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PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO. CAPÍTULO 6
Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) é uma função técnica e administrativa
que tem por objetivo fazer os planos que orientarão a produção e servirão de guia para seu controle. É um
conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os
demais setores da empresa. O PPCP objetiva formular os planos para organizar a aplicação dos recursos
humanos e materiais de modo a controlar as ações para correções de eventuais desvios e minimizar
perdas.
O PPCP, ou PCP como é mais comumente referenciado, é o departamento da empresa que determina:
- o que vai ser produzido
- quanto vai ser produzido
- onde vai ser produzido
- como vai ser produzido
- quando vai ser produzir
O PPCP recebe outras denominações que conceitualmente muito pouca coisa muda, tais como:
PCP – Planejamento e Controle da Produção
SIG – Sistema Integrado de Gestão
PPS – Sistema de Planejamento de Produção
TPS – Sistema Total de Produção (Total Production System), dentre outros.
6. 1- Atividades relacionadas ao PPCP
- Previsões da demanda baseadas em estatísticas com simplicidade e habilidade de rápidos ajustes
frente a mudanças no mercado.
- Planejamento de aplicação de recursos de médio e longo prazo, dimensionando as previsões futuras
necessárias.
- Planejamento agregado de produção que consiste na divisão dos recursos por família de itens.
- Planejamento mestre da produção, também conhecido como Plano Mestre, que estabelece quando e
em que quantidade cada item deverá ser produzido dentro de um certo horizonte que pode variar de 4 a 12
meses.
- Planejamento das quantidades de materiais (MRP – Material Requirements Planning) que consiste
nas necessidades de materiais para execução do plano de produção, dimensionando quanto, quais e
quando devem ser comprados e fabricados.
- Planejamento e sequenciamento da capacidade de produção definindo qual a carga de cada centro
de trabalho.
- Controle da produção e matérias para aplicar correções de rumos e acertos no planejamento, quando
necessários, com o objetivo de atender os compromissos da empresa.
- Planejamento das paradas de máquinas e equipamentos em conjunto com a Manutenção.
6.2- As Quatro Etapas do PPCP
1ª) Planejamento - os planos são elaborados determinando-se o que deverá acontecer. Os planos devem
procurar oferecer respostas às todas as questões que possam ser formuladas.
2ª) Acompanhamento da execução do plano para levantamento, medição e registro de dados da execução.
3ª) Controle - determina-se: - o que foi produzido
- quanto foi produzido
- onde foi produzido
- como foi produzido
- quando foi produzido
4ª). Análise de Dados
PLANEJA ACOMPANHA CONTROLA ANALISA OS DADOS
REALIMENTA COM INFORMAÇÕES
Figura 39 – Etapas do PPCP
O PPCP se baseia nas previsões de vendas para definir o tipo de produto, quando e as quantidades a
fabricar.
A partir daí são planejados:
- onde cada operação será realizada,
- os tempos unitários e totais de produção,
- qual a seqüência e o deslocamento dos componentes na linha de produção,
- qual a periodicidade das entregas de matérias-primas e dos lotes de intermediários de
produção,
- e os planos de compras, de inspeção, de manutenção, de expedição, dentre outros.
Concomitantemente, o PCP acompanha a produção, medindo e levantando dados para análise e
comparações com o planejado, executando correções de rumos e catalogando informações para um banco
de dados visando futuros procedimentos.
Com experiências comprovadamente bem sucedidas, são elaborados padronizações, manuais de
procedimentos para diversas operações e ações, com a finalidade de eliminar desperdícios e simplificar
planejamentos futuros.
A produção de qualquer produto seja ele em lotes, seriado ou não, obedecem a comandos chamados
“ORDEM DE PRODUÇÃO” que é transmitido aos diversos setores envolvidos sob a forma de documentos,
tais como:
- Requisição de materiais;
- Notas de empenho;
- Listas de operações ou roteiros de produção;
- Fichas de mão de obra;
- Fichas de carga de máquinas;
- Notas de entrega de produção; - Pedidos de Compra.
