Os textos descrevem bullying como intimidação intencional e repetida contra outros, causando sofrimento às vítimas. Também apresentam medidas legais para combater o bullying, como capacitar professores, orientar pais e fornecer apoio psicológico às vítimas.
2. DEFINIÇÃO
Bullying é uma situação que se caracteriza
por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas
de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra
um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na
palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão.
Mesmo sem uma denominação em português, é
entendido como ameaça, tirania, opressão,
intimidação, humilhação e maltrato.
3. DEFINIÇÃO
O bullying pode ocorrer em qualquer contexto
social, como escolas, universidades, famílias,
vizinhança e locais de trabalho. O que, à
primeira vista, pode parecer um simples
apelido inofensivo pode afetar emocional e
fisicamente o alvo da ofensa.
4. DEFINIÇÃO
Além de um possível isolamento ou queda do
rendimento escolar, crianças e adolescentes que
passam por humilhações racistas, difamatórias ou
separatistas podem apresentar doenças
psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma
que influencie traços da personalidade. Em alguns
casos extremos, o bullying chega a afetar o estado
emocional do jovem de tal maneira que ele opte por
soluções trágicas, como o suicídio.
5. Historia
O bullying sempre existiu. No entanto, o
primeiro a relacionar a palavra a um
fenômeno foi Dan Olweus, professor da
Universidade da Noruega, no fim da década
de 1970. Ao estudar as tendências suicidas
entre adolescentes, o pesquisador descobriu
que a maioria desses jovens tinha sofrido
algum tipo de ameaça e que, portanto, o
bullying era um mal a combater.
6. A popularidade do fenômeno cresceu com a
influência dos meios eletrônicos, como a internet e
as reportagens na televisão, pois os apelidos
pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram
tomando proporções maiores. "O fato de ter
consequências trágicas - como mortes e suicídios -
e a impunidade proporcionaram a necessidade de
se discutir de forma mais séria o tema", aponta
Guilherme Schelb, procurador da República e
autor do livro Violência e Criminalidade Infanto-
Juvenil (164 págs., Thesaurus Editora).
Historia
7. No Brasil, aproximadamente um em cada dez
estudantes é vítima frequente de bullying nas
escolas. São adolescentes que sofrem agressões
físicas ou psicológicas, que são alvo de piadas e
boatos maldosos, excluídos propositalmente pelos
colegas, que não são chamados para festas ou
reuniões. O dado faz parte do terceiro volume do
Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (Pisa) 2015, dedicado ao bem-estar
dos estudantes.
Contexto Atual
8. É o bullying que ocorre em meios eletrônicos,
com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários
virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que os alunos dizem e fazem na
escola, mas com o agravante de que as pessoas
envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o
anonimato pode aumentar a crueldade dos
comentários e das ameaças e os efeitos podem
ser tão graves ou piores.
Cyberbullyng
9. Esse tormento que é a agressão pela internet
faz com que a criança e o adolescente
humilhados não se sintam mais seguros em
lugar algum, em momento algum.
O cyberbulling precisa receber o mesmo
cuidado preventivo do bullying e a dimensão
dos seus efeitos deve sempre ser abordada
para evitar a agressão na internet.
Cyberbullyng
10. Constituição
Brasileira
A Constituição Federal brasileira define
como “objetivo fundamental
da República” (art. 3º, IV) o de
“promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade, ou quaisquer outras formas
de discriminação”.
11. Os atos de bullying ferem princípios constitucionais
– respeito à dignidade da pessoa humana – e
ferem o Código Civil, que determina que todo ato
ilícito que cause dano a outrem gera o dever de
indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode
também ser enquadrado no Código de Defesa do
Consumidor, tendo em vista que as escolas
prestam serviço aos consumidores e são
responsáveis por atos de bullying que ocorram
dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Constituição
Brasileira
12. Lei de Combate à
Intimidação Sistemática
(Bullying)
A recém-aprovada Lei nº 13.185/16, além de trazer uma
definição legal para o bullying, ali denominado “intimidação
sistemática”, cria uma política nacional de combate à prática e
assegura atendimento psicológico aos alvos, impondo a
escolas, clubes e agremiações o dever de “assegurar medidas
de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate à
violência e à intimidação sistemática”.
