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1 de 51
Derivação dos limites de exposição
ocupacional e o peso das evidências
        Prof. Dra. Maria de Fatima Pedrozo
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E
                   DOENÇA
✽Georgius Agricola, 1556

  ✽ 1ª. Publicação: De Re metállica




✽Bernardo Ramazzini, 1713
  ✽De morbis artificum diatriba
Revolução Industrial e
  Condições de trabalho

  Transformações econômicas,
tecnológicas e sociais, a partir de
              1750




      Saúde ocupacional
      Higiene industrial
      Toxicologia
      Legislação trabalhista
Revolução química




 1880 – mais de 10.000 substâncias sintetizadas

 Produção e uso de novas substâncias




        Efeitos adversos
Da Revolução Química aos Limites de
    exposição ocupacional (OEL)

         Observação das condições de
          saúde dos trabalhadores e
                   mortes




            Necessidade de
            controlar a exposição




       Estabelecimento de valores
       limites para o ambiente de
       trabalho
OEL p/                                                  Tabela de
                                         Poeiras c/                        OEL                   MAC p/
                                         altas conc.                     100 subst.              63 subst.
                                         quartzo                                                            Lista de       Lei
 1° OEL                   OEL agudo                           OEL                    1ª. Lista              MAC p/         TLVs
                                                                                      MAC p/
 para CO                  p/ 20 subst.                      33 subst.                 Subst.
                                                                                                            132 subst.



                             1912          1916      1926    1938 1941 1942 1945
                                                                                                                           1970
  1883                       Kobert - Minas de ouro US Alemanha ACGIHACGIH COOK
                                      África do Sul
                                                    Bureau                                                                 EUA
  GRUBER                     Alemanha               of mines




PAUSTENBACH et al. The history and biological Basis of occupational exposure limits for chemical agents. In: ROSE, V.E.;
COHRSSEN, B. Patty’s industrial hygiene. 6 ed. Hoboken: John Wiley & Sons, 2011.
Como determinar a concentração
   “segura” da substância no
     ambiente de trabalho?
Estudos com Animais
         de Experimentação
✽ J.W. Trevan , 1927 - DL50

✽ Draize, 1944 : teste de irritação ocular/dérmica



✽ Alguns anos depois- US National Institute on Cancer– padronizou
  estudo de carcinogenicidade em camundongos e ratos, doses
  diárias,2 anos.
✽ 1960s, Talidomida                   – Estudo sobre desenvolvimento e reprodução

✽ 1980s – Diretrizes OECD -Estudos de Avaliação de toxicidade

     Proc. R. Soc. Lond. B 1 July 1927 vol. 101 no. 712 483-514
Finalidade dos Estudos experimentais
                  Identificação do perigo
                   das substâncias químicas


                     Efeitos adversos
    Efeito
carcinogênico

                 Crônico              Agudo

   Efeito Não
 carcinogênico
Estudos de toxicidade para avaliação de risco

estágio de vida

             Concepção     nasci/o   fase adulta   senescência        óbito



Estudos de toxicidade

Agudo

Subcrônico

Crônico

Reprodução

Desenvolvimento

Efeito órgão -especifico                                         10
Estudos toxicológicos

✽ Toxicidade aguda ( OECD 401, 402, 403, 420,423, 425)
✽ Irritação dérmica/ocular (OECD 404, 405)
✽ Sensibilização dérmica (OECD 406)
✽ Toxicidade subcrônica – 14 ou 28 d ( OECD 407)
✽ Toxicidade subcrônica – 90 d roedores ( OECD 408, 409)
✽ Toxicidade crônica (OECD, 452)
✽ Carcinogenicidade (OECD 453, 451)
✽ Genotoxicidade (OECD, 471-486)
✽ Desenvolvimento (OECD, 414)
✽ Reprodução (OECD, 415-416)
✽ Neurotoxicidade (OECD, 424)
✽ Toxicocinética ( OECD, 417)