- Fichas de controle de qualidade:
- Fichas de custo da ordem de produção;
- Desenhos de fabricação;
- Normas de produção;
- Especificações;
6.3- Fatores que Levam Perturbações ao PCP
Diversos fatores de ordem interna ou externa da empresa podem provocar desvios e necessidade
de correções no planejamento e controle da produção, tais como:
- falta ou atraso de material e de mão de obra,
- quebra não prevista de máquinas,
- falta de energia elétrica, combustíveis, água, vapor, ar comprimido e outros suprimentos,
- atraso da manutenção na liberação de máquinas
- atraso nos tempos de fabricação devido à ineficiência do homem e/ou da máquina,
- greves, feriado e outros eventos não previstos.
6.4- Localização do PPCP no Organograma da Empresa
Figura 40 - Localização do PPCP no organograma da empresa
GERÊNCIA DE
PPCP
DIRETORIA
DIRETORIA DE VENDAS DIRETORIA
INDUSTRIAL
DIRETORIA DE
ADMINISTRAÇÃO
GERÊNCIA DE
QUALIDADE
TEMPOS E
DIRETORIA DE
COMPRAS
GERÊNCIA DEGERÊNCIA DE GERÊNCIA DE
MANUTENÇÃOPRODUÇÃO ENGENHARIA
- De acordo com o princípio da separação de controles, o PPCP deve estar situado no mesmo nível que
a gerência da produção, e ambos subordinados à direção industrial.
- O PPCP faz os planos de fabricação, acompanha e controla sua execução.
- A fabricação executa o plano, supervisionada pelo grupo de Qualidade.
MÉTODOS
- O PPCP subordinado à gerência de fabricação sofre interferências que podem levar ao desrespeito do
plano, manipulações e por vezes a sua ineficiência.
- O Planejamento também deve estar situado no mesmo nível da Gerência de Qualidade para definir o
destino das não conformidades, refugos, resíduos e re-processamentos.
- PPCP deve atuar como planejador também junto a Expedição, Custos, Compras, Manutenção e
Engenharia.
- A Gerência de Custos troca com o PPCP diversas informações indispensáveis ao planejamento
econômico e financeiro da empresa, tais como: custos unitários de produção e compras, investimentos
em estoques, custos operacionais de equipamentos, valores de hora-homem e hora-máquina, dentre
outras. Tais informações se prestam para a determinação de lotes econômicos de venda, de compra e
de produção, bem como para minimização de custos , maximização de lucros e definição dos pontos
de equilíbrio da empresa.
- A Gestão de Estoque deve manter intimo relacionamento com o PCP ou ser a ele diretamente
subordinada. As atividades da Gestão de Estoque inter-relacionadas com as atividades do PCP são:
- emitir as solicitações de compra para suprir o estoque,
- atender as requisições que acompanham as ordens de produção,
- determinar os estoques mínimos e máximos para cada item do estoque,
- determinar o Ponto de Pedido para cada item,
- determinar o Lote Econômico de Compra e
- suprir e acompanhar o cálculo dos custos de fabricação.
6.5- Lote Econômico de Fabricação
O Lote Econômico de Fabricação ou de Produção (Qe) é a quantidade de produto a ser fabricado cujo
custo total da fabricação deve ser minimizado. A determinação de um tamanho de lote econômico baseia-
se de modo geral em definir uma quantidade cujo custo de fabricação seja mínimo, considerando-se os
insumos, os valores de trabalho agregado, os tempos de máquina, bem como os custos para manter os
estoques. Esses custos normalmente podem ser agrupados em três categorias básicas:
• custo de preparação de máquinas e equipamentos para produção(ou setup)
• custo unitário de produção
• custo de manutenção do estoque
1- Custos de preparação de máquinas e equipamentos - No Setup consideram-se todos os custos
necessários à preparação de uma rodada de fabricação. Os principais itens computados são: mão-de-obra
diretamente aplicada na preparação das máquinas; custos dos materiais e acessórios envolvidos na
preparação; outros custos indiretos: administrativos, contábeis, etc.
2- Custo Unitário de Produção. Nesse item são considerados os custos dos insumos básicos
diretamente empregados no processo produtivo, como: matérias-primas, de mão-de-obra diretamente
aplicada na produção e tempos de máquinas envolvidos.
