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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS
TÓPICOS ESPECIAIS III
PROF(A): PROFª DR. Patrick Le Guerriec
Discente: ANDERSON LEONARDO DE CASTRO SEABRA
Ciência e Política: Duas Vocações.
2016
Referencias
• Weber, Max. Ciência e política: duas vocações, prefácio de Manoel T.
Berlinck, tradução de Leônidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota,
2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1972
• ADOUE, Silvia Beatriz . Sobre a “neutralidade ética” nas Ciências
Sociais e a Fundação Ford, com pequena fábula de caráter ilustrativo
ou talvez elucidativo.. Revista Eletrônica Espaço Acadêmico , n.49,
2005.
Maximilian Carl Emil Weber (1864-1920)
Pai (Político Burguês) - Mãe (Calvinista)
Jurista, Economista e Sociólogo.
Considerado um dos fundadores do estudo sociológico moderno
Seus estudos mais importantes estão nas áreas da sociologia da
religião, sociologia política, administração pública (governo) e
economia. A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo.
Sistema Econômico e Sociedade
Objeto Método
Durkheim Fato Social Explicação
Max Weber Ação Social Compreensão Social
DURKHEIM Max Weber
Positivismo Idealismo
Historia = processo
universal
História = diversidade
das formações sociais
Generalização -
comparação
Especificidades
Principais Conceitos encontrados na Obra Weberiana
Ação Social
Compreensão Social
Tipo Ideal
Patrimonialismo
Tipologia da Ação Social
Tipologia da Dominação Legitima
Racionalidade
Carisma
Ética Protestante
Valores
Sentido
Ética Calvinista
FRAGMENTAÇÃO POLÍTICA
CAPITALISMO TARDIO
CIÊNCIAS HUMANAS
DIVERSIDADE
ALEMANHA
IDEALISMO
CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS NATURAIS
WEBER
Contexto Histórico de Weber
Duas Vocações
Apresenta então dois ensaios, baseados em duas
conferências proferidas por Weber da série sobre o trabalho
intelectual como profissão; A Ciência como vocação (1917) e A
Política Como Vocação (1919), as quais estabelecem um diálogo
que torna evidente o entendimento de Weber a respeito dessas
duas esferas.
Essas conferências recaem sobre questões muito quentes para
a compreensão da cultura moderna.
Na primeira Weber explicita como a prática científica dá sua
contribuição para a racionalidade humana e na segunda
analisa o perfil vocacional do líder político carismático
Duas Vocações
Profissão como autolimitação: Weber insistia na
base ascética das ações profissionais. Elas não
poderiam estar mescladas com ideais, sobretudo
com ideais de ordem política.
Analisa, tendo em vista os desdobramentos do Estado
Moderno, como se opõem a “ética da condição do
cientista” e a “ética da responsabilidade do político”,
ambos por vocação; discute a respeito dos antagonismos
entre a razão e a paixão no exercício da profissão, de
cientista e político; além de conceituar e contextualizar
Ciência, Poder, Política, Estado e o ser Humano, em seu
universo existencial e suas possibilidades de escolhas.
Vocação
• O termo tem significados distintos e contém uma certa
ambiguidade.
RELIGIOSO: Chamamento, Predestinação
PRAGMÁTICO (Pedagógico): Propensão a fazer algo (ocupação, profissão) a partir de habilidades adquiridas
SUBJETIVO: Atração e talento para determinada atividade, que em circunstâncias adequadas ou
favoráveis se desenvolvem de forma singular.
Atração, tendência, talento, pendor, inclinações manifestas a partir da combinação de
vontade individual e experiência.
Gosto e amor a uma causa.
