2. • Nem todos leram / ouviram bem a minha
explicação (e exemplos) para as
«pequenas contrariedades»
• Pergunta de cima era sobre a última
estrofe de «Contrariedades» (também o
disse no começo da aula em que pedi
esta tarefa)
3. • Em vez de «Cesário Verde», «o autor»,
usar «o poeta», «o sujeito poético», «o
eu do texto», «o sujeito»
4. • Telemóveis fechadíssimos nos sacos
• Não é permitida consulta de livros
• Não falar com os colegas
• Evitar também pôr-me dúvidas
• Não demorar para lá do tempo
necessário a leitura e decisão imediata
(não ficar à espera de inspiração)
5.
6. Ao longo do poema alternavam os
planos do poeta (contrariado) e o da
engomadeira (doente e pobre). Os dois
planos encontram-se agora numa mesma
estrofe: o sujeito poético está pacificado;
a tísica continua a trabalhar. Este
contraste parece avivar a denúncia do
sofrimento da engomadeira.
7. O poeta admite que ela não chegue a
cear; vê que continua a trabalhar; e
descobre a sua fealdade. O tipo de
frases (interrogação, declaração,
declaração suspensa, exclamações) e a
sua pouca extensão fazem que o ritmo
seja o de quem está a pensar, quase
coloquialmente, e depois se emociona.
O último verso é de crítica à sociedade
mas contém igualmente espontânea
comiseração.
8.
9.
10. transparente = tecido [nas janelas], cortina
matizar = colorir, graduar, realçar | apalaçado =
como palácio | estucado = coberto com estuque
azafamado = com azáfama; apressado
cobre = moeda | lívido = pálido | semblante = rosto
injetado = corado pelo afluxo de sangue
fragrante = cheiroso | feto = planta pteridófita
joeirar = passar por peneira | incensar = elogiar
gigo = cabaz; ramo de árvore com frutos
emanação = emissão de partículas voláteis;
exalação
frugal = simples; relativo a frutos; moderado
abóbora-carneira = colondro
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33. Quando, a caminho do emprego,
passava num bairro burguês, o poeta
ficou a observar uma vendedeira de
fruta, jovem e pobre. Os legumes que a
rapariga traz levam-no a estabelecer
analogias com partes do corpo humano
(não sem conteúdo quase carnal). Estava
ele nestes sonhos, quando a rapariga lhe
pediu ajuda. O poeta ajudou-a a erguer a
carga, ela agradeceu-lho («Deus lhe dê
saúde»), o que, com a energia que dela
emanava, revigorou o nosso poeta.
34.
35. a. O uso do presente do indicativo nas
duas primeiras estrofes [«matizam»,
«estancam-se», «fere», «repousam», «reluzem»
(mas não: «abriram-se»)]
4. contribui para a apresentação de
situações estativas [= situações não
dinâmicas, que não conduzem a uma mudança
de estado e que são intrinsecamente durativas:
«Ele é simpático»; «Ela mora naquela rua»?;
«Ele gosta de bolos»; «Ela sabe inglês»]
36. b. A utilização dos diminutivos
«pequenina», «bracinhos», «enfezadita»,
«parvalhona»
2. concorre para a caracterização física
da regateira, aproximando-a
afetivamente do sujeito poético.
37. c. O uso do gerúndio em «ajoelhando» e
«vergando»
1. confere às ações referidas uma ideia
de frequência e de prolongamento
temporal [cfr. aspeto imperfetivo e
durativo]
38. d. O recurso ao mais-que-perfeito na
décima terceira estrofe [como vendera a
sua fresca alface e dera o ramo de hortelã»]
5. permite referir ações anteriores às
narradas na mesma estrofe.
39. e. A utilização do discurso direto [«Se te
convém, despacha; não converses. Eu não dou
mais»; «Não passa mais ninguém!... Se me
ajudassse?!...»; «Muito obrigado! Deus lhe dê
saúde!»]
3. contribui para a verosimilhança [o
parecerem verdadeiras] das ações
relatadas.
40. 6. As palavras da regateira «Não passa
mais ninguém!... Se me ajudasse?!»
configuram um ato ilocutório
c. diretivo.
41.
42. 9.1
modificador do grupo verbal
E recebi, naquela despedida, as forças, a
alegria, a plenitude, que brotam dum
excesso de virtude, ou duma digestão
desconhecida.
[Que fiz naquela despedida? Recebi as
forças, a alegria...]
44. 9.3
E recebi, naquela despedida, as forças, a
alegria, a plenitude, que brotam dum
excesso de virtude, ou duma digestão
desconhecida.
Oração subordinada adjetiva relativa
explicativa (ou restritiva [vírgulas
oitocentistas não são de fiar])
45.
46. Observação de uma mulher fisicamente
frágil, trabalhadora e do povo, que se
reflete no estado anímico do sujeito
poético (cfr. «Contrariedades»).
56. Nos poemas de Cesário Verde que
já conhecemos — … —, ora cidade ora
campo parecem ser o ponto de partida
para as observações do sujeito poético:
…
…
No entanto, o outro polo está quase
sempre presente, ainda que, como refere
David Mourão-Ferreira, …
Com efeito, …
…
…
57. TPC — Redige comentário pedido em
1/oralidade, na p. 296.
Lembro que o trabalho sobre Os
Maias tem de me ser enviado ainda em
abril. (A partir dessa data, reservo-me o
direito de já nada aceitar — ou a
desvalorizar muitíssimo o que me viesse a
ser entregue fora de horas.)