Cartilha Ecologia e Guia de Identificação - Macrófitas aquáticas do Lago Amazônico
1. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
1
AUTORES
Layon Oreste Demarchi | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Aline Lopes | Universidade Nilton Lins | Inpa
Aurélia Bentes Ferreira | Inpa
Maria Teresa Fernandez Piedade | Inpa
2.
3. Identificação
Ecologia
e Guia de
Macrófitas aquáticas
do Lago Amazônico
AUTORES
Layon Oreste Demarchi | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Aline Lopes | Universidade Nilton Lins | Inpa
Aurélia Bentes Ferreira | Inpa
Maria Teresa Fernandez Piedade | Inpa
5. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e à Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Amazonas (Fapeam) pelo
financiamento do PELD MAUA, aos técnicos
Elizabeth Rodrigues Rebouças, Valdeney
de Araújo Azevedo, Celso Rabelo Costa
e Mario Picanço Marinho e ao Grupo de
Pesquisas “Ecologia, Monitoramento e Uso
Sustentável de Áreas Úmidas – MAUA” pelo
suporte logístico.
6. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
6
O Bosque da Ciência é uma área de aproximadamente
13 (treze) hectares, contíguo à sede principal do Inpa,
localizado no perímetro urbano da cidade de Manaus. O
Bosque oferece à população uma opção de lazer científico
e educacional, propiciando aos visitantes ter contato direto
com o meio ambiente, além de oferecer atrativos culturais
e entretenimento.
Um dos atrativos de fácil acesso ao público é o Lago
Amazônico, um ambiente seminatural onde podem
ser observados tartarugas, pássaros, peixes e espécies
residentes da fauna aquática (insetos aquáticos, anfíbios,
moluscos, etc.). O Lago Amazônico oferece ao visitante
um ambiente aberto, um espelho d’água habitado por
quelônios (tartarugas, iaçás e matamatás) e peixes
(tambaquis, tucunarés, pirarucus, entre outros), além
de inúmeras espécies de macrófitas aquáticas, que são
plantas características de lagos amazônicos. Além de ter
uma oportunidade de descanso e contemplação, que
permite ao visitante absorver os benefícios do contato
direto com a natureza, também é possível o aprendizado
pela observação atenta das espécies ali presentes.
Na floresta secundária em avançado estágio de sucessão
que circunda o Lago Amazônico, e nas ilhas de bambus e
palmeiras que se formaram em seu entorno, não é raro
ao observador atento vislumbrar macacos, pássaros,
borboletas, ou representantes especiais da flora do Bosque,
como trepadeiras, orquídeas e bromélias.
Este “Guia de Identificação das Macrófitas Aquáticas do
Lago Amazônico” vai permitir ao visitante a construção de
novos conhecimentos e esperamos que estimule em todos
a curiosidade por conhecer melhor este grupo de plantas
tão diverso e com adaptações únicas que as permitem ter
sucesso na colonização das águas na Amazônia. Associadas
a elas existem comunidades inteiras de pequenos animais,
e, assim, este é um ótimo e didático exemplo da intricada
teia de relações que existe nos ecossistemas amazônicos.
Que o ambiente reflexivo do Lago Amazônico e a
diversidade de espécies apresentada neste guia despertem
nossa responsabilidade e compromisso cidadão com o uso
e cuidado com a natureza, que permite melhor qualidade
de vida para quem sabe apreciá-la.
APRESENTAÇÃO
O Lago Amazônico
oferece ao visitante
um ambiente
aberto, um espelho
d’água habitado por
quelônios (tartarugas,
iaçás e matamatás)
e peixes (tambaquis,
tucunarés, pirarucus,
entre outros), além de
inúmeras espécies de
macrófitas aquáticas,
que são plantas
características de
lagos amazônicos.
7. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
7
ECOLOGIA E USOS DAS MACRÓFITAS
AQUÁTICAS
No contexto deste trabalho chamamos de macrófitas
aquáticas as plantas herbáceas que ocupam desde
áreas encharcadas, como os brejos e buritizais, até
aquelas completamente alagadas, como os rios, lagos,
lagoas e reservatórios, entre outros. Elas sobrevivem em
praticamente todas as regiões do planeta, ocorrendo desde
áreas quentes, onde as temperaturas podem alcançar
58°C, até regiões mais frias, como nas partes costeiras
da Antártida (Thomaz & Bini, 2003). Entre as macrófitas
aquáticas podemos encontrar plantas muito pequenas
ou surpreendentemente grandes, com porte parecido ao
de árvores, inclusive dentro da mesma família botânica.
Um bom exemplo dessa diversidade de tamanhos é
encontrado na família Araceae, onde espécies do gênero
Lemna (lentilha-d’água) chegam a medir menos que 5mm
de comprimento, enquanto que a espécie Montrichardia
linifera (aninga) pode alcançar até 8m de altura nas áreas
férteis de várzea do Rio Amazonas e seus tributários (Lopes
et al., 2016).
Pertencentes a diversas famílias botânicas, as macrófitas
aquáticas possuem representantes das plantas avasculares
(briófitas), plantas vasculares sem sementes (pteridófitas)
e também plantas que produzem flores e frutos
(angiospermas). As semelhanças entre os representantes
desses grupos estão muito mais relacionadas à sua
capacidade de sobrevivência e adaptação ao mesmo tipo de
ambiente associado à água do que ao parentesco botânico
que possa existir entre eles. Para estudar a ecologia dessas
plantas, elas são agrupadas pelas formas de vida, que
refletem as adaptações desenvolvidas para sobreviver
no ambiente aquático. As principais formas de vida das
macrófitas aquáticas são (Piedade et al., em preparação):
INTRODUÇÃO
Entre as macrófitas
aquáticas podemos
encontrar plantas
muito pequenas ou
surpreendentemente
grandes, com porte
parecido ao de árvores,
inclusive dentro da
mesma família botânica.
ANFÍBIAS Enraizadas em substratos
permanentemente ou periodicamente
encharcados. Podem completar seu
ciclo de vida no ambiente aquático,
porém, não acompanham com seu
crescimento a subida das águas.
8. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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FIXAS COM
CAULES
FLUTUANTES
EMERGENTES
FLUTUANTES
LIVRES
SUBMERSAS
FIXAS COM
FOLHAS
FLUTUANTES
FLUTUANTES
LIVRES
EMERSAS
Enraizadas no solo com caules
flutuando na superfície da água e
folhas e inflorescências emersas.
Não acompanham com seu
crescimento a subida das águas
e podem se desprender do
substrato tornando-se flutuantes
livres emersas.
Enraizadas no solo,
acompanham com seu
crescimento a subida das águas.
Muitas vezes desprendem-se do
substrato tornando-se flutuantes
livres emersas.
Submersas, flutuando
livremente próximo à superfície
da água, em certos casos com a
inflorescência emersa.
Enraizadas no solo
com folhas flutuando
na superfície da
água, apresentando
também as
inflorescências
emersas.
Emersas, flutuando
livremente na
superfície da água,
apenas com as raízes
e estolões submersos.
Na Amazônia, uma grande diversidade de macrófitas
aquáticas pode ser encontrada nas várzeas, principalmente
nos lagos, onde a correnteza da água é menor. A composição
de espécies de macrófitas aquáticas pode variar ao
longo do ano e entre anos, em resposta às mudanças
no ambiente. Na seca, com a exposição do solo, ocorre
a germinação e a rebrota de diversas espécies anuais ou
perenes, principalmente de capins; já na época de cheia
dos rios, com a entrada de água nos lagos, há uma grande
proliferação das espécies flutuantes e emergentes (Junk &
Piedade, 1997). Portanto, dependendo do período do ano,
a composição de espécies em um Lago Amazônico pode
ser bastante diferente, inclusive em lagos artificiais, como
o “Lago Amazônico”, situado no Bosque da Ciência do Inpa.
As macrófitas aquáticas são extremamente importantes na
estruturação e na dinâmica dos ecossistemas aquáticos.
Elas são fontes de matéria orgânica, fornecem alimento,
abrigo e local de reprodução para fauna, entre outros
Na seca, com a exposição
do solo, ocorre a
germinação e a rebrota
de diversas espécies
anuais ou perenes,
principalmente de
capins; já na época de
cheia dos rios, com a
entrada de água nos
lagos, há uma grande
proliferação das espécies
flutuantes e emergentes
(Junk & Piedade, 1997).
9. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
9
(Junk & Piedade, 1997). No entanto, por apresentarem
crescimento rápido, essas plantas podem se tornar
invasivas e prejudiciais, principalmente em ambientes
com modificações humanas, como reservatórios e lagos,
onde a flutuação natural do nível das águas foi suprimida
ou é manipulada pelo homem. Por outro lado, a ampla
distribuição, a capacidade de colonizar novos ambientes e
a elevada capacidade de estocar nutrientes tornam esses
vegetais importantes do ponto de vista econômico (Piedade
et al., 2005).
Embora ainda pouco aproveitadas na Amazônia, as
macrófitas aquáticas são amplamente utilizadas no mundo
para diversas finalidades, especialmente na alimentação.
Várias espécies são consumidas na alimentação humana,
particularmente em países asiáticos (Piedade et al., 2010),
sendo o melhor exemplo entre elas o arroz (Oryza spp.),
componente da dieta de mais da metade da população
mundial. Algumas plantas aquáticas são também
importantes forrageiras para animais de criação, como
espécies do gênero Urochloa (braquiária) adaptadas ao
alagamento. Esse gênero de plantas de origem africana foi
introduzido no Brasil, onde atualmente diversas espécies
são utilizadas em pastagens no Pantanal e na Amazônia.
Além disso, outros usos dessas plantas são comuns,
como a confecção de artesanato, ornamentação, adubo e
tratamento de efluentes.
Algumas das espécies encontradas no Lago Amazônico
apresentam potencial de uso, entre outros, para a produção
de biocombustíveis (Lemna spp.), na alimentação animal
e humana (Ceratopteris pteridoides, Paspalum repens,
Urochloa mutica) e no tratamento de efluentes, tanto
urbanos quanto de criadouros de camarões (Lemna spp.,
Pistia stratiotes, Salvinia spp.).
Várias espécies
são consumidas na
alimentação humana,
particularmente em
países asiáticos (Piedade
et al., 2010), sendo o
melhor exemplo entre
elas o arroz (Oryza spp.),
componente da dieta
de mais da metade da
população mundial.
10. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
10
Um lago pode ser definido como uma quantidade de
água permanentemente presente em uma depressão de
terreno. A origem dos lagos é variada, assim como suas
dimensões. Os lagos naturais são aqueles que provêm, por
exemplo, de falhas geológicas ou de eventos de glaciações;
os artificiais são aqueles feitos pelo homem para diferentes
propósitos, como lagos de hidrelétricas para geração de
energia, ou aqueles presentes em locais públicos e quintais.
Assim, as dimensões de um lago e a origem das águas que
o abastecem podem variar muito dentro de uma mesma
região e também entre regiões de climas distintos.
Por proporcionarem condições de lazer, embelezamento
e melhoria geral da qualidade de vida, os lagos urbanos
podem ser considerados espaços vitais. Eles podem abrigar
umagrandediversidadedeambientesedeplantaseanimais
associados, servindo também, por esse motivo, como locais
didáticos para educação ambiental e em estudos de corpos
de água. Nesse sentido foi concebido o Lago Amazônico, do
Bosque da Ciência do Inpa.
O que é um
lago?
HISTÓRICO DO LAGO AMAZÔNICO
E SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-
QUÍMICASFigura 1: Foto da escavação para o
represamento das águas e formação do
Lago Amazônico, Bosque da Ciência, Inpa
(Foto: Juan Revilla).
11. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
11
O Lago Amazônico, localizado no Bosque da Ciência do
Inpa, é um lago artificial, que abriga uma considerável
parcela da biodiversidade de corpos de água da região. Sua
construção foi iniciada no ano de 1993 e ocorreu por meio
do barramento e escavação de um igarapé e pequenas
nascentes existentes no local (Figura 1). Após o enchimento
do lago foram introduzidas as primeiras espécies macrófitas
aquáticas provenientes das várzeas próximas a Manaus.
Juntamente com essas espécies, outras menores que ficam
aderidas às raízes também foram introduzidas e formaram
grandes estandes ao longo do tempo.
As características das águas do Lago Amazônico vêm sendo
modificadas ao longo do tempo, principalmente devido às
diferentes fontes de água que o abastecem. Parte dessas
águas é proveniente da drenagem dos tanques dos peixes-
boi, o que aumenta a concentração de nutrientes no lago
e favorece a proliferação de algas e de plantas aquáticas,
sendo estas últimas foco central de nossa análise.
A presença de plantas aquáticas em um corpo de água
depende das características físicas e químicas das águas.
Dessa forma, essas características foram medidas no Lago
Amazônico, de forma a permitir entender a composição
de plantas aquáticas que o habitam. As principais
características do Lago Amazônico medidas foram:
PROFUNDIDADEPH
TRANSPARÊNCIACONDUTIVIDADE
Atualmente o Lago Amazônico é raso, não
ultrapassando 1,5 metro de profundidade. Essa
característica contribui para o desenvolvimento
de plantas aquáticas fixas ao substrato, mas
com as folhas fora da água (macrófitas aquáticas
emergentes), que conseguem se enraizar e crescer
vigorosamente. Um exemplo a ser citado é a
espécie braquiária-d’água (Urochloa mutica), que
forma densos aglomerados às margens do lago.
Trata-se de um índice que indica a acidez,
neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer e é
determinado pela concentração de íons de Hidrogênio
(H+
). Substâncias que possuem valores de pH entre
0 e 6 são consideradas ácidas, valores em torno de
7 são neutras e valores acima de 7 são consideradas
básicas ou alcalinas. As águas do Lago Amazônico
são ácidas e apresentam um pH em torno de 5,9;
esse valor é tolerável para o crescimento de muitas
plantas aquáticas, podendo então essas águas serem
consideradas pouco ácidas quando comparadas, por
exemplo, com as águas do Rio Negro, onde os valores
de pH são em torno de 4.
As águas do Lago Amazônico apresentam
transparência média de um metro, indicando a
presença de pouco material em suspensão na água,
o que permite que a luz possa penetrar até o fundo
do lago. Isso influencia a temperatura e outras
características das águas e favorece o crescimento
de algas, que podem proliferar de forma intensa e
comprometer o crescimento de outros organismos,
especialmente as plantas aquáticas.
Representa a capacidade de transportar a corrente
elétrica através de um determinado meio, no caso a
água; quanto mais íons a água possuir, maior será a
condutividade elétrica, e vice-versa. As águas do Lago
Amazônico apresentam condutividade elétrica entre 40
e 43µs/C, valores que podem ser considerados baixos
quando comparados a rios de água barrenta como o
Rio Solimões (valores geralmente acima de 80µs/C) e
elevados quando comparados a rios de águas pretas
como o Rio Negro (valores geralmente abaixo de
20µs/C). A condutividade elétrica pode agir de diversas
formas sobre as plantas e no geral está relacionada
com a absorção e o acúmulo de água e nutrientes.
12. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
12
OXIGÊNIODISSOLVIDO
FLUTUANTES
LIVRES
EMERSAS
FIXAS COM
CAULES
FLUTUANTES
FLUTUANTES
LIVRES
SUBMERSAS
EMERGENTES
ANFÍBIAS
TEMPERATURA
Em ambientes aquáticos o oxigênio dissolvido na
água é de vital importância para abrigar vida. Ele
origina-se de duas fontes, o oxigênio da atmosfera
diretamente dissolvido e o oxigênio que provém
da fotossíntese de plantas aquáticas. A poluição de
rios e lagos reduz muito a concentração de oxigênio
dissolvido na água, e esse processo de desoxigenação
pode aumentar a população relativa de organismos
como as bactérias, resultando na mortandade de
peixes e da fauna aquática em geral. As águas do Lago
Amazônico apresentam entre 7 e 8mg/l de oxigênio
dissolvido, valores similares aos encontrados no Rio
Negro, que podem oscilar entre 4,5 a 9,0mg/l entre as
estações do ano, e muito superiores a cursos de água
poluídos como os igarapés urbanos de Manaus, que
possuem em média 0 a 1mg/l de oxigênio dissolvido
em suas águas.
A temperatura influencia diretamente as
características da água, além de ser importante
reguladora da produtividade do ambiente aquático.
Águas frias possuem mais oxigênio dissolvido e
são menos densas do que águas quentes, sendo
que o aumento da temperatura pode fazer com
que alguns compostos se tornem mais tóxicos
para a vida aquática, podendo também favorecer a
proliferação de microrganismos. A temperatura da
água pode variar muito ao longo do dia e ao longo
das estações do ano, como também pode variar de
acordo com a profundidade, a visibilidade da água
e com a cobertura vegetal existente. Por ser raso
e relativamente exposto ao sol, o Lago Amazônico
apresenta temperaturas médias altas, podendo
chegar a 30°C em dias quentes, com uma variação
de até 5°C ao longo do dia.
AS PLANTAS AQUÁTICAS DO LAGO
DO BOSQUE DA CIÊNCIA
Em um levantamento realizado entre os meses de fevereiro
e junho de 2016, foram catalogadas 20 plantas aquáticas,
representando 5 hábitos (flutuantes livres emersas,
flutuantes livres submersas, fixas com caules flutuantes,
emergentes e anfíbias). Tanto a composição de espécies
quanto sua abundância podem mudar ao longo do ano, em
virtude de variações climáticas, do ciclo de vida das plantas
e de manipulações humanas feitas no lago.
