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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018
PERFIL FITOQUÍMICO MAIS OCORRENTE E POTENCIAL FITOTERÁPICO DE
ESPÉCIES VEGETAIS DA FAMÍLIA ASTERACEAE
Alex Bruno Lobato Rodrigues1
, Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida2
RESUMO
A necessidade de inserção de terapêuticas alternativas e acessíveis disponível à população levou a
formatação de políticas públicas governamentais para incentivar o uso do potencial de cura de
fitoterápicos no Brasil. Promovendo a pesquisa básica, a confirmação das evidências de cura através
da identificação das classes de metabólitos secundários mais ocorrentes no perfil fitoquímico do
vegetal e no controle de qualidade do material que é disponibilizado no mercado. As resoluções
normativas permitem o registro de fitoterápicos através de dados científicos que comprovem a
eficácia da droga vegetal e determine os constituintes químicos dessas amostras. Esse estudo
objetivou conhecer o perfil fitoquímico mais ocorrentes em espécies vegetais das Astereaceae e
avaliar o potencial fitoterápico dessa família capaz de respaldar, com estudos científicos, sua
inserção no mercado. Foram feitos levantamentos bibliográfico na literatura especializada em
periódicos indexados pela Capes, os dados foram tabulados e os resultados indicaram a presença de
12 espécies vegetais, distribuídas em 10 gêneros, os dados coletados forneceram parâmetros
fitoquímicos, atividade biológica e toxicidade que os qualificam com potencial de produção de
fitoterápicos, espécies do gênero Baccharis demostrou toxicidade relativamente elevada, e do
gênero Cousina não se obteve dados suficientes sob seus possíveis efeitos tóxicos, exigindo estudos
aprofundados que certifiquem sua viabilidade.
Palavras-chave: Plantas Medicinais. Metabólitos Secundários. Fitoterapia.
PROFILE PHYTOCHEMICAL MOST OBSERVED AND POTENTIAL HERBAL FAMILY
VEGETABLES SPECIES ASTERACEAE
ABSTRACT
The need for inclusion of alternative therapies available and accessible to the population led the
formatting of government policies to encourage the use of the healing potential of herbal medicines
in Brazil. Promoting basic research, confirming the evidence of healing by identifying the classes of
secondary metabolites occurring over the phytochemical profile of the plant and quality control of
the material that is available on the market. The normative resolutions allow for registration of
herbal medicines through scientific data demonstrating the efficacy of plant drug and determine the
chemical constituents of these samples. This study aims to know the most occurring phytochemical
profile of Astereaceae plant species and assess the potential of this herbal family capable of
supporting, with scientific studies, its insertion in the market. Bibliographical surveys were made in
the literature in journals indexed by Capes, data were tabulated and the results indicated the
presence of 12 plant species belonging to 10 genera, the data collected provided phytochemicals
parameters , biological activity and toxicity that qualify them to production potential of herbal
medicines, species of the genera Baccharis demonstrated relatively high toxicity, and gender
Cousina not yielded sufficient on its possible toxic effects data, which requires detailed studies
attest to its viability.
Keywords: Medicinal Plants. Secondary Metabolites. Phytotherapy.
09
INTRODUÇÃO
A ideia primordial na indicação do uso
de fitoterápicos na medicina humana não é
substituir medicamentos registrados e já
comercializados, mas ampliar a opção
terapêutica dos profissionais de saúde,
ofertando medicamentos equivalentes, também
registrados, por vezes mais baratos, com
espectro de ação mais adequado, com
indicação terapêutica ou complementar às
medicações existentes. Outro fator importante
seria a valorização das tradições populares e o
fornecimento de substrato para a indústria
farmacêutica nacional.
Um composto vegetal caracterizado é
aquele que possui um constituinte fitoquímico,
proveniente de órgão, que pode ser usado para
garantir a identidade ou a qualidade da
preparação fitoterápica, não sendo
necessariamente responsável pelos efeitos
terapêuticos ou biológicos da planta. Essa
matéria-prima é caracterizada pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos do seu
uso, assim como pela reprodutibilidade e
constância de sua qualidade. Ao produto final
acabado, embalado e rotulado, podem ser
utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos
na legislação (ZAMPIERON, 2010).
A legislação vigente permite a
comercialização de fitoterápicos com
comprovado controle de qualidade através de
métodos analíticos que incluam perfis
cromatográficos e resultados de prospecção
fitoquímica, além de comprovação de
segurança de uso, incluindo estudos de
toxicidade pré-clínica. Outras resoluções da
mesma data fornecem as referências
bibliográficas para avaliação de segurança e
eficácia de fitoterápicos, tratando ainda de
detalhes dos estudos de toxicidade e
fornecendo os requisitos necessários para o
processo de registro, além da lista de registro
simplificado (VOLPATO, 2005). Para tanto,
esse estudo objetivou conhecer o perfil
fitoquímico mais ocorrentes em espécies
vegetais das Astereaceae e avaliar o potencial
fitoterápico dessa família capaz de respaldar,
com dados científicos, sua inserção no
mercado.
A POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS
MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
No intuito de estabelecer as diretrizes
para a atuação do governo na área de plantas
medicinais e fitoterápicos, elaborou-se a
Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos, que se constitui parte essencial
das políticas públicas de saúde, meio
ambiente, desenvolvimento econômico e
social como um dos elementos fundamentais
de transversalidade na implementação de
ações capazes de promover melhorias na
qualidade de vida da população brasileira
(BRASIL, 2006).
