As invasões urbanas contribuíram significativamente para a expansão da cidade de Parauapebas ao longo dos anos. Muitos dos bairros mais populares e comerciais da cidade, como Rio Verde e Bairro da Paz, surgiram inicialmente como invasões. Atualmente, a cidade planeja seu crescimento através de novos bairros planejados, mas as invasões ainda ocorrem e desempenham um papel importante na história e desenvolvimento de Parauapebas.
1. Uma Cidade Fundada em Invasões
By Org. Pesq Adilson Motta, 2012
Segundo jornal Hoje, (apud Marcel Nogueira), as invasões foram e são responsáveis pela expansão dos limites
do perímetro urbano. Os locais de invasão são os mais atrasados e estão associados a marginalidade.
Para o mesmo, o município com um crescimento vertiginoso, sempre foi um solo fértil para as chamadas
ocupações irregulares. Desde o início dos anos 80, quando surgiu o burgo no pé da Serra, às margens da PA
– 275, as ocupações urbanas ocuparam lugar de destaque no cotidiano da cidade.
Apenas o bairro da Cidade Nova, no início da cidade e os bairros novos provenientes de loteamentos, como o
Beira Rio, Vila Rica, Amazônia são planejados; o restante foi aparecendo conforme a demanda exigia. Os
tradicionais Rio Verde, Primavera, União, Maranhão e bairro da Paz, foram formados por obra e graça da
vontade popular que empurrou os limites da cidade e se tornaram importantes centros urbanos.
O Rio Verde, por exemplo, é o centro comercial da cidade e apesar do crescimento da Cidade Nova, nesse
aspecto, o bairro além do igarapé Ilha do Coco ainda é a referência nesse aspecto. O próprio bairro da Paz,
fruto de uma invasão em 1990, é hoje o mais populoso da cidade e tem um comércio muito significativo, com
lojas, banco e um setor de serviço muito desenvolvido.
Em Parauapebas as ocupações irregulares sempre foram uma particularidade própria da cidade, uma espécie de
cultura massificada, de que em nome do sonho da casa própria todas as iniciativas são permitidas.
Pode-se dizer, que as ocupações ou invasões urbana, conforme queiram chamar foi um dos aspectos mais
marcantes na solidificação da cidade. Essas iniciativas foram adotadas e como normais na formação do grande
mozaico social da cidade. Em outras palavras:as invasões contribuíram para a expansão dos limites do
perímetro urbano.
A necessidade de ter um pedaço de chão para chamar de seu empurroumilhares de pessoas para essa iniciativas
iniciativas (de invadir). O preço do imóvel em Parauapebas é considerado um dos mais caros do Estado, assim
como o aluguel, que também não fica atrás.
A indústria das ocupações também traz outros componentes e originam-se de conveniências políticas . Muitas
ocupações ocorridas no passado e até no presente tiveram o dedo de figuras conhecidas do meio político ou de
circunstâncias associadas. O bairro da paz é um dos mais importantes da cidade, mas foi graças a política que
ele cresceu e se multiplicou. A situação fundiária ficou indefinida por mais de 15 anos e só no mandato do
governador Simão Jatene, que o Estado indenizou a área.
Como se vê, as ocupações urbanas vêm de longa data e ainda estão longe de seu final.
Já o Cortinão, em homenagem a Chico das Cortinas, foi comprada (área) pelo referido gestor e doado a seus
assentados em 1994 – todo numa infra estrutura planejada. Havendo comprado uma área onde é hoje o Bairro
Novo Brasil para construir a FACIPA, hoje FAP, com a tentativa de invasão pelas pessoas, Chico das Cortinas
resolveu lotear e doar para os sem teto. O bairro Altamira foi igualmente comprado e doado pelo gestor
Francisco das Cortinas. Segundo o mesmo, a política de não aceitar invasão era em função de muitos
assassinatos/ mortes que ocorriam frente às invasões.
Parauapebas é um município que a cada dia que cresce numa marcha constante. Como exemplo, há várias
grandes áreas de assentamentos sendo construídas em vários pontos da cidade - com grandes investimentos de
grandes empresas que constroem uma infra-estrutura planejada com asfaltam, sistema de água, eletrificação,
galerias pluviais, saneamentos e meio fio. Os principais maiores assentamentos com as infra-estruturas abaixo
são: Parque dos Carajás, Amazônia, W. Torres, Cidade Jardim, Nova Carajás, Vale dos Carajás e outros
assentamentos menores que se expandem em direção Marabá.
De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010),
Parauapebas tem 153 mil habitantes. Nos próximos cinco anos, esse número deve dobrar. Para abrigar
tanta gente será preciso construir pelo menos 50 mil casas. De olho nesse filão, foram lançados dois
bairros planejados na cidade. O mais novo deles é da construtora e incorporadora Nova Carajás. Em
outubro do ano passado, a empresa começou a vender o primeiro lote de 2,8 mil terrenos de um
projeto que leva seu nome. Voltado para moradores de alta renda, ele oferece aos moradores escolas,
bancos e centros comerciais numa área de 11 milhões de metros quadrados. Com 20 mil terrenos,
bairro tem valor de venda de R$ 800 milhões. O outro se chama Cidade Jardim e é voltado para os
migrantes. Foram oito mil terrenos colocados à venda desde o ano passado (2009/2010). “Tem gente
de toda parte comprando terra aqui”, afirmou o corretor Amarildo Soares dos Reis.
2. Não é ‘O Cortiço” de Aluízio de Azevedo, da ficção, mas é a cidade que nasceu ao pé de várias serras
em uma extensa região recheada de minério, e à sua sombra, 122 cabarés. Hoje, a gloriosa
Parauapebas é palco de notícia nacional e internacional em referencial à sua grandeza, crescimento,
corrupção e crimes (frequentemente noticiados nos principais jornais da região e nos folhetos da
oposição política).
FEIRA DO RIO VERDE
. ANTIGA RUA CURIÓ .
.
RUA DO COMÉRCIO
Fonte: Parauapebas: Nossa Terra, Nossa Gente Rua e (Próximo à Portaria
Num processo contínuo, a cidade vai erguendo seus edifícios...
RUA 10 – CIDADE NOVA
3.
4.
5. Fotos (acima) tiradas por Adilson Motta em 10/2007
Com um crescimento acima do da China, e sendo a 4ª cidade brasileira que mais exporta (com
o peso do minério de Carajás), Parauapebas, a “nenê” que será num futuro não muito longe,uma das
“gigantes” do Brasil, deve planejar a política de sustentabilidade, para o Impacto do Grande Dia”, em
que o precioso metal acabar. O que era 400 anos, já são anunciados: apenas 200 (anos de exploração
de minério) para exaurir sua lavra. E, a medida que a empresa “exploradora” amplia seu parque de
exploração, consequentemente, reduz-se a projeção desse tempo. Quem passa por dentro do Projeto
Carajás (nas áreas de exploração) vê a contínua ampliação do parque tecnológica de exploração.
6. Data: 01/2012
01/2012
Para somar com esse crescimento, vem a era dos loteamentos, e entre eles: W. Torres, Nova Carajás, Amazônia
e Cidade Jardim e outros de porte menores.