O documento narra a história de vida de Dona Luci desde o seu nascimento em 1952 até o período após seu divórcio. Começa descrevendo a infância humilde de Luci em Pirajuí e a mudança para Bauru aos 2 anos. Posteriormente fala sobre a adolescência, o casamento aos 24 anos e o nascimento de seus 3 filhos. Por fim, aborda o divórcio depois de 13 anos de casamento e o período difícil que Luci enfrentou para reconstruir sua vida.
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
Dona luci
1. A Arte e o
Tempo
D. Luci
MEMÓRIAS
Profª Rose Silva
E. E. Prof. Francisco Alves Brizola
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2. O HUMANO NA CIDADE
Como parte do projeto A Cidade que é a nossa cara – A
Arte e o Tempo, elaboramos um livro que narra a vida de
um morador da cidade, pois entendemos que tão ou
mais importante que o patrimônio arquitetônico e
natural das cidades, são as pessoas que nela moram,
com suas memórias, histórias e imaginários.
A cidade por excelência em meio a toda estrutura social
atropela o humano, o particular e torna-nos de certa
forma homogêneos e invisíveis.
Pretendemos voltar nosso olhar para as pessoas e suas
histórias; ouvi-las e recontá-las por meio da sensibilidade
artística de cada aluno envolvido no projeto.
Trabalhamos com ações diretas multidisciplinares,
somando o potencial artístico de todos os alunos
envolvidos, para que possamos construir uma obra
coletiva dedicada a Cidade de Bauru, ressaltando a
importância que esta cidade tem para nós bauruenses.
Voltamos a Arte a serviço do bem comum, de acesso a
todos, construindo a cidadania muitas vezes ignorada,
pela vida agitada que não olha para o lado e não enxerga
o humano.
Enfatizamos que mesmo neste ritmo alucinado das
cidades, com desequilíbrios sociais e realidades
antagônicas, também existe vida pulsante, vida que
inspira e que se refaz a cada novo traçar de trajeto, de
história e de Arte.
Para escolha do nosso personagem construímos um
mapa de conexões e tínhamos que identificar uma
pessoa que nos fosse comum, todos devíamos conhecêla para criarmos uma identidade emotiva com o produto
final. Para ilustrar, iniciamos tecendo um rizoma dos
nossos contatos via rede social, utilizamos o Facebook e
descobrimos que a pessoa que está conectada a todos
nós é uma senhora muito querida por todos , a doce
Dona Luci, inspetora de alunos, a partir da escolha do
personagem iniciamos o trabalho.
Mais do que nunca, trata-se de enxergar o humano que
respira por entre as paredes de concreto da cidade de
Bauru, por meio do olhar sensível da Arte, que revela
que não há nada de impessoal nos espaços urbanos,
mas sim é palco onde acontecem histórias que se
entrelaçam e que habitam lembranças de vida que são
desenhadas no tempo.
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3. E tudo começou assim...
No dia 07 de Março de 1952,
nascia na casa da avó materna
Dona Arminda em Pirajuí uma
menininha loirinha, pequenininha,
chamada Luci...ela foi registrada
no Cartório de São Luís do
Guaricanga, sendo a quarta filha
de um total de seis irmãos...
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4. E tudo começou assim...
Deixe-me explicar: seus pais já tinham um menino, uma menina, um
menino, uma menina (ela), depois outro menino e finalmente a caçula
que era outra menina.
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5. Seus pais Cilas e Iraci eram muito humildes, porém não
lhes faltavam coisas materiais, coisas básicas, eram
muito felizes, pois tinham carinho, atenção, boa
educação e principalmente os ensinaram a amar a Deus,
amar ao próximo, serem sempre honestos e
verdadeiros. O pai não saía de casa para trabalhar sem
antes ler uma passagem da Bíblia e orar com toda
família...e assim eram uma família abençoada
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6. A chegada em Bauru
Quando Luci tinha dois anos seu pai que trabalhava numa usina de leite
em Nogueira mudou-se para Bauru e foram morar numa casa alugada na
Vila Cardia. Era uma casa de madeira com uma área na frente e uma
escada de aproximadamente cinco degraus na porta da entrada. Nessa
época 1954 era comum as casas serem assim. Luci morou nessa casa até
os 8 anos de idade, por volta de 1960.
