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Aplicação da MBEA (versão reduzida) em afásicos
de expressão e disártricos: análise comparativa
das funções musicais
Application of MBEA (reduced version) in aphasic speech and dysarthria:
comparative analysis of musical functions
São Paulo
2014
Michelle de Melo Ferreira
Clara Y. S. Ikuta
São Paulo
2014
Introdução
Afasia ² Disartria ³
Lesão encefálica
adquirida ¹
¹ Ferreira & Oliveira-Alonso, 2010
² Spreen & Risser, 2003
³ Ortiz & Carrillo, 2008
Comunicação
Introdução
Local/extensão da
lesão
¹ Correia, Muszkat, Vicenzo & Campos, 1998
² Andrade & Bhattacharya, 2003
³ Silva-Nunes, Loureiro, Loureiro & Haase, 2010
4 Silva-Nunes; Haase, 2012
Déficit das funções
musicais ¹
Amusia ²
Montreal Battery of Evaluation of Amusia
(MBEA)
Traduzida e
Validada em 2010 ³
Versão reduzida em
2012 4
A utilização dessa
versão foi autorizada
pela própria autora para
a realização deste
estudo
Introdução
Objetivo
Analisar a aplicabilidade da versão
reduzida da MBEA em pacientes afásicos
de expressão e disártricos
Comparar os resultados da MBEA dos
dois grupos
Analisar possíveis associações dos
déficits das funções musicais com o
processamento da linguagem e emissão
vocal
Métodos
O presente estudo é observacional transversal
Indivíduos com afasia de expressão e disartria
Submetido avaliado e aprovado pelo Comitê de
Ética e Pesquisa sob o protocolo de número
058840/2014
Métodos
A partir dessa lista, foram selecionados pacientes com
diagnóstico de afasia de expressão ou disartria;
26 anos a 63 anos;
Audição normal auto referida;
Não fizeram terapia para voz (fonoaudiologia ou
musicoterapia) depois do incidente;
TCLE;
5 afásicos de expressão 6 disártricos
TOTAL
Grupo de
e
Foram recrutados 64 pacientes da clínica de lesão encefálica
adquirida que estavam na fila de espera para o atendimento
fonoaudiológico na AACD - Ibirapuera (SP) para a fala;
Métodos
Métodos
Foram considerados respostas verbais,
gestuais e visuais.
Métodos
Teste não paramétrico de Mann-Whitney:
• Comparação dos dois grupos quanto à idade ;
• Número de acertos realizados em cada teste;
Teste de Igualdade de Duas Proporções:
• Comparação dos dois grupos quanto às variáveis
qualitativas (sexo, escolaridade, experiência musical);
Resultados
Resultados
Discussão
A caracterização comparativa dos dois grupos (idade, sexo,
escolaridade e experiência musical) não apresentou diferença
estatística ¹
A MBEA (versão reduzida) é aplicável aos dois grupos
Ambos os grupos não apresentaram indícios de dissociação do
processamento melódico e temporal (exceto para métrica) o
que indica que as propriedades melódicas e temporais são
independentes ²
Mas não houve diferença estatística entre eles quanto ao
número de acertos em cada teste. Limitação: poder da
amostra (49,9%)
¹ Hausen, Torppa, Viljami, Martti Vainio & Särkämö, 2013
² Peretz, 1990; Peretz & Kolinsky, 1993; Hausen et al, 2013
Discussão
O ritmo e a métrica são propriedades em comum na
linguagem musical, linguagem verbal e emissão vocal;
O grupo de afásicos de expressão tiveram uma média de
9,0±3,0 acertos enquanto o grupo de disártricos tiveram uma
média de 10,3±1,0 no teste de memória incidental.
O processamento da memória requer um sistema de
armazenamento onde as informações são simultaneamente
armazenadas e computadas durante o processamento
sintático³. Porém estudos apontam que pacientes afásicos
podem ou não apresentar danos na memória 4.
Os dois grupos apresentaram indícios de dissociação do
processamento do ritmo e da métrica (ambos constituintes da
organização temporal) ³
² Jackendoff, 2009
³ Ayotte et al, 2000
Caplan & Waters, 1999
Ortiz, 2005
O contorno melódico também é encontrado na fala (contorno
prosódico) mas os dois grupos tiveram uma boa média de
acertos no teste ²
Conclusão
MBEA é aplicável aos pacientes afásicos de expressão e
disártricos;
Nossa amostra mostrou que há alguns componentes
estruturais da música que está diretamente associada com a
comunicação tais como a métrica e o ritmo;
Não houve diferença significante entre os dois grupos nos
testes da MBEA. No entanto, o teste de métrica foi o
componente em que ambos os grupos tiveram uma média
bem menor de acertos se comparar com os demais testes
(incluindo o teste de ritmo);
É importante que mais pesquisas sejam realizadas nesse
campo associando os déficits das funções musicais com o
processamento da linguagem e da emissão oral;
A fim de auxiliar melhor no planejamento terapêutico bem
como mensurar melhorias do processo terapêutico através da
aplicação e reaplicação dos testes.
