3. • Clique para editar o texto
mestre
• Segundo nível
• Terceiro nível
• Quarto nível
• Quinto nível
A disciplina aborda aspectos
teóricos que possibilitam uma
melhor compreensão da realidade
escolar. Em especial, a sociologia,
enquanto ciência humana, será o
guia para uma compreensão
aprofundada dos problemas que
envolvem a escola na atualidade.
A disciplina aborda aspectos
teóricos que possibilitam uma
melhor compreensão da
realidade escolar. Em especial,
a sociologia, enquanto ciência
humana, será o guia para uma
compreensão aprofundada dos
problemas que envolvem a
escola na atualidade.
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• Terceiro nível
• Quarto nível
• Quinto nível
O objetivo desta aula é o de abordar o
contexto histórico e o momento
sociocultural no qual a sociologia surgiu
como disciplina do conhecimento
humano.
Será apresentado um pouco da vida e da obra
dos pensadores considerados clássicos na
sociologia.
O objetivo desta aula é o
de abordar o contexto
histórico e o momento
sociocultural no qual a
sociologia surgiu como
disciplina do
conhecimento humano.
Será apresentado um
pouco da vida e da obra
dos pensadores
considerados clássicos
na sociologia.
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• Quarto nível
• Quinto nível
OS PRIMEIROS
PASSOS
A Sociologia é
uma das áreas de
estudo que surgiu
no início da
modernidade com
o propósito de
compreender a
sociedade de um
modo geral.
OS PRIMEIROS
PASSOS
A Sociologia é
uma das áreas de
estudo que surgiu
no início da
modernidade com
o propósito de
compreender a
sociedade de um
modo geral.
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• Terceiro nível
• Quarto nível
• Quinto nível
FONTE: Disponível em:
<http://www.sohistoria.com.br/ef2/navegacoes/>. Acesso em: 31
maio 2017.
A Sociologia surge:
Ocorrem profundas
transformações, como: o
Renascimento cultural, a
Reforma Protestante, até
as grandes navegações
que permitiram ao
homem superar os
obstáculos da natureza
(antropocentrismo).
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Com a modernidade, há
uma mudança
significativa de
mentalidade. O homem
começa a valorizar com
mais ênfase as suas
capacidades racionais
(ampliação do
conhecimento, Ciência).
Nos séculos XV e XVI, período do
surgimento conhecido como modernidade,
há uma mudança significativa de
mentalidade. O homem começa a valorizar
com mais ênfase as suas capacidades
racionais, com o propósito de desvendar
com mais afinco a estrutura da natureza e
o seu funcionamento. (ampliação do
conhecimento, Ciência).
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• Terceiro nível
• Quarto nível
• Quinto nível
A Sociologia foi
construída
paulatinamente
desde o século XVI
e estabelecendo
relações com
diversas correntes
de pensamento,
dentre elas o
racionalismo, o
iluminismo, o
marxismo, dentre
outras.
A Sociologia foi construída paulatinamente
desde o século XVI e estabelecendo
relações com diversas correntes de
pensamento, dentre elas o racionalismo, o
iluminismo, o marxismo, dentre outras.
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Iluminismo
Domínio da razão
sobre a visão
teocêntrica que
dominava a Europa.
Esta forma de
pensamento tinha o
propósito de iluminar
as trevas em que se
encontrava a
sociedade.
Iluminismo
Movimento surgiu na França e
defendia o domínio da razão
sobre a visão teocêntrica que
dominava a Europa desde a
Idade Média. Esta forma de
pensamento tinha o propósito de
iluminar as trevas em que se
encontrava a sociedade.
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• Quarto nível
• Quinto nível
Racionalismo
O Racionalismo é uma
corrente filosófica que
atribui particular confiança
à razão humana, ao passo
que acredita que é dela que
se obtém os
conhecimentos.
Somente o pensamento por
meio da razão é capaz de
atingir a verdade absoluta.
Racionalismo
Corrente filosófica que atribui
particular confiança
à razão humana, ao passo que
acredita que é dela que se
obtém os conhecimentos.
Somente o pensamento por
meio da razão é capaz de atingir
a verdade absoluta.
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• Quinto nível
Marxismo é o conjunto de
ideias filosóficas, econômicas,
políticas e sociais que foi
elaborado e desenvolvido
por Karl Marx e Friedrich
Engels.
Perceberam que o trabalho é o
conceito-chave da teoria e
a luta de classes seria “o
motor da história”, bem como
a produção dos bens materiais
seria o fator condicionante da
vida social, intelectual e
política.
FONTE: Disponível em: <https://schoolworkhelper.net/karl-
marx-and-friedrich-engels-the-bourgeois-proletariat/karl-
marx-friedrich-engels/>. Acesso em: 31 maio 2017.
