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UC: ANÁLISES AMBIENTAIS, QUÍMICAS TOXICOLÓGICAS E FORENSES
FUNDAMENTOS DE TOXICOLOGIA
Prof:Me. Tharlley Duarte
HISTÓRICO
EGITO (1.500 A.C.) - PAPIRO DE EBERS
criminosos sentenciados à morte por ingestão de
amêndoas amargas.
As amêndoas são classificadas em duas
categorias: doces (Prunus amygdalu var.
dulcis) e amarga (Prunus amygdalu var.
amara). As amêndoas amargas são usadas
para fazer óleo de amêndoa que é utilizado
como agente de condimento para alimentos
e licores como o Amaretto.
EGITO
 Aconite (veneno das setas)
 Ópio
 Metais (chumbo, cobre e antimónio)
 Venenos de plantas (beladona)
 Cleópatra (veneno de uma áspide)
GRÉCIA
eliminação de indivíduos considerados prejudiciais à
sociedade com a ingestão de chá de cicuta.
O veneno cicuta é obtido a
partir de uma espécie deste
gênero, o Conium maculatum
ROMA
os romanos foram grandes envenenadores, de tal forma
que a figura do pregustador tornou-se indispensável às
personalidades importantes.
IDADE MÉDIA A RENASCENÇA
 Avicena (980-1036) Médico árabe: autoridade
em venenos antídotos.
 1200 – O médico e rabi Maimonides escreve o
livro “Os Venenos e os seus antídotos”
 Venenos enquanto arma política
Itália: Cidades de Florença e Veneza e famílias
famosas como os Medici e os Borgia;
 Toxicologia experimental:
Catarina de Medici (1519-1589)– rapidez da
resposta, noção de potência, especificidade e local
de ação, sinais clínicos e sintomas
IDADE MÉDIA
o envenenamento se tronou arte!
Toffana – cosméticos com arsênico e
cantaridina;
 Lucrécia Bórgia;
 Kalpurnium (arsênico);
Marie Madeleine d Aubray (vitriolagem);
IDADE MÉDIA A RENASCENÇA
Paracelso (1493-1541) – criador da toxicologia
enquanto disciplina científica;
O toxikon, ou seja, o agente tóxico primário é uma
substância química;
A resposta a uma substância está relacionada coma
dose;
“Todas as substâncias são venenos. Não existe
nenhuma que não o seja. É a dose que
diferencia o veneno do remédio”
IDADE MÉDIA A RENASCENÇA
 Orfila (1787-1853) – pai da toxicologia moderna
Primeira correlação sistemática entre propriedades
químicas e biológicas dos venenos conhecidos na
altura
Demonstrou os efeitos dos venenos em órgãos
específicos.
Desenvolveu a aproximação analítica que se tornou a
base da toxicologia forense
PÓS-IDADE MÉDIA
declínio dos envenenamentos criminosos e atenção para
as intoxicações acidentais.
Nitrato de mercúrio, substância
empregada na fabricação de
chapéus de feltro, causou numerosos
casos de intoxicação, caracterizadas
por alterações neurológicas e
comportamentais
INCIDÊNCIA
 3 a 10% dos atendimentos de emergência;
 faixa etária predominante é a das crianças;
 intoxicações graves predominam em adultos;
da
INCIDÊNCIA
DADOS PARA REGIÃO SUL:
31,59% - Intoxicações por medicamentos
29,51% - Acidentes com animais venenosos e peçonhentos
15,29% - Intoxicações por produtos químicos industriais
11,51% - Intoxicações por agrotóxicos ou raticidas
1,96% - Intoxicações por plantas
0,21% - Intoxicações por metais
Sinitox - Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas
2008
O QUE É TOXICOLOGIA?
É a ciência que estuda os efeitos nocivos causados
pelas substâncias químicas ao interagirem com
organismos vivos.
CONCEITOS
Xenobiótico: são compostos químicos estranhos a um
organismo ou sistema biológicos;
Uma substância é considerada tóxica quando causa
dano ao organismo;
Veneno: substância ou mistura que provoca
intoxicação/morte com baixas doses (mais usado para
substâncias de origem animal: cobra, abelha, etc.)