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7. A chegada em Bauru
Foi nessa casa que, ainda
muito pequena, Luci caiu em
cima de uma roseira que
tinha ao lado da escada que
dava na entrada da casa. O
mais interessante é que a
roseira era grande e mesmo
ainda tão pequena e caindo
daquela altura na roseira
cheia de espinhos, Luci não
se feriu, não teve sequer um
arranhão...
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11. A fuga
Nesse período
seu pai Senhor
Cilas estava
trabalhando
como motorista
de transporte
coletivo; em
casa, Dona
Iraci, após dar
banho em Luci,
pediu que ela
aguardasse
sentada no
degrauzinho do
portão para ver
seu pai passar
com o coletivo,
no entanto...
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12. A fuga
...a pequena serelepe desobedeceu
sua mãe e saiu andando pelas ruas
da vila Cardia. Quando seu pai
passou dirigindo o ônibus levou um
susto tremendo ao ver sua
menininha ainda, tão pequena,
andando perdida pelas ruas de
paralelepípedo do bairro...
Ficou desesperado. Não podia parar para socorrê-la, nem levá-la de volta para
casa, pois estava trabalhando, começou a pedir à Deus que cuidasse de sua menina
e num golpe de sorte, ele avistou um vizinho, pediu ao conhecido que ele a levasse
de volta a mãe e só então, pode trabalhar sossegado, agradecendo a Deus por
impedir que o pior acontecesse...
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13. Passado um tempo seu Cilas, o
pai de Luci virou
apelido
funcionários
barnabé,
carinhoso
aos
públicos
municipais de cargos mais
baixos...
...ganhava pouco, mas na época
dos Dias das Crianças e Natal ela
e seus cinco irmãos ganhavam
brinquedos e eram momentos de
muita espera e felicidade.
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14. A casa própria e os períodos de férias
Em 1960 seu Cilas
conseguiu com a ajuda
de amigos e parentes
finalmente construir a
sua casa própria no
Jardim Bela Vista, nessa
casa Luci morou dos
oito anos até se casar.
Foi uma época feliz, Luci
estudava na Escola
Estadual Moraes
Pacheco e não via a
hora de chegar o
período de férias
escolares para irem
passear no sítio da
família próximo a Pirajuí
na cidade de São Luís do
Guaricanga
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15. A casa própria e os períodos de férias
... A ida ao sítio era uma
festa. Seu Cilas ia dirigindo o
carro da família, quando por
eles na estrada, passavam
carros mais modernos e
luxuosos, Luci e seus irmãos
ficavam encantados, mas seu
pai logo lhes dizia: carro
bonito é o nosso, porque é
ele que nos leva onde
queremos.
Luci afirma nunca ter
esquecido essa lição!
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16. A casa própria e os períodos de férias
O sítio, era um lugar onde não tinham muitos recursos, sem água
encanada, nem luz elétrica, a luz que tinham a noite era a vinda de um
lampião, beber e se banhar só com água de mina... Mas, apesar de
todos essas dificuldades, as férias no sítio era o mês mais gostoso da
vida de Luci.
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17. Na barreirinha
No período das férias de Janeiro,
embora não fossem ao sítio, não era
motivo para tristeza, pois morava ao
lado de sua casa um senhor chamado
Carlos, lá no Jardim Bela Vista, ele
convidava todas as crianças, meninos e
meninas para irem, junto com os seus
três filhos menores, buscar manga,
laranja, gabiroba... na barreirinha, lugar
onde hoje é lá pelos altos da Nações
Norte, na época tinha muita mata de
cerrado e as estradas eram de terra, era
uma aventura e tanto, encontravam
boiada, subiam no barranco para correr
de medo dos bois...
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18. O pomar
caminhavam
horas na
estradinha de
terra, mas na
hora de
saborear as
frutas, que
sabor...nunca
mais sentiu
aquele aroma
de fruta madura
misturada com
a inocência da
infância...
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19. O pomar
comia aquelas frutas mesmo sem lavar, com as mãos sujinhas de terra,
mantinha s frutas guardadas em um saquinho. Comia a vontade e
depois levava um pouquinho para a mãe que ansiosa aguardava pela
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colheita das crianças.
20. Adolescência
Quando era adolescente adorava
brincar com as amigas nas águas
cristalinas da “Fonte do Castelo”,
onde hoje é a Nações Norte,
adorava também brincar de
queima e garrafão...será que
alguém sabe que brincadeira é
essa nos dias atuais? Era uma
brincadeira que desenhava um
garrafão bem grande no chão e
pulava com uma perna só pra lá e
pra cá , mas faz tanto tempo que
ela nem se lembra direito das
regras do jogo...
