2. Nome dado ao conjunto de acontecimentos
ocorridos entre 1789 e 1799 que
alteraram o quadro político e social da França.
É considerada um dos grandes acontecimentos
que marcaram a superação do Feudalismo pelo
Capitalismo e a ascensão da burguesia no âmbito
político francês.
Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da
Independência Americana (1776).
Além disso, é o marco divisório entre as Idades
Moderna e Contemporânea.
Aboliu a servidão e os direitos feudais na França e
proclamou os princípios universais de
"Liberdade, Igualdade e Fraternidade”
3. É considerada uma Revolução
por ter dinamitado as bases
do Antigo Regime na Europa,
servindo de inspiração para outros
países absolutistas iniciarem
processos semelhantes, mas
nenhum teve a magnitude do
movimento francês.
4. Fases da Revolução
Os Estados Gerais (1789)
A Assembléia (1789 - 1792)
A Convenção (1792 – 1795)
O Diretório (1795 – 1799)
No processo da Revolução, a França passaria por
diversos tipos de governo: monarquia
constitucional, República, ditadura.
6. Economia: Basicamente agrária
• Maior parte das propriedades eram feudais
• Escassez de alimentos – agravada por intempéries
nas últimas décadas do século XVIII.
• Precária industrialização
Grande déficit público
• Sustentação de numerosa corte (+ - 400 mil pessoas)
• Guerras no estrangeiro
• Ausência de política produtiva
7. “Tudo conspira para que o momento atual se torne
crítico na França; a todo momento chegam das
províncias notícias sobre rebeliões, desordens e a
necessidade de recorrer às tropas para manter a
paz (...) No dia do mercado assisti à venda do trigo.
Um grupo de soldados ficara no meio da praça, para
impedir qualquer violência. O povo discutia com os
padeiros, argumentando que o preço que pediam
pelo pão era muito alto em relação ao preço do
trigo; das injúrias passou-se à agressão e, neste
tumulto, alguns levaram pão e trigo sem pagar
nada”.
Relato de A. Young, viajante inglês, às vésperas da Revolução.
10. SociedadeSociedade dividida em Estadosdividida em Estados
1º Estado: Clero (cerca de 120 mil, pessoas ou 1% da população)
Alto Clero – aristocrático
Baixo Clero – popularizado
excluído da participação política
irá aderir à revolução
2º Estado: Nobreza (cerca de 350 mil pessoas ou 2% da população)
Parasitária
3º Estado: Povo (cerca de 24 milhões de pessoas ou 97% da população)
97% da população
Impostos, produção.
Sem participação política
Incluía a Burguesia
12. Os estamentos
97%
2%
1% 1º ESTADO: CLERO
2º ESTADO: NOBREZA
3º ESTADO:
BURGUESIA +
CAMPONESES +
SANS CULOTES:
Os sans-culottes eram artesãos, trabalhadores e até
pequenos proprietários que viviam nos arredores de Paris.
Recebiam esse nome porque não usavam os elegantes
calções que a nobreza vestia, mas uma calça de algodão
grosseira.
13.
14. O Palácio de
Vesalhes
Desde 1774 o país era
governado por Luís XVI.
Distante dos interesses da
população, ele governava o
país no palácio de
Versalhes. Para manter o
luxo do palácio e de seus
membros eram cobrados
vultosos impostos da
população mais pobre.
Considerado um dos
maiores do mundo, o
Palácio possui 2.153
janelas, 67 escadas, 352
chaminés, 700 quartos,
1.250 lareiras e 700
hectares de parque.
16. As insatisfações e tensões políticas
levam ao início da Revolução
Os Estados Gerais eram uma espécie de Parlamento formado
por representantes dos três estados. No entanto, o critério
de votação estabelecido dava a cada um deles um voto.
Apesar de contar com vários membros, o terceiro estado
era vencido pelos interesses comuns do primeiro e
segundo estados, o que causava insatisfação.
Assim, era interesse do terceiro estado que a forma de
votação fosse mudada, onde a votação seria feita por
cabeça, o que lhe daria chances de conseguir vitória dos
seus anseios.
