O documento descreve o período do Humanismo em Portugal, abordando suas principais características culturais como a poesia palaciana, a prosa histórica de Fernão Lopes e o Cancioneiro Geral. Destaca também a transição do teocentrismo medieval para o antropocentrismo renascentista.
2. HUMANISMOHUMANISMO
Crise no Sistema FeudalCrise no Sistema Feudal
• Peste Negra:Peste Negra: 1/3 da população foi eliminada
• Guerra dos Cem Anos:Guerra dos Cem Anos: Inglaterra e França (1346-1450)
• Igreja:Igreja: Crises: 2 papas (um em Roma e outro em
Avignon)
• Novo tipo de riquezaNovo tipo de riqueza: a terra deixa de ser a medida de
riqueza; expansão do comércio.
11. HUMANISMOHUMANISMO
•O que é?O que é?
Período de transição da
Idade Média para o
Renascimento
•Principal CaracterísticaPrincipal Característica
Antropocentrismo
•Outras designaçõesOutras designações
Pré-renascimento,
quatrocentismo
12. HUMANISMOHUMANISMO
Fatos HistóricoFatos Histórico
• 1305/78 - Transferência do papado de
Roma para Avignon.
• 1321 – Morte de Dante Alighieri;
• 1337 – Morte do artista italiano Giotto;
• 1337-1453 – Guerra dos 100 anos;
• 1347-1350 – Peste Negra;
• 1350 – Boccaccio escreve Decamerão,
livro de contos, ponto alto da prosa
europeia;
• 1431 – Joana D’Arc foi queimada;
• 1450 – Gutenberg inventa a imprensa.
• 1305/78 - Transferência do papado de
Roma para Avignon.
• 1321 – Morte de Dante Alighieri;
• 1337 – Morte do artista italiano Giotto;
• 1337-1453 – Guerra dos 100 anos;
• 1347-1350 – Peste Negra;
• 1350 – Boccaccio escreve Decamerão,
livro de contos, ponto alto da prosa
europeia;
• 1431 – Joana D’Arc foi queimada;
• 1450 – Gutenberg inventa a imprensa.
13. • Mudanças na cultura e nas sociedades
Europeias.
• Novo interesse pelos textos da
Antiguidade Clássica.
• O Humanismo influenciou tanto a arte
como a mentalidade, maneira de ver o
Mundo.
• Introduziu uma dinâmica
completamente diferente ao ser
Humano.
• Grande passo para a evolução da
mente.
• Mudanças na cultura e nas sociedades
Europeias.
• Novo interesse pelos textos da
Antiguidade Clássica.
• O Humanismo influenciou tanto a arte
como a mentalidade, maneira de ver o
Mundo.
• Introduziu uma dinâmica
completamente diferente ao ser
Humano.
• Grande passo para a evolução da
mente.
HUMANISMOHUMANISMO
Ideias HumanistasIdeias Humanistas
14. ANTROPOCENTRISMO TEOLOGISMO
• Homem continua a ser criação de
Deus;
• Tem livre arbítrio, poder sobre o seu
destino;
• Homem tem valor como indivíduo;
• Submissão sensorial ao racional.
• De uma postura religiosa e mística
passa gradativamentegradativamente a uma posição
racionalista.
• Homem continua a ser criação de
Deus;
• Tem livre arbítrio, poder sobre o seu
destino;
• Homem tem valor como indivíduo;
• Submissão sensorial ao racional.
• De uma postura religiosa e mística
passa gradativamentegradativamente a uma posição
racionalista.
HUMANISMOHUMANISMO
Ideias HumanistasIdeias Humanistas
15.
16. A Divina Comédia - Dante AlighieriA Divina Comédia - Dante Alighieri
(1265 – 1321)(1265 – 1321)
• Poema épico escrito entre 1307 e 1321;
• Narra a viagem de Dante aos três destinos reservados à alma
humana segundo o imaginário católico: inferno, purgatório e
paraíso;
• Em sua jornada pelo inferno e pelo purgatório, Dante é guiado por
Virgílio (70 a.C. – 19 a.C.), poeta romano, autor da Eneida, poema
épico que narra a formação da nação italiana. É considerado um
dos maiores poetas latinos;
• No paraíso – onde Virgílio não podia entrar, já que não havia sido
batizado – Dante é recebido por sua amada Beatriz;
• Segundo alguns estudiosos, Beatriz representa, na obra, a fé,
enquanto Virgílio representa a razão;
• São justamente a fé e a razão os dois polos em que se debate,
filosoficamente, o homem do humanismo.
