O documento discute conceitos gerais sobre comunicação, linguagem, língua, fala e escrita. Explora o desenvolvimento da comunicação desde a era dos símbolos até a era da informação, incluindo a evolução da linguagem falada para a escrita e da impressão. Também aborda os conceitos de emissor, mensagem, receptor e contexto no processo de comunicação.
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Técnicas de expressão oral e escrita - Resumos
1. Técnicas de Expressão Oral e Escrita
Conceitos gerais:
Comunicação:
Processo de transmitir a informação de uma pessoa para outra.
Porém a comunicação só é possível se houver compreensão.
Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela outra
pessoa, a comunicação não se efectou.
Linguagem:
Todo o sistema de sinais que serve de meio e comunicação entre os indivíduos.
Pra existirumalinguagembastaatribuir-se umvalorconvencional adeterminadosinal.
Língua:
Define-se como um sistema gramatical pertencente a um grupo de indivíduos.
A língua é o meio porque ela concebe o mundo que a cerca.
É a expressão de consciência de uma colectividade.
A criação da sociedade não muda, pelo contrário, deve estar sempre em constante
evolução, paralela à do organismo social que a criou.
É a utilização social da faculdade da linguagem.
Fala ou linguagem falada:
É constituída por uma complexidade de processos, de mecanismos, de meios
expressivos.
A linguagem falada é a mais frequente forma de manifestação da linguagem e
concretiza-se no discurso, ou seja, na realização verbal do processo de comunicação.
Discurso:
É a língua no acto, na execução individual.
Cada indivíduo tem em si um ideal linguístico, portanto procura extrair do sistema
idiomáticode que se serve asformasdoenunciadoque melhorlhe exprimamogostoe
o pensamento.
Estilo:
Termo referente à escolha que o indivíduo guiado pelo seu ideal linguístico.
Portanto,cabe ao indivíduoque entre os diversosmeiosde expressãoque lhe oferece
o rico repertório de possibilidades que é a língua.
2. Processo de comunicação:
É, há cerca de 2,5 milhõesdeanos, graçasao primeiro homo,queseesboçamosprimeirossinais
de civilização.
Era dos símbolos e dos sinais:
Principiou-se há aprox. 90.000 anos;
A comunicação socorria-se de gestos, sons e outros sinais padronizados;
O processo era severamente condicionado pelas dificuldades de codificação
descodificação e memorização;
Era da fala:
Iniciou-se há mais ou menos 35.000/ 40.000 anos;
Surge a linguagemverbal associadaaumaespecializaçãopsicofisiológicae cognitivado
serhumano,poisdepoisdohomemde CroMagnon,oserhumanoapresentava-se apto
tantopara a produção de linguagemverbalcomoparaa suapercepçãoe compreensão;
Sistema nervoso central:
Processa centralmente a informação
Sistema nervoso periférico:
Encarrega-se da produção motora da informação recebida do sistema nervoso central e da
transmissão para o sistema nervoso central, dos impulsos ou estímulos percecionados na
periferia.
O surgimento da fala propiciou o desenvolvimento humano. Nesta era surgiu a arterupestreque
serviu detransmissão earmazenamento da informação. Isto prenunciou o surgimento da escrita.
Era da escrita
Começou cerca de 4.000- 3.500 a.C.
Possibilitou que se acumule saber fora do corpo;
Só a significação padronizada das representações pictóricas dá lugar à escrita. A mais
antiga língua humana escrita conhecida é a escrita cuniforme;
Foram os sumérios quem primeiro transformou sons em símbolos;
As primeiras representações gráficas eram pictóricas, ou seja, eram uma tentativa de
copiar a imagem real registando-a tal como é vista;
Surgemos primeirossímbolos,que representamconceitosnãototalmente explícitos,e
cada vez mais vão exigir um certo conhecimento prévio para serem significativos;
3. Era da impressão
Arranca com Gutenberg no século XV;
ComGutenberge ainovaçãodaprensa,quepermitiuolançamentodaimpressãoe veio,
consequentemente, facilitar a reprodução dos documentos escritos, operarem-se
mudanças na forma como é desenvolvida e preservada a cultura.