Diante da crise vivida, a solução seria a cobrança de
impostos dos Primeiro e Segundo Estados, o que não foi
aceito por estes – Assembléia dos Notáveis, 1787.
17. Os Estados Gerais (1789)
Luís XVI convoca os Estados Gerais
Tentativa de promover mudanças tributárias
Composto por representantes dos três estados.
Primeiro e Segundo Estados X Terceiro Estado
19. A Assembléia (1789 – 1791)
Terceiro Estado se retira em protesto
Proclama-se Assembléia Nacional Constituinte
Exército colocado de prontidão
População apoia a Assembléia.
Tomada da Bastilha
Marco da Revolução Francesa
21. A Queda da
Bastilha
14/07/1789
Milhares de pessoas
saíram às ruas de
Paris e invadiram a
Bastilha (símbolo do
poder absoluto do
rei), antiga prisão
política do Antigo
Regime.
22. O Grande Medo
Onda de
saques e
destruição.
Propriedades
feudais,
castelos e
cartórios
queimados.
23. Assembléia (cont.)
Assembléia aprova
Abolição dos privilégios feudais e fim da servidão
Confisco das propriedades feudais => promessa de
reforma Agrária
Aristocracia foge para a Áustria e Prússia.
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
24. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO
CIDADÃO
Redigida pelos
representantes do
TERCEIRO ESTADO
Os homens nascem e
devem permanecer
livres e iguais perante a
lei
A liberdade individual
e os direitos do homem
devem ser garantidos
25. Constituição Civil do Clero (1790)
Igreja afastada do poder
Religiosos transformados em funcionários
públicos.
Confisco dos bens da Igreja
Cisão do clero: o Baixo Clero jura a Constituição e
adere à Revolução. O Alto Clero não aceita a
Constituição e emigra para Áustria e Prússia;
unem-se a outros emigrados e recebem o apoio
dos governos locais e da Inglaterra, articulando a
Contrarrevolução.
26. Assembléia (cont.)
Aprovada a Constituição (1791)
Três Poderes
Voto censitário
Confisco de propriedades e tesouros da Igreja
Instituição de impostos e taxas para a nobreza
Instituição de uma única lei para todos os cidadãos
franceses.
Manutenção da monarquia como forma de governo
Fim do Absolutismo: Monarquia Constitucional
27. É interessante notar que a situação
do povo não mudou com a
Revolução, quem realmente obteve
mudanças significativas foram os
burgueses, que passaram a
controlar a política nacional.
28. A reação absolutista
Áustria e Prússia declaram guerra a França
Objetivo: Impedir o avanço dos ideais
revolucionários pela Europa (Apoio da Inglaterra)
Luis XVI tenta fugir para a Áustria
Capturado e levado preso para Paris
Mobilização popular
Vitória Francesa
Proclamação da República (Convenção)
Luis XVI guilhotinado (1793)
31. A guilhotina
A guilhotina era um
instrumento utilizado para
decapitar, isto é, cortar a
cabeça dos condenados. Ela
foi aprimorada na época da
Revolução Francesa com o
objetivo de tornar a execução
do condenado mais rápida e
indolor. Além disso, a
decapitação era vista, naquela
época, como uma forma
nobre de morrer. A pena de
morte e o uso da guilhotina
vigoraram na França muitos
anos após a Revolução,
sendo abolidos pelo governo
francês somente em 1981.
32. A Proclamação da República:
Convenção (1792 – 1795)
A Assembléia Legislativa é substituída pela
Convenção Nacional, eleita por sufrágio universal
(21/09/1792). Composta por 749 deputados.
É o fim da Monarquia Constitucional e
proclamação da republica na França.
Função:
Organizar a defesa militar da França
Elaborar uma Constituição republicana
33. As disputas políticas
Girondinos
Representantes da alta burguesia
Conservadores – condenavam excessos populares
Direita
Jacobinos
Representam a pequena burguesia, camadas
populares e sans-cullotes
Radicais – igualdade social e República
Esquerda
Planície ou pântano
Indefinidos politicamente; oscilavam
Moderados – centro
34. A Convenção girondina (1792 –
1793)
Fase moderada.