• Poema épico escrito entre 1307 e 1321;
• Narra a viagem de Dante aos três destinos reservados à alma
humana segundo o imaginário católico: inferno, purgatório e
paraíso;
• Em sua jornada pelo inferno e pelo purgatório, Dante é guiado por
Virgílio (70 a.C. – 19 a.C.), poeta romano, autor da Eneida, poema
épico que narra a formação da nação italiana. É considerado um
dos maiores poetas latinos;
• No paraíso – onde Virgílio não podia entrar, já que não havia sido
batizado – Dante é recebido por sua amada Beatriz;
• Segundo alguns estudiosos, Beatriz representa, na obra, a fé,
enquanto Virgílio representa a razão;
• São justamente a fé e a razão os dois polos em que se debate,
filosoficamente, o homem do humanismo.
17.
18. HUMANISMOHUMANISMO
TransiçãoTransição de Mudança da Visão de Mundode Mudança da Visão de Mundo
TEOCENTRISMO MEDIEVALTEOCENTRISMO MEDIEVAL ANTROPOCENTRISMOANTROPOCENTRISMO
RENASCENTISTARENASCENTISTA
Deus é o centro e a medida de
todas as coisas
O homem é a medida de todas
as coisas
Geocentrismo Heliocentrismo
Conhecimento restrito à Igreja Produção e difusão do
conhecimento
Valorização dos santos e
mártires
Caráter clássico
Consciência da transitoriedade
da vida
Volta aos padrões culturais
greco-romanas
Busca da salvação da alma Celebração do prazer de viver:
Carpe Diem
20. ERA MEDIEVALERA MEDIEVAL
1ª época - SÉC.XII a XIV
TROVADORISMO – 1198- 1418
2ª época - SÉC.XV a XVI
HUMANISMO – 1418-1527
Poesia Lírica cantiga de amigo
cantigas de amor
Satírica cantiga de escárnio
cantiga de maldizer
Poesia música e dança = cantiga
Poesia Palaciana
O Cancioneiro Geral, de
Garcia Rezende
Poesia Lida ou Declamada
Prosa Novelas de Cavalaria
Hagiografias
Nobiliários
Crônicas de Fernão Lopes
Teatro Mistérios e Milagres /
Moralidades
Peças simples de cunho religioso
e satírico.
Gil Vicente
22. • Conhecido como o “Pai da historiografia
portuguesa”, foi nomeado guarda-mor
da Torre do Tombo em 1418, lugar onde
se achavam os principais documentos de
Portugal.
• Incubido de escrever relatos sobre os
acontecimentos de diversos períodos
históricos (crônicas), foi o pioneiro a
consultar várias versões do mesmo fato.
• Não se limitava a tecer elogios a reis, fez
descrições detalhadas não só da corte,
mas também das aldeias, festas
populares, e o papel do povo nas
guerras e rebeliões.
• Conhecido como o “Pai da historiografia
portuguesa”, foi nomeado guarda-mor
da Torre do Tombo em 1418, lugar onde
se achavam os principais documentos de
Portugal.
• Incubido de escrever relatos sobre os
acontecimentos de diversos períodos
históricos (crônicas), foi o pioneiro a
consultar várias versões do mesmo fato.
• Não se limitava a tecer elogios a reis, fez
descrições detalhadas não só da corte,
mas também das aldeias, festas
populares, e o papel do povo nas
guerras e rebeliões.
HUMANISMO -HUMANISMO - Crônica HistóricaCrônica Histórica
FERNÃO LOPESFERNÃO LOPES
23. • É reconhecido como historiador de
inegável méritos e verdadeiro
narrador-artista, preocupado não
apenas com a verdade do conteúdo de
suas narrativas, mas também com a
beleza da forma.
