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EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 515 – ANO XI Nº 28– 17 de março de 2015
PERDEMOS O SENTIDO DE PLANEJAMENTO, RJ.
Entrevista com o Historiador Nireu Cavalcanti
Alvaro Costa e Silva
Colaboração para a Folha, no Rio
01/03/2015 - 02h00
Crítico ferrenho do projeto de reforma da zona
portuária do Rio, o Porto Maravilha, dos VLTs
(veículos leves sobre trilhos) na avenida Rio
Branco, da expansão das linhas do metrô e
da preparação para as Olimpíadas do ano
que vem, Nireu Cavalcanti, 70, reúne os
instrumentos do historiador e os
procedimentos do urbanista e arquiteto para
dar sua visão do Rio aos 450 anos:
"Perdemos o sentido de planejamento".
Em entrevista à Folha, o autor do livro já
clássico "O Rio de Janeiro Setecentista"
(Editora Zahar, 2003), que ganha nova edição
no bojo das comemorações, vai na contramão
da prefeitura e aponta a zona oeste como o
melhor caminho para a cidade ter um
crescimento equilibrado, desde que se resolva
o problema do transporte de massa e
habitação popular.
Nireu Cavalcanti: "O centro do Rio hoje não
tem um núcleo. São retalhos, são fragmentos
que escaparam à destruição orquestrada pela
especulação imobiliária com a conivência do
poder público".
Folha - Como o senhor vê as mudanças
pelas quais passa o Rio, sobretudo na
região portuária?
Nireu Cavalcanti Cada vez que acontece um
fato inusitado no Rio -desde a chegada da
Corte [1808] até as Olimpíadas-, ele é
aproveitado por diversos níveis de poder para
expressar seu regozijo. Nesses momentos
são feitas obras que não têm nenhuma
relação com o conjunto das necessidades da
população. O governante aproveita para fazer
o que tem na cabeça. Foi assim que se
resolveu derrubar o morro do Castelo, em
1921. E é assim que está sendo realizada a
obra na região portuária.
A questão é que perdemos o sentido de
planejamento. O último momento de algum
planejamento foi nas últimas duas décadas do
século 19. A cidade estava se espraiando, e
foi solicitado a um grupo de três engenheiros,
entre os quais o futuro prefeito Pereira
2. Passos, o primeiro plano diretor do município
do Rio, em 1874.
Esta equipe fez uma proposta correta: alargar
as ruas do velho Centro, preservando as
edificações históricas, e propor um novo
centro na região de Vila Isabel, Andaraí e
Tijuca, em direção à zona norte. Se esse
projeto fosse inteiramente aplicado, não
teríamos o caos de hoje.
Na época o projeto contemplou o porto,
perfeitamente integrado à cidade, com três
avenidas: Rodrigues Alves, Francisco Bicalho
e Central. Uma porta de entrada que virou
cartão postal. Diferentemente do que ocorreu
em Barcelona, Lisboa ou Buenos Aires, com
portos afastados e escondidos. São
concepções urbanísticas diferentes.
Como contrapartida do dinheiro investido
no Porto Maravilha, a prefeitura quer
preservar áreas históricas. Ainda é
possível?
O que estão fazendo no morro da Conceição
e no Largo de São Francisco da Prainha?
Nada. O que vai acontecer é óbvio: os
proprietários vão vender os imóveis. Então a
vida acabou. A história acabou. A região,
mesmo que preserve o casario, vai se
transformar em mais um centro de comércio.
Depois arrumam algumas pessoas para
cantar samba, e está tudo bem. Qual a
relação do Porto Maravilha com a sua
vizinhança e o restante da cidade? Tudo se
resume ao seguinte argumento: construir
torres de 50 andares. E pronto.
A ampliação das linhas do metrô, BRTs,
VLTs vão solucionar o problema de
transporte?
O país fez a opção de enfrentar a crise
econômica vendendo carro. Em dez anos
multiplicou-se a frota de veículos particulares.
Em relação ao transporte público de massa
não se fez nada. Não precisa ser um técnico
para perceber que essa equação é impossível
de resolver.
Os VLTs da avenida Rio Branco são outro
problema grave. Não se coloca veículo
pesado em centro histórico. Nenhuma cidade
do mundo faz ou fez isso.
