Ger. 2006) Durante séculos, houve controvérsias sobre a forma do planeta e sua representação. A idéia do contorno da Terra, na Grécia Clássica, foi influenciada por concepções filosóficas acerca da esfera, considerada a mais perfeita das formas. No medievo, o uso das sagradas escrituras como fonte de conhecimento sobre o planeta gerou críticas severas aos defensores de concepções pagãs. No século XVI, a primeira circunavegação comprovou a esfericidade do planeta, passível de visualização desde 1960, com a corrida espacial e o desenvolvimento da televisão. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. O conhecimento especulativo produzido na antiguidade clássica e no medievo tanto aproximadas quanto distantes da forma real do planeta. II. As representações cartográficas produzidas na Europa medieval eram descoladas da mentalidade da época, na qual predominava uma cosmografia baseada em expedições voltadas ao conhecimento do mundo natural. III. As representações da superfície da Terra, a partir do Renascimento, tinham estreitas relações com conhecimentos experimentais e ampliaram a concepção predominante na antiguidade clássica sobre a forma do planeta. IV. A imagem da Terra vista do espaço, sintetizada na frase de Yuri Gagarin: “a Terra é azul”, contribuiu para aprofundar a idéia da fragilidade e finitude do planeta. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 02- (UEL Conh. Ger. 2006) A nova compreensão de mundo que surge com os recursos provenientes das formas geométricas, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, pode ser observada na seguinte afirmação: o triângulo constituído pelos vértices “Homem- Natureza- Deus” apresenta em sua base a relação Homem e Natureza, que assume uma extensão infinita, considerando que o vértice (Deus) coincide com a base, transformando o triângulo em uma reta infinita. (Adaptado de: ANDRÉ, João Maria. Homem e Natureza em Nicolau de Cusa. In: Veritas, Porto Alegre, v. 44, n.3, p. 805, set. 1999.) Com base no texto e considere as afirmativas a seguir. I. A relação Homem-Natureza é indicada na base do triângulo, sendo que o primeiro lê e interpreta a segunda, sem desconsiderar Deus, que garante essa base geométrica. II. Ciente de sua vinculação à natureza, o homem buscou, por meio da análise das formas geométricas, entender sua integração ao universo e à perene relação com Deus. III. O conhecimento humano desconsidera a transcendência e limita-se à verdade natural, que é construída pela decifração do universo, IV. O homem, em sua atividade criadora, abre-se ao mundo natural e à crença no divino, buscando, além do mundo, assegurar sentido para a existência humana. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) III e IV. 8
  • 9. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net d) I, II e IV. e) II, III e IV. 03- (UEL Conh. Ger. 2006) “Sabe-se que para Hegel a História Universal não recobre o curso empírico da humanidade. A História propriamente dita nasce apenas com o Estado, quando a vida social ganha uma forma sob o efeito desta instância que confere a seus elementos expressão pública e consciência. Somente então é assegurada a permanência do sentido.” (LEFORT, Claude. As formas da História. Ensaios de Antropologia Política. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 37). Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Hegel partia do mundo empírico para explicar a História. II. Segundo Hegel, a formação da consciência se dá com o surgimento do Estado. III. Hegel, ao analisar o surgimento da História, desconsidera a organização do Estado. IV. A noção de Estado só ganha sentido se relacionada à dimensão da vida social. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 04- (UEL Conh. Ger. 2006) Hylé é uma palavra grega, empregada na antiguidade para se referir às florestas de onde eram extraídas as árvores utilizadas na construção de embarcações marítimas. Essa palavra carrega consigo a significação de matéria apropriada para receber uma forma. A indeterminação da matéria possibilita a recepção de uma forma que lhe dê feição e a constitua em algo. (Adaptado de: FARIA, M.C. Bettencourt. Aristóteles: a plenitude como horizonte do ser. São Paulo: Moderna, 1994. p. 44.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre matéria e forma em Aristóteles, é correto afirmar: a) A forma é dispensável quando se trata de perceber e conhecer a natureza das coisas. b) Enquanto a matéria é aquilo que permite que se faça algo, a forma é o que constitui a matéria em algo. c) A maneira como os objetos são constituídos independe da matéria, e a forma se limita a circunscrever a feitura estética. d) Naquilo que foge à atuação da natureza, a junção de matéria e forma na construção de objetos prescinde da ação humana. e) A realidade física é constituída ou de matéria ou de forma, sem que haja a necessidade de compreendê-la como um composto de ambas. 05- (UEL Conh. Ger. 2006) Nos textos de Sófocles, há uma separação entre a noção de tempo dos deuses e a dos homens, porém o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em Édipo rei, é possível perceber como ocorre a inclusão do tempo humano no tempo divino, uma vez que no início da peça, sem que ninguém ainda saiba, tudo já aconteceu. “Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem à tona. Após ter-se cegado, Édipo pode dizer: ‘Apolo, meus amigos! Sim, é Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraças que são meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mão além da minha agiu, infeliz’. A oposição dessas 9