• É reconhecido também pela sua
capacidade de observar e analisar
personagens históricas.
• Ordena os fatos cronologicamente,
buscando uma hierarquia explicativa
dos acontecimentos;
• Analisou com objetividade e justiça os
documentos históricos: foi cauteloso
em determinar a verdade histórica.
• É reconhecido como historiador de
inegável méritos e verdadeiro
narrador-artista, preocupado não
apenas com a verdade do conteúdo de
suas narrativas, mas também com a
beleza da forma.
• É reconhecido também pela sua
capacidade de observar e analisar
personagens históricas.
• Ordena os fatos cronologicamente,
buscando uma hierarquia explicativa
dos acontecimentos;
• Analisou com objetividade e justiça os
documentos históricos: foi cauteloso
em determinar a verdade histórica.
HUMANISMO -HUMANISMO - Crônica HistóricaCrônica Histórica
FERNÃO LOPESFERNÃO LOPES
24. • Assumia uma posição de
distanciamento e isenção, visando
controlar o subjetivismo dos discursos
e assim chegar à” verdade nua”;
• Com estilo de expressão oral, foi um
legítimo representante do saber
popular, embora já no seu tempo
começava a surgir um novo saber:
erudito-acadêmico, clássico.
• Atribuiu ao povo um papel
importante, sendo até então essa
importância atribuída à nobreza
• Assumia uma posição de
distanciamento e isenção, visando
controlar o subjetivismo dos discursos
e assim chegar à” verdade nua”;
• Com estilo de expressão oral, foi um
legítimo representante do saber
popular, embora já no seu tempo
começava a surgir um novo saber:
erudito-acadêmico, clássico.
• Atribuiu ao povo um papel
importante, sendo até então essa
importância atribuída à nobreza
HUMANISMO -HUMANISMO - Crônica HistóricaCrônica Histórica
FERNÃO LOPESFERNÃO LOPES
27. HUMANISMOHUMANISMO
Poesia PalacianaPoesia Palaciana
• Predominava com o intuito de
entreter a nobreza ;
• Composições coletivas feitas para
serem apresentadas no Paço real;
• O Amor - tema recorrente, mas
menos idealizado: tratado de
forma mais sensual, sendo mais
intensa a idealização da mulher;
• Redondilhas: caráter popular
• Superiores à poesia trovadoresca;
• Predominava com o intuito de
entreter a nobreza ;
• Composições coletivas feitas para
serem apresentadas no Paço real;
• O Amor - tema recorrente, mas
menos idealizado: tratado de
forma mais sensual, sendo mais
intensa a idealização da mulher;
• Redondilhas: caráter popular
• Superiores à poesia trovadoresca;
28. HUMANISMOHUMANISMO
Poesia PalacianaPoesia Palaciana
• Diferente das cantigas do
Trovadorismo, as poesias
palacianas foram desligadas da
música = passou a serem feitas
para leitura/declamação;
• Limitação de tema, conteúdo e
visao de mundo - autores fidalgos,
realidade apenas palaciana:
festas, montarias, trajes,
banalidades, comportamentos
palacianos.
• Ocorre também a sátira.
• Diferente das cantigas do
Trovadorismo, as poesias
palacianas foram desligadas da
música = passou a serem feitas
para leitura/declamação;
• Limitação de tema, conteúdo e
visao de mundo - autores fidalgos,
realidade apenas palaciana:
festas, montarias, trajes,
banalidades, comportamentos
palacianos.
• Ocorre também a sátira.
29.
30. HUMANISMOHUMANISMO
Cancioneiro GeralCancioneiro Geral
• Garcia Resende, poeta
frequentador da corte Portuguesa,
compilou o Cancioneiro Geral, a
fonte mais importante da poesia
portuguesa produzida no séc.XV.
• Publicado em 1516;
• Resende diz o Cancioneiro tinha a
pretensão de estimular e apurar o
gosto literário, para quem sabe,
mais tarde surgisse um poeta
maior. Esse poeta surgiu: Luis Vaz
de Camões!
