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Musicoterapia
Ressignificando a Laringectomia.
Ricardo Romanha.
*Licenciado em Música,
*Musicoterapeuta ASBAMT 122
* Presidente da associação de musicoterapia BA / SE
*Psicanalista.
A clínica é o lugar em que o sofrimento humano em suas
infinitas formas está em evidência. Face a face com o trágico
da existência, as narrativas dos pacientes testemunham a
declaração freudiana de que a vida é árdua demais,
proporciona sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis.
À medida que nos inserimos nesse lugar de “escuta" da dor,
percebemos que esse dispositivo aparece em meio a outras
“medidas paliativas” (Freud, 1930/1996, p. 83)
*
*“ Musicoterapia é a utilização da
música e ou seus elementos (som,
ritmo, melodia e harmonia) por um
musicoterapeuta qualificado, com
um paciente ou grupo, num processo
para...
Federação Mundial de Musicoterapia, 1996
*...facilitar e promover:
a
comunicaçã
o
a
relação
a
aprendizagem
a mobilidade
a expressão
a
organização
e outros objetivos
terapêuticos
importantes que vão d
encontro as suas
necessidades físicas,
emocionais, mentais,
sociais e cognitivas.
• I e II Guerra Mundial .
• O surgimento da Musicoterapia como profissão e área
do conhecimento no Brasil ocorreu na década de 50
do século (FREIRE,2004)
• Difundida principalmente no campo psiquiátrico
através de atendimentos em clínicas e hospitais.
* A primeira formação profissional oficial em
Musicoterapia no Brasil foi oferecido em 1969
(JOUCOSKI, 2007), como um curso de especialização
para educadores de música na Faculdade de Artes
do Paraná (FAP).
* Em 1972, fundou-se o primeiro curso de graduação
no Brasil, no Conservatório Brasileiro de Música
(CBM), na cidade do Rio de Janeiro (FREIRE,
2004).
*Atualmente existem 8 cursos de graduação e vários
Cursos de Especialização em musicoterapia no
Brasil .
Organizacional
Clínica
Saúde Mental
Hospitalar
Domicílar
Formação
MÉDIC
O
ENFERMEIR
O
ASSISTENTE SOCIAL
FONOAUDIÓLOG
O
PSICÓLOGO TERAPEUTA
OCUPACIONAL
FISIOTERAPEUT
A
PACIENTE
PAZ E MÚSICA !
ricardoromanha@gmail.com
71-99955-8416
Aspectos históricos
*A utilização da musicoterapia com indivíduos autistas
possui uma tradição de mais de 40 anos (RESCHKE-HERNANDEZ,
2011).
*O tratamento é utilizado para restaurar ou desenvolver
habilidades sociais, emocionais, cognitivas, motoras e
de comunicação do indivíduo com TEA (SIMPSON & KEEN, 2011).
*Há um reconhecimento da atuação musicoterapêutica
para esta população no que diz respeito ao estímulo da
comunicação, da auto-expressão e da interação social
(KIM et al., 2009).
* MEL : investigação sonora famíliar;
* IMTAP :Objetivo investigar o perfil do paciente e suas habilidades
sensórias, emocionais, comunicação, musicais ;
* ERI : Como o paciente se relaciona com a música:
* IAPs : Objetivo de avaliar o paciente a partir das suas
improvisações na terapia;
*IMCAP-ND : Avaliar o musicoterapeuta e o paciente na improvicão
na terapia.
*Atualmente, as evidências sobre os efeitos da
musicoterapia para indivíduos com TEA estão presentes
em experimentos do tipo ensaio controlado randomizado
(ECR), além de revisões sistemáticas.
*No Brasil, a maior parte dos estudos publicados sobre
musicoterapia e autismo se refere a estudos de caso e
relatos de experiência (GATTINO, 2009).
*Estudos teóricos a respeito da relação entre o fazer
musicoterapêutico,o musicoterapeuta e a pessoa autista
(CRAVEIRO DE SÁ, 2003; MARANHÃO, 2007).