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• Quarto nível
• Quinto nível
O nome do pensador
francês Auguste Comte
está indissociavelmente
ligado ao positivismo.
Comte também é
considerado o grande
sistematizador da
sociologia.
FONTE: Disponível em:
<http://www.estudopratico.com.br/positivismo-conceito-e-
resumo-de-suas-caracteristicas/>. Acesso em: 31 maio 2017.
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• Quinto nível
Auguste Comte nasceu em 1798 na
França. Seu melhor amigo foi Saint-
Simon, expoente do socialismo utópico,
com quem viria a romper mais tarde por
questões ideológicas.
Auguste Comte nasceu em 1798
na França. Seus pais eram
católicos e monarquistas.
Rejeitou as convicções dos
pais ainda jovem e foi aluno
brilhante, dos estudos básicos
aos superiores, na Escola
Politécnica de Paris. Nesse
período, seu melhor amigo foi
Saint-Simon, expoente do
socialismo utópico, com quem
viria a romper mais tarde por
questões ideológicas.
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• Quinto nível
Socialismo utópico: corrente
de pensamento fundada por
Owen, Saint-Simon e Fourier.
Busca a criação de
uma sociedade ideal. Deveria
ser alcançada por meios
pacíficos, contando com a boa
vontade da classe burguesa.
Utopia (não lugar).
Socialismo utópico é o nome dado a
uma corrente de pensamento fundada
por Owen, Saint-Simon e Fourier.
O objetivo do socialismo utópico é
simples, mas ambicioso: ele busca a
criação de uma sociedade ideal. De
acordo com o movimento, a sociedade
ideal deveria ser alcançada por meios
pacíficos, contando com a boa vontade
da classe burguesa. O sistema
socialista utópico se instalaria de forma
lenta e gradual, para que a sociedade
pudesse se adaptar às mudanças
decorrentes da transição entre
sistemas. Utopia (não lugar).
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• Quinto nível
Um dos fundamentos do positivismo é a
ideia de que tudo o que se refere ao saber
humano pode ser sistematizado segundo
os princípios adotados como critério de
verdade para as ciências exatas e
biológicas. Isso se aplicaria também aos
fenômenos sociais, que deveriam ser
reduzidos a leis gerais como as da física.
Para Comte, a análise científica aplicada
aos agrupamentos humanos é o cerne da
sociologia, cujo objetivo seria planejar a
organização social e política.
Um dos fundamentos do positivismo é
a ideia de que tudo o que se refere ao
saber humano pode ser sistematizado
segundo os princípios adotados como
critério de verdade para as ciências
exatas e biológicas. Isso se aplicaria
também aos fenômenos sociais, que
deveriam ser reduzidos a leis gerais
como as da física. Para Comte, a
análise científica aplicada aos
agrupamentos humanos é o cerne da
sociologia, cujo objetivo seria planejar
a organização social e política.
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Foi Comte quem a organizou
como ciência, dividida em
duas áreas: estática social e
dinâmica social. A primeira
estuda as forças que mantêm
a sociedade unida, enquanto a
segunda se volta para as
mudanças e suas causas. A
estática se fundamenta na
ordem e a dinâmica no
progresso - daí o lema "ordem
e progresso", que figura na
bandeira brasileira por
inspiração comtiana.
Antes de Comte, a sociologia já havia
dado os primeiros passos, mas foi ele
quem a organizou como ciência, dividida
em duas áreas: estática social e
dinâmica social. A primeira estuda as
forças que mantêm a sociedade unida,
enquanto a segunda se volta para as
mudanças e suas causas. A estática se
fundamenta na ordem e a dinâmica no
progresso - daí o lema "ordem e
progresso", que figura na bandeira
brasileira por inspiração comtiana.
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• Quinto nível
Para Comte a evolução do
indivíduo segue um trajeto
semelhante à evolução das
sociedades. Assim, na infância
passa-se por uma espécie de
estágio teológico, quando a
criança tende a atribuir a forças
sobrenaturais o que acontece a
seu redor. A maturidade do
espírito seria encontrada na
ciência. Por isso, na escola de
inspiração positivista, os
estudos científicos prevalecem
sobre os literários. A educação
positivista visa informar o aluno
sobre a ordem da sociedade.
A evolução do indivíduo segue um
trajeto semelhante à evolução das
sociedades. Assim, na infância passa-
se por uma espécie de estágio
teológico, quando a criança tende a
atribuir a forças sobrenaturais o que
acontece a seu redor. A maturidade do
espírito seria encontrada na ciência.
Por isso, na escola de inspiração
positivista, os estudos científicos
prevalecem sobre os literários. A
educação positivista visa informar o
aluno sobre a ordem da sociedade.
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• Quinto nível
Karl Marx nasceu em 1818 na
Alemanha, sua obra é
referente ao Sistema
Capitalista, ou melhor, a
Corrente Sociológica
conhecida como Sociologia
Materialista. Uma posição
crítica na formação social
capitalista. Seu estudo
abrange ciências como:
filosofia, sociologia,
economia e educação.