• Garcia Resende, poeta
frequentador da corte Portuguesa,
compilou o Cancioneiro Geral, a
fonte mais importante da poesia
portuguesa produzida no séc.XV.
• Publicado em 1516;
• Resende diz o Cancioneiro tinha a
pretensão de estimular e apurar o
gosto literário, para quem sabe,
mais tarde surgisse um poeta
maior. Esse poeta surgiu: Luis Vaz
de Camões!
32. HUMANISMOHUMANISMO
TeatroTeatro
• Inicialmente, na idade média, o
teatro estava fortemente
vinculado às cerimônias religiosas
católicas e as peças eram
realizadas no interior das igrejas.
• Representavam mistérios e
milagres e as moralidades;
• Com o tempo começou a tratar de
temas não religiosos ou profanos -
latim, pro (antes) fanum (templo)
= fora do templo.
• Inicialmente, na idade média, o
teatro estava fortemente
vinculado às cerimônias religiosas
católicas e as peças eram
realizadas no interior das igrejas.
• Representavam mistérios e
milagres e as moralidades;
• Com o tempo começou a tratar de
temas não religiosos ou profanos -
latim, pro (antes) fanum (templo)
= fora do templo.
33. • Formou-se a “classe teatral” – grupos ambulantes.
• Não havia local especiamente construído para os espetaculos teatrais. Só
no séc. XV começaram a surgir edíficios que hoje chamamos de teatro.
• Formou-se a “classe teatral” – grupos ambulantes.
• Não havia local especiamente construído para os espetaculos teatrais. Só
no séc. XV começaram a surgir edíficios que hoje chamamos de teatro.
34. • Peças representadas no Paço Real;
• Crítica aos comportamentos
condenáveis e enaltecimento das
virtudes;
• Alvo é o comportamento humano e
não as instituições;
• Uso de alegorias (personagens
representam
comportamento/instituição);
• Autos pastoris, autos de
moralidades e farsas;
• Uso das redondilhas
• Peças representadas no Paço Real;
• Crítica aos comportamentos
condenáveis e enaltecimento das
virtudes;
• Alvo é o comportamento humano e
não as instituições;
• Uso de alegorias (personagens
representam
comportamento/instituição);
• Autos pastoris, autos de
moralidades e farsas;
• Uso das redondilhas
HUMANISMOHUMANISMO
TeatroTeatro
35. HUMANISMOHUMANISMO
TeatroTeatro
• O teatro foi a manifestação
literária onde se evidenciaram
mais fortemente as características
Humanistas;
• Destacou-se por ser popular para
todas as pessoas;
• Gil Vicente foi o nome que mais se
destacou; antes dele o teatro
praticamente não era conhecido
em Portugal;
• O teatro foi a manifestação
literária onde se evidenciaram
mais fortemente as características
Humanistas;
• Destacou-se por ser popular para
todas as pessoas;
• Gil Vicente foi o nome que mais se
destacou; antes dele o teatro
praticamente não era conhecido
em Portugal;
36. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
• Por falta de documentos sua vida
é um mistério, provavelmente
nasceu em 1465.
• No nascimento do filho de
D.Manuel e D. Maria de Castela
(1502) diante da corte declamou
um monólogo que tinha escrito =
entusiasmou a corte;
• Assim começou sua carreira de 30
anos.
• Última peça em 1536.
• Por falta de documentos sua vida
é um mistério, provavelmente
nasceu em 1465.
• No nascimento do filho de
D.Manuel e D. Maria de Castela
(1502) diante da corte declamou
um monólogo que tinha escrito =
entusiasmou a corte;
• Assim começou sua carreira de 30
anos.
• Última peça em 1536.
37. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
• Visão extremamente crítica da
sociedade: critica a corrupção e vê na
religião católica o único caminho da
salvação.
• Vive numa época de crise dos valores
medievais.
• As ideias do Renascimento já
começam chegar a Portugal;
• Deslocado nesse novo ambiente,
preocupação com a edificação moral
do homem.
• Visão extremamente crítica da
sociedade: critica a corrupção e vê na
religião católica o único caminho da
salvação.
• Vive numa época de crise dos valores
medievais.