Águas frias possuem
mais oxigênio dissolvido
e são menos densas
do que águas quentes,
sendo que o aumento
da temperatura pode
fazer com que alguns
compostos se tornem
mais tóxicos para a
vida aquática, podendo
também favorecer
a proliferação de
microrganismos.
13. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
13
AS
MACRÓFITAS
AQUÁTICAS
Encontradas no
Lago Amazônico
14. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
14
Najas microcarpa
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
Hydrocharitaceae
Najas microcarpa K.Schum.
Lodo
Habita preferencialmente áreas
de águas calmas, às vezes
aderida a troncos e rochas.
Ocorre em regiões de clima
tropical; é nativa da América do
Sul. No Brasil ocorre nos biomas
Pantanal, Cerrado e Amazônia.
Erva aquática de hábito flutuante
livre submersa próxima à superfície.
Possui folhas alternas, com bordo
serreado, verde intercalado
com vinho. Caule com tecido
aerenquimatoso, geralmente
muito ramificado e quebradiço,
formando tufos verdes na porção
terminal. Produz flores pequenas
e submersas, dificilmente vistas a
olho nu, seus frutos são dispersos
pela água. Seu ciclo de vida é anual.
É utilizada na ornamentação de
aquários e tanques; na Amazônia
serve de alimento para animais,
como insetos, peixes e quelônios.
15. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
15
Wolffiella welwitschii
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
Araceae
Wolffiella welwitschii (Hegelm.) Monod
Lentilha-d’água
Habita preferencialmente águas
calmas de lagos e rios, na maioria
das vezes associada a raízes de
outras plantas aquáticas. Ocorre
em regiões de clima tropical; é
nativa das Américas e da África. No
Brasil ocorre nos biomas Amazônia,
Caatinga e Pantanal.
Erva aquática de hábito flutuante
livre levemente submersa próxima
à superfície, com até 7mm de
comprimento; pode ser confundida
com folhas caídas de outras
plantas. Folhas (frondes) em forma
de lingueta; raiz ausente. Produz
duas flores por folha, dificilmente
vistas a olho nu. Seu ciclo de vida é
anual.
Serve de alimento para aves e
para a fauna aquática e possui
alto valor proteico com potencial
para alimentação bovina; pode
auxiliar na despoluição de águas
contaminadas.
0
1
0,5
1,5
2
CM
0
1
2
CM
16. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
16
Lemna aequinoctialis
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Araceae
Lemna aequinoctialis Welw.
Açude, lentilha-d’água,
pasta-miúda, pesca-miúda
Habita preferencialmente águas
paradas ou pouco correntes,
levemente sombreadas. Ocorre
em regiões de clima tropical e
subtropical em todo o mundo. No
Brasil ocorre nos biomas Amazônia,
Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal.
Erva aquática de hábito flutuante livre
emersa, de 3 a 5mm de comprimento.
Folhas (frondes) flutuantes ou levemente
submersas, mais longas que largas.
Apresenta uma raiz por folha; flores
pequenas, dificilmente vistas a olho nu.
Seu crescimento é vigoroso, podendo
formar grandes adensamentos. Possui
ciclo de vida anual.
Utilizada na ornamentação de aquários,
lagos e tanques; é indicadora de
ambientes com despejo de esgoto, onde
pode dobrar sua quantidade a cada três
dias, podendo se tornar invasora nesses
ambientes; utilizada como despoluidora
de águas contaminadas; serve como
alimento de peixes, aves, moluscos e
insetos, contendo alto teor de proteínas.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
12
8
4
2
16
24
28
20
CM
17. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
17
Alface-d’água, erva-de-santa-luzia, mureru,
mureru-branquinho, mureru-pagé
Pistia stratiotes
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Araceae
Pistia stratiotes L.
Habita diversos tipos de ambientes
aquáticos, preferindo águas paradas ou
pouco correntes, ricas em nutrientes.
Ocorre em regiões de clima tropical e
subtropical em todo o mundo. No Brasil
ocorre em todos os biomas.
Erva aquática de hábito flutuante
livre emersa, podendo variar de 3 a
30cm de altura quando adulta. Suas
folhas são esponjosas e densamente
cobertas por pelos que repelem
água e as raízes são numerosas.
Possui ciclo de vida anual ou perene
conforme o ambiente que ocupa;
pode sobreviver à seca enraizada em
solo úmido, quando em águas férteis
pode formar densas populações.
Utilizada na ornamentação de lagos e tanques; alimento e abrigo para peixes,
quelônios, insetos, moluscos, entre outros; possui alto teor de proteína e cálcio,
sendo utilizada para a alimentação de peixes-boi, bovinos e porcos. A espécie é usada
na adubação verde e na produção de biogás e é indicadora de ambientes poluídos,
tendo potencial para despoluição; pode ser séria invasora de rios e lagos em todo o
mundo. Na África e Índia é usada na alimentação humana após cozimento; em todo o
mundo é utilizada na medicina popular para diversas finalidades, com propriedades
comprovadas como diurética, antifúngica, anti-inflamatória e antimicrobiana.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
12
8
4
2
16
24
28
20
CM
0
1
2
CM
18. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
18
Ricciocarpos natans
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Ricciaceae
Ricciocarpos natans (L.) Corda
Não encontrado
Habita preferencialmente águas
calmas ou pouco correntes. Ocorre
em regiões de clima tropical e
subtropical em todo o mundo. No
Brasil ocorre nos biomas Amazônia,
Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.
Erva aquática (briófita, semelhante
aos musgos) de hábito flutuante livre
emersa, de até 1,5cm de comprimento.
Sua face superior é convexa, carnosa,
verde brilhante, e a face inferior
apresenta pequenas escamas. Possui
ciclo de vida anual ou perene conforme
o ambiente que ocupa; pode sobreviver
à seca enraizada em solo úmido;
propaga-se por esporos e por bifurcação
do ápice.
Utilizada na ornamentação de
aquários, lagos e tanques.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
1
0,5
1,5
2
CM
0
1
2
CM
19. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
19
Salvinia auriculata
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Salviniaceae
Salvinia auriculata Aubl.