COMBINAÇÃO
A Ciência como vocação - Wissenschaft als Beruf
As ideias-chaves encontradas no livro
DESENCANTAMENTO DO MUNDO
MODELO BUROCRÁTICO X MODELO PLUTOCRÁTICO – AMERICANIZAÇÃO DA VIDA
UNIVERSITÁRIA – A GRANDE FÁBRICA DO CONHECIMENTO
DISTINÇÃO DAS APTIDÕES – PAPEL DE PROFESSOR E PESQUISADOR SÃO EXCLUSIVOS
PROLETARÓIDE? A peça da grande fábrica da ciência
ACASO
MÉRITOCRACIA X MEDIOCRIDADE
VOCAÇÃO
Ter ou adquirir a “vocação” para a ciência se dá
por meio de um processo racional do sujeito.
Contempla o papel do conhecimento científico no mundo moderno, Weber destaca uma série de
dilemas da ocupação científica universitária.
O cerne da
conferência
estaria na
pergunta “qual o
sentido da
ciência? ”
As ideias-chaves em “A Ciência como vocação”
Contrapôs o Modelo Alemão ao Modelo Americano (MODELO PLUTOCRÁTICO X MODELO BUROCRÁTICO) : Advertiu seus
ouvintes de que no futuro haveria um processo de americanização da vida universitária, que seria cada vez mais
parecida com empresas estatais: professores assalariados e separação entre o produtor e os meios de produção.
Sobre Aptidões, a vocação científica tem duplo aspecto: a pesquisa e à docência. Porém, essas duas características não
são coincidentes de modo algum. O docente é avaliado pela assiduidade (estar disponível aos alunos), o cientista pelo
grau de especialização (dedicação).
O proletário de Marx? O cientista por não dominar seus meios de produção, também tem grande dependência, virando
assim instrumento da Universidade. Segundo Weber, o cientista especializado faz parte da "grande fábrica da ciência”
Acaso: O (bom) cientista e (bom) professor: A presença dessas duas características bem desenvolvidas é uma mera
coincidência. O ingresso e a ascensão na carreira universitária dependem em boa medida de fatores extra-científicos.
As ideias para formulações cientificas surgem quando menos a esperamos, em momentos inusitados:
Inspiração/Intuição.
Meritocracia x Mediocridade: Na Academia, nem sempre o mais bem preparado terá mais destaque, já que o mérito não
ocorre a partir de condições semelhantes pois as oportunidades são diferentes para cada pessoa. Especialmente no
modelo Alemão da época.
A Ciência como vocação - Wissenschaft als
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A Política Como Vocação - Politik als Beruf
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“O Estado é uma relação de homens dominando homens”: Em decorrência disso, a “política”
significaria a participação no poder ou a luta para influir na distribuição do poder.
Weber busca uma definição para o que seria vocação política e seu sentido.
"Esses políticos de vocação seriam em toda parte as únicas
figuras decisivas na luta política pelo poder".
Formas de Legitimação de Dominação
Tradicional: O ordenamento é fixado pela tradição e sua violação seria uma afronta à
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legal e da competência funcional, baseada em regrasnormas racionalmente criadas.
A obediência está fundamentada na vigência e aceitação da validade da norma.
Carismática: A autoridade das qualidades da liderança individual. É o domínio
exercido pelo profeta ou, no campo da política, pelo senhor de guerra eleito, pelo
governante eleito pelo povo, o grande demagogo ou o líder do partido político. Os
homens não obedecem ao líder carismático em virtude da tradição ou da lei, mas
porque acreditam nele.
A confiança dos dominados no carisma do líder é volúvel e esta forma de
dominação tende a assumir a forma da via tradicional ou legal.
Segundo Weber,
raramente
encontra-se os
tipos puros na
realidade.
É preciso que os dominados obedeçam a uma suposta autoridade dos poderes
dominantes. A legitimação dessa dominação é fundamentada na existência de três
formas distintas, discutidas aqui anteriormente:
(O surgimento do)Político Profissional
Desdobramentos
do Estado
Moderno
Crescimento da
máquina estatal
Surgimento do
homem
especializado em
aspectos da Adm.
Publica (Político
Profissional)
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Fazer Político em
Vocação (“Viver
de” ou “Viver
para”)
Órgão
monopolizador dos
meios materiais de
gestão da coisa
pública
Presentes nas
discussões
políticas, atuam
nos rumos do
Estado
Atuam nos
processos no
interior da Adm.