Assim, a nova legislação esclarece que escolas, clubes e
agremiações recreativas têm responsabilidade sobre
o bullying que ocorra sob seus auspícios. Além de obrigá-los a
atuar de forma a evitar a ocorrência das agressões e identificá-
las ativamente.
13. Tal previsão é importante, pois, como dito, as
crianças por vezes escondem o bullying dos
adultos, que, a seu turno e não raramente, erram
ao tratá-lo como algo normal. Com a nova lei, fica
claro que as escolas, agremiações e clubes não
mais podem ignorar as agressões.
Da mesma forma, devem promover a
conscientização das crianças sobre o bullying,
inclusive para orientá-las sobre como agir diante
das agressões.
Lei de Combate à
Intimidação Sistemática
(Bullying)
14. O cumprimento da Lei nº 13.185/16 contribui para a
efetivação do Artigo 227 da Constituição Federal, que
afirma ser “dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.”
Constituição
Brasileira
15. Dia Nacional de
Combate ao Bullying
Foi publicada a Lei 13.277/2016, que institui 7 de abril
como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à
Violência na Escola. A lei foi sancionada pela presidente
Dilma Rousseff.
O projeto de lei da Câmara (PLC) 7/2014 que deu origem
à norma foi aprovado de maneira simbólica pelo Plenário
do Senado em 7 de abril [de 2016], exatamente cinco
anos depois do massacre de Realengo. Em escola desse
bairro, no Rio de Janeiro, 12 crianças foram assassinadas
a tiros. Há indicações de que o autor enfrentou na infância
situações de bullying.
16. Dia Nacional de
Combate ao Bullying
— Esta é uma data de triste memória. Entretanto, precisamos
utilizá-la para refletir sobre o problema crescente da violência no
Brasil e, sobretudo, da violência entre os jovens — justificou
Vanessa Grazziotin.
A senadora foi a relatora do projeto na Comissão de Educação,
Cultura e Esporte (CE). Para Vanessa Grazziotin, a escolha da data
da pior tragédia já ocorrida no país relacionada a esse problema
reforça o apelo por mais empenho em medidas de conscientização.
Segundo a parlamentar, o que ocorreu em Realengo motiva
indagações sobre o padrão de desenvolvimento cognitivo e
emocional dos jovens.
O autor da proposta, o ex-deputado Artur Bruno, do Ceará, justificou
que a data deve servir a iniciativas que chamem a atenção para a
questão do bullying, estimulando a reflexão.
17. •Desinteresse pela escola.
•Problemas psicossomáticos.
•Problemas comportamentais e psíquicos como
transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia,
fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre
outros.
•Agravamento de problemas preexistentes, devido ao
tempo prolongado de estresse a que a vítima é
submetida.
•Em casos mais graves, podem-se observar quadros de
esquizofrenia, homicídio e suicídio.
Alguns Problemas
Resultantes do
Bullying
18. Algumas
alternativas
•Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito
às diferenças por meio de conversas, campanhas de
incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como
atividades de cooperação e interpretação de diferentes
papéis em um conflito.
•Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à
comunicação entre alunos.
•Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o
bullying, procurar imediatamente a direção da escola.
•Conversar com os alunos e escutar atentamente
reclamações ou sugestões.
19. Algumas
alternativas
• Estimular os estudantes a informar os casos.
• Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate
ao problema.
• Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe
em coerência com o regimento escolar.
• Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo
futuros casos.
• Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para
quebrar a dinâmica do bullying.
• Informar professores e alunos sobre o que é o problema e
deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática.
20.
21. (UNIFESP 2011)
A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público brasileiro. De
origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é utilizada para qualificar
comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de
meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os
assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e
intencional por parte dos agressores. É fundamental explicitar que as atitudes
tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes,
geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso
significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais
frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de
maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso,
invariavelmente, produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos
vitimados.