Erva-de-sapo, mureru-carrapatinho,
murué, samambaia-d’água, salvínia
Habita preferencialmente águas
paradas ou pouco correntes, ricas
em nutrientes. Ocorre em regiões de
clima tropical e subtropical; é nativa
das Américas, foi introduzida na Ásia,
Austrália e África. No Brasil ocorre
em todos os biomas.
Samambaia aquática de hábito
flutuante livre emersa, em alguns
ambientes pode chegar a 30cm de
comprimento. Folhas emersas com
pelos que repelem a água, visíveis
apenas com lupa, e que lembram a
forma de um garfo de batedeira. Seu
crescimento é vigoroso, podendo
formar grandes adensamentos.
Possui ciclo de vida anual ou perene
conforme o ambiente que ocupa.
Utilizada na ornamentação de aquários,
lagos e tanques; serve de abrigo para
larvas de peixes e moluscos e alimento
de capivaras, peixes, aves, insetos,
moluscos e peixes-boi, contendo boa
porcentagem de proteína. A planta é
ainda indicada para adubação verde,
como biofertilizante e geração de biogás,
sendo utilizada para descontaminação
da água, podendo, porém, se tornar séria
invasora de cursos de água poluídos.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
1
2
CM
0
8
6
4
2
10
CM
20. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
20
Ceratopteris pteridoides
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Pteridaceae
Ceratopteris pteridoides (Hook.) Hieron
Couve-d’água, mureru, mureru-véu,
pé-de-sapo, samambaia-do-brejo
Habita preferencialmente águas calmas
e pouco correntes, ricas em nutrientes.
Ocorre em regiões de clima tropical e
subtropical; é nativa das Américas, foi
introduzida na Ásia, leste da Índia e
Austrália. No Brasil ocorre nos biomas
Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e
principalmente na Amazônia.
Samambaia aquática de hábito flutuante
livre emersa, de 20 a 40cm de altura.
Possui caule reduzido no qual surgem
raízes adventícias; as folhas férteis
apresentam ramificações finas, e as
folhas estéreis são mais largas. A espécie
apresenta reprodução vegetativa
por meio de numerosos brotos que
surgem nas folhas e se desenvolvem
formando novas plantas. Possui também
reprodução sexual por esporos. Seu ciclo
de vida pode ser anual ou perene de
acordo com o ambiente que ocupa.
É utilizada na ornamentação de aquários e tanques; as folhas são comumente utilizadas
na culinária asiática como verdura; utilizada na medicina popular colombiana, com
comprovada ação diurética; na Amazônia serve de alimento para animais, como insetos,
peixes, peixes-boi e quelônios.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
3
2
1
4
CM
21. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
21
Limnobium laevigatum
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Hydrocharitaceae
Limnobium laevigatum (Humb. & Bonpl. ex Willd.) Heine
Camalotinho, erva-de-sapo, mureru-orelha-de-burro,
mureru-buchudinho
Habita uma grande variedade de
ambientes aquáticos, principalmente
em águas tranquilas de rios e lagos.
Ocorre em regiões de clima tropical
e subtropical; é nativa das Américas.
No Brasil ocorre em todos os biomas.
Erva aquática de hábito flutuante
livre emersa. Possui folhas estéreis
e férteis aglomeradas; as folhas
estéreis são flutuantes e as férteis são
flutuantes ou aéreas emersas, sendo
maiores que as estéreis, com um
pecíolo de até 10cm de comprimento.
Possui ciclo de vida perene e pode
apresentar uma fase em que se
enraíza na lama.
Utilizada na ornamentação de lagos e
tanques. Espécie com alto teor proteico,
servindo de abrigo para fauna aquática
e alimento de insetos, moluscos, aves,
capivaras e peixes-boi.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
3
2
1
4
CM
22. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Hydrocotyle ranunculoides
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Araliaceae
Hydrocotyle ranunculoides L.f.
Acariçoba, chapéu-de-sapo, erva-capitão, para-sol
Habita áreas com solo úmido ou em
água pouco profunda. Ocorre em
regiões de clima tropical e subtropical;
é nativa das Américas e foi introduzida
na Europa e Austrália. No Brasil
ocorre nos biomas Amazônia, Mata
Atlântica e Pantanal.
Erva aquática de hábito fixa com caules
flutuantes ou flutuante livre emersa.
Folhas simples que variam de acordo
com as condições do ambiente, com
a lâmina foliar podendo medir de 1 a
10cm, e o pecíolo de 2 a 20cm. Suas
raízes são abundantes e saem dos
nós. As flores são pequenas, branco-
esverdeadas e pouco visíveis. Possui
ciclo de vida perene e pode dobrar de
tamanho em uma semana.
Planta com potencial ornamental. É
consumida por insetos, aves, roedores
e peixes-boi, e seus talos e folhas
são comercializados e consumidos in
natura no México; possui potencial
medicinal, sendo muito utilizada na
medicina popular, principalmente em
doenças de pele. Na Europa e Austrália
é considerada uma séria invasora de
cursos de água.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
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CM
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CM
23. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Oxycaryum cubense
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Cyperaceae
Oxycaryum cubense (Poepp. & Kunth) Lye
Baceiro, capim-capivara, piri
Habita uma ampla variedade de
ambientes aquáticos, principalmente em
águas calmas de rios e lagos. Ocorre em
regiões de clima tropical e subtropical;
é nativa das Américas e África. No Brasil
ocorre em todos os biomas.
Erva aquática fixa com caules flutuantes
ou flutuante livre emersa, onde pode
permanecer enraizada na fase terrestre
e flutuar com a subida das águas, com
altura entre 25 e 60cm. As folhas são
agrupadas na base do caule; os talos
são flutuantes, eretos e triangulares.
Possui ciclo de vida perene e depende
de outras plantas para se estabelecer;
nessas a planta se “escora”, dominando
o ambiente.
É uma espécie importante na formação
de ilhas de vegetação flutuante
(matupás), sendo importante para
nidificação de aves e jacarés e refúgios da
fauna aquática; a planta é consumida por
capivaras e algumas aves aquáticas.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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CM
24. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Pontederia rotundifolia
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Pontederiaceae
Pontederia rotundifolia L.f.