Essa atuação é resultado de uma ação
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef) que promoveram a Conferência
Internacional sobre Atenção Primária em
Saúde em Alma-Ata (Genebra,1978), pela
necessidade de ação urgente dos governos,
profissionais das áreas de saúde e
desenvolvimento, bem como da comunidade
mundial para proteger e promover a saúde dos
povos no mundo (OMS, 1979).
Nessa Conferência, é recomendado aos
estados-membros proceder a formulação de
políticas e regulamentação nacionais referentes
à utilização de remédio tradicionais de eficácia
comprovada e exploração de possibilidade de
incorporar os detentores de conhecimento
tradicional as atividades de atenção primária
em saúde, fornecendo-lhes o treinamento
correspondente (OMS, 1979).
Com isso, estimula-se o uso pleno dos
recursos naturais, em particular o uso de
plantas medicinais, para conduzir às
descobertas de novas substâncias terapêuticas.
Reconhecidamente, o Brasil é o país de maior
biodiversidade do planeta que, associada a
uma rica diversidade étnica e cultural, detém
um valioso conhecimento tradicional
associado ao uso de plantas medicinais e
dispõe do potencial necessário para
desenvolvimento de pesquisas com resultados
em tecnologias e terapêuticas apropriadas
(BRASIL, 2006).
As plantas medicinais são importantes
para a pesquisa farmacológica e o
desenvolvimento de drogas, não somente
quando seus constituintes são usados
diretamente como agentes terapêuticos, mas
também como matérias-primas para a síntese,
ou modelos para compostos
farmacologicamente ativos (WHO, 1998).
Estima-se que aproximadamente 40% dos
medicamentos atualmente disponíveis foram
desenvolvidos direta ou indiretamente a partir
de fontes naturais, assim subdivididos: 25% de
plantas, 12% de micro-organismos e 3% de
animais (ZAMPERION, 2010). Das 252
drogas consideradas básicas e essenciais pela
OMS, 11% são originárias de plantas e um
número significativo são drogas sintéticas
obtidas de precursores naturais (RATES,
2001). Além disso, nas últimas décadas, o
interesse populacional pelas terapias naturais
tem aumentado significativamente nos países
industrializados, onde se acha em expansão o
uso de plantas medicinais e fitoterápicos
(WHO, 2001).
Como define Luz Netto Jr. (1998),
fitoterapia é uma espécie de terapêutica que
utiliza plantas medicinais em suas diferentes
preparações farmacêuticas, sem a utilização de
substância ativa isolada. Planta medicinal é
uma espécie, cultivada ou não, que seja
utilizada com propósito terapêutico, chama-se
de planta fresca aquela que foi coletada e
imediatamente utilizada e droga vegetal a que
foi procedida de secagem.
A Resolução RDC nº 48, de 16 de
março de 2004, que dispõe sobre o registro de
medicamento fitoterápico, define esse como
medicamento obtido empregando-se
exclusivamente matérias-primas ativas
vegetais. É caracterizado pelo conhecimento
da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como
pela reprodutibilidade e constância de sua
qualidade. Sua eficácia e segurança é validada
através de levantamentos etnofarmacológicos
de utilização, documentações tecnocientíficas
em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não
se considera medicamento fitoterápico aquele
que, na sua composição, inclua substâncias
ativas isoladas, de qualquer origem, nem as
associações destas com extratos vegetais
(BRASIL, 2004).
Da população mundial, 80% não têm
acesso ao atendimento primário de saúde por
estarem distantes dos centros ou indisporem de
recursos para adquiri-los (VIEIGAS JÚNIOR,
2008). Para essas pessoas a terapia alternativa
se apresenta como a principal forma de
tratamento procurando a cura de suas
moléstias através das plantas medicinais
(VIEIGA JÚNIOR; PINTO; MACIEL, 2005).
AS ESPÉCIES COM POTENCIAL
FITOTERÁPICO DA FAMÍLIA
ASTERACEAE
A família Asteraceae (Compositae)
compreende 1100 gêneros, destes 180
encontrados no Brasil, com, aproximadamente,
cerca de 25.000 espécies monofiléticas
descritas e botanicamente aceitas. As
Asteraceae dispõem de um capítulo
constituído por flores pequenas, chamado de
flósculos, e anteras fundidas em um anel com
pólen empurrado por estilos ou cipselas,
espécie de frutos secos com aspectos variados,
98% dos gêneros são de pequeno porte, como
ervas e arbustos e, raramente, árvores. São
encontradas em regiões tropicais, subtropicais
e temperadas, sendo mais abundante na região
árida do que nas florestas tropicais úmidas.
(SOUZA et al., 2003; VERDI; BRIGHENTE;
PIZZOLATTI, 2005; CORREIA, 2010).
Os metabólitos secundários produzidos
pelo seu sistema químico de defesa
contribuíram para o sucesso evolutivo,
tornando-se o principal responsável pela
importância dessa família na medicinal
tradicional, com emprego significativo na
alimentação, na cosmética e como planta
ornamental e inseticida (CORREIA, 2010;
REIS, 2013).