O metrô deveria seguir o projeto original
antigo, ligando Barra da Tijuca à estação da
Carioca, passando por Gávea, Jardim
Botânico, Humaitá, Dona Marta, Laranjeiras,
direto ao Centro. Na Estação de Laranjeiras,
poderia seguir um ramal para Rio Comprido,
Sambódromo, praça Cruz Vermelha. Era um
conceito simples de levar o metrô aos maiores
pontos de concentração, que foi abandonado.
Que acha da "morte" do elevado da
Perimetral?
Sempre me opus à derrubada do elevado,
mesmo achando que nunca deveria ter sido
erguido. É um exemplo típico de falta de
planejamento. Todas as obras atuais
poderiam ter sido feitas com a Perimetral de
pé, para evitar o impacto e o caos das ações.
Depois, se fosse o caso, ela seria derrubada.
O crescimento da cidade em direção à
zona oeste ainda é viável ou está
esgotado?
A expansão à zona oeste é ainda
perfeitamente viável. Uma excelente saída,
desde que se tenham novas linhas de metrô e
trens, e não BRTs ou VLTs, que têm a função
de ligação entre as grandes redes e não a de
fazer transporte de massa.
Confunde-se a zona oeste apenas com a
Barra da Tijuca, e aí se aproveitam para dizer
que estão fazendo obras na região. A rigor, a
Barra é região da orla, que acompanha a
zona sul. Representa uma visão
discriminatória e elitista, um projeto dos anos
1970 que não previu transporte coletivo nem
esgoto, muito menos habitação popular.
Na época os empresários disseram que só
precisariam de acesso e uma grande avenida,
e ali nasceria uma cidade ecológica. No
entanto, surgiram favelas e as lagoas estão
morrendo. A Barra é exemplar da visão da
cidade como mercadoria para A ou B ganhar
dinheiro.
O Rio continua uma cidade partida?
Continua partida entre a favela e o asfalto. E
pior ainda: bipartida, porque mesmo no asfalto
existem áreas mais ou menos assistidas e
outras abandonadas.
Que impacto pode-se esperar da Olimpíada
em 2016?
Peguemos a Baía de Guanabara. Já se
admite que a poluição vai continuar. Mesmo
assim, alguma coisa deverá ser feita na parte
que banha o Rio mais rico e visível. Mas a
baía é um conjunto, que inclui Ilha do
3. Governador, Niterói, São Gonçalo, Duque de
Caxias, Nilópolis, Belford Roxo, Magé, entre
outros municípios. Estes não terão melhoria
alguma, pode apostar.
Ainda é possível identificar a cidade do
passado?
O centro do Rio hoje não tem um núcleo. São
retalhos, são fragmentos que escaparam à
destruição orquestrada pela especulação
imobiliária com a conivência do poder público.
O largo da Carioca, onde esteve o primeiro
chafariz, em 1723, e ainda está o convento de
Santo Antônio, é aquilo que se vê: para poder
admirá-lo, é preciso esquecer o entorno.
Resta-nos entrar no claustro e rezar,
sonhando com o passado.
Qual o melhor presente que o Rio pode
receber?
Hoje, aos 450 anos, poderíamos estar
subindo o morro do Castelo para admirar a
obra de Mem de Sá. Foi demolido por puro
preconceito, porque naquele momento só
morava pobre lá. E houve quem aplaudisse a
iniciativa, por ter sido retirado um "quisto" da
cidade. A ponto de o prefeito Carlos Sampaio
ter dito que o morro do Castelo era um dente
cariado na boca de uma moça bonita. Só dois
loucos foram para a imprensa e se colocaram
contra a derrubada: Lima Barreto e Monteiro
Lobato.
Como não posso pedir de presente a volta do
morro do Castelo, gostaria de ver uma
administração pública, formada por técnicos
de qualidade, e que tenha continuidade. Que
não destrua o que o antecessor porventura
tiver feito de bom.
O senhor é especialista no período do Rio
colonial. O que nos restou daquela época
em termos de tradição cultural?
Nossa capacidade da festa. Desde sempre a
cidade soube se transformar, em poucos dias,
para saudar a chegada de uma personalidade
importante ou para lembrar uma data
relevante. Esse espírito coletivo de
organização e hospitalidade ficou. O Carnaval
é um exemplo perfeito. Mais recentemente, a
vinda do papa Francisco é outro exemplo.
(Enviada pelo próprio Nireu, alagoano,
contemporâneo de Luiz Ferreira)
NA SUA CASA?