Karl Marx nasceu em 1818 na Alemanha,
sua obra é referente ao Sistema
Capitalista, ou melhor, a Corrente
Sociológica conhecida como Sociologia
Materialista. Marx estudou a sociedade
cuidadosamente, colaborando assim para
o desenvolvimento da sociologia, sendo
uma posição crítica na formação social
capitalista. Seu estudo abrange ciências
como: filosofia, sociologia, economia e
educação.
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• Quinto nível
A obra de Karl Marx nos
legou alguns princípios
importantes que devem
ser levados em conta,
quando quisermos
estabelecer uma prática
educacional
transformadora do
contexto social no qual
estamos inseridos.
Para Karl Marx, a educação é um
objeto de pesquisa e se relaciona
na sociedade com luta de classes.
Sua obra nos legou alguns
princípios importantes que devem
ser levados em conta, quando
quisermos estabelecer uma prática
educacional transformadora do
contexto social no qual estamos
inseridos.
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• Quinto nível
Combater a alienação e a
desumanização era, para
Marx, a função social da
educação. Para isso seria
necessário aprender
competências que são
indispensáveis para a
compreensão do mundo
físico e social.
Combater a alienação e a desumanização
era, para Marx, a função social da
educação. Para isso seria necessário
aprender competências que são
indispensáveis para a compreensão do
mundo físico e social.
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• Quinto nível
Marx defendeu uma educação
pública e gratuita, com uma
função de emancipação humana. A
educação estava ligada ao lado
intelectual, corporal e tecnologia
fazendo parte da dinâmica política,
a qual iria colaborar para o
desenvolvimento da sociedade,
propondo uma nova sociedade.
Marx defendeu uma educação
pública e gratuita, com uma
função de emancipação humana,
sendo socializadora no contexto de
um materialismo histórico. A
educação estava ligada ao lado
intelectual, corporal e tecnologia
fazendo parte da dinâmica política, a
qual iria colaborar para o
desenvolvimento da sociedade,
fugindo do período Tradicionalista
(Igreja), privilegiando a razão sobre a
fé, propondo uma nova sociedade.
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• Terceiro nível
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• Quinto nível
As representações que os
indivíduos elaboram são
representações a respeito
de sua relação com a
natureza. Segundo Marx,
a proposta é o
materialismo prático,
sendo a superação da
autoalienação humana,
tornando o homem social,
isto é, humano. Na visão
de Marx a Educação é
uma forma de
socialização, de
integração dos indivíduos
numa sociedade sem
classes.
As representações que os
indivíduos elaboram são
representações a respeito
de sua relação com a
natureza. Segundo Marx, a
proposta é o materialismo
prático, sendo a superação
da autoalienação humana,
tornando o homem social,
isto é, humano. Na visão de
Marx a Educação é uma
forma de socialização, de
integração dos indivíduos
numa sociedade sem
classes.
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Marx propõe uma prática
educacional transformadora,
onde a escola teria basicamente
um duplo papel: 1°-
Desmascarar todas as relações
sociais (relações de dominação
e exploração) estabelecidas
pelo capitalismo no âmbito da
sociedade, tornando cada
indivíduo consciente da
realidade social na qual ele está
inserido; 2° - Militar pela
abolição das desigualdades
sociais, pelo fim da dominação
e exploração de uma classe
sobre outra; Por último, pela
transformação da sociedade.
(política/ideológica)
Marx propõe uma prática educacional
transformadora, onde a escola teria
basicamente um duplo papel: 1°-
Desmascarar todas as relações
sociais (relações de dominação e
exploração) estabelecidas pelo
capitalismo no âmbito da sociedade,
tornando cada indivíduo consciente
da realidade social na qual ele está
inserido; 2° - Militar pela abolição das
desigualdades sociais, pelo fim da
dominação e exploração de uma
classe sobre outra. Por último, pela
transformação da sociedade.
(política/ideológica)
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• Quinto nível
O alemão Max Weber
nasceu em 1864. Mesmo
com a profissão jurídica
definida estudou
filosofia, teologia,
história e economia.
Buscou um
conhecimento amplo em
relação às religiões
mundiais, descobrindo
que a modernidade é
caracterizada pela
racionalização da cultura e
da sociedade.
FONTE: Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/max_weber/>. Acesso em: 31
maio 2017.
