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Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck
CLIPPING – 03/08/2015
Acesse: www.cncafe.com.br
CNC: futuros do café ignoraram fundamentos em julho
P1 / Ascom CNC
03/08/2015
Futuros do café ignoram fundamentos e são contaminados pelo aumento da aversão ao risco.
Apesar da recuperação registrada nos últimos dias do mês, os futuros do café encerraram julho
acumulando desvalorização. De forma geral, o verão no hemisfério norte mantém a demanda
desaquecida e os produtores também seguram as vendas, no aguardo de preços mais
remuneradores e que reflitam a realidade da quebra de safra no campo.
Diante da ausência de novidades nos fundamentos, o movimento das cotações futuras do café
arábica seguiu a tendência generalizada de queda dos mercados de commodities, a qual tem
sido influenciada pelo fortalecimento do dólar e preocupações com o desempenho econômico
da China.
Desde o ano passado, o cenário internacional tem sido avesso aos investimentos em
commodities, devido aos sinais de retomada de crescimento da economia dos Estados Unidos,
que levam à antecipação da alta dos juros daquele país, resultando no fortalecimento do dólar.
Paralelamente, a China, grande importadora de produtos básicos, tem emitido sinais de
desaceleração do seu ritmo de crescimento. Esse fato pode ser evidenciado pela forte queda
das bolsas asiáticas, ao redor de 30%, em julho.
Como consequência, o gráfico abaixo demonstra que o desempenho dos futuros da maioria
das commodities foi ruim nos últimos 30 dias, com destaque para o petróleo, que registrou
perdas próximas a 20%. O mercado futuro do café, por ter uma significativa participação de
capital especulativo, acaba sendo contaminado por esse cenário.
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O câmbio brasileiro desvalorizado acentua as perdas do mercado futuro do café negociado em
Nova York. No âmbito externo, a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) da economia dos
Estados Unidos do primeiro trimestre, de -0,2% para +0,6%, e a estimativa de crescimento de
2,3% para o segundo trimestre aquecem o clima de expectativa quanto à elevação dos juros
norte-americanos. No Brasil, as incertezas econômicas e políticas contribuíram para a
desvalorização cambial, de forma que o dólar comercial encerrou o mês no patamar mais
elevado desde março de 2003, a R$ 3,4247, acumulando valorização de quase 10% nos
últimos 30 dias.
Diante do cenário supracitado, os fundos que operam no mercado futuro e de opções de café
arábica da ICE Futures US aumentaram o já elevado saldo de posições vendidas. Em
consequência, o vencimento setembro do contrato C acumulou queda de 715 pontos, sendo
cotado a US$ 1,2525 por libra-peso no último dia do mês. A cotação média mensal, de US$
1,26, foi 27% inferior à do mesmo período de 2014. Porém, quando convertidas para reais, as
cotações de Nova York superam em 5% o patamar médio de julho do ano passado devido ao
fortalecimento do dólar no Brasil.
Os estoques certificados de arábica da bolsa nova-iorquina apresentaram queda de 47 mil
sacas, encerrando o mês em 2,1 milhões de sacas. O volume estocado encontra-se em
patamar 16% inferior ao observado no mesmo período do ano antecedente, que era de 2,5
milhões de sacas.
O mercado futuro da variedade robusta, negociado na ICE Futures Europe, também foi
impactado pelo cenário financeiro adverso de julho. O vencimento setembro/2015 foi cotado a
US$ 1.638 por tonelada no último dia do mês, com desvalorização de US$ 146 em relação ao
fechamento de junho. A cotação média mensal, de US$ 1.694/t, foi 16,5% menor do que a de
julho de 2014. Os estoques certificados de robusta monitorados pela Bolsa de Londres
mantiveram a tendência de alta e atingiram cerca de 3,3 milhões de sacas em julho, quase o
triplo do volume contabilizado no mesmo período do ano passado.
O resultado negativo dos futuros dos cafés arábica e robusta reforçam que o comportamento
das cotações segue descolado dos fundamentos do mercado, que apontam para retração de
oferta. Em relação à variedade arábica, informações de campo levantadas pelo CNC junto a
suas cooperativas associadas denotam a quebra da safra 2015, já que para encher uma saca
têm sido necessários 25% a mais de café em relação à temporada passada. Normalmente, são
utilizadas medidas de 480 litros para o preenchimento de uma saca, porém este ano a média
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chegou a medidas de 600 litros. Além disso, apenas cerca de 15% dos cafés colhidos são mais
graúdos, apresentando peneira 17 acima, ao passo que, em um ano safra normal, o percentual
seria superior a 30 pontos. É nítida a redução dos estoques nacionais de café após duas
colheitas aquém do potencial produtivo e dada a sustentação do volume recorde de exportação
do Brasil.
Já no tocante à variedade robusta, o País apresentou quebra em torno de 20% na atual safra,
principalmente devido às condições climáticas adversas que afetaram o desenvolvimento dos
cafezais capixabas. No âmbito internacional, também há incerteza quanto ao desempenho das
próximas safras do Vietnã e da Indonésia, em função do clima seco que predomina nesses
países.
A respeito da colheita de café no Brasil, o Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea) divulgou comunicado, no dia 30 de julho, informando que os trabalhos já se
encerraram nas áreas produtoras de conilon. Sobre a variedade arábica, a instituição apontou
que as principais regiões do Brasil chegaram ou superaram levemente a metade do previsto,
com exceção para a Mogiana Paulista, cuja cata se encontrava em níveis levemente superiores
a 40%.
No mercado físico brasileiro, com exceção de períodos pontuais de aquecimento, a
comercialização continuou fraca, já que, apesar do impulso positivo dado pelo enfraquecimento
do real, os preços se mantêm aquém das expectativas dos vendedores e dissociados da
realidade vivenciada no campo. Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon
foram cotados no final de junho a R$ 435,24/saca e a R$ 313,62/saca, acumulando altas de,
respectivamente, 4,4% e 2% no mês.