Um padre colocou um vídeo nos telões da
Igreja, a Globeleza dançando seminua toda
pintada e o vídeo durou uns 15 segundos. O
povo da Igreja ficou todo escandalizado,
então o padre perguntou:
- Alguém se incomodou com esse vídeo aqui
na casa de Deus?
É claro que o povo se incomodou, mas não
falaram nada, então ele disse:
- Aqui na casa de Deus não é lugar de passar
essas coisas, mas na casa de vocês isso
passa o dia todo; nas novelas ensinam seus
filhos e filhas como trair seus maridos e
esposas, a mentir, a um homem a beijar outro
homem na boca e vocês não fazem nada!
Será que a casa de vocês não é também a
casa de DEUS? Hipócritas, são os que se
escandalizam quando falam dos erros que
ocorrem na casa dos outros, na igreja do
outro, na vida do outro, na religião do outro...
e se esquece dos erros que comete em sua
própria casa! (Enviada por Nenita Madeiro)
“TIO SAM” DE OLHO!
Por Jorge Serrão
O governo dos Estados Unidos da América
intimou ontem brasileiros que têm empresas
abertas na Flórida. A determinação é que só
vai permitir a continuidade dos negócios se as
empresas comprovarem que não fazem
negócios, envolvendo corrupção, com o
governo federal ou com "estatais" brasileiras.
A ordem ameaça até retirar o Green Card
(visto permanente) do empreendedor brazuca
que não conseguir comprovar, através de
documentos, contratos e extratos bancários,
que está limpo e puro, em um prazo de 72
horas. A Águia aperta o cerco contra os
corruptos tupiniquins...
A medida de restrição norte-americana
apertando o certo de fiscalização a
empresários brasileiros que investem por lá é
interpretada não só como um rigor
anticorrupção, mas principalmente como uma
advertência de que os EUA enxergam o alto
4. risco de uma "escalada bolivariana" no Brasil,
parecida com a da Venezuela, da Bolívia e da
Argentina. O Departamento de Justiça dos
EUA, que acompanha ações judiciais movidas
contra a Petrobras na Corte de Nova York,
teme a eclosão de uma grave crise no Brasil,
a partir do impasse institucional gerado pelos
desdobramentos da Operação Lava Jato, que
afetam a nossa economia: inflação sobe,
dólar vai junto com os juros, e ontem até
circulou o boato no mercado de que o ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, jogaria a toalha.
Os norte-americanos também viram um grave
indício de como o "bolivarianismo" começa a
se manifestar, concretamente, no Brasil. Não
foi vista com bons olhos por colaboradores
norte-americanos anticorrupção a decisão
unânime do Supremo Tribunal Federal em
conceder perdão judicial ao ex-deputado José
Genoíno, ilustre condenado no processo do
mensalão, justamente no delicado momento
em que o Procurador-Geral da República,
Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de 28
inquéritos para investigar 54 políticos com
foro privilegiado, suspeitos de envolvimento
no escândalo do "Petrolão". A turma do Tio
Sam lembra que, na Venezuela, na Argentina
e na Bolívia, o primeiro passo revolucionário
do governo foi influenciar decisões do
judiciário, em uma clara quebra do equilíbrio
entre os poderes, a fim de legitimar medidas
de força ou para aliviar a barra de aliados com
problemas na Justiça.
Nem precisa ser norte-americano para
constatar que a falta de sintonia entre o
judiciário e os anseios da sociedade ficou
patente no perdão que o STF deu a Genoíno.
Depois de construir uma maioria no Supremo,
graças à perigosa indicação política de
ministros nomeados para a mais alta corte do
País, o desgoverno Dilma, acuado com os
perigosos desdobramentos do Petrolão, deu
uma demonstração simbólica de que, com o
tempo, mesmo os que forem eventualmente
denunciados agora, para serem ou não
condenados em data ainda incerta, podem ter
uma esperança muito forte de que não ficarão
muito tempo na cadeia - igualzinho a Genoíno
e vários outros "mensaleiros".
Simbolicamente, a decisão do STF serviu de
péssimo exemplo para aqueles réus da Lava
Jato que negociam delação premiada com o
juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara
Federal em Curitiba. Agora, vários ilustres
enrolados no Petrolão terão a chance de
seguir o "conselho" dado pelo ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, para que não
embarquem nos acordos de "colaboração
premiada", preferindo aguardar pelos acordos
de leniência que o governo pretende
incentivar, via Advocacia Geral da União,
Controladoria Geral da União, e Tribunal de
Contas da União, dando um drible no
Ministério Público e no judiciário.