A família é conhecida por produzir
poliacetilenos, seisquiterpenoides,
diterpenoides, triterpenoides, flavonoides,
cumarinas, benzefuranos e benzepiranos
(EMERENCIANO et al., 1998). No Amapá,
estudo de Silva (2002), Costa E. (2013) e
Costa J. (2013) apontam o uso terapêutico de
espécies desta família pelas comunidades
tradicionais com significativo destaque contra
malária, gripe, diarreia, gastrite, pressão alta,
entre outras.
METODOLOGIA
Este estudo foi desenvolvido através de
revisão literária em 15 artigos científicos
retirados de periódicos especializados e
indexados na Capes, Revista Brasileira de
Plantas Medicinais, Revista Brasileira de
Farmacognosia, Caderno de Farmácia,
Evidência, Ambiciência e Revista Verde, que
tinham como objeto de estudo espécies
vegetais das famílias Asteraceae.
Após a leitura dos artigos, os seus
dados foram tabulados com a intenção de
conhecer a indicação na medicina popular para
a espécie vegetal, os órgãos utilizados no
preparo, sua forma de administração, a
ocorrência mais comum de classes de
metabólitos secundários cientificamente
confirmados em trabalhos científicos e a
viabilidade de produção de um fitoterápico
dessa droga vegetal.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram levantadas 12 espécies de
vegetais da família Asteraceae, distribuídas em
10 gêneros diferentes, os resultados foram
tabulados no quadro seguinte, que relaciona a
espécie, o uso na medicina popular e a forma
de administração (Quadro 01).
Quadro 01: Espécie vegetal com potencial fitoterápico da família Asteraceae.
GÊNERO ESPÉCIE ORGÃO
FORMA DE
USO
INDICAÇÃO
Acanthospermun
Acanthospermun
australe (Loefl.)
Kuntze
Folhas e raízes
Extratos
hidroalcóolicos
Antifúngico
Antitumoral
Antimalárico
Bronquite
Desinteria
Achyrocline
Achyrocline
Satureioides
Inflorescência
Extrato
hidrometanólico
Anti-inflamatório
Analgésico
Sedativo
Hepatoprotetor
Antiespamódico
Arctium
Arctium Lappa
L.
Folhas
Raízes
Sementes
Decocção
Ingestão das
sementes
Folhas
esmagadas
Bactericidada
Antimicótico
Afecções de pelo,
das vias urinárias,
reumatismo, gota e
diabete
Baccharis
Baccharis
dracunculifolia
Folhas
Exsudato e
extratos
Ant-inflamatório,
analgésico e
bacteriostático
Baccharis
trimera L. D.C
Partes aéreas
Decocção e
extratos
hidroalcóolico
Obesidade
Hipercolesterolemia
, anti-inflamatório,
analgésico,
vasodilatador
Bidens Bidens pilosa Folhas Infusão
Antibiótica,
sedativa,
expectorante,
estimulante,
antimicrobiana,
diurética, difusão
hepática
Calendula
Calendula
officinalis L
Folhas e
influorescência
Infusão, chás,
Antiespasmódica,
anti-inflamatória,
antisséptica,
cicatrizante,
depurativa,
emoliente e
sudorípara
Cousina
Cousina
phylloceplala
Folhas Cataplasma
Cicatrizante
Antimicrobicida
Lychnophore
Lychnophore
ericoides
Folhas e
influorescência
Tintura e
cataplasma de
folha
Escoriações,
ferimentos,
contusões e dores
musculares
Mikania
Mikania
glomerata
Folhas e
influorescência
Xarope
Expectorante e
broncodilatadora
Veornonia
Vernonia
condensata
Folhas Infusão
Diarréia, anemia,
ressaca, obesidade,
hemorroidas, gases
intestinais e
estimulador de
apetite
Vernonia
polyanthes
Folhas Infusão
Antiasmática,
antigripal,
balsâmica, diurética,
expectorante,
hemostática
Fonte: Os autores.
A Arctium lappa L. apresenta taninos
e glicosídeos como principais classes de
metabólitos, as mucilagens e os óleos
essências são amplamente utilizados na
medicina popular (USTILIN, 2009). Na
Calendula officianalis, além da presença
característica de óleos essenciais e
mucilagens, flavonoides e saponinas foram
encontrados como compostos majoritários
presentes nas folhas e influorescências
(VOLPATO, 2009).
Os flavonoides, encontrados em
grandes quantidades em Calendula officinalis,
e é um dos responsáveis pelas propriedades de
atividade anti-inflamatórias; saponinas
triterpênicas também tem suas contribuições.
Estudos comprovaram a existência de 0,28 e
0,75% nas inflorescências completa dos
capítulos florais, fontes de flavonoides em
calêndula (VOLPATO, 2009). Na
Lychnophore ericoides, as lactonas
sesquiterpênicas, flavonoides e lignanas, as
quais são responsáveis pela sua atividade
analgésica (GLEHN; RODRIGUES, 2012).