(Ana Beatriz Barbosa Silva. Bullying: mentes perigosas nas escolas, 2010. Adaptado.)
22. Segundo o texto:
( ) a) Embora a palavra bullying ainda não seja muito familiar em
nosso país, com o tempo ela se tornará quase natural para nós.
( ) b) Os comportamentos violentos de garotos e garotas, em
contexto escolar, têm recebido a denominação inglesa de bullying.
( ) c) Mesmo ignorado pela maior parte das pessoas, o
termo bullying designa um fenômeno que está sendo encarado com
crescente naturalidade.
( ) d) A falta de uma tradução para a palavra
inglesa bullying provoca dificuldades para qualificar
comportamentos violentos na escola.
( ) e) Somente a metade das manifestações violentas, na escola,
qualificadas como bullying, apresenta motivações justificáveis.
23. ( x ) b) Os comportamentos violentos de garotos e garotas, em contexto
escolar, têm recebido a denominação inglesa de bullying.
Para explicar o sentido da palavra
“bullying”, a alternativa B faz uma
paráfrase do seguinte trecho: “De origem
inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é
utilizada para qualificar
comportamentos violentos no âmbito
escolar, tanto de meninos quanto de
meninas”.
31. Texto I
Bullying é uma palavra inglesa que significa
intimidação. Infelizmente, ela está em moda devido aos inúmeros casos de
perseguição e agressões que são encontrados nas escolas de todo o mudo e
que estão levando muitos estudantes a viverem situações verdadeiramente
aterradoras.
O Bullying se refere a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e
repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais
pessoas contra outro ou outros. Que pratica “bullying” o faz para impor seu
poder sobre um indivíduo mais frágil por meio de constantes ameaças,
insultos, agressões, humilhações e assim tê-lo sob seu completo domínio
durante meses ou anos. A vítima sofre calada na maioria dos casos. O
maltrato intimidatório o fará sentir dor, angústia, medo, a tal ponto que, em
alguns casos, pode levá-lo a consequências devastadoras como o suicídio.
Disponível em: https://br.guiainfantil.com/violencia-escolar/51-violencia-escolar-ou-bullying.html
32. Texto II
A lei que obriga escolas e clubes a
adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying
entrou em vigor nesta semana. O texto, publicado no
“Diário Oficial da União” em 9 de novembro havia sido
aprovado pela Câmara em outubro e enviado para a
sanção presidencial.
Pelo texto aprovado, bullying é definido como a prática de
atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e
repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou
mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir,
causando dor e angústia à vítima.
33. Texto II
O projeto determina que seja feita a
capacitação de docentes e equipes pedagógicas para implementar
ações de prevenção e solução do problema, assim como a
orientação de pais e familiares para identificar vítimas e
agressores. Também estabelece que sejam realizadas campanhas
educativas e fornecida assistência psicológica, social e jurídica às
vítimas e aos agressores. Segundo o texto, a punição dos
agressores deve ser evitada “tanto quanto possível” em prol de
alternativas que promovam a mudança de comportamento hostil.
Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/02/%20lei-que-obriga-escolas-e-clubes-combaterem-
bullying-entra-em-vigor.html
34. Texto III
Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior
parte dos entrevistados relataram em 2015 terem
praticado bullying mais do que sofreram com o
problema, e isso não apenas na escola, mas em
qualquer ambiente que frequentam. Meninas são menos
provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas
disseram já ter praticado bullying, enquanto entre os
meninos a proporção sobe para 24,2%. A prática é um
pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos
entrevistados disseram fazer bullying) do que na rede
pública (19,5%).
35. Texto III
Sofreram bullying com frequência 7,4% (194,6 mil) dos
alunos do 9º ano, principalmente por causa da aparência
física. A incidência das provocações é um pouco maior nas
escolas públicas (7,6%) , se comparada as particulares
(6,5%).
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2016/08/26/alunos-dizem-mais-praticar-do-que-sofrer-bullying-mostra-pesquisa-do-ibge.htm