Agitações internas e conflitos externos
Investimento em armamentos e soldados
Crise financeira
Sans-culottes se unem ao jacobinos contra
invasão: ascensão do grupo ao poder.
36. Ascensão jacobina: governo radical
República vira Ditadura.
Período de crise financeira
Regiões francesas contrárias ao governo
Novo calendário.
Robespierre assume o governo (1793)
Divisão de poderes:
Executivo: comitês de salvação pública
Legislativo: convenção nacional
Judiciário: tribunal revolucionário
37. Principais medidas
Tabelamento de preços, reforma agrária
Comitê de Salvação Pública
Regime do Terror: a radicalização revolucionária
Comitês revolucionários: uso constante da
guilhotina
Lei do preço máximo: proibia o aumento do preço
do pão
38. “É preciso punir não apenas os traidores, mas
até os indiferentes; punir quem quer que seja
passivo na República e não faça nada por ela;
pois desde que o povo francês manifestou sua
vontade, tudo que se opõe a ele está fora da
soberania; (...) é seu inimigo (...)
Saint-Just – deputado jacobino
39. A ascensão jacobina: governo radical
A Constituição republicana (1793)
Ampliação dos direitos sociais
Voto universal masculino(acima de 21 anos)
Escolas primárias gratuitas
Fim da escravidão nas colônias
Pensão anual e assistência médica gratuita aos
velhos, enfermos e viúvas com filhos.
Luís XVI guilhotinado
Divide o país
Indigna outros países.
40. Luís XVI foi
acusado de
apoiar os
monarcas
absolutistas
contra a
Revolução, sendo
submetido a um
tribunal que o
condenou à morte
pelos crimes de
tirania e de
traição à Nação.
foi executado na
guilhotina em 21
de janeiro de
1793.
41. A reação termidoriana e o terror
branco
A reação termidoriana ou Golpe do Termidor
Clima de desconfiança enfraquece politicamente os
jacobinos: Robespierre perde apoio da população.
Girondinos retomam o controle da Convenção
O terror branco
Robespierre e outros líderes são presos e
executados na guilhotina (1794)
Participação de monarquistas, simpatizantes da
Igreja e girondinos.
42. Diretório (1795-1799)
Ascensão dos girondinos
Burguesia no poder: decisões jacobinas anuladas
Anulação do voto universal e da lei do preço máximo
Herdou problemas econômicos e financeiros
Constituição (1795)
Lema: “liberdade, igualdade e propriedade”
Poder Executivo: Diretório
Órgão formado por cinco membros eleitos por 5 anos.
As campanhas de conquista
Luta contra jacobinos, sans-culottes e monarquistas
Exército vence e sai fortalecido
43. População quer a Constituição de 1793 e
voto universal.
Nobres refugiados tramam retorno da
monarquia
Napoleão Bonaparte: encarregado de reprimir
Golpe do 18 Brumário (1799)
Apoio da de alguns políticos contrários ao Antigo
Regime e temerosos do retorno do Terror jacobino
Apoio da alta burguesia e do exército
População desejava um governo forte
Diretório se transforma em consulado
“Fim” da Revolução
46. ...provocou mudanças importantes nas estruturas
políticas e sociais do país. Com ele, o Estado
absolutista foi destruído e se inaugurou o Estado do
direito, apoiado na Constituição; eliminou as antigas
relações feudais no campo e pôs fim aos privilégios
sociais baseados nos critérios de nascimento,
sangue e tradição; separou religião e poder político
institucional, inaugurando o chamado Estado laico;
concretizou as idéias liberais de organização política
assegurando a igualdade jurídica dos cidadãos, a
divisão do poder e a liberdade religiosa, intelectual e
política; inaugurou o predomínio política da
burguesia e possibilitou as condições favoráveis à
consolidação do capitalismo.