Toxina: substância de origem biológica que provoca
efeitos tóxicos;
Peçonhas: são substâncias injetadas por uma espécie em
outra;
CONCEITOS
 Toxicidade: capacidade inerente de a substância
química produzir efeito nocivo após interação com
organismo;
 Intoxicação: conjunto de sinais e sintomas que
evidenciam o efeito nocivo produzido pela
interação entre agente químico eorganismo;
CONCEITOS
 Probabilidade: é a plausibilidade de que a lesão
ira ocorrer em determinada situação oucontexto;
 Risco: é a probabilidade da substância produzir
dano sob determinadas condições;
 Segurança: é a probabilidade da substância não
produzir dano sob determinadas condições.
RISCO = TOXICIDADE X EXPOSIÇÃO
DIVISÃO DA TOXICOLOGIA
 Toxicologia descritiva: avaliação de segurança.
Relacionada diretamente aos testes de toxicidade
que geram informações úteis em avaliações de
risco;
Experimental
 estudos de curto prazo
definição do grau de toxicidade = DL50
 estudos de longo prazo
órgão alvo e tipo de lesão
efeitos carcinogênicos
efeitos teratogênicos
DIVISÃO DA TOXICOLOGIA
 Toxicologia mecanística: estudo dos
mecanismos dos efeitos tóxicos. Relacionada com
a identificação e conhecimento de mecanismos
através dos quais substâncias exercem efeitos
tóxicos nos organismos vivos.
DIVISÃO DA TOXICOLOGIA
 Toxicologia regulatória: Responsável por
decisões em relação ao uso de um dado
medicamento ou agente tóxico, para uma função
específica, com segurança, baseando-se em dados
gerados pelos toxicologistas descritivos e
mecanísticos.
DIVISÃO DA TOXICOLOGIA
Toxicologia clínica:
 Estudo dos efeitos clínicos
sinais e sintomas
alterações de exames complementares
 Diagnósticos das intoxicações
 Define o tratamento das intoxicações
medidas de descontaminação externa e interna
uso de antídotos
toxicologia
Ambiental e
ecotoxicologia
Alimentar
Medicamentos
Social
Ocupacional
INTOXICAÇÃO
VIAS DE INTOXICAÇÃO
 Via Digestiva (Ingestão);
 Via Respiratória (Inalação);
 Via Cutânea (Contacto com a pele);
 Via Ocular (Contacto com osolhos);
 Por injecção (Mais frequente nos toxicodependentes);
 Picada de animal;
FATORES QUE INFLUENCIAM O EFEITO
TÓXICO
 Dosagem:
Quantidade de substância administrada por unidade de peso;
 Fatores relacionados com o agente tóxico:
Características químicas e físicas;
Presença de outros químicos;
 Fatores relacionados com a exposição:
Via de administração;
Duração e frequência;
 Fatores relacionados com a farmacocinética:
Absorção, Distribuição, Metabolismo, Excreção;
 Fatores relacionados com a susceptibilidade do
individuo:
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Idade;
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Toxicante
Plasma
Livre Não
ionizada
Metabolitos
no tecido
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(deposito/efeito)
Tóxico ou metabolitos na urina, fezes, bile
Absorção
Distribuição
Metabolismo/
biotransformaç
ã
o
Eliminação
Toxicocinética
TOXICODINÂMICA
o Ação do agente tóxico sobre o organismo;
o O agente tóxico interage com os receptores
biológicos no sítio de ação e desta interação
resulta o efeito tóxico.
Toxicante
Alcance do
órgão-alvo
Disfunção Celular,
injuria
Dano
Toxicidade
Alteração do
ambiente biológico
Interação com a
molécula-alvo
PRINCIPAIS LOCAIS DE AÇÃO
 Inibição irreversível de enzimas;
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 Interferência com o transporte de oxigênio;
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Carcinogênica;
Teratogênese .