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No caso do professor, a
política não deveria
entrar na sala de aula,
sobretudo quando o
docente se interessa
cientificamente pela
política. O verdadeiro
professor procuraria
evitar impor qualquer
posição política ao aluno,
quer expressa ou
sugerida, e precisa
separar duas situações a
fim de preservar sua
integridade intelectual:
No caso do professor, a política
não deveria entrar na sala de aula,
sobretudo quando o docente se
interessa cientificamente pela
política. O verdadeiro professor
procuraria evitar impor qualquer
posição política ao aluno, quer
expressa ou sugerida, e precisa
separar duas situações a fim de
preservar sua integridade
intelectual:
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O professor deve
distinguir com o
máximo rigor os
enunciados que
exprimem um
conhecimento
empírico e os que
exprimem juízos de
valor, pois sempre
que o homem de
ciência introduz seu
julgamento pessoal
de valor, cessa a
plena compreensão
dos fatos.
O professor deve distinguir com
o máximo rigor os enunciados
que exprimem um conhecimento
empírico e os que exprimem
juízos de valor, pois sempre que o
homem de ciência introduz seu
julgamento pessoal de valor,
cessa a plena compreensão dos
fatos.
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A ciência moderna e a
educação teriam como
vocação buscar a
verdade, compreender
os fatos, determinar as
relações matemáticas e
lógicas dos
acontecimentos. Weber
conclui que o mundo
desencantado teria
conduzido os vários
pontos de vista, as mais
diversas perspectivas e
valores, a um conflito
mútuo.
A ciência moderna e a
educação teriam como
vocação buscar a verdade,
compreender os fatos,
determinar as relações
matemáticas e lógicas dos
acontecimentos. Weber
conclui que o mundo
desencantado teria conduzido
os vários pontos de vista, as
mais diversas perspectivas e
valores, a um conflito mútuo.
Essa é a base da reflexão
weberiana que considero
importante para se pensar o
tema da educação.
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A sociedade pode ser
compreendida a partir do
conjunto das ações
sociais individuais. Para
Weber, não existem
individualidades
históricas. Considerando
que a sociologia é
interessada na relação
entre indivíduo e
sociedade, podemos
concluir que na visão de
Max Weber, o conceito de
ação social é a base de
explicação desta relação.
A sociedade pode ser
compreendida a partir do
conjunto das ações sociais
individuais. Para Weber, não
existem individualidades
históricas. Considerando que a
sociologia é interessada na
relação entre indivíduo e
sociedade, podemos concluir que
na visão de Max Weber, o
conceito de ação social é a base
de explicação desta relação.
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A Educação, para
Weber, na medida em
que a sociedade se
racionaliza
historicamente, não é
mais a preparação para
que o indivíduo
compreenda seu papel
no conjunto harmônico
do contexto social.
Torna-se o meio
determinante de
estratificação social,
uma forma distinta onde
busca-se obter
privilégios sociais.
A Educação, para Weber, na medida
em que a sociedade se racionaliza
historicamente, não é mais a
preparação para que o indivíduo
compreenda seu papel no conjunto
harmônico do contexto social.
Torna-se o meio determinante de
estratificação social, uma forma
distinta onde busca-se obter
privilégios sociais.
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• Quinto nível
A grande contribuição de
Weber está em sua abordagem,
quando enfatiza que a
Educação é o instrumento
necessário para um processo
amplo de socialização. Em
Weber existe um conceito
amplo de Educação que
engloba: a educação religiosa,
a educação familiar, a
educação carismática, a
educação filosófica, a
educação literária, a educação
política e a educação
especializada.
A grande contribuição de Weber está
em sua abordagem, quando enfatiza
que a Educação é o instrumento
necessário para um processo amplo
de socialização. Em Weber existe um
conceito amplo de Educação que
engloba: a educação religiosa, a
educação familiar, a educação
carismática, a educação filosófica, a
educação literária, a educação política
e a educação especializada.
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Autores
contemporâneos Autores
contemporâneos
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Pierre Bourdieu
nasceu em 1930 em
um vilarejo no
sudoeste da França.
Fez os estudos
básicos num internato
em Pau, experiência
que deixou nele
profundas marcas
negativas. Em 1951
ingressou na
Faculdade de Letras,
em Paris, e na Escola
Normal Superior. Três
anos depois, graduou-
se em filosofia.
FONTE: Disponível em:
<http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo
.php?conteudo=1247>. Acesso em: 31 maio 2017.
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Para construir sua
teoria, Bourdieu criou
uma série de conceitos,
como habitus e capital
cultural. Todos partem
de uma tentativa de
superação da dicotomia
entre subjetivismo e
objetivismo. “Ele
acreditava que qualquer
uma dessas tendências,
tomada isoladamente,
conduz a uma
interpretação restrita ou
mesmo equivocada da
realidade social”.
Para construir sua teoria,
Bourdieu criou uma série de
conceitos, como habitus e
capital cultural. Todos partem
de uma tentativa de
superação da dicotomia entre
subjetivismo e objetivismo.
“Ele acreditava que qualquer
uma dessas tendências,
tomada isoladamente, conduz
a uma interpretação restrita
ou mesmo equivocada da
realidade social”.
