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Distócias e Partograma
Disciplina de Saúde da Mulher, 2011.
IAMSPE
Daniel Damiani, 2011
Mecanismo Natural do Parto
Distócias
O Palavra originada do grego: dustokia.
O Significado: mal parto; parto anormal, difícil.
O Anormalidade(s) do(s) mecanismo(s) do parto que
interferem na evolução fisiológica do mesmo.
O EUTÓCIA: originado do grego, eutokia.
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O Distócia do Trajeto.
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O Distócia do Objeto.
O Distócias Fetais.
O Distócia do Motor.
O Distócias Funcionais (uterinas).
Distócias de Trajeto
O Trajeto Mole:
O Colo Uterino:
O Edema (sequela de parto ou cirurgia)
O Rigidez (partos, cicatrizes, radioterapia)
O Aglutinação (há esvaecimento porém sem dilatação)
O Distopias (prolapso uterino)
O Miomas, Carcinomas
O Vagina:
O Septos, Cistocele, Retocele
O Neoplasias: mioma, carcinoma, sarcoma
O Rigidez
O Estenoses
O Vulva:
O Varizes, cistos, abscessos de Bartholin, estenoses,
alterações do hímen, hematomas e condilomas.
Distócias de Trajeto
O Trajeto Duro:
O Avaliação dos diâmetros:
O Promontório: <12cm
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O Ângulo Subpúbico: <120°
O Avaliação do tipo de pelve:
O Platipelóide (5%)
O Andróide (20%)
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Distócias de Trajeto
O Trajeto Duro:
O Desproporção Céfalo-Pélvica:
O Biparietal > 9,8cm.
O Descida fica interrompida.
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O Distócia Bisacromial:
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O Manobra de Mc Roberts
O Episiotomia.
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O Rotação Fetal.
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O Hiperatividade Uterina:
O Parto Taquitócito ou Precipitado = > 5 contrações/min.
O Hipoatividade Uterina:
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O Distócias Cervicais Primárias (aglutinação):
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O Hipoplasia congênita do orifício interno do colo.
O Falso Trabalho de Parto:
O Contração sem dor: Braxton-Hicks.
O Provável inflamação.
O Não há dilatação e esvaecimento.
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Partogramas
O Representação gráfica da evolução do trabalho de
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O Relaciona dilatação do colo (cm) com o tempo (h) e
planos De Lee (-5 a +5).
O Em geral: quando a dilatação não esta ocorrendo
adequadamente pensamos em problemas do
“motor”!
O Quando houver parada da descida com dilatação do
colo, pensamos em desproporção CP!
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O Existe evidência científica (nível A) do valor da
utilização do partograma na condução do trabalho
de parto.
Partogramas
Curva Hiperbólica
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Partograma: Períodos
O Fase Latente (Período Preparatório):
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O Duração:
O Nulípara: 16-20h
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O Disfunção:
O Fase Latente Prolongada.
Partograma: Períodos
O Fase Ativa:
O Aumento da velocidade de dilatação.
O Velocidade:
O Nulípara: 1,2cm/h
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O Duração:
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O Disfunções:
O Fase Ativa Prolongada.
O Parada Secundária da Dilatação.
O Parto Precipitado ou Taquitócito.
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O Período Pélvico:
O Exploração do trajeto pélvico e expulsão.
O Duração: 1-2h.
O Disfunção:
O Parada Secundária da Descida.
O Prolongamento da Descida.
Partograma
ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3
PARTO
VAGINAL
Partograma
Partograma
O Iniciar registro gráfico na fase ativa do trabalho de
parto: 2-3 contrações eficientes em 10 minutos com
dilatação maior ou igual a 3cm.
O Toques Vaginais: a cada 1-2h no ápice da
contração. Avaliar a dilatação, altura da
apresentação, bolsa e cor do líquido amniótico.
Aplicação Clínica
O Partograma Normal
Aplicação Clínica
O Parto Precipitado ou Taquitócito:
Dilatação, descida e
expulsão do feto em
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Complicações: laceração
do trajeto e embolia do
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Conduta:
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parto.