I-Exposição II-Toxicocinética III-Toxicodinâmica IV-Clínica
Contato
e
vias de introdução
Processos de
transporte:
Absorção
Distribuição
Eliminação
Biotransformação
Natureza da ação Sinais
e sintomas
Toxicante Toxicidade Intoxicação
Disponibilidade
química
Biodisponibilidade
e interação com sítio de ação
Efeito
nocivo
FASES DA INTOXICAÇÃO
ORGÃOS QUE APRESENTAM MAIOR
SUSCETIBILIDADE ÀS TOXINAS
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
TIPOS DE EFEITOS TÓXICOS
PRODUZIDOS:
o AGUDOS
o CRÔNICOS
CLASSIFICAÇÃO POR TEMPO DE
EXPOSIÇÃO
o Aguda..................................< 24 h
o Sub-Aguda...........................< 1 mês
o Sub-crônica..........................1< t < 3meses
o Crônica..................................> 3 meses
TIPOS DE REAÇÕES DE
TOXICIDADE:
o Reações imediatas e tardias
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NA RELAÇÃO DOSE – EFEITO:
DOSE DE EXPOSIÇÃO
Quantidade de substância a que se expõe o organismo
e o tempo durante o qual esteve exposto.
Determina a magnitude da respostabiológica.
EFEITO (RESPOSTA TÓXICA)
Qualquer desvio do funcionamento normal doorganismo
que decorre da exposição à um agente.
TESTES TOXICOLOXIA
o Toxicidade Dermal
o Toxicidade Inalatória
o Toxicidade Oral
o Testes de Mutagenicidade
o Testes de Teratogenicidade
o Testes de Carcinogenicidade
Qual é o ponto de partida ? Determinação da DL50
DOSE LETAL 50 (DL50)
 DL50 é a dose que mata exatamente metade de
uma população de animais, geralmente no
período de 7 a 14 dias.
CL50 é a concentração letal
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Toxicidade para organismos aquáticos
QUAL O SIGNIFICADO DA DL50?
 Aspirina
DL50 = 1,5 g/kg
camundongos e ratos
via oral
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O
O
CH3
Após administração oral de
1,5 g de AAS por kg de peso
animal...
...50% da população morre em
~1 semana ou existe a chance
de 50% dos organismos
morrerem.
DOSE LETAL 50
CURVA DOSE EFEITO
CLASSIFICAÇÃO DE UM AGENTE QUÍMICO DE
ACÔRDO COM SUA TOXICIDADE RELATIVA
 CATEGORIA DL50 (mg/kg)
EXTREMAMENTE TÓXICO = OU < 1,0
ALTAMENTE TÓXICO 1,0 – 50,0
MODERADAMENTE TÓXICO 50,0 – 500,0
LIGEIRAMENTE TÓXICO 500,0 – 5 000,0
PRATICAMENTE NÃO TÓXICO 5 000,0 – 15 000,0
RELATIVAMENTE INOFENSIVO = OU > 15000,0
PARÂMETROS QUE PODEM SER
DERIVADOS DA RELAÇÃO DOSE-EFEITO:
o Dose efetiva (DE50)
o Dose tóxica (DT50)
o Dose letal (DL50)
Intervalo terapêutico ou Margem de
segurança (DL50/DE50 ou DT50/DE50)
PREVENÇÃO
1. Empregar técnicas de envasamento mais resistentes à
abertura por crianças (< 50 a 90% intoxicações em
crianças nos EUA eRU).
2. Desenvolver derivados com maior índiceterapêutico.
3. Envasar menores quantidades de medicamentos por
apresentação comercial.
4. Armazenar somente medicamentos indispensáveis no
domicílio, em lugar pouco acessível a criançaspequenas.
ica
PREVENÇÃO
5. Tratar medicamentos como tal e não como doces ou outras
guloseimas com o intuito de facilitar sua aceitação por
crianças.
6. Desenvolver redes locais de registro, informação ao
público e pesquisa sobre intoxicações medicamentosas.
7. Incluir temas de prevenção nos currículos escolares, desde
séries pré-escolares.
8. Promover educação de pais e responsáveis sobre a
natureza do problema e suas formas de prevenção.
9. Promover campanhas de mídia para sensibilização
pública sobre o problema.
PACIENTE INTOXICADO
Todos os agentes tóxicos podem ser
divididos em dois grupos:
A. aqueles para os quais existem tratamentos
específicos ou antídotos;
B. aqueles para os quais NÃO existe
tratamento específico.
ABORDAGEM DO PACIENTE
INTOXICADO
SEQUENCIA DE MEDIDAS A SEREM
TOMADAS:
1. Manutenção dos dados vitais.
2. Considerar a possibilidade.
3. Identificação do tóxico.
4. Interrupção da absorção do tóxico.
5. Aceleração da eliminação do tóxico.
6. Correção ou prevenção de efeitos tóxicos.
TOXÍNDROME OU INGESTÃO DE
SUBSTÂNCIA CONHECIDA?