Era da comunicação de massas
Nesta era a comunicação tem como alvo o grande público. Assim, numa sucessão,
surgem os jornais, o cinema, a rádio e a televisão;
Era da informação
Actualidade
Também apelidada “era dos computadores” tem, neste meio de comunicação e no
acessoque este garante à WorldWide web,o seu funcionamento.Éa era que permite
ao individuo comunicar em permanência e no imediato com o mundo.
Emissor, mensagem e receptor:
Emissor:
Sujeito que envia a mensagem, a fonte de
comunicação.
Na interação verbal, ele é, pois o responsável
pela enunciação e é referenciado pelo deítico
“eu”, que designa quem diz, no acto de
comunicação.
Recetor:
É aquele que recebeainformaçãotransmitida.Nainteraçãoverbal,eleé,pois,apessoaaquem
é dirigida a enunciação e que participa nela, o participante da comunicação que interpreta o
discurso do locutor e deteta as suas intenções comunicativas.
Ouvinte:
É aquele que, no decurso do processo da comunicação verbal, recebe e compreende os
enunciados produzidos pelo locutor, não sendo participante directo na interação verbal.
Mensagem:
Diz respeito à informação que é transmitida pelo emissor e recebida e compreendida pelo
recetor.
Código:
É o sistema de símbolos que, por uma convenção preestabelecida, se destina a representar e
transmitir uma mensagem entre a fonte e o destinatário.
4. Signo:
É o produtode uma associação da mente humanaentre um conceito(ouideia) e uma imagem
acústica. O signo, para os linguistas, resulta da conexão entre o significado e significante.
Significado:
É a representação mental de um objecto ou da realidade social em que nos situamos,
representação essa condicionada pela formação sociocultural que nos cerca.
Significante:
Constituí a parte sensível do signo linguístico, em oposição ao significado, que é inteligível. O
significante é a imagem acústica do signo.
Referente:
Diz respeito ao objecto da realidade extra-linguística, inserido num determinado contexto
situacional, e que é referido pelos intervenientes do processo de comunicação. Assim, o
universode referênciaconsiste nocontextogeral emque se encontra integradooconjuntode
entidades, processos, qualidades referenciadas no ato enunciativo.
Canal:
É o meio físico (vibração do ar, papel, ondas hertzianas, etc…) através do qual circula a
mensagem e que permite o contacto entre os participantes do processo de comunicação.
Contexto:
Diz respeito ao ambiente que envolve a situação de comunicação.
Contexto situacional:
Permite aolocutore ao interlocutoroconhecimentoe interpretaçãodosentidodoenunciado.
Contexto verbal:
Constituídoporelementosdentrodopróprioenunciado,remete paraa uma série de unidades
significativas (palavras, ou elementos fónicos) que estão inseridos na comunicação verbal.
Saber compartilhado:
Engloba o conjunto de saberes, conhecimentos, crenças, valores,sistemas de representação e
avaliação do mundo, memória de discursos produzidos que o locutor dá como partilhado pelo
interlocutor num ato concreto de interação discursiva.
5. Ruídos e facilitadores da comunicação:
Ruído:
É a perturbação dentro do processo de comunicação. É identificado na comunicação humana
como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a
compreensão da mensagem no seu fluxo. Isto significa que nemsempre aquilo que o emissor
deseja informar é precisamente aquilo que o recetor decifra e compreende.
Barreiras tecnológicas (problemas técnicos de causa natural ou artificial)
Barreirasde linguagem(gírias,regionalismos,dificuldadesde verbalização,dificuldades
ao escrever, gaguez, etc)
Barreiraspsicológicas(seletividade,egocentrismo,timidez,preconceito,descanso,etc.
Facilitadores da comunicação:
Procuram garantir uma perda mínima da informação contida numa determinada mensagem.
Sistema sociocultural;
Atitudes;
Conhecimentos;
Capacidade e habilidades;
“Feedback” ou informação de retorno;
Tipos de comunicação:
A comunicação radicada na palavra denomina-se comunicação verbal.
