SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019
MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À SALVINIA sp., PRESENTES EM UMA
LAGOA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA
Juliana Mara Antonio1
, Hérica Rozário2
, Ana Lucia Suriani Affonso3
RESUMO
Os macroinvertebrados compõem a principal fauna agregada à vegetação em ambientes aquáticos,
pois essas plantas servem como abrigo, proteção contra predadores, local de oviposição e
diversificação de recursos alimentares. Essa pesquisa objetivou analisar a composição e estrutura
faunística de invertebrados aquáticos associados à macrófita Salvinia sp. presente em uma lagoa de
Guarapuava, Paraná. As coletas de zoobentos ocorreram bimestralmente (Julho de 2014 a Janeiro de
2015), junto a bancos de macrófitas de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista (FOM). Foram
registrados 1614 organismos pertencentes a 156 táxons. A família Chironomidae e Ceratopogonidae
obtiveram os maiores valores de abundância absoluta. O grupo trófico funcional mais representativo
foi o dos predadores com 67,5% da fauna total registrada. Os períodos de Julho e Novembro de 2014
foram os mais secos e,consequentemente, foram os períodos com menor diversidade e riqueza de
táxons. Pode-se constatar que as macrófitas mostraram-se como um local benéfico para o
desenvolvimento de organismos predadores fornecendo abrigo e alimento e que a preservação de
fisionomias vegetais como a FOM é necessária para a manutenção da biodiversidade desses
ambientes.
Palavras-chave: Macrófitas, Limnologia, Invertebrados Aquáticos.
MACROINVERTEBRATES ASSOCIATED WITH SALVINIA sp., PRESENTS IN A POND
OF A MIXED OMBROPHILA FOREST FRAGMENT
ABSTRACT
The macro invertebrates represents the main fauna associated with the surface vegetation in aquatic
environments because these plants serve as shelter, protection from predators, oviposition site and
food resource. The objective of this research was to analyze the composition and structure of aquatic
invertebrates fauna associated with Salvinia sp. in a pond of Guarapuava, Paraná. The sampling
process took place once every two months (July 2014 to January 2015) from the macrophyte banks
present in a fragment of Araucaria Forest (FOM). In total, 1614 organisms were found, belonging to
156 taxa. The family Chironomidae and Ceratioogonidae obtained the highest values of absolute
abundance. The most representative functional trophic group were predators, with 67.5% of the total
registered fauna. The periods of July and November 2014 were the driest and, consequently, the
periods with less diversity and richness of taxa. It can be verified that the macrophytes have proved
to be a beneficial site for the development of predatory organisms providing shelter and food and that
the preservation of vegetal physiognomies types as the FOM is required for the maintenance of the
biodiversity of these environments.
Keywords: Macrophytes, Limnology, Aquatic Invertebrates.
35
INTRODUÇÃO
A Floresta Ombrófila Mista (FOM),
popularmente conhecida como mata de pinheiros
é descrita principalmente pela presença da
espécie arbórea Araucaria angustifolia ou
pinheiro do Paraná como é conhecido (RIZZINI,
1979). A Floresta Ombrófila Mista no sul do
Brasil está desaparecendo e concentra-se apenas
em raros e pequenos remanescentes, que na
maior parte estão densamente alterados ou em
locais de difícil acesso, ou em extensões
particulares ou nas escassas Unidades de
Conservação existentes (SONEGO et al., 2007).
Ambientes de água doce são
considerados sistemas ecológicos que
apresentam uma grande biodiversidade, sendo
esta expressa por um elevado número de
espécies, representados tanto por micro-
organismos quanto por grupos maiores
(WETZEL, 1993). No entanto, atualmente
observa-se no ambiente aquático, um aumento da
sua degradação, ocasionada principalmente pela
ação antrópica, que tem provocado uma
diminuição severa das distintas comunidades,
afetando a sustentabilidade e conservação
biológica (NASCIMENTO et al., 2001;
BERNHARDT et al., 2005). E a partir dessa
problemática, os macroinvertebrados presentes
nesses ambientes, são utilizados como
instrumentos de avaliação biológica, pois
refletem as mudanças ocorridas na integridade
dos ecossistemas (BARBOSA et al., 1995;
LANG; REYMOND, 1996).
Entre os principais grupos de
macroinvertebrados, destacam-se as larvas de
insetos, moluscos, crustáceos, anelídeos, entre
outros, que possuem grande relevância
ecológica, pois participam das cadeias
alimentares e constituem-se em um dos elos
essenciais das estruturas tróficas de um
ecossistema (ABÍLIO et al., 2007; LISBOA,
2009; COVICH et al., 1999; CALLISTO, et al.,
2001).
Os macroinvertebrados constituem-se
num dos principais componentes da fauna
associada à vegetação em ambientes aquáticos,
sendo que as plantas aquáticas podem influenciar
direta ou indiretamente no comportamento
fisiológico dessa comunidade (REIS,
BARBOSA, 1993). Essa interação que ocorre
entre os distintos grupos biológicos e evidência
um fator relevante para biodiversidade de lagoas
e riachos (SOUZA, 2012).
Macrófitas aquáticas desempenham
papéis importantes na dinâmica dos ecossistemas
como: a presença de abrigo para os
invertebrados, possibilidades de refúgio contra
eventuais predadores e locais de oviposição e
diversificação de recursos alimentícios
(TRIVINHO-STRIXINO, STRIXINO, 1993;
TRIVINHO- STRIXINO et al., 1997).
As macrófitas do gênero Salvinia sp., são
pteridófitas que vivem sobre a superfície da água,
possuem de 3 a 15 cm de comprimento, folhas
dispostas em cada verticilo e rizoma cilíndrico
(RODRIGUES et al., 2017). Habitam regiões de
clima tropical ou temperado, podendo formar
uma densa cobertura vegetal em canais,
banhados e lagoas (CORDAZZO, SEELINGER,
1998).
A partir do exposto acima, o presente
estudo objetivou analisar a composição e
estrutura faunística de invertebrados aquáticos
associados às macrófitas Salvinia sp. ocorrentes
em uma lagoa de Guarapuava (Paraná), com
intuito de ampliar os conhecimentos sobre a
biodiversidade existente em fragmentos de FOM
e sobre as relações ecológica (zoobentos e
macrófitas) existente nos ecossistemas aquáticos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Área de estudo
A lagoa utilizada para a realização dessa
pesquisa é denominada Lagoa El Dourado
(latitude Sul de 25º18’1.8’’ e longitude Oeste de
51º26’42,7’’) e se localizano sítio El Dourado
dentro do município de Guarapuava - Paraná
(Figura 1). Esse sítio tem em áreas de reserva
legal distribuídas, com fragmentos de Floresta
Ombrófila Mista em estágio médio avançado,
preservação permanente, áreas de várzea e
reflorestamento.
Figura 1. Localização da lagoa El Dourado, município de Guarapuava, Paraná.
A FOM contém remanescentes situados
nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná,
Rio Grande do Sul e Minas Gerais (INOUE et al.,
1984; RODERJAN, 2002). A floresta possui áreas
caracterizadas como savânicas e estépicas,
originando um sistema em mosaico que define a
maior parte do cenário da região Sul do país
(AUBREVILLE, 1949; KLEIN, 1960; BACKES,
2001). Sua cobertura tem um formato bem
específico, podendo fornecera percepção de ser
uniestratificada, contudo, embaixo das copas das
araucárias, abrigam-se diversas espécies de
árvores como: arbustos, epífitos, lianas e ervas
que podem variar em abundância e tamanho de
acordo com o local e desenvolvimento da
comunidade (LINDMAN, 1906; KLEIN, 1960).
O período de amostragem dos
invertebrados aquáticos ocorreu bimestralmente,
de Julho de 2014 a Janeiro de 2015, junto aos
bancos de macrófitas (Salvinia sp.). Foram
determinados quatro pontos amostrais na região
litorânea da lagoa e as macrófitas (Salvinia sp.)
foram coletadas com um delimitador de área (1
m²) e transferidas para um recipiente, visando o
seu acondicionamento.
No laboratório, as plantas foram lavadas
em água corrente e os macroinvertebrados
ficaram retidos em peneiras, sobrepostas, com
abertura de malhas de 250 µm e 1 μm. Nesse
momento, os invertebrados foram alocados em
potes plásticos e fixados em formaldeído a 4%.
Anteriormente a essa ação, obteve-se o peso
úmido das plantas em uma balança de precisão e
após a lavagem, as macrófitas foram secas em
estufa a 70 ºC por 48 horas, para a obtenção do
seu peso seco.
Análises ambientais
Os valores das variáveis abióticas da água
como pH, oxigênio dissolvido, nitrito, amônia,
turbidez e temperatura foram mensurados “in
situ”, por meio de um ecokit da marca Alfakit.
Análises dos macroinvertebrados
Os organismos foram identificados e
classificados de acordo com as categorias
funcionais de alimentação dos insetos de acordo
com a classificação adotada por Merrit e Cummins
(1996), sendo consideradas as seguintes
categorias: i) retalhadores (ou fragmentadores),
incluindo herbívoros e comedores de grandes
partículas orgânicas; ii) coletores, incluindo
filtradores e roçadores de pequenas partículas;
iii) raspadores de algas perifíticas e iv)
predadores.
Para padronizar a análise das abundâncias
numéricas dos macroinvertebrados presentes nas
macrófitas, as densidades dos organismos foram
expressas por 100g de peso seco de macrófitas,
utilizando-se os valores do peso seco como fator
de conversão (indivíduos/100 gramas de peso
seco) (SANTANA, 2009).
Foram calculados os índices de
diversidade de Shannon-Wiener (H`),
Dominância de Simpson (IS), Riqueza (S) e
equitabilidade de Pielou (J) dos
macroinvertebrados em relação aos os períodos
amostrados, utilizando o programa Dives, versão
3.0 (RODRIGUES, 2014). Para investigar se
existiam diferenças significativas entre os
valores de diversidade de Shannon-Wiener
empregou-se o teste t (ZAR, 1999).
A Análise de Correspondência Canônica
(CCA) foi calculada no programa PAST