CNC: agentes contratam 72,8% do orçamento do Funcafé disponível para safra 2015
P1 / Ascom CNC
03/08/2015
Paulo A. C. Kawasaki
O Diário Oficial da União desta segunda-feira, 3 de
agosto, trouxe a publicação de novos contratos
firmados entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e os agentes financeiros
interessados em operar os recursos do Fundo de
Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2015. Com as assinaturas publicadas hoje, o
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volume total contratado pelas instituições chegou a R$ 3,011 bilhões, respondendo por 72,80%
do total de R$ 4,136 bilhões disponível.
Do montante contratado, R$ 1,126 bilhão se destina à linha de financiamento de Estocagem,
R$ R$ 717 milhões para Custeio, R$ 571,5 milhões à Aquisição de Café (FAC) e R$ 596,5
milhões para Capital de Giro voltado a Cooperativas de Produção e a Indústrias de Torrefação
e Moagem e de Café Solúvel. A lista dos agentes financeiros e os valores destinados a cada
linha de financiamento estão disponíveis no quadro abaixo.
Chuva compromete qualidade do café e cafeicultor contabiliza prejuízos
G1 PR
03/08/2015
O Paraná tem 44 mil 540 hectares de café em produção e deve colher 1 milhão de sacas de
café este ano, o dobro de 2014, de acordo com o Deral - Departamento de Economia Rural.
Depois de praticamente 20 dias de muita chuva o produtor voltou ao cafezal para reiniciar a
colheita do grão no Paraná. Mas encontrou grãos com uma coloração branca, sinal de fungos
por excesso de umidade. "Não só o processo de colheita, mas principalmente a qualidade do
café foi comprometido", confirma o economista do Deral Paulo Franzine.
Antônio Bisca prevê uma colheita média de 1.500 sacas. Não reclama da produção, mas se
preocupa com a qualidade. "Você vai vender um café hoje, não dando bebida é 100 contos a
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menos na sca. Você vê uma base de mil sacas de café em coco, você perde R$ 100 mil reiais.
A perda é grande", diz.
Quando se fala em perda de qualidade o reflexo imediato é mesmo o alertado pelo cafeicultor.
O café acaba sendo vendido com valor mais baixo. Atualmente, o valor médio da saca de 60kg
está em torno de R$ 390,00. No ano passado, chegou a ser comercializada por R$ 433,00. "A
diferença entre um café de excelente qualidade e um com defeitos, varia de R$ 50,00 a R$
120,00. Chegando a R$ 150,00. E o custo para colher é o mesmo se não for maior, devido a
dificuldade de levantar esse café na roça", explica Paulo Franzine.
Exportações globais de café recuaram 3,3% em junho, diz OIC
Valor Econômico
03/08/2015
Alda do Amaral Rocha
As exportações globais de café somaram 9,69
milhões de sacas em junho deste ano, uma queda de
3,3% sobre os 10,02 milhões de sacas de igual mês
de 2014, informou hoje a Organização Internacional
do Café (OIC).
De acordo com a entidade, as exportações nos primeiros nove meses do ano-safra 2014/15
(outubro 2014 a junho de 2015) caíram 3,3% na comparação com igual intervalo do ano-safra
anterior.
A OIC informou que nos 12 meses encerrados em junho deste ano, as exportações globais de
café arábica somaram 68,18 milhões de sacas abaixo das 69,34 milhões de sacas de um
antes. Já as exportações mundiais de café robusta totalizaram 43,12 milhões de sacas no
mesmo período, também abaixo das 44,66 milhões de sacas de um antes.
Pesquisa da Secretaria avalia o risco do mercado de café no Estado de São Paulo
Assessoria de Imprensa - SAA/SP
03/08/2015
Nara Guimarães
Risco é a possibilidade de que a empresa venha a incorrer em perdas, quer seja por um
impacto negativo no crescimento de suas receitas ou venha a defrontar-se com dificuldades.
Na produção agrícola resultados indesejáveis de receita estão associados a baixos preços na
colheita, baixas produtividades ou ambos. Alterações nos preços entre o momento em que a
decisão de produzir é tomada e o período em que a venda da produção será realizada ocorrem
e são imprevisíveis.
Assim, o risco de mercado decorre do fato de os investimentos feitos serem anteriores à
colheita e essas decisões dependem dos preços realizados na safra passada, informa a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de
Economia Agrícola (IEA/Apta).
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Para evitar ou reduzir os riscos existe o hedge, que é uma operação de proteção em que o
agente toma determinada posição para evitar ou diminuir variações de preços. Com esta
finalidade, em maio de 2013, foi oficialmente posto em prática o Projeto Financiamento do
Custeio Agropecuário Atrelado a Contrato de Opção do Governo do Estado de São Paulo,
mediante a celebração de convênio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo e o Banco do Brasil.
“O objetivo do projeto é ampliar a utilização de mecanismos de proteção de preço via contratos
de opção pelos produtores rurais do Estado de São Paulo, a fim de mitigar os riscos de preços
inerentes à volatilidade das commodities, garantir ao produtor um valor mínimo de venda e
implantar políticas de desenvolvimento econômico e social sustentável, sempre pensando no
produtor, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin. O Governo do Estado de São Paulo
busca, por meio de políticas públicas, desenvolver instrumentos de gerenciamento dessas
modalidades, tornando a agropecuária mais estável e rentável”, disse Arnaldo Jardim.
A subvenção oferecida pelo projeto é de 50% do valor do prêmio do contrato de opções, com
recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap/Banagro), da Secretaria de
Agricultura, para os clientes que comprovarem o enquadramento no projeto, na forma descrita
acima. O benefício é concedido ao produtor rural, por intermédio do BB, mediante
ressarcimento de 50% do custo da proteção de preços via contrato de opções, afirma Fernando
Penteado, secretário executivo do Feap. O prêmio é negociado entre as partes no pregão
eletrônico da BM&F-Bovespa.