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Habitus procura evitar esse
risco. Ela se refere à
incorporação de uma
determinada estrutura social
pelos indivíduos, influindo em
seu modo de sentir, pensar e
agir, de tal forma que se
inclinam a confirmá-la e
reproduzi-la, mesmo que nem
sempre de modo consciente.
Habitus procura evitar esse
risco. Ela se refere à
incorporação de uma
determinada estrutura
social pelos indivíduos,
influindo em seu modo de
sentir, pensar e agir, de tal
forma que se inclinam a
confirmá-la e reproduzi-la,
mesmo que nem sempre de
modo consciente.
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• Quinto nível
Na formação do habitus, a
produção simbólica –
resultado das elaborações
em áreas como arte, ciência,
religião e moral – constitui o
vetor principal, porque recria
as desigualdades de modo
indireto, escamoteando
hierarquias e
constrangimentos. Assim,
estruturas sociais e agentes
individuais se alimentam
continuamente numa
engrenagem de caráter
conservador.
Na formação do habitus, a
produção simbólica – resultado
das elaborações em áreas como
arte, ciência, religião e moral –
constitui o vetor principal,
porque recria as desigualdades
de modo indireto,
escamoteando hierarquias e
constrangimentos. Assim,
estruturas sociais e agentes
individuais se alimentam
continuamente numa
engrenagem de caráter
conservador.
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É o caso da maneira como cada
um lida com a linguagem. Tudo
que a envolve
– correção gramatical, sotaque,
habilidade no uso de palavras e
construções etc. – está
fortemente relacionado à
posição social de quem fala e à
função de ratificar a ordem
estabelecida. Para Bourdieu,
todas essas ferramentas de
poder são essencialmente
arbitrárias, mas isso não
costuma ser percebido. “É
necessário que os dominados as
percebam como legítimas, justas
e dignas de serem utilizadas”.
É o caso da maneira como cada um lida com a
linguagem. Tudo que a envolve
– correção gramatical, sotaque, habilidade no
uso de palavras e construções etc. – está
fortemente relacionado à posição social de
quem fala e à função de ratificar a ordem
estabelecida. Para Bourdieu, todas essas
ferramentas de poder são essencialmente
arbitrárias, mas isso não costuma ser
percebido. “É necessário que os dominados
as percebam como legítimas, justas e dignas
de serem utilizadas”.
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Capital cultural
Refere-se ao conjunto de
recursos, competências e
desejos disponíveis e
mobilizáveis em matéria de
cultura dominante ou
legítima.
Capital cultural
Refere-se ao conjunto de
recursos, competências e
apetências disponíveis e
mobilizáveis em matéria
de cultura dominante ou
legítima.
38. • Clique para editar o texto
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Outro conceito utilizado por
Bourdieu é o de campo, para
designar nichos da atividade
humana nos quais se
desenrolam lutas pela
detenção do poder simbólico,
que produz e confirma
significados.
Outro conceito utilizado
por Bourdieu é o de
campo, para designar
nichos da atividade
humana nos quais se
desenrolam lutas pela
detenção do poder
simbólico, que produz e
confirma significados.
39. • Clique para editar o texto
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O livro A Reprodução (1970),
escrito em parceria com Jean-
Claude Passeron, analisou o
funcionamento do sistema
escolar francês e concluiu que,
em vez de ter uma função
transformadora, ele reproduz e
reforça as desigualdades
sociais. Quando a criança
começa sua aprendizagem
formal, segundo os autores, é
recebida num ambiente
marcado pelo caráter de classe,
desde a organização
pedagógica até o modo como
prepara o futuro dos alunos.
O livro A Reprodução (1970), escrito em
parceria com Jean-Claude Passeron,
analisou o funcionamento do sistema
escolar francês e concluiu que, em vez
de ter uma função transformadora, ele
reproduz e reforça as desigualdades
sociais. Quando a criança começa sua
aprendizagem formal, segundo os
autores, é recebida num ambiente
marcado pelo caráter de classe, desde a
organização pedagógica até o modo
como prepara o futuro dos alunos.
40. • Clique para editar o texto
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Os indivíduos, por sua vez,
se posicionam nos campos
de acordo com o capital
acumulado e corresponde
à rede de relações
interpessoais que cada um
constrói, com os
benefícios ou malefícios
que ela pode gerar na
competição entre os
grupos humanos. Já na
educação se acumula
sobretudo capital cultural,
na forma de
conhecimentos
apreendidos, livros,
diplomas etc.
Os indivíduos, por sua vez, se
posicionam nos campos de acordo
com o capital acumulado e
corresponde à rede de relações
interpessoais que cada um constrói,
com os benefícios ou malefícios que
ela pode gerar na competição entre os
grupos humanos. Já na educação se
acumula sobretudo capital cultural, na
forma de conhecimentos apreendidos,
livros, diplomas etc.