3- Custo de Manutenção do Estoque. A posse do estoque tem um custo que, para a indústria, é
bastante significativo e normalmente considerado para cada produto por unidade de tempo de
armazenagem. Os principais itens que são considerados no seu cômputo são os seguintes: juros de capital
imobilizado, risco de obsolescência do produto, prêmios de seguro, taxas e impostos, perdas por
deterioração e despesas com instalações, aluguéis, iluminação, etc.
Num sistema de manufatura tradicional, em que as máquinas produzem para um determinado nível de
estoque em função da demanda, o modelo clássico de lote econômico tem melhor facilidade e
aplicabilidade. Mesmo assim, é apenas um ponto de partida na definição da quantidade, que deve ser
aperfeiçoada com o decorrer dos ciclos produtivos, fazendo-se os ajustes necessários em função das
particularidades de cada processo.
Considerando-se, as modernas tendências de fabricação celular, aquelas em que a manufatura
ocorre para famílias de peças, ou seja, um lote constituído de uma série de produtos distintos, o que
significa dizer que as quantidades definidas isoladamente não serão as mesmas quando as peças
estiverem reunidas em famílias, a formulação para definir a quantidades econômicas para o lote consiste
em efetuar-se uma análise sobre as variações de estoque, considerando-se taxas de produção e de
consumo sob o ponto de vista de custos de estoques médios.
O valor da quantidade econômica de fabricação Qe pode ser representado graficamente, num
gráfico de quantidade versus custo do lote, para visualização da quantidade cujo custo total é o mínimo,
como mostrado na Figura 40.
Figura 40 – Custo do Lote Econômico de Fabricação
O cálculo do Lote Econômico de Fabricação é muito variável e diferenciado de uma empresa para
outra, mesmo que disputem um mesmo segmento de mercado. Cabe ao PPCP elaborar um modelo
matemático que defina, com certa precisão, os Qe por produto, por família, por máquina, por departamento,
etc. e, o seus valors médio, valores esses que orientarão os planejamentos e do custo de produção.
6.6- Gráfico de Gantt – Forma gráfica de representar e acompanhamento à programação da produção.
O Gráfico de Gantt é muito utilizado para a representação gráfica de uma programação de tarefas a
serem realizadas em um período de tempo previamente estabelecido. É usado para representação de
diversos tipos de tarefas, como a de um programa de produção, de um planejamento de um evento ou
ainda da das etapas de um projeto. Ele consiste de um gráfico em que as linhas representam as tarefas a
serem realizadas e as colunas o tempo de execução das tarefas.
Normalmente esses gráficos também fornecem outras informações tais como: quem ou onde cada
operação será realizada, tempo total e parciais da operação, pontos críticos do processo, linhas de
acompanhamento, etc. A seguir são apresentados alguns exemplos de aplicação do gráfico de Gantt.
Figura 41- Planejamento de uma fabricação mecânica.
Figura 42- Planejamento de um projeto de execução de estudo para orçamento de uma obra civil.
Key- Legenda Critical path- operação crítica Milestone- início / Fim Power down / up- desenergisar / energisar
Remove old / install new fusebox- remover cx. velha / instalar nova cx. de fusível Cut / Fit cable channelling- cortar / ajustar cabo na
calha Lay new cable- Instalar cabo novo connect to fusebox- conectar a caixa de fusível connect to machine- conectar a máquina
Test machine- Testar a máquina
Figura 43- Programação de instalação de uma caixa de fusíveis.
Figura 44- Projeto para uma conferência
6.7- Logística Integrada.
O desenvolvimento tecnológico, a garantia de abastecimento dos mercados com qualidade (JIT / GQ) e
o cumprimento das normas atuais, trousse ao PPCP uma função expandida que o envolve em
planejamentos desde a comercialização dos produtos da empresa nos mercados primários, passando pelo
transporte chegando até a expedição para o cliente. A Figura 45 exemplifica sob a forma de um fluxograma
a Logística Integrada de um PPCP.