• As ideias do Renascimento já
começam chegar a Portugal;
• Deslocado nesse novo ambiente,
preocupação com a edificação moral
do homem.
38. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
CARACTERÍSTICAS
•LINGUAGEM COLOQUIAL (adaptada à
classe social de cada personagem) –
português arcaico;
•TEMÁTICA:
- Moralidade religiosa (AUTOS)
- Sátira dos costumes (FARSAS)
Apresenta um teor de crítica social,
que funciona como agente
moralizante, e um fundo religioso
(cristão, mas não dogmático) bem
característico do humanismo.
CARACTERÍSTICAS
•LINGUAGEM COLOQUIAL (adaptada à
classe social de cada personagem) –
português arcaico;
•TEMÁTICA:
- Moralidade religiosa (AUTOS)
- Sátira dos costumes (FARSAS)
Apresenta um teor de crítica social,
que funciona como agente
moralizante, e um fundo religioso
(cristão, mas não dogmático) bem
característico do humanismo.
39. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
CARACTERÍSTICAS
•PERSONAGENS: Típicas ou Alegóricas
- são tipos comuns dentro das
instituições que faziam parte da
sociedade portuguesa da época;
•FORMA: Texto em versos
(redondilhos) - Escritos em verso, com
esquema de rimas (geralmente
redondilhas menores – 5 sílabas, ou
maiores – 7 sílabas poéticas) = MESMO
PADRÃO DAS CANTIGAS.
CARACTERÍSTICAS
•PERSONAGENS: Típicas ou Alegóricas
- são tipos comuns dentro das
instituições que faziam parte da
sociedade portuguesa da época;
•FORMA: Texto em versos
(redondilhos) - Escritos em verso, com
esquema de rimas (geralmente
redondilhas menores – 5 sílabas, ou
maiores – 7 sílabas poéticas) = MESMO
PADRÃO DAS CANTIGAS.
40. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
CARACTERÍSTICAS
•ESTRUTURA:
Peças de ação fragmentária
descontínua, sem seguir as unidades
de teatro clásssio (ação, tempo e
espaço)
•TEATRO CRÍTICO MORALIZANTE:
Critica e denuncia os vícios e erros de
todas as camadas sociais de sua
época, defendendo as regras e
comportamentos maniquístas da
religiosidade medieval.
CARACTERÍSTICAS
•ESTRUTURA:
Peças de ação fragmentária
descontínua, sem seguir as unidades
de teatro clásssio (ação, tempo e
espaço)
•TEATRO CRÍTICO MORALIZANTE:
Critica e denuncia os vícios e erros de
todas as camadas sociais de sua
época, defendendo as regras e
comportamentos maniquístas da
religiosidade medieval.
41. HUMANISMOHUMANISMO
Teatro – Gil VicenteTeatro – Gil Vicente
Assim:
•Censura a hipocrisia dos religiosos,
•Denuncia os exploradores do povo
(juízes, sapateiros...)
•Aponta imoralidades das alcoviteiras;
•Satiriza os velhos sensuais
•Ridiculariza os supersticiosos e
charlatões.
Assim:
•Censura a hipocrisia dos religiosos,
•Denuncia os exploradores do povo
(juízes, sapateiros...)
•Aponta imoralidades das alcoviteiras;
•Satiriza os velhos sensuais
•Ridiculariza os supersticiosos e
charlatões.
44. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoCARACTERÍSTICAS
•Peça mais importante de Gil Vicente,
pertencente à trilogia das Barcas (da
Glória, do Purgatório e do Inferno).
•Demonstra o maniqueísmo cristão,
dividindo o mundo entre o Bem e o
Mal, com consequentes Céu e Inferno.
•É um auto de moralidade.
•Alegoria simples e simbólica.
CARACTERÍSTICAS
•Peça mais importante de Gil Vicente,
pertencente à trilogia das Barcas (da
Glória, do Purgatório e do Inferno).
•Demonstra o maniqueísmo cristão,
dividindo o mundo entre o Bem e o
Mal, com consequentes Céu e Inferno.
•É um auto de moralidade.