41. • Clique para editar o texto
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Para Bourdieu, a escola é um espaço
de reprodução de estruturas sociais e
de transferência de capitais de uma
geração para outra. É nela que o
legado econômico da família
transforma-se em capital cultural. E
este, segundo o sociólogo, está
diretamente relacionado ao
desempenho dos alunos na sala de
aula. Eles tendem a ser julgados pela
quantidade e pela qualidade do
conhecimento que já trazem de casa,
além de várias “heranças”, como a
postura corporal e a habilidade de
falar em público. Os próprios
estudantes mais pobres acabam
encarando a trajetória dos bem-
sucedidos como resultante de um
esforço recompensado.
Para Bourdieu, a escola é um espaço
de reprodução de estruturas sociais e
de transferência de capitais de uma
geração para outra. É nela que o legado
econômico da família transforma-se em
capital cultural. E este, segundo o
sociólogo, está diretamente
relacionado ao desempenho dos alunos
na sala de aula. Eles tendem a ser
julgados pela quantidade e pela
qualidade do conhecimento que já
trazem de casa, além de várias
“heranças”, como a postura corporal e
a habilidade de falar em público. Os
próprios estudantes mais pobres
acabam encarando a trajetória dos
bem-sucedidos como resultante de um
esforço recompensado.
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Uma mostra dos mecanismos de
perpetuação da desigualdade está
no fato, facilmente verificável, de
que a frustração com o fracasso
escolar leva muitos alunos e suas
famílias a investir menos esforços
no aprendizado formal,
desenhando um círculo que se
autoalimenta. Nos primeiros livros
que escreveu, Bourdieu previa a
possibilidade de superar essa
situação se as escolas deixassem
de supor a bagagem cultural que
os alunos trazem de casa e
partissem do zero. Mas, com o
passar do tempo, o pessimismo
foi crescendo na obra do
sociólogo: a competição escolar
passou a ser vista como
incontornável.
Uma mostra dos mecanismos de
perpetuação da desigualdade está
no fato, facilmente verificável, de
que a frustração com o fracasso
escolar leva muitos alunos e suas
famílias a investir menos esforços
no aprendizado formal,
desenhando um círculo que se
autoalimenta. Nos primeiros livros
que escreveu, Bourdieu previa a
possibilidade de superar essa
situação se as escolas deixassem
de supor a bagagem cultural que
os alunos trazem de casa e
partissem do zero. Mas, com o
passar do tempo, o pessimismo
foi crescendo na obra do
sociólogo: a competição escolar
passou a ser vista como
incontornável.
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FONTE: Disponível em:
<http://www.fronteiras.com/entrevistas/zygmunt-bauman-
estamos-entre-a-incerteza-e-a-esperança>. Acesso em: 31
maio 2017.
Zygmunt Bauman foi um sociólogo
polonês nascido em 1925, na cidade
de Poznan. Iniciando sua carreira
universitária ainda nos anos 1950, na
década seguinte tornou-se professor
assistente na Universidade de
Varsóvia de Sociologia. Em 1971, foi
para a Inglaterra, onde se tornou,
anos depois, chefe do Departamento
de Sociologia da Universidade de
Leeds, instituição na qual ocuparia o
cargo de professor titular durante os
vinte anos seguintes.
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Bauman tem evitado, em
função das confusões
semânticas, o uso das
expressões “pós-
moderno” ou “pós-
modernidade”, propondo
a metáfora da liquidez
como chave de leitura
que mais bem permite
pensar as questões que
acometem os habitantes
do atual estágio
moderno.
Bauman tem evitado, em
função das confusões
semânticas, o uso das
expressões “pós-
moderno” ou “pós-
modernidade”, propondo
a metáfora da liquidez
como chave de leitura
que mais bem permite
pensar as questões que
acometem os habitantes
do atual estágio
moderno.
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Embora não tenha escrito
extensivamente sobre o tema, o
sociólogo também aborda a
educação de duas maneiras. Na
primeira, como no livro
Legisladores e intérpretes: sobre a
modernidade, a pós-modernidade
e os intelectuais, vai demonstrar,
muito influenciado pela clássica
interpretação de Michel Foucault,
como a escola foi uma instituição
funcional ao estabelecimento da
ordem como tarefa da
modernidade.
Embora não tenha escrito
extensivamente sobre o tema, o
sociólogo também aborda a
educação de duas maneiras. Na
primeira, como no livro
Legisladores e intérpretes: sobre a
modernidade, a pós-modernidade e
os intelectuais, vai demonstrar,
muito influenciado pela clássica
interpretação de Michel Foucault,
como a escola foi uma instituição
funcional ao estabelecimento da
ordem como tarefa da
modernidade.