Figura 45- Exemplo de fluxograma da Logística Integrada do PPCP em uma indústria química.
6.8- O Desperdício e o PPCP
O Planejamento deve estar atento para os 7 principais desperdícios que ocorrem durante a execução
do Planejamento. Esses desperdícios agregam custos ao processo e mascaram os dados obtidos pelo
controle. A Figura 46 mostra os 7 principais desperdícios em uma linha de produção.
Figura 46- Os principais desperdícios em uma linha de produção
1- Super Produção – Produzir mais que o necessário e produzir mais rápido que o necessário.
Causas principais: operações desequilibradas e falta de comunicação.
2- Super processamento – Cuidados e atividades em excesso.
Causas: qualquer atividade ou serviço que não contribui para o desempenho do processo e
atividades desnecessárias.
3- Movimentação desnecessária - Qualquer movimentação de materiais que não acrescente
diretamente valor ao processo de fabricação.
Causas: medição de tempos e estudo de métodos incorretos.
4- Movimentação desnecessária de operadores – Qualquer movimento de pessoal que não
acrescente valor ao produto, tal como caminhadas, ato de segurar retendo peças, batepapos, etc.
Causas: tempo ocioso, falta de orientação, treinamento, supervisão, etc.
5- Retrabalho – Refazer, reparar, correções.
Causas: não satisfazer as especificações do cliente, retrabalhar ou corrigir um produto.
6- Espera -.Qualquer tempo ocioso de homem, máquina ou material.
Causas: planejamento e medição de tempos e métodos incorretos.
7- Inventário – Acúmulo de peças, produtos semimontados no processo ou em armazenamentos e
todo tipo de sobras desnecessárias.
Causas: Controle ineficiente, deterioração de materiais, refugos e obsolescência de material.
Como melhorar os 7 tipos de desperdícios?
Eliminá-los é quase impossível devido a diversos fatores de ordem técnica, ligados às maquinas,
equipamentos, a deficiência de um banco de dados para planejamento e a fatores humanos. Entretanto, a
adoção de um programa persistente de PMC - Processo de Melhoria Contínua - que busque
incessantemente a redução dos desperdícios, através de conscientizações, treinamentos e busca de novas
tecnologias, busca minimizar os desperdícios.
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Controle de Produção

  • 1. PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DA PRODUÇÃO. CAPÍTULO 6 Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP) é uma função técnica e administrativa que tem por objetivo fazer os planos que orientarão a produção e servirão de guia para seu controle. É um conjunto de funções inter-relacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores da empresa. O PPCP objetiva formular os planos para organizar a aplicação dos recursos humanos e materiais de modo a controlar as ações para correções de eventuais desvios e minimizar perdas. O PPCP, ou PCP como é mais comumente referenciado, é o departamento da empresa que determina: - o que vai ser produzido - quanto vai ser produzido - onde vai ser produzido - como vai ser produzido - quando vai ser produzir O PPCP recebe outras denominações que conceitualmente muito pouca coisa muda, tais como: PCP – Planejamento e Controle da Produção SIG – Sistema Integrado de Gestão PPS – Sistema de Planejamento de Produção TPS – Sistema Total de Produção (Total Production System), dentre outros. 6. 1- Atividades relacionadas ao PPCP - Previsões da demanda baseadas em estatísticas com simplicidade e habilidade de rápidos ajustes frente a mudanças no mercado. - Planejamento de aplicação de recursos de médio e longo prazo, dimensionando as previsões futuras necessárias. - Planejamento agregado de produção que consiste na divisão dos recursos por família de itens. - Planejamento mestre da produção, também conhecido como Plano Mestre, que estabelece quando e em que quantidade cada item deverá ser produzido dentro de um certo horizonte que pode variar de 4 a 12 meses. - Planejamento das quantidades de materiais (MRP – Material Requirements Planning) que consiste nas necessidades de materiais para execução do plano de produção, dimensionando quanto, quais e quando devem ser comprados e fabricados. - Planejamento e sequenciamento da capacidade de produção definindo qual a carga de cada centro de trabalho. - Controle da produção e matérias para aplicar correções de rumos e acertos no planejamento, quando necessários, com o objetivo de atender os compromissos da empresa. - Planejamento das paradas de máquinas e equipamentos em conjunto com a Manutenção. 