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Malformações congénitas e Hérnias
da Parede Abdominal em Pediatria
RENATA DHIRAJLAL
MÉDICA RESIDENTE DE CIRURGIA PEDIÁTRICA
JUNHO,2022
Embriologia
• Anel umbilical : 4ª semana
• Hérnia fisiológica : 6ª semana
• Ducto vitelino: desaparece na 7ª semana
• Retorno dos intestinos à cavidade abdominal: 10ª semana
• Fechamento do anel umbilical: 12ª semana
Malformações da parede abdominal
Onfalocele
• Quando o instestino não retorna à cavidade abdominal com as
vísceras abdominais protruindo directamente pelo umbigo.(fígado,
bexiga,estômafo, ovário ou testículo)
• É comum estar coberto por uma membrana.
• Defeito < 3cm : hérnia do cordão.
Malformações da parede abdominal
Onfalocele
• Pode haver alterações do cariótipo em carca de 30% dos lactentes
(trissomia 13,18 e 21).
• Coexistência de outras malformações leves a graves (cardíacas,
musculoesqueléticas, gastrointestinais e genitourinárias.
• Associação com Síndrome de Beckwith-Wiedmann (onfalocele,
hiperinsulinémia e macroglossia)
Síndrome de Beckwith-Wiedmann
Malformações da parede abdominal
Onfalocele
• Tratamento:
• Cobertura da membrana com compressa húmida.
• Descartar outras malformações.
• Pode-se postegrar intervenção cirúrgica.
• Cirúrgico: redução do conteúdo e encerramento.
Malformações da parede abdominal
Gastrosquise
• Defeito situa-se sempre do lado direito
do umbigo, o cordão umbilical está
íntegro e nunca existe membrana
cobrindo as vísceras.
• Pouco frequente o risco de anomalias
associadas com excepção de atresia
intestinal (15%).
Malformações da parede abdominal
Gastrosquise
• Causas suportadas por teorias.
• Teoria 1: falha do desenvolvimento do mesoderma na parede
abdominal anterior.
• Teoria 2: falha da fusão das pregas laterais na linha média deixando
um defeito no lado direito do umbigo.
• Teoria 3: trombose da veia onfalomesentérica direita (veia umbilical) -
gastrosquise às vezes está associada à atresia intestinal, condição que
também se acredita estar associada a uma etiologia isquêmica.
Malformações da parede abdominal
Gastrosquise
• Os neonatos são com frequência pequenos para idade gestacional.
• Hístoia de uso de cigarros, álcool,drogas, AAS, Ibuprofeno ou
pseudoefedrina no 1o trimestre da gravidez.
• Há risco 11 vezes maior nos filhos de mulheres <20 A.
Malformações da parede abdominal
Gastrosquise
• Tratamento:
• Cirúrgico, semelhante ao da onfalocele.
• Redução do conteúdo
• Fechamento primário
• Fechamento faseado
• Complicação : síndrome compartimental abdominal.
• Morbi-mortalidade peos-operatória.
• Considerar suporte nutricional.
Malformações da parede abdominal
Gastrosquise
Malformações da parede abdominal
Hérnia
Definição
• É a protrusão
anormal de um orgão
ou tecido por um
defeito das suas
paredes
circundantes.
Conceitos
• Hérnia redutível: quando os conteúdos podem ser
reposicionados por entre a musculatura circundante
• Hérnia irredutível ou encarcerada: quando não pode ser
reduzida.
• Hérnia estrangulada: tem suprimento sanguíneo comprometido
para os seus conteúdos.
• Hérnia externa: faz protrusão
através de todas as camadas
da parede abdominal
• Hérnia interna: protrusão do
instestino através de um
defeito da cavidade peritoneal.
Hérnia Inguinal
Hérnias Inguinais
• Hérnia inguinal indirecta
• O saco herniário inguinal passa do anel inguinal interno
obliquamente em direcção ao anel inguinal externo e por fim para
o escroto.
• Hérnia inguinal directa
• O saco faz protrusão para fora e para adiante e é medial ao anel
inguinal interno e vasos epigástricos inferiores.
Hérnia Inguinal
• O tratamento da hérnia inguinal (HI) é um dos procedimentos
cirúrgicos mais frequentes em pediatria.
• Praticamente, toda a HI é indirecta e de origem congénita.