Para quantificar o risco de mercado de café do ponto de vista dos produtores paulistas, Samira
Aoun, pesquisadora do IEA, estimou o risco de preços, produtividade e receita bruta por
hectare dos produtores de café do Estado de São Paulo concentrados nas regiões de Franca e
Marília. Foram analisadas as médias anuais dos preços recebidos pelos produtores de cada
região, do período 2005 a 2014, deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA).
Na média do Estado de São Paulo, 70% das ocorrências de preços foram verificadas no
intervalo de R$ 293 a R$ 385 por saca de 60 kg de café. O desvio padrão da série anual dos
preços reais de café mostrou que pode haver uma variação de preços de um ano ao outro em
valor superior a R$ 70 por saca, o que equivale a 18% a 20% dos preços médios. A
produtividade média do período 2005 a 2014 mostrou-se superior na região de Franca, de
25,30 sacas de 60 kg por hectare. Entretanto, o desvio padrão também é maior, de 7,37 sacas
por hectare, o que representa 29% da média.
É uma oscilação considerável, que também se verifica na região de Marília. Isso se deve ao
ciclo bienal da cultura, em que a um ano de produtividade elevada se sucede outro mais
reduzido. Esta característica, que é própria da cultura, necessita de uma boa gestão para evitar
comprometer o resultado financeiro de cada ano, destaca a pesquisadora. Na média, a
produtividade se situa próxima a 21 sacas de 60 kg por hectare com um desvio padrão de 3,68
sacas por hectare. A soma de todas as regiões do Estado atenua a oscilação de produtividade
das regiões.
Com essas informações, a receita bruta por hectare de café foi estimada pelo método de Monte
Carlo. O risco de receita bruta por hectare de café é de R$1.061,77 na região de Franca e de
R$837,96 na região de Marília, o que representa 11% da média. No agregado do Estado de
São Paulo o risco de receita por hectare de café foi estimado em R$542,51, o que representa
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7% da média, que é de R$7.569. Os resultados mostraram que a probabilidade de ocorrência
de valores menores ou iguais às médias é superior a 50%.
“Dessa forma, como há oscilações significativas nos preços e nas produtividades sugere-se ao
cafeicultor que utilize as técnicas de gerenciamento de preços agrícolas. Elas têm o potencial
de melhorar o funcionamento da oferta agrícola e reduzir os riscos de mercado de café no
Estado de São Paulo”, afirma a pesquisadora.
Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas, acesse:
ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec4-0115.pdf
Brasil dispõe de um dos maiores bancos de informações e conhecimentos sobre café do
mundo
Embrapa Café
03/08/2015
Clarissa Ratton e Flávia Bessa
A Universidade Federal de Viçosa – UFV é uma das instituições
fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela
Embrapa Café e criado em 1997 para promover o
desenvolvimento de tecnologias que contribuam com todas as etapas da cadeia produtiva do
café no âmbito do Programa Pesquisa Café. O Sistema Brasileiro de Informação do Café -
SBICafé, desenvolvido pela UFV como ferramenta auxiliar do Programa de Pesquisa, é um
repositório temático de conhecimento científico e tecnológico em café produzido por instituições
consorciadas e é voltado especialmente para pesquisadores, cafeicultores e demais agentes
do agronegócio café.
O Sistema é também conhecido como Biblioteca Digital do Café e reúne teses e dissertações
de mestrado e doutorado, palestras, artigos e ainda trabalhos apresentados em importantes
eventos da cafeicultura brasileira. Tem por objetivo unificar e facilitar o acesso à produção
científica das instituições consorciadas, contribuindo para a transferência de tecnologias,
produtos e serviços ao setor produtivo e agroindustrial do café.
Em quinze anos de funcionamento, o portal do SBIcafé já recebeu mais de 900 mil visitas,
contabilizando mais de um milhão de consultas. Os usuários podem fazer buscas usando
diversos critérios, como busca por palavra-chave, autor, data de publicação, tipo de
documento, título da publicação, linha de pesquisa etc.
Para falar sobre a trajetória do SBICafé e as contribuições para a pesquisa cafeeira e a cultura
do café no Brasil, a Embrapa Café entrevistou o líder do projeto de implantação e manutenção
da Biblioteca do Café, o pesquisador Flávio Vieira Pontes, doutor pelo Programa de Pós-
Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG,
bacharel em Ciência da Computação pela UFV, analista de tecnologia da informação na UFV e
professor de ensino superior.
Embrapa Café: O que motivou a criação do SBICafé? Quais os principais objetivos desse
projeto?
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Flávio Vieira Pontes: O SBICafé iniciou suas atividades no ano de 2000, no contexto de um
projeto apoiado pelo Consórcio Pesquisa Café. O objetivo geral era reunir e facilitar o acesso à
produção bibliográfica da área, tendo em vista que estava dispersa e, muitas vezes, inacessível
na forma on line. A partir de 2011, ocorreu reformulação do projeto e o SBICafé passou a atuar
também como repositório temático da produção científica das instituições que integram o
Consórcio Pesquisa Café. Entre os objetivos, unificar e facilitar o acesso à produção científica
das instituições consorciadas no que se refere a temas relacionados ao agronegócio café;
aumentar a visibilidade, o uso e o impacto dos resultados das pesquisas depositadas;
potencializar e acelerar o impacto das pesquisas desenvolvidas em torno do Programa
Pesquisa Café, contribuindo para aumentar a sua produtividade, progresso e recompensas;
aumentar a transparência dos resultados do investimento em pesquisa, permitindo melhor
governança na gestão dos recursos gastos. O SBICafé atua desta forma como instrumento de
gestão da informação e do conhecimento produzido, disseminado e utilizado nas e pelas
universidades e institutos de pesquisa. Tais objetivos constituem manifestação visível da
importância emergente da gestão do conhecimento nas atividades de pesquisa.
Embrapa Café: Como estão reunidas as informações no SBICafé? Qual o acervo da Biblioteca
e o principal público interessado?