Comunicação oral: ordens, pedidos, conversas, debates, discussões, etc;
Comunicação escritas: cartas, telegramas, bilhetinhos, letreiros, cartazes, livros,
folhetos, jornais, revistas, etc.
Quandoa comunicaçãonãose suportana palavra,masocorre pelatroca de sinais:olhar,gesto,
postura, mímica, denomina-se comunicação não-verbal.
Comunicação por mímica: gestos das mãos, o corpo ou da face, as caretas;
Comunicação pelo olhar;
Comunicaçãopelapostura:o modocomo nos sentamoso corpo inclinadoparatrás ou
para a frente, até mesmo a posição dos pés;
Comunicação por gestos: pode ser voluntária mas também pode ser involuntária.
Canais de comunicação:
Canais verticais:
Podem ser descendentes (de cima para baixo) e referem-se à comunicação entre o superior e
os subordinados,veiculando ordensouinstruções.Podemserascendentes(de baixoparacima
6. e referem-se à comunicação entre o subordinado e o supervisor, veiculando informações a
respeito do trabalho executado.
Canais horizontais:
Referem-se àscomunicaçõeslateraisentre doisórgãos(doisdepartamentos,duassecções) ou
dois cargos (dois gerentes, por exemplo) no mesmo nível hierárquico.
Línguas e comunidades linguísticas:
Principais grandes famílias linguísticas:
Uralo – Altaico ou Euro Asiático
Camito – semítico ou Afro- asiático
Dravídico
Asiático do Sueste
Africano
Ameríndio
Indo-Europeu
Indo-Europeu:
O Indo-Europeué uma família de línguas formada por dez grupos, integrados,por sua
vez,porcentenasde idiomasque ocupamumelevadoespaçogeográfico,demográfico,
económico e cultural ;
Conserva uma memória escrita muito remota (Sânscrito,Grego, Latim) e utiliza vários
alfabetos (latino, grego, cirílico, árabe).
Existe o grupo oriental, ocidental e o românico.
O grupo das línguas românicastem origem no latim, que surgindo na península
itálica, se instalouem todo o mundo romanizado,durante o império romano, e num processo
ininterruptode intercomunicaçãolinguística,se transformoue se individualizounumconjunto
de novas línguas
7. História da língua portuguesa
A partir do ano 409, o contacto com os povosgermânicos – Alanos,Vândalose Suevos
– que invadem a Península Ibérica deixou vestígios linguísticos no léxico e, sobretudo,
na onomástica.
A batalha de Guadalete, em 711, assinala o começo do domínio muçulmano na
Península e marca também o início do contacto linguístico
A história da língua portuguesa e, muito especialmente, a configuração do seu espaço
geográfico estão geneticamente ligadas à reconquista cristã da Península Ibérica.
Ao condado Portucalense,parte dos Reinos de Leão e Castela, é concedida autonomia
administrativa,em1095, pelo casamento,como CondeD.Henrique, da filha de Afonso
III, Dona Teresa.
Afonso Henriques, gerado desse casamento, depois de reivindicar a sua independência
contra a tutoria da mãe em 1128, na batalha de São Mamede, seria o primeiro rei de
Portugal, autoproclamado,em1139, reconhecido porAfonso IV,em1143, e confirmado
pelo Papa Alexandre III, em 1179.
A reconquista, agora sob a bandeira portuguesa,alarga-se progressivamente e acaba
por se completar no reinado de Afonso III, o quinto dos monarcas portugueses, o
primeiro delesa promoverativamentea escrita emvernáculo,a partirde 1255. D. Dinis,
além de poetar em Português, incentivou a oficialização da língua.
Mas viria da crise de 1383-1385, quando o adversário se denunciava,claramente, por
falar outra língua, o maior contributo para a
institucionalização da Língua Portuguesa.
A Casade Avisassumiria,depois,alínguacomoinstrumentode defesa,de identificação
e de afirmação nacional.
O acessoà escritaconfere àLínguaPortuguesaumaauspiciosainiciaçãohistórica,entre
o final do séc. XIII e o início do séc. XIII.