  • 10. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net duas categorias temporais é, em si, muito mais antiga que os trágicos, mas o palco trágico é precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram”. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de tempo de Sófocles, é correto afirmar: a) A noção de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses. b) A compreensão do tempo na tragédia está relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam à eternidade. c) A punição pelas transgressões excluía o tempo compreendido como eternidade. d) O tempo é suprimido das conseqüências advindas das ações dos personagens e das determinações do destino. e) A imortalidade é uma das características partilhadas por homens e deuses como decorrência do encontro entre tempo divino e humano. 06- (UEL Conh. Ger. 2006) “No Renascimento [...] o Tempo, Dom de Deus, transformou- se em Tempo, Servidor dos homens, pois os mercadores passaram a usá-lo, na sociedade urbana que se instalava na Europa ocidental, tanto como medida do tempo de trabalho do operário, [...] rompendo com o esquema do dia natural, como em elemento de cálculo de lucro, permitindo o ganho em cima do tempo. [...] Nos dias atuais, tempo é Senhor, pois os seres humanos estão escravizados ao Tempo, são seus servidores, e, quanto mais ocupado o tempo, tanto mais importante social e economicamente o homem é.” (GLEZER, Raquel. História em Debate. Rio de Janeiro: CNPq, 1991. p.263, 267.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. O tempo, enquanto construção social, é uma convenção estabelecida pelo próprio ser humano, havendo várias maneiras de interpretar as experiências passadas. II. Para Newton, a natureza do tempo é um dado relativo do mundo criado, um dado modificável da natureza humana. III. “Ganhar” ou “perder tempo” são expressões herdadas das sociedades da antiguidade, nas quais existia a necessidade de medir matematicamente e com exatidão o tempo das atividades humanas. IV. O tempo na modernidade é o tempo seqüencial, composto por séries rígidas, encadeado por gestos, operações, controles, para que renda plenamente. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 07-(UEL Conh. Ger. 2006) Para Platão, havia outra forma de conhecer além daquela proveniente da experiência. Em sua Teoria da Reminiscência, a razão é valorizada como meio de acesso ao inteligível. De acordo com a Teoria da Reminiscência de Platão, é correto afirmar que o conhecimento é: 10
  • 11. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net a) Proveniente da percepção sensível, na qual os sentidos retêm informações evidentes sobre o mundo material. b) Originado da ação que os objetos exercem sobre os órgãos dos sentidos, produzindo um conhecimento inquestionável do ponto de vista da razão. c) Reconhecido mediante intuição intelectual, ao se referir às idéias adquiridas anteriormente e relembradas na vida presente. d) Fruto da ação divina que, por meio da iluminação interior, revela ao ser humano verdades eternas. e) Estruturado empiricamente como condição para a realização das atividades da razão. 08- (UEL Conh. Ger. 2006) De acordo com Kant, o ato de conhecer é efetuado por meio da relação sujeito e objeto, em que se fixam dois pressupostos fundamentais. Por um lado, objetos que possam ser percebidos; por outro, o sujeito que assimila a representação dos objetos. O sujeito apreende as representações numa ordem de sucessão, pois se estas ocorressem de forma simultânea, não seria possível processar o conhecimento dos objetos. Assim, uma das condições para assegurar o conhecimento empírico envolve, já na própria estrutura do sujeito, uma dimensão a priori de temporalidade. Com base no texto, é correto afirmar: a) A construção do conhecimento empírico dispensa a incorporação, pelo indivíduo, de dimensões temporais. b) O tempo é apreendido empiricamente a partir dos sinais de degeneração e envelhecimento dos objetos. c) O tempo é anterior à experiência e condição para que o conhecimento dos objetos aconteça numa seqüência regular e uniforme. d) A existência do tempo é condicionada aos objetos, os quais garantem a noção de temporalidade do sujeito. e) A relatividade da noção de tempo resulta do movimento contingente dos objetos e da percepção do sujeito. 09- (UEL Conh. Ger. 2006) “[...] o principal privilégio do capitalismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de escolha – um privilégio que tem a ver simultaneamente com sua posição social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de empréstimo, com sua rede de informações e, em igual medida, com os vínculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...] Quando há grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se.” (BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo séculos XV-XVIII. v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir. I. A concorrência encontra na rede de informações seu principal obstáculo e diminui a vitalidade do capitalismo. II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em tempos de crise. 11
  • 12. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações do capitalismo dificultam sua recuperação após períodos de crise. IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma série de regras e cumplicidades. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I III e IV. e) II, III e IV. 10- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin, filósofo alemão, dizia reconhecer o “anjo da história” no quadro Angelus novus de Paul Klee. Sobre o quadro, disse: “O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso.” (BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226.) Com base na imagem “Angelus novus” e no texto, é correto afirmar que Walter Benjamin: a) Defende a concepção de progresso baseada na idéia de separação de um tempo homogêneo e vazio em relação à história. b) Vivendo os conflitos da globalização, acusa a História por esta voltar-se apenas para o passado, desconsiderando, assim, os benefícios do progresso no futuro. c) Influenciado por uma era de guerras, carrega um pessimismo implícito, percebendo a história como tragédia. d) Entende a época da produção da pintura e do texto, como um período marcado pelo otimismo, pelo progresso humano e pela esperança no futuro. e) Concebe o progresso como um processo histórico reversível, apesar de criticá-lo. 11- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin usa a alegoria, o “anjo da história”, para criticar uma noção de processo histórico muito em voga no final do século XIX e início do século XX. Em sua obra, que pretendia ser uma grande arqueologia da época moderna, Benjamin faz uma tripla crítica: ao triunfo da burguesia, ao culto da mercadoria e à fé no progresso. Ele critica uma visão que assimila o progresso da humanidade estritamente ao progresso técnico e que propaga um determinismo no qual a libertação seria um acontecimento garantido pelo curso natural da história. A partir dessa crítica, ele propõe uma outra visão sobre o processo histórico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que para o autor: a) A história deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma história inacabada. b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser previstos e assegurados. 12