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Etiologia:
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2h!
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excessivamente lenta
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Etiologia:
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Conduta:
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Partogramas – Conclusões:
O Monitorização do trabalho de parto.
O Detecção precoce das distócias, fundamental para
queda da mortalidade materno-fetal.
O Simplicidade e utilidade prática.
O Torna intervenções mais criteriosas.
Referências Bibliográficas
O Zugaib M, Bittar RE. Protocolos Assistenciais – 3ª
Edição, Cap 74, Página 677-682.
O Leveno KJ, et al. Manual de Obstetrícia de
Williams – Complicações na Gestação. 22ª
Edição, Cap 14, Página 120-139.
O Ministério da Saúde.
http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/file/SPP_arquiv
os/comite_mort_mat_infant/partograma/5partogram
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  • 1. Distócias e Partograma Disciplina de Saúde da Mulher, 2011. IAMSPE Daniel Damiani, 2011
  • 3. Distócias O Palavra originada do grego: dustokia. O Significado: mal parto; parto anormal, difícil. O Anormalidade(s) do(s) mecanismo(s) do parto que interferem na evolução fisiológica do mesmo. O EUTÓCIA: originado do grego, eutokia. O Significado: parto harmonioso, parto normal.
  • 4. Classificação das Distócias O Distócia do Trajeto. O Canal Vaginal O Estreitos. O Distócia do Objeto. O Distócias Fetais. O Distócia do Motor. O Distócias Funcionais (uterinas).
  • 5. Distócias de Trajeto O Trajeto Mole: O Colo Uterino: O Edema (sequela de parto ou cirurgia) O Rigidez (partos, cicatrizes, radioterapia) O Aglutinação (há esvaecimento porém sem dilatação) O Distopias (prolapso uterino) O Miomas, Carcinomas O Vagina: O Septos, Cistocele, Retocele O Neoplasias: mioma, carcinoma, sarcoma O Rigidez O Estenoses O Vulva: O Varizes, cistos, abscessos de Bartholin, estenoses, alterações do hímen, hematomas e condilomas.
  • 6. Distócias de Trajeto O Trajeto Duro: O Avaliação dos diâmetros: O Promontório: <12cm O Diâmetro Biciático: <10cm O Ângulo Subpúbico: <120° O Avaliação do tipo de pelve: O Platipelóide (5%) O Andróide (20%) O Ginecóide (50%) O Antropóide (25%)
  • 7. Distócias de Trajeto O Trajeto Duro: O Desproporção Céfalo-Pélvica: O Biparietal > 9,8cm. O Descida fica interrompida. O Leva a cefalohematoma.
  • 8. Distócias do Objeto O Apresentação Pélvica: O Incompleta (90%): O Completa: (10%) O Apresentação Córmica
  • 9. Distócias do Objeto O Distócia Bisacromial: O Encravamento do ombro anterior acima do púbis mas também o ombro posterior pode ficar retido acima do promontório. O Manobra de Mc Roberts O Episiotomia. O Anestesia. O Rotação Fetal. O Fratura de Clavícula.
  • 10. Distócias Funcionais O Hiperatividade Uterina: O Parto Taquitócito ou Precipitado = > 5 contrações/min. O Hipoatividade Uterina: O Atividade uterina ineficiente. O Atonia ou Hipotonia. O Hipertonia: O Com Obstrução: defletida de 2° grau e desproporção céfalo-pélvica. O Sem Obstrução: DPP. Distócias Funcionais: importante causa de cesárea!!!
  • 11. Distócias Funcionais O Distócias Cervicais Primárias (aglutinação): O Colo esvaece mas não dilata. O Etiologia ?? O Hipoplasia congênita do orifício interno do colo. O Falso Trabalho de Parto: O Contração sem dor: Braxton-Hicks. O Provável inflamação. O Não há dilatação e esvaecimento. O Não há sangramento ou saída de muco.