Pública interferindo
na distribuição do
poder
Quem participa ativamente da política, luta pelo poder quer como um meio de servir a
outros objetivos, ideais ou por razões egoístas, como 'o poder pelo poder', ou seja, a fim de
desfrutar a sensação de prestígio atribuída ao poder”.
Tipos de Político: Viver “de” e “para”
Viver de Política Viver para a Política
Faz da política uma fonte de renda
permanente
Fazer da política a sua vida, no sentido de está
no exercício do poder a serviço de uma causa,
de um objetivo
Não possui recursos materiais para a sua
subsistência para além dos recursos provindos
da própria atividade
Possui independência financeira. Não depende
da remuneração própria da atividade política.
Sua atuação se confunde com uma luta não
apenas por ideais comuns ou interesses de
classes, mas também pela conquista de meios
de conseguir renda
Possui independência de objetivos na vida
pública. Sua conduta pode esta voltada para a
busca de prestígio, honra, ideais, ou até
mesmo do “poder pelo poder”, mas não
tomaria como prioridade a busca por
recompensas financeiras em decorrência da
profissão política, pois já disporia de recursos
materiais suficientes.
O que vê na política uma fonte permanente de
rendas, vive da política como vocação
Representaria o tipo ideal no âmbito de
atributos do político vocacionado
Dois modos de fazer política como vocação
A questão
material/utilitária
é um divisor
evidente entre as
duas categorias
O Político Profissional, A Política como Vocação: Implicações,
Efeitos indesejados, Contradições e Paradoxos.
AGIREMPROLDAPOLÍTICAXINTERESSESPRÓPRIOS
COMOREMUNERAROPOLÍTICO COMBATEAPLUTOCRACIA
FINANCIAMENTODECAMPANHA
COMOGARANTIRRECURSOSREGULARESAOSPOLÍTICOS
STATUSQUO
Ética e política
A Política Como Vocação - Politik als Beruf
O POLÍTICO VOCACIONADO
PAIXÃO: diz respeito à causa defendida
Senso de responsabilidade: Guia de ação, é a responsabilidade perante a gestão da
coisa pública
Senso de proporções: Exercício da razão ao analisar os fatos da sociedade mantendo
determinado recolhimento
A raiz da “vocação” está intimamente ligada do tipo de dominação carismática,
tipo de dominação que Weber se dedica no decorrer do texto.
A vaidade vulgar: Um desafio aos Políticos (e Cientistas, também).
Na política, muitas vezes o “bem” pode gerar o “mal”: O resultado final da ação
política mantém com frequência uma relação inadequada e por vezes até mesmo
paradoxal com o seu sentido original.
Ética da convicção x Ética da Responsabilidade (Político Vocacionado)
O Cientista e o Político
CIENTISTA POLÍTICO
PAIXÃO
ESPECIALIZAÇÃO SENSO DE PROPORÇÕES
INSPIRAÇÃO
ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO)
Há uma separação entre política e ciência, caracterizadas pelos tipos ideais.
Homem do Estudo Homem da Ação
ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO) ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
Racional, imparcial e neutra
Pertencente a uma esfera de valores,
influenciada pela paixão
Neutro, fiel à verdade e ao conhecimento
científico, seguidor de uma ética da
convicção.
O homem político apaixona-se, luta, tem
um princípio de responsabilidade e está
atento às consequências de seus atos
Atributos
das
Vocação
“Não se pode ser ao mesmo tempo Homem da Ação e Homem do Estudo sem
atentar contra a dignidade de uma ou outra profissão, sem faltar a vocação de
ambas. Mas é possível adotar atitudes políticas fora da universidade e a possessão
do saber objetivo, que ainda que não seja indispensável, é certamente favorável
para uma ação razoável”.