  • 13. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem ser tomados como causas e conseqüências. d) A história é uma seqüência linear de eventos associada a um movimento numa direção discernível. e) A história é uma sucessão de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos mais complexos. 12- (UEL Conh. Ger. 2006) A maioria dos relógios atuais tem como princípio de funcionamento a contagem do número de vezes que um determinado processo repetitivo ocorre. Por volta de 1582, na Catedral de Pisa, Itália, Galileu Galilei percebeu que as oscilações de uma lâmpada (lustre) pendurada ao teto eram sempre iguais, fenômeno que ficou conhecido como isosincronismo das oscilações do pêndulo. Ainda hoje, esta é a idéia usada na maioria dos relógios. Assinale a alternativa que corresponde a uma propriedade essencial do pêndulo descoberta por Galileu. a) O período de oscilação independe do comprimento da haste. b) A freqüência de oscilação depende da massa do pêndulo. c) A freqüência de oscilação independe do comprimento da haste, enquanto que o período depende da massa do pêndulo. d) A amplitude de oscilação é determinada pela massa do pêndulo e independe do impulso inicial. e) Para pequenas oscilações, o período e a freqüência do pêndulo independem do impulso inicial. 13- (UEL Conh. Ger. 2006) Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos filósofos gregos clássicos, é correto afirmar: a) Na Polis grega, as mulheres deveriam restringirse à execução das tarefas domésticas, cabendo aos cidadãos a atuação na vida política, jurídica e administrativa. b) Pelo fato de as mulheres possuírem habilidades diferentes em relação aos homens, Platão lhes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exercício da filosofia. c) Para Aristóteles, a justiça como eqüidade, se aplica também à esfera doméstica, devendo as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princípios válidos para os cidadãos. d) Era consenso que a mulher deveria atuar, além da esfera privada, também na esfera pública, tendo o direito de influenciar nas decisões políticas. e) Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderança na Polis, era a de gerar filhos saudáveis para o Estado. 14- (UEL Conh. Ger. 2006) Desde a época de Aristóteles, especula-se sobre os mecanismos envolvidos na determinação do sexo dos humanos. Acreditava-se que o sexo do embrião era definido por fatores como a nutrição materna. A partir dos estudos sobre herança mendeliana, divisão celular e comportamento dos cromossomos na meiose, comprovou-se que a determinação do sexo decorre de uma constituição cromossômica específica. Com base nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar: a) O sexo genético é determinado na fecundação, quando ocorre a fusão dos núcleos masculino e feminino. 13
  • 14. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net b) Os cromossomos autossômicos são os responsáveis pela determinação do sexo genético do indivíduo. c) A probabilidade de o genitor masculino produzir gametas do tipo Y é maior que a do tipo X. d) O embrião XX desenvolverá testículos e o embrião XY desenvolverá ovários. e) O sexo genético é determinado pelo número de cromossomos X presentes no embrião. 15- (UEL Esp. 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia. II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos. III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico. IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 16- (UEL Esp. 2005) “- Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies. É verdade. Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A República.Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7ª. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar: a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros. b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres. c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece. d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas. e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz. 14
  • 15. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net 17- (UEL Esp. 2005) “A busca da ética é a busca de um ‘fim’, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um ‘fim’: ‘Toda arte e todo método, assim como toda ação e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem é aquilo para que todas as coisas tendem’. Nesse passo inicial de a Ética a Nicômacos está delineado o pensamento fundamental da Ética. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distância em relação ao seu próprio fim”. (PAIXÃO, Márcio Petrocelli. O Problema da felicidade em Aristóteles: a passagem da ética à dianoética aristotélica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Pós-Moderno, 2002. p. 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a ética em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir. I. O “fim” último da ação humana consiste na felicidade alcançada mediante a aquisição de honrarias oriundas da vida política. II. A ética é o estudo relativo à excelência ou à virtude própria do homem, isto é, do “fim” da vida humana. III. Todas as coisas têm uma tendência para realizar algo, e nessa tendência encontramos seu valor, sua virtude, que é o “fim” de cada coisa. IV. Uma ação virtuosa é aquela que está em acordo com o dever, independentemente dos seus “fins”. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e IV. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 18- (UEL Esp. 2005) “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar: a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites. b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis. c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade. d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo. e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade 19- (UEL Esp. 2005) “É na verdade conforme ao dever que o merceeiro não suba os preços ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negócio é grande, o comerciante esperto também não faz semelhante coisa, mas mantém um preço fixo geral para toda a gente, de forma que uma criança pode comprar em sua casa tão bem como qualquer outra pessoa. É-se, pois servido honradamente; mas isto ainda não é bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princípios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas não é de aceitar que ele além disso tenha tido uma inclinação imediata 15