Ah!Só se lembra do quanto era
bom.
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21. Nadar na
fonte do
castelo era
tudo de bom...
na verdade
era um rio
largo, bem
raso e
límpido, onde
dava para
deitar e se
refrescar
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22. Paqueras e peripécias
Luci teve alguns paquerinhas na adolescência ( só de olhar!) naquela época
as pessoas não ficavam, só olhavam e quando o olhar era
correspondido...ahhh.. Era uma felicidade só, as meninas já diziam que
estavam quase namorando...
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23. peripécias
Uma vez Luci e sua melhor amiga Lucrécia, já por volta dos dezenove anos, ao voltar da escola
decidiram que o caminho seria mais rápido se pegassem carona no trem da antiga FEPASA,
carinhosamente chamado pelas pessoas da época de coréinha, e assim fizeram... as amigas
maluquinhas, sem pestanejar, pularam e agarraram na lateral do vagão que pensavam elas,
andaria devagar e conseguiriam pular quando chegassem em seu destino. No entanto, não foi
bem assim que aconteceu... O trem não desacelerou e elas ficaram desesperadas... E agora
como fariam para descer?
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24. peripécias
Pularam e caíram de cara no
areião, entrou terra dentro dos
olhos, da boca... se sujaram
todas, os materiais escolares
ficaram esparramados pelo
chão.
Ah! Se soubessem jamais tomariam uma atitude
absurda como aquela. Já imaginaram se tivesse
acontecido o pior? Mas como no caso da roseira, Luci
está sempre muito bem amparada, seja pelas
orações de seu pai ou o acaso a protegia pela sua
própria inocência.
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25. A profissão
Aos vinte e quatro anos de
idade, Luci se formou no
magistério da Escola Estadual
Professor Christino Cabral,
agora ela era professora,
essa era uma das profissões
mais comuns para as
mulheres naqueles tempos,
deu aulas de substituição em
algumas escolinhas da
cidade, dentre as quais o
Aparecido Guedes no Bela
Vista e a EMEI Gasparzinho
no Jardim Redentor
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26. O primeiro namorado
Em 1972, já com 20 anos
conheceu um rapaz chamado Jair,
que foi seu primeiro namorado.
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27. O primeiro namorado
Namoros, naquela época, eram diferentes dos namoros de hoje em dia, em que
tudo acontece muito rápido, naqueles tempos... Ah, naqueles tempos! Bom, até
que o namoro de Luci foi relativamente rápido, em apenas três anos ela já estava
de véu e grinalda em frente à igreja aguardando ansiosamente para concretizar
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seu sonho de se casar, ter filhos e ser feliz para sempre, como nos contos de fadas.
28. O casamento
Seu véu branco puro, representando a
virgindade que tanto guardara, era um
sonho se realizando...o sonho de
menina de ter sua família, seus filhos e
viver como as princesas.
Será que as adolescentes de hoje em dia
ainda sonham o mesmo sonho de Lucí?
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29. O sonho se desfaz
Desse casamento de treze anos
Luci teve três filhos: César,
Marcelo e Luciane. E tinha uma
vida relativamente feliz, dependia
financeira e emocionalmente do
marido. Mas esse aos poucos se
afastou, resolveu viver outros
sonhos, sonhos onde ela não mais
cabia.
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30. O sonho se desfaz
Seu mundo desmoronou quando soube a
verdade, ele arrancou suas roupas do
armário e também os sonhos de Luci,
que agora teria que refazer sua vida,
construir outros sonhos e manter-se viva.
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32. O sonho se desfaz
Fingia ser forte,
pois dela
dependiam seus
três filhos, mas
durante a noite,
falando com Deus,
chorava
desesperadamente,
afinal dedicara toda
Como sair daquela situação que a
humilhava socialmente e a tornava
frágil?
De onde tirar forças para continuar?
Como superar a vergonha de ser
uma mulher desquitada?
Como sobreviveria ela e os filhos?
Foi difícil digerir a atual situação.
Demorou um ano para Luci acreditar
que seria agora uma mulher
desquitada
sua vida àquele
casamento.
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33. O sonho se desfaz
Sem chão, totalmente dilacerada pela
decepção, Luci pensa em desistir,
jogar a toalha, jamais esperaria uma
traição daquelas, ele não só a traíra,
mas desmantelara sua realidade
utópica e feliz.