Referências
Andrade, P.E; Bhattacharya, J. (2003). Brain tuned to music. Journal of the Royal
Society of Medicine, 96, 284-287.
Ayotte, J; Peretz, I; Rosseau, I; Bard, C; Bojanowski, M. (2000). Patterns of music
agnosia associated with middle cerebral artery infarcts. Brains, 123, 1926-1938.
Brain Injury Association of America. Definition of acquired brain injury adopted by
Brain Injury Association Board of Directors. October 12, 2012. Disponível em
http://www.biausa.org. Acesso em 25/04/2014.
Cason, N.; Schön, D. (2012). Rhythmic priming enhances the phonological
processing of speech. Neuropsychologia 50, 2652-2658. doi:
10.1016/j.neuropsychologia.2012.07.018.
Correia, C. M. F; Muszkat, M; Vicenzo, N. S; & Campos, C. J. R. (1998).
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Psiquiatria, 56(4), 747-755.
Di Pietro, M.; Laganaro, M.; Leemann, B.; Schnider, A. (2004). Receptive amusia:
temporal auditory processing deficit in a professional musician following a left
temporo-parietal lesion. Neuropsychologia 42, 868–877. doi:
10.1016/j.neuropsychologia.2003.12.004
Ferreira, M.S.; Alonso, G. (2010a). Lesão encefálica adquirida: Aspectos clínicos.
In: Fisioterapia – Aspectos clínicos e práticos da reabilitação. Coord. Moura, E.W;
Lima, E; Borges, D; Silva, P. (pp. 239-250). São Paulo: Artes Médicas.
Ferreira, M.S.; Alonso, G. (2010b). O que precisamos saber sobre lesão encefálica
adquirida. In: Musicoterapia e a reabilitação do paciente neurológico. Coord.
Nascimento. M. (pp. 131-140). São Paulo: Memnon.
Referências
Hausen, M.; Torppa, R.; Salmanela, V. R.; Vainio, M. & Särkämö (2013). Music
and speech prosody: A common rhythm. Frontiers in Psychology 566(4): 1-16.
Jackendoff, R. (2009) Parallels and non-parallels between language and music.
Music Perception 26(3):195-204.
Mac-Kay, A. P. M.; Assencio-Ferreira, V. J; Ferri-Ferreira, T. M. S (2003).
Afasias e Demências: avaliação e tratamento fonoaudiológico. São Paulo:
Editora Santos.
Muszkat, M.; Correia, C.M.F. & Campos, S.M. (2000). Música e Neurociências.
Rev. Neurociências 8(2): 70-75.
Ortiz, K.; Carrillo, L. (2008). Comparação entre as análises auditiva e acústica
nas disartrias. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 13 (4):325-31.
Peretz, I. (1990). Processing of local and global musical information in
unilateral brain damaged patients. Brain, 113, 1185-1205.
Peretz, I; Champod, S; Hyde, K. (2003) Varieties of Musical Disorders: The
Montreal Battery of Evaluation of Amusia. Annals of the New York Academy of
Sciences, 999, 58-75.
Peretz, I., & Kolinsky, R. (1993). Boundaries of separability between melody
and rhythm in music discrimination: A neuropsychological perspective.
Quarterly Journal of Experimental Psychology, 46, 301-325.
Peretz, I., & Zatorre, R. J. (2005). Brain organization for music processing.
Annual Review of Psychology, 56, 89-114.
Referências
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edição.
Silva-Nunes, M; Loureiro, C; Loureiro, M; Haase, V. (2010). Tradução e validação
de conteúdo de uma bateria de testes para avaliação de Amusia. Avaliação
Psicológica, 9 (2): 211-232.
Silva-Nunes, M; Haase, V. G. (2012) Montreal Battery of Evaluation of Amusia:
validity evidence and norms for adolescents in Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brazil. Dement Neuropsychol, 6 (4):244-252.
Silva-Nunes, M; Haase, V. G. (2013). Amusias and modularity of musical
cognitive processing. Psychology & Neuroscience, 6(1), 45-56.
Smith, M. (2013) Cognição Musical x identidade sonoro-musical. Inédito. Retirado
de: http://biblioteca-damusicoterapia.com/
Spreen, O.; Risser, A. H. (2003) Assessment of Afasia. Editora Oxford University
Press. Inglaterra.
Springer, S.P e Deutsch, G. (1998). Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito. Trad.
Thomaz Yoshiura. São Paulo: Summus Editorial.
Zatorre, (2005). Music, the food of neuroscience. Nature, vol 434 (17) march:
312-315
www.nature.com/nature.