Baccharis é um gênero muito
explorado na literatura, com cerca de 12
espécies, das quais são ocorrentes
flavonoides, terpenos, saponinas,
glicolipídeos, ácidos cumarínicos e
fenilpropanoides. Apresentam atividades
bactericidas, antimicrobicida, anti-
inflamatória, hipoglicemiante e significativa
citotoxicidade. Estudos demonstraram
atividade inibitória do Baccharis
dracunculifolia em culturas de E. coli e S.
aureus, entretanto, baixa atividade inibitória
bactérias P. auginosa, exigindo uma dosagem
elevada. Para o Baccharis trimerar,
flavonoides e saponinas foram as classes de
compostos mais ocorrentes, contribuindo para
a atividade hipercolesterolemia contra
obesidade (SHAHVERDI, 2007).
Em relação a Acanthospermun
australe (Loefl.) Kuntze, a prospecção
fitoquímica disponibilizada na literatura
descreve a presença de terpenos, flavonoides
e fenilpropanoides. Na Achyrocline
satureioides descritos a presença de
flavonoides, taninos e saponinas. Na Bidens
pilosa já foram isolados poliacetilenos e
flavonoides (FERROATTO, 2007).
Estudos relataram que a Mikania
glomerata age diretamente causando
broncodilatação e relaxamento da musculatura
lisa respiratória, o que pode estar relacionado
ao bloqueio dos canais de cálcio,
acompanhado de ações anti-inflamatória e
antialérgica, que são extremamente benéficas
ao tratamento da asma, a qual se caracteriza
por obstrução e inflamação das vias aéreas e,
resposta broncodilatadora exagerada. Apesar
de possuir várias indicações terapêuticas
populares, somente a ação broncodilatadora,
antitussígena, expectorante e edematogênica
sobre as vias respiratórias foram
comprovadas. Segundo a ANVISA, Mikania
glomerata pode ser usado sob as formas de
tintura e extrato (ANVISA, 2008). Dentre os
metabólitos encontrados nessas espécies, se
destacam a cumarina e o ácido caurenoico
pelas ações farmacológicas, tais como anti-
inflamatória e expectorante (OLIVEIRA,
2007).
A presença de lactonas
sesquiterpênicas nos extratos de Vernonia
condensata, que podem apresentar uma ampla
variedade de atividades biológicas e
farmacológicas como atividade anti-
inflamatória, antimicrobiana e antitumoral. Já
para a espécie Vernonia polyanthes foram
isolados os terpenos germacreno-D, α-
humuleno, tridecapentaineno,
biclicogermacreno e cariofileno (PEDROSO,
2007).
CONCLUSÃO
Entre as 71 espécies vegetais de
interesse medicinal indicada pela Anvisa, 10
correspondem à família Asteraceae. As
espécies vegetais dessa família apresentam
um potencial significativo para produção de
fitoterápicos em função de sua utilização para
a cura de diversas doenças pela medicina
popular, são, em sua maioria, espécies de
pequeno porte, adaptável às variadas
condições climáticas e resistentes à
fitopatógenos. Contudo, seu uso deve ser
precedido de amplo estudo toxicológico e sob
orientação de um profissional farmacêutico,
em virtude dos efeitos observados,
principalmente para as espécies do gênero
Baccharis e a Cousina phylloceplala,
mostrando-se elevada toxicidade.
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Farmacognóstica das Raízes de
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em Ciências da Saúde) – Universidade de
Brasília, 2010.
ZANON, R. B.; Metabólitos Secundários em
Vernonia tweedieana Baker. 2006, p. 180.
Dissertação (Mestrado em Ciência
Farmacêuticas) – Universidade Federal de
Santa Maria, 2006.
_____________________________________
1Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas. Laboratório de Farmacognosia e
Fitoquímica. Universidade Federal do Amapá, Rodovia
Juscelino Kubitschek, Km- 02. Jardim Marco Zero -
CEP: 68.902-280 - Macapá-AP, Brasil. E-mail:
alexrodrigues.quim@gmail.com
2Doutora em Química de Produtos Naturais.
Laboratório de Farmacognosia e Fitoquímica,
Universidade Federal do Amapá, Rodovia Juscelino
Kubitschek, Km- 02. Jardim Marco Zero -CEP:
68.902-280 - Macapá-AP, Brasil. E-mail:
sheyllasusan@yahoo.com.br
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  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 18 - Número 1 - 1º Semestre 2018 PERFIL FITOQUÍMICO MAIS OCORRENTE E POTENCIAL FITOTERÁPICO DE ESPÉCIES VEGETAIS DA FAMÍLIA ASTERACEAE Alex Bruno Lobato Rodrigues1 , Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida2 RESUMO A necessidade de inserção de terapêuticas alternativas e acessíveis disponível à população levou a formatação de políticas públicas governamentais para incentivar o uso do potencial de cura de fitoterápicos no Brasil. Promovendo a pesquisa básica, a confirmação das evidências de cura através da identificação das classes de metabólitos secundários mais ocorrentes no perfil fitoquímico do vegetal e no controle de qualidade do material que é disponibilizado no mercado. As resoluções normativas permitem o registro de fitoterápicos através de dados científicos que comprovem a eficácia da droga vegetal e determine os constituintes químicos dessas amostras. Esse estudo objetivou conhecer o perfil fitoquímico mais ocorrentes em espécies vegetais das Astereaceae e avaliar o potencial fitoterápico dessa família capaz de respaldar, com estudos científicos, sua inserção no mercado. Foram feitos levantamentos bibliográfico na literatura especializada em periódicos indexados pela Capes, os dados foram tabulados e os resultados indicaram a presença de 12 espécies vegetais, distribuídas em 10 gêneros, os dados coletados forneceram parâmetros fitoquímicos, atividade biológica e toxicidade que os qualificam com potencial de produção de fitoterápicos, espécies do gênero Baccharis demostrou