“(...) a técnica não é capaz de proporcionar soluções unívocas a determinados problemas,
razão pela qual sempre existe uma margem de elasticidade dentro da qual a Administração
tem que escolher entre as diferentes soluções proporcionadas pela técnica, o que deverá ser
feito segundo critérios que não são técnicos (...), havendo um momento claramente político
nestas escolhas.” Nesse sentido, pode-se entender que para Weber um não deve adentrar na
área do outro, isto é, existiriam fronteiras bem demarcadas. No entanto, A ciência pode
demonstrar os prós e os contras de certas decisões dentro de um determinado contexto
histórico. Mas a escolha parece dizer respeito apenas à pessoa ou ao político.
CIENTISTA POLÍTICO
Homem do Estudo Homem da Ação
CIENTISTA POLÍTICO
ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO) ÉTICA DA RESPONSABILIDADE
Para Max Weber não cabe ao sociólogo (cientista) julgar os valores dos grupos sociais que estiver
analisando, porém isso não significava eximir-se de responsabilidade ética.
Seria a Ética da condição (do cientista) a isenção de responsabilidade intelectual e política?
Neutralidade
Axiológica
e
Neutralidade
Ética
Quanto a ética da responsabilidade do político. É aquela que se opõe a ética da
convicção. O indivíduo se vê no dilema de seguir sua convicção pessoal ou tomar decisões
impostas pelas circunstancias.
Para refletir
PolíticoseChefesdeEstadoSociólogos
FormadeocupaçãodecargosnaAdministraçãoPública
queexigemelevadoconhecimentotécnico
AatuaçãodasAgênciasReguladoras
AinfluênciaideológicadeInstituiçõesfinanciadoras
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DoutrinaçãoPolíticanasInstituiçõesdeEnsinoSuperior
Ciencia e politica: duas vocacoes

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS URBANOS E REGIONAIS TÓPICOS ESPECIAIS III PROF(A): PROFª DR. Patrick Le Guerriec Discente: ANDERSON LEONARDO DE CASTRO SEABRA Ciência e Política: Duas Vocações. 2016
  • 2. Referencias • Weber, Max. Ciência e política: duas vocações, prefácio de Manoel T. Berlinck, tradução de Leônidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota, 2ª ed., São Paulo, Cultrix, 1972 • ADOUE, Silvia Beatriz . Sobre a “neutralidade ética” nas Ciências Sociais e a Fundação Ford, com pequena fábula de caráter ilustrativo ou talvez elucidativo.. Revista Eletrônica Espaço Acadêmico , n.49, 2005.
  • 3. Maximilian Carl Emil Weber (1864-1920) Pai (Político Burguês) - Mãe (Calvinista) Jurista, Economista e Sociólogo. Considerado um dos fundadores do estudo sociológico moderno Seus estudos mais importantes estão nas áreas da sociologia da religião, sociologia política, administração pública (governo) e economia. A Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo. Sistema Econômico e Sociedade Objeto Método Durkheim Fato Social Explicação Max Weber Ação Social Compreensão Social DURKHEIM Max Weber Positivismo Idealismo Historia = processo universal História = diversidade das formações sociais Generalização - comparação Especificidades
  • 4. Principais Conceitos encontrados na Obra Weberiana Ação Social Compreensão Social Tipo Ideal Patrimonialismo Tipologia da Ação Social Tipologia da Dominação Legitima Racionalidade Carisma Ética Protestante Valores Sentido Ética Calvinista
  • 5. FRAGMENTAÇÃO POLÍTICA CAPITALISMO TARDIO CIÊNCIAS HUMANAS DIVERSIDADE ALEMANHA IDEALISMO CIÊNCIAS HUMANAS CIÊNCIAS NATURAIS WEBER Contexto Histórico de Weber
  • 6. Duas Vocações Apresenta então dois ensaios, baseados em duas conferências proferidas por Weber da série sobre o trabalho intelectual como profissão; A Ciência como vocação (1917) e A Política Como Vocação (1919), as quais estabelecem um diálogo que torna evidente o entendimento de Weber a respeito dessas duas esferas. Essas conferências recaem sobre questões muito quentes para a compreensão da cultura moderna. Na primeira Weber explicita como a prática científica dá sua contribuição para a racionalidade humana e na segunda analisa o perfil vocacional do líder político carismático
  • 7. Duas Vocações Profissão como autolimitação: Weber insistia na base ascética das ações profissionais. Elas não poderiam estar mescladas com ideais, sobretudo com ideais de ordem política. Analisa, tendo em vista os desdobramentos do Estado Moderno, como se opõem a “ética da condição do cientista” e a “ética da responsabilidade do político”, ambos por vocação; discute a respeito dos antagonismos entre a razão e a paixão no exercício da profissão, de cientista e político; além de conceituar e contextualizar Ciência, Poder, Política, Estado e o ser Humano, em seu universo existencial e suas possibilidades de escolhas.