Flávio Vieira Pontes: As informações na Biblioteca Digital do Café estão reunidas em seções
e coleções, de acordo com o tipo do material (boletins técnicos, periódicos, teses e
dissertações, trabalhos de evento científico etc.). As coleções dentro de cada seção permitem
organizar os materiais de acordo com a instituição de origem e/ou periodicidade. Nosso público
vai desde pesquisadores, professores e estudantes até agricultores e demais agentes da
cadeia agroindustrial do café.
Embrapa Café: Quantas publicações sobre café estão cadastradas e como são feitas novas
inserções de documentos?
Flávio Vieira Pontes: A Biblioteca possui hoje cerca de 4.000 documentos disponíveis para
acesso, sendo que 1.000 novos itens estão prontos para liberação, o que irá totalizar um
acervo de 5.000 documentos. As novas inserções são planejadas em função de trabalho que
envolve desde a busca e identificação de novos materiais, articulação com instituições e
editores, priorização, organização, digitalização até a efetiva inclusão que envolve a
classificação e catalogação dos documentos.
Embrapa Café: Desde a criação até hoje, qual o número total de usuários, acessos e consultas
ao acervo do sistema?
Flávio Vieira Pontes: Nesses 15 anos, o SBICafé já passou por diversas fases, tendo se
utilizado de diferentes plataformas tecnológicas, o que dificulta uma estimativa mais precisa.
Mas estimamos que tenhamos atendido cerca de 100 mil usuários em mais de 900 mil visitas e
mais de milhão de consultas.
Embrapa Café: Quais os resultados gerados e os benefícios para os usuários e a cultura
cafeeira?
Flávio Vieira Pontes: O acesso à informação e ao conhecimento produzido é condição básica
ao desenvolvimento científico e tecnológico. Nesse sentido, o SBICafé contribui para que o
conhecimento adquirido, por meio das pesquisas possam ser disseminado, multiplicando-se e
beneficiando a comunidade de pesquisa e a sociedade que a financia.
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Embrapa Café: Em 2011, foi lançada a nova versão do SBICafé. O que significou essa
novidade e quais as perspectivas em relação a novas melhorias, mudanças e inovações?
Como o Consórcio Pesquisa Café pode contribuir com o contínuo aprimoramento do SBICafé?
Flávio Vieira Pontes: Em 2011, foi lançada nova versão que, do ponto de vista tecnológico,
incorporou o que há de mais moderno em termos de bibliotecas e repositórios digitais. O
sistema permite, além da navegação e busca textual, a exploração guiada do acervo por meio
de critérios combináveis, como autor, área de conhecimento, data de publicação e tipo de
material. Possibilita, dessa forma, "ponte" entre os processos de busca e a navegação. O
objetivo é facilitar a recuperação da informação e a satisfação dos usuários.
Com relação às perspectivas futuras, pretendemos aperfeiçoar os mecanismos de captação de
novos materiais para enriquecer o acervo. O objetivo é estabelecer canais para receber os
materiais de cada instituição consorciada produzidos no contexto do Programa Pesquisa Café.
Nesse caso, a ajuda do Consórcio Pesquisa Café será muito importante. Acreditamos que uma
política de informação institucional no âmbito do Consórcio poderia facilitar esse trabalho. Além
disso, precisamos divulgar para a comunidade os benefícios relacionados à melhoria na
visibilidade e gestão da pesquisa advindos do depósito da produção técnico-científica no
SBICafé.
Embrapa Café: O SBICafé também avalia e monitora a produção científica das instituições
integrantes do Consórcio Pesquisa Café. Qual a importância dessa gestão do conhecimento
nas atividades de pesquisa e como tem sido feito esse trabalho?
Flávio Vieira Pontes: As instituições responsáveis pelo fomento, direcionamento e gestão da
pesquisa necessitam de mecanismos mais eficientes para avaliar os resultados dos
investimentos realizados, assim como justificar a captação de novos recursos. É notória a
necessidade de se rastrear os resultados dos investimentos em projetos e programas de
pesquisa. Nesse sentido, a disponibilização da produção técnico-científica, como output direto
da atividade de pesquisa, constitui-se em uma forma de avaliação de resultados. Estamos bem
próximos de criar condições para este tipo de gestão. Mas, para que possa se concretizar,
precisamos melhorar nossos processos de captação para garantir que toda produção técnico-
científica das instituições, no contexto do Programa Pesquisa Café, sejam direcionadas ao
SBICafé. Esse é um de nossos objetivos.
Embrapa Café: Há espaço nesse repositório temático sobre eventos importantes da
cafeicultura brasileira, como o Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Que informações
sobre esse evento estão disponíveis, com qual objetivo e o que tem representado a
disponibilização dessas informações?
Flávio Vieira Pontes: O SBICafé já disponibiliza o acesso aos trabalhos apresentados e
palestras de todas as edições do Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Também está em
andamento a catalogação de todas edições do Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.
Dessa forma, os usuários do SBICafé têm a possibilidade de fazer buscas em todo este acervo,
podendo acessar o conteúdo dos trabalhos apresentados. São materiais que, no passado
recente, ficavam restritos aos anais impressos ou CDs. A possibilidade da busca integrada a
esse material traz grandes benefícios aos pesquisadores, na medida em que facilita a
recuperação da informação a partir do uso da busca textual, critérios de busca e filtros como
autor, assunto e data de publicação.
Embrapa Café: Qual sua visão de futuro para o SBICafé?
Flávio Vieira Pontes: Certamente temos muito trabalho pela frente. A produção científica se
alimenta ao mesmo tempo em que retroalimenta a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico.
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A tendência natural é o crescimento do acervo potencial da Biblioteca do Café. No entanto,
temos alguns desafios pela frente. O principal deles é o modelo de financiamento do projeto.
Nosso projeto é tratado como um projeto de pesquisa/extensão na linha temática "Sistemas
inovadores de transferência", com data de início e término previsto no contexto dos editais
lançados. Entendemos que o trabalho desenvolvido pelo SBICafé é contínuo, transversal e de
apoio aos demais projetos e objetivos do Programa Pesquisa Café e que, dessa forma, sua
continuidade deveria ser garantida. Além disso, estamos tendo sérias dificuldades no repasse
dos recursos aprovados na última chamada.