(HAMMER et al., 2007), para verificar a
existência de uma correspondência entre os
táxons presentes em cada período de amostragem
e as variáveis abióticas (pH, amônia, nitrito,
oxigênio dissolvido, turbidez, temperatura)
presentes na lagoa El Dourado.
RESULTADOS
Os resultados da análise da água
demonstraram que os parâmetros amônia e nitrito
variaram pouco durante os períodos amostrados
(Tabela 1). A menor concentração de Oxigênio
Dissolvido (6 mg.L-¹
) foi registrada em
Setembro/2014 e maior (9 mg.L-¹
) em
Julho/2014.
Tabela 1. Valores registrados para os parâmetros físico-químico da água nos pontos de amostragem da lagoa
El Dourado, durante o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015.
Período de
Amostragem
Oxigênio
(mg/L-¹)
Amônia
(mg/L-¹)
Nitrito
(mg/L-¹) pH
Turbidez
(N.T.U.)
Temperatura
(ºC)
Jul./14 9 0,124 0,0328 6,0 100 18
Set./14 6 0,00 0,0328 5,5 50 20
Nov./14 8 0,124 0,0328 6,0 50 22
Jan./15 7 0,124 0,0328 6,0 50 23
A temperatura da água variou em torno de
20,75ºC, sendo que o maior valor (23ºC) ocorreu
em Janeiro/2015 e o menor (18ºC) em
Julho/2014. E a turbidez variou entre 50
N.T.U.(Setembro/2014, Novembro/2014 e
Janeiro/2015) e 100 N.T.U. (Julho/2014).
Os valores de pH da lagoa foram
inferiores a 6,0.Conforme a Resolução do
CONAMA-357/05, a lagoa El Dourado está
inserida na Classe II, a qual essas águas podem
ser utilizadas para a proteção das comunidades
aquáticas, recreação de contato primário (como
natação), irrigação, aquicultura, pesca e para
abastecimento humano apenas após um
tratamento convencional.
Foram registrados 1614 organismos
pertencentes a 156 táxons, distribuídos nos filos
Annelida (Hirudinea e Oligochaeta) e
Arthropoda (Insecta e Crustacea) (Tabela 2). Os
representantes da classe Insecta (ordem Diptera)
foram os que obtiveram os maiores valores de
abundância absoluta, sendo as famílias
Chironomidae (628 organismos) e
Ceratopogonidae (453 organismos) as mais
representativas.
Tabela 2. Composição taxonômica de macroinvertebrados registrada na Lagoa El Dourado observada durante
o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015.
Jul./14 Set./14 Nov./14 Jan./15 Total
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4
FILO ANNELIDA
Classe Hirudinea 2 1 1 2 6
Classe Oligochaeta 15 16 27 41 17 12 29 16 6 3 13 60 4 8 42 35 344
FILO ARTHROPODA
Classe Insecta
Ordem Coleoptera
Família Elmidae 1 1
Família
Hydrophilidae 1 3 4
Família Lampyridae 1 1 1 2 5
Ordem Diptera
Família
Ceratopogonidae 19 34 14 9 134 47 34 6 56 39 20 8 10 14 7 2 453
Familia Chaoboridae 2 2
Família
Chironomidae
Ablabesmyia 4 3 71 38 46 34 15 24 3 3 39 21 16 3 34 76 430
Beardius 20 42 1 2 1 1 1 68
Caladomyia 6 10 2 5 2 25
Chironomus 2 2 1 1 1 1 8
Cladotanytarsus 1 1
Corynoneura 1 3 4
Cricotopus 1 1
Labrundinia 3 3 5 4 3 2 2 2 1 9 1 35
Larsia 2 1 3
Parachironomus 7 2 1 10
Phaenopsectra 1 1
Polypedilum 2 7 8 2 1 2 14 4 1 41
Tanytarsini Gênero A 1 1
Família Culicidae 2 1 1 1 5
Família Tabanidae 1 1 1 1 3 7
Ordem Hemiptera
Familia Mesoveliidae 1 1 2
Família Naucoridae 3 1 1 1 6
Familia Pleidae 1 1
Ordem Lepdoptera
Família Pyralidae 1 2 1 4
Ordem Odonata
Família Aeshnidae 1 1
Familia
Calopterigidae 11 6 20 14 9 4 1 5 1 5 17 15 108
Família Libellulidae 2 2
Ordem Trichoptera
Família Xyphocentronidae 1 1
FILO CRUSTACEA
Familia Hyalellidae 1 1 2
Ordem Hydracarina 1 6 2 4 2 5 6 4 2 32
Número total de
indivíduos 100 114 153 124 220 108 88 60 74 49 83 109 36 46 114 136 1614
Número total de táxons 17 8 15 11 12 8 9 10 8 6 9 7 8 7 11 10 156
Três gêneros da família Chironomidae
foram predominantes nos quatros períodos de
coleta: Ablabesmyia (430 organismos),
Labrundinia (35 organismos) e Polypedilum (41
organismos), alternando-se na dominância da
fauna em cada período de amostragem. O gênero
Beardius (68 organismos) também obteve uma
elevada representatividade na fauna, porém o
mesmo somente ocorreu em Julho e Setembro de
2014.
As ordens registradas com a menor
quantidade de organismos foram: Trichoptera (1
organismo) e Lepdoptera (4 organismos).
Dos 1614 indivíduos coletados na lagoa,
estes foram distribuídos em 5 grupos funcionais
associada à Salviniasp.: coletores, predadores,
fragmentadores, raspadores e parasitas (Figura 2-
B). O grupo trófico funcional mais representativo
foi o dos predadores com 67,5% da fauna total
registrada, seguido de coletores com 29,1%,
fragmentadores com 2,9%, parasita 0,4% e
raspadores com 0,1% (Figura 2-A).
Figura 2. Classificação dos organismos em grupos tróficos funcionais pelo período total de amostragem (A)
e por coletas (B) registradas na Lagoa El Dourado, durante o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015.
Constatou-se que os maiores valores de
diversidade (H' = 0,65) e (H' =0,59) foram
registrados em Janeiro de 2015 e Setembro de
2014 respectivamente, enquanto que o menor
valor (0,57) ocorreu em Novembro de 2014. Para
a equitabilidade o maior valor (J = 0,65) também
ocorreu em Janeiro de 2015 e o menor (J=0,53)
em Setembro de 2014. A dominância de Simpson
foi registrada com maior valor (lS=0,33) em
Julho de 2014 e o menor valor (lS= 0,29) ocorreu
em Janeiro de 2015. A riqueza de táxons foi
maior durante as amostragens realizadas em
Setembro de 2014 e Janeiro de 2015, ambas com
13 táxons e a menor riqueza ocorreu em
Novembro de 2014 com 9 táxons.
Nesta lagoa, a CCA mostrou que o eixo 1
explicou 92,34% da variância dos dados (Figura
3). Observou-se que os táxons Lambrundia e
Ablabesmyia relacionaram-se com as variáveis
abióticas amônia e pH. O eixo 2 explicou 6,947
% da variância dos dados e foi verificado que a
presença de Tanytarsini Gênero A foi
influenciada pelos maiores valores de
temperatura.
Figura 3. Eixos de ordenação produzidos pela análise de correspondência canônica das variáveis
químicas e físicas da água e os táxons de Chironomidae amostrados na Lagoa El Dourado no período
de Julho de 2014 á Janeiro de 2015, em Guarapuava- PR.
Os gêneros Beardius, Caladomyia,
Corynoneura, Chironomus, Cricotopus,
Phaenopsectra, Parachironomus, Polypedilume
Larsia foram os que não relacionaram-se a
nenhuma variável física química da água durante
o período amostrado.
DISCUSSÃO
Elevadas concentrações de oxigênio
dissolvido observada em julho de 2014 indicam
a presença de plantas fotossintéticas e os menores
valores desse gás apontam para a presença de
matéria orgânica (O´CONNOR, 1967;
VALENTE et al., 1997).
A grande variação da temperatura da água
pode ser explicado que os ambientes aquáticos
encontram-se adaptados as alterações de
temperatura da água relativamente limitadas, em
virtude do elevado calor específico e às
modificações do estado físico da água, que
assimilam ou libertam o calor latente
(FRITZSONS et al., 2005; FULAN et al., 2009).
A água dessa lagoa foi identificada como
ácida. O pH pode afetar a distribuição e a relação
das espécies, favorecendo ou não a execução das
atividades fisiológicas dos organismos
(OLIVEIRA, 2005). Todos os poluentes que
estão presentes na água (menos os gases
dissolvidos) cooperam para a acumulação de
sólidos, os quais podem ser classificados de
acordo com sua dimensão e características
químicas (MACEDO, 2001).
As larvas de Ablabesmyia foram as que
predominaram em todo o período de amostragem
com a maior abundância e segundo Saether
(2011) esse fato pode estar relacionado à extensa
diversidade de ambientes lóticos e lênticos que
este gênero pode ser encontrado, além disso,
esses organismos existem preferencialmente
entre vegetal e precipitado com material
orgânico.
Labrundinia também ocorreu em maior
abundância e este fato pode estar associado ao
ambiente de coleta que foi propício para este
táxon, pois os indivíduos desse gênero habitam
tanto áreas tropicais quanto subtropicais
(FITTKAU, 1962).
Polypedilum é um dos gêneros com maior
diversidade e abundância de organismos entre a
família Chironomidae (REIS, 2007). Isso se deve
a sua maleabilidade fisiológica, plasticidade
alimentar e flexibilidade em habitar distintos
ambientes (COWELL; VODOPICH, 1981).
Além de conseguir habituar-se a condições
desfavoráveis, como a eutrofização (RESCK,
2005).
Semelhante a essa pesquisa, Dornfeld e
Fonseca-Gessner (2005) verificaram que a
quantidade de predadores (55%) predominou em
relação à fauna coletada junto a Salvinia sp.
As “raízes” de Salvinia sp. podem
funcionar como filtros retendo matéria orgânica,
favorecendo o crescimento e desenvolvimento de
organismos coletores (DORNFELD;
FONSECA-GESSNER, 2005), o segundo grupo
de maior representatividade nessa pesquisa.
Notou-se também que a maioria dos
integrantes da família Chironomidae faz parte da
subfamília Tanypodinae, que contêm
componentes predadores e predadores
facultativos. Essa grande dominância de
predadores associados à Salvinia sp. implica no
emprego da planta como refúgio
(MCLACHLAN, 1969), onde estes organismos
conseguem desempenhar melhor suas táticas de
caça.
Os meses de Setembro de 2014 e Janeiro
de 2015 foram os mais chuvosos (10,80mm e
4,76mm, respectivamente) e obtiveram a maior
riqueza de táxons e diversidade. Os períodos com
elevadas e baixas precipitações são considerados
influências naturais que afetam a composição e o
regulamento dos recursos hídricos, no entanto
interferências antrópicas, na maioria das vezes,
não são ocasionadas provisoriamente e acabam
comprometendo a dinâmica do local (BLEICH et
al., 2009; RIBEIRO, UEIDA, 2005)
De acordo com teste t, averiguou-se que
o resultado da diversidade de Shannon diferiu
para a coleta de Jan./14(H' = 0,65) em relação às
demais coletas e estas não diferiram entre si. A
maior riqueza taxonômica evidenciada em
Set./14 e Jan./15 pode ser uma das possíveis
explicações para esse resultado. Os resultados de
equitabilidade diferiram em todos os períodos
amostrados, indicando que há dominância de
alguns táxons.
A partir da análise da CCA, as larvas de