  • 8. Vocação • O termo tem significados distintos e contém uma certa ambiguidade. RELIGIOSO: Chamamento, Predestinação PRAGMÁTICO (Pedagógico): Propensão a fazer algo (ocupação, profissão) a partir de habilidades adquiridas SUBJETIVO: Atração e talento para determinada atividade, que em circunstâncias adequadas ou favoráveis se desenvolvem de forma singular. Atração, tendência, talento, pendor, inclinações manifestas a partir da combinação de vontade individual e experiência. Gosto e amor a uma causa. COMBINAÇÃO
  • 9. A Ciência como vocação - Wissenschaft als Beruf As ideias-chaves encontradas no livro DESENCANTAMENTO DO MUNDO MODELO BUROCRÁTICO X MODELO PLUTOCRÁTICO – AMERICANIZAÇÃO DA VIDA UNIVERSITÁRIA – A GRANDE FÁBRICA DO CONHECIMENTO DISTINÇÃO DAS APTIDÕES – PAPEL DE PROFESSOR E PESQUISADOR SÃO EXCLUSIVOS PROLETARÓIDE? A peça da grande fábrica da ciência ACASO MÉRITOCRACIA X MEDIOCRIDADE VOCAÇÃO Ter ou adquirir a “vocação” para a ciência se dá por meio de um processo racional do sujeito. Contempla o papel do conhecimento científico no mundo moderno, Weber destaca uma série de dilemas da ocupação científica universitária. O cerne da conferência estaria na pergunta “qual o sentido da ciência? ”
  • 10. As ideias-chaves em “A Ciência como vocação” Contrapôs o Modelo Alemão ao Modelo Americano (MODELO PLUTOCRÁTICO X MODELO BUROCRÁTICO) : Advertiu seus ouvintes de que no futuro haveria um processo de americanização da vida universitária, que seria cada vez mais parecida com empresas estatais: professores assalariados e separação entre o produtor e os meios de produção. Sobre Aptidões, a vocação científica tem duplo aspecto: a pesquisa e à docência. Porém, essas duas características não são coincidentes de modo algum. O docente é avaliado pela assiduidade (estar disponível aos alunos), o cientista pelo grau de especialização (dedicação). O proletário de Marx? O cientista por não dominar seus meios de produção, também tem grande dependência, virando assim instrumento da Universidade. Segundo Weber, o cientista especializado faz parte da "grande fábrica da ciência” Acaso: O (bom) cientista e (bom) professor: A presença dessas duas características bem desenvolvidas é uma mera coincidência. O ingresso e a ascensão na carreira universitária dependem em boa medida de fatores extra-científicos. As ideias para formulações cientificas surgem quando menos a esperamos, em momentos inusitados: Inspiração/Intuição. Meritocracia x Mediocridade: Na Academia, nem sempre o mais bem preparado terá mais destaque, já que o mérito não ocorre a partir de condições semelhantes pois as oportunidades são diferentes para cada pessoa. Especialmente no modelo Alemão da época.