Aguapé, mureru, mureru-de-orelha, mureru-
orelha-de-onça, mureré, rainha-dos-lagos
Habita uma ampla variedade de
ambientes aquáticos, principalmente
em águas calmas de rios e lagos.
Ocorre em regiões de clima tropical e
subtropical; é nativa das Américas. No
Brasil ocorre em todos os biomas.
Erva aquática de hábito fixa com caules
flutuantes ou flutuante livre emersa,
de 20 a 40cm de altura. Folhas eretas
com o pecíolo e o caule esverdeados;
possui tecido esponjoso para flutuação
(aerênquima). Apresenta crescimento
vigoroso, podendo formar grandes
adensamentos. Possui ciclo de vida
perene, e na fase jovem pode ser
submersa e enraizada.
Utilizada na ornamentação de lagos
e tanques; forrageira com alto teor
proteico, sendo consumida pela
fauna aquática em geral, inclusive
pelo peixe-boi; abrigo e local de
nidificação de peixes, insetos e
moluscos; em ambientes aquáticos
poluídos é considerada invasora.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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25. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Ludwigia helminthorrhiza
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Onagraceae
Ludwigia helminthorrhiza (Mart.) H.Hara
Escama-de-pirarucu, lombrigueira
Habita geralmente lagos e rios de
águas calmas. Ocorre em regiões
de clima tropical; é nativa das
Américas. No Brasil ocorre nos
biomas Amazônia, Caatinga e
Pantanal.
Erva aquática, de hábito fixa com caules
flutuantes ou flutuante livre emersa. Suas
folhas são suculentas; o caule é cilíndrico
e verde; dentro da água os ramos
permanecem deitados e quando fora da
água se tornam eretos. As raízes são finas
quando no solo encharcado e na água
produzem um tecido esponjoso branco
para flutuação (aerênquima). As flores
são brancas. O ciclo de vida da espécie
é perene, podendo alternar uma fase
aquática e uma fase terrestre.
A espécie é utilizada na
ornamentação de lagos e tanques;
serve de alimento para insetos,
peixes e mamíferos herbívoros
como o peixe-boi; apresenta
potencial na descontaminação de
ambientes poluídos.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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26. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Paspalum repens
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Poaceae
Paspalum repens P.J.Bergius
Canarana-rasteira, capim-fofo, membeca,
memeca, perimembeca
Habita uma ampla variedade de
ambientes aquáticos, principalmente
em águas calmas de lagos. Ocorre em
regiões de clima tropical e subtropical;
é nativa das Américas. No Brasil
ocorre em todos os biomas.
Erva aquática de hábito emergente
podendo se tornar flutuante livre
emersa, com folhas que podem ser
vistas fora da água de 0,6 a 1,2m
de altura. Folhas com disposição
alterna; caule (colmo) cilíndrico, oco;
bainha das folhas arroxeada; possui
muitas raízes ao longo dos colmos
flutuantes. Apresenta crescimento
intenso, podendo formar grandes
adensamentos. Possui ciclo de vida
perene.
É uma das gramíneas mais amplamente distribuídas, abundantes e de elevada produção
de biomassa das várzeas amazônicas. Essa espécie participa da formação das ilhas
flutuantes (matupás), sendo importante na alimentação de aves, peixes, moluscos,
capivaras e peixes-boi, além de refúgio da fauna aquática em geral e local para a
nidificação de aves. Embora possua pouca proteína em comparação com outras gramíneas,
apresenta grande potencial para a alimentação bovina, sendo muito utilizada para essa
finalidade pelas populações ribeirinhas; considerada invasora de ambientes poluídos.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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CM
27. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Hymenachne amplexicaulis
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Poaceae
Hymenachne amplexicaulis (Rudge) Nees
Bico-de-pato, canarana-miúda, capim-capivara,
mangarataiarana, rabo-de-raposa
Habita uma ampla variedade de
ambientes aquáticos, tanto na calha de
rios como em lagos. Ocorre em regiões
de clima tropical e subtropical; é nativa
das Américas, foi introduzida na China
e Austrália. No Brasil ocorre nos biomas
Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica,
Cerrado e Pantanal.
Erva aquática de hábito emergente
podendo se tornar flutuante
livre emersa; a parte acima da
superfície da água mede de 1 a 2m
de comprimento. As folhas têm
disposição alterna; o caule (colmo)
é cilíndrico, com tecido esponjoso
(aerênquima); a inflorescência lembra
o rabo de um animal. Apresenta
crescimento vigoroso, podendo formar
grandes adensamentos. A espécie tem
ciclo de vida perene, crescendo na
fase aquática e terrestre (águas altas e
baixas) na várzea amazônica.
Juntamente com Paspalum repens esta é uma das espécies com alta produção de biomassa
nas várzeas amazônicas; também participa na formação das ilhas flutuantes (matupás),
sendo importante na alimentação de aves, peixes, moluscos, capivaras e peixes-boi, além de
refúgio da fauna aquática em geral e local para nidificação de aves. Tem grande potencial
para a alimentação bovina, apresentando alto teor proteico e boa digestibilidade, sendo
muito utilizada para essa finalidade pelas populações ribeirinhas; considerada invasora de
ambientes poluídos.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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28. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Urochloa mutica
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Poaceae
Urochloa mutica (Forssk.) T.Q.Nguyen
Angolinha, bengo, braquiária-d’água, capim-
angola, capim-de-cavalo, capim-de-lastro
Habita geralmente a interface
entre ambientes aquáticos e
terrestres, às margens de rios
e lagos, a pleno sol. Ocorre
em regiões de clima tropical e
subtropical; é nativa da África e
introduzida em grande parte do
mundo. No Brasil ocorre em todos
os biomas.
Erva de hábito emergente, de
1 a 2m de altura. Folhas com
disposição alterna; caule (colmo)
cilíndrico, com grande quantidade
de pelos. Apresenta crescimento
vigoroso, propagando-se
principalmente por brotamento
e pouco por sementes, podendo
formar grandes adensamentos.