Ablabesmyia, de acordo com Saether (2011) são
encontradas em diversos
ambientes, no entanto, essas preferem habitar
vegetais e precipitado orgânico. Dessa forma, as
macrófitas fornecem um hábitat singular que
muitos organismos preferem, justificando os
táxons encontrados nessa pesquisa.
Houve uma dominância de organismos
predadores e consequentemente, as macrófitas
mostraram-se como um local de abrigo e de
fornecimento de alimento para o
desenvolvimento desses organismos. A
Araucaria angustifolia tem uma ampla a atuação
na produção de matéria orgânica da floresta, esta
que favorece o aparecimento de colonizadores
que utilizam destas para sua alimentação.
Desse modo, a preservação de
fisionomias vegetais como a FOM é necessária
para a manutenção da biodiversidade, pois essa
vegetação está diretamente influenciando o
funcionamento de ecossistemas aquáticos, como
o caso dessa Lagoa e também toda a fauna
aquática existente.
REFERÊNCIAS
ABÍLIO, F. J. P.; RUFFO, T. L. M.; SOUZA, A.
H. F. F.; FLORENTINO, H. S.; OLIVEIRA-
JUNIOR E. T.; MEIRELES, B. N.; SANTANA,
A. C. D. Macroinvertebrados bentônicos como
bioindicadores de qualidade ambiental de corpos
aquáticos da caatinga. Oecologia brasiliensis, v.
11, n. 3, p. 397-409, 2007.
AUBREVILLE, A. A floresta de pinho do brasil.
Anais brasileiros de economia florestal, v. 2, n.
2, p. 21-36, 1949.
BACKES, A. Determinação da idade e
regeneração natural de uma população de
araucária angustifolia (bertol.) Kuntze em um
povoamento florestal localizado no município de
caxias do sul, rs, brasil. Iheringia, série botânica,
v. 56, p. 115-130, 2001.
BARBOSA, F.; MAIA-BARBOSA, P.;
SANTOS, M. B. L.; MINGOTTI, S.; AQUINO,
V. Nova ferramenta para o monitoramento da
qualidade da água. Ciência hoje, v. 19, n. 110, p.
16-17, 1995.
BERNHARDT, E. S.; PALMER, M. A.;
ALLAN, J. D.; ALEXANDER, G.; BARNAS,
K.; BROOKS, S.; CARR, J.; CLAYTON, S.;
DAHM, C.; FOLLSTAD-SHAH, J.; GALAT,
D.; GLOSS, S.; GOODWIN, P.; HART, D.;
HASSETT, B.; JENKINSON, R.; KATZ, S.;
KONDOLF, G. M.; LAKE, P. S.; LAVE, R.;
MEYER, J. L.; O’DONNELL, T. K.; PAGANO,
L.; POWELL, B.; SUDDUTH, E. River
restoration efforts. Science. v. 308, n. 636-637,
2005.
BLEICH, M. E.; DA SILVA, C. J.; ROSSETE,
A. N. Variação temporal e espacial das
características limnológicas de um ecossistema
lótico no cerrado do mato grosso. Biotemas, v.
22, n. 2, p. 161-171, 2009.
CALLISTO, M.; MORETTI, M.; GOULART,
M. Macroinvertebrados bentônicos como
ferramenta para avaliar a saúde de riachos.
Revista Brasileira de Recursos Hídricos –
RBRH, v. 6, n. 1, p. 71-82, 2001.
CONAMA, Resolução. 357, de 17 de março de
2005. Conselho Nacional do Meio Ambiente-
CONAMA, v. 357, 2005.
CORDAZZO, C. A.; SEELINGER, U. Guia
ilustrado da vegetação costeira no extremo sul do
brasil. Editora da FURG, Rio Grande, RS,
Brasil, 275p. 1998.
COVICH, A. P.; PALMER, M. A.; CROWL, T.
A. The role of benthic invertebrate species in
freshwater ecosystems – zoobenthic species
influence energy flows and nutrient cycling.
BioScience, v. 49, p. 119-127, 1999.
COWELL, C.; VODOPICH, D. Distribution and
sectional abundance of benthic
macroinvertebrate in a subtropical florida lake.
Hidrobiologia, v. 78, p. 97-105, 1981.
DORNFELD, C. B.; FONSECA-GESSNER, A.
A. Fauna de chironomidae (diptera) associada à
salvinia sp. e myriophyllum sp. num reservatório
do córrego do espraiado, São Carlos, São Paulo,
Brasil. Entomologia y vectores, v. 12, n. 2, p.
181-192, 2005.
FITTKAU, E. J. Die Tanypodiae (Diptera:
Chironomidae). (Die tribus Anatopyniini
Macropelopiini und Pentaneurini).
Abhandlungenzur Larval systematik der
Insekten, v. 6 p. 1-453, 1962.
FRITZSONS, E.; MANTOVANI, L. E.; NETO,
A. C.; RIZZI, N. E. A influência da floresta ciliar
sobre a temperature das águas do rio Capivari,
região cárstica curitibana. Floresta, v. 35, n. 3, p.
395-407, 2005.
FULAN, J. A.; DAVANSO, R. C. S.; HENRY,
R. A variação nictemeral das variáveis físicas e
químicas da água influencia a abundância dos
macroinvertebrados aquáticos. Revista
Brasileira de Biociências, v. 7, n. 2, p. 150-154,
2009.
HAMMER, O.; HARPER, D. A. T.; RYAN, P.
D. Past - palaeontological statistics, 2007.
INOUE, M. T.; RODERJAN, C. V.;
KUNIYOSHI, Y. S. Projeto Madeira do Paraná.
Curitiba: FUPEF/UFPR, 1984. 260p.
KLEIN, R. M. O aspecto dinâmico do pinheiro
brasileiro. Sellowia, v. 12, n. 12, p. 17-44, 1960.
LANG, C.; REYMOUND, O. Le zoobenthos
comme indicateur dês pertubations d’origine
humanic dans deux lacs de montagne. Revue
Suisse Zooogie. v. 103, p. 851-858, 1996.
LINDMAN, C. A. M. A vegetação no rio grande
do sul. Ed. Itatiaia, 1906.
LISBOA, L. K. Estrutura e composição da
fauna de macroinvertebrados bentônicos da
Lagoa do Peri, Florianópolis, SC. Monografia,
Universidade Federal de Santa Catarina. 2009.
48p.
MACÊDO, J. A. B. Águas & águas. São Paulo:
Varela, Minerais do Paraná SA. (MINEROPAR).
2001.
MCLACHLAN, A. J. The effect of aquatic
macrophytes on the variety and abundance of
benthic fauna in a newly created lake in the
tropics (lake kariba). Archiv fur Hydrobiologie,
v. l62, p. 212-231, 1969.
MERRITT, R. W.; CUMMINS, K. W. An
introduction to the aquatic insects of North
America. Dubuque, Kendall/Hunt, 3rd ed., 1996.
722p.
NASCIMENTO, A. R. T.; LONGHI, S. J.;
BRENA, D. A. Estrutura e padrões de
distribuição espacial de espécies arbóreas em
uma amostra de floresta ombrófila mista em
Nova Prata, RS. Ciência florestal, v. 11, n. 1, p.
105-119, 2001.
O´CONNOR, D. J. The temporal and spatial
distribution of dissolved oxygen instreams.
Water resources, v. 3, p. 65-79, 1967.
OLIVEIRA, G. S. Avaliação da qualidade da
água do rio São Lourenço Matão - SP através
das análises das variáveis físicas e químicas da
água e dos macroinvertebrados bentônicos.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de
Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e
Meio Ambiente, Centro Universitário de
Araraquara, Araraquara. 102p. 2005.
REIS, P. R. Estrutura da comunidade de
Chironomidae na Reserva Florestal Adolpho
Ducke, Amazônia Central, e associação de
larvas e adultos de gêneros polypedilum Kieffer
(Diptera: Nematocera). Infa/ufam, dissertação
apresentado ao programa de pós-graduação em
biologia tropical e recursos naturais. Manaus,
92p. 2007.
REIS, S. P. W.; BARBOSA, F. A. R. Estudo da
composição de macrófitas aquáticas da lagoa dos
mares, município de lagoa santa, com ênfase em
aspectos ecológicos de Salvinia herzogii (aubl.).
Acta limnologica brasiliensis, v. 6, p. 196-208,
1993.
RESCK, R. P. Carapaças de Chironomidae em
um perfil de sedimento da lagoa carioca, parque
estadual do rio doce (Minas Gerais). Monografia
apresentada ao departamento de zoologia do
instituto de ciências biológicas, universidade
federal de minas gerais. 34p. 2005.
RIBEIRO, L. O.; UIEDA, V. S. Estrutura da
comunidade de macroinvertebrados bentônicos
de um riacho de serra em Itatinga, São Paulo,
Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 22, n.
3, p. 613-618, 2005.
RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do brasil
– aspectos sociológicos e florísticos, vol. 2.
Hucitec Ltda & Ed. Da Universidade de São
Paulo, 374p. 1979.
RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F.;
KUNIYOSHI, Y. S.; HATSCHBACH, G. G. As
unidades fitogeográficas do estado do Paraná,
Brasil. Ciência & Ambiente, v. 24, n. 1, p. 75-92,
2002.
RODRIGUES, W. C. DivES – Diversidade de
espécies. Versão 4.0, 2014. Software e Guia do
Usuário. Disponível em: <http://
www.ebras.vbweb.com.br> Acesso em 8 de
janeiro de 2014.
RODRIGUES, M. E. F.; SOUZA, V. C.;
POMPEO, M. L. M. levantamento florístico de
plantas aquáticas e palustres na represa de
Guarapiranga, São Paulo, Brasil. Boletim de
botânica, v. 35, p. 1-64, 2017.
SAETHER, O. A. Notes on canadian
Ablabesmyia johannsen, with keys to known
nearctic immatures of the genus (Diptera:
Chironomidae). Zootaxa, v. 3069, n. 1, p. 43-62,
2011.
SANTANA, A. C. D. Macroinvertebrados
associados à macrófita aquática najas marina l.
do riacho Avelós, na região semi-árida do Brasil.
Revista de biologia e ciências da terra, v. 9, n. 2,
p. 32-46, 2009.
SONEGO, R. C., BACKES, A.; SOUZA, A. F.
Descrição da estrutura de uma Floresta
Ombrófila Mista, RS, Brasil, utilizando
estimadores não-paramétricos de riqueza e
rarefação de amostras. Acta botânica brasílica, v.
21, n. 4, p. 943-955, 2007.
SOUZA, B. B. Macroinvertebrados associados
à macrófitas aquáticas em lagos intermitentes no
semiárido. Dissertação de mestrado em ecologia
e conservação- Universidade Federal de Sergipe,
São Cristóvão- SE. 40p. 2012.
TRIVINHO-STIXINO, S.; GESSNER, A. F.;
CORREIA, L. Macroinvertebrados associados à
macrófitas aquáticas as lagoas marginais da
Estação Ecológica do Jataí (Luiz Antônio-SP).
Anais do seminário Regional de Ecologia, v. 8,
p. 1189-1198, 1997.
TRIVINHO-STRIXINO, S.; STRIXINO, G.
Estrutura da comunidade de insetos aquáticos
associados à Pontederia lanceolata Nuttal.
Revista brasileira de biologia, v. 53, n. 1. p. 103-
111, 1993.
VALENTE, J. P. S.; PADILHA, P. M.; SILVA,
A. M. M. Oxigênio dissolvido (OD), demanda
bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda
química de oxigênio (DQO) como parâmetros de
poluição no ribeirão Lavapés/Botucatu – SP.
Eclética Química, v. 22, p. 49-66, 1997.
WETZEL, R. G. Limnologia. 2ª ed., Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian. 1129p. 1993.
ZAR, J. H. Biostatistical analysis. 4th
ed.
Prentice-hall, new jersey. 663p. 1999.
______________________________________
1 Juliana Mara Antonio
2 Hérica Rozário
3 Ana Lucia Suriani Affonso
1,2,3 Universidade Estadual do Centro-Oeste
(UNICENTRO), Campus CEDETEG, Departamento
de Biologia, Laboratório de Ecologia de Bentos,
Guarapuava, PR, CEP: 85040-080.
E-mails:hericarozario1@gmail.com;
analuciabio@gmail.com;
julianamara85@hotmail.com. 44