6.2- As Quatro Etapas do PPCP 1ª) Planejamento - os planos são elaborados determinando-se o que deverá acontecer. Os planos devem procurar oferecer respostas às todas as questões que possam ser formuladas. 2ª) Acompanhamento da execução do plano para levantamento, medição e registro de dados da execução. 3ª) Controle - determina-se: - o que foi produzido - quanto foi produzido - onde foi produzido - como foi produzido - quando foi produzido 4ª). Análise de Dados PLANEJA ACOMPANHA CONTROLA ANALISA OS DADOS REALIMENTA COM INFORMAÇÕES Figura 39 – Etapas do PPCP
  • 2. O PPCP se baseia nas previsões de vendas para definir o tipo de produto, quando e as quantidades a fabricar. A partir daí são planejados: - onde cada operação será realizada, - os tempos unitários e totais de produção, - qual a seqüência e o deslocamento dos componentes na linha de produção, - qual a periodicidade das entregas de matérias-primas e dos lotes de intermediários de produção, - e os planos de compras, de inspeção, de manutenção, de expedição, dentre outros. Concomitantemente, o PCP acompanha a produção, medindo e levantando dados para análise e comparações com o planejado, executando correções de rumos e catalogando informações para um banco de dados visando futuros procedimentos. Com experiências comprovadamente bem sucedidas, são elaborados padronizações, manuais de procedimentos para diversas operações e ações, com a finalidade de eliminar desperdícios e simplificar planejamentos futuros. A produção de qualquer produto seja ele em lotes, seriado ou não, obedecem a comandos chamados “ORDEM DE PRODUÇÃO” que é transmitido aos diversos setores envolvidos sob a forma de documentos, tais como: - Requisição de materiais; - Notas de empenho; - Listas de operações ou roteiros de produção; - Fichas de mão de obra; - Fichas de carga de máquinas; - Notas de entrega de produção; - Pedidos de Compra. - Fichas de controle de qualidade: - Fichas de custo da ordem de produção; - Desenhos de fabricação; - Normas de produção; - Especificações; 6.3- Fatores que Levam Perturbações ao PCP Diversos fatores de ordem interna ou externa da empresa podem provocar desvios e necessidade de correções no planejamento e controle da produção, tais como: - falta ou atraso de material e de mão de obra, - quebra não prevista de máquinas, - falta de energia elétrica, combustíveis, água, vapor, ar comprimido e outros suprimentos, - atraso da manutenção na liberação de máquinas - atraso nos tempos de fabricação devido à ineficiência do homem e/ou da máquina, - greves, feriado e outros eventos não previstos. 6.4- Localização do PPCP no Organograma da Empresa Figura 40 - Localização do PPCP no organograma da empresa GERÊNCIA DE PPCP DIRETORIA DIRETORIA DE VENDAS DIRETORIA INDUSTRIAL DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO GERÊNCIA DE QUALIDADE TEMPOS E DIRETORIA DE COMPRAS GERÊNCIA DEGERÊNCIA DE GERÊNCIA DE MANUTENÇÃOPRODUÇÃO ENGENHARIA - De acordo com o princípio da separação de controles, o PPCP deve estar situado no mesmo nível que a gerência da produção, e ambos subordinados à direção industrial. - O PPCP faz os planos de fabricação, acompanha e controla sua execução. - A fabricação executa o plano, supervisionada pelo grupo de Qualidade. MÉTODOS