  • 11. A Ciência como vocação - Wissenschaft als Beruf VOCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO PAIXÃO INSPIRAÇÃO RESIGNAÇÃO AO PROGRESSO PAPEL DO PROFESSOR-PESQUISADOR E A POLÍTICA O homem da ciência deve ser vocacionado, já que para ter reconhecimento é necessário mais do que mérito
  • 12. A Política Como Vocação - Politik als Beruf As ideias-chaves encontradas no livro ESTADO – DETENTOR DO MONOPOLIO DA VIOLÊNCIA DOMINAÇÃO E FORMAS DE LEGITIMAÇÃO DA DOMINAÇÃO POLITICA – POLITICA COMO FORMA DE ATUAR NA DISTRIBUIÇÃO DO PODER TIPOS DE POLÍTICO: VIVER DE E VIVER PARA ATRIBUTOS DE UM POLÍTICO VOCACIONADO “O Estado é uma relação de homens dominando homens”: Em decorrência disso, a “política” significaria a participação no poder ou a luta para influir na distribuição do poder. Weber busca uma definição para o que seria vocação política e seu sentido. "Esses políticos de vocação seriam em toda parte as únicas figuras decisivas na luta política pelo poder".
  • 13. Formas de Legitimação de Dominação Tradicional: O ordenamento é fixado pela tradição e sua violação seria uma afronta à legitimidade da autoridade. Racional-Legal: O domínio em virtude da "legalidade", da fé na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada em regrasnormas racionalmente criadas. A obediência está fundamentada na vigência e aceitação da validade da norma. Carismática: A autoridade das qualidades da liderança individual. É o domínio exercido pelo profeta ou, no campo da política, pelo senhor de guerra eleito, pelo governante eleito pelo povo, o grande demagogo ou o líder do partido político. Os homens não obedecem ao líder carismático em virtude da tradição ou da lei, mas porque acreditam nele. A confiança dos dominados no carisma do líder é volúvel e esta forma de dominação tende a assumir a forma da via tradicional ou legal. Segundo Weber, raramente encontra-se os tipos puros na realidade. É preciso que os dominados obedeçam a uma suposta autoridade dos poderes dominantes. A legitimação dessa dominação é fundamentada na existência de três formas distintas, discutidas aqui anteriormente:
  • 14. (O surgimento do)Político Profissional Desdobramentos do Estado Moderno Crescimento da máquina estatal Surgimento do homem especializado em aspectos da Adm. Publica (Político Profissional) Transformação do Fazer Político em Vocação (“Viver de” ou “Viver para”) Órgão monopolizador dos meios materiais de gestão da coisa pública Presentes nas discussões políticas, atuam nos rumos do Estado Atuam nos processos no interior da Adm. Pública interferindo na distribuição do poder Quem participa ativamente da política, luta pelo poder quer como um meio de servir a outros objetivos, ideais ou por razões egoístas, como 'o poder pelo poder', ou seja, a fim de desfrutar a sensação de prestígio atribuída ao poder”.