Processamento auditivo é explicado por uma série de
teorias, porém, não há um consenso sobre elas.
Alguns estudos relatam que os sujeitos com TEA possuem
uma capacidade auditiva menos complexa do que os
indivíduos de desenvolvimento típico;
Outros atribuem uma capacidade auditiva focal nos TEA,
enquanto o esperado seria uma capacidade auditiva global.
Estímulos musicais têm sido responsáveis por ativar regiões
do cérebro associadas ao processamento de emoções
(Wan; Schlaug, 2010).
Um estudo mostrou que indivíduos autistas são incapazes de
processar as informações que são dadas em uma frase, mas
conseguem abstrair todos os componentes musicais, como a
afinação, o timbre e o ritmo (Ricketts, 1976).
Campo neurológico
Áreas como o córtex orbitofrontal (relacionado a funções
sócio-emocionais);
Cerebelo (envolvido em prejuízos cognitivos e de adaptação);
Neurônios espelho (relacionados afunções sociais e
comunicação),
Apresentam um funcionamento alterado em pessoas com
TEA (TRAVERS et al., 2012).
No entanto, estas mesmas áreas têm um papel fundamental
no processamento musical (CARIA et al., 2011).
•córtex orbitofrontal está relacionado com a capacidade de
processar sons consonantes .
•O cerebelo está envolvido em aspectos rítmicos, assim
como namemória de alturas sonoras (KONOIKE et al., 2012).
• Os neurônios espelho estão associados ao processo de
imitação e memória musical (WAN et al., 2010).
Ex: Quando ouvimos uma música ou assistimos a execução de uma peça
que sabemos tocar ou cantar,o nosso cérebro ativa áreas (neurônios
espelho) com a intenção de tocar ou cantar mentalmente aquela canção
que já foi aprendida num primeiro momento.
Neste sentido,essa sobreposição de áreas relacionadas com
prejuízos ,faz com que o sujeito com TEA estimule algumas
áreas prejudicadas por outras vias não verbais e sim por
estímulos musicais e dessa forma restabeleça algumas
funções antes prejudicadas (THAUT et al. 2009).
Musicoterapia improvisacional
*A improvisação musical se refere ao fazer
musical livre utilizando a voz, movimentos ou
instrumentos musicais (LUCK et al., 2008).
Improvisação livre
Improvisação dirigida

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  • 2. Ricardo Romanha. *Licenciado em Música, *Musicoterapeuta ASBAMT 122 * Presidente da associação de musicoterapia BA / SE *Psicanalista.
  • 3. A clínica é o lugar em que o sofrimento humano em suas infinitas formas está em evidência. Face a face com o trágico da existência, as narrativas dos pacientes testemunham a declaração freudiana de que a vida é árdua demais, proporciona sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis. À medida que nos inserimos nesse lugar de “escuta" da dor, percebemos que esse dispositivo aparece em meio a outras “medidas paliativas” (Freud, 1930/1996, p. 83)
  • 4. * *“ Musicoterapia é a utilização da música e ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um paciente ou grupo, num processo para... Federação Mundial de Musicoterapia, 1996
  • 5. *...facilitar e promover: a comunicaçã o a relação a aprendizagem a mobilidade a expressão a organização e outros objetivos terapêuticos importantes que vão d encontro as suas necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
  • 6. • I e II Guerra Mundial . • O surgimento da Musicoterapia como profissão e área do conhecimento no Brasil ocorreu na década de 50 do século (FREIRE,2004) • Difundida principalmente no campo psiquiátrico através de atendimentos em clínicas e hospitais.
  • 7. * A primeira formação profissional oficial em Musicoterapia no Brasil foi oferecido em 1969 (JOUCOSKI, 2007), como um curso de especialização para educadores de música na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). * Em 1972, fundou-se o primeiro curso de graduação no Brasil, no Conservatório Brasileiro de Música (CBM), na cidade do Rio de Janeiro (FREIRE, 2004). *Atualmente existem 8 cursos de graduação e vários Cursos de Especialização em musicoterapia no Brasil .