                                                           11
Identificação do perigo


Estudos Epidemiológicos:
fornecem informações mais relevantes sobre
efeitos à saúde humana




Avaliam exposições em seus ambientes naturais, na
presença de fatores de risco concomitantes como dieta
e hábitos (tabagismo).
Identificação do perigo
-identificação do tipo e natureza dos efeitos adversos à
saúde
   estudos com homem
   estudos toxicológicos com animais
   estudos REA (SAR)
Toxicidade x Risco
- Identificação do Perigo
        - Avaliação dose-resposta
                          Exposição
Toxicidade




      Caracterização do
            risco
Avaliação dose-resposta



             Pergunta:
Qual a dose “segura” para o homem?
Relação Dose-Resposta numa população

✽ % população de expostos que responde a
  cada nível de dose experimental



✽ Variação na suscetibilidade
Resposta da
população
   100 %




              x
                  Dose
%

   R
   E
   S
   P
   o
   S
   T
   A
                      População
                      Exposta
                      Gde número

              dose    dose         dose
              baixa   média        alta
Indivíduos                                Indivíduos
suscetíveis                               Resistentes
100
                           Distribuição
                           de frequência
                           acumulativa
                75
% de resposta




                50



                25

                                                         Distribuição de
                5                                        frequência




                      50     70   100      150    200   250
                                           Dose (mg)
Dados experimentais em altas doses
               e exposição humana em baixas doses

      Exposição/doses de
     Interesse regulatório




                                                                                                 Altas doses
                    Estudos epid ambientais
                  Biomarcadores de exposição
Baixas doses




                                  Estudos epidemiologicos ocupacionais
                                     Estudos toxicocinéticos homem


                                                                      Bioensaios
                                                            Estudos toxicocineticos c/ animais



                                                         Estudos in vitro
                             ??                     Dados emergentes (-omicas)
A extrapolação para baixas doses apresenta
   componentes biológicos e estatísticos

✽Av. dose-resposta e tipo de efeito

✽Variabilidade inter e intra-espécie
QUESTÃO CHAVE: entender os efeitos                                        em
 “baixas   doses” em diversos níveis                                        de
 organização
Molécular    Célular         órgão / tissular    Individual  Populacional




     Quais alterações           Qual é o aumento na
    biológicas ocorrem           probabilidade de
    em baixas doses ?          ocorrência dos efeitos
Pathway                      adversos em um indivíduo?
                                                              Quais são as
                                                         diferenças intra e inter
                                                              individuais ?


             Quais as possíveis alternativas?
Modelos de extrapolação e
 tipo de danos biológicos




✽ Efeito determinístico   ✽ Efeito estocástico
✽ Limiar de dose          ✽ Sem limiar de dose
Modelos

“Não-linear”                                      “Linear”
                                                    Resposta
   Resposta




                                                                                 Dose
                                 Dose

                                                          LED10
          LED10
                                                    Fator de inclinação carcino = 0.1/LED10
  DRf = LED10/(UFAH x UFH x …)
Utilizado:                                        Utilizado :
✽ Efeitos não carcino                             ✽ Não ha conheci/o sufici/e do MOA
✽ Efeitos carcino se MOA indica não-linearidade   ✽ MOA indicação de linearidade
AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA
     EFEITOS NÃO CARCINOGÊNICOS GENOTÓXICOS




 Se um limiar é assumido, pode-se estimar um
nível de exposição abaixo da qual se acredita não
haver efeitos adversos

 Ponto de partida (POD): dados experimentais
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE PARA EFEITOS
           NÃO CARCINOGÊNICOS




NOAEL-   (No Observed Adverse Effect Level)



LOAEL-   (LOW Observed Adverse Effect Level)