Hoje, os valores mudaram, mas
naqueles tempos, diferente de hoje,
era feio para a sociedade, uma
mulher ser separada do marido, e ela
sofreu com essa humilhação. Estava
com 36 anos e 3 filhos pequenos,
também não estava trabalhando,
porque era desonroso ao homem que
sua mulher trabalhasse fora, pois, era
como se o marido não fosse capaz de
manter sua família. Ao homem cabia
sustentar financeiramente a família, e
a mulher cabia honrar ao marido,
cuidar dos filhos e trazer a casa
asseada.
No entanto, teve ajuda da família que
sempre esteve ao seu lado, nunca a
desampararam,
ajudavam
em
orações e mantimentos, alimentando
seu corpo e alma.
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34. Forças para viver
Embora com muita tristeza, ela que
aprendera desde pequena com seus pais a
ter fé, resolveu dar continuidade na vida,
levantou a cabeça e passou a fazer
pequenos bicos para manter a família
vendia roupas novas e usadas, bijuterias,
lingeries, salgados, vendia de tudo um
pouco, vendia de porta em porta, vendia
na igreja, para a família, todos ajudavam
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comprando um pouco
35. Um novo emprego
Luci então prestar um concurso público, e foi trabalhar de inspetora de
alunos na escola Walter Barreto, lembra que naquela época olhava com
encanto uma cartilha que tinha na capa um caminho suave, com aquela
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repetição de expressões que nada significavam...
36. Um novo
emprego
Assim como a capa
da
cartilha,
seu
caminho
agora
tomavam um novo
rumo,
empregada
poderia refazer de
vez sua vida e voltar a
ser um pouco feliz
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37. Um novo amor
Passados dez anos algo
surpreendente
aconteceu. Lucí já havia
percebido, mas não
queria acreditar, aquele
homem tão charmoso,
que
a
olhava
insistentemente,
fazia
com que pensasse...que
abusado, não sabe que
estou separada e o amor
para mim morreu? Nunca
mais quero saber de
ninguém em minha vida,
não suportaria sofrer
novamente!
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38. Uma nova chance
Mas esse homem era persistente,
não desistia, durante seis meses,
passou por sua rua, sorria e lhe
cumprimentava.
Um dia, muito sorrateiramente,
ele armou uma arapuca para
Luci...
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40. Armei uma arapuca na beira da
estrada...
Ia ela trabalhar quando passando em frente a
igreja que frequentava viu uma sacola
pendurada na grade do portão, muito curiosa
que era, pensou...
Meu Deus uma sacola...quem será que deixou?
O que será que tem? Vou ver...
Quando Luci estendeu a mão para pegar o
objeto ouviu uma voz que vinha do outro lado
da rua.
Hei, essa sacola é minha, deixe-a aí.
E se aproximou, era Alcides, aquele homem
insistente de olhar penetrante e carinhoso, que
insistia em lhe paquerar.
Luci tremeu, ficou tímida, onde já se viu sentir
aquela empolgação novamente, negou a si o
direito de sentir a alegria que sentira, virou-lhe
a cara e escondeu o sorriso, como se fosse
possível esconder o que declaramos nos olhos.
Estava apaixonada, mas não podia admitir,
sentia medo e vergonha de seus sentimentos...
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41. Segunda chance para o amor
Alcides por estar apaixonado,
não desistiu, insistia, forçava a
aproximação. Um dia, em um
congresso da igreja, Luci vendia
seus salgados para ajudar na
renda da família e Alcides
resolveu ajudá-la, pegou seu
tabuleiro de salgados e saiu
vendendo
com
tamanha
desenvoltura que em pouco
tempo tinha vendido tudo, ele
voltou e lhe deu o dinheiro da
venda e assim, definitivamente
selaram a amizade.
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42. Segunda chance para o amor
Alcides hoje é um senhor
aposentado, mas também é
vendedor de queijos, mas
mesmo diante a correria do
dia a dia, não deixa o tempo
apagar a luz dessa união...
sempre
que
possível
surpreende sua amada com
flores roubadas de um
jardim
qualquer ...quer
lembrá-la do quanto é bom
estarem juntos e acariciá-la
com sua dedicação e amor.
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43. Segunda chance para o amor
Uma amizade que se transformou
em uma união feliz. Hoje eles têm
7 netos que são a alegria da casa.
Adoram viajar pelo Brasil para
viver e reviver a celebração de
terem se encontrado.
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