  • 8.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. PAZ E MÚSICA ! ricardoromanha@gmail.com 71-99955-8416
  • 17. Aspectos históricos *A utilização da musicoterapia com indivíduos autistas possui uma tradição de mais de 40 anos (RESCHKE-HERNANDEZ, 2011). *O tratamento é utilizado para restaurar ou desenvolver habilidades sociais, emocionais, cognitivas, motoras e de comunicação do indivíduo com TEA (SIMPSON & KEEN, 2011). *Há um reconhecimento da atuação musicoterapêutica para esta população no que diz respeito ao estímulo da comunicação, da auto-expressão e da interação social (KIM et al., 2009).
  • 18. * MEL : investigação sonora famíliar; * IMTAP :Objetivo investigar o perfil do paciente e suas habilidades sensórias, emocionais, comunicação, musicais ; * ERI : Como o paciente se relaciona com a música: * IAPs : Objetivo de avaliar o paciente a partir das suas improvisações na terapia; *IMCAP-ND : Avaliar o musicoterapeuta e o paciente na improvicão na terapia.
  • 19. *Atualmente, as evidências sobre os efeitos da musicoterapia para indivíduos com TEA estão presentes em experimentos do tipo ensaio controlado randomizado (ECR), além de revisões sistemáticas. *No Brasil, a maior parte dos estudos publicados sobre musicoterapia e autismo se refere a estudos de caso e relatos de experiência (GATTINO, 2009). *Estudos teóricos a respeito da relação entre o fazer musicoterapêutico,o musicoterapeuta e a pessoa autista (CRAVEIRO DE SÁ, 2003; MARANHÃO, 2007).
  • 20. Processamento auditivo é explicado por uma série de teorias, porém, não há um consenso sobre elas. Alguns estudos relatam que os sujeitos com TEA possuem uma capacidade auditiva menos complexa do que os indivíduos de desenvolvimento típico; Outros atribuem uma capacidade auditiva focal nos TEA, enquanto o esperado seria uma capacidade auditiva global.
  • 21. Estímulos musicais têm sido responsáveis por ativar regiões do cérebro associadas ao processamento de emoções (Wan; Schlaug, 2010). Um estudo mostrou que indivíduos autistas são incapazes de processar as informações que são dadas em uma frase, mas conseguem abstrair todos os componentes musicais, como a afinação, o timbre e o ritmo (Ricketts, 1976).
  • 22. Campo neurológico Áreas como o córtex orbitofrontal (relacionado a funções sócio-emocionais); Cerebelo (envolvido em prejuízos cognitivos e de adaptação); Neurônios espelho (relacionados afunções sociais e comunicação), Apresentam um funcionamento alterado em pessoas com TEA (TRAVERS et al., 2012).
  • 23. No entanto, estas mesmas áreas têm um papel fundamental no processamento musical (CARIA et al., 2011). •córtex orbitofrontal está relacionado com a capacidade de processar sons consonantes . •O cerebelo está envolvido em aspectos rítmicos, assim como namemória de alturas sonoras (KONOIKE et al., 2012). • Os neurônios espelho estão associados ao processo de imitação e memória musical (WAN et al., 2010). Ex: Quando ouvimos uma música ou assistimos a execução de uma peça que sabemos tocar ou cantar,o nosso cérebro ativa áreas (neurônios espelho) com a intenção de tocar ou cantar mentalmente aquela canção que já foi aprendida num primeiro momento.
  • 24. Neste sentido,essa sobreposição de áreas relacionadas com prejuízos ,faz com que o sujeito com TEA estimule algumas áreas prejudicadas por outras vias não verbais e sim por estímulos musicais e dessa forma restabeleça algumas funções antes prejudicadas (THAUT et al. 2009).
  • 25. Musicoterapia improvisacional *A improvisação musical se refere ao fazer musical livre utilizando a voz, movimentos ou instrumentos musicais (LUCK et al., 2008). Improvisação livre Improvisação dirigida