• Causa: persistência do ducto peritóneo-vaginal, fornecendo várias
anormalidades ( hérnia inguino-escrotal,hidrocele comunicante,
quisto do cordão ou hidrocele não comunicante)
Hérnia Inguinal
• Incidência: 10-20 / 1000 nascidos vivos.
• Maior nos recém-nascidos pré-termo (30%).
• 1/3 das crianças tem <6meses.
• Os meninos são afectados mais 6 vezes que as meninas.
• Lado direito acometido 60%, esquerdo em 30%, bilateralmente 10%.
• Acometimento do lado direito: descida e obliteração mais tardia do
ducto peritóneovaginal do testículo direito.
Hérnia Inguinal
• Diagnóstico:
• Abaulamento na região inguinal, estendendo-se para baixo por
distâncias varáveis;
• Dor na região inguinal
Hérnia Inguinal
Hérnia Inguinal
• Tratamento
• Cirúrgico
• Reparo precoce: risco elevado de lesões das estruturas do cordão,
recidivas e apnéia.
• Reparo após 50 semanas de vida.
Apresentações especiais da hérnia
Hérnia Umbilical
• Persistência da abertura do anel umbilical.
• Em até 80% dos casos, o fechamento completo pode ocorrer até aos
4-6 anos.
• Raramento cursa com complicações.
• Quando >2cm, menor probabilidade de regressão.
Hérnia Epigástrica
• Representa a 3ª hérnia mais comum em crianças.
• Pode-se manifestar em qualquer ponto da linha média do abdómen.
• Não confundir com o grande defeito da diástese dos rectos abdominais.
• Herniação de gordura pré-peritoneal.
• Estrangulamento da gordura: dor, hiperemia e edema.
• Tratamento cirúrgico.
Complicações pós operatórias de reparo de
hérnia
• Infecção da ferida operatória
• Seroma
• Granuloma
• Dor crónica
• Recidiva
Síndrome de Prune-Belly
• Deficiência ou ausência da musculatura da parede abdominal
• Anomalias associadas
• Criptorquidismo
• Anomalias do trato genito-urinário
Malformações umbilicais
• Associam-se à comunicação anormal com o trato gastrointestinal ou
com a bexiga.
• Suspeitar quando:
• Não queda espontânea do cordão umbilical
• Prolapso da mucosa ou tecido de granulação na base do umbigo
• Drenagem de urina ou fezes pelo umbigo.
Malformações umbilicais
Persistência do ducto onfalomesentérico
• Comunicação do trato gastrointestinal com o umbigo ocorre através
do ducto onfalomesentérico patente.
• Quando o remanescente deste ducto nõ está conectado à parede
abdominal: divertículo de Meckel
• Quando a comunicação está aberta: saída de fezes pelo umbigo.
(ducto patente)
Malformações umbilicais
Persistência do ducto onfalomesentérico
• Conexão entre íleo e umbigo não patente: ponto fixo inicial de volvo
ou oclusão instestinal.
• Tratamento: ressecção do ducto onfalomesentérico em direcção
descendente até à face antimesentérica do íleo onde ele é ligado.
Malformações umbilicais
Persistência do úraco
• Comunicação da baxiga com o umbigo ocorre através do úraco
patente.
• Diagnóstico: ecografia da parede abdominal infraumbilical.
• Drenagem de urina ou prolapso de muscosa ou tecido de granulação
após queda do cordão umbilical.
Malformações umbilicais
Persistência do úraco
Malformações umbilicais
Persistência do úraco
• Uraco patente: estende-se desde a cúpula da bexiga retroperitoneal
ao longo da linha média da parede abdominal anterior, onde se liga à
base do umbigo.
• Tratamento:exploração umbilical com dissecção do úraco para baixo.
• Sinus ( sem comunicação patente) – drenagem de muco pelo umbigo
• Quisto do úraco – drenagem percutânea
OBRIGADA

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  • 1. Malformações congénitas e Hérnias da Parede Abdominal em Pediatria RENATA DHIRAJLAL MÉDICA RESIDENTE DE CIRURGIA PEDIÁTRICA JUNHO,2022
  • 2. Embriologia • Anel umbilical : 4ª semana • Hérnia fisiológica : 6ª semana • Ducto vitelino: desaparece na 7ª semana • Retorno dos intestinos à cavidade abdominal: 10ª semana • Fechamento do anel umbilical: 12ª semana
  • 3.