toxicidade relativamente elevada, e do gênero Cousina não se obteve dados suficientes sob seus possíveis efeitos tóxicos, exigindo estudos aprofundados que certifiquem sua viabilidade. Palavras-chave: Plantas Medicinais. Metabólitos Secundários. Fitoterapia. PROFILE PHYTOCHEMICAL MOST OBSERVED AND POTENTIAL HERBAL FAMILY VEGETABLES SPECIES ASTERACEAE ABSTRACT The need for inclusion of alternative therapies available and accessible to the population led the formatting of government policies to encourage the use of the healing potential of herbal medicines in Brazil. Promoting basic research, confirming the evidence of healing by identifying the classes of secondary metabolites occurring over the phytochemical profile of the plant and quality control of the material that is available on the market. The normative resolutions allow for registration of herbal medicines through scientific data demonstrating the efficacy of plant drug and determine the chemical constituents of these samples. This study aims to know the most occurring phytochemical profile of Astereaceae plant species and assess the potential of this herbal family capable of supporting, with scientific studies, its insertion in the market. Bibliographical surveys were made in the literature in journals indexed by Capes, data were tabulated and the results indicated the presence of 12 plant species belonging to 10 genera, the data collected provided phytochemicals parameters , biological activity and toxicity that qualify them to production potential of herbal medicines, species of the genera Baccharis demonstrated relatively high toxicity, and gender Cousina not yielded sufficient on its possible toxic effects data, which requires detailed studies attest to its viability. Keywords: Medicinal Plants. Secondary Metabolites. Phytotherapy. 09
  • 2. INTRODUÇÃO A ideia primordial na indicação do uso de fitoterápicos na medicina humana não é substituir medicamentos registrados e já comercializados, mas ampliar a opção terapêutica dos profissionais de saúde, ofertando medicamentos equivalentes, também registrados, por vezes mais baratos, com espectro de ação mais adequado, com indicação terapêutica ou complementar às medicações existentes. Outro fator importante seria a valorização das tradições populares e o fornecimento de substrato para a indústria farmacêutica nacional. Um composto vegetal caracterizado é aquele que possui um constituinte fitoquímico, proveniente de órgão, que pode ser usado para garantir a identidade ou a qualidade da preparação fitoterápica, não sendo necessariamente responsável pelos efeitos terapêuticos ou biológicos da planta. Essa matéria-prima é caracterizada pelo conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Ao produto final acabado, embalado e rotulado, podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos permitidos na legislação (ZAMPIERON, 2010). A legislação vigente permite a comercialização de fitoterápicos com comprovado controle de qualidade através de métodos analíticos que incluam perfis cromatográficos e resultados de prospecção fitoquímica, além de comprovação de segurança de uso, incluindo estudos de toxicidade pré-clínica. Outras resoluções da mesma data fornecem as referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de fitoterápicos, tratando ainda de detalhes dos estudos de toxicidade e fornecendo os requisitos necessários para o processo de registro, além da lista de registro simplificado (VOLPATO, 2005). Para tanto, esse estudo objetivou conhecer o perfil fitoquímico mais ocorrentes em espécies vegetais das Astereaceae e avaliar o potencial fitoterápico dessa família capaz de respaldar, com dados científicos, sua inserção no mercado. A POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS No intuito de estabelecer as diretrizes para a atuação do governo na área de plantas medicinais e fitoterápicos, elaborou-se a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que se constitui parte essencial das políticas públicas de saúde, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social como um dos elementos fundamentais de transversalidade na implementação de ações capazes de promover melhorias na qualidade de vida da população brasileira (BRASIL, 2006). Essa atuação é resultado de uma ação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que promoveram a Conferência Internacional sobre Atenção Primária em Saúde em Alma-Ata (Genebra,1978), pela necessidade de ação urgente dos governos, profissionais das áreas de saúde e desenvolvimento, bem como da comunidade mundial para proteger e promover a saúde dos povos no mundo (OMS, 1979). Nessa Conferência, é recomendado aos estados-membros proceder a formulação de políticas e regulamentação nacionais referentes à utilização de remédio tradicionais de eficácia comprovada e exploração de possibilidade de incorporar os detentores de conhecimento tradicional as atividades de atenção primária em saúde, fornecendo-lhes o treinamento correspondente (OMS, 1979). Com isso, estimula-se o uso pleno dos recursos naturais, em particular o uso de plantas medicinais, para conduzir às descobertas de novas substâncias terapêuticas. Reconhecidamente, o Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta que, associada a uma rica diversidade étnica e cultural, detém um valioso conhecimento tradicional associado ao uso de plantas medicinais e dispõe do potencial necessário para desenvolvimento de pesquisas com resultados em tecnologias e terapêuticas apropriadas (BRASIL, 2006).