NÃO
ABORDAGEM
GERAL
SIM
EXISTE
ANTÍDOTO?
NÃO SIM
ANTÍDOTO +ABORDAGEM
GERAL
CURIOSIDADE
INTOXICAÇÃO POR SELÊNIO
Do grego σελήνιον, resplendor da lua; é um
importante nutriente e a Castanha do Pará uma
fonte riquíssima dele. Nunca ultrapasse o
consumo de 10 castanhas por dia.
CURIOSIDADE
INTOXICAÇÃO POR ESTANHO
Durante a idade média, o estanho foi um
material muito usado para se fazer pratos e
copos. O problema é que o estanho oxida, e o
resultado dessa oxidação, o óxido de estanho, é
bastante tóxico, e provocou muitas mortes por
envenenamento.
No entanto, também eram frequentes os
casos em que a pessoa não morria, mas ficava em
um estado de inconsciência decorrente da
intoxicação por óxido de estanho misturado à
comida ou à bebida alcoólica consumida em
pratos ou copos de estanho.
CURIOSIDADE
INTOXICAÇÃO POR ESTANHO
Na narcolepsia o indivíduo parece estar
morto, mas na verdade sua frequência cárdio-
respiratória está tão baixa que mal pode ser
percebida. Como nesses casos o indivíduo voltava
à consciência depois de algumas horas, seu corpo
era deixado sobre alguma superfície plana (a
cama ou a mesa da cozinha) e a família ficava em
vigília esperando se o “morto” recuperava a
consciência ou não. Vem daí o velório dos mortos
CURIOSIDADE
INTOXICAÇÃO POR ESTANHO
Essa inconsciência prolongada fez surgir
outro costume, que consistia em amarrar uma
tira de pano no pulso do falecido, que era passada
por um buraco no caixão e amarrada, na outra
ponta, a um sino. Assim, se o indivíduo acordasse
antes de ser enterrado, o movimento do braço
faria soar o sino, avisando aos presentes que ele
estava vivo. O infeliz, assim, seria “salvo pelo
sino”, ou “salvo pelo gongo”, expressão que
utilizamos até os dias de hoje, quando queremos
dizer que alguém foi retirado de um perigo
iminente em cima da hora.

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  • 1. UC: ANÁLISES AMBIENTAIS, QUÍMICAS TOXICOLÓGICAS E FORENSES FUNDAMENTOS DE TOXICOLOGIA Prof:Me. Tharlley Duarte
  • 2. HISTÓRICO EGITO (1.500 A.C.) - PAPIRO DE EBERS criminosos sentenciados à morte por ingestão de amêndoas amargas. As amêndoas são classificadas em duas categorias: doces (Prunus amygdalu var. dulcis) e amarga (Prunus amygdalu var. amara). As amêndoas amargas são usadas para fazer óleo de amêndoa que é utilizado como agente de condimento para alimentos e licores como o Amaretto.
  • 3. EGITO  Aconite (veneno das setas)  Ópio  Metais (chumbo, cobre e antimónio)  Venenos de plantas (beladona)  Cleópatra (veneno de uma áspide)
  • 4. GRÉCIA eliminação de indivíduos considerados prejudiciais à sociedade com a ingestão de chá de cicuta. O veneno cicuta é obtido a partir de uma espécie deste gênero, o Conium maculatum
  • 5. ROMA os romanos foram grandes envenenadores, de tal forma que a figura do pregustador tornou-se indispensável às personalidades importantes.