  • 16. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net para os seus fregueses, de maneira a não fazer, por amor deles, preço mais vantajoso a um do que outro”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes.Trad. de Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1980.p. 112.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ação do merceeiro. I. É uma ação correta, isto é, conforme o dever. II. É moral, pois revela honestidade na relação com seus clientes. III. Não é uma ação por dever, pois sua intenção é egoísta. IV. É honesta, mas motivada pela compaixão aos semelhantes. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 20- (UEL Esp. 2005) “Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade humana mantém em relação às leis da natureza. II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade divina. III. É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princípios que são válidos para todos os seres racionais. IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da causalidade natural. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I, III e IV. 21- (UEL Esp. 2005) “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode- 16
  • 17. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti.São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar. b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito. e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. 22- (UEL Esp. 2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean- Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir. I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos. II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano. III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos. IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 23- (UEL Esp. 2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil.Trad. de Magda Lopes e Marisa 17
  • 18. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir. I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político. II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político. III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente. IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 24- (UEL Esp. 2005) “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar: a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade. b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais. c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens. d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes. e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra. 25- (UEL Esp. 2005) “As instâncias do Poder, que os cidadãos acreditavam terem instalado democraticamente, estão, sob o peso da crítica, em vias de perder sua identidade. A opinião não lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jürgen Habermas [...] vê nessa situação ‘um problema de regulação’. A opinião pública, abalada em suas crenças mais firmes, não dá mais sua adesão às regulações que o direito constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza”. (GOYARD- FABRE, Simone. O que é democracia?. Trad. de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins 18
  • 19. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net Fontes, 2003. p. 202-203.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados Democráticos de Direito na contemporaneidade, é correto afirmar: a) A atual identidade das instâncias do poder é confirmada pela “crítica”. b) Legalidade e legitimidade das instâncias de poder são coincidentes nos Estados Democráticos de Direito. c) A regulação das instituições de poder deve ser independente da opinião pública. d) A legitimidade das instâncias de poder deve ser baseada no direito positivo. e) A opinião pública é que deve dar legitimidade às instâncias de poder. 26- (UEL Esp. 2005) “[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica. a) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência. b) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência. c) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência. d) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como conseqüência a desvalorização da experiência. e) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro. 27- (UEL Esp. 2005) “[...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da ciência, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrário, o ideal científico, físico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafísico”. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filósofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itália de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação entre filosofia e ciência, é correto afirmar: a) O conhecimento científico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosófico. b) A ciência antiga obteve maior êxito que a ciência moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafísica. c) A filosofia moderna, por partir da ciência, finalmente atinge a verdade metafísica buscada pelos antigos. d) A filosofia moderna, quando comparada às suas versões passadas, possui maior aplicabilidade instrumental. e) A ciência moderna, quando traduzida para o discurso filosófico, resume-se a um conhecimento metafísico. 28- (UEL Esp. 2005) “O mundo real é simplesmente uma sucessão de movimentos atômicos em continuidade matemática. Nessas circunstâncias, a causalidade só poderia ser 19