  • 3. As plantas medicinais são importantes para a pesquisa farmacológica e o desenvolvimento de drogas, não somente quando seus constituintes são usados diretamente como agentes terapêuticos, mas também como matérias-primas para a síntese, ou modelos para compostos farmacologicamente ativos (WHO, 1998). Estima-se que aproximadamente 40% dos medicamentos atualmente disponíveis foram desenvolvidos direta ou indiretamente a partir de fontes naturais, assim subdivididos: 25% de plantas, 12% de micro-organismos e 3% de animais (ZAMPERION, 2010). Das 252 drogas consideradas básicas e essenciais pela OMS, 11% são originárias de plantas e um número significativo são drogas sintéticas obtidas de precursores naturais (RATES, 2001). Além disso, nas últimas décadas, o interesse populacional pelas terapias naturais tem aumentado significativamente nos países industrializados, onde se acha em expansão o uso de plantas medicinais e fitoterápicos (WHO, 2001). Como define Luz Netto Jr. (1998), fitoterapia é uma espécie de terapêutica que utiliza plantas medicinais em suas diferentes preparações farmacêuticas, sem a utilização de substância ativa isolada. Planta medicinal é uma espécie, cultivada ou não, que seja utilizada com propósito terapêutico, chama-se de planta fresca aquela que foi coletada e imediatamente utilizada e droga vegetal a que foi procedida de secagem. A Resolução RDC nº 48, de 16 de março de 2004, que dispõe sobre o registro de medicamento fitoterápico, define esse como medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações destas com extratos vegetais (BRASIL, 2004). Da população mundial, 80% não têm acesso ao atendimento primário de saúde por estarem distantes dos centros ou indisporem de recursos para adquiri-los (VIEIGAS JÚNIOR, 2008). Para essas pessoas a terapia alternativa se apresenta como a principal forma de tratamento procurando a cura de suas moléstias através das plantas medicinais (VIEIGA JÚNIOR; PINTO; MACIEL, 2005). AS ESPÉCIES COM POTENCIAL FITOTERÁPICO DA FAMÍLIA ASTERACEAE A família Asteraceae (Compositae) compreende 1100 gêneros, destes 180 encontrados no Brasil, com, aproximadamente, cerca de 25.000 espécies monofiléticas descritas e botanicamente aceitas. As Asteraceae dispõem de um capítulo constituído por flores pequenas, chamado de flósculos, e anteras fundidas em um anel com pólen empurrado por estilos ou cipselas, espécie de frutos secos com aspectos variados, 98% dos gêneros são de pequeno porte, como ervas e arbustos e, raramente, árvores. São encontradas em regiões tropicais, subtropicais e temperadas, sendo mais abundante na região árida do que nas florestas tropicais úmidas. (SOUZA et al., 2003; VERDI; BRIGHENTE; PIZZOLATTI, 2005; CORREIA, 2010). Os metabólitos secundários produzidos pelo seu sistema químico de defesa contribuíram para o sucesso evolutivo, tornando-se o principal responsável pela importância dessa família na medicinal tradicional, com emprego significativo na alimentação, na cosmética e como planta ornamental e inseticida (CORREIA, 2010; REIS, 2013). A família é conhecida por produzir poliacetilenos, seisquiterpenoides, diterpenoides, triterpenoides, flavonoides, cumarinas, benzefuranos e benzepiranos (EMERENCIANO et al., 1998). No Amapá, estudo de Silva (2002), Costa E. (2013) e Costa J. (2013) apontam o uso terapêutico de espécies desta família pelas comunidades tradicionais com significativo destaque contra malária, gripe, diarreia, gastrite, pressão alta, entre outras.
  • 4. METODOLOGIA Este estudo foi desenvolvido através de revisão literária em 15 artigos científicos retirados de periódicos especializados e indexados na Capes, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Revista Brasileira de Farmacognosia, Caderno de Farmácia, Evidência, Ambiciência e Revista Verde, que tinham como objeto de estudo espécies vegetais das famílias Asteraceae. Após a leitura dos artigos, os seus dados foram tabulados com a intenção de conhecer a indicação na medicina popular para a espécie vegetal, os órgãos utilizados no preparo, sua forma de administração, a ocorrência mais comum de classes de metabólitos secundários cientificamente confirmados em trabalhos científicos e a viabilidade de produção de um fitoterápico dessa droga vegetal. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram levantadas 12 espécies de vegetais da família Asteraceae, distribuídas em 10 gêneros diferentes, os resultados foram tabulados no quadro seguinte, que relaciona a espécie, o uso na medicina popular e a forma de administração (Quadro 01). Quadro 01: Espécie vegetal com potencial fitoterápico da família Asteraceae. GÊNERO ESPÉCIE ORGÃO FORMA DE USO INDICAÇÃO Acanthospermun Acanthospermun australe (Loefl.) Kuntze Folhas e raízes Extratos hidroalcóolicos Antifúngico Antitumoral Antimalárico Bronquite Desinteria Achyrocline Achyrocline Satureioides Inflorescência Extrato hidrometanólico Anti-inflamatório Analgésico Sedativo Hepatoprotetor Antiespamódico Arctium Arctium Lappa L. Folhas Raízes Sementes Decocção Ingestão das sementes Folhas esmagadas Bactericidada Antimicótico Afecções de pelo, das vias urinárias, reumatismo, gota e diabete Baccharis Baccharis dracunculifolia Folhas Exsudato e extratos Ant-inflamatório, analgésico e bacteriostático Baccharis trimera L. D.C Partes aéreas Decocção e extratos hidroalcóolico Obesidade Hipercolesterolemia , anti-inflamatório, analgésico, vasodilatador Bidens Bidens pilosa Folhas Infusão Antibiótica, sedativa, expectorante, estimulante, antimicrobiana, diurética, difusão hepática Calendula Calendula officinalis L Folhas e influorescência Infusão, chás, Antiespasmódica, anti-inflamatória,