  • 6. IDADE MÉDIA A RENASCENÇA  Avicena (980-1036) Médico árabe: autoridade em venenos antídotos.  1200 – O médico e rabi Maimonides escreve o livro “Os Venenos e os seus antídotos”  Venenos enquanto arma política Itália: Cidades de Florença e Veneza e famílias famosas como os Medici e os Borgia;  Toxicologia experimental: Catarina de Medici (1519-1589)– rapidez da resposta, noção de potência, especificidade e local de ação, sinais clínicos e sintomas
  • 7. IDADE MÉDIA o envenenamento se tronou arte! Toffana – cosméticos com arsênico e cantaridina;  Lucrécia Bórgia;  Kalpurnium (arsênico); Marie Madeleine d Aubray (vitriolagem);
  • 8. IDADE MÉDIA A RENASCENÇA Paracelso (1493-1541) – criador da toxicologia enquanto disciplina científica; O toxikon, ou seja, o agente tóxico primário é uma substância química; A resposta a uma substância está relacionada coma dose; “Todas as substâncias são venenos. Não existe nenhuma que não o seja. É a dose que diferencia o veneno do remédio”
  • 9. IDADE MÉDIA A RENASCENÇA  Orfila (1787-1853) – pai da toxicologia moderna Primeira correlação sistemática entre propriedades químicas e biológicas dos venenos conhecidos na altura Demonstrou os efeitos dos venenos em órgãos específicos. Desenvolveu a aproximação analítica que se tornou a base da toxicologia forense
  • 10. PÓS-IDADE MÉDIA declínio dos envenenamentos criminosos e atenção para as intoxicações acidentais. Nitrato de mercúrio, substância empregada na fabricação de chapéus de feltro, causou numerosos casos de intoxicação, caracterizadas por alterações neurológicas e comportamentais
  • 11. INCIDÊNCIA  3 a 10% dos atendimentos de emergência;  faixa etária predominante é a das crianças;  intoxicações graves predominam em adultos; da
  • 12. INCIDÊNCIA DADOS PARA REGIÃO SUL: 31,59% - Intoxicações por medicamentos 29,51% - Acidentes com animais venenosos e peçonhentos 15,29% - Intoxicações por produtos químicos industriais 11,51% - Intoxicações por agrotóxicos ou raticidas 1,96% - Intoxicações por plantas 0,21% - Intoxicações por metais Sinitox - Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas 2008
  • 13. O QUE É TOXICOLOGIA? É a ciência que estuda os efeitos nocivos causados pelas substâncias químicas ao interagirem com organismos vivos.
  • 14. CONCEITOS Xenobiótico: são compostos químicos estranhos a um organismo ou sistema biológicos; Uma substância é considerada tóxica quando causa dano ao organismo; Veneno: substância ou mistura que provoca intoxicação/morte com baixas doses (mais usado para substâncias de origem animal: cobra, abelha, etc.) Toxina: substância de origem biológica que provoca efeitos tóxicos; Peçonhas: são substâncias injetadas por uma espécie em outra;
  • 15. CONCEITOS  Toxicidade: capacidade inerente de a substância química produzir efeito nocivo após interação com organismo;  Intoxicação: conjunto de sinais e sintomas que evidenciam o efeito nocivo produzido pela interação entre agente químico eorganismo;
  • 16. CONCEITOS  Probabilidade: é a plausibilidade de que a lesão ira ocorrer em determinada situação oucontexto;  Risco: é a probabilidade da substância produzir dano sob determinadas condições;  Segurança: é a probabilidade da substância não produzir dano sob determinadas condições. RISCO = TOXICIDADE X EXPOSIÇÃO
  • 17. DIVISÃO DA TOXICOLOGIA  Toxicologia descritiva: avaliação de segurança. Relacionada diretamente aos testes de toxicidade que geram informações úteis em avaliações de risco; Experimental  estudos de curto prazo definição do grau de toxicidade = DL50  estudos de longo prazo órgão alvo e tipo de lesão efeitos carcinogênicos efeitos teratogênicos
  • 18. DIVISÃO DA TOXICOLOGIA  Toxicologia mecanística: estudo dos mecanismos dos efeitos tóxicos. Relacionada com a identificação e conhecimento de mecanismos através dos quais substâncias exercem efeitos tóxicos nos organismos vivos.
  • 19. DIVISÃO DA TOXICOLOGIA  Toxicologia regulatória: Responsável por decisões em relação ao uso de um dado medicamento ou agente tóxico, para uma função específica, com segurança, baseando-se em dados gerados pelos toxicologistas descritivos e mecanísticos.
  • 20. DIVISÃO DA TOXICOLOGIA Toxicologia clínica:  Estudo dos efeitos clínicos sinais e sintomas alterações de exames complementares  Diagnósticos das intoxicações  Define o tratamento das intoxicações medidas de descontaminação externa e interna uso de antídotos
  • 22.