•Alegoria simples e simbólica.
45. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoCARACTERÍSTICAS
•A história é simples: os personagens
que chegam vão sendo conduzidos
pelos barqueiros (diabo e anjo) para
as respectivas barcas, que levam,
respectivamente, ao Inferno e ao Céu.
•As falas são marcadas por muita
ironia, principalmente pelo diabo, que
é o personagem que mais se destaca
no auto.
•É uma peça de religiosidade alegórica
CARACTERÍSTICAS
•A história é simples: os personagens
que chegam vão sendo conduzidos
pelos barqueiros (diabo e anjo) para
as respectivas barcas, que levam,
respectivamente, ao Inferno e ao Céu.
•As falas são marcadas por muita
ironia, principalmente pelo diabo, que
é o personagem que mais se destaca
no auto.
•É uma peça de religiosidade alegórica
46. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoCARACTERÍSTICAS
•Crítica social marcada pela sátira
impiedosa;
•O Barqueiro condutor das almas
remonta à mitologia grega: Caronte –
leva as almas ao mundo subterrâneo.
•Introduzido a Barca do Paraíso =
oposição céu/inferno.
CARACTERÍSTICAS
•Crítica social marcada pela sátira
impiedosa;
•O Barqueiro condutor das almas
remonta à mitologia grega: Caronte –
leva as almas ao mundo subterrâneo.
•Introduzido a Barca do Paraíso =
oposição céu/inferno.
47. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Diabo:
tem um ajudante, é liberal, recebe
todos com humor e simpatia (ainda
que falsa), argumenta muito, ouve,
pondera o que as pessoas têm a
dizer antes de condená-las. É um
ótimo anfitrião.
Diabo:
tem um ajudante, é liberal, recebe
todos com humor e simpatia (ainda
que falsa), argumenta muito, ouve,
pondera o que as pessoas têm a
dizer antes de condená-las. É um
ótimo anfitrião.
48. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Anjo:
argumenta pouco, é calado, frio,
discreto e autoritário.
Anjo:
argumenta pouco, é calado, frio,
discreto e autoritário.
49. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Os Condenados:
O fidalgo arrogante – aristocratas
•Um empregado traz a cadeira, para o conforto do patrão.
•Caracterizado pela presunção, pela tirania, pelo abuso de poder.
•Reconhece o erro e aceita a condenação.
Os Condenados:
O fidalgo arrogante – aristocratas
•Um empregado traz a cadeira, para o conforto do patrão.
•Caracterizado pela presunção, pela tirania, pelo abuso de poder.
•Reconhece o erro e aceita a condenação.
50. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Os Condenados
Onzeneiro - empresta dinheiro a juros;
•(agiota) = traz bolsa vazia (não conseguiu levar nada),
•Caracterizado pela usura (ganância).
Os Condenados
Onzeneiro - empresta dinheiro a juros;
•(agiota) = traz bolsa vazia (não conseguiu levar nada),
•Caracterizado pela usura (ganância).
51. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Os Condenados
Sapateiro- comerciantes que roubam;
•traz as fôrmas (com as quais roubava os clientes).
•Caracteriza-se pelo apego aos bens materiais.
•Ia à Igreja e, por isso, pretende salvar-se
Os Condenados
Sapateiro- comerciantes que roubam;
•traz as fôrmas (com as quais roubava os clientes).
•Caracteriza-se pelo apego aos bens materiais.
•Ia à Igreja e, por isso, pretende salvar-se
52. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Os Condenados
Frade, com a amante -parte do clero corrupta;
•traz a namorada (Florença), o escudo, a espada e
o capacete (símbolos da vida de prazeres).
•Não seria condenado se não fosse padre (crítica à
vocação desencontrada).
•Expressa a dicotomia entre os prazeres e a
penitência.
•Argumenta, para tentar salvar-se, que é padre e
que ninguém o avisou de que não podia ter
namorada.
•Demonstra o rigor moral do autor.
Os Condenados
Frade, com a amante -parte do clero corrupta;
•traz a namorada (Florença), o escudo, a espada e
o capacete (símbolos da vida de prazeres).