  • 5. antisséptica, cicatrizante, depurativa, emoliente e sudorípara Cousina Cousina phylloceplala Folhas Cataplasma Cicatrizante Antimicrobicida Lychnophore Lychnophore ericoides Folhas e influorescência Tintura e cataplasma de folha Escoriações, ferimentos, contusões e dores musculares Mikania Mikania glomerata Folhas e influorescência Xarope Expectorante e broncodilatadora Veornonia Vernonia condensata Folhas Infusão Diarréia, anemia, ressaca, obesidade, hemorroidas, gases intestinais e estimulador de apetite Vernonia polyanthes Folhas Infusão Antiasmática, antigripal, balsâmica, diurética, expectorante, hemostática Fonte: Os autores. A Arctium lappa L. apresenta taninos e glicosídeos como principais classes de metabólitos, as mucilagens e os óleos essências são amplamente utilizados na medicina popular (USTILIN, 2009). Na Calendula officianalis, além da presença característica de óleos essenciais e mucilagens, flavonoides e saponinas foram encontrados como compostos majoritários presentes nas folhas e influorescências (VOLPATO, 2009). Os flavonoides, encontrados em grandes quantidades em Calendula officinalis, e é um dos responsáveis pelas propriedades de atividade anti-inflamatórias; saponinas triterpênicas também tem suas contribuições. Estudos comprovaram a existência de 0,28 e 0,75% nas inflorescências completa dos capítulos florais, fontes de flavonoides em calêndula (VOLPATO, 2009). Na Lychnophore ericoides, as lactonas sesquiterpênicas, flavonoides e lignanas, as quais são responsáveis pela sua atividade analgésica (GLEHN; RODRIGUES, 2012). Baccharis é um gênero muito explorado na literatura, com cerca de 12 espécies, das quais são ocorrentes flavonoides, terpenos, saponinas, glicolipídeos, ácidos cumarínicos e fenilpropanoides. Apresentam atividades bactericidas, antimicrobicida, anti- inflamatória, hipoglicemiante e significativa citotoxicidade. Estudos demonstraram atividade inibitória do Baccharis dracunculifolia em culturas de E. coli e S. aureus, entretanto, baixa atividade inibitória bactérias P. auginosa, exigindo uma dosagem elevada. Para o Baccharis trimerar, flavonoides e saponinas foram as classes de compostos mais ocorrentes, contribuindo para a atividade hipercolesterolemia contra obesidade (SHAHVERDI, 2007). Em relação a Acanthospermun australe (Loefl.) Kuntze, a prospecção fitoquímica disponibilizada na literatura descreve a presença de terpenos, flavonoides e fenilpropanoides. Na Achyrocline satureioides descritos a presença de flavonoides, taninos e saponinas. Na Bidens pilosa já foram isolados poliacetilenos e flavonoides (FERROATTO, 2007).
  • 6. Estudos relataram que a Mikania glomerata age diretamente causando broncodilatação e relaxamento da musculatura lisa respiratória, o que pode estar relacionado ao bloqueio dos canais de cálcio, acompanhado de ações anti-inflamatória e antialérgica, que são extremamente benéficas ao tratamento da asma, a qual se caracteriza por obstrução e inflamação das vias aéreas e, resposta broncodilatadora exagerada. Apesar de possuir várias indicações terapêuticas populares, somente a ação broncodilatadora, antitussígena, expectorante e edematogênica sobre as vias respiratórias foram comprovadas. Segundo a ANVISA, Mikania glomerata pode ser usado sob as formas de tintura e extrato (ANVISA, 2008). Dentre os metabólitos encontrados nessas espécies, se destacam a cumarina e o ácido caurenoico pelas ações farmacológicas, tais como anti- inflamatória e expectorante (OLIVEIRA, 2007). A presença de lactonas sesquiterpênicas nos extratos de Vernonia condensata, que podem apresentar uma ampla variedade de atividades biológicas e farmacológicas como atividade anti- inflamatória, antimicrobiana e antitumoral. Já para a espécie Vernonia polyanthes foram isolados os terpenos germacreno-D, α- humuleno, tridecapentaineno, biclicogermacreno e cariofileno (PEDROSO, 2007). CONCLUSÃO Entre as 71 espécies vegetais de interesse medicinal indicada pela Anvisa, 10 correspondem à família Asteraceae. As espécies vegetais dessa família apresentam um potencial significativo para produção de fitoterápicos em função de sua utilização para a cura de diversas doenças pela medicina popular, são, em sua maioria, espécies de pequeno porte, adaptável às variadas condições climáticas e resistentes à fitopatógenos. Contudo, seu uso deve ser precedido de amplo estudo toxicológico e sob orientação de um profissional farmacêutico, em virtude dos efeitos observados, principalmente