Possui ciclo de vida perene.
Utilizada como forrageira para o gado, sendo muito apreciada por formar ampla
massa verde em pouco tempo; quando o gado se alimenta exclusivamente dela pode
desenvolver osteoporose devido a sua deficiência de cálcio. A espécie era utilizada na
época dos escravos para formar as “camas de palhas” nos navios negreiros, motivo que
levou à sua disseminação para grande parte do mundo; considerada invasora em áreas
úmidas em diversas regiões do mundo.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
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CM
29. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Eclipta prostrata
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Asteraceae
Eclipta prostrata (L.) L.
Agrião-do-brejo, cravo-brabo, erva-de-tago,
falsa-margarida, surucuína
Habita geralmente a interface entre
ambientes aquáticos e terrestres,
com vegetação flutuante e solos
superficialmente encharcados.
Ocorre em regiões de clima tropical
e subtropical em todo o mundo. No
Brasil ocorre em todos os biomas.
Erva anfíbia ou terrestre, bastante
ramificada, que pode atingir até
um metro de altura. Folhas com
disposição oposta e cruzada; caule
arroxeado, carnoso, com tecido
esponjoso (aerênquima) quando
alagada. Flores brancas. Possui ciclo
de vida anual ou perene conforme o
ambiente que ocupa.
A planta serve como alimento para insetos, moluscos e aves. Suas folhas são consumidas na
alimentação humana na Índia; é utilizada como corante natural para tecidos e amplamente
empregada na medicina popular em todo o mundo para diversos fins, apresenta
propriedades comprovadas como analgésica, hepatoprotetora, larvicida, antifúngica,
antibacteriana, antioxidante, anti-inflamatória e como tônico capilar contra a queda de
cabelos (Mithum et al., 2011); tem ação comprovada contra o veneno de picadas de cobras,
como a cascavel e a jararaca; é considerada invasora de culturas de arroz e de ambientes
aquáticos poluídos.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
12
8
4
2
16
24
28
20
CM
0
2
4
CM
30. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Commelina erecta
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Commelinaceae
Commelina erecta L.
Maria-mole, taboquinha, trapoeraba
Habita geralmente a interface entre
ambientes aquáticos e terrestres
e também solos superficialmente
encharcados. Ocorre em regiões de
clima tropical e subtropical; é nativa
das Américas, tendo sido introduzida
em quase todo o mundo. No Brasil
ocorre em todos os biomas.
Erva anfíbia ou terrestre; bastante
ramificada, medindo de 30 a 50cm
de altura. Folhas de disposição
alterna, suculentas; caule cilíndrico,
serpenteante que se escora em outras
plantas. Flores azul-claras. Apresenta
crescimento vigoroso, podendo formar
grandes adensamentos. Possui ciclo
de vida anual ou perene conforme o
ambiente que ocupa.
Pode ser cultivada com fins
ornamentais devido a seu
florescimento vigoroso. Serve como
alimento para insetos, moluscos,
aves, capivaras e peixes-boi, sendo
eventualmente consumida por bovinos.
É utilizada para diversas finalidades na
medicina popular.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
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CM
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31. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Costus scaber
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Costaceae
Costus scaber Ruiz & Pav.
Cana-do-brejo, cana-de-macaco, cana-do-
mato, heparena, jacuacanga, pobre-velha
Habita geralmente a interface entre
ambientes aquáticos e terrestres,
no sub-bosque de matas e margens
de rios, lagos e igarapés. Ocorre
em regiões de clima tropical e
subtropical; é nativa das Américas.
No Brasil ocorre nos biomas
Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica e Pantanal.
Erva anfíbia ou terrestre, bastante
ramificada, medindo de 0,5 a 3m de
altura. Folhas de disposição alterna,
espiraladas, suculentas; caule
cilíndrico. Inflorescência vermelha
com flores alaranjadas. Possui ciclo de
vida perene.
A espécie é utilizada na ornamentação
de jardins e praças. Suas folhas e
flores podem ser consumidas cruas
em saladas ou trituradas em refrescos.
É amplamente utilizada na medicina
popular brasileira para diversas
finalidades, constando na lista de plantas
medicinais de interesse do SUS (Renisus).
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
20
10
5
2,5
CM
0
75
50
25
100
CM
32. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Ludwigia affinis
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Onagraceae
Ludwigia affinis (DC.) H.Hara
Cruz-de-malta, tintarana
Habita geralmente a interface entre
ambientes aquáticos e terrestres, às
margens de rios, lagos e igarapés.
Ocorre em regiões de clima tropical;
é nativa das Américas Central e do
Sul, foi introduzida na África. No
Brasil ocorre nos biomas Amazônia,
Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e
Pantanal.
Erva anfíbia ou terrestre, bastante
ramificada, medindo de 0,5 a 2m de
altura. Folhas de disposição alterna;
caule e folhas com grande quantidade
de pelos. Flores solitárias, vistosas,
com cinco ou seis pétalas amarelas.
Possui ciclo de vida anual ou perene de
vida curta, de acordo com o ambiente
que ocupa.
Planta com potencial ornamental,
apresentando floração vigorosa
durante grande parte do ano; pode
ser usada na produção de mel.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
10
5
CM
0
12
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4
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CM
33. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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Acroceras zizanioides
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR
Poaceae
Acroceras zizanioides (Kunth) Dandy
Braquiária-d’água, braquiária-do-brejo
Habita geralmente a interface entre
ambientes aquáticos e terrestres, às
margens de lagos e rios, a pleno sol.
Ocorre em regiões de clima tropical
e subtropical em todo o mundo. No
Brasil ocorre em todos os biomas.
Erva anfíbia ou terrestre, serpenteante
próxima ao solo, de 20 a 80cm de
altura. Folhas com disposição alterna;
caule (colmo) cilíndrico. Apresenta
crescimento vigoroso, podendo formar
grandes adensamentos. Possui ciclo de
vida perene.