  • 20. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net colocada, de maneira inteligível, nos próprios movimentos dos átomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existência, no entanto, era, à época de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse considerá-lo”. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafísicas da ciência moderna. Trad. de José Viegas Filho e Orlando Araújo Henriques. Brasília: UnB, 1991. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, é correto afirmar: a) Galileu pretendia construir uma nova metafísica em que a teologia apareceria como princípio último de explicação. b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito à natureza íntima da força, ou de sua essência. c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convicções a respeito da relação determinante do homem com a natureza. d) A grandeza revolucionária de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questões consideradas para além do domínio da ciência positiva. e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressável matematicamente existe uma causa primária. 29- (UEL Esp. 2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idéia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é correto afirmar: a) O espírito possui uma idéia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idéia possa ser conhecida com evidência. b) A idéia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma conseqüência dos limites do espírito humano. c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus. d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa. e) A existência de Deus, como uma idéia clara e distinta, é impossível de ser provada. 30- (UEL Esp. 2005) “As experiências e erros do cientista consistem de hipóteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode então tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipóteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficarão deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hipótese não suportar essas críticas e esses testes pelo menos tão bem quanto suas concorrentes, será eliminada”. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. São Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre ciência e método científico, é correto afirmar: 20
  • 21. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net a) O método científico implica a possibilidade constante de refutações teóricas por meio de experimentos cruciais. b) A crítica no meio científico significa o fracasso do cientista que formulou hipóteses incorretas. c) O conflito de hipóteses científicas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda de outros cientistas. d) O método crítico consiste em impedir que as hipóteses científicas tenham brechas. e) A atitude crítica é um empecilho para o progresso científico. 31- (UEL Esp. 2005) “Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo de manipulação das massas, o seu poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram aparentemente uma redução. O avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de desumanização. Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio objetivo: a idéia de homem”. (HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de Sebastião Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.) Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é correto afirmar: a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica de Horkheimer: ao invés de o progresso e da técnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre. b) A imagem e o texto remetem à idéia de que o desenvolvimento tecnológico e o extraordinário progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena. c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que está na estrutura da sociedade industrial como viabilizador da emancipação do homem em relação a todas as formas de opressão. d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento tecnológico, maior o grau de humanização. e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitável instrumentalização das relações humanas nas sociedades contemporâneas. 32- (UEL Esp. 2005) “[...] não é ofício do poeta narrar o que aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular”. (ARISTÓTELES. Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a estética em Aristóteles, é correto afirmar: a) A poesia é uma cópia imperfeita, realizada no mundo sensível, sob a inspiração das musas e distante da verdade. b) Os poetas, de acordo com a sua índole, representam pessoas de caráter elevado, como ocorre na tragédia, ou homens inferiores, como na comédia. 21
  • 22. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos históricos e considerar os fatos em sua particularidade. d) A poesia deve a sua origem à história e a compreensão daquela supõe o entendimento da própria natureza do ser humano. e) A imitação, que ocorre na tragédia, representa uma ação completa e de caráter elevado, de uma forma narrativa e não dramática. 33- (UEL Esp. 2005) “A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo privá-las disso é a mesma coisa”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar: a) A indústria cultural limita-se a atender aos desejos que surgem espontaneamente da massa de consumidores, satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e livres que escolhem o que querem. b) A indústria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e necessidades dos indivíduos, mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes desejos e necessidades. c) A indústria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à satisfação prometidos. d) O entretenimento que veículos como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao público não pode ser entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a cultura está situada fora desses canais. e) A produção em série de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova cópia, a crítica se renova. 34- (UEL Esp. 2005) “A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar: 22