para as espécies do gênero Baccharis e a Cousina phylloceplala, mostrando-se elevada toxicidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, E. L.; et al. Padronização de Farmacognóstica das Raízes de Acanthospermun hispidum DC. (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 88, n. 4, p. 159-162, 2007. BONETT, L. P.; et al. Extrato Etanólico de Cinco Famílias de Plantas e Óleo Essencial da Família Asteraceae sobre o fungo Colletotrichum gloesporioides Coletados de Frutos de Mamoeiro (Carica papaya L.). Revista Brasileira de Agroecologia, v. 7, n. 3, p. 116-129, 2012. BORELLA, J. C.; FONTURA, A. Avaliação do Perfil Cromatográfico e de Teor de Flavonoides em Amostra de Baccharis trimera (Less.) DC. Asteraceae (Carqueja) Comercializada em Ribeirão Preto, SP, Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 12, n. 2, p. 63-67, 2002. BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 48 de 16 de Março de 2004, p. 07, 2007. BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Brasília/ Anvisa, p. 60, 2006. CUNHA, M. J.; et al. Etnobotânica e Ampliação do Conhecimento Sobre Plantas Medicinais em Escolas Públicas do Distrito Federal. Anuário de Produção de Iniciação Científica Discente, v. 13, n. 20, 2010. CZELUSNIAK, K. K.T.; et al. Farmacobotânica, Fitoquímica e Farmacologia do Guaco: Revisão Considerando Mikania glomerato Spreengel e Mikania avigata Schulyz Bip ex. Baker. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 2, p. 400-409, 2002. FERRONATTO, R.; et al. Atividade Antimicrobiana de Óleos Essenciais Produzidos por Baccharis dracunculifolia
  • 7. DC. e Baccharis uncinella DC. (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n. 2, p. 224-230, 2007. GLEHN, E. ; RODRIGUES, G. Antifungigrama Para Comprovar o Potencial de Ação de Extratos Vegetais Higroglicólicos Sobre Candida SP. (Berkhout). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 3, p. 435-438, 2012. GUSMAN, G. S.; BITTENCOURT, A. H. C.; VESTANA, S. Potencial Alelopático de Baccharis druncunculifolia DC. (Asteraceae). Evidências, v. 9, n. 1-2, p. 53-66, 2009. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Conselho Executivo. Medicina tradicional y asistencia sanitaria moderna. Revista internacional de Desarrollo Sanitario, v. 12, n. 1, p. 120, 1991. OLIVEIRA, A. L.; et al. Achyrocline saturoides (Lam.) DC. (Marcela), Asteraceae, Avaliação Comparativa de Droga Vegetal e Estudos Preliminares de Otimização de Extração. Caderno de Farmácia, v. 17, n. 1, p. 33-38, 2001. OLIVEIRA, F. Q.; et al. Espécies Vegetais Indicadas na Odontologia. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n. 3, p. 466-476, 2007. PEDROSO, R.; et al. Levantamento de Plantas Medicinais e Ocorrência em Florestas Ombrófilas Mistas. Ambiciencia, v. 3, n.1, p. 30-50, 2007. SHAHVERDI, A. R.; et al. Concomitant Chemopreventive and Antibacterial Effects of Some Iranian Plants From The Genus Cousinai (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n. 3, p. 325-330, 2007. SOUZA, F. A.; et al. Caracterização Fitoquímica Preliminar de Infusão Populares Obtidas das Partes Aéreas das Espécies Apium leptophylum (Pers.) F. Muell. ex. Benth. (Apiaceae), Elvina biflora L. (DC.) e Vernonia polyanthes Less. (Asteraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 89, n. 1, p. 24-27, 2008. SOUZA, F. F.; et al. Identificação de Plantas Espontâneas com Propriedade Terapêuticas em Áreas Cultivadasc com Jotropha SP. Revista Verde, v. 6, n.4, p. 258-262, 2011. SOUZA, S. P.; et al. Seleção de Extratos Brutos de Plantas com Atividade Antiobesidade. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 4, p. 643-648, 2012. USTULIN, M.; et al. Plantas Medicinais Comercializadas no Mercado Municipal de Campo Grande- MS. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 19, n. 3, p. 805-813. VOLPATO, A. M. M.; Avaliação do Potencial Antibacteriano de Calendula officinalis (Asteraceae) Para Seu Emprego Como Fitoterápico. 2005, p. 137. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal do Paraná, 2005. ZAMPIERON, R. G. Estudo Químico e Potencial Oxidante de Espécies Vegetais Utilizadas na Medicina Popular do Mato Grosso do Sul – Achyrocline alata (Kunth) DC. e Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae. 2010, p. 141. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade de Brasília, 2010. ZANON, R. B.; Metabólitos Secundários em Vernonia tweedieana Baker. 2006, p. 180. Dissertação (Mestrado em Ciência Farmacêuticas) – Universidade Federal de Santa Maria, 2006. _____________________________________ 1Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Laboratório de Farmacognosia e Fitoquímica. Universidade Federal do Amapá, Rodovia Juscelino Kubitschek, Km- 02. Jardim Marco Zero - CEP: 68.902-280 - Macapá-AP, Brasil. E-mail: alexrodrigues.quim@gmail.com 2Doutora em Química de Produtos Naturais. Laboratório de Farmacognosia e Fitoquímica, Universidade Federal do Amapá, Rodovia Juscelino Kubitschek, Km- 02. Jardim Marco Zero -CEP: 68.902-280 - Macapá-AP, Brasil. E-mail: sheyllasusan@yahoo.com.br 15