  • 3. - O PPCP subordinado à gerência de fabricação sofre interferências que podem levar ao desrespeito do plano, manipulações e por vezes a sua ineficiência. - O Planejamento também deve estar situado no mesmo nível da Gerência de Qualidade para definir o destino das não conformidades, refugos, resíduos e re-processamentos. - PPCP deve atuar como planejador também junto a Expedição, Custos, Compras, Manutenção e Engenharia. - A Gerência de Custos troca com o PPCP diversas informações indispensáveis ao planejamento econômico e financeiro da empresa, tais como: custos unitários de produção e compras, investimentos em estoques, custos operacionais de equipamentos, valores de hora-homem e hora-máquina, dentre outras. Tais informações se prestam para a determinação de lotes econômicos de venda, de compra e de produção, bem como para minimização de custos , maximização de lucros e definição dos pontos de equilíbrio da empresa. - A Gestão de Estoque deve manter intimo relacionamento com o PCP ou ser a ele diretamente subordinada. As atividades da Gestão de Estoque inter-relacionadas com as atividades do PCP são: - emitir as solicitações de compra para suprir o estoque, - atender as requisições que acompanham as ordens de produção, - determinar os estoques mínimos e máximos para cada item do estoque, - determinar o Ponto de Pedido para cada item, - determinar o Lote Econômico de Compra e - suprir e acompanhar o cálculo dos custos de fabricação. 6.5- Lote Econômico de Fabricação O Lote Econômico de Fabricação ou de Produção (Qe) é a quantidade de produto a ser fabricado cujo custo total da fabricação deve ser minimizado. A determinação de um tamanho de lote econômico baseia- se de modo geral em definir uma quantidade cujo custo de fabricação seja mínimo, considerando-se os insumos, os valores de trabalho agregado, os tempos de máquina, bem como os custos para manter os estoques. Esses custos normalmente podem ser agrupados em três categorias básicas: • custo de preparação de máquinas e equipamentos para produção(ou setup) • custo unitário de produção • custo de manutenção do estoque 1- Custos de preparação de máquinas e equipamentos - No Setup consideram-se todos os custos necessários à preparação de uma rodada de fabricação. Os principais itens computados são: mão-de-obra diretamente aplicada na preparação das máquinas; custos dos materiais e acessórios envolvidos na preparação; outros custos indiretos: administrativos, contábeis, etc. 2- Custo Unitário de Produção. Nesse item são considerados os custos dos insumos básicos diretamente empregados no processo produtivo, como: matérias-primas, de mão-de-obra diretamente aplicada na produção e tempos de máquinas envolvidos. 3- Custo de Manutenção do Estoque. A posse do estoque tem um custo que, para a indústria, é bastante significativo e normalmente considerado para cada produto por unidade de tempo de armazenagem. Os principais itens que são considerados no seu cômputo são os seguintes: juros de capital imobilizado, risco de obsolescência do produto, prêmios de seguro, taxas e impostos, perdas por deterioração e despesas com instalações, aluguéis, iluminação, etc. Num sistema de manufatura tradicional, em que as máquinas produzem para um determinado nível de estoque em função da demanda, o modelo clássico de lote econômico tem melhor facilidade e aplicabilidade. Mesmo assim, é apenas um ponto de partida na definição da quantidade, que deve ser aperfeiçoada com o decorrer dos ciclos produtivos, fazendo-se os ajustes necessários em função das particularidades de cada processo. Considerando-se, as modernas tendências de fabricação celular, aquelas em que a manufatura ocorre para famílias de peças, ou seja, um lote constituído de uma série de produtos distintos, o que significa dizer que as quantidades definidas isoladamente não serão as mesmas quando as peças estiverem reunidas em famílias, a formulação para definir a quantidades econômicas para o lote consiste em efetuar-se uma análise sobre as variações de estoque, considerando-se taxas de produção e de consumo sob o ponto de vista de custos de estoques médios. O valor da quantidade econômica de fabricação Qe pode ser representado graficamente, num gráfico de quantidade versus custo do lote, para visualização da quantidade cujo custo total é o mínimo, como mostrado na Figura 40.