  • 23. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net a) Há um círculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as forças, o indivíduo busca refúgio no lazer, porém o lazer se estrutura com base na mesma lógica mecanizada do trabalho. b) Apesar de se apresentarem como duas dimensões de um mesmo processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro é o espaço do desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexão. c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadológico que fabrica cópias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentos de lazer proporcionam ao indivíduo plena diversão e cultura. d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivíduo, mesmo nos processos de mecanização que caracterizam a fabricação de mercadorias no capitalismo tardio. e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televisão, são caminhos para a politização e aquisição de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte. EIXOS TEMÁTICOS PONTOS INTRODUTÓRIOS 01) (UEL 2003/ESPEC) ‘’Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um principio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse principio é a água. Essa proposta é importantíssima... podendo com boa dose de razão ser qualificada como a primeira proposta filosófica daquilo que se costuma chamar civilização ocidental.’’ A filosofia surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros filósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado. a) A ética, enquanto investigação racional do agir humano. b) A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. c) A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científicos. d) A cosmologia, como investigação acerca da origem da ordem do mundo. e) A filosofia política, enquanto análise do estado e sua legislação. 02) (UEL2003) ‘’Uma vez que constituição significa o mesmo que governo, e o governo é o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mãos de uma única pessoa, ou de poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas constituições devem ser forçosamente as corretas; ao contrário, constituem desvios os casos em que o governo é exercido com vistas ao próprio interesse da única pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidadãos não participam do governo da cidade, ou é necessário que eles realmente participem.’’ Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristóteles, analise as afirmativas a seguir. 23
  • 24. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net I-A democracia é uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exercício do poder em beneficio do interesse comum. II-A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia. III-A democracia é uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porém, visa favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepção demagógica. IV-A democracia é uma forma de governo mais conveniente para as cidades gregas, justamente porque realiza o bem do Estado, que é o bem comum Estão corretas apenas as afirmativas: A) I e III. B) I e IV. C) II e III. D )I,II e III. E) II,III e IV. 03) (UEL 2003) “Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira:eles colocam uma substância essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras pelas formas; essa é a essência material das coisas singulares nas quais existe, e é uma só em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores”. Sobre o texto acima é correto afirmar que: a) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisa universal existe por si mesma e constitui a essência material das coisas singulares. b) defende a tese nominalista, segundo a qual os universais não podem existir fora dos sujeitos de que são atributos. c) os universais são termos significativos, pois não são uma única essência em si mesmos. d) distingue as coisas singulares pela quantidade de matéria que nelas se apresentam. 04) (UEL 2003) Leia o texto, que se refere á idéia de cidade justa de Platão. ‘’Como a temperança, também a justiça é uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua função própria, aquela para qual a sua natureza é a mais adequada ‘, a cidade é justa. Esta distribuição de tarefas e competências resultas do fato de que cada um de nós não nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para satisfação das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justiça é, portanto, no indivíduo, a harmonia das partes da alma sob o domínio superior da razão, no estado, é a harmonia e a concórdia das classes da cidade.’’ (PIRES, Celestino). Sobre a cidade justa na concepção de Platão, é correto afirmar: a) Nela todos satisfazem suas necessidades mínimas, e inexistem funções como as de governantes, legisladores e juizes. b) É governada pelos filósofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econômicos, todos cumprindo sua função própria. c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos. d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses através da conquista . 24
  • 25. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net e) Ela ambiciona o luxo desmedido e está cheia de objetos supérfluos, tais como perfumes,incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim,etc. 05) (UEL 2005) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia. II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos. III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico. IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. 06) (UEL 2004) “Entre os físicos da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou- se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou no começo de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.” ( VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. De Isis Borges B. Da Fonseca.12ed. Rio de janeiro: Difel,2002. p.110.) Com base no texto, assinale a alternativa correta. a) Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender corno a natureza agia no começo (~). ou seja, no momento original. b) A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais. c) O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionaimente. d) A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana. e) A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalrnente compreendidas. 25