  • 24. VIAS DE INTOXICAÇÃO  Via Digestiva (Ingestão);  Via Respiratória (Inalação);  Via Cutânea (Contacto com a pele);  Via Ocular (Contacto com osolhos);  Por injecção (Mais frequente nos toxicodependentes);  Picada de animal;
  • 25. FATORES QUE INFLUENCIAM O EFEITO TÓXICO  Dosagem: Quantidade de substância administrada por unidade de peso;  Fatores relacionados com o agente tóxico: Características químicas e físicas; Presença de outros químicos;  Fatores relacionados com a exposição: Via de administração; Duração e frequência;  Fatores relacionados com a farmacocinética: Absorção, Distribuição, Metabolismo, Excreção;  Fatores relacionados com a susceptibilidade do individuo: Diferenças entre espécies; Sexo; Idade;
  • 26. Exposição ao Toxicante Plasma Livre Não ionizada Metabolitos no tecido Tecido (deposito/efeito) Tóxico ou metabolitos na urina, fezes, bile Absorção Distribuição Metabolismo/ biotransformaç ã o Eliminação Toxicocinética
  • 27. TOXICODINÂMICA o Ação do agente tóxico sobre o organismo; o O agente tóxico interage com os receptores biológicos no sítio de ação e desta interação resulta o efeito tóxico.
  • 29. PRINCIPAIS LOCAIS DE AÇÃO  Inibição irreversível de enzimas;  Inibição reverssivel de enzimas;  Sequestro de metais essencias;  Interferência com o transporte de oxigênio;  Interferência com o sistema genético; Ação mutagenica; Carcinogênica; Teratogênese .
  • 30. I-Exposição II-Toxicocinética III-Toxicodinâmica IV-Clínica Contato e vias de introdução Processos de transporte: Absorção Distribuição Eliminação Biotransformação Natureza da ação Sinais e sintomas Toxicante Toxicidade Intoxicação Disponibilidade química Biodisponibilidade e interação com sítio de ação Efeito nocivo FASES DA INTOXICAÇÃO
  • 31. ORGÃOS QUE APRESENTAM MAIOR SUSCETIBILIDADE ÀS TOXINAS
  • 33. TIPOS DE EFEITOS TÓXICOS PRODUZIDOS: o AGUDOS o CRÔNICOS
  • 34. CLASSIFICAÇÃO POR TEMPO DE EXPOSIÇÃO o Aguda..................................< 24 h o Sub-Aguda...........................< 1 mês o Sub-crônica..........................1< t < 3meses o Crônica..................................> 3 meses
  • 35. TIPOS DE REAÇÕES DE TOXICIDADE: o Reações imediatas e tardias o Reações locais e sistêmicas o Reações reversíveis e irreversíveis
  • 36. NA RELAÇÃO DOSE – EFEITO: DOSE DE EXPOSIÇÃO Quantidade de substância a que se expõe o organismo e o tempo durante o qual esteve exposto. Determina a magnitude da respostabiológica. EFEITO (RESPOSTA TÓXICA) Qualquer desvio do funcionamento normal doorganismo que decorre da exposição à um agente.
  • 37. TESTES TOXICOLOXIA o Toxicidade Dermal o Toxicidade Inalatória o Toxicidade Oral o Testes de Mutagenicidade o Testes de Teratogenicidade o Testes de Carcinogenicidade Qual é o ponto de partida ? Determinação da DL50
  • 38. DOSE LETAL 50 (DL50)  DL50 é a dose que mata exatamente metade de uma população de animais, geralmente no período de 7 a 14 dias. CL50 é a concentração letal Testes de toxicidade inalatória Toxicidade para organismos aquáticos
  • 39. QUAL O SIGNIFICADO DA DL50?  Aspirina DL50 = 1,5 g/kg camundongos e ratos via oral COOH O O CH3
  • 40. Após administração oral de 1,5 g de AAS por kg de peso animal... ...50% da população morre em ~1 semana ou existe a chance de 50% dos organismos morrerem. DOSE LETAL 50
  • 42. CLASSIFICAÇÃO DE UM AGENTE QUÍMICO DE ACÔRDO COM SUA TOXICIDADE RELATIVA  CATEGORIA DL50 (mg/kg) EXTREMAMENTE TÓXICO = OU < 1,0 ALTAMENTE TÓXICO 1,0 – 50,0 MODERADAMENTE TÓXICO 50,0 – 500,0 LIGEIRAMENTE TÓXICO 500,0 – 5 000,0 PRATICAMENTE NÃO TÓXICO 5 000,0 – 15 000,0 RELATIVAMENTE INOFENSIVO = OU > 15000,0
  • 43. PARÂMETROS QUE PODEM SER DERIVADOS DA RELAÇÃO DOSE-EFEITO: o Dose efetiva (DE50) o Dose tóxica (DT50) o Dose letal (DL50) Intervalo terapêutico ou Margem de segurança (DL50/DE50 ou DT50/DE50)
  • 44.
