2. Sobre o autor...
Edmund Gustav Albrecht Husserl (1859-1938) foi
um filósofo e matemático alemão fundador da
escola da fenomenologia.
Em 1884, conheceu Franz Brentano, filósofo e
psicólogo alemão que ministrava aulas de filosofia na
Universidade de Viena.
O pensamento de Husserl influenciou profundamente
todo o cenário intelectual do século XX e XXI.
3. Contexto Filosófico e a Crise das Ciências
No final do século XIX, a psicologia
era considerada chave na explicação
da teoria do conhecimento e da lógica.
Enquanto diversos autores buscava um
axioma final para explicar todo o ser
identificado com o pensamento,
Husserl tentava superar o neokantismo
(fundando uma lógica pura na
empiria) (Ziles, 2016).
FILOSOFIA - AXIOMA
premissa considerada
necessariamente evidente
e verdadeira, fundamento
de uma demonstração,
porém ela mesma
indemonstrável, originada,
segundo a tradição
racionalista, de princípios
inatos da consciência ou,
segundo os empiristas, de
generalizações da
observação empírica.
4. Contexto Filosófico e a Crise das Ciências
Husserl criticou o psicologismo,
argumentando que a psicologia
generaliza interpretações da
experiência (Ziles, 2016). Assim, o autor
partindo da crítica ao ideal positivista que
limitava as ciências humanas, investiga o
conhecimento e a verdade, descobrindo
que a consciência vai além das
explicações de causa e efeito
(Augustinho et al, 2022).
5. Contexto Filosófico e a Crise das Ciências
A fenomenologia de Husserl busca compreender
a singularidade da pessoa e a estrutura essencial
da experiência vivida, dispensando hipóteses e
leis gerais. A fenomenologia busca clarificar
as experiências humanas, destacando a
relação entre sujeito e objeto através da
intencionalidade.
Ele contesta o método experimental, propondo uma análise intencional da
realidade e dos valores compartilhados dentro de cada contexto, de modo singular
(Augustinho et al, 2022).
6. Fundamentação da Fenomenologia
Filosofia Radical
Para compreender a fenomenologia de Husserl, é essencial entender como ele
descreve a estrutura da consciência como intencionalidade. Através da
redução fenomenológica, o eu se revela como a fonte original de todo
conhecimento do mundo, levando a uma reflexão sobre si mesmo como
condição de toda certeza e saber.
Husserl busca purificar a filosofia transcendental iniciada por Kant,
elaborando um método sistemático que se baseia na introspecção e na
construção de objetos ideais independentes da experiência empírica (Ziles,
2016).
7. Fundamentação da Fenomenologia
Filosofia Radical
O se perguntar sobre a consciência Husserl irá propor um método radical
para “vasculhar” o fenômeno, recuperando e modificando um conceito grego
que é a redução fenomenológica (epoché).
8. Fundamentação da Fenomenologia
Filosofia Radical
O princípio da intencionalidade, herdado
da psicologia descritiva de Brentano,
desempenha um papel central na
fenomenologia husserliana, destacando a
relação da consciência com os objetos. A
motivação de Husserl em buscar as leis
fundamentais essenciais é justificar a
filosofia como um saber rigoroso e
científico (Ziles, 2016).
9. Fundamentação da Fenomenologia
Como vimos Husserl rejeita a fundamentação das leis lógicas na psicologia,
argumentando que o psicologismo não resolve o problema da objetividade no
conhecimento. Ele explora a relação entre a consciência (noese) e seus objetos
(noema), distinguindo entre noeses empíricas e transcendentais. Para ele, a
fenomenologia representa o auge da tentativa de Descartes de fundamentar o
conhecimento na certeza do ego cogito. Husserl propõe uma abordagem
fenomenológica que busca uma nova fundamentação para a filosofia e as
ciências, destacando a intencionalidade da consciência (Ziles, 2016).
10. Fundamentação da Fenomenologia
Seu método fenomenológico envolve a redução
epoqué, suspendendo a atitude natural em
relação ao mundo, para analisar as vivências
puras da consciência. Ele enfatiza a
intencionalidade da consciência na constituição
dos objetos do conhecimento e desenvolve a
redução eidética para compreender as essências
a priori. Para Husserl, a consciência é
fundamentalmente direcionada para algo,
sendo toda consciência uma consciência de
algo (Ziles, 2016).
11. O método Fenomenológico
O método fenomenológico dessa forma, busca acessar a realidade a partir das
vivências, em contraposição à dúvida cartesiana.
Assim, Husserl fundamenta seu percurso na análise dos atos da consciência,
destacando a importância da intersubjetividade humana. Esse método busca
compreender questões do humano que não são previsíveis, enfatizando a
singularidade de cada sujeito e considerando o contexto e os valores que o
permeiam (Augustinho et al, 2022).
12.
13. O método Fenomenológico
A redução fenomenológica é um modo de se prestar atenção. A
intencionalidade da consciência nos permite transcender aquilo que é
considerado natural para, então, acessar a origem das verdades estabelecidas.
Assim, é possível compreender que os fenômenos psíquicos e os processos
mentais são públicos e estão entre as pessoas, direcionando a experiência da
consciência para o que está acontecendo. Isso se dá em atos intersubjetivos
(percepção, imaginação, recordação, antecipação e movimento) e atos
categoriais, quando atribuímos juízo de valor, guardando formas e repetindo-
as (Augustinho et al, 2022).
16. Referências
Augustinho, AMN, Teixeira, IB, & Rodrigues, MB et al. (2022).
Matrizes do Pensamento IV: Fenomenologia Existencial e Humanista .
Grupo A.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9786556903279
Ziles, U. (2016). Fenomenologia e teoria do conhecimento em Husserl.
2007. Revista de.