  • 4.
  • 5. Malformações da parede abdominal Onfalocele • Quando o instestino não retorna à cavidade abdominal com as vísceras abdominais protruindo directamente pelo umbigo.(fígado, bexiga,estômafo, ovário ou testículo) • É comum estar coberto por uma membrana. • Defeito < 3cm : hérnia do cordão.
  • 6. Malformações da parede abdominal Onfalocele • Pode haver alterações do cariótipo em carca de 30% dos lactentes (trissomia 13,18 e 21). • Coexistência de outras malformações leves a graves (cardíacas, musculoesqueléticas, gastrointestinais e genitourinárias. • Associação com Síndrome de Beckwith-Wiedmann (onfalocele, hiperinsulinémia e macroglossia)
  • 8. Malformações da parede abdominal Onfalocele • Tratamento: • Cobertura da membrana com compressa húmida. • Descartar outras malformações. • Pode-se postegrar intervenção cirúrgica. • Cirúrgico: redução do conteúdo e encerramento.
  • 9. Malformações da parede abdominal Gastrosquise • Defeito situa-se sempre do lado direito do umbigo, o cordão umbilical está íntegro e nunca existe membrana cobrindo as vísceras. • Pouco frequente o risco de anomalias associadas com excepção de atresia intestinal (15%).
  • 10. Malformações da parede abdominal Gastrosquise • Causas suportadas por teorias. • Teoria 1: falha do desenvolvimento do mesoderma na parede abdominal anterior. • Teoria 2: falha da fusão das pregas laterais na linha média deixando um defeito no lado direito do umbigo. • Teoria 3: trombose da veia onfalomesentérica direita (veia umbilical) - gastrosquise às vezes está associada à atresia intestinal, condição que também se acredita estar associada a uma etiologia isquêmica.
  • 11. Malformações da parede abdominal Gastrosquise • Os neonatos são com frequência pequenos para idade gestacional. • Hístoia de uso de cigarros, álcool,drogas, AAS, Ibuprofeno ou pseudoefedrina no 1o trimestre da gravidez. • Há risco 11 vezes maior nos filhos de mulheres <20 A.
  • 12. Malformações da parede abdominal Gastrosquise • Tratamento: • Cirúrgico, semelhante ao da onfalocele. • Redução do conteúdo • Fechamento primário • Fechamento faseado • Complicação : síndrome compartimental abdominal. • Morbi-mortalidade peos-operatória. • Considerar suporte nutricional.
  • 13. Malformações da parede abdominal Gastrosquise
  • 15. Hérnia Definição • É a protrusão anormal de um orgão ou tecido por um defeito das suas paredes circundantes.
  • 16. Conceitos • Hérnia redutível: quando os conteúdos podem ser reposicionados por entre a musculatura circundante • Hérnia irredutível ou encarcerada: quando não pode ser reduzida. • Hérnia estrangulada: tem suprimento sanguíneo comprometido para os seus conteúdos.
  • 17.
  • 18. • Hérnia externa: faz protrusão através de todas as camadas da parede abdominal • Hérnia interna: protrusão do instestino através de um defeito da cavidade peritoneal.
  • 20. Hérnias Inguinais • Hérnia inguinal indirecta • O saco herniário inguinal passa do anel inguinal interno obliquamente em direcção ao anel inguinal externo e por fim para o escroto. • Hérnia inguinal directa • O saco faz protrusão para fora e para adiante e é medial ao anel inguinal interno e vasos epigástricos inferiores.
  • 21.
  • 22. Hérnia Inguinal • O tratamento da hérnia inguinal (HI) é um dos procedimentos cirúrgicos mais frequentes em pediatria. • Praticamente, toda a HI é indirecta e de origem congénita. • Causa: persistência do ducto peritóneo-vaginal, fornecendo várias anormalidades ( hérnia inguino-escrotal,hidrocele comunicante, quisto do cordão ou hidrocele não comunicante)
  • 23. Hérnia Inguinal • Incidência: 10-20 / 1000 nascidos vivos. • Maior nos recém-nascidos pré-termo (30%). • 1/3 das crianças tem <6meses. • Os meninos são afectados mais 6 vezes que as meninas. • Lado direito acometido 60%, esquerdo em 30%, bilateralmente 10%. • Acometimento do lado direito: descida e obliteração mais tardia do ducto peritóneovaginal do testículo direito.