O SBICafé e outras publicações das entidades integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa
Café contendo dados, análises e informações podem ser acessados no Observatório do Café,
do Consórcio Pesquisa Café.

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  • 1. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck CLIPPING – 03/08/2015 Acesse: www.cncafe.com.br CNC: futuros do café ignoraram fundamentos em julho P1 / Ascom CNC 03/08/2015 Futuros do café ignoram fundamentos e são contaminados pelo aumento da aversão ao risco. Apesar da recuperação registrada nos últimos dias do mês, os futuros do café encerraram julho acumulando desvalorização. De forma geral, o verão no hemisfério norte mantém a demanda desaquecida e os produtores também seguram as vendas, no aguardo de preços mais remuneradores e que reflitam a realidade da quebra de safra no campo. Diante da ausência de novidades nos fundamentos, o movimento das cotações futuras do café arábica seguiu a tendência generalizada de queda dos mercados de commodities, a qual tem sido influenciada pelo fortalecimento do dólar e preocupações com o desempenho econômico da China. Desde o ano passado, o cenário internacional tem sido avesso aos investimentos em commodities, devido aos sinais de retomada de crescimento da economia dos Estados Unidos, que levam à antecipação da alta dos juros daquele país, resultando no fortalecimento do dólar. Paralelamente, a China, grande importadora de produtos básicos, tem emitido sinais de desaceleração do seu ritmo de crescimento. Esse fato pode ser evidenciado pela forte queda das bolsas asiáticas, ao redor de 30%, em julho. Como consequência, o gráfico abaixo demonstra que o desempenho dos futuros da maioria das commodities foi ruim nos últimos 30 dias, com destaque para o petróleo, que registrou perdas próximas a 20%. O mercado futuro do café, por ter uma significativa participação de capital especulativo, acaba sendo contaminado por esse cenário.
  • 2. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck O câmbio brasileiro desvalorizado acentua as perdas do mercado futuro do café negociado em Nova York. No âmbito externo, a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) da economia dos Estados Unidos do primeiro trimestre, de -0,2% para +0,6%, e a estimativa de crescimento de 2,3% para o segundo trimestre aquecem o clima de expectativa quanto à elevação dos juros norte-americanos. No Brasil, as incertezas econômicas e políticas contribuíram para a desvalorização cambial, de forma que o dólar comercial encerrou o mês no patamar mais elevado desde março de 2003, a R$ 3,4247, acumulando valorização de quase 10% nos últimos 30 dias. Diante do cenário supracitado, os fundos que operam no mercado futuro e de opções de café arábica da ICE Futures US aumentaram o já elevado saldo de posições vendidas. Em consequência, o vencimento setembro do contrato C acumulou queda de 715 pontos, sendo cotado a US$ 1,2525 por libra-peso no último dia do mês. A cotação média mensal, de US$ 1,26, foi 27% inferior à do mesmo período de 2014. Porém, quando convertidas para reais, as cotações de Nova York superam em 5% o patamar médio de julho do ano passado devido ao fortalecimento do dólar no Brasil. Os estoques certificados de arábica da bolsa nova-iorquina apresentaram queda de 47 mil sacas, encerrando o mês em 2,1 milhões de sacas. O volume estocado encontra-se em patamar 16% inferior ao observado no mesmo período do ano antecedente, que era de 2,5 milhões de sacas. O mercado futuro da variedade robusta, negociado na ICE Futures Europe, também foi impactado pelo cenário financeiro adverso de julho. O vencimento setembro/2015 foi cotado a US$ 1.638 por tonelada no último dia do mês, com desvalorização de US$ 146 em relação ao fechamento de junho. A cotação média mensal, de US$ 1.694/t, foi 16,5% menor do que a de julho de 2014. Os estoques certificados de robusta monitorados pela Bolsa de Londres mantiveram a tendência de alta e atingiram cerca de 3,3 milhões de sacas em julho, quase o triplo do volume contabilizado no mesmo período do ano passado. O resultado negativo dos futuros dos cafés arábica e robusta reforçam que o comportamento das cotações segue descolado dos fundamentos do mercado, que apontam para retração de oferta. Em relação à variedade arábica, informações de campo levantadas pelo CNC junto a suas cooperativas associadas denotam a quebra da safra 2015, já que para encher uma saca têm sido necessários 25% a mais de café em relação à temporada passada. Normalmente, são utilizadas medidas de 480 litros para o preenchimento de uma saca, porém este ano a média