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brigado!

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  • 1. Aplicação da MBEA (versão reduzida) em afásicos de expressão e disártricos: análise comparativa das funções musicais Application of MBEA (reduced version) in aphasic speech and dysarthria: comparative analysis of musical functions São Paulo 2014 Michelle de Melo Ferreira Clara Y. S. Ikuta
  • 3. Introdução Afasia ² Disartria ³ Lesão encefálica adquirida ¹ ¹ Ferreira & Oliveira-Alonso, 2010 ² Spreen & Risser, 2003 ³ Ortiz & Carrillo, 2008 Comunicação
  • 4. Introdução Local/extensão da lesão ¹ Correia, Muszkat, Vicenzo & Campos, 1998 ² Andrade & Bhattacharya, 2003 ³ Silva-Nunes, Loureiro, Loureiro & Haase, 2010 4 Silva-Nunes; Haase, 2012 Déficit das funções musicais ¹ Amusia ² Montreal Battery of Evaluation of Amusia (MBEA) Traduzida e Validada em 2010 ³ Versão reduzida em 2012 4 A utilização dessa versão foi autorizada pela própria autora para a realização deste estudo
  • 6. Objetivo Analisar a aplicabilidade da versão reduzida da MBEA em pacientes afásicos de expressão e disártricos Comparar os resultados da MBEA dos dois grupos Analisar possíveis associações dos déficits das funções musicais com o processamento da linguagem e emissão vocal
  • 7. Métodos O presente estudo é observacional transversal Indivíduos com afasia de expressão e disartria Submetido avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o protocolo de número 058840/2014
  • 8. Métodos A partir dessa lista, foram selecionados pacientes com diagnóstico de afasia de expressão ou disartria; 26 anos a 63 anos; Audição normal auto referida; Não fizeram terapia para voz (fonoaudiologia ou musicoterapia) depois do incidente; TCLE; 5 afásicos de expressão 6 disártricos TOTAL Grupo de e Foram recrutados 64 pacientes da clínica de lesão encefálica adquirida que estavam na fila de espera para o atendimento fonoaudiológico na AACD - Ibirapuera (SP) para a fala;
  • 10. Métodos Foram considerados respostas verbais, gestuais e visuais.
  • 11. Métodos Teste não paramétrico de Mann-Whitney: • Comparação dos dois grupos quanto à idade ; • Número de acertos realizados em cada teste; Teste de Igualdade de Duas Proporções: • Comparação dos dois grupos quanto às variáveis qualitativas (sexo, escolaridade, experiência musical);
  • 14. Discussão A caracterização comparativa dos dois grupos (idade, sexo, escolaridade e experiência musical) não apresentou diferença estatística ¹ A MBEA (versão reduzida) é aplicável aos dois grupos Ambos os grupos não apresentaram indícios de dissociação do processamento melódico e temporal (exceto para métrica) o que indica que as propriedades melódicas e temporais são independentes ² Mas não houve diferença estatística entre eles quanto ao número de acertos em cada teste. Limitação: poder da amostra (49,9%) ¹ Hausen, Torppa, Viljami, Martti Vainio & Särkämö, 2013 ² Peretz, 1990; Peretz & Kolinsky, 1993; Hausen et al, 2013
  • 15. Discussão O ritmo e a métrica são propriedades em comum na linguagem musical, linguagem verbal e emissão vocal; O grupo de afásicos de expressão tiveram uma média de 9,0±3,0 acertos enquanto o grupo de disártricos tiveram uma média de 10,3±1,0 no teste de memória incidental. O processamento da memória requer um sistema de armazenamento onde as informações são simultaneamente armazenadas e computadas durante o processamento sintático³. Porém estudos apontam que pacientes afásicos podem ou não apresentar danos na memória 4. Os dois grupos apresentaram indícios de dissociação do processamento do ritmo e da métrica (ambos constituintes da organização temporal) ³ ² Jackendoff, 2009 ³ Ayotte et al, 2000 Caplan & Waters, 1999 Ortiz, 2005 O contorno melódico também é encontrado na fala (contorno prosódico) mas os dois grupos tiveram uma boa média de acertos no teste ²
  • 16. Conclusão MBEA é aplicável aos pacientes afásicos de expressão e disártricos; Nossa amostra mostrou que há alguns componentes estruturais da música que está diretamente associada com a comunicação tais como a métrica e o ritmo; Não houve diferença significante entre os dois grupos nos testes da MBEA. No entanto, o teste de métrica foi o componente em que ambos os grupos tiveram uma média bem menor de acertos se comparar com os demais testes (incluindo o teste de ritmo); É importante que mais pesquisas sejam realizadas nesse campo associando os déficits das funções musicais com o processamento da linguagem e da emissão oral; A fim de auxiliar melhor no planejamento terapêutico bem como mensurar melhorias do processo terapêutico através da aplicação e reaplicação dos testes.
