Em uma edição anterior do UXConf falei sobre a angústia do fim de jornada que teve como objetivo identificar os discursos da colonialidade na produção de pesquisa em design, utilizando uma abordagem teórica baseada na Modernidade/Colonialidade.
A análise revelou, como era de se esperar, a presença de discursos que reforçam privilégios epistêmicos dos centros de poder global, concentração de produção local no país e a invisibilização de pesquisadoras, bem como o apagamento de questões de raça.
Naquele momento a constatação foi tão impactante e eram tantas as necessidades de combates às opressões e forças da Colonialidade que a minha fala era a busca de um caminho por onde recomeçar, agora no doutorado.
Agora quero contar como surgiu, esse caminho, a partir do olhar para minha história, e de métodos que trouxe das ações políticas/artisticas (por exemplo, priorizando mapas no lugar de diagramas hierarquizados, entendendo o conhecimento não como representação do mundo, mas como invenção de si e do mundo) reconhecendo nessas cartografias, o diálogo imediato entre práticas de um design do sul global e um horizonte de possibilidades de descolonização, na pesquisa, educação e fazer design.
21. Linhas de segmentaridade
dura (ou molar)
● Elementos estáveis e
estratificados, como a escola,
gêneros binários, definição de
classes por consumo .
22. Linhas de segmentaridade
maleável (ou molecular)
● São caracterizadas por fluxos e
processos de mudança, de
transformação, que
desestabilizam as linhas duras.
● Podem ser exemplificadas por
situações onde algo já
aconteceu e é necessário refletir
sobre possibilidades diferentes,
como questionar uma forma
tradicional de ensinar.
23. Linhas de drible (ou fuga)
São linhas abstratas que
representam uma total
desterritorialização dos
acontecimentos.
Elas fogem dos padrões e criam
novas possibilidades.
27. Tecendo
Junto com
conceitos Álvaro Vieira Pinto
Amanualidade
Lélia Gonzalez
Amefricanidade,
Pretoguês,
Améfrica Ladina.
Silvia Rivera
Cusicanqui
mundo ao
revés, mundo
ch´ixi (cinza).