  • 3. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck chegou a medidas de 600 litros. Além disso, apenas cerca de 15% dos cafés colhidos são mais graúdos, apresentando peneira 17 acima, ao passo que, em um ano safra normal, o percentual seria superior a 30 pontos. É nítida a redução dos estoques nacionais de café após duas colheitas aquém do potencial produtivo e dada a sustentação do volume recorde de exportação do Brasil. Já no tocante à variedade robusta, o País apresentou quebra em torno de 20% na atual safra, principalmente devido às condições climáticas adversas que afetaram o desenvolvimento dos cafezais capixabas. No âmbito internacional, também há incerteza quanto ao desempenho das próximas safras do Vietnã e da Indonésia, em função do clima seco que predomina nesses países. A respeito da colheita de café no Brasil, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou comunicado, no dia 30 de julho, informando que os trabalhos já se encerraram nas áreas produtoras de conilon. Sobre a variedade arábica, a instituição apontou que as principais regiões do Brasil chegaram ou superaram levemente a metade do previsto, com exceção para a Mogiana Paulista, cuja cata se encontrava em níveis levemente superiores a 40%. No mercado físico brasileiro, com exceção de períodos pontuais de aquecimento, a comercialização continuou fraca, já que, apesar do impulso positivo dado pelo enfraquecimento do real, os preços se mantêm aquém das expectativas dos vendedores e dissociados da realidade vivenciada no campo. Os indicadores do Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados no final de junho a R$ 435,24/saca e a R$ 313,62/saca, acumulando altas de, respectivamente, 4,4% e 2% no mês. CNC: agentes contratam 72,8% do orçamento do Funcafé disponível para safra 2015 P1 / Ascom CNC 03/08/2015 Paulo A. C. Kawasaki O Diário Oficial da União desta segunda-feira, 3 de agosto, trouxe a publicação de novos contratos firmados entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os agentes financeiros interessados em operar os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2015. Com as assinaturas publicadas hoje, o
  • 4. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck volume total contratado pelas instituições chegou a R$ 3,011 bilhões, respondendo por 72,80% do total de R$ 4,136 bilhões disponível. Do montante contratado, R$ 1,126 bilhão se destina à linha de financiamento de Estocagem, R$ R$ 717 milhões para Custeio, R$ 571,5 milhões à Aquisição de Café (FAC) e R$ 596,5 milhões para Capital de Giro voltado a Cooperativas de Produção e a Indústrias de Torrefação e Moagem e de Café Solúvel. A lista dos agentes financeiros e os valores destinados a cada linha de financiamento estão disponíveis no quadro abaixo. Chuva compromete qualidade do café e cafeicultor contabiliza prejuízos G1 PR 03/08/2015 O Paraná tem 44 mil 540 hectares de café em produção e deve colher 1 milhão de sacas de café este ano, o dobro de 2014, de acordo com o Deral - Departamento de Economia Rural. Depois de praticamente 20 dias de muita chuva o produtor voltou ao cafezal para reiniciar a colheita do grão no Paraná. Mas encontrou grãos com uma coloração branca, sinal de fungos por excesso de umidade. "Não só o processo de colheita, mas principalmente a qualidade do café foi comprometido", confirma o economista do Deral Paulo Franzine. Antônio Bisca prevê uma colheita média de 1.500 sacas. Não reclama da produção, mas se preocupa com a qualidade. "Você vai vender um café hoje, não dando bebida é 100 contos a
  • 5. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck menos na sca. Você vê uma base de mil sacas de café em coco, você perde R$ 100 mil reiais. A perda é grande", diz. Quando se fala em perda de qualidade o reflexo imediato é mesmo o alertado pelo cafeicultor. O café acaba sendo vendido com valor mais baixo. Atualmente, o valor médio da saca de 60kg está em torno de R$ 390,00. No ano passado, chegou a ser comercializada por R$ 433,00. "A diferença entre um café de excelente qualidade e um com defeitos, varia de R$ 50,00 a R$ 120,00. Chegando a R$ 150,00. E o custo para colher é o mesmo se não for maior, devido a dificuldade de levantar esse café na roça", explica Paulo Franzine. Exportações globais de café recuaram 3,3% em junho, diz OIC Valor Econômico 03/08/2015 Alda do Amaral Rocha As exportações globais de café somaram 9,69 milhões de sacas em junho deste ano, uma queda de 3,3% sobre os 10,02 milhões de sacas de igual mês de 2014, informou hoje a Organização Internacional do Café (OIC). De acordo com a entidade, as exportações nos primeiros nove meses do ano-safra 2014/15 (outubro 2014 a junho de 2015) caíram 3,3% na comparação com igual intervalo do ano-safra anterior. A OIC informou que nos 12 meses encerrados em junho deste ano, as exportações globais de café arábica somaram 68,18 milhões de sacas abaixo das 69,34 milhões de sacas de um antes. Já as exportações mundiais de café robusta totalizaram 43,12 milhões de sacas no mesmo período, também abaixo das 44,66 milhões de sacas de um antes. Pesquisa da Secretaria avalia o risco do mercado de café no Estado de São Paulo Assessoria de Imprensa - SAA/SP 03/08/2015 Nara Guimarães Risco é a possibilidade de que a empresa venha a incorrer em perdas, quer seja por um impacto negativo no crescimento de suas receitas ou venha a defrontar-se com dificuldades. Na produção agrícola resultados indesejáveis de receita estão associados a baixos preços na colheita, baixas produtividades ou ambos. Alterações nos preços entre o momento em que a decisão de produzir é tomada e o período em que a venda da produção será realizada ocorrem e são imprevisíveis. Assim, o risco de mercado decorre do fato de os investimentos feitos serem anteriores à colheita e essas decisões dependem dos preços realizados na safra passada, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta).