Preso em 15 de novembro de 2013, Genoíno
foi logo transferido para a prisão domiciliar,
por alegados problemas de saúde. Em maio
do ano passado, voltou para a prisão, onde
permaneceu por apenas três meses. Em
agosto, Genoíno recebeu autorização do
ministro Luis Roberto Barroso para cumprir o
restante da pena em casa, pois já havia
cumprido um sexto da pena total. Hoje, ele
está em uma casa em um condomínio
fechado de Brasília. No regime domiciliar, ele
era obrigado a se recolher em casa à noite e
nos finais de semana. Agora, oficialmente
livre da pena, poderá circular livremente. Com
certeza, vai rir muito da cara dos otários.
(Enviada por Georgina R. Lage).
SONETO DE CONTRIÇÃO
Vinicius de Morais
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto
Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.
Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa.
Não é maior o coração que a alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma…
E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida.
5. A PRESENÇA DO AMOR
O amor — alma da vida — é o hálito divino a
espraiar-se em toda parte, manifestando a
Paternidade de Deus.
Onde quer que se expresse, imanta quantos
se lhe acercam, modificando a estrutura e a
realidade para melhor.
No amor se encontram todas as motivações
para o progresso, emulando ao avanço, na
libertação dos atavismos que, por enquanto,
predominam em a natureza humana.
Por não se identificar com o amor na sua
realização incessante, a criatura posterga a
conquista dos valores que a alçam à paz e a
engrandecem.
Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e
a marcha da sensação para a emoção torna-
se lenta e difícil.
Em qualquer circunstância o amor é sempre o
grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos
então vigentes, iniciando a Era do Espírito
Imortal, que melhor expressa todas as
conquistas do pensamento. Se te encontras
sob a alça de mira de injunções dolorosas,
sofrendo incompreensões e dificuldades nos
teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e sombria não impede
que as estrelas brilhem acima das nuvens
borrascosas.
Se o julgamento descaridoso te perturba os planos
de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o
ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal aparentemente amaldiçoado, no
momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a enfermidade sorrateira que
intenta dominar as tuas forças, isolando-te no
leito da imobilidade e reduzindo as tuas
energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi berço generoso de vida
e pode, de um momento para outro, sob
carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é bênção de que dispões em todos os
dias da tua vida para avançares e
conquistares espaços no rumo da evolução.
Não te canses de amar, sejam quais forem as
circunstâncias por mais ásperas se te
apresentem.
A Doutrina de Jesus, ora renascida no
pensamento espírita, é um hino-ação de
amor, assinalando a marcha do futuro através
das luzes da razão unida à fé em consórcio
de legítimo amor. (Joanna de Angelis)
A PIADA DA SEMANA
Ao voltar de uma tarde de compras, uma
mulher encontra seu marido na cama com
uma linda jovem.
Chocadíssima, ela grita pra ele: “Seu galinha!
Seu cafajeste! Como ousa fazer isto comigo?!
Eu sou sua mulher e sou fiel!”
Ela já ia saindo porta afora, quando o marido
a fez parar, dizendo: “Espere aí, me deixe ao
menos explicar o que aconteceu!”
Tá bem”, diz ela, furiosa, “mas será a última
vez que você fala comigo!”
“Bem”, ele diz, “enquanto eu dirigia pela
estrada, vi esta jovem aqui, com um aspecto
cansado e miserável. Fiquei com pena dela e
a trouxe pra casa. Ela estava com fome,
então, eu lhe fiz um prato com aquele rosbife
que você achou muito engordante.
As sandálias dela estavam em frangalhos e
então, eu lhe dei aquele par de sapatos bons
que você não usa porque saíram de moda.
Ela estava com frio, e então, eu lhe dei aquela
blusa que lhe comprei de aniversário e que
você não usa porque acha que a cor não
combina com você.
As calças dela estavam em farrapos. Então,
eu lhe dei aquele par que você gostava até
que sua irmã comprou um igual.
Daí, antes de ir embora, ela olhou pra mim e
falou, quase suplicante: “Por favor, há mais
alguma coisa que a sua esposa não use mais?”
oOo
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