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A educação escolarizada
representou um projeto capaz
de fazer da formação dos
indivíduos exclusiva
responsabilidade da sociedade
e, em especial, dos
governantes. Isso, pois, é
direito e dever do Estado
formar seus cidadãos e
garantir sua conduta correta,
vale dizer, o comportamento
na direção do projeto racional
e, no caminho, introduzir
ordem em uma realidade antes
despojada de seus próprios
dispositivos de organização.
A educação escolarizada
representou um projeto capaz de
fazer da formação dos indivíduos
exclusiva responsabilidade da
sociedade e, em especial, dos
governantes. Isso, pois, é direito e
dever do Estado formar seus
cidadãos e garantir sua conduta
correta, vale dizer, o comportamento
na direção do projeto racional e, no
caminho, introduzir ordem em uma
realidade antes despojada de seus
próprios dispositivos de
organização.
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A escola era a sede a partir
da qual se universalizava os
valores utilizados para a
integração social. Os
intelectuais (professores
e/ou educadores) eram os
únicos capazes de fornecer
a receita aos incultos e
vulgares do que seria uma
vida correta e moral. E a
educação, por sua vez, uma
declaração da
incompetência social das
massas e uma aposta na
ditadura do “professorado”
(déspotas ilustrados),
guardiões da razão, das
boas maneiras e do bom
gosto.
A escola era a sede a partir da qual se
universalizava os valores utilizados para a
integração social. Os intelectuais (professores e/ou
educadores) eram os únicos capazes de fornecer a
receita aos incultos e vulgares do que seria uma
vida correta e moral. E a educação, por sua vez,
uma declaração da incompetência social das
massas e uma aposta na ditadura do
“professorado” (déspotas ilustrados), guardiões da
razão, das boas maneiras e do bom gosto.
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O pensador retoma essa
interpretação da educação
escolarizada como fábrica da
ordem, destinada à produção
de corpos dóceis, disciplinados
e eficientes, e a analisa levando
em conta a “transição” da
modernidade sólida à líquida
(passagem outrora
caracterizada pela oposição
entre modernidade e pós-
modernidade). A conclusão a
que chega, pressuposta, porém
não explicitada, em
Legisladores, é que essa
concepção da escola e da
educação enfrenta uma grande
crise desencadeada pela
“falência” das instituições e da
“filosofia” herdada da
modernidade sólida.
O pensador retoma essa
interpretação da educação
escolarizada como fábrica da ordem,
destinada à produção de corpos
dóceis, disciplinados e eficientes, e a
analisa levando em conta a
“transição” da modernidade sólida à
líquida (passagem outrora
caracterizada pela oposição entre
modernidade e pós-modernidade). A
conclusão a que chega, pressuposta,
porém não explicitada, em
Legisladores, é que essa concepção
da escola e da educação enfrenta
uma grande crise desencadeada pela
“falência” das instituições e da
“filosofia” herdada da modernidade
sólida.
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A educação como um produto
Na segunda forma de o sociólogo
abordar a educação em seus textos, o
autor desenvolve a tese de que,
concebida para um mundo ordenado, em
que tudo o que estava sólido se
desmanchava no ar sob a promessa de
estruturas ainda mais duráveis do que as
que caíam em ruínas, a forma escolar
moderno-sólida tinha em seu horizonte
perspectivas de longa duração, baseadas
em um processo educativo que,
indiferente à novidade, ao acaso e à
desordem, visava alimentar os
aprendizes com uma educação para toda
a vida. Nesse contexto, o conhecimento
adquiria valor proporcional à sua duração
e a escola tinha qualidade na medida em
que fornecia esse saber de valor
duradouro, bem adaptado, portanto, ao
mundo sólido.
A educação como um produto
Na segunda forma de o sociólogo
abordar a educação em seus textos, o
autor desenvolve a tese de que,
concebida para um mundo ordenado, em
que tudo o que estava sólido se
desmanchava no ar sob a promessa de
estruturas ainda mais duráveis do que as
que caíam em ruínas, a forma escolar
moderno-sólida tinha em seu horizonte
perspectivas de longa duração, baseadas
em um processo educativo que,
indiferente à novidade, ao acaso e à
desordem, visava alimentar os
aprendizes com uma educação para toda
a vida. Nesse contexto, o conhecimento
adquiria valor proporcional à sua duração
e a escola tinha qualidade na medida em
que fornecia esse saber de valor
duradouro, bem adaptado, portanto, ao
mundo sólido.
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A educação escolarizada
foi, assim, visualizada
como uma atividade
voltada para a entrega de
um produto que poderia ser
consumido hoje e sempre.
Bauman compreende que,
com a passagem da
modernidade sólida à
líquida, tanto a ordem
imutável do mundo como a
da “natureza humana” se
encontram em apuros.