  • 6. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Para evitar ou reduzir os riscos existe o hedge, que é uma operação de proteção em que o agente toma determinada posição para evitar ou diminuir variações de preços. Com esta finalidade, em maio de 2013, foi oficialmente posto em prática o Projeto Financiamento do Custeio Agropecuário Atrelado a Contrato de Opção do Governo do Estado de São Paulo, mediante a celebração de convênio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e o Banco do Brasil. “O objetivo do projeto é ampliar a utilização de mecanismos de proteção de preço via contratos de opção pelos produtores rurais do Estado de São Paulo, a fim de mitigar os riscos de preços inerentes à volatilidade das commodities, garantir ao produtor um valor mínimo de venda e implantar políticas de desenvolvimento econômico e social sustentável, sempre pensando no produtor, como nos orienta o governador Geraldo Alckmin. O Governo do Estado de São Paulo busca, por meio de políticas públicas, desenvolver instrumentos de gerenciamento dessas modalidades, tornando a agropecuária mais estável e rentável”, disse Arnaldo Jardim. A subvenção oferecida pelo projeto é de 50% do valor do prêmio do contrato de opções, com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap/Banagro), da Secretaria de Agricultura, para os clientes que comprovarem o enquadramento no projeto, na forma descrita acima. O benefício é concedido ao produtor rural, por intermédio do BB, mediante ressarcimento de 50% do custo da proteção de preços via contrato de opções, afirma Fernando Penteado, secretário executivo do Feap. O prêmio é negociado entre as partes no pregão eletrônico da BM&F-Bovespa. Para quantificar o risco de mercado de café do ponto de vista dos produtores paulistas, Samira Aoun, pesquisadora do IEA, estimou o risco de preços, produtividade e receita bruta por hectare dos produtores de café do Estado de São Paulo concentrados nas regiões de Franca e Marília. Foram analisadas as médias anuais dos preços recebidos pelos produtores de cada região, do período 2005 a 2014, deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na média do Estado de São Paulo, 70% das ocorrências de preços foram verificadas no intervalo de R$ 293 a R$ 385 por saca de 60 kg de café. O desvio padrão da série anual dos preços reais de café mostrou que pode haver uma variação de preços de um ano ao outro em valor superior a R$ 70 por saca, o que equivale a 18% a 20% dos preços médios. A produtividade média do período 2005 a 2014 mostrou-se superior na região de Franca, de 25,30 sacas de 60 kg por hectare. Entretanto, o desvio padrão também é maior, de 7,37 sacas por hectare, o que representa 29% da média. É uma oscilação considerável, que também se verifica na região de Marília. Isso se deve ao ciclo bienal da cultura, em que a um ano de produtividade elevada se sucede outro mais reduzido. Esta característica, que é própria da cultura, necessita de uma boa gestão para evitar comprometer o resultado financeiro de cada ano, destaca a pesquisadora. Na média, a produtividade se situa próxima a 21 sacas de 60 kg por hectare com um desvio padrão de 3,68 sacas por hectare. A soma de todas as regiões do Estado atenua a oscilação de produtividade das regiões. Com essas informações, a receita bruta por hectare de café foi estimada pelo método de Monte Carlo. O risco de receita bruta por hectare de café é de R$1.061,77 na região de Franca e de R$837,96 na região de Marília, o que representa 11% da média. No agregado do Estado de São Paulo o risco de receita por hectare de café foi estimado em R$542,51, o que representa
  • 7. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck 7% da média, que é de R$7.569. Os resultados mostraram que a probabilidade de ocorrência de valores menores ou iguais às médias é superior a 50%. “Dessa forma, como há oscilações significativas nos preços e nas produtividades sugere-se ao cafeicultor que utilize as técnicas de gerenciamento de preços agrícolas. Elas têm o potencial de melhorar o funcionamento da oferta agrícola e reduzir os riscos de mercado de café no Estado de São Paulo”, afirma a pesquisadora. Para ler o artigo na íntegra e conferir as tabelas, acesse: ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2015/tec4-0115.pdf Brasil dispõe de um dos maiores bancos de informações e conhecimentos sobre café do mundo Embrapa Café 03/08/2015 Clarissa Ratton e Flávia Bessa A Universidade Federal de Viçosa – UFV é uma das instituições fundadoras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café e criado em 1997 para promover o desenvolvimento de tecnologias que contribuam com todas as etapas da cadeia produtiva do café no âmbito do Programa Pesquisa Café. O Sistema Brasileiro de Informação do Café - SBICafé, desenvolvido pela UFV como ferramenta auxiliar do Programa de Pesquisa, é um repositório temático de conhecimento científico e tecnológico em café produzido por instituições consorciadas e é voltado especialmente para pesquisadores, cafeicultores e demais agentes do agronegócio café. O Sistema é também conhecido como Biblioteca Digital do Café e reúne teses e dissertações de mestrado e doutorado, palestras, artigos e ainda trabalhos apresentados em importantes eventos da cafeicultura brasileira. Tem por objetivo unificar e facilitar o acesso à produção científica das instituições consorciadas, contribuindo para a transferência de tecnologias, produtos e serviços ao setor produtivo e agroindustrial do café. Em quinze anos de funcionamento, o portal do SBIcafé já recebeu mais de 900 mil visitas, contabilizando mais de um milhão de consultas. Os usuários podem fazer buscas usando diversos critérios, como busca por palavra-chave, autor, data de publicação, tipo de documento, título da publicação, linha de pesquisa etc. Para falar sobre a trajetória do SBICafé e as contribuições para a pesquisa cafeeira e a cultura do café no Brasil, a Embrapa Café entrevistou o líder do projeto de implantação e manutenção da Biblioteca do Café, o pesquisador Flávio Vieira Pontes, doutor pelo Programa de Pós- Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, bacharel em Ciência da Computação pela UFV, analista de tecnologia da informação na UFV e professor de ensino superior. Embrapa Café: O que motivou a criação do SBICafé? Quais os principais objetivos desse projeto?
  • 8. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Flávio Vieira Pontes: O SBICafé iniciou suas atividades no ano de 2000, no contexto de um projeto apoiado pelo Consórcio Pesquisa Café. O objetivo geral era reunir e facilitar o acesso à produção bibliográfica da área, tendo em vista que estava dispersa e, muitas vezes, inacessível na forma on line. A partir de 2011, ocorreu reformulação do projeto e o SBICafé passou a atuar também como repositório temático da produção científica das instituições que integram o Consórcio Pesquisa Café. Entre os objetivos, unificar e facilitar o acesso à produção científica das instituições consorciadas no que se refere a temas relacionados ao agronegócio café; aumentar a visibilidade, o uso e o impacto dos resultados das pesquisas depositadas; potencializar e acelerar o impacto das pesquisas desenvolvidas em torno do Programa Pesquisa Café, contribuindo para aumentar a sua produtividade, progresso e recompensas; aumentar a transparência dos resultados do investimento em pesquisa, permitindo melhor governança na gestão dos recursos gastos. O SBICafé atua desta forma como instrumento de gestão da informação e do conhecimento produzido, disseminado e utilizado nas e pelas universidades e institutos de pesquisa. Tais objetivos constituem manifestação visível da importância emergente da gestão do conhecimento nas atividades de pesquisa. Embrapa Café: Como estão reunidas as informações no SBICafé? Qual o acervo da Biblioteca e o principal público interessado? Flávio Vieira Pontes: As informações na Biblioteca Digital do Café estão reunidas em seções e coleções, de acordo com o tipo do material (boletins técnicos, periódicos, teses e dissertações, trabalhos de evento científico etc.). As coleções dentro de cada seção permitem organizar os materiais de acordo com a instituição de origem e/ou periodicidade. Nosso público vai desde pesquisadores, professores e estudantes até agricultores e demais agentes da cadeia agroindustrial do café. Embrapa Café: Quantas publicações sobre café estão cadastradas e como são feitas novas inserções de documentos? Flávio Vieira Pontes: A Biblioteca possui hoje cerca de 4.000 documentos disponíveis para acesso, sendo que 1.000 novos itens estão prontos para liberação, o que irá totalizar um acervo de 5.000 documentos. As novas inserções são planejadas em função de trabalho que envolve desde a busca e identificação de novos materiais, articulação com instituições e editores, priorização, organização, digitalização até a efetiva inclusão que envolve a classificação e catalogação dos documentos. Embrapa Café: Desde a criação até hoje, qual o número total de usuários, acessos e consultas ao acervo do sistema? Flávio Vieira Pontes: Nesses 15 anos, o SBICafé já passou por diversas fases, tendo se utilizado de diferentes plataformas tecnológicas, o que dificulta uma estimativa mais precisa. Mas estimamos que tenhamos atendido cerca de 100 mil usuários em mais de 900 mil visitas e mais de milhão de consultas. Embrapa Café: Quais os resultados gerados e os benefícios para os usuários e a cultura cafeeira? Flávio Vieira Pontes: O acesso à informação e ao conhecimento produzido é condição básica ao desenvolvimento científico e tecnológico. Nesse sentido, o SBICafé contribui para que o conhecimento adquirido, por meio das pesquisas possam ser disseminado, multiplicando-se e beneficiando a comunidade de pesquisa e a sociedade que a financia.