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

03 biodiversidade ii
03 biodiversidade ii03 biodiversidade ii
03 biodiversidade iistique
 
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasil
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasilMudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasil
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasilJoão Vitor Soares Ramos
 
Plantas da floresta atlântica
Plantas da floresta atlânticaPlantas da floresta atlântica
Plantas da floresta atlânticaAndre Benedito
 
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestres
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestresBem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestres
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestresGabriel Rodrigues Werneck
 
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...Marcos Paulo Machado Thome
 
A malacofauna terrestre do distrito de Vai Volta
A malacofauna terrestre do distrito de Vai VoltaA malacofauna terrestre do distrito de Vai Volta
A malacofauna terrestre do distrito de Vai VoltaAmanda Oliveira
 
área de vida e dinâmica do uso do espaço
área de vida e dinâmica do uso do espaçoárea de vida e dinâmica do uso do espaço
área de vida e dinâmica do uso do espaçokaduverona
 
Preservação da Biodiversidade
Preservação da BiodiversidadePreservação da Biodiversidade
Preservação da BiodiversidadeGabriela Bruno
 
Relatório Final Robalo 2017
Relatório Final Robalo 2017Relatório Final Robalo 2017
Relatório Final Robalo 2017Ismael Cavalcante
 
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8amlisss
 
Sala Verde Inhotim Informativo 17
Sala Verde Inhotim   Informativo 17Sala Verde Inhotim   Informativo 17
Sala Verde Inhotim Informativo 17José André
 

Mais procurados (20)

03 biodiversidade ii
03 biodiversidade ii03 biodiversidade ii
03 biodiversidade ii
 
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasil
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasilMudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasil
Mudanças do código florestal e seu impacto sobre os mamíferos na brasil
 
Macroalgas i comprida xiii simbiomar 2010
Macroalgas i comprida xiii simbiomar 2010Macroalgas i comprida xiii simbiomar 2010
Macroalgas i comprida xiii simbiomar 2010
 
255 762-1-pb
255 762-1-pb255 762-1-pb
255 762-1-pb
 
Plantas da floresta atlântica
Plantas da floresta atlânticaPlantas da floresta atlântica
Plantas da floresta atlântica
 
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestres
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestresBem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestres
Bem estar animal - ética e bem-estar em animais silvestres
 
Cinzas
CinzasCinzas
Cinzas
 
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
A AVIFAUNA EM DUAS ÁREAS DE UMA ZONA RURAL COM REMANESCENTES DE MATA ATLÂNTIC...
 