  • 12. Partogramas O Representação gráfica da evolução do trabalho de parto. O Relaciona dilatação do colo (cm) com o tempo (h) e planos De Lee (-5 a +5). O Em geral: quando a dilatação não esta ocorrendo adequadamente pensamos em problemas do “motor”! O Quando houver parada da descida com dilatação do colo, pensamos em desproporção CP!
  • 13. Partogramas O Existe evidência científica (nível A) do valor da utilização do partograma na condução do trabalho de parto.
  • 14. Partogramas Curva Hiperbólica Curva Sigmóide Fase Latente Fase Ativa Período Pélvico
  • 15. Partograma: Períodos O Fase Latente (Período Preparatório): O Amolecimento do colo. O Apagamento do colo. O Início da dilatação. O Duração: O Nulípara: 16-20h O Multípara: 12-16h O Disfunção: O Fase Latente Prolongada.
  • 16. Partograma: Períodos O Fase Ativa: O Aumento da velocidade de dilatação. O Velocidade: O Nulípara: 1,2cm/h O Multípara: 1,5cm/h O Duração: O Nulípara: 3,4h O Multípara: 1,5h O Disfunções: O Fase Ativa Prolongada. O Parada Secundária da Dilatação. O Parto Precipitado ou Taquitócito.
  • 17. Partograma: Períodos O Período Pélvico: O Exploração do trajeto pélvico e expulsão. O Duração: 1-2h. O Disfunção: O Parada Secundária da Descida. O Prolongamento da Descida.
  • 18. Partograma ZONA 1 ZONA 2 ZONA 3 PARTO VAGINAL
  • 20. Partograma O Iniciar registro gráfico na fase ativa do trabalho de parto: 2-3 contrações eficientes em 10 minutos com dilatação maior ou igual a 3cm. O Toques Vaginais: a cada 1-2h no ápice da contração. Avaliar a dilatação, altura da apresentação, bolsa e cor do líquido amniótico.
  • 22. Aplicação Clínica O Parto Precipitado ou Taquitócito: Dilatação, descida e expulsão do feto em tempo menor ou igual a 4h. Complicações: laceração do trajeto e embolia do LA. Conduta: - Monitorar feto. - Revisão do canal de parto.
  • 23. Aplicação Clínica O Fase Latente Prolongada Condução: - Repouso em casa. - Evitar ocitócitos. - Tranquilizar família.
  • 24. Aplicação Clínica O Período de Dilatação Prolongada (Fase Ativa): dilatação <1cm/h. Etiologia: - Desprop. CP; - Contração Ineficiente; - Defeito da posição da Apresentação Amniotomia Deambulação Ocitocina
  • 25. Aplicação Clínica O Parada Secundária da Dilatação Mesma dilatação após 2 toques com intervalo de 2h! Zona 2-3 de Philpott Etiologia: - Desprop. CP Absoluta = Cesárea! - Desprop. CP Relativa = Assinclitismo, Deflexão, Variedade transversa.
  • 26. Aplicação Clínica O Prolongamento da Descida: Descida progressiva mas excessivamente lenta após dilatação completa. Etiologia: - Contratilidade uterina deficiente. - Despropor. CP. Conduta: - Expectante. - Ocitocina, Amniotomia, Fórceps. - Cesárea na DCP.
  • 27. Aplicação Clínica O Parada Secundária da Descida: Parada da descida por pelo menos uma hora após o início da mesma. Etiologia: - DCP. Conduta: - DCP Absoluta = Cesárea.
  • 28. Partogramas – Conclusões: O Monitorização do trabalho de parto. O Detecção precoce das distócias, fundamental para queda da mortalidade materno-fetal. O Simplicidade e utilidade prática. O Torna intervenções mais criteriosas.
  • 29. Referências Bibliográficas O Zugaib M, Bittar RE. Protocolos Assistenciais – 3ª Edição, Cap 74, Página 677-682. O Leveno KJ, et al. Manual de Obstetrícia de Williams – Complicações na Gestação. 22ª Edição, Cap 14, Página 120-139. O Ministério da Saúde. http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/file/SPP_arquiv os/comite_mort_mat_infant/partograma/5partogram a.pdf