•Não seria condenado se não fosse padre (crítica à
vocação desencontrada).
•Expressa a dicotomia entre os prazeres e a
penitência.
•Argumenta, para tentar salvar-se, que é padre e
que ninguém o avisou de que não podia ter
namorada.
•Demonstra o rigor moral do autor.
53. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoOs Condenados
Judeu - acusado de ter matado Jesus
•traz, nas costas, um bode (símbolo do
judaísmo) que não larga, apesar do anjo
colocar, como condição para o
embarque, que o bode fique.
•Não podendo embarcar para o céu,
tenta embarcar na barca do inferno,
mas o Diabo não permite.
•É um tipo social.
Os Condenados
Judeu - acusado de ter matado Jesus
•traz, nas costas, um bode (símbolo do
judaísmo) que não larga, apesar do anjo
colocar, como condição para o
embarque, que o bode fique.
•Não podendo embarcar para o céu,
tenta embarcar na barca do inferno,
mas o Diabo não permite.
•É um tipo social.
54. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoOs Condenados
Alcoviteira - mulher que prostituia moças;
•Traz 600 virgos (virgindades defloradas), o
Diabo a deseja, pela sua repugnância,
chama-a de Senhora (como nas Cantigas).
•É acusada de feitiçaria e tenta salvar-se
dizendo que ajudou a Igreja.
Os Condenados
Alcoviteira - mulher que prostituia moças;
•Traz 600 virgos (virgindades defloradas), o
Diabo a deseja, pela sua repugnância,
chama-a de Senhora (como nas Cantigas).
•É acusada de feitiçaria e tenta salvar-se
dizendo que ajudou a Igreja.
55. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca do InfernoAuto da Barca do Inferno
Os Condenados
•Corregedor e Procurador - Corrupção da Justiça;
Corregedor (juiz) = traz autos, fala em latim, representa a corrupção.
Procurador (advogado) = traz livros, participa dos “esquemas” do
corregedor.
Os Condenados
•Corregedor e Procurador - Corrupção da Justiça;
Corregedor (juiz) = traz autos, fala em latim, representa a corrupção.
Procurador (advogado) = traz livros, participa dos “esquemas” do
corregedor.
56. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoOs Condenados
Enforcado - se julgava salvo pela forma de
sua morte
•traz, ainda no pescoço, a corda com que
foi enforcado.
•Ladrão tolo, que rouba sem vantagens,
iludido pelo tesoureiro da casa da moeda.
Os Condenados
Enforcado - se julgava salvo pela forma de
sua morte
•traz, ainda no pescoço, a corda com que
foi enforcado.
•Ladrão tolo, que rouba sem vantagens,
iludido pelo tesoureiro da casa da moeda.
57. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInfernoOs Salvos
Os 4 Cavaleiros – lutaram em defesa da fé
cristã
•cantam hinos, não trazem armas.
•São mártires cristãos. Ignoram o Diabo e
são acolhidos pelo Anjo.
Os Salvos
Os 4 Cavaleiros – lutaram em defesa da fé
cristã
•cantam hinos, não trazem armas.
•São mártires cristãos. Ignoram o Diabo e
são acolhidos pelo Anjo.
58. HUMANISMOHUMANISMO
Auto da Barca doAuto da Barca do
InfernoInferno
Os Salvos
O Parvo (bobo) – camponês idiota e
explorado, salvo por sua falta de
malícia;
•Veste a roupa típica de sua classe.
•Caracteriza-se pela inocência.
•Seu erro não foi consciente.
•Fica perto do anjo, como observador,
e passa a ajudá-lo nos julgamentos
Os Salvos
O Parvo (bobo) – camponês idiota e
explorado, salvo por sua falta de
malícia;
•Veste a roupa típica de sua classe.
•Caracteriza-se pela inocência.
•Seu erro não foi consciente.
•Fica perto do anjo, como observador,
e passa a ajudá-lo nos julgamentos
59. ERA MEDIEVALERA MEDIEVAL
Leitura e atividades do Livro textoLeitura e atividades do Livro texto
Capítulo 8 – páginas 86 – 99Capítulo 8 – páginas 86 – 99