BMD –   (dose de benchmark)
COMO ESTIMAR A DOSE “SEGURA” /
                    DOSE DE REFERÊNCIA?
DRf - Dose estimada    (com incerteza de até mais
de uma ordem de grandeza) à qual uma população
humana pode se expor diariamente
(ingestão/inalação/absorção cutânea) sem
apresentar efeitos adversos à saúde
                          FI: fator de incerteza (que reflete os vários
 DRf=              POD     tipos de dados usados p/ estimar DRf)

                    FI
                                  LIMITE DE
 DNEL - derived                  EXPOSIÇÃO
 no-effect level                OCUPACIONAL
NOAEL




DRF =     NOAEL
    Fatores de incerteza
Fatores de incerteza


Diferença      Diferença
interespécie   intraespécie




   10               10
Animal
                                                 Subcronico

                 Homem
Resposta




                 crônico           Animal
                                   crônico

                                             Reprodução

                           FIL


   0.1                             FIS


                 PBPK            FID
           FIH   FIA


                           Dose
Vários
                Vários efeitos críticos            Estudos
      Malformação     Câncer
                                          Fígado        Pele
                        Neurotoxicidade
       Rim                                  Imunotoxicidade


Identificação
do Perigo
                       MODO DE AÇÃO


Avaliação
dose-resposta
                       PONTO DE PARTIDA
Malformação                                       Fígado
                          Vários efeitos críticos                    Pele
                 Rim                Neurotoxicidade
                                                             Imunotoxicidade
                                   Câncer

Identificação do Perigo
                                       MODO DE AÇÃO

Avaliação dose-resposta
                                     PONTO DE PARTIDA


                                      Extrapolação
                                    Melhor método
                          MOA                                MOA
                                    Incertezas/variabili//
                          Linear                             Não Linear
                                            MOA
                                            ????
                                                                               DRf/CRf
  Extrapolação
  Linear
                          Se câncer DNA reativo , default linear
                          Se não câncer, DRf/CRf
Linear ou Não linear?
 Incidência do tumor

                           Escolha determinada
                                 pelo MOA



xx
%
                       ?
                                    Dose (mg/kg-d)
                       ?   POD
Extrapolação linear para baixas doses

✽Assume-se que exista uma relação
 linear entre dose e resposta biológica

         Dose-resposta linear




                                          35
Região
             Região      dos dados
             de risco    Experimentais
             aceitável
% resposta
AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA
Extrapolação linear                     como proceder ?

       Incidência de cãncer




      XX %

                              ?
                                  POD       Dose (mg/kg-d)


                                                             14
Definição OELs - 1ª Etapa
                  Identificação do perigo
                   das substâncias químicas


                     Efeitos adversos
    Efeito
carcinogênico

                 Crônico              Agudo

   Efeito Não
 carcinogênico
AVALIAÇÃO DOS DADOS
          TOXICOLÓGICOS




✽ Integralidade dos dados
✽ Adequabilidade dos dados
   ✽Confiabilidade : desenho do estudo e
     descrição dos resultados
   ✽Relevância: todos os parâmetros relevantes
     devem estar incluídos



                                                 39
Elementos de Julgamento
A) Qualidade da informação.
B) Poder estatístico dos estudos.
C) Número e tipo de efeitos estudados.
D) Consistência das observações em diferentes estudos.
E) Relevância da duração e das vias de exposição
  utilizadas, tanto para a espécie animal como para o
  homem.
F) Relevância dos níveis de dose e das espécies utilizadas
  para o homem.
G) Informação sobre toxicocinética.
Peso das evidências

✽ atribuir pesos/valores aos diferentes estudos
  levantados previamente = informação disponível
  sobre a substância de interesse.