  • 24. Hérnia Inguinal • Diagnóstico: • Abaulamento na região inguinal, estendendo-se para baixo por distâncias varáveis; • Dor na região inguinal
  • 26. Hérnia Inguinal • Tratamento • Cirúrgico • Reparo precoce: risco elevado de lesões das estruturas do cordão, recidivas e apnéia. • Reparo após 50 semanas de vida.
  • 28. Hérnia Umbilical • Persistência da abertura do anel umbilical. • Em até 80% dos casos, o fechamento completo pode ocorrer até aos 4-6 anos. • Raramento cursa com complicações. • Quando >2cm, menor probabilidade de regressão.
  • 29. Hérnia Epigástrica • Representa a 3ª hérnia mais comum em crianças. • Pode-se manifestar em qualquer ponto da linha média do abdómen. • Não confundir com o grande defeito da diástese dos rectos abdominais. • Herniação de gordura pré-peritoneal. • Estrangulamento da gordura: dor, hiperemia e edema. • Tratamento cirúrgico.
  • 30. Complicações pós operatórias de reparo de hérnia • Infecção da ferida operatória • Seroma • Granuloma • Dor crónica • Recidiva
  • 31. Síndrome de Prune-Belly • Deficiência ou ausência da musculatura da parede abdominal • Anomalias associadas • Criptorquidismo • Anomalias do trato genito-urinário
  • 32. Malformações umbilicais • Associam-se à comunicação anormal com o trato gastrointestinal ou com a bexiga. • Suspeitar quando: • Não queda espontânea do cordão umbilical • Prolapso da mucosa ou tecido de granulação na base do umbigo • Drenagem de urina ou fezes pelo umbigo.
  • 33. Malformações umbilicais Persistência do ducto onfalomesentérico • Comunicação do trato gastrointestinal com o umbigo ocorre através do ducto onfalomesentérico patente. • Quando o remanescente deste ducto nõ está conectado à parede abdominal: divertículo de Meckel • Quando a comunicação está aberta: saída de fezes pelo umbigo. (ducto patente)
  • 34.
  • 35. Malformações umbilicais Persistência do ducto onfalomesentérico • Conexão entre íleo e umbigo não patente: ponto fixo inicial de volvo ou oclusão instestinal. • Tratamento: ressecção do ducto onfalomesentérico em direcção descendente até à face antimesentérica do íleo onde ele é ligado.
  • 36. Malformações umbilicais Persistência do úraco • Comunicação da baxiga com o umbigo ocorre através do úraco patente. • Diagnóstico: ecografia da parede abdominal infraumbilical. • Drenagem de urina ou prolapso de muscosa ou tecido de granulação após queda do cordão umbilical.
  • 38. Malformações umbilicais Persistência do úraco • Uraco patente: estende-se desde a cúpula da bexiga retroperitoneal ao longo da linha média da parede abdominal anterior, onde se liga à base do umbigo. • Tratamento:exploração umbilical com dissecção do úraco para baixo. • Sinus ( sem comunicação patente) – drenagem de muco pelo umbigo • Quisto do úraco – drenagem percutânea

Notas do Editor

  1. Fixação da 1a, 2a e 3a porcao do duodeno e colon ascendente e descendente
  2. Isquémia por constrição - alterações de motilidade, digestão e/ou absorção.
  3. Isquémia por constrição - alterações de motilidade, digestão e/ou absorção.
  4. Ocorre mais estrangylamento nas hérnias grandes com orifício reduzido. (obstrução do fluxo arterial e venoso) Adesões entre os conteúdos da hérnia e o revestimento peritoneal do saco proporcionam aprisionameno dos contúdos da hérnia e predispoe a oclusão intestinal.
  5. Hérnia externa: fixação retroperitoneal anormal do mesentério, forame ou fossa interna muito largos, superfícies mesentéricas incompletas/
  6. Umbigo ao apêndice xifóide Pequena falha da aponevrose
  7. Uraco patente: estende-se desde a cúpula da bexiga retroperitoneal ao longo da linha média da parede abdominal anterior, onde se liga à base do umbigo.
  8. Uraco patente: estende-se desde a cúpula da bexiga retroperitoneal ao longo da linha média da parede abdominal anterior, onde se liga à base do umbigo.