  • 45. PREVENÇÃO 1. Empregar técnicas de envasamento mais resistentes à abertura por crianças (< 50 a 90% intoxicações em crianças nos EUA eRU). 2. Desenvolver derivados com maior índiceterapêutico. 3. Envasar menores quantidades de medicamentos por apresentação comercial. 4. Armazenar somente medicamentos indispensáveis no domicílio, em lugar pouco acessível a criançaspequenas. ica
  • 46. PREVENÇÃO 5. Tratar medicamentos como tal e não como doces ou outras guloseimas com o intuito de facilitar sua aceitação por crianças. 6. Desenvolver redes locais de registro, informação ao público e pesquisa sobre intoxicações medicamentosas. 7. Incluir temas de prevenção nos currículos escolares, desde séries pré-escolares. 8. Promover educação de pais e responsáveis sobre a natureza do problema e suas formas de prevenção. 9. Promover campanhas de mídia para sensibilização pública sobre o problema.
  • 47. PACIENTE INTOXICADO Todos os agentes tóxicos podem ser divididos em dois grupos: A. aqueles para os quais existem tratamentos específicos ou antídotos; B. aqueles para os quais NÃO existe tratamento específico.
  • 48. ABORDAGEM DO PACIENTE INTOXICADO SEQUENCIA DE MEDIDAS A SEREM TOMADAS: 1. Manutenção dos dados vitais. 2. Considerar a possibilidade. 3. Identificação do tóxico. 4. Interrupção da absorção do tóxico. 5. Aceleração da eliminação do tóxico. 6. Correção ou prevenção de efeitos tóxicos.
  • 49. TOXÍNDROME OU INGESTÃO DE SUBSTÂNCIA CONHECIDA? NÃO ABORDAGEM GERAL SIM EXISTE ANTÍDOTO? NÃO SIM ANTÍDOTO +ABORDAGEM GERAL
  • 50.
  • 51. CURIOSIDADE INTOXICAÇÃO POR SELÊNIO Do grego σελήνιον, resplendor da lua; é um importante nutriente e a Castanha do Pará uma fonte riquíssima dele. Nunca ultrapasse o consumo de 10 castanhas por dia.
  • 52. CURIOSIDADE INTOXICAÇÃO POR ESTANHO Durante a idade média, o estanho foi um material muito usado para se fazer pratos e copos. O problema é que o estanho oxida, e o resultado dessa oxidação, o óxido de estanho, é bastante tóxico, e provocou muitas mortes por envenenamento. No entanto, também eram frequentes os casos em que a pessoa não morria, mas ficava em um estado de inconsciência decorrente da intoxicação por óxido de estanho misturado à comida ou à bebida alcoólica consumida em pratos ou copos de estanho.
  • 53. CURIOSIDADE INTOXICAÇÃO POR ESTANHO Na narcolepsia o indivíduo parece estar morto, mas na verdade sua frequência cárdio- respiratória está tão baixa que mal pode ser percebida. Como nesses casos o indivíduo voltava à consciência depois de algumas horas, seu corpo era deixado sobre alguma superfície plana (a cama ou a mesa da cozinha) e a família ficava em vigília esperando se o “morto” recuperava a consciência ou não. Vem daí o velório dos mortos
  • 54. CURIOSIDADE INTOXICAÇÃO POR ESTANHO Essa inconsciência prolongada fez surgir outro costume, que consistia em amarrar uma tira de pano no pulso do falecido, que era passada por um buraco no caixão e amarrada, na outra ponta, a um sino. Assim, se o indivíduo acordasse antes de ser enterrado, o movimento do braço faria soar o sino, avisando aos presentes que ele estava vivo. O infeliz, assim, seria “salvo pelo sino”, ou “salvo pelo gongo”, expressão que utilizamos até os dias de hoje, quando queremos dizer que alguém foi retirado de um perigo iminente em cima da hora.