✽ O peso a ser conferido a determinada evidência é
  influenciado pela confiabilidade, adequabilidade e
  relevância do estudo realizado, consistência dos
  resultados, natureza e severidade dos efeitos




                                                  41
Peso das evidências
✽ Qualidade dos dados disponíveis



✽ Tipos de dados (Homem> animal> in vitro)



   Dados positivos e negativos são considerados


                                              42
Fatores que contribuem para o peso
               das evidências

  Maior peso às evidências

Evidências em Humanos
N° de estudos independentes com resultados consistentes
critérios causais satisfeitos: temporalidade, força da
associação, dose-resposta, plausabilidade biológica, …


Evidências em animais
 Múltiplas observações (Espécies, sexos, idade, órgão/ tecido)
 Via de administração igual a da provável exposição humana
 TK e TD comparável entre as espécies
 Severidade e progressão das lesões: relação dose resposta,
  malignidade, tumor incomum
Fatores que contribuem para o peso
               das evidências
  Menor peso às evidências

Evidências em Humanos
Poucos estudos
Resultados inconsistentes
Poucos critérios causais satisfeitos


Evidências em animais
 poucos estudos
 Resultados inconsistentes
 Única espécie e sexo
 Via de adm ≠ exposição humana ; TK e TD ≠
 incidência elevada de tumores comuns à espécie
Objetivo da avaliação da toxicidade


✽Através dos estudos e testes, colecionar
 resultados apropriados para avaliar os
 possíveis riscos à saúde humana, em
 determinadas condições de exposição
Século XXI


             Caracterização química



                    Vias              Estudos/testes
                 toxicidade           orientadores



                              Dose –resposta e
                              Modelos de extrapolação
Avaliação de toxicidade e caracterização do Risco
                                            Krewski et al., 2010


                                        Avaliação dose-resposta
Caracterização Modo de ação
   química
                                                                         Estudos epidemiológicos


  composto
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                                          Via                                                            FI
                                                         Analise da
                                          afetada        Dose-resposta
                                                         para o evento    Calibração in vitro
                                                         Chave            e dosimetria humana
                   Detecção                              toxicidade
                   das perturbações
                   biológicas
Produto de                               Medidas da
biotransformação                         Dose in vitro


                                                                   Dados de exposição humana
Identificação do perigo
                                                 Avaliação da exposição
                                      Caracterização do risco
Eventos –chave
     (vias relacionadas com a toxicidade)
             substância
                          Receptores / Enzimas / etc.
                          Interação molecular direta


                          Vias de regulação /
                          Genômica


                    Processos celulares
           Tecidos/ Orgãos/ efeitos críticos




48
Gerenciamento
Avaliação de risco                      do risco

                                   Considerações
                                Legais e estatutárias
        Avaliação
        Dose resposta         Politicas
                                             Opções de
                    Caracterização           gerenciamento
   Identificação
   do perigo           do risco

                             Tecnologia       Fatores
          Caracterização     disponível        sociais
          da exposição                Fatores
                                      econômicos


                        Formulação do problema
Obrigada!!!



fatimapedrozo@mackenzie.br
  fatimapedrozo@gmail.com
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Derivação dos limites de exposição ocupacional e o peso das evidências