  • 4. Figura 40 – Custo do Lote Econômico de Fabricação O cálculo do Lote Econômico de Fabricação é muito variável e diferenciado de uma empresa para outra, mesmo que disputem um mesmo segmento de mercado. Cabe ao PPCP elaborar um modelo matemático que defina, com certa precisão, os Qe por produto, por família, por máquina, por departamento, etc. e, o seus valors médio, valores esses que orientarão os planejamentos e do custo de produção. 6.6- Gráfico de Gantt – Forma gráfica de representar e acompanhamento à programação da produção. O Gráfico de Gantt é muito utilizado para a representação gráfica de uma programação de tarefas a serem realizadas em um período de tempo previamente estabelecido. É usado para representação de diversos tipos de tarefas, como a de um programa de produção, de um planejamento de um evento ou ainda da das etapas de um projeto. Ele consiste de um gráfico em que as linhas representam as tarefas a serem realizadas e as colunas o tempo de execução das tarefas. Normalmente esses gráficos também fornecem outras informações tais como: quem ou onde cada operação será realizada, tempo total e parciais da operação, pontos críticos do processo, linhas de acompanhamento, etc. A seguir são apresentados alguns exemplos de aplicação do gráfico de Gantt. Figura 41- Planejamento de uma fabricação mecânica. Figura 42- Planejamento de um projeto de execução de estudo para orçamento de uma obra civil.
  • 5. Key- Legenda Critical path- operação crítica Milestone- início / Fim Power down / up- desenergisar / energisar Remove old / install new fusebox- remover cx. velha / instalar nova cx. de fusível Cut / Fit cable channelling- cortar / ajustar cabo na calha Lay new cable- Instalar cabo novo connect to fusebox- conectar a caixa de fusível connect to machine- conectar a máquina Test machine- Testar a máquina Figura 43- Programação de instalação de uma caixa de fusíveis. Figura 44- Projeto para uma conferência
  • 6. 6.7- Logística Integrada. O desenvolvimento tecnológico, a garantia de abastecimento dos mercados com qualidade (JIT / GQ) e o cumprimento das normas atuais, trousse ao PPCP uma função expandida que o envolve em planejamentos desde a comercialização dos produtos da empresa nos mercados primários, passando pelo transporte chegando até a expedição para o cliente. A Figura 45 exemplifica sob a forma de um fluxograma a Logística Integrada de um PPCP. Figura 45- Exemplo de fluxograma da Logística Integrada do PPCP em uma indústria química. 6.8- O Desperdício e o PPCP O Planejamento deve estar atento para os 7 principais desperdícios que ocorrem durante a execução do Planejamento. Esses desperdícios agregam custos ao processo e mascaram os dados obtidos pelo controle. A Figura 46 mostra os 7 principais desperdícios em uma linha de produção. Figura 46- Os principais desperdícios em uma linha de produção
  • 7. 1- Super Produção – Produzir mais que o necessário e produzir mais rápido que o necessário. Causas principais: operações desequilibradas e falta de comunicação. 2- Super processamento – Cuidados e atividades em excesso. Causas: qualquer atividade ou serviço que não contribui para o desempenho do processo e atividades desnecessárias. 3- Movimentação desnecessária - Qualquer movimentação de materiais que não acrescente diretamente valor ao processo de fabricação. Causas: medição de tempos e estudo de métodos incorretos. 4- Movimentação desnecessária de operadores – Qualquer movimento de pessoal que não acrescente valor ao produto, tal como caminhadas, ato de segurar retendo peças, batepapos, etc. Causas: tempo ocioso, falta de orientação, treinamento, supervisão, etc. 5- Retrabalho – Refazer, reparar, correções. Causas: não satisfazer as especificações do cliente, retrabalhar ou corrigir um produto. 6- Espera -.Qualquer tempo ocioso de homem, máquina ou material. Causas: planejamento e medição de tempos e métodos incorretos. 7- Inventário – Acúmulo de peças, produtos semimontados no processo ou em armazenamentos e todo tipo de sobras desnecessárias. Causas: Controle ineficiente, deterioração de materiais, refugos e obsolescência de material. Como melhorar os 7 tipos de desperdícios? Eliminá-los é quase impossível devido a diversos fatores de ordem técnica, ligados às maquinas, equipamentos, a deficiência de um banco de dados para planejamento e a fatores humanos. Entretanto, a adoção de um programa persistente de PMC - Processo de Melhoria Contínua - que busque incessantemente a redução dos desperdícios, através de conscientizações, treinamentos e busca de novas tecnologias, busca minimizar os desperdícios. • • •