  • 26. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net 07) O método argumentativo de Sócrates (469-399 ªC.) Consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que: I – tornava o interlocutor um mestre na argumentação sofistica. II – levava o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos. III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor a confessar suas próprias contradições e ignorâncias. IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor. a) Se apenas a afirmação III é correta. b) Se apenas as afirmações i e IV são corretas. c) Se apenas a afirmação IV é correta. d) Se as afirmações II e III são corretas. e) Se todas não são corretas. 08) Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socraticos. Seu método, que parte do pressuposto “ só sei que nada sei”, é a maiêutica que tem como objetivo: I – “dar luz a idéias novas, buscando o conceito” II – partir da ironia, reconhecendo a ignorância até chegar ao conhecimento. III – encontrar as contradições das idéias para chegar ao conhecimento. IV – “ trazer as idéias do céu à terra”. a) se apenas I e II estiverem corretas. b) Se apenas I e III estiverem corretas. c) Se apenas II, III e IV estiverem corretas. d) Se apenas III e IV estiverem corretas. e) Se apenas i e IV estiverem corretas. 09) (UEL 2002) Sobre a teoria das quatro causas de Aristóteles é correto afirmar: I – É próprio da ciência investigá-las, pois são as causas do movimento e do repouso, ou seja, da passagem de potência para ato. II – A causa eficiente atua sobre a forma, visto ser a matéria o ato a que aspiram os seres. III - A causa final é própria daquele ser que deve atualizar as potências contidas em sua matéria para alcançar a finalidade própria. IV – A forma é o príncipio de indeterminação dos seres. Assinale a única alternativa que apresenta as assertivas correta: a) Apenas I e III. b) Apenas I, III e IV. c) Apenas II e III. d) Apenas I e II. e) Todas corretas 10) Com relação ao relacionamento entre os sofistas e Sócrates é correto afirmar que: a) Não houve nenhum tipo de relacionamento, pois eles não foram contemporâneos. 26
  • 27. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net b) Foi um relacionamento amistoso, pois eles tinham um só grande objetivo: a busca da verdade. c) Os sofistas criticavam o relativismo de Sócrates, que não acre-ditava na existência da verdade. d) Sócrates não admitia o relativismo sofístico que via na política uma mera técnica de convencimento, que se baseavas em con-cepções individuais da verdade. 11) (UFU) A opinião (doxa, em grego), no pensamento de Platão (427-347 a.C.), representa um saber sem fundamentacão metódica. É um saber que possui sua origem: a) nos mitos religiosos, lendas e poemas da Grécia arcaica b) nas impressões ou sensacões advindas da experiência sensível c) no discurso dos sofistas na época da democracia ateniense d) num saber eclético, proveniente de algumas idéias dos filósofos pré-socráticos 12) (UEL ESPEC 2003) "Se chegasse á nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido á sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternávamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-íamos que na nossa cidade não há homens dessa espécie, nem sequer é lícito que existam, e mandá-lo-íamos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabe(c)a e de o termos coroado de grinaldas." (PLATÃO. A República. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 7.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Platão, é correto afirmar: a) Platão é contrário á imitação, por ela ser a "aparência da aparência" ou uma cópia da realidade, num nível inferior. b) Platão valoriza a presença dos artistas nas cidades, por sua capacidade de limitar todas as coisas. c) Platão concebe a imitação como uma atividade que,ao invés de copiar aparências, imita emoções e ações. d) Platão valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensível. e) Platão admite a possibilidade de a imitacão adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma visão que se afaste da sofística. 13) (UEL 2006) Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a proporção, o limite e a medida,assim como a presença de questionamentos acerca das causas, dos princípios e do porquê das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elaboração dos princípios metafísicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994. p. 19. ) Com base no texto e nos conhecimentos acerca das características que marcaram o nascimento da filosofia na Grécia, considere as afirmativas a seguir. I. A política, enquanto forma de disputa oratória, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidadãos, que buscavam a verdade pela força da argumentação. 27
  • 28. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net II. O palácio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substituído pela Ágora, espaço público onde os problemas da polis eram debatidos. III. A palavra, utilizada na prática religiosa e nos ditos do rei, perdeu a função ritualista de fórmula justa, passando a ser veículo do debate e da discussão. IV. A expressão filosófica é tributária do caráter pragmático dos gregos, que substituíram a contemplação desinteressada dos mitos pela técnica utilitária do pensar racional. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e III. b) II e IV. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, II e IV. 14) (UEL 2006) Analise a imagem e leia o texto a seguir. Mobilização pelas “Diretas já”, Praça da Sé, São Paulo, janeiro 1984. (Disponível em: http://novaescola.abril.com.br Acesso em: 13 jun. 2005.) “Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de administrar a justiça e exercer funções públicas [...].” (ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Kury. 3. ed. Brasília: UNB, 1997. p. 78.) Tendo como base o conceito de cidadania de Aristóteles, é correto afirmar que o fato político retratado na imagem: a) Confirma o ideal aristotélico de cidadão como aquele que se submete passivamente a uma autoridade coercitiva e ilimitada. b) Ilustra o conceito que Aristóteles construiu de cidadãos como aqueles que estão separados em três classes, sendo que uma delas governa, de modo absoluto, as demais. c) Manifesta contradição com a concepção de liberdade e de manifestação pública presente no exercício da cidadania grega, ao revelar uma campanha submissa e tutelada pela minoria. d) Mostra o ideário aristotélico de cidade e de cidadania, que exalta o individualismo e a supremacia do privado em detrimento do público. e) Caracteriza um exemplo contemporâneo de participação que demonstra o debate de assuntos públicos, assim como faziam os cidadãos livres de Atenas. EIXOS TEMÁTICOS ÉTICA E POLÍTICA 01 - (UEL-2004/ESP.) ‘’Que ninguém espere um grande progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada ás ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas á filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram , não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios , dos sons, da estrutura e do esquematismo dos 28