  • 1. Derivação dos limites de exposição ocupacional e o peso das evidências Prof. Dra. Maria de Fatima Pedrozo
  • 2. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E DOENÇA ✽Georgius Agricola, 1556 ✽ 1ª. Publicação: De Re metállica ✽Bernardo Ramazzini, 1713 ✽De morbis artificum diatriba
  • 3. Revolução Industrial e Condições de trabalho Transformações econômicas, tecnológicas e sociais, a partir de 1750  Saúde ocupacional  Higiene industrial  Toxicologia  Legislação trabalhista
  • 4. Revolução química  1880 – mais de 10.000 substâncias sintetizadas  Produção e uso de novas substâncias Efeitos adversos
  • 5. Da Revolução Química aos Limites de exposição ocupacional (OEL) Observação das condições de saúde dos trabalhadores e mortes Necessidade de controlar a exposição Estabelecimento de valores limites para o ambiente de trabalho
  • 6. OEL p/ Tabela de Poeiras c/ OEL MAC p/ altas conc. 100 subst. 63 subst. quartzo Lista de Lei 1° OEL OEL agudo OEL 1ª. Lista MAC p/ TLVs MAC p/ para CO p/ 20 subst. 33 subst. Subst. 132 subst. 1912 1916 1926 1938 1941 1942 1945 1970 1883 Kobert - Minas de ouro US Alemanha ACGIHACGIH COOK África do Sul Bureau EUA GRUBER Alemanha of mines PAUSTENBACH et al. The history and biological Basis of occupational exposure limits for chemical agents. In: ROSE, V.E.; COHRSSEN, B. Patty’s industrial hygiene. 6 ed. Hoboken: John Wiley & Sons, 2011.
  • 7. Como determinar a concentração “segura” da substância no ambiente de trabalho?
  • 8. Estudos com Animais de Experimentação ✽ J.W. Trevan , 1927 - DL50 ✽ Draize, 1944 : teste de irritação ocular/dérmica ✽ Alguns anos depois- US National Institute on Cancer– padronizou estudo de carcinogenicidade em camundongos e ratos, doses diárias,2 anos. ✽ 1960s, Talidomida – Estudo sobre desenvolvimento e reprodução ✽ 1980s – Diretrizes OECD -Estudos de Avaliação de toxicidade Proc. R. Soc. Lond. B 1 July 1927 vol. 101 no. 712 483-514
  • 9. Finalidade dos Estudos experimentais Identificação do perigo das substâncias químicas Efeitos adversos Efeito carcinogênico Crônico Agudo Efeito Não carcinogênico
  • 10. Estudos de toxicidade para avaliação de risco estágio de vida Concepção nasci/o fase adulta senescência óbito Estudos de toxicidade Agudo Subcrônico Crônico Reprodução Desenvolvimento Efeito órgão -especifico 10
  • 11. Estudos toxicológicos ✽ Toxicidade aguda ( OECD 401, 402, 403, 420,423, 425) ✽ Irritação dérmica/ocular (OECD 404, 405) ✽ Sensibilização dérmica (OECD 406) ✽ Toxicidade subcrônica – 14 ou 28 d ( OECD 407) ✽ Toxicidade subcrônica – 90 d roedores ( OECD 408, 409) ✽ Toxicidade crônica (OECD, 452) ✽ Carcinogenicidade (OECD 453, 451) ✽ Genotoxicidade (OECD, 471-486) ✽ Desenvolvimento (OECD, 414) ✽ Reprodução (OECD, 415-416) ✽ Neurotoxicidade (OECD, 424) ✽ Toxicocinética ( OECD, 417) 11
  • 12. Identificação do perigo Estudos Epidemiológicos: fornecem informações mais relevantes sobre efeitos à saúde humana Avaliam exposições em seus ambientes naturais, na presença de fatores de risco concomitantes como dieta e hábitos (tabagismo).
  • 13. Identificação do perigo -identificação do tipo e natureza dos efeitos adversos à saúde estudos com homem estudos toxicológicos com animais estudos REA (SAR)
  • 15. - Identificação do Perigo - Avaliação dose-resposta Exposição Toxicidade Caracterização do risco
  • 16. Avaliação dose-resposta Pergunta: Qual a dose “segura” para o homem?
  • 17. Relação Dose-Resposta numa população ✽ % população de expostos que responde a cada nível de dose experimental ✽ Variação na suscetibilidade
  • 18. Resposta da população 100 % x Dose
  • 19. % R E S P o S T A População Exposta Gde número dose dose dose baixa média alta Indivíduos Indivíduos suscetíveis Resistentes