  • 9. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck Embrapa Café: Em 2011, foi lançada a nova versão do SBICafé. O que significou essa novidade e quais as perspectivas em relação a novas melhorias, mudanças e inovações? Como o Consórcio Pesquisa Café pode contribuir com o contínuo aprimoramento do SBICafé? Flávio Vieira Pontes: Em 2011, foi lançada nova versão que, do ponto de vista tecnológico, incorporou o que há de mais moderno em termos de bibliotecas e repositórios digitais. O sistema permite, além da navegação e busca textual, a exploração guiada do acervo por meio de critérios combináveis, como autor, área de conhecimento, data de publicação e tipo de material. Possibilita, dessa forma, "ponte" entre os processos de busca e a navegação. O objetivo é facilitar a recuperação da informação e a satisfação dos usuários. Com relação às perspectivas futuras, pretendemos aperfeiçoar os mecanismos de captação de novos materiais para enriquecer o acervo. O objetivo é estabelecer canais para receber os materiais de cada instituição consorciada produzidos no contexto do Programa Pesquisa Café. Nesse caso, a ajuda do Consórcio Pesquisa Café será muito importante. Acreditamos que uma política de informação institucional no âmbito do Consórcio poderia facilitar esse trabalho. Além disso, precisamos divulgar para a comunidade os benefícios relacionados à melhoria na visibilidade e gestão da pesquisa advindos do depósito da produção técnico-científica no SBICafé. Embrapa Café: O SBICafé também avalia e monitora a produção científica das instituições integrantes do Consórcio Pesquisa Café. Qual a importância dessa gestão do conhecimento nas atividades de pesquisa e como tem sido feito esse trabalho? Flávio Vieira Pontes: As instituições responsáveis pelo fomento, direcionamento e gestão da pesquisa necessitam de mecanismos mais eficientes para avaliar os resultados dos investimentos realizados, assim como justificar a captação de novos recursos. É notória a necessidade de se rastrear os resultados dos investimentos em projetos e programas de pesquisa. Nesse sentido, a disponibilização da produção técnico-científica, como output direto da atividade de pesquisa, constitui-se em uma forma de avaliação de resultados. Estamos bem próximos de criar condições para este tipo de gestão. Mas, para que possa se concretizar, precisamos melhorar nossos processos de captação para garantir que toda produção técnico- científica das instituições, no contexto do Programa Pesquisa Café, sejam direcionadas ao SBICafé. Esse é um de nossos objetivos. Embrapa Café: Há espaço nesse repositório temático sobre eventos importantes da cafeicultura brasileira, como o Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Que informações sobre esse evento estão disponíveis, com qual objetivo e o que tem representado a disponibilização dessas informações? Flávio Vieira Pontes: O SBICafé já disponibiliza o acesso aos trabalhos apresentados e palestras de todas as edições do Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Também está em andamento a catalogação de todas edições do Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. Dessa forma, os usuários do SBICafé têm a possibilidade de fazer buscas em todo este acervo, podendo acessar o conteúdo dos trabalhos apresentados. São materiais que, no passado recente, ficavam restritos aos anais impressos ou CDs. A possibilidade da busca integrada a esse material traz grandes benefícios aos pesquisadores, na medida em que facilita a recuperação da informação a partir do uso da busca textual, critérios de busca e filtros como autor, assunto e data de publicação. Embrapa Café: Qual sua visão de futuro para o SBICafé? Flávio Vieira Pontes: Certamente temos muito trabalho pela frente. A produção científica se alimenta ao mesmo tempo em que retroalimenta a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico.
  • 10. Conselho Nacional do Café – CNC SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF) Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632 E-mail: imprensa@cncafe.com.br / www.twitter.com/pauloandreck A tendência natural é o crescimento do acervo potencial da Biblioteca do Café. No entanto, temos alguns desafios pela frente. O principal deles é o modelo de financiamento do projeto. Nosso projeto é tratado como um projeto de pesquisa/extensão na linha temática "Sistemas inovadores de transferência", com data de início e término previsto no contexto dos editais lançados. Entendemos que o trabalho desenvolvido pelo SBICafé é contínuo, transversal e de apoio aos demais projetos e objetivos do Programa Pesquisa Café e que, dessa forma, sua continuidade deveria ser garantida. Além disso, estamos tendo sérias dificuldades no repasse dos recursos aprovados na última chamada. O SBICafé e outras publicações das entidades integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café contendo dados, análises e informações podem ser acessados no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café.