  • 15. Tipos de Político: Viver “de” e “para” Viver de Política Viver para a Política Faz da política uma fonte de renda permanente Fazer da política a sua vida, no sentido de está no exercício do poder a serviço de uma causa, de um objetivo Não possui recursos materiais para a sua subsistência para além dos recursos provindos da própria atividade Possui independência financeira. Não depende da remuneração própria da atividade política. Sua atuação se confunde com uma luta não apenas por ideais comuns ou interesses de classes, mas também pela conquista de meios de conseguir renda Possui independência de objetivos na vida pública. Sua conduta pode esta voltada para a busca de prestígio, honra, ideais, ou até mesmo do “poder pelo poder”, mas não tomaria como prioridade a busca por recompensas financeiras em decorrência da profissão política, pois já disporia de recursos materiais suficientes. O que vê na política uma fonte permanente de rendas, vive da política como vocação Representaria o tipo ideal no âmbito de atributos do político vocacionado Dois modos de fazer política como vocação A questão material/utilitária é um divisor evidente entre as duas categorias
  • 16. O Político Profissional, A Política como Vocação: Implicações, Efeitos indesejados, Contradições e Paradoxos. AGIREMPROLDAPOLÍTICAXINTERESSESPRÓPRIOS COMOREMUNERAROPOLÍTICO COMBATEAPLUTOCRACIA FINANCIAMENTODECAMPANHA COMOGARANTIRRECURSOSREGULARESAOSPOLÍTICOS STATUSQUO
  • 18. A Política Como Vocação - Politik als Beruf O POLÍTICO VOCACIONADO PAIXÃO: diz respeito à causa defendida Senso de responsabilidade: Guia de ação, é a responsabilidade perante a gestão da coisa pública Senso de proporções: Exercício da razão ao analisar os fatos da sociedade mantendo determinado recolhimento A raiz da “vocação” está intimamente ligada do tipo de dominação carismática, tipo de dominação que Weber se dedica no decorrer do texto. A vaidade vulgar: Um desafio aos Políticos (e Cientistas, também). Na política, muitas vezes o “bem” pode gerar o “mal”: O resultado final da ação política mantém com frequência uma relação inadequada e por vezes até mesmo paradoxal com o seu sentido original. Ética da convicção x Ética da Responsabilidade (Político Vocacionado)
  • 19. O Cientista e o Político CIENTISTA POLÍTICO PAIXÃO ESPECIALIZAÇÃO SENSO DE PROPORÇÕES INSPIRAÇÃO ÉTICA DA RESPONSABILIDADE ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO) Há uma separação entre política e ciência, caracterizadas pelos tipos ideais. Homem do Estudo Homem da Ação ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO) ÉTICA DA RESPONSABILIDADE Racional, imparcial e neutra Pertencente a uma esfera de valores, influenciada pela paixão Neutro, fiel à verdade e ao conhecimento científico, seguidor de uma ética da convicção. O homem político apaixona-se, luta, tem um princípio de responsabilidade e está atento às consequências de seus atos Atributos das Vocação
  • 20. “Não se pode ser ao mesmo tempo Homem da Ação e Homem do Estudo sem atentar contra a dignidade de uma ou outra profissão, sem faltar a vocação de ambas. Mas é possível adotar atitudes políticas fora da universidade e a possessão do saber objetivo, que ainda que não seja indispensável, é certamente favorável para uma ação razoável”. “(...) a técnica não é capaz de proporcionar soluções unívocas a determinados problemas, razão pela qual sempre existe uma margem de elasticidade dentro da qual a Administração tem que escolher entre as diferentes soluções proporcionadas pela técnica, o que deverá ser feito segundo critérios que não são técnicos (...), havendo um momento claramente político nestas escolhas.” Nesse sentido, pode-se entender que para Weber um não deve adentrar na área do outro, isto é, existiriam fronteiras bem demarcadas. No entanto, A ciência pode demonstrar os prós e os contras de certas decisões dentro de um determinado contexto histórico. Mas a escolha parece dizer respeito apenas à pessoa ou ao político. CIENTISTA POLÍTICO Homem do Estudo Homem da Ação
  • 21. CIENTISTA POLÍTICO ÉTICA DA CONDIÇÃO (CONVICÇÃO) ÉTICA DA RESPONSABILIDADE Para Max Weber não cabe ao sociólogo (cientista) julgar os valores dos grupos sociais que estiver analisando, porém isso não significava eximir-se de responsabilidade ética. Seria a Ética da condição (do cientista) a isenção de responsabilidade intelectual e política? Neutralidade Axiológica e Neutralidade Ética Quanto a ética da responsabilidade do político. É aquela que se opõe a ética da convicção. O indivíduo se vê no dilema de seguir sua convicção pessoal ou tomar decisões impostas pelas circunstancias.

Notas do Editor

  1. Hallo, Guten Morgen!   Ich wird sprechen uber max weber und seine Ideen über Objektivität Itchi vir irpexen uber max weber und zene idin uber objectivitê
  2. CONTEXTO HISTÓRICO