  • 20. 100 Distribuição de frequência acumulativa 75 % de resposta 50 25 Distribuição de 5 frequência 50 70 100 150 200 250 Dose (mg)
  • 21. Dados experimentais em altas doses e exposição humana em baixas doses Exposição/doses de Interesse regulatório Altas doses Estudos epid ambientais Biomarcadores de exposição Baixas doses Estudos epidemiologicos ocupacionais Estudos toxicocinéticos homem Bioensaios Estudos toxicocineticos c/ animais Estudos in vitro ?? Dados emergentes (-omicas)
  • 22. A extrapolação para baixas doses apresenta componentes biológicos e estatísticos ✽Av. dose-resposta e tipo de efeito ✽Variabilidade inter e intra-espécie
  • 23. QUESTÃO CHAVE: entender os efeitos em “baixas doses” em diversos níveis de organização Molécular  Célular  órgão / tissular  Individual  Populacional Quais alterações Qual é o aumento na biológicas ocorrem probabilidade de em baixas doses ? ocorrência dos efeitos Pathway adversos em um indivíduo? Quais são as diferenças intra e inter individuais ? Quais as possíveis alternativas?
  • 24. Modelos de extrapolação e tipo de danos biológicos ✽ Efeito determinístico ✽ Efeito estocástico ✽ Limiar de dose ✽ Sem limiar de dose
  • 25. Modelos “Não-linear” “Linear” Resposta Resposta Dose Dose LED10 LED10 Fator de inclinação carcino = 0.1/LED10 DRf = LED10/(UFAH x UFH x …) Utilizado: Utilizado : ✽ Efeitos não carcino ✽ Não ha conheci/o sufici/e do MOA ✽ Efeitos carcino se MOA indica não-linearidade ✽ MOA indicação de linearidade
  • 26. AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA EFEITOS NÃO CARCINOGÊNICOS GENOTÓXICOS Se um limiar é assumido, pode-se estimar um nível de exposição abaixo da qual se acredita não haver efeitos adversos Ponto de partida (POD): dados experimentais
  • 27. AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE PARA EFEITOS NÃO CARCINOGÊNICOS NOAEL- (No Observed Adverse Effect Level) LOAEL- (LOW Observed Adverse Effect Level) BMD – (dose de benchmark)
  • 28. COMO ESTIMAR A DOSE “SEGURA” / DOSE DE REFERÊNCIA? DRf - Dose estimada (com incerteza de até mais de uma ordem de grandeza) à qual uma população humana pode se expor diariamente (ingestão/inalação/absorção cutânea) sem apresentar efeitos adversos à saúde FI: fator de incerteza (que reflete os vários DRf= POD tipos de dados usados p/ estimar DRf) FI LIMITE DE DNEL - derived EXPOSIÇÃO no-effect level OCUPACIONAL
  • 29. NOAEL DRF = NOAEL Fatores de incerteza
  • 30. Fatores de incerteza Diferença Diferença interespécie intraespécie 10 10
  • 31. Animal Subcronico Homem Resposta crônico Animal crônico Reprodução FIL 0.1 FIS PBPK FID FIH FIA Dose
  • 32. Vários Vários efeitos críticos Estudos Malformação Câncer Fígado Pele Neurotoxicidade Rim Imunotoxicidade Identificação do Perigo MODO DE AÇÃO Avaliação dose-resposta PONTO DE PARTIDA
  • 33. Malformação Fígado Vários efeitos críticos Pele Rim Neurotoxicidade Imunotoxicidade Câncer Identificação do Perigo MODO DE AÇÃO Avaliação dose-resposta PONTO DE PARTIDA Extrapolação Melhor método MOA MOA Incertezas/variabili// Linear Não Linear MOA ???? DRf/CRf Extrapolação Linear Se câncer DNA reativo , default linear Se não câncer, DRf/CRf
  • 34. Linear ou Não linear? Incidência do tumor Escolha determinada pelo MOA xx % ? Dose (mg/kg-d) ? POD
  • 35. Extrapolação linear para baixas doses ✽Assume-se que exista uma relação linear entre dose e resposta biológica Dose-resposta linear 35
  • 36. Região Região dos dados de risco Experimentais aceitável % resposta
  • 37. AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA Extrapolação linear como proceder ? Incidência de cãncer XX % ? POD Dose (mg/kg-d) 14