  • 17. Referências Andrade, P.E; Bhattacharya, J. (2003). Brain tuned to music. Journal of the Royal Society of Medicine, 96, 284-287. Ayotte, J; Peretz, I; Rosseau, I; Bard, C; Bojanowski, M. (2000). Patterns of music agnosia associated with middle cerebral artery infarcts. Brains, 123, 1926-1938. Brain Injury Association of America. Definition of acquired brain injury adopted by Brain Injury Association Board of Directors. October 12, 2012. Disponível em http://www.biausa.org. Acesso em 25/04/2014. Cason, N.; Schön, D. (2012). Rhythmic priming enhances the phonological processing of speech. Neuropsychologia 50, 2652-2658. doi: 10.1016/j.neuropsychologia.2012.07.018. Correia, C. M. F; Muszkat, M; Vicenzo, N. S; & Campos, C. J. R. (1998). Lateralização das funções musicais na epilepsia parcial. Arquivos de Neuro- Psiquiatria, 56(4), 747-755. Di Pietro, M.; Laganaro, M.; Leemann, B.; Schnider, A. (2004). Receptive amusia: temporal auditory processing deficit in a professional musician following a left temporo-parietal lesion. Neuropsychologia 42, 868–877. doi: 10.1016/j.neuropsychologia.2003.12.004 Ferreira, M.S.; Alonso, G. (2010a). Lesão encefálica adquirida: Aspectos clínicos. In: Fisioterapia – Aspectos clínicos e práticos da reabilitação. Coord. Moura, E.W; Lima, E; Borges, D; Silva, P. (pp. 239-250). São Paulo: Artes Médicas. Ferreira, M.S.; Alonso, G. (2010b). O que precisamos saber sobre lesão encefálica adquirida. In: Musicoterapia e a reabilitação do paciente neurológico. Coord. Nascimento. M. (pp. 131-140). São Paulo: Memnon.
  • 18. Referências Hausen, M.; Torppa, R.; Salmanela, V. R.; Vainio, M. & Särkämö (2013). Music and speech prosody: A common rhythm. Frontiers in Psychology 566(4): 1-16. Jackendoff, R. (2009) Parallels and non-parallels between language and music. Music Perception 26(3):195-204. Mac-Kay, A. P. M.; Assencio-Ferreira, V. J; Ferri-Ferreira, T. M. S (2003). Afasias e Demências: avaliação e tratamento fonoaudiológico. São Paulo: Editora Santos. Muszkat, M.; Correia, C.M.F. & Campos, S.M. (2000). Música e Neurociências. Rev. Neurociências 8(2): 70-75. Ortiz, K.; Carrillo, L. (2008). Comparação entre as análises auditiva e acústica nas disartrias. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 13 (4):325-31. Peretz, I. (1990). Processing of local and global musical information in unilateral brain damaged patients. Brain, 113, 1185-1205. Peretz, I; Champod, S; Hyde, K. (2003) Varieties of Musical Disorders: The Montreal Battery of Evaluation of Amusia. Annals of the New York Academy of Sciences, 999, 58-75. Peretz, I., & Kolinsky, R. (1993). Boundaries of separability between melody and rhythm in music discrimination: A neuropsychological perspective. Quarterly Journal of Experimental Psychology, 46, 301-325. Peretz, I., & Zatorre, R. J. (2005). Brain organization for music processing. Annual Review of Psychology, 56, 89-114.
  • 19. Referências Sacks, O. (2011). Alucinações musicais. São Paulo: Companhia das Letras 2ª edição. Silva-Nunes, M; Loureiro, C; Loureiro, M; Haase, V. (2010). Tradução e validação de conteúdo de uma bateria de testes para avaliação de Amusia. Avaliação Psicológica, 9 (2): 211-232. Silva-Nunes, M; Haase, V. G. (2012) Montreal Battery of Evaluation of Amusia: validity evidence and norms for adolescents in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. Dement Neuropsychol, 6 (4):244-252. Silva-Nunes, M; Haase, V. G. (2013). Amusias and modularity of musical cognitive processing. Psychology & Neuroscience, 6(1), 45-56. Smith, M. (2013) Cognição Musical x identidade sonoro-musical. Inédito. Retirado de: http://biblioteca-damusicoterapia.com/ Spreen, O.; Risser, A. H. (2003) Assessment of Afasia. Editora Oxford University Press. Inglaterra. Springer, S.P e Deutsch, G. (1998). Cérebro Esquerdo, Cérebro Direito. Trad. Thomaz Yoshiura. São Paulo: Summus Editorial. Zatorre, (2005). Music, the food of neuroscience. Nature, vol 434 (17) march: 312-315 www.nature.com/nature.