A malacofauna terrestre do distrito de Vai Volta
A malacofauna terrestre do distrito de Vai VoltaA malacofauna terrestre do distrito de Vai Volta
A malacofauna terrestre do distrito de Vai Volta
 
5 mamiferos
5 mamiferos5 mamiferos
5 mamiferos
 
área de vida e dinâmica do uso do espaço
área de vida e dinâmica do uso do espaçoárea de vida e dinâmica do uso do espaço
área de vida e dinâmica do uso do espaço
 
Preservação da Biodiversidade
Preservação da BiodiversidadePreservação da Biodiversidade
Preservação da Biodiversidade
 
Biodiversidade
BiodiversidadeBiodiversidade
Biodiversidade
 
Relatório Final Rare Cia
Relatório Final Rare CiaRelatório Final Rare Cia
Relatório Final Rare Cia
 
Biologia, esse 1
Biologia, esse 1Biologia, esse 1
Biologia, esse 1
 
Relatório Final Robalo 2017
Relatório Final Robalo 2017Relatório Final Robalo 2017
Relatório Final Robalo 2017
 
inventario rapido
inventario rapidoinventario rapido
inventario rapido
 
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8
Animais Em ExtinçãO 8°F.Alexandre Leonardo Edilson Vandernilson Paulo 1M8
 
SNUC 2 - Pontos relevantes
SNUC 2 - Pontos relevantes SNUC 2 - Pontos relevantes
SNUC 2 - Pontos relevantes
 
Sala Verde Inhotim Informativo 17
Sala Verde Inhotim   Informativo 17Sala Verde Inhotim   Informativo 17
Sala Verde Inhotim Informativo 17
 

Semelhante a Artigo bioterra v1_n1_2019_04

Macroinvertebrados de água doce
Macroinvertebrados de água doceMacroinvertebrados de água doce
Macroinvertebrados de água doceTatiana Santos
 
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreiros
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreirosTrindade et al. 2010. macrófitas do campus carreiros
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreirosFURG
 
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45Elidiomar R Da-Silva
 
Herpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaHerpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaFabio Almeida
 
Itapua avifauna frugívora_artigo
Itapua avifauna frugívora_artigoItapua avifauna frugívora_artigo
Itapua avifauna frugívora_artigoavisaassociacao
 
Ecologia- Enem compacto
Ecologia- Enem compactoEcologia- Enem compacto
Ecologia- Enem compactoemanuel
 
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraParanapiacaba
 

Semelhante a Artigo bioterra v1_n1_2019_04 (20)

Estudo levantamento-fauna-respectivos-metodos
Estudo levantamento-fauna-respectivos-metodosEstudo levantamento-fauna-respectivos-metodos
Estudo levantamento-fauna-respectivos-metodos
 
R0746 1
R0746 1R0746 1
R0746 1
 
Trabalho de Campo - Horto Florestal
Trabalho de Campo - Horto FlorestalTrabalho de Campo - Horto Florestal
Trabalho de Campo - Horto Florestal
 
Trabalho a campo - Horto Florestal
Trabalho a campo -  Horto FlorestalTrabalho a campo -  Horto Florestal
Trabalho a campo - Horto Florestal
 
Macroinvertebrados de água doce
Macroinvertebrados de água doceMacroinvertebrados de água doce
Macroinvertebrados de água doce
 
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreiros
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreirosTrindade et al. 2010. macrófitas do campus carreiros
Trindade et al. 2010. macrófitas do campus carreiros
 
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45
Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45
 
Cartilha Ecologia e Guia de Identificação - Macrófitas aquáticas do Lago Amaz...
Cartilha Ecologia e Guia de Identificação - Macrófitas aquáticas do Lago Amaz...Cartilha Ecologia e Guia de Identificação - Macrófitas aquáticas do Lago Amaz...
Cartilha Ecologia e Guia de Identificação - Macrófitas aquáticas do Lago Amaz...
 
Herpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperançaHerpetofauna da área do igarapé esperança
Herpetofauna da área do igarapé esperança
 
Artigo bioterra v21_n1_06
Artigo bioterra v21_n1_06Artigo bioterra v21_n1_06
Artigo bioterra v21_n1_06
 
18
1818
18
 
Itapua avifauna frugívora_artigo
Itapua avifauna frugívora_artigoItapua avifauna frugívora_artigo
Itapua avifauna frugívora_artigo
 
Relatório de campo
Relatório de campoRelatório de campo
Relatório de campo
 
Macrófitas Aquáticas
Macrófitas AquáticasMacrófitas Aquáticas
Macrófitas Aquáticas
 
Ecologiaintroducao
EcologiaintroducaoEcologiaintroducao
Ecologiaintroducao
 
05
0505
05
 
Itapua abelhas artigo
Itapua abelhas artigoItapua abelhas artigo
Itapua abelhas artigo
 
Itapua tripes artigo
Itapua tripes artigoItapua tripes artigo
Itapua tripes artigo
 
Ecologia- Enem compacto
Ecologia- Enem compactoEcologia- Enem compacto
Ecologia- Enem compacto
 
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivaraComposição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
Composição florística da vegetação de restinga da apa rio capivara
 

Mais de Universidade Federal de Sergipe - UFS

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 

Mais de Universidade Federal de Sergipe - UFS (20)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 

Último

Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfeupedrodecostas
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGabbyCarvalhoAlves
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoAlessandraRaiolDasNe
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusVini Master
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoEduardoBarreto262551
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAnglica330270
 

Último (8)

Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
 

Artigo bioterra v1_n1_2019_04

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 19 - Número 1 - 1º Semestre 2019 MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À SALVINIA sp., PRESENTES EM UMA LAGOA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA Juliana Mara Antonio1 , Hérica Rozário2 , Ana Lucia Suriani Affonso3 RESUMO Os macroinvertebrados compõem a principal fauna agregada à vegetação em ambientes aquáticos, pois essas plantas servem como abrigo, proteção contra predadores, local de oviposição e diversificação de recursos alimentares. Essa pesquisa objetivou analisar a composição e estrutura faunística de invertebrados aquáticos associados à macrófita Salvinia sp. presente em uma lagoa de Guarapuava, Paraná. As coletas de zoobentos ocorreram bimestralmente (Julho de 2014 a Janeiro de 2015), junto a bancos de macrófitas de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista (FOM). Foram registrados 1614 organismos pertencentes a 156 táxons. A família Chironomidae e Ceratopogonidae obtiveram os maiores valores de abundância absoluta. O grupo trófico funcional mais representativo foi o dos predadores com 67,5% da fauna total registrada. Os períodos de Julho e Novembro de 2014 foram os mais secos e,consequentemente, foram os períodos com menor diversidade e riqueza de táxons. Pode-se constatar que as macrófitas mostraram-se como um local benéfico para o desenvolvimento de organismos predadores fornecendo abrigo e alimento e que a preservação de fisionomias vegetais como a FOM é necessária para a manutenção da biodiversidade desses ambientes. Palavras-chave: Macrófitas, Limnologia, Invertebrados Aquáticos. MACROINVERTEBRATES ASSOCIATED WITH SALVINIA sp., PRESENTS IN A POND OF A MIXED OMBROPHILA FOREST FRAGMENT ABSTRACT The macro invertebrates represents the main fauna associated with the surface vegetation in aquatic environments because these plants serve as shelter, protection from predators, oviposition site and food resource. The objective of this research was to analyze the composition and structure of aquatic invertebrates fauna associated with Salvinia sp. in a pond of Guarapuava, Paraná. The sampling process took place once every two months (July 2014 to January 2015) from the macrophyte banks present in a fragment of Araucaria Forest (FOM). In total, 1614 organisms were found, belonging to 156 taxa. The family Chironomidae and Ceratioogonidae obtained the highest values of absolute abundance. The most representative functional trophic group were predators, with 67.5% of the total registered fauna. The periods of July and November 2014 were the driest and, consequently, the periods with less diversity and richness of taxa. It can be verified that the macrophytes have proved to be a beneficial site for the development of predatory organisms providing shelter and food and that the preservation of vegetal physiognomies types as the FOM is required for the maintenance of the biodiversity of these environments. Keywords: Macrophytes, Limnology, Aquatic Invertebrates. 35
  • 2. INTRODUÇÃO A Floresta Ombrófila Mista (FOM), popularmente conhecida como mata de pinheiros é descrita principalmente pela presença da espécie arbórea Araucaria angustifolia ou pinheiro do Paraná como é conhecido (RIZZINI, 1979). A Floresta Ombrófila Mista no sul do Brasil está desaparecendo e concentra-se apenas em raros e pequenos remanescentes, que na maior parte estão densamente alterados ou em locais de difícil acesso, ou em extensões particulares ou nas escassas Unidades de Conservação existentes (SONEGO et al., 2007). Ambientes de água doce são considerados sistemas ecológicos que apresentam uma grande biodiversidade, sendo esta expressa por um elevado número de espécies, representados tanto por micro- organismos quanto por grupos maiores (WETZEL, 1993). No entanto, atualmente observa-se no ambiente aquático, um aumento da sua degradação, ocasionada principalmente pela ação antrópica, que tem provocado uma diminuição severa das distintas comunidades, afetando a sustentabilidade e conservação biológica (NASCIMENTO et al., 2001; BERNHARDT et al., 2005). E a partir dessa problemática, os macroinvertebrados presentes nesses ambientes, são utilizados como instrumentos de avaliação biológica, pois refletem as mudanças ocorridas na integridade dos ecossistemas (BARBOSA et al., 1995; LANG; REYMOND, 1996). Entre os principais grupos de macroinvertebrados, destacam-se as larvas de insetos, moluscos, crustáceos, anelídeos, entre outros, que possuem grande relevância ecológica, pois participam das cadeias alimentares e constituem-se em um dos elos essenciais das estruturas tróficas de um ecossistema (ABÍLIO et al., 2007; LISBOA, 2009; COVICH et al., 1999; CALLISTO, et al., 2001). Os macroinvertebrados constituem-se num dos principais componentes da fauna associada à vegetação em ambientes aquáticos, sendo que as plantas aquáticas podem influenciar direta ou indiretamente no comportamento fisiológico dessa comunidade (REIS, BARBOSA, 1993). Essa interação que ocorre entre os distintos grupos biológicos e evidência um fator relevante para biodiversidade de lagoas e riachos (SOUZA, 2012). Macrófitas aquáticas desempenham papéis importantes na dinâmica dos ecossistemas como: a presença de abrigo para os invertebrados, possibilidades de refúgio contra eventuais predadores e locais de oviposição e diversificação de recursos alimentícios (TRIVINHO-STRIXINO, STRIXINO, 1993; TRIVINHO- STRIXINO et al., 1997). As macrófitas do gênero Salvinia sp., são pteridófitas que vivem sobre a superfície da água, possuem de 3 a 15 cm de comprimento, folhas dispostas em cada verticilo e rizoma cilíndrico (RODRIGUES et al., 2017). Habitam regiões de clima tropical ou temperado, podendo formar uma densa cobertura vegetal em canais, banhados e lagoas (CORDAZZO, SEELINGER, 1998). A partir do exposto acima, o presente estudo objetivou analisar a composição e estrutura faunística de invertebrados aquáticos associados às macrófitas Salvinia sp. ocorrentes em uma lagoa de Guarapuava (Paraná), com intuito de ampliar os conhecimentos sobre a biodiversidade existente em fragmentos de FOM e sobre as relações ecológica (zoobentos e macrófitas) existente nos ecossistemas aquáticos. MATERIAIS E MÉTODOS Área de estudo A lagoa utilizada para a realização dessa pesquisa é denominada Lagoa El Dourado (latitude Sul de 25º18’1.8’’ e longitude Oeste de 51º26’42,7’’) e se localizano sítio El Dourado dentro do município de Guarapuava - Paraná (Figura 1). Esse sítio tem em áreas de reserva legal distribuídas, com fragmentos de Floresta Ombrófila Mista em estágio médio avançado, preservação permanente, áreas de várzea e reflorestamento.
  • 3. Figura 1. Localização da lagoa El Dourado, município de Guarapuava, Paraná. A FOM contém remanescentes situados nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais (INOUE et al., 1984; RODERJAN, 2002). A floresta possui áreas caracterizadas como savânicas e estépicas, originando um sistema em mosaico que define a maior parte do cenário da região Sul do país (AUBREVILLE, 1949; KLEIN, 1960; BACKES, 2001). Sua cobertura tem um formato bem específico, podendo fornecera percepção de ser uniestratificada, contudo, embaixo das copas das araucárias, abrigam-se diversas espécies de árvores como: arbustos, epífitos, lianas e ervas que podem variar em abundância e tamanho de acordo com o local e desenvolvimento da comunidade (LINDMAN, 1906; KLEIN, 1960). O período de amostragem dos invertebrados aquáticos ocorreu bimestralmente, de Julho de 2014 a Janeiro de 2015, junto aos bancos de macrófitas (Salvinia sp.). Foram determinados quatro pontos amostrais na região litorânea da lagoa e as macrófitas (Salvinia sp.) foram coletadas com um delimitador de área (1 m²) e transferidas para um recipiente, visando o seu acondicionamento. No laboratório, as plantas foram lavadas em água corrente e os macroinvertebrados ficaram retidos em peneiras, sobrepostas, com abertura de malhas de 250 µm e 1 μm. Nesse momento, os invertebrados foram alocados em potes plásticos e fixados em formaldeído a 4%. Anteriormente a essa ação, obteve-se o peso úmido das plantas em uma balança de precisão e após a lavagem, as macrófitas foram secas em estufa a 70 ºC por 48 horas, para a obtenção do seu peso seco. Análises ambientais Os valores das variáveis abióticas da água como pH, oxigênio dissolvido, nitrito, amônia, turbidez e temperatura foram mensurados “in situ”, por meio de um ecokit da marca Alfakit. Análises dos macroinvertebrados Os organismos foram identificados e classificados de acordo com as categorias funcionais de alimentação dos insetos de acordo com a classificação adotada por Merrit e Cummins (1996), sendo consideradas as seguintes categorias: i) retalhadores (ou fragmentadores), incluindo herbívoros e comedores de grandes partículas orgânicas; ii) coletores, incluindo filtradores e roçadores de pequenas partículas; iii) raspadores de algas perifíticas e iv) predadores. Para padronizar a análise das abundâncias numéricas dos macroinvertebrados presentes nas macrófitas, as densidades dos organismos foram expressas por 100g de peso seco de macrófitas, utilizando-se os valores do peso seco como fator de conversão (indivíduos/100 gramas de peso seco) (SANTANA, 2009). Foram calculados os índices de diversidade de Shannon-Wiener (H`),
  • 4. Dominância de Simpson (IS), Riqueza (S) e equitabilidade de Pielou (J) dos macroinvertebrados em relação aos os períodos amostrados, utilizando o programa Dives, versão 3.0 (RODRIGUES, 2014). Para investigar se existiam diferenças significativas entre os valores de diversidade de Shannon-Wiener empregou-se o teste t (ZAR, 1999). A Análise de Correspondência Canônica (CCA) foi calculada no programa PAST (HAMMER et al., 2007), para verificar a existência de uma correspondência entre os táxons presentes em cada período de amostragem e as variáveis abióticas (pH, amônia, nitrito, oxigênio dissolvido, turbidez, temperatura) presentes na lagoa El Dourado. RESULTADOS Os resultados da análise da água demonstraram que os parâmetros amônia e nitrito variaram pouco durante os períodos amostrados (Tabela 1). A menor concentração de Oxigênio Dissolvido (6 mg.L-¹ ) foi registrada em Setembro/2014 e maior (9 mg.L-¹ ) em Julho/2014. Tabela 1. Valores registrados para os parâmetros físico-químico da água nos pontos de amostragem da lagoa El Dourado, durante o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015. Período de Amostragem Oxigênio (mg/L-¹) Amônia (mg/L-¹) Nitrito (mg/L-¹) pH Turbidez (N.T.U.) Temperatura (ºC) Jul./14 9 0,124 0,0328 6,0 100 18 Set./14 6 0,00 0,0328 5,5 50 20 Nov./14 8 0,124 0,0328 6,0 50 22 Jan./15 7 0,124 0,0328 6,0 50 23 A temperatura da água variou em torno de 20,75ºC, sendo que o maior valor (23ºC) ocorreu em Janeiro/2015 e o menor (18ºC) em Julho/2014. E a turbidez variou entre 50 N.T.U.(Setembro/2014, Novembro/2014 e Janeiro/2015) e 100 N.T.U. (Julho/2014). Os valores de pH da lagoa foram inferiores a 6,0.Conforme a Resolução do CONAMA-357/05, a lagoa El Dourado está inserida na Classe II, a qual essas águas podem ser utilizadas para a proteção das comunidades aquáticas, recreação de contato primário (como natação), irrigação, aquicultura, pesca e para abastecimento humano apenas após um tratamento convencional. Foram registrados 1614 organismos pertencentes a 156 táxons, distribuídos nos filos Annelida (Hirudinea e Oligochaeta) e Arthropoda (Insecta e Crustacea) (Tabela 2). Os representantes da classe Insecta (ordem Diptera) foram os que obtiveram os maiores valores de abundância absoluta, sendo as famílias Chironomidae (628 organismos) e Ceratopogonidae (453 organismos) as mais representativas. Tabela 2. Composição taxonômica de macroinvertebrados registrada na Lagoa El Dourado observada durante o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015. Jul./14 Set./14 Nov./14 Jan./15 Total P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4 FILO ANNELIDA Classe Hirudinea 2 1 1 2 6 Classe Oligochaeta 15 16 27 41 17 12 29 16 6 3 13 60 4 8 42 35 344 FILO ARTHROPODA Classe Insecta Ordem Coleoptera Família Elmidae 1 1 Família Hydrophilidae 1 3 4
  • 5. Família Lampyridae 1 1 1 2 5 Ordem Diptera Família Ceratopogonidae 19 34 14 9 134 47 34 6 56 39 20 8 10 14 7 2 453 Familia Chaoboridae 2 2 Família Chironomidae Ablabesmyia 4 3 71 38 46 34 15 24 3 3 39 21 16 3 34 76 430 Beardius 20 42 1 2 1 1 1 68 Caladomyia 6 10 2 5 2 25 Chironomus 2 2 1 1 1 1 8 Cladotanytarsus 1 1 Corynoneura 1 3 4 Cricotopus 1 1 Labrundinia 3 3 5 4 3 2 2 2 1 9 1 35 Larsia 2 1 3 Parachironomus 7 2 1 10 Phaenopsectra 1 1 Polypedilum 2 7 8 2 1 2 14 4 1 41 Tanytarsini Gênero A 1 1 Família Culicidae 2 1 1 1 5 Família Tabanidae 1 1 1 1 3 7 Ordem Hemiptera Familia Mesoveliidae 1 1 2 Família Naucoridae 3 1 1 1 6 Familia Pleidae 1 1 Ordem Lepdoptera Família Pyralidae 1 2 1 4 Ordem Odonata Família Aeshnidae 1 1 Familia Calopterigidae 11 6 20 14 9 4 1 5 1 5 17 15 108 Família Libellulidae 2 2 Ordem Trichoptera Família Xyphocentronidae 1 1 FILO CRUSTACEA Familia Hyalellidae 1 1 2 Ordem Hydracarina 1 6 2 4 2 5 6 4 2 32 Número total de indivíduos 100 114 153 124 220 108 88 60 74 49 83 109 36 46 114 136 1614 Número total de táxons 17 8 15 11 12 8 9 10 8 6 9 7 8 7 11 10 156 Três gêneros da família Chironomidae foram predominantes nos quatros períodos de coleta: Ablabesmyia (430 organismos), Labrundinia (35 organismos) e Polypedilum (41 organismos), alternando-se na dominância da fauna em cada período de amostragem. O gênero Beardius (68 organismos) também obteve uma elevada representatividade na fauna, porém o mesmo somente ocorreu em Julho e Setembro de 2014. As ordens registradas com a menor quantidade de organismos foram: Trichoptera (1 organismo) e Lepdoptera (4 organismos).
  • 6. Dos 1614 indivíduos coletados na lagoa, estes foram distribuídos em 5 grupos funcionais associada à Salviniasp.: coletores, predadores, fragmentadores, raspadores e parasitas (Figura 2- B). O grupo trófico funcional mais representativo foi o dos predadores com 67,5% da fauna total registrada, seguido de coletores com 29,1%, fragmentadores com 2,9%, parasita 0,4% e raspadores com 0,1% (Figura 2-A). Figura 2. Classificação dos organismos em grupos tróficos funcionais pelo período total de amostragem (A) e por coletas (B) registradas na Lagoa El Dourado, durante o período de Julho de 2014 a Janeiro de 2015. Constatou-se que os maiores valores de diversidade (H' = 0,65) e (H' =0,59) foram registrados em Janeiro de 2015 e Setembro de 2014 respectivamente, enquanto que o menor valor (0,57) ocorreu em Novembro de 2014. Para a equitabilidade o maior valor (J = 0,65) também ocorreu em Janeiro de 2015 e o menor (J=0,53) em Setembro de 2014. A dominância de Simpson foi registrada com maior valor (lS=0,33) em Julho de 2014 e o menor valor (lS= 0,29) ocorreu em Janeiro de 2015. A riqueza de táxons foi maior durante as amostragens realizadas em Setembro de 2014 e Janeiro de 2015, ambas com 13 táxons e a menor riqueza ocorreu em Novembro de 2014 com 9 táxons. Nesta lagoa, a CCA mostrou que o eixo 1 explicou 92,34% da variância dos dados (Figura 3). Observou-se que os táxons Lambrundia e Ablabesmyia relacionaram-se com as variáveis abióticas amônia e pH. O eixo 2 explicou 6,947 % da variância dos dados e foi verificado que a presença de Tanytarsini Gênero A foi influenciada pelos maiores valores de temperatura. Figura 3. Eixos de ordenação produzidos pela análise de correspondência canônica das variáveis químicas e físicas da água e os táxons de Chironomidae amostrados na Lagoa El Dourado no período de Julho de 2014 á Janeiro de 2015, em Guarapuava- PR.
  • 7. Os gêneros Beardius, Caladomyia, Corynoneura, Chironomus, Cricotopus, Phaenopsectra, Parachironomus, Polypedilume Larsia foram os que não relacionaram-se a nenhuma variável física química da água durante o período amostrado. DISCUSSÃO Elevadas concentrações de oxigênio dissolvido observada em julho de 2014 indicam a presença de plantas fotossintéticas e os menores valores desse gás apontam para a presença de matéria orgânica (O´CONNOR, 1967; VALENTE et al., 1997). A grande variação da temperatura da água pode ser explicado que os ambientes aquáticos encontram-se adaptados as alterações de temperatura da água relativamente limitadas, em virtude do elevado calor específico e às modificações do estado físico da água, que assimilam ou libertam o calor latente (FRITZSONS et al., 2005; FULAN et al., 2009). A água dessa lagoa foi identificada como ácida. O pH pode afetar a distribuição e a relação das espécies, favorecendo ou não a execução das atividades fisiológicas dos organismos (OLIVEIRA, 2005). Todos os poluentes que estão presentes na água (menos os gases dissolvidos) cooperam para a acumulação de sólidos, os quais podem ser classificados de acordo com sua dimensão e características químicas (MACEDO, 2001). As larvas de Ablabesmyia foram as que predominaram em todo o período de amostragem com a maior abundância e segundo Saether (2011) esse fato pode estar relacionado à extensa diversidade de ambientes lóticos e lênticos que este gênero pode ser encontrado, além disso, esses organismos existem preferencialmente entre vegetal e precipitado com material orgânico. Labrundinia também ocorreu em maior abundância e este fato pode estar associado ao ambiente de coleta que foi propício para este táxon, pois os indivíduos desse gênero habitam tanto áreas tropicais quanto subtropicais (FITTKAU, 1962). Polypedilum é um dos gêneros com maior diversidade e abundância de organismos entre a família Chironomidae (REIS, 2007). Isso se deve a sua maleabilidade fisiológica, plasticidade alimentar e flexibilidade em habitar distintos ambientes (COWELL; VODOPICH, 1981). Além de conseguir habituar-se a condições desfavoráveis, como a eutrofização (RESCK, 2005). Semelhante a essa pesquisa, Dornfeld e Fonseca-Gessner (2005) verificaram que a quantidade de predadores (55%) predominou em relação à fauna coletada junto a Salvinia sp. As “raízes” de Salvinia sp. podem funcionar como filtros retendo matéria orgânica, favorecendo o crescimento e desenvolvimento de organismos coletores (DORNFELD; FONSECA-GESSNER, 2005), o segundo grupo de maior representatividade nessa pesquisa. Notou-se também que a maioria dos integrantes da família Chironomidae faz parte da subfamília Tanypodinae, que contêm componentes predadores e predadores facultativos. Essa grande dominância de predadores associados à Salvinia sp. implica no emprego da planta como refúgio (MCLACHLAN, 1969), onde estes organismos conseguem desempenhar melhor suas táticas de caça. Os meses de Setembro de 2014 e Janeiro de 2015 foram os mais chuvosos (10,80mm e 4,76mm, respectivamente) e obtiveram a maior riqueza de táxons e diversidade. Os períodos com elevadas e baixas precipitações são considerados influências naturais que afetam a composição e o regulamento dos recursos hídricos, no entanto interferências antrópicas, na maioria das vezes, não são ocasionadas provisoriamente e acabam comprometendo a dinâmica do local (BLEICH et al., 2009; RIBEIRO, UEIDA, 2005) De acordo com teste t, averiguou-se que o resultado da diversidade de Shannon diferiu para a coleta de Jan./14(H' = 0,65) em relação às demais coletas e estas não diferiram entre si. A maior riqueza taxonômica evidenciada em Set./14 e Jan./15 pode ser uma das possíveis explicações para esse resultado. Os resultados de equitabilidade diferiram em todos os períodos amostrados, indicando que há dominância de alguns táxons. A partir da análise da CCA, as larvas de Ablabesmyia, de acordo com Saether (2011) são encontradas em diversos ambientes, no entanto, essas preferem habitar vegetais e precipitado orgânico. Dessa forma, as
  • 8. macrófitas fornecem um hábitat singular que muitos organismos preferem, justificando os táxons encontrados nessa pesquisa. Houve uma dominância de organismos predadores e consequentemente, as macrófitas mostraram-se como um local de abrigo e de fornecimento de alimento para o desenvolvimento desses organismos. A Araucaria angustifolia tem uma ampla a atuação na produção de matéria orgânica da floresta, esta que favorece o aparecimento de colonizadores que utilizam destas para sua alimentação. Desse modo, a preservação de fisionomias vegetais como a FOM é necessária para a manutenção da biodiversidade, pois essa vegetação está diretamente influenciando o funcionamento de ecossistemas aquáticos, como o caso dessa Lagoa e também toda a fauna aquática existente. REFERÊNCIAS ABÍLIO, F. J. P.; RUFFO, T. L. M.; SOUZA, A. H. F. F.; FLORENTINO, H. S.; OLIVEIRA- JUNIOR E. T.; MEIRELES, B. N.; SANTANA, A. C. D. Macroinvertebrados bentônicos como bioindicadores de qualidade ambiental de corpos aquáticos da caatinga. Oecologia brasiliensis, v. 11, n. 3, p. 397-409, 2007. AUBREVILLE, A. A floresta de pinho do brasil. Anais brasileiros de economia florestal, v. 2, n. 2, p. 21-36, 1949. BACKES, A. Determinação da idade e regeneração natural de uma população de araucária angustifolia (bertol.) Kuntze em um povoamento florestal localizado no município de caxias do sul, rs, brasil. Iheringia, série botânica, v. 56, p. 115-130, 2001. BARBOSA, F.; MAIA-BARBOSA, P.; SANTOS, M. B. L.; MINGOTTI, S.; AQUINO, V. Nova ferramenta para o monitoramento da qualidade da água. Ciência hoje, v. 19, n. 110, p. 16-17, 1995. BERNHARDT, E. S.; PALMER, M. A.; ALLAN, J. D.; ALEXANDER, G.; BARNAS, K.; BROOKS, S.; CARR, J.; CLAYTON, S.; DAHM, C.; FOLLSTAD-SHAH, J.; GALAT, D.; GLOSS, S.; GOODWIN, P.; HART, D.; HASSETT, B.; JENKINSON, R.; KATZ, S.; KONDOLF, G. M.; LAKE, P. S.; LAVE, R.; MEYER, J. L.; O’DONNELL, T. K.; PAGANO, L.; POWELL, B.; SUDDUTH, E. River restoration efforts. Science. v. 308, n. 636-637, 2005. BLEICH, M. E.; DA SILVA, C. J.; ROSSETE, A. N. Variação temporal e espacial das características limnológicas de um ecossistema lótico no cerrado do mato grosso. Biotemas, v. 22, n. 2, p. 161-171, 2009. CALLISTO, M.; MORETTI, M.; GOULART, M. Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos – RBRH, v. 6, n. 1, p. 71-82, 2001. CONAMA, Resolução. 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, v. 357, 2005. CORDAZZO, C. A.; SEELINGER, U. Guia ilustrado da vegetação costeira no extremo sul do brasil. Editora da FURG, Rio Grande, RS, Brasil, 275p. 1998. COVICH, A. P.; PALMER, M. A.; CROWL, T. A. The role of benthic invertebrate species in freshwater ecosystems – zoobenthic species influence energy flows and nutrient cycling. BioScience, v. 49, p. 119-127, 1999. COWELL, C.; VODOPICH, D. Distribution and sectional abundance of benthic macroinvertebrate in a subtropical florida lake. Hidrobiologia, v. 78, p. 97-105, 1981. DORNFELD, C. B.; FONSECA-GESSNER, A. A. Fauna de chironomidae (diptera) associada à salvinia sp. e myriophyllum sp. num reservatório do córrego do espraiado, São Carlos, São Paulo, Brasil. Entomologia y vectores, v. 12, n. 2, p. 181-192, 2005.
  • 9. FITTKAU, E. J. Die Tanypodiae (Diptera: Chironomidae). (Die tribus Anatopyniini Macropelopiini und Pentaneurini). Abhandlungenzur Larval systematik der Insekten, v. 6 p. 1-453, 1962. FRITZSONS, E.; MANTOVANI, L. E.; NETO, A. C.; RIZZI, N. E. A influência da floresta ciliar sobre a temperature das águas do rio Capivari, região cárstica curitibana. Floresta, v. 35, n. 3, p. 395-407, 2005. FULAN, J. A.; DAVANSO, R. C. S.; HENRY, R. A variação nictemeral das variáveis físicas e químicas da água influencia a abundância dos macroinvertebrados aquáticos. Revista Brasileira de Biociências, v. 7, n. 2, p. 150-154, 2009. HAMMER, O.; HARPER, D. A. T.; RYAN, P. D. Past - palaeontological statistics, 2007. INOUE, M. T.; RODERJAN, C. V.; KUNIYOSHI, Y. S. Projeto Madeira do Paraná. Curitiba: FUPEF/UFPR, 1984. 260p. KLEIN, R. M. O aspecto dinâmico do pinheiro brasileiro. Sellowia, v. 12, n. 12, p. 17-44, 1960. LANG, C.; REYMOUND, O. Le zoobenthos comme indicateur dês pertubations d’origine humanic dans deux lacs de montagne. Revue Suisse Zooogie. v. 103, p. 851-858, 1996. LINDMAN, C. A. M. A vegetação no rio grande do sul. Ed. Itatiaia, 1906. LISBOA, L. K. Estrutura e composição da fauna de macroinvertebrados bentônicos da Lagoa do Peri, Florianópolis, SC. Monografia, Universidade Federal de Santa Catarina. 2009. 48p. MACÊDO, J. A. B. Águas & águas. São Paulo: Varela, Minerais do Paraná SA. (MINEROPAR). 2001. MCLACHLAN, A. J. The effect of aquatic macrophytes on the variety and abundance of benthic fauna in a newly created lake in the tropics (lake kariba). Archiv fur Hydrobiologie, v. l62, p. 212-231, 1969. MERRITT, R. W.; CUMMINS, K. W. An introduction to the aquatic insects of North America. Dubuque, Kendall/Hunt, 3rd ed., 1996. 722p. NASCIMENTO, A. R. T.; LONGHI, S. J.; BRENA, D. A. Estrutura e padrões de distribuição espacial de espécies arbóreas em uma amostra de floresta ombrófila mista em Nova Prata, RS. Ciência florestal, v. 11, n. 1, p. 105-119, 2001. O´CONNOR, D. J. The temporal and spatial distribution of dissolved oxygen instreams. Water resources, v. 3, p. 65-79, 1967. OLIVEIRA, G. S. Avaliação da qualidade da água do rio São Lourenço Matão - SP através das análises das variáveis físicas e químicas da água e dos macroinvertebrados bentônicos. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Centro Universitário de Araraquara, Araraquara. 102p. 2005. REIS, P. R. Estrutura da comunidade de Chironomidae na Reserva Florestal Adolpho Ducke, Amazônia Central, e associação de larvas e adultos de gêneros polypedilum Kieffer (Diptera: Nematocera). Infa/ufam, dissertação apresentado ao programa de pós-graduação em biologia tropical e recursos naturais. Manaus, 92p. 2007. REIS, S. P. W.; BARBOSA, F. A. R. Estudo da composição de macrófitas aquáticas da lagoa dos mares, município de lagoa santa, com ênfase em aspectos ecológicos de Salvinia herzogii (aubl.). Acta limnologica brasiliensis, v. 6, p. 196-208, 1993. RESCK, R. P. Carapaças de Chironomidae em um perfil de sedimento da lagoa carioca, parque estadual do rio doce (Minas Gerais). Monografia apresentada ao departamento de zoologia do
  • 10. instituto de ciências biológicas, universidade federal de minas gerais. 34p. 2005. RIBEIRO, L. O.; UIEDA, V. S. Estrutura da comunidade de macroinvertebrados bentônicos de um riacho de serra em Itatinga, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 22, n. 3, p. 613-618, 2005. RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do brasil – aspectos sociológicos e florísticos, vol. 2. Hucitec Ltda & Ed. Da Universidade de São Paulo, 374p. 1979. RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y. S.; HATSCHBACH, G. G. As unidades fitogeográficas do estado do Paraná, Brasil. Ciência & Ambiente, v. 24, n. 1, p. 75-92, 2002. RODRIGUES, W. C. DivES – Diversidade de espécies. Versão 4.0, 2014. Software e Guia do Usuário. Disponível em: <http:// www.ebras.vbweb.com.br> Acesso em 8 de janeiro de 2014. RODRIGUES, M. E. F.; SOUZA, V. C.; POMPEO, M. L. M. levantamento florístico de plantas aquáticas e palustres na represa de Guarapiranga, São Paulo, Brasil. Boletim de botânica, v. 35, p. 1-64, 2017. SAETHER, O. A. Notes on canadian Ablabesmyia johannsen, with keys to known nearctic immatures of the genus (Diptera: Chironomidae). Zootaxa, v. 3069, n. 1, p. 43-62, 2011. SANTANA, A. C. D. Macroinvertebrados associados à macrófita aquática najas marina l. do riacho Avelós, na região semi-árida do Brasil. Revista de biologia e ciências da terra, v. 9, n. 2, p. 32-46, 2009. SONEGO, R. C., BACKES, A.; SOUZA, A. F. Descrição da estrutura de uma Floresta Ombrófila Mista, RS, Brasil, utilizando estimadores não-paramétricos de riqueza e rarefação de amostras. Acta botânica brasílica, v. 21, n. 4, p. 943-955, 2007. SOUZA, B. B. Macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas em lagos intermitentes no semiárido. Dissertação de mestrado em ecologia e conservação- Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão- SE. 40p. 2012. TRIVINHO-STIXINO, S.; GESSNER, A. F.; CORREIA, L. Macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas as lagoas marginais da Estação Ecológica do Jataí (Luiz Antônio-SP). Anais do seminário Regional de Ecologia, v. 8, p. 1189-1198, 1997. TRIVINHO-STRIXINO, S.; STRIXINO, G. Estrutura da comunidade de insetos aquáticos associados à Pontederia lanceolata Nuttal. Revista brasileira de biologia, v. 53, n. 1. p. 103- 111, 1993. VALENTE, J. P. S.; PADILHA, P. M.; SILVA, A. M. M. Oxigênio dissolvido (OD), demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e demanda química de oxigênio (DQO) como parâmetros de poluição no ribeirão Lavapés/Botucatu – SP. Eclética Química, v. 22, p. 49-66, 1997. WETZEL, R. G. Limnologia. 2ª ed., Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. 1129p. 1993. ZAR, J. H. Biostatistical analysis. 4th ed. Prentice-hall, new jersey. 663p. 1999. ______________________________________ 1 Juliana Mara Antonio 2 Hérica Rozário 3 Ana Lucia Suriani Affonso 1,2,3 Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Campus CEDETEG, Departamento de Biologia, Laboratório de Ecologia de Bentos, Guarapuava, PR, CEP: 85040-080. E-mails:hericarozario1@gmail.com; analuciabio@gmail.com; julianamara85@hotmail.com. 44