  • 38. Definição OELs - 1ª Etapa Identificação do perigo das substâncias químicas Efeitos adversos Efeito carcinogênico Crônico Agudo Efeito Não carcinogênico
  • 39. AVALIAÇÃO DOS DADOS TOXICOLÓGICOS ✽ Integralidade dos dados ✽ Adequabilidade dos dados ✽Confiabilidade : desenho do estudo e descrição dos resultados ✽Relevância: todos os parâmetros relevantes devem estar incluídos 39
  • 40. Elementos de Julgamento A) Qualidade da informação. B) Poder estatístico dos estudos. C) Número e tipo de efeitos estudados. D) Consistência das observações em diferentes estudos. E) Relevância da duração e das vias de exposição utilizadas, tanto para a espécie animal como para o homem. F) Relevância dos níveis de dose e das espécies utilizadas para o homem. G) Informação sobre toxicocinética.
  • 41. Peso das evidências ✽ atribuir pesos/valores aos diferentes estudos levantados previamente = informação disponível sobre a substância de interesse. ✽ O peso a ser conferido a determinada evidência é influenciado pela confiabilidade, adequabilidade e relevância do estudo realizado, consistência dos resultados, natureza e severidade dos efeitos 41
  • 42. Peso das evidências ✽ Qualidade dos dados disponíveis ✽ Tipos de dados (Homem> animal> in vitro) Dados positivos e negativos são considerados 42
  • 43. Fatores que contribuem para o peso das evidências Maior peso às evidências Evidências em Humanos N° de estudos independentes com resultados consistentes critérios causais satisfeitos: temporalidade, força da associação, dose-resposta, plausabilidade biológica, … Evidências em animais  Múltiplas observações (Espécies, sexos, idade, órgão/ tecido)  Via de administração igual a da provável exposição humana  TK e TD comparável entre as espécies  Severidade e progressão das lesões: relação dose resposta, malignidade, tumor incomum
  • 44. Fatores que contribuem para o peso das evidências Menor peso às evidências Evidências em Humanos Poucos estudos Resultados inconsistentes Poucos critérios causais satisfeitos Evidências em animais  poucos estudos  Resultados inconsistentes  Única espécie e sexo  Via de adm ≠ exposição humana ; TK e TD ≠  incidência elevada de tumores comuns à espécie
  • 45. Objetivo da avaliação da toxicidade ✽Através dos estudos e testes, colecionar resultados apropriados para avaliar os possíveis riscos à saúde humana, em determinadas condições de exposição
  • 46. Século XXI Caracterização química Vias Estudos/testes toxicidade orientadores Dose –resposta e Modelos de extrapolação
  • 47. Avaliação de toxicidade e caracterização do Risco Krewski et al., 2010 Avaliação dose-resposta Caracterização Modo de ação química Estudos epidemiológicos composto DRf= POD Via FI Analise da afetada Dose-resposta para o evento Calibração in vitro Chave e dosimetria humana Detecção toxicidade das perturbações biológicas Produto de Medidas da biotransformação Dose in vitro Dados de exposição humana Identificação do perigo Avaliação da exposição Caracterização do risco
  • 48. Eventos –chave (vias relacionadas com a toxicidade) substância Receptores / Enzimas / etc. Interação molecular direta Vias de regulação / Genômica Processos celulares Tecidos/ Orgãos/ efeitos críticos 48
  • 49. Gerenciamento Avaliação de risco do risco Considerações Legais e estatutárias Avaliação Dose resposta Politicas Opções de Caracterização gerenciamento Identificação do perigo do risco Tecnologia Fatores Caracterização disponível sociais da exposição Fatores econômicos Formulação do problema
  • 51. Estudos com Animais de Experimentação

Notas do Editor

  1. Seleção do estudo e efeito criticoescolhendo os fatores de incerteza adequados, com base nas limitações das informações disponíveis