  • 29. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net corpos, das afecções e das percepções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças para novos progressos.’’ Com base no texto , é correto afirmar que Francis Bacon: a) Afirma que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares. b) Defende que o que há de mais importante nas ciências particulares é o seu lado prático. c) Propõe que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as ciências particulares. d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares. e) Vincula a possibilidade do progresso nas ciências particulares á dependência destas á filosofia natural. 02 - (UFU JAN/01) A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filosofo escocês a) Nenhuma idéia complexa pode ser derivada das sensações; a idéia de eu pode ser representada pelo pensamento puro. b) As idéias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável. c) As idéias se originam da experiência sensível ; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a idéia de eu. d) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo. 03 - (UEL2003) ‘’O imperativo categórico é, portanto, só um único, que é este:Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal.’’ (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. De Paulo. Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando: a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente. b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade. c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o principio de auto- conservação. d) Está subordinada á vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana. e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade. 04 - (UEL ESPEC/2003) A ciência moderna sofreu uma serie de transformações em relação á ciência antiga. Assinale a alternativa que apresenta uma das características da ciência moderna resultante dessa transformação. a) A submissão do saber ao conhecimento teórico, para o qual é irrelevante a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. 29
  • 30. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net b) A subordinação da razão humana á fé religiosa, com a defesa da concepção de verdade como revelação. c) A primazia da analise das qualidades dos corpos em si mesmos, tais como cor , odor, tamanho e peso. d) A valorização do saber experimental , que visa á apropriação, ao controle e á transformação da natureza. e) O predomínio da concepção de natureza hierarquizada, segundo uma ordem divina. 05 - “Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela três espécies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era própria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sábia, devido a outras disposições e qualidades dessas mesmas espécies. - É verdade. - Logo, meu amigo, entenderemos que o indivíduo, que tiver na sua alma estas mesmas espécies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade”. (PLATÃO. A república. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justiça em Platão, é correto afirmar: a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefícios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisíveis aos olhos dos outros. b) A justiça consiste em dar a cada indivíduo aquilo que lhe é de direito, conforme o princípio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres. c) A verdadeira justiça corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos políticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece. d) A justiça deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto é, deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstâncias externas. e) Ser justo equivale a pagar dívidas contraídas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz. 06- “A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo com a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre dele fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores”. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad. de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, é correto afirmar: a) As atitudes do príncipe são livres da influência dos ministros que ele escolhe para governar. b) Basta que o príncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno êxito e seja reconhecido pelo povo. c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do príncipe daquelas de seus ministros. d) A escolha dos ministros é irrelevante para garantir um bom governo, desde que o príncipe tenha um projeto político perfeito. e) Um príncipe e seu governo são avaliados também pela escolha dos ministros. 30
  • 31. S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar assessoria@portalser.net 07- “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. De Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas a seguir. I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos. II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos em favor do soberano. III. Os procedimentos necessários à preservação da paz e da segurança competem aos súditos cidadãos. IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 08 - “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir. I. O direito à liberdade e à propriedade são dependentes da instituição do poder político. II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem as condições do pacto político. III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente. IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre de seu consentimento. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) I, III e IV. 31