A educação escolarizada foi,
assim, visualizada como uma
atividade voltada para a
entrega de um produto que
poderia ser consumido hoje e
sempre. Bauman compreende
que, com a passagem da
modernidade sólida à líquida,
tanto a ordem imutável do
mundo como a da “natureza
humana” se encontram em
apuros.
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Eram esses pressupostos que garantiam
os benefícios da transmissão do
conhecimento aos alunos e forneciam ao
professor autoconfiança para “gravar” na
cabeça daqueles a forma que presumia
ser, para todo sempre, justa, bela e boa –
e, por isso, virtuosa e nobre. Aprendemos
com seu diagnóstico que esse tipo de
ordem social imutável é tudo o que não
temos na sociedade que fez da liquidez
seu paradigma. Para o sociólogo, o
“mundo do lado de fora” das escolas
cresceu de modo diferente daquele para o
qual elas estavam preparadas a educar
nossos alunos. Em tais circunstâncias,
preparar para toda a vida vai adquirir um
novo significado diante das atuais
circunstâncias sociais. Ou, no mínimo,
certa descrença em relação ao seu
potencial aplicativo.
Eram esses pressupostos que garantiam os
benefícios da transmissão do
conhecimento aos alunos e forneciam ao
professor autoconfiança para “gravar” na
cabeça daqueles a forma que presumia ser,
para todo sempre, justa, bela e boa – e, por
isso, virtuosa e nobre. Aprendemos com
seu diagnóstico que esse tipo de ordem
social imutável é tudo o que não temos na
sociedade que fez da liquidez seu
paradigma. Para o sociólogo, o “mundo do
lado de fora” das escolas cresceu de modo
diferente daquele para o qual elas estavam
preparadas a educar nossos alunos. Em
tais circunstâncias, preparar para toda a
vida vai adquirir um novo significado diante
das atuais circunstâncias sociais. Ou, no
mínimo, certa descrença em relação ao seu
potencial aplicativo.
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Uma das suas mais conhecidas
ideias é a definição da
sociedade atual como sendo a
era da modernidade líquida.
Segundo a interpretação de
Bauman, nada mais é
permanente, pelo contrário,
tudo é permanentemente
desmontado e reconstruído e,
mesmo a reconstrução já é
feita com a perspectiva da
transitoriedade.
Uma das suas mais conhecidas ideias é a
definição da sociedade atual como sendo
a era da modernidade líquida. Segundo a
interpretação de Bauman, nada mais é
permanente, pelo contrário, tudo é
permanentemente desmontado e
reconstruído e, mesmo a reconstrução já
é feita com a perspectiva da
transitoriedade.
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Bauman define as
modernidades anteriores
como sendo sólidas, ou seja,
quando a sociedade passava
por transições e grandes
mudanças, a perspectiva da
nova ordem era a de que
essa se solidificasse como o
novo status, que fosse o fim
da busca pelas soluções
para todos os males do
mundo. As modernidades do
passado desmontavam as
realidades herdadas com a
intenção de torná-las
melhores.
Bauman define as modernidades
anteriores como sendo sólidas, ou
seja, quando a sociedade passava
por transições e grandes mudanças,
a perspectiva da nova ordem era a de
que essa se solidificasse como o
novo status, que fosse o fim da
busca pelas soluções para todos os
males do mundo. As modernidades
do passado desmontavam as
realidades herdadas com a intenção
de torná-las melhores.
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A modernidade atual é
incapaz de manter sua
forma. Como todos os
líquidos, suas moléculas
não têm coesão suficiente
para se solidificar. As
instituições, referências,
estilos de vida, crenças e
filosofias mudam antes
mesmo de terem tempo de
se plasmarem.
A modernidade atual é incapaz
de manter sua forma. Como
todos os líquidos, suas
moléculas não têm coesão
suficiente para se solidificar. As
instituições, referências, estilos
de vida, crenças e filosofias
mudam antes mesmo de terem
tempo de se plasmarem.
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Tudo é volátil, flexível e, para
muitos, o pior é que tudo é
imprevisível. As pessoas são
levadas a se movimentarem
num espaço em que flutuam,
onde o bem e o mal são
relativos, onde não existe certo
e errado, apenas formas
diferentes de fazer as coisas.
Não existem mais projetos de
vida como propunham os
existencialistas, não existe
mais uma identidade fixa, vive-
se a cada momento sem que
haja sentido numa perspectiva
de longo prazo.
Tudo é volátil, flexível e,
para muitos, o pior é que
tudo é imprevisível. As
pessoas são levadas a se
movimentarem num espaço
em que flutuam, onde o
bem e o mal são relativos,
onde não existe certo e
errado, apenas formas
diferentes de fazer as
coisas. Não existem mais
projetos de vida como
propunham os
existencialistas, não existe
mais uma identidade fixa,
vive-se a cada momento
sem que haja sentido numa
perspectiva de longo prazo.