1214 É a era do primeiro manuscrito, materialmente conservado e veridicamente
datado, como um texto português – o Testamento de Afonso II. Em 1415, com a
expedição a Ceuta, inicia-se um processo de transumância e transcendência da Língua
Portuguesa.
8. A expansão portuguesa coincidiu com o início e a divulgação da tipografia. No final do
séc.XV,instalam-seosprimeirosprelosemPortugal,modificandoocomérciolinguístico
e o curso da história da língua.
A multiplicação do texto impresso constitui um factor de normalização da escrita, de
vulgarização do acesso à leitura e de alargamento da interação normativa e
homogeneizadora da língua.
A publicação das primeiras gramáticas e a alfabetação do corpus lexical da Língua
Portuguesa é a da segunda metade do séc. XVI.
Em 1641 surge, em Portugal, a imprensa periódica.
Entre osséculosXVIIIe XX,pelasruase nasescolas,atendênciaé paraademocratização
da escrita e da leitura. Desde o seu surgimento, o Português foi ainda a língua de
incontáveis monumentos literários.
Comunidade linguística portuguesa:
A comunidade linguística portuguesa é vasta, espalhada por todos os continentes e a
língua ocupa o quarto lugar, entre as mais usadas no mundo.
O Portuguêsé alínguanacional de Portugale doBrasil,limitadapelasfronteirasdecada
um destes Países.
É aindalínguaoficial emAngola,CaboVerde,SãoTomé e Príncipe,Moçambique,Guiné-
Bissaue Timor-Leste.EmMacau, foi utilizadoaté este territórioserintegradonaChina
em 1999; atualmente é considerado língua oficial, a par do Chinês, por um período de
50 anos, a partir da data da integração.
Algumas comunidades de emigrantes mantêm a Língua Portuguesa como veículo de
cultura longe das fronteiras de Portugal. Existem falantes de Língua Portuguesa em
núcleosde emigrantes,que continuamautilizaroPortuguêscomolínguamaternae os
seus descendentes o aprendem-no como língua estrangeira.
9. Acordo ortográfico
A definição de regra escrita vem desde a Idade Média, altura em que havia na escrita
um comportamento ecóico*¹ relativamente à informação oral.
No Renascimento, o Latim e Grego, serviram de fontes para o refinamento e
organização das regras de escrita – é concedido à etimologia um papel fulcral.
*¹ - Ecóico significa que as palavras eram soadas como eco.
Já em pleno SéculoXX, o combate ao analfabetismo,conjugadocoma necessidadede
fixar ortografias, promove a norma de 1911.
Houve, em 1945, uma tentativa de Acordo. Os pressupostos teóricos que vigentes;à
data, aproximavam-se já do novo Acordo Ortográfico.
O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, foi aprovado em 1990 por
representantes de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e
São Tomé e Príncipe, contando com a presença de observadores da Galiza. Foi
promulgado pelo Presidente da República em 1991. Contém um preâmbulo e quarto
artigos.
Data de 1991 a Retificação do Acordo – um adiamento produzido para a correção de
algumas imprecisões do texto.
EmJulhode 1998,emCaboVerde,é feitoo1.ºProtocoloModificativo,comaeliminação
da data definida inicialmente para a entrada em vigor do Acordo.
O 2.º ProtocoloModificativoé de julhode 2004, emS. Tomé e Príncipe,determinadoa
adesãode Timor-Leste e fazendodependeraaprovaçãodoAcordode trêsdosmembros
da CPLP e não da sua totalidade.
10. O novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Janeiro de 2009. Mas, até 2012,
decorreu um período de transição, durante o qual ainda se pôde utilizar a grafia
anterior.
Segundo publicação em Diário da República, ficou determinada a aplicação do Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano letivo de 2011/2012, e a partir
de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades da
dependênciadoGoverno,bemcomo à publicaçãodo Diárioda República.A mesmaResolução
do Conselho de Ministro (nº8/2011, publicada na 1.ª série do Diário da República, de 25 de
Janeiro de 2011) adota, ainda, o Vocabulário Ortográfico do Português, produzido em
conformidade com o Acordo Ortográfico, e o Conversor Lince como ferramenta de conversão
ortográfica de texto para a nova grafia.