Utilizada como forrageira para
o gado, consumida por alguns
animais silvestres como a capivara;
é considerada invasora em áreas
alteradas em diversas regiões do
mundo.
HABITATE
DISTRIBUIÇÃOCARACTERÍSTICAS
USOSE
PROPRIEDADES
0
10
5
CM
0
20
10
5
2,5
CM
34. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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G
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S
S
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I
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35. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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AERÊNQUIMA
Tecido que concentra grande quantidade de espaços
vazios entre as células com a função de reter ar e facilitar
a flutuação e difusão de oxigênio.
BAINHA
Base da folha que se apresenta diferenciada em uma
estrutura que pode ou não envolver todo o caule,
protegendo assim brotamentos e tecidos reprodutivos.
COLMO
Tipo de caule que apresenta claramente a divisão em nós
e entrenós, comum à maioria das gramíneas e ciperáceas.
BIOMA
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), é um conjunto de vida (vegetal e
animal) constituído pelo agrupamento de tipos de
vegetação contíguos e identificáveis em escala regional,
com condições geoclimáticas similares e história
compartilhada de mudanças, o que resulta em uma
diversidade biológica própria.
ESPOROS
São a unidade de dispersão das plantas que não
produzem flores nem frutos (pteridófitas).
BRIÓFITA
São plantas de pequeno porte que não possuem vasos
condutores de seiva, nem estruturas rígidas de sustentação.
O transporte de substâncias se dá por difusão e ocorre de
forma lenta. Dependem da água para reprodução, por isso
são encontradas predominantemente em ambientes úmidos.
FLORES
Estruturas responsáveis pela reprodução sexuada
das plantas. São extremamente variáveis e refletem a
adaptação das plantas a diferentes polinizadores.
FOLHAS
Estruturas aéreas com função principal de realizar a
fotossíntese. São extremamente variáveis e refletem a
adaptação das plantas a diferentes ambientes.
FOLHAS ALTERNAS
Tipo de disposição onde apenas uma folha se origina
de cada nó, a folha seguinte normalmente surge em
uma posição diferente, evitando assim o sombreamento
completo das folhas mais antigas pelas folhas novas.
CAULE
Estrutura que é o eixo principal da planta e é dividido em
nós e entrenós, conecta o sistema fixador e absortivo
(raízes) ao sistema fotossintetizante (folhas).
CICLO DE VIDA ANUAL
São plantas que completam seu ciclo de vida
(germinação, crescimento, reprodução e senescência)
em um ano ou menos.
CICLO DE VIDA PERENE
São plantas que apresentam ciclo de vida longo,
completando seu ciclo de vida em mais de dois ciclos
sazonais.
CLIMA SUBTROPICAL
Tipo de clima que apresenta temperaturas médias que
não ultrapassam os 20°C e com alta amplitude térmica,
como exemplo temos o clima da região Sul do Brasil.
CLIMA TROPICAL
Tipo de clima que apresenta temperaturas médias
elevadas e com baixa amplitude, que abrange a região
próxima aos trópicos, como exemplo temos o clima da
região Norte do Brasil.
FOLHAS ESPIRALADAS
Tipo de disposição onde as folhas se dispõem em formato
de espiral.
36. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
36
FRUTOS
Estruturas formadas pelo desenvolvimento do ovário após
a polinização, responsável em muitos casos pela atração
de possíveis dispersores.
REPRODUÇÃO SEXUADA
Forma de reprodução na qual ocorre a fusão de gametas
masculinos e femininos (troca de material genético).
SAMAMBAIA
São plantas vasculares que não produzem flores, frutos
nem sementes, reproduzem-se por esporos, estes dão
origem a um indivíduo de vida curta que, por sua vez,
produz gametas para dar origem a uma nova planta.
TALO
Parte das plantas em que não há diferenciação entre
caule e folhas.
INFLORESCÊNCIAS
Termo utilizado quando as flores não estão solitárias, mas
em conjunto de poucas ou muitas flores.
MATUPÁ
São ilhas flutuantes encontradas nas várzeas amazônicas,
formadas basicamente por vegetação herbácea aquática;
em matupás maiores e mais velhos pode se desenvolver
solo e abrigar espécies arbóreas. Importante ambiente
para nidificação da fauna aquática em geral.
NIDIFICAÇÃO
O termo descreve a ação de animais na fase de
construção de ninhos e postura de ovos.
NÓ
Região do caule onde surgem as folhas, em plantas
aquáticas é comum surgirem também raízes adventícias.
PECÍOLO
Estrutura que faz a ligação entre o caule (ou ramos) e as
folhas, permitindo mobilidade a elas.
PÉTALA
Termo dado a uma peça da flor, geralmente colorida. O
conjunto de pétalas chama-se corola.
RAIZ
Estrutura responsável pela fixação da planta ao substrato,
e também pela absorção de água e sais minerais.
RAÍZES ADVENTÍCIAS
Raízes que surgem do caule das plantas, geralmente como
uma adaptação ao alagamento.
REPRODUÇÃO VEGETATIVA
Forma de reprodução na qual não ocorre a fusão de
gametas (troca de material genético), sendo os indivíduos
oriundos deste tipo de reprodução clones da planta-mãe.
FORRAGEIRAS
São plantas, geralmente gramíneas e leguminosas, usadas
como fonte de alimento para os animais.
FRONDE
Termo usado para estruturas taloides, ou seja, não
diferenciáveis em caule e folha; termo utilizado para as
lentilhas-d’água ou samambaias.
FOLHAS OPOSTAS
Tipo de disposição onde as folhas surgem em pares em
cada nó, sendo uma oposta à outra.
37. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
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R
E
F
E
R
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N
C
I
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S
38. ECOLOGIA E GUIA DE IDENTIFICAÇÃO | MACRÓFITAS AQUÁTICAS DO LAGO AMAZÔNICO
38
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Av. André Araújo, 2.936, Petrópolis,
CEP 69